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TUTORIA 3 - Percepção, Consciência e Emoção

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1 
 
Tutoria 2.3 
1. Reconhecer os mecanismos da visão/Descrever as vias da 
visão e o mecanismo de formação e interpretação da 
imagem/Descrever as vias sensoriais a partir da retina que 
não têm a função da visão 
2. Definir os vícios de refração e explicar como ocorre a 
formação e interpretação da imagem nestes casos. 
3. Explicar a relação do diabetes e perda visual/Explicar os 
mecanismos das lesões apresentadas no problema. 
4. Discutir os aspectos psicossociais da perda 
visual/Discutir a legislação e os serviços oferecidos aos 
portadores de perdas visuais. 
 
 
 
 DEFINIR OS VÍCIOS DE REFRAÇÃO E EXPLICAR 
COMO OCORRE A FORMAÇÃO E 
INTERPRETAÇÃO DA IMAGEM NESTES CASOS. 
A refração é um fenômeno que ocorre quando o feixe de luz, 
vindo do ambiente externo, atravessa o globo ocular para 
formar a imagem na retina. A incidência da luz na retina 
permite a formação de uma imagem nítida. Quando os feixes 
de luz sofrem algum desvio provocado pelo formato do olho 
e não são focados na retina, têm origem os chamados erros 
de refração, caracterizados pela falta de nitidez da visão. 
O olho é composto por diversas estruturas anatômicas que 
podem influenciar a tragetória da luz. Elas são: córnea, 
humor aquoso, cristalino, humor vítreo. Quando tudo está 
funcionando corretamente, a luz se propaga por estas quatro 
estruturas e chega na retina com o foco perfeito. 
 
 
2 
 
 
Erros de refração 
Os erros refrativos não corrigidos constituem a causa mais 
comum de baixa visão. Nos casos mais acentuados, a baixa 
visão corresponde ao sintoma mais importante. Os dois 
sintomas mais comuns relacionadas à presença de erro 
refrativo não corrigidos ou inadequadamente corrigidos são 
a baixa de visão e astenopia. 
A baixa de visão é percebida pelos pacientes como se a 
imagem do objeto em questão estivesse fora do foco. A 
intensidade do borramento visual depende da magnitude e 
do tipo de erro refrativo, mas também é influenciado pela 
idade das pessoas e pelo nível de iluminação do ambiente. 
A astenopia é o termo que se aplica a ampla variedade de 
diferentes sintomas como: cefaléia, dor ao redor ou acima 
dos olhos, fotofobia, cansaço e desconforto ocular. 
Miopia 
Miopia é um erro de refração no qual a imagem de um objeto 
situado no infinito tem o foco formado antes da retina, o que 
resulta em visão borrada para longe. Geralmente se 
desenvolve entre os 8 e 14 anos, podendo progredir até os 
20 ou 25 anos e, em uma minoria, pode haver progressão da 
doença além dos 30 anos. 
A miopia é a segunda maior causa de cegueira no mundo, 
atrás somente da catarata. Pode ser dividia em miopia 
simples (não patológica) e miopia patológica. A primeira 
contempla uma variação de erro refrativo inferior a -6 
dioptrias, com início na infância e adolescências e corrigível 
 
 
3 
 
com óculos ou lestes de contato. Enquanto a segunda refere-
se aos olhos com erro refrativo superior a -6 dioptrias e 
comprimento axial maior que 26, iniciando cedo na infância, 
além de apresentar um elevado risco de perda visual. 
Fisiopatologia: De forma geral, a miopia é explicada pelo 
aumento do diâmetro anteroposterior do olho em relação ao 
poder refrativo e pode ser classificada em 04 tipos, de 
acordo com sua etiologia, conforme detalhado no fluxograma 
05. 
Correção do olho míope: A correção do olho míope consiste 
em deslocar o foco mais para trás, a fim de que ele localize-
se sobre a retina. Como não há um reflexo (como a 
acomodação para a hipermetropia) do próprio olho capaz de 
divergir os raios e afastar o foco mais para trás a correção 
da miopia se dá pela utilização de lentes côncavas 
(divergentes). Outro procedimento corretivo da miopia é a 
cirurgia refrativa a laser. O mais comum é o LASIK (laser in 
situ keratomileusis), cujos resultados gerais são favoráveis, 
levando à rápida recuperação da visão e ao mínimo de dor 
após a cirurgia. O laser modifica a curvatura da córnea, 
tornando-a mais plana e fazendo com que os raios de luz 
caiam em cima da retina. Outras técnicas bastante utilizadas 
são PKR (photorefractive keratectomy) e LASEK (laser 
epithelial keratomileusis). Existem também os implantes de 
lentes intraoculares, os quais são muito utilizados para 
correção de catarata e podem ser uma opção para corrigir 
miopias de elevados graus. Contudo, antes de indicar esse 
procedimento, é importante considerar seus riscos, como 
formação de catarata, aumento da pressão intra-ocular e 
danos à córnea ao longo do tempo. 
 
