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CONCRETO ORGÂNICO

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1 
 
 
BIOCONCRETO 
 
 
BARROS, Leonardo1; NASCIMENTO, Edievan2; 
 Orientador: Prof. (Roberto Antonio de Lima) – Universidade São Francisco) 
barrosleonardo00@gmail.com 
edievannlima@gmail.com 
 
RESUMO. O presente trabalho apresenta uma revisão bibliográfica referente ao meio 
alternativo e sustentável dos materiais que podemos utilizar no meio construtivo, e também 
em soluções preventivas para garantir a durabilidade das estruturas. Atualmente existe uma 
preocupação muito grande com a degradação que vem ocorrendo no meio ambiente, e torna-
se comum a procura de soluções sustentáveis. O cimento é o material mais utilizado na 
construção civil. Toda estrutura edificada é classificada como solida e durável, porem 
sabemos que necessita-se adotar medidas preventivas para que se garanta sua estabilidade e 
vida util. Devido aos esforços solicitantes que uma estrutura deve suportar, o concreto armado 
é a forma ideal de trabalho, onde o concreto é resistente ao esforço de compressão, e a 
armadura de aço resistente ao esforço de tração. Os incidentes devido a ação do tempo, podem 
causar manifestações patológicas como por exemplo, fissuras, permitindo a entrada de água 
na estrutura e danificando a armadura, podendo ruir a edificação. Baseando-se nos dados 
obtidos em pesquisas, através dos artigos, procurou-se evidenciar quais as patologias mais 
influentes para a deterioração da estrutura, e quais os elementos mais vulneráveis. O material 
adotado foi o bioconcreto, custa no mercado cerca 40 por cento a mais que o concreto 
convencional, surgiu através das pesquisas e experimentos do microbiologista Henk Jonkers 
na Universidade Técnica de Delft na Holanda, onde o concreto tradicional acrescido de 
bactérias Bacillus Pseudofirmus e lactato de cálcio como seu alimento, aplicado a estruturas 
apresentando fissuras com dimensões menores ou iguais a 0,8 milímetros, se auto 
regenerasse; tornando assim o concreto vivo, chamado de bioconcreto. 
 
Palavras-chave: Bioconcreto, bactérias, patológico, resistente, cimento. 
 
ABSTRACT. The present work presents a bibliographical review regarding the alternative 
and sustainable environment of the materials that we can use in the constructive way, and also 
in preventive solutions to guarantee the durability of the structures. Currently there is a great 
deal of concern about the degradation that has been occurring in the environment, and it is 
becoming common to find sustainable solutions. Cement is the most used material in civil 
construction. Every built structure is classified as solid and durable, but we know that it is 
necessary to take preventive measures to guarantee its stability and useful life. Due to the 
demanding efforts a structure must endure, reinforced concrete is the ideal form of work, 
where concrete is resistant to compression stress, and tensile strength steel armor. The 
incidents due to the action of time, can cause pathological manifestations as for example, 
fissures, allowing the entrance of water in the structure and damaging the armor, being able to 
collapse the edification. Based on the data obtained in research, through the articles, we 
sought to highlight which pathologies are most influential for the deterioration of the 
structure, and which are the most vulnerable elements. The material used was bioconcrete, 
which is about 40 percent more expensive than conventional concrete. It came from the 
mailto:edievannlima@gmail.com
 
2 
 
research and experiments of the microbiologist Henk Jonkers at the Technical University of 
Delft in the Netherlands, where the traditional concrete plus bacteria Bacillus Pseudofirmus 
and lactate of calcium as its food, applied to structures presenting cracks with dimensions 
smaller or equal to 0.8 millimeters, self-regenerating; thus making concrete the living, called 
bioconcrete. 
 
