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Embriologia do Sistema Nervoso: Medula + Rombencéfalo

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Laís Kemelly 
UNIME – 2020.1 
Embriogênese do SNC 
Tubo Neural 
No início da terceira semana, o ectoderma sofre a 
ação de algumas moléculas que regulam sua 
diferenciação em neuroectoderma. 
Moléculas envolvidas na sinalização: 
• TGF-beta 
o Secretada pela placa do teto do tubo 
neural em gradiente 
 dorsal → ventral. 
• SHH (sonic hedgehod) 
o Secretada pela notocorda e pela 
placa do assoalho em gradiente 
ventral → dorsal. 
• BMPs (proteínas morfogênicas do osso) 
A multiplicação dessas células forma a placa 
neural e as bordas dessa placa são chamadas de 
pregas neurais. 
A placa neural invagina, formando o sulco neural. 
Com o desenvolvimento, as pregas neurais 
continuam a se elevar e se aproximam até que 
ocorra a fusão entre elas, formando o tubo neural. 
placa neural → sulco neural → tubo neural 
O tubo neural dará origem ao SNC e as cristas 
neurais ao SNP. Os somitos se desenvolvem na 
coluna vertebral. 
 
Neurulação 
É importante ressaltar que essa fusão das pregas 
neurais não acontece na região toda ao mesmo 
tempo, tendo início ao nível do quinto somito e 
prosseguindo para as regiões cranial e caudal. 
Essas porções que ficam “abertas” são chamadas de 
neuroporos. 
• Neuroporo rostral → 25º dia 
• Neuroporo caudal → 27º dia 
 
 
22 dias 
24 dias 
Laís Kemelly 
UNIME – 2020.1 
Medula Espinhal 
A medula se desenvolve do tubo neural caudal até 
o 4º par de somitos. 
Formação do tecido nervoso 
A parede do tubo neural é formada por um 
neuroepitélio espesso, colunar e 
pseudoestratificado. São essas células 
neuroepiteliais que formam a zona ventricular 
(camada ependimária), responsável por originar 
todos os neurônios e macroglia da medula espinhal 
(astrócitos e oligodendrócitos). 
• Zona ventricular → células neuroepiteliais 
• Zona intermediária → neuroblastos 
• Zona marginal → axônios 
A zona marginal é composta pelas partes externas 
das células neuroepiteliais. Com o 
desenvolvimento dos axônios a partir dos corpos 
das células nervosas da medula espinha, essa região 
logo se diferencia na substância branca da 
medula espinhal. 
 
As células neuroepiteliais originam todos os 
neurônios e as células da macroglia. As células da 
micróglia serão derivadas de células mesenquimais 
que invadem o sistema nervoso em 
desenvolvimento com os vasos sanguíneos. 
• células neuroepiteliais → macroglia 
• células mesenquimais → micróglia 
 
As células neuroepiteliais possuem um alto grau 
de diferenciação, seguindo essa ordem: 
• Diferenciação em neuroblastos, que são 
os neurônios primordiais. 
• Diferenciação em glioblastos, que são as 
células de suporte do SNC. 
• Diferenciação em células ependimárias, 
que formam o epêndima (responsável por 
revestir o canal central da medula). 
As células da micróglia, por sua vez, se diferenciam 
a partir das células mesenquimais. Essa 
diferenciação também vai ocorrer na medula óssea 
no momento em que os vasos sanguíneos netrarem 
no SNC. 
Diferenciação da Medula 
As paredes laterais do tubo neural se espessam, 
reduzindo o lúmen do tubo formando o canal 
central da medula espinhal, entre a 9º e 10º 
semana. 
 
Com todos os processos de multiplicação celular 
envolvidos na diferenciação das céulas do tecido 
nervoso, as paredes laterais da medula espinhal 
23 dias 
23 dias 6º semana 9º semana 
Laís Kemelly 
UNIME – 2020.1 
acabam se espessando. As regiões de teto e 
assoalho, por sua vez, se adelgam. 
• laterais → espessas 
• extremidades → delgadas 
O espessamento nas paredes laterais produz o sulco 
limitante, que separa a placa alar (dorsal) da 
placa basal (ventral). Essa delimitação é 
importante já que cada placa está associada a uma 
função. As regiões de placa do teto e placa do 
assoalho não contêm neuroblastos e funcionam 
como vias para as fibras nervosas que atravessam 
de um lado para o outro. 
Placa alar/dorsal → aferência, área sensitiva 
Placa basal/ventral → eferência, área motora 
 
Os axônios se organizam em colunas e formam os 
cornos ventral e dorsal. Um grupo de neurônios 
se acumula entre essas duas áreas, formando o 
corno intermediário. 
 
Sinalização molecular: mecanismo de gradiente de 
concentração dependente de onde cada proteína é 
sintetizada. No caso, a BMP é secretada pelo tecido 
sobrejacente ao ectoderma, ou seja, terá maior 
influência na diferenciação regional dorsal. A SHH 
é secretada pela notocorda e vai ter maior 
concentração e atuação a nível ventral. 
• BMPs: sentido dorsal – ventral 
• SHH: sentido ventral – dorsal 
 
Mielinização 
A formação das bainhas de mielina ao redor das 
fibras nervosas da medula espinhal começa a se 
formar na fase final do período fetal, tendo 
continuidade em sua formação até o primeiro ano 
pós-natal. A mielinização é essencial para que os 
tratos das fibras nervosas se tornem funcionais. 
• As proteínas básicas de mielina 
(polipetídeos) são essenciais para esse 
processo 
• As integrinas-beta 1 regulam o processo. 
As bainhas de mielina ao redor dos axônios são 
formadas pelas membranas plasmáticas do 
neurilema (bainhas das células de Shcwann). 
• O axônio faz uma depressão no neurilema, 
formando o mesaxônio (local de 
invaginação) 
• O mesaxônio se alonga e o citoplasma entre 
as camadas de membrana celular se 
condensam 
• O citoplasma permanece dentro da bainha, 
entre a mielina e o axônio 
 
ventral 
dorsal 
Laís Kemelly 
UNIME – 2020.1 
Encéfalo 
 
Rombencéfalo 
Antes de falar necessariamente de cada vesícula 
em específico, é importante entender que existem 
delimitações morfológicas que as delimitam entre 
si, as flexuras cervicais. 
Durante a quinta semana, o encéfalo embrionário 
(as estruturas como um todo) cresce e curva-se 
centralmente. Isso vai resultar na formação das 
flexuras. 
 
• Flexura mesencefálica: região de 
mesencéflo 
• Flexura cervical: divisão do 
rombencéfalo e medula espinhal 
• Flexura pontina: formada na direção 
oposta pelo crescimento desigual do 
mesencéfalo. Ela divide o rombencéfalo 
em metencéfalo e mielencéfalo. 
 
Metencéfalo → ponte e cerebelo 
Mielencéfalo → bulbo 
A cavidade no 
rombencéfalo, isto é, 
o sulco do tubo, se 
diferencia em 
quarto ventrículo é 
canal central do 
bulbo.

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