 
4 
 
 
 
 
5 
 
A miopia é o erro de refração em que a imagem é formada 
antes da retina (em vez de diretamente nela), resultando na 
dificuldade de ver objetos distantes. Uma pessoa míope vê 
objetos próximos com nitidez, enquanto os distantes 
parecem borrados. Para conseguir focalizar objetos 
distantes, o míope costuma apertar os olhos – característica 
que é a base da palavra que vem do grego myo (fechar) + óps 
(olho), que dá nome à doença. 
A formação da imagem antes da retina ocorre quando o globo 
ocular é muito comprido, ou a córnea muito curva, fazendo 
com que os raios de luz focalizem antes da retina. 
Geralmente a miopia manifesta-se durante a fase de 
crescimento (infância e adolescência) e progride até os 20 e 
25 anos de idade. Nesse período, são necessárias frequentes 
trocas de óculos ou lentes de contato (meios de corrigir a 
visão). A taxa de progressão aproxima-se de zero quando 
termina a fase de crescimento. O surgimento de miopia em 
adultos que não apresentavam o erro de refração na infância 
ou adolescência pode estar associado à diabetes 
descompensada ou catarata. 
A miopia afeta igualmente homens e mulheres, e aqueles com 
histórico familiar de miopia são mais propensos a 
desenvolvê-la. Os sintomas mais comuns da miopia são: 
 Visão embaçada quando se olha para objetos 
distantes; 
 A necessidade de apertar os olhos ou parcialmente 
fechar as pálpebras para ver claramente objetos 
distantes; 
 Crianças não conseguem ler o que está escrito na 
lousa, mas conseguem ler um livro; 
 Dores de cabeça causadas pela fadiga ocular 
excessiva; 
 
 
6 
 
 Dificuldade ao dirigir um veículo, especialmente à 
noite. 
O oftalmologista é o profissional que pode diagnosticar a 
miopia através de um exame oftalmológico de rotina e 
recomendar o tratamento correto através do uso de óculos 
(lentes divergentes) ou lentes de contato que alteram o 
ponto de foco na retina. Há vários procedimentos cirúrgicos 
(cirurgia refrativa, que descrevemos em um tópico 
específico) que alteram o formato da córnea, mudando o 
ponto de foco para a retina. Esses procedimentos cirúrgicos, 
no entanto, não são recomendados até que o processo de 
crescimento – e consequente evolução da miopia – chegue ao 
fim. 
 
 
Hipermetropia 
Defeito refrativo no qual a imagem de um objeto no infinito 
é formada após a retina, resultando em uma imagem borrada 
para perto e sem conforto visual. Pode ser causado pelo 
curto comprimento axial do globo ocular ou pelo maior 
aplainamento da córnea, que diminui o poder refrativo do 
olho. 
SE LIGA! Quanto mais divergentes forem os raios que 
incidem no olho, mais atrás se formará a imagem e mais 
borrada ficará, porque maior será o círculo de difusão. 
Fisiopatologia: A hipermetropia pode ser classificada em 
dois grandes grupos: axial (encurtamento do eixo axial) ou 
refrativa, com alterações dos meios refringentes, devido à 
redução do poder dióptrico da córnea ou do cristalino, que 
podem apresentar diminuição da curvatura, bem como em 
 
 
7 
 
virtude da diminuição do índice de refração do humor aquoso. 
Independente da causa, o foco encontra-se atrás da retina 
e para focalizar os raios luminosos sobre a retina, o reflexo 
da acomodação é bastante utilizado pelo olho hipermétrope, 
o que culmina em hipertrofia das fibras circulares do 
músculo ciliar ou em um músculociliar mais desenvolvido. 
Dependendo da exaustão do músculo ciliar, a hipermetropia 
pode se manifestar sem ou com cicloplegia (paralisação do 
músculos ciliar) e, de acordo com capacidade de acomodação 
visual, a hipermetropia pode ser classificada em manifesta, 
latente ou total. O transtorno visual é um dos mais 
frequentes sintomas da hipermetropia e se dá devido ao 
esforço excessivo do músculo ciliar na acomodação visual e 
consequente astenopia acomodativa. 
Correção do olho hipermetrope: A correção da 
hipermetropia pode ser realizada por meio de um dispositivo 
de superfície mais convexa, como a lente conte convergente, 
a fim de aumentar o poder de foco da sistema óptico, ou 
seja, trazer o foco mais para frente. 
O termo hipermetropia vem do grego hyper (aumentada) + 
metron (medida) + óps (olho). Hipermetropia é um problema 
visual caracterizado pela dificuldade de ver objetos 
próximos. Ela é o oposto da miopia, ocorre quando o globo 
ocular é menor ou a córnea é menos curva, fazendo com que 
os raios luminosos que vão em direção aos olhos se encontrem 
num foco atrás da retina e não em cima como deveria ser 
para um olho normal. 
A hipermetropia é hereditária, mas há estudos que tentam 
associar o problema a fatores ambientais. É uma condição 
comum, que afeta boa parte das crianças. A hipermetropia 
tende a diminuir ao longo dos anos de crescimento, em 
quantidade proporcional ao crescimento natural dos olhos. 
 