Keywords: Bioconcrete, bacteria, pathological, resistant, cement. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Devido aos meios tecnológicos, a cada dia existe a necessidade de nos adequarmos ao 
mercado de trabalho, os métodos construtivos na engenharia civil, vem acompanhando essas 
novas tecnologias. Sabe-se que os recursos naturais são limitados, e que exige necessidade de 
cada vez mais utilizarmos saídas evasivas para chegar-se o mais próximo da perfeição ao 
utilizarmos os materiais. 
O cimento é o material mais utilizado na construção civil, revolucionou a engenharia 
civil e a maneira como as cidades se estruturam, está presente em quase todo tipo de 
construção, desde a mais simples até a mais complexa. O cimento é um pó fino 
com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece quando entra em 
contato com água. Depois de endurecido, mesmo que seja submetido a ação da água, esse 
material não se decompõe. As principais matérias-primas são, o calcário, a argila, e pequenas 
quantidades de óxidos de ferro e alumínio, utilizados para a produção do clínquer; material 
básico para a fabricação do cimento, o gesso (gipsita) e outras adições como pozolana ou 
escória de fornos. 
Normalmente, quando se fala em cimento logo pensamos no concreto. Esses 
elementos são indispensáveis na construção civil. O cimento pode ser utilizado para diversos 
fins, como na composição de argamassa, reboco de parede, na fabricação de concreto, etc. 
O concreto é muito empregado na construção civil, que utiliza o cimento como um dos 
seus principais componentes, que dá a propriedade do material, rigidez necessária. Além do 
cimento, outros materiais estão presentes na composição do concreto como, água, agregados 
graúdos, agregados miúdos e aditivos. 
Segundo NBR 6118 (2003 p.16), “A agressividade do meio ambiente está relacionada 
às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das 
ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e 
outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto”. 
De acordo com Henk (2007 p.1), “As rachaduras no concreto ocorrem devido a vários 
mecanismos, como encolhimento, reações de congelamento-descongelamento e forças 
mecânicas de compressão e tração”. Portanto se faz necessário atenção as reações que podem 
causar fissuras no concreto como por exemplo: 
 
 Ação do fogo nas estruturas; 
 Cargas atuantes excessivas; 
 Corrosão das armaduras internas do concreto armado; 
 Concentrações de esforços devido a falhas de execução; 
 Expansão do concreto devido a reatividade dos componentes; 
 Recalques diferenciais de fundações; 
 
3 
 
 Variações de temperatura. 
 O bioconcreto é uma tecnologia desenvolvida na Universidade Técnica de Delft na 
Holanda, pelo microbiologista Henk Jonkers, onde o concreto tradicional ganha vida e se auto 
repara. “Nosso concreto vai revolucionar a maneira como construímos, pois nos inspiramos 
na natureza”. (JONKERS, 2015)”. 
 
 Uma cicatrização contínua de fissuras particularmente superficiais resulta 
em uma menor permeabilidade do material e um risco significativamente 
reduzido de degradação prematura da matriz e corrosão do reforço de aço 
embutido devido à entrada de água e produtos químicos agressivos 
(JONKERS, 2007). 
 
 A criação desse material deve-se a necessidade que Jonkers observou no processo de 
deterioração das estruturas na construção civil. O bioconcreto aplicado na estrutura, viabiliza 
de forma segura, sustentável e econômica o processo de auto reparação da estrutura 
danificada. A forma que Jonkers resolveu pesquisar para desenvolver essa técnica, não foi 
nada ligado ao aço, material já utilizado para aumentar a resistência mecânica ao esforço de 
tração, e sim ao corpo humano, algo improvável como fonte de inspiração; Jonkers observou 
o processo de cicatrização dos ossos fraturados do corpo humano, onde os osteoblastos (célula 
que forma o tecido ósseo), regenera a fratura. A introdução de bactérias produtoras de calcário 
que HenkJonkers desenvolveu para fechar as fissuras no concreto, evidencia a necessidade de 
nos adequar aos meios tecnológicos. As bactérias selecionadas juntamente com o nitrogênio, 
fosforo e um nutriente a base de cálcio conhecido como lactato de cálcio, são acrescentados 
ao concreto e essas bactérias podem ficar adormecidas no concreto por até dois séculos. 
Existem vários tipos de bactérias que podem ser utilizadas na contaminação do concreto, 
porém a bactéria adotada por Jonkers foi a Bacillus pseudofirmus, é encontrada em lagos 
altamente alcalinos e também pode ser encontrada em regiões vulcânicas. “Os esporos 
bacterianos são células especializadas que podem suportar estresses mecânicos e químicos 
extremos e os esporos deste gênero específico são conhecidos por permanecerem viáveis por 
até 200 anos”. (SCHLEGEL, 1993). Portanto, resistência as mudanças sejam elas climáticas 
ou mecânicas, são de grande importância ao selecionar uma bacteria reparadora. Referente ao 
processo de reparação, a bacteria ao entrar em contato com a água, sai do seu estado 
vegetativo e alimentando-se do lactato de cálcio, produz calcário em seu processo digestivo, 
“Não há limite para a extensão da rachadura que o nosso material pode reparar, pode ser de 
centímetros a quilômetros”. (JONKERS, 2015). Esse procedimento, acontece em estruturas 
onde às fissuras não ultrapassem 0,8 milímetros de vão, porém em sua extensão não tem 
limite. O trabalho de graduação executado, foi baseado através da experiência de Jonkers, 
porém adotamos uma bactéria chamada Bacillus Subtilis, e utilizamos como seu alimento 
lactato de cálcio como na experiência anterior. Através dos estudos e das experiências 
realizadas, as fissuras que a estrutura apresentava, deixaram de existir com o processo de auto 
cicatrização do concreto contaminado com a bacteria. A água é o fator essencial para a 
bacteria sair do seu estado vegetativo e através da sua alimentação e do seu processo digestivo 
torna-se possível evidenciar carbonato de cálcio (CaCO³) como material para fechar as 
fissuras da estrutura danificada. 
 
 
4 
 
 
METODOLOGIA 
 
Esse estudo possui vários elementos que o caracteriza pesquisa exploratória-descritiva, 
com o objetivo de evidenciar e solucionar problemas relacionados as estruturas do concreto 
armado. 
O desenvolvimento foi dado devido diversos levantamentos, consultas e análises em 
artigos disponíveis na área de exploração. 
Devido aos aspectos selecionados acima, evidenciou os testes nos laboratórios de 
microbiologia e de engenharia civil com auxílio dos laboratoristas, simulando situações reais. 
O primeiro passo foi selecionar uma bacteria entre várias possibilidades já estudadas. 
Dentre as possibilidades abaixo, foi escolhido um bacillus devido alguns aspectos. 
Tipos de bactérias usadas no concreto 
 Bacillus Coli 
 Bacillus Cohnii 
 Bacillus Pasteurii 
 Bacillus Pseudofirmus 
 Bacillus Subtilis 
O Bacillus Subtilis, e também é conhecido como Bacillus da grama e Bacillus do feno, 
foi selecionado devido a facilidade de encontrarmos em nosso país como mostra a figura 1, 
não são patogênicos e podem ser encontrados no solo e na água, é uma bacteria que produz 
carbonato de cálcio, um material com resistência adequada para selar as fissuras das estruturas 
de concreto armado. 
 O Bacillus Subtilis é gram-positiva, (método utilizado para dar coloração ao corpo e 
analisar sua estrutura como mostra a figura 2), são resistentes a condições ambientais atípicas 
e estão presentes em alimentos estragados como arroz, bolo, pão entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – foto do Bacillus Subtilis, 
Bragança Paulista, São Paulo (Fonte: 
próprio autor). 
Figura 2 – foto do Bacillus Subtilis, 
(método gram positiva), Bragança 
Paulista, São Paulo (Fonte: próprio autor). 
 
 
5 
 
A matriz da bacteria nos foi fornecida pela técnica responsável do laboratório de 
microbiologia da Universidade São Francisco (campus Bragança Paulista), onde o meio de 
cultura constituiu de 10,5g de caldo de nutriente chamado Tryptone Soya Broth (T.S.B.), 
dissolvidos em 350 ml de água destilada, em um balão de Erlenmeyer de 1 litro. 
A solução foi levada para ser aquecida em um micro-ondas por cerca de 2:30 minutos, 
onde foi esterilizada como mostra a figura 3. 
 
 
 
 
 
 
 
Logo em seguida o balão de Erlenmeyer é vedado com um plugue, envolvido com 
papel e amarrado com elástico e o encaminhamos para autoclave como mostra na figura 4 e 5. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 – foto do meio de cultura bacteria no 
microondas para aquecimento, Bragança Paulista, 
São Paulo (Fonte: próprio autor). 
Figura 5 – foto da autoclave, Bragança 
Paulista, São Paulo (Fonte: próprio autor). 
Figura 4 – foto do meio de cultura, 
Bragança Paulista, São Paulo (Fonte: 
próprio autor). 
 
 
6 
 
Nesse processo a autoclave elevou sua temperatura a 121° centigrados e em 15 
minutos a solução de nutriente ficou pronta, desligou-se a autoclave e aguardou-se a solução 
diminuir para temperatura ambiente. Após o resfriamento da solução observou-se o liquido de 
cor amarelada como mostra na figura 6. 
 
 
 
 
 
 
 
O balão é aberto em seguida e acrescentou-se 1 ml do Bacillus Subtilis na solução de 
nutriente, logo após utilizou-se o agitador para que a mistura ficasse homogênea. 
Após a mistura, à solução de nutriente e a bacteria, foram armazenadas na estufa com 
temperatura de 37° centigrados por 24 horas como mostra a figura 7. 
 