 
8 
 
É possível que o hipermétrope consiga ver de perto ou de 
longe ao forçar os olhos em razão do poder de acomodação 
do cristalino, mudando o formato e aumentando a potência 
dessa lente intraocular em função das distâncias, levando a 
imagem para o plano focal da retina. Porém, esse esforço 
resulta em sintomas comuns da hipermetropia, tais como: 
 Visão borrada dos objetos próximos; 
 Vista cansada; 
 Olhos doloridos; 
 Dor de cabeça durante a leitura; 
 Dificuldades no desempenho escolar nos primeiros 
anos de aprendizagem. 
O médico habilitado a diagnosticar o problema de visão como 
a hipermetropia é o oftalmologista que orientará as 
melhores opções para sua correção através de óculos (lentes 
convergentes), lentes de contato ou cirurgia refrativa. 
Astigmatismo 
Astigmatismo ou, de acordo com os gregos, falta de precisão 
é um erro de refração no qual a deformação da superfície 
corneana, por apresentar pelo menos os dois meridianos 
principais com curvaturas diferentes, provoca a entrada 
irregular de raios de luz, de forma que eles seguem ao longo 
de diferentes planos, criando múltiplos focos e 
impossibilitando a formação de uma imagem nítida sobre 
fóvea, o que resulta em uma visão embaçada tanto para longe 
quanto para perto. As principais queixas relacionadas ao 
astigmatismo são: astenopia, imagem borrada, cefaleia 
lacrimejamento. Apesar da imagem enxergada por um olho 
astigmata ser borrada, esse borrão se dá de forma 
heterogênea. 
Tipos de astigmatismo: A córnea normal é uma lente 
esférica, o que garante a mesma curvatura em todos seus 
 
 
9 
 
meridianos ou eixos. Já a córnea do olho com astigmatismo é 
oval, por isso possui curvaturas diferentes, o que resulta em 
pelo menos dois meridianos com curvaturas distintas, os 
quais são chamados de meridianos principais e determinam 
se o astigmatismo é regular (meridianos principais 
diametralmente opostos, ou seja, perpendiculares entre si) 
ou irregular (meridianos principais não são perpendiculares 
entre si ou são pelo menos três). Quanto ao estado refrativo 
do olho, o astigmatismo pode ser: simples (um dos meridianos 
é emétrope e o outro amétrope), composto (quando os 
meridianos principais apresentam o mesmo tipo de 
ametropia, apenas miopia ou hipermetropia, mas vergências 
distintas) ou misto (um meridiano é míope enquanto o ouro, 
hipermétrope). 
Lentes cilíndricas: Diferente da hipermetropia e miopia, que 
são corrigidas por lentes esféricas, o astigmatismo é 
corrigido por uma lente cilíndrica, umas vez que esta 
superfície não apresenta simetria óptica, ou seja, os 
meridianos opostos da lente não são igualmente curvados, de 
modo que o eixo da lente cilíndrica localize-se perpendicular 
ao meridiano de maior erro refrativo ou que se pretende 
corrigir. Contudo, como a maioria dos paciente astigmatas 
possuem algum grau de hipermetropia ou miopia 
(astigmatismo composto), as lentes podem ter também 
componentes esféricos, equivalendo a lentes 
esferocilíndricas ou tóricas. 
O termo astigmatismo vem de “a” que significa “falta de” e 
“stigma” que significa “um ponto”. O astigmatismo é uma 
deficiência visual caracterizada pela visão fora de foco. Ela 
é provocada principalmente pela curvatura anormal da 
córnea. A córnea ideal tem uma superfície simetricamente 
curva, como uma bola de basquete. Nos casos de 
 
 
10 
 
astigmatismo, a curvatura da córnea é mais ovalada. No 
entanto, também pode estar relacionado a uma curva mais 
acentuada para uma direção do que para outra do cristalino. 
Estes desajustes fazem com que a luz se refrate por vários 
pontos da retina em vez de se focar em apenas um. 
Para quem sofre de astigmatismo, todos os objetos ficam 
desfocados, não importa a distância em que estejam. A causa 
do astigmatismo é desconhecida. Ele é hereditário e 
geralmente ocorre em conjunto com a miopia ou com a 
hipermetropia, podendo aumentar ao longo do tempo devido 
à idade. Além disso, o ato de coçar os olhos, prática muito 
comum em clima seco e alta concentração de poeira no ar, 
pode causar o surgimento do astigmatismo. 
O principal sintoma do astigmatismo é a dificuldade de ver 
pequenos detalhes, seja de perto ou de longe. Os principais 
sintomas do astigmatismo são: 
 Não conseguir ler letras pequenas; 
 Visão dupla; 
 Incapacidade de ler perto e longe sem apertar os 
olhos; 
 Fotofobia (sensibilidade à luz); 
 Piora da acuidade visual à noite; 
 Dor de cabeça; 
 Olhos cansados; 
O astigmatismo pode ser facilmente diagnosticado em um 
exame oftalmológico padrão com teste de refração pelo 
oftalmologista. Óculos (lentes cilíndricas), lentes de contato 
e cirurgia refrativa são meios usados para corrigir o 
astigmatismo. 
 
 
 
 
11 
 
Presbiopia 
Presbiopia ou visão senil é um erro não refrativo que afeta a 
acuidade visual, uma vez que corresponde à perda gradual e 
fisiológica do poder de acomodação do olho com o avançar da 
idade, que é marcada pela redução linear da elasticidade do 
cristalino. Geralmente se inicia a partir dos 40 - 45 anos, 
progredindo até os 60 anos e tem como principais queixas 
sintomas de cansaço visual e a dificuldade em enxergar 
objetos próximos, que se tornam borrados. 
SE LIGA! Essa degeneração do cristalino e a perda da 
acomodação é fisiológica e universal. Devido à redução linear 
da acomodação, é possível inclusive estimar a média da 
amplitude de acomodação em função da idade da pessoa: AA 
= 15 – 0,25 x idade. 
Fisiopatologia: Com o envelhecimento e a perda da 
complacência do cristalino, há perda da capacidade dessa 
estrutura em tornar-se mais curvada quando as fibras 
zonulares afrouxam, impossibilitando portanto o aumento do 
poder dióptrico do olho e a aproximação do foco de trás da 
retina para localizar- -se sobre a retina, de modo que uma 
pessoa que antes não referia queixa para enxergar de perto, 
em torno dos 40 anos pode começar a apresentar essa 
dificuldade. Estudos sugerem diversos motivos para a perda 
acomodativa com a idade dentre os quais estão perda da 
elasticidade capsular e zonular, atrofia do músculo ciliar, 
depósito contínuo de fibras sobre o cristalino tornando-o 
mais compacto com pouca maleabilidade e aumento do grau 
de dureza do cristalino envelhecido, levando a uma 
inabilidade de responder ao estímulo acomodativo. Outros 
fatores como alteração na composição protéica do cristalino, 
mudança no ponto de inserção da zônula,encurtamento do 
 
 
12 
 
raio de curvatura da superfície anterior do cristalino, 
diminuição na capacidade de transmissão da luz, alteração na 
capacidade de contração e relaxamento do músculo ciliar 
também estão relacionados com o desenvolvimento da 
presbiopia. 
SE LIGA! A presbiopia ocorre precocemente nos indivíduos 
com hipermetropia e tardiamente (ou não ocorre) nos 
indivíduos com miopia. Assim como na hipermetropia, a 
presbiopia é corrigida com lentes convergentes (positivas), 
entretanto o poder dióptrico deverá ser aumentado 
conforme a idade do paciente avança, normalmente não 
excedendo +3,00 D. 
O termo presbiopia deriva da combinação de presbi (idoso) 
mais opia (visão), é a dificuldade de distinguir com nitidez 
objetos próximos, e está relacionado à idade. Manifesta-se 
quando a capacidade de focalização do olho torna-se 
insuficiente para suprir a demanda visual para perto, e isso 
tende a ocorrer aos 40 anos de idade. 
A presbiopia ocorre em um processo natural de 
envelhecimento do corpo. O cristalino é uma estrutura 
semelhante a uma lente, que muda sua forma para melhorar 
a focalização das imagens, principalmente ao enxergar algo 
próximo. Para isso, ele é movido pelos músculos ciliares que 
encontram-se ao seu redor e são determinantes na 
capacidade acomodativa do cristalino. Porém, com o tempo, 
esses músculos passam a não funcionar tão bem e o cristalino 
não se adaptada mais da melhor forma à focalização da 
imagem. Como resultado, a visão de perto acaba sendo 
prejudicada. Entre os sintomas da presbiobia, encontramos: 
 Dificuldade em enxergar letras e imagens muito 
pequenos; 
 Visão borrada ao ler algo na distância normal; 
 