 
 
 
 
Figura 6 – foto do meio de cultura ao sair da 
autoclave, Bragança Paulista, São Paulo 
(Fonte: próprio autor). 
Figura 7 – foto da estufa, Bragança 
Paulista, São Paulo (Fonte: próprio autor). 
 
7 
 
Após o prazo de 24 horas o meio de cultura e a bacteria deixados na estufa, houve o 
aumento da quantidade de bactérias Subtilis e o aspecto da solução apresentava uma cor 
amarelada e esbranquiçada como mostra a figura 8. 
 
 
 
 
 
 
Segundo N.B.R. 6118 (2003, p.19), “Nas faces inferiores de lajes e vigas de 
reservatórios, estações de tratamento de agua e esgoto, condutos de esgoto, canaletas de 
efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos, a armadura deve ter 
cobrimento nominal ≥ 45 mm”. Portanto se faz necessário atenção ao ambiente onde serão 
aplicadas as estruturas e a classe de agressividade que irá sofrer, como mostra a tabela 1. 
 
Tabela 1 – Relação: Tipo de estrutura; Elemento; Classe de agressividade 
Tipo de estrutura Componente ou 
elemento 
Classe de agressividade ambiental 
I II III IV 
Cobrimento nominal mm 
Concreto armado Laje 20 25 35 45 
Viga/Pilar 25 30 40 50 
Concreto protendido Todos 30 35 45 55 
 
Foi utilizado para confecção do corpo de prova prismático, com dimensões de 
15x15x75 cm, uma forma de metal e um desmoldante, fornecido pela Universidade São 
Francisco, armadura de aço representado na figura 9 e 10, para o corpo de prova obter uma 
resistência maior ao esforço solicitante de tração, assim caracterizando situações reais aos 
nossos testes. 
 
 
Figura 8 – foto do meio de cultura e da bacteria, 
Bragança Paulista, São Paulo (Fonte: próprio autor). 
 
8 
 
 
 
 
Os materiais utilizados foram, cimento, areia, brita 0, brita 1, misto e agua, onde 3 por 
cento do volume da agua foi substituído pelo composto químico a base de bacteria Bacillus 
Subtilis e lactato de cálcio, como mostra a tabela 2 e nas figuras 11 e 12. 
 
Tabela 2 – Composição dos materiaisdo concreto com resistência a compressão de 25 MPa 
 Volume (m³) Consumo por Kg Total em Kg 
Cimento 0,017 238 4,046 
Areia 0,017 526 8,942 
Mista 0,017 351 5,967 
Brita 0 0,017 285 4,845 
Brita 1 0,017 665 11,254 
Agua 0,017 167 2,839 
Total 2232 37,89 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 – foto da forma de metal e da 
armadura de aço, Bragança Paulista, São 
Paulo (Fonte: próprio autor). 
Figura 10 – foto do desmoldante, Bragança Paulista, São 
Paulo (Fonte: próprio autor). 
 
9 
 
 
 
 
Todos os materiais foram misturados com auxílio de uma betoneira, fornecida pela 
Universidade São Francisco até que se tornasse uma mistura homogenia, como mostra a 
imagem 13, denominado todo composto como bioconcreto. 
 
 
 
 
 
 
Para a confecção do corpo de prova cilíndrico foi utilizado uma forma de metal 
cilíndrica com dimensões de 10 cm de diâmetro e 20 cm de altura e um desmoldante 
fornecidos pela Universidade São Francisco como mostra a figura 10 e 14. Os materiais 
utilizados foram, cimento, areia, argila expandida, agua e o seu volume representado em 
Figura 11 – foto dos agregados graúdos e 
miúdos, Bragança Paulista, São Paulo 
(Fonte: próprio autor). 
Figura 12 – foto da agua com a solução 
bacteriana, Bragança Paulista, São Paulo 
(Fonte: próprio autor). 
Figura 13 – foto da mistura na betoneira, Bragança 
Paulista, São Paulo (Fonte: próprio autor). 
 
10 
 
quilograma como mostra a tabela 3. No experimento foi substituído 3 por cento do peso do 
volume da agua pelo composto químico a base de bacteria Bacillus Subtilis e lactato de 
cálcio, em seguida a argila expandida foi encharcada no composto químico como mostra a 
figura 15, posteriormente os outros materiais foram adicionados e misturados com o auxílio 
da betoneira até que se tornasse uma mistura homogenia, denominado bioconcreto. No 
segundo experimento, não foi levado em consideração a resistência do material, mas sua 
capacidade de auto cura. 
 
Tabela 3 – Composição dos materiais do concreto 
 Volume (m³) Consumo por Kg Total em Kg 
Cimento 0,0016 238 0,38 
Areia 0,0016 526 0,84 
Mista 0,0016 351 0,56 
Argila expandida 0,0016 600 0,96 
Agua 0,0016 167 0,27 
Total 1882 3,00 
 
 
Após os corpos de prova ficarem prontos, fizemos a cura por submersão em água por 
28 dias. 
. “Ainda que durante a pega a pasta ganhe alguma resistência, para efeitos práticos é im- 
portante distinguir pega de endurecimento, já que este se refere ao ganho de resistência da 
pasta de cimento após a pega”. (NEVILLE, 2016). No entanto a cura do concreto precisa ser 
de uma forma que o corpo não perca liquido, é nesse processo de hidratação que definirá a 
resistência do material. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Figura 14 – foto forma cilíndrica de 
metal, Bragança Paulista, São Paulo 
(Fonte: próprio autor). 
Figura 15 – foto da argila expandida 
hidratada, Bragança Paulista, São Paulo 
(Fonte: próprio autor). 
 
11 
 
 Na figura 16, retirada do microscópio no laboratório de microbiologia, a bacteria em contato 
com a água e seu alimento foram colocadas em uma lamina de vidro, depois aguardamos o 
prazo de 24 horas e após a visualização no microscópio foi possível identificar cristais, 
denominado carbonato de cálcio, o elemento necessário para impermeabilizar a estrutura, 
lacrando os problemas causados por efeitos patológicos, assim garantindo sua estabilidade 
estrutural. 
 
 
 
 
 
 
O corpo de prova prismático foi posicionado horizontalmente em seu eixo 
longitudinal, com dois apoios localizados em suas extremidades na prensa para ensaios de 
compressão e tração, como mostra a figura 17, simulando situações reais, onde aplicamos 
uma carga vertical produzindo microfissuras com espaçamento menores ou igual a 0,8 
milímetros e maiores ou igual a 0,2 milímetros, como especificados em experimentos 
anteriores. 
 
 
 
Figura 16 – foto do cristal formado, Bragança Paulista, 
São Paulo (Fonte: próprio autor). 
Figura 17 – foto do corpo de prova prismático preparado 
para ruptura, Bragança Paulista, São Paulo (Fonte próprio 
autor) 
 
12 
 
 
 
Após três semanas hidratando o corpo de prova prismático, verificamos um aspecto 
diferenciado, o corpo de prova apresentava em suas fissuras um aspecto esbranquiçado como 
mostra a figura a 18. O material apresentado nas fissuras se tratava da formação de carbonato 
de cálcio no processo de alimentação e digestão das bactérias selecionadas nesse trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
Nestas duas amostras cilíndricas de concreto, não executamos o processo final de 
rasamento, que é o processo de regularização da superfície do concreto do corpo de prova, o 
material foi utilizado apenas para seccionarmos na confecção de pastilhas para visualização, 
onde na primeira amostra houve a adição da bacteria e seu alimento, e na segunda amostra 
não houve a contaminação do concreto. Nos dois experimentos o agregado graúdo foi 
substituído por argila expandida. 
É nítido a cor diferenciada que os dois corpos de prova úmidos apresentaram, como 
mostra na figura 19, onde o corpo de prova feito com o material contaminado tem a coloração 
mais clara que o corpo de prova feito com o concreto tradicional. Quando o corpo de prova 
desidratou, as cores ficaram parecidas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18 – foto do corpo de prova prismático 
contaminado, Bragança Paulista, São Paulo, 
(Fonte próprio autor) 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O concreto é o material mais utilizado na construção civil, é considerado uma mistura 
heterogenia por ter agregado graúdo, miúdo, aditivo e água em sua composição, é de grande 
importância o estudo nas propriedades químicas e físicas que o composto apresenta. 
Segundo Neville (1997), “O agregado não tem função inerte e que suas propriedades 
influenciam no desempenho do concreto”. Portanto no estudo de sua macroestrutura é 
possível verificar a pasta de cimento e os agregados em seu composto. O cimento por muito 
tempo foi o principal componente pesquisado, pois acreditava-se que os agregados seriam 
inertes no concreto. Em outro momento, com a necessidade da pesquisa dos agregados que 
compõem o concreto, verificou-se que a resistência e o comportamento da massa que compõe 
o composto é de grande importância. 
O fator importante e responsável pela durabilidade do concreto e da armadura de aço 
correspondente a estrutura, é dado devido a capacidade de impermeabilização que o concreto 
adquiri. 
Uma estrutura exposta a agentes agressivos como por exemplo a água, que é capaz de 
transportar substâncias nocivas, como ácidos ou cloretos, agindo na composição química e 
física, tanto do concreto quanto da armadura de aço, diminuindo a durabilidade do material, é 
um problema citado em vários artigos, livros entre outros meios de pesquisa e comunicação. 
O composto bacteriano e seu alimento, aplicado diretamente no concreto o 
contaminando, possibilita microbiologicamente através da digestão do bacillus o material 
necessário para manter a estrutura impermeável e estável a ações mecânicas e do tempo. 
O estudo no laboratório de microbiologia da Universidade São Francisco, nos 
possibilitou o entendimento do comportamento que o microrganismo denominado bacillus 
Subtilis com seu alimento lactato de cálcio, produz em seu processo digestivo produzindo 
carbonato de cálcio. 
 