 
13 
 
 Dores de cabeça ou fadiga após tarefas que envolvem 
a visão de perto; 
 Precisar de mais luz ao executar atividades que 
envolvem a visão de perto; 
 Necessidade de afastar algo para ler melhor. 
Hipermétropes utilizam parte da acomodação para 
compensar o erro de refração. Quanto maior a 
hipermetropia, maior será a sobrecarga acomodativa e, 
consequentemente, maior a possibilidade da presbiopia se 
instalar em torno dos 40 anos de idade. Os míopes exercem 
menos esforço acomodativo que hipermétropes e emétropes 
(olho de visão normal) e, por isso, tendem a apresentar os 
sintomas da presbiopia em idades mais avançadas, ao redor 
dos 45 anos dependendo do grau da miopia. 
A presbiopia não tem cura, mas pode ser corrigida e 
estabilizada com tratamento adequado. Para tanto, são 
indicados métodos que compensem a dificuldade em 
focalizar de perto através do uso de óculos, lentes de 
contato ou cirurgia. 
Ambliopia 
Ambliopia é a redução funcional da acuidade visual causada 
pelo desenvolvimento visual anormal durante a infância. O 
período crítico para o desenvolvimento das funções visuais é 
do nascimento aos 5 anos de idade, por isso a existência de 
qualquer obstáculo à formação da imagem na retina de um ou 
ambos os olhos pode comprometer esse desenvolvimento. Se 
um obstáculo se interpõe ao desenvolvimento de um dos 
olhos enquanto o outro evolui normalmente, o olho afetado 
não tem suas funções desenvolvidas devido à falta de 
estímulo adequada, tornando-se amblíope. A ambliopia, 
entretanto, não se restringe somente ao comprometimento 
funcional por falta de estímulo, mas compreende também 
 
 
14 
 
alterações orgânicas, uma vez que a privação prolongada de 
respostas aferentes a estruturas visuais do sistema nervoso 
central pode levar a danos neurológicos representados por 
atrofia de neurônios do corpo geniculado lateral e do córtex 
estriado. Apesar de o período crítico de desenvolvimento 
visual ser até os 5 anos, a privação visual responsável pela 
ambliopia pode se estender um pouco mais, até cerca dos 7 
ou 8 anos de idade, período até o qual se deve fazer o 
possível para combater a ambliopia, uma vez que passada 
essa idade, o SNC já pode ter sofrido muitas alterações 
estruturais. É um distúrbio majoritariamente unilateral, que 
acomete cerca de 1 a 4% da população mundial, igualmente 
prevalente entre homens e mulheres. Há fatores associados 
ao aumento do risco de ambliopia como parto prematuro, 
pequeno tamanho para a idade gestacional, histórico familiar 
de 1º grau de ambliopia e retardo do desenvolvimento 
neurológico. 
Tipos de ambliopia e causas 
Causas 
As vias visuais da criança não estão completamente 
desenvolvidas ao nascimento. O sistema visual e o cérebro 
precisam, para se desenvolver normalmente, ser 
estimulados por imagens claras, focalizadas, propriamente 
alinhadas e sobrepostas de ambos os olhos. Esse 
desenvolvimento ocorre principalmente nos primeiros três 
anos de vida, mas não está completo até cerca dos oito anos 
de idade. Caso o cérebro não receba estimulação visual 
apropriada de um dos olhos durante o período de 
desenvolvimento, ele aprende a ignorar (suprimir) a imagem 
desse olho, o que resulta em perda da visão. Caso a 
supressão persista por muito tempo, a perda da visão pode 
ser permanente. Essa perda permanente da visão é chamada 
ambliopia. Há diversas razões para a falta de uma 
 
 
15 
 
estimulação visual apropriada e cada uma delas pode causar 
um tipo de ambliopia: 
 Desalinhamento dos olhos (estrabismo) 
 Problemas de focalização (erros de refração) 
 Bloqueio da visão 
- Ambliopia causada por estrabismo 
O desalinhamento dos olhos (estrabismo) também pode 
causar ambliopia. Os olhos produzem duas imagens, uma de 
cada olho, que normalmente estão fundidas ou unidas em 
uma única imagem no cérebro e que são então integradas 
para produzir imagens tridimensionais e níveis elevados de 
percepção da profundidade. A capacidade de fundir 
imagens se desenvolve durante a primeira infância. Caso as 
duas imagens estejam tão desalinhadas a ponto de não 
poderem ser fundidas, o cérebro suprime uma das imagens 
e ignora os sinais desse olho. O cérebro não tem 
conhecimento da imagem do olho afetado, ainda que olho 
possa estar estruturalmente normal. Nos adultos, uma vez 
que as vias visuais já estão desenvolvidas, ver duas imagens 
diferentes resulta em visão dupla (diplopia) em vez de em 
perda da visão. 
 
- Ambliopia causada por erros de refração 
A ambliopia pode ser causada por um erro de 
refração desigual, geralmente hipermetropia (incapacidade 
de ver objetos próximos claramente), miopia (incapacidade 
de ver objetos distantes claramente) ou astigmatismo (uma 
curvatura irregular das superfícies de focalização do olho). 
Um erro de refração causa embaçamento da imagem ou 
imagens que chegam ao cérebro, resultando em uma grande 
diferença de foco entre os dois olhos. Esses erros podem 
se desenvolver em um ou ambos os olhos. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/estrabismo
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/sintomas-das-doen%C3%A7as-oculares/vis%C3%A3o-dupla
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/dist%C3%BArbios-de-refra%C3%A7%C3%A3o-em-crian%C3%A7as
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/dist%C3%BArbios-de-refra%C3%A7%C3%A3o-em-crian%C3%A7as
 
 
16 
 
 
- Ambliopia causada por bloqueio ou diminuição da visão 
Um terceiro tipo de ambliopia se desenvolve quando uma 
turvação ou opacificação do cristalino (como devido 
à catarata congênita) ou da córnea reduz ou distorce a luz 
que entra no olho, ou quando outra causa (como glaucoma) 
leva à redução da visão em um olho. Uma pálpebra muito 
recaída também pode bloquear a visão e causar ambliopia. 
 
A principal causa de ambliopia é o estrabismo 
(representando cerca de 30 a 45 % do total de casos de 
ambliopia), seguido pela ametropia (15 a 20% dos casos), 
depois pela combinação de ambos(cerca de 30%) e, por 
último, pela privação (menos de 5% dos casos). Há também, 
apesar da expressão reduzida, a ambliopia por 
anisometropia. De acordo com essas etiologias, ambliopia é 
classificada em quatro grupos: 
• Ambliopia estrábica – Estrabismo é o desalinhamento da 
visão binocular/interação binocular anormal. Um dos olhos 
não consegue focar no ponto para o qual se tenta concentrar 
a visão, de modo que são formadas duas imagens diferentes 
e não complementares: o olho fixador recebe uma imagem na 
fóvea e, portanto, nítida; enquanto o olho desviado recebe 
a imagem em um ponto periférico da retina e 
consequentemente, uma imagem borrada. Nesses casos, o 
córtex visual suprime a imagem do olho de maior ametropia 
(imagem menos nítida), que caso persista por um longo 
período, resulta na ambliopia. 
• Ambliopia refrativa – Geralmente é resultado de 
significativos erros refrativos não corrigidos em ambos os 
olhos, comprometendo a formação de uma imagem igual e 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/catarata-cong%C3%AAnita
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/glaucoma/glaucoma
 
 
17 
 
nítida nas fóveas, assim como um pleno desenvolvimento da 
acuidade visual. A ambliopia por anisometropia acontece 
devido à elevada diferença de dioptrias entre os olhos, 
podendo resultar em uma interação binocular anormal, 
impossibilitando a fusão de imagens diferentes entre si e, 
consequentemente, pode causar supressão da visão do olho 
mais amétrope. A anisometropia está presente em 
aproximadamente 50% dos estrábicos, ocorrendo nas 
principalmente nas hipermetropias, mas também nos 
astigmatismos e miopias unilaterais de altos graus. Também 
tem sido sugerido que a ambliopia anisometrópica resulte de 
dificuldades acomodativas. 
• Ampliopia por privação – É o tipo menos comum e mais grave 
de ambliopia. Normalmente resulta da interrupção do eixo 
visual ou distorção grave da imagem foveal e, caso não seja 
tratada, pode causar um comprometimento 
visaulpermanente. As principais causas da ambliopia por 
privação são: cataratas congênitas, ptose, opacidades 
congênitas da córnea, hemorragia vítrea e graves erros de 
refração. Tratamento O tratamento consiste em corrigir a 
causa da ambliopia, com finalidade de possibilitar melhor da 
acuidade visual. No caso da ambliopia refrativa, o 
tratamento é a correção da ametropia com o devido uso de 
lentes corretoras. Já em relação a ambliopia por privação, 
deve-se corrigir a alteração visual inicial, como é o caso da 
cirurgia para remoção da catarata. Quando mais cedo for 
realizado o tratamento maiores as chances de recuperação 
da visão. No que tange a ambliopia por estrabismo, a mais 
importante das modalidades terapêuticas empregadas é a 
oclusão do olho de melhor visão, com a finalidade de 
estimular o olho com baixa visão. Quanto mais precoce o 
início do tratamento, melhor é o prognóstico de reversão da 
ambliopia, apesar de estudos demonstrarem resultados 
 
 
18 
 
também com crianças que iniciaram o tratamento 
tardiamente. Entretanto, após os 12 anos de idade, o 
problema pode ser irreversível. O esquema de oclusão do 
olho mais forte ou fixador varia conforme a idade e o grau 
do problema. Além do tampão, pode ser utilizados outros 
artifícios para turvar a imagem do olho mais forte, 
estimulando o uso do olho mais fraco, como a aplicação de 
colírios específicos ou utilização óculos com a lente turva. 
Quando a criança não responde à oclusão do olho dominante, 
a cirurgia dos músculos extraoculares torna-se uma 
possibilidade. 
 EXPLICAR A RELAÇÃO DO DIABETES E PERDA 
VISUAL/EXPLICAR OS MECANISMOS DAS 
LESÕES APRESENTADAS NO PROBLEMA. 
Ter uma dieta equilibrada com o auxílio de um 
endocrinologista, praticar atividades físicas regularmente, e 
realizar exames de acompanhamento são algumas das 
atividades recomendadas. 
Além disso, outra recomendação básica é que todo paciente 
diabético se consulte com um oftalmologista 
periodicamente. Isso porque a visão pode ser afetada pela 
doença, ocasionando problemas como a retinopatia, o edema 
macular diabético, e até o glaucoma e a catarata. 
Para entender melhor sobre essa relação entre a diabetes e 
possíveis problemas de visão, acompanhe o artigo. 
Como a diabetes prejudica a visão? 
A diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo produz 
pouca insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose 
no sangue) no organismo, ou não consegue empregá-lo 
adequadamente. 
 
 
19 
 
O resultado disso é uma alta concentração de glicose 
(hiperglicemia), que pode afetar os órgãos, nervos e vasos 
sanguíneos do corpo. 
Nesse sentido, os vasos sanguíneos dos olhos também ficam 
prejudicados. Se a diabetes não for controlada, com o 
tempo, a visão começa a ficar turva e embaçada, piorando na 
medida em que esses vasos sanguíneos incham e rompem no 
interior dos olhos. 
Cerca de 40% dos diabéticos sofrem essas alterações 
oftalmológicas decorrentes da doença, segundo a Sociedade 
Brasileira de Oftalmologia. 
A diabetes pode levar à cegueira? 
Sim. Quando não tratada, a doença pode prejudicar 
gradativamente a visão, até que ela chegue a cegueira — 
muitas vezes, irreversível. Inclusive, a principal doença 
ocular decorrente da diabetes é a chamada retinopatia 
diabética, que pode piorar e causar um edema macular. 
Continue acompanhando o artigo para entender melhor como 
surgem essas e outras doenças subsequentes. 
Retinopatia diabética e Edema Macular Diabético 
A retinopatia é um termo usado para designar aquelas 
doenças que acometem a retina do olho — tecido responsável 
pela formação da imagem. No caso da retinopatia diabética, 
ela é caracterizada por um entupimento dos vasos que 
nutrem a retina. 
Com o aumento descontrolado da glicemia, esses vasos vão 
se fechando progressivamente, interrompendo o fluxo de 
oxigênio para as células e ocasionando hemorragias. Como 
resultado, a visão vai ficando embaçada, causando problemas 
cada vez mais sérios na medida em que a retinopatia piora. 
https://vivaoftalmologia.com.br/retinopatia-diabetica-entenda-mais-sobre-esse-problema-que-pode-causar-a-perda-da-visao/
 
 
20 
 
É aí que surge o chamado edema macular diabético. Ele 
ocorre quando os fluidos acumulados nesses vasos, vazam 
para regiões próximas à retina e à mácula, formando, assim, 
o edema. 
Trata-se de um problema grave e que precisa ser tratado 
imediatamente, a fim de evitar a cegueira irreversível do 
paciente. 
- Retinopatia diabética 
Manifestações da retinopatia diabética incluem 
microaneurismas, hemorragia intrarretiniana, exsudatos, 
edema e isquemia maculares, neovascularização, hemorragia 
vítrea e descolamento da retina de tração. Às vezes, os 
sintomas só se desenvolvem no final da doença. O 
diagnóstico é por fundoscopia; detalhes adicionais são 
elucidados por retinografia colorida, 
angiofluoresceinografia e tomografia de coerência óptica. 
O tratamento engloba o controle da glicemia e da pressão 
arterial. Tratamentos oculares por fotocoagulação a laser 
da retina, injeção intravítrea de fármacos do fator de 
crescimento endotelial antivascular (p. ex., aflibercepte, 
ranibizumabe, bevacizumabe), corticoides intraoculares, 
vitrectomia ou uma combinação destes. 
Fisiopatologia 
A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira, 
especialmente em adultos em idade de trabalho. O grau de 
retinopatia está altamente correlacionado com os seguintes 
fatores 
 Duração do diabetes 
 Níveis sanguíneos de glicose 
 
 
21 
 
 Níveis de pressão arterial 
A gestação pode prejudicar o controle de glicose no sangue 
e, assim, agravar a retinopatia. 
Retinopatia não proliferativa 
Retinopatia não proliferativa (também conhecida como 
retinopatia de fundo) se desenvolve primeiro e causa 
aumentoda permeabilidade capilar, microaneurismas, 
hemorragias, exsudatos, isquemia macular e edema macular 
(espessamento da retina causado pelo extravasamento de 
líquido a partir dos capilares). 
Retinopatia proliferativa 
A retinopatia proliferativa se desenvolve após a retinopatia 
não proliferativa e é mais grave; ela pode causar 
hemorragia vítrea e descolamento da retina de tração. A 
retinopatia proliferativa é caracterizada por formação de 
vasos novos anormais (neovascularização), que ocorre na 
superfície (vítreo) interna da retina, e pode estender-se 
para dentro da cavidade vítrea, causando hemorragia 
vítrea. A neovascularização é muitas vezes acompanhada 
por tecido fibroso pré-retínico que, juntamente com o 
vítreo, pode se contrair, resultando em descolamento da 
retina de tração. A neovascularização também pode ocorrer 
no segmento anterior do olho sobre a íris; pode ocorrer 
crescimento da membrana neovascular no ângulo da câmera 
anterior do olho na margem periférica da íris, e esse 
crescimento leva a glaucoma neovascular. A perda de visão 
com retinopatia proliferativa pode ser grave. 
Edema macular clinicamente significativo pode ocorrer com 
retinopatia não proliferativa ou proliferativa e é a causa 
mais comum de perda de visão devido a retinopatia 
diabética. 
 
 
22 
 
 
Sinais e sintomas 
Retinopatia não proliferativa 
Os sintomas visuais são causados por edema ou isquemia 
macular. Mas os pacientes podem não ter perda de visão 
mesmo com retinopatia avançada. Os primeiros sinais da 
retinopatia não proliferativa são 
 Microaneurismas capilares 
 Hemorragias retinianas 
 Exsudatos duros 
 Exsudatos algodonosos (exsudatos moles) 
 
 
 
Retinopatia diabética (não proliferativa) 
 
Exsudatos duros são partículas discretas e amarelas 
dentro da retina. Quando presentes, eles sugerem edema 
crônico. Manchas algodonosas são áreas do microinfarto da 
camada de fibras nervosas da retina que levam à 
opacificação retínica; suas margens são indistintas e os 
vasos subjacentes são brancos e obscuros. 
Os sinais em estágios posteriores são 
 Edema macular (visto na lâmpada de fenda 
biomicroscópica como elevação e indefinição das 
camadas da retina) 
 
 
23 
 
 Dilatação venosa e anormalidades microvasculares 
intrarretinianas 
 
Retinopatia proliferativa 
Os sintomas podem incluir visão borrada, moscas volantes 
(pontos negros) ou luzes brilhantes no campo de visão, bem 
como perda de visão súbita, aguda e indolor. Esses sintomas 
são tipicamente causados por hemorragia vítrea ou 
descolamento da retina de tração. 
A retinopatia proliferativa, diferentemente da não 
proliferativa, causa a formação de neovascularização dos 
vasos pré-retinianos visível no nervo óptico ou na superfície 
da retina. Edema macular ou hemorragia retiniana pode ser 
visível à fundoscopia. 
 
 
 
Retinopatia diabética (proliferativa) 
Diagnóstico 
 Fundoscopia 
 Retinografia colorida 
 Angiofluoresceinografia 
 Tomografia de coerência óptica 
O diagnóstico é por fundoscopia. Retinografia colorida 
ajuda a classificar o nível da retinopatia. A 
angiofluoresceinografia é utilizada para determinar a 
extensão da retinopatia, desenvolver um plano de 
tratamento e monitorar os resultados. Tomografia de