Figura 19 – foto dos corpos de prova cilíndricos, 
Bragança Paulista, São Paulo (Fonte: próprio autor). 
 
14 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Neste estudo todos os argumentos baseados na teoria e na prática, podemos relatar que 
o bioconcreto representa de fato um passo significativo para evolução na construçãocivil, 
restaurando danos nas edificações causados por efeitos patológicos. A economia que sua 
matéria prima representa é considerável e encontra- se em abundância na natureza, tornando 
assim um meio sustentável. 
Nos estudos em laboratório fizemos dois experimentos e notamos que na primeira 
experiência obtivemos um resultado positivo, porem seu processo de auto reparação é um 
pouco mais lento e em termos de resistência o material apresenta superioridade referente ao 
concreto tradicional. Analisamos o segundo experimento, onde substituímos o agregado 
graúdo por argila expandida, verificando que é o método onde adquiriu o melhor resultado no 
processo de auto cicatrização, porém sua resistência é inferior em comparação ao concreto 
tradicional, posteriormente necessitando de mais experimentos para que haja um 
aperfeiçoamento em seus resultados de resistência. 
O surgimento de efeitos patológicos nas edificações podendo causar trincas, fissuras, 
permeabilidade, porosidade entre outras, utilizando o bioconcreto estaremos solucionando e 
resolvendo os problemas ocasionados, por sua vez aumentando a vida útil dessas estruturas. 
Concluindo podemos afirmar, que o sistema de material com introdução de bactérias é 
eficaz. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ABNT. NBR 5738: Concreto Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova. Rio de 
Janeiro: ABNT,2003. 
 
ABNT. NBR 6118: Projetos de estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, RJ, 
2004. 
 
Disponível em:<http://www.isca.in/IJES/Archive/v2/i6/8.ISCA-RJEngS-2013-
065.pdf>/Acesso em 22 de abril 2019 
 
Disponível em:< http://www.geotesc.com.br/site/bioconcreto-o-concreto-que-se-auto-
regenera/>/ Acesso em 23 de maio de 2019 
 
H.Jonkers, Schlangen, E. (2007), ‘Crack repair by concrete-immobilized bacteria’, Proc. of 
First International Conference on Self Healing Materials. Noordwijk, the Netherlands. 
 
Jonkers H.M., Self healing concrete: A biological approach. In Self healing materials – An 
alternative approach to 20 centuries of materials science (ed. S. van der Zwaag), 195– 204 
(2007) Springer, the Netherlands 
 
NEVILLE, ADAM. Propriedades do concreto, II Edição, São Paulo, Pini, 1997.Paulo: PINI, 
1992. 349P. 
http://www.isca.in/IJES/Archive/v2/i6/8.ISCA-RJEngS-2013-065.pdf
http://www.isca.in/IJES/Archive/v2/i6/8.ISCA-RJEngS-2013-065.pdf
http://www.geotesc.com.br/site/bioconcreto-o-concreto-que-se-auto-regenera/%3e/
http://www.geotesc.com.br/site/bioconcreto-o-concreto-que-se-auto-regenera/%3e/
 
15 
 
 
Neville, A. M. Propriedades do concreto [recurso eletrônico] / A. M.Neville; tradução: Ruy 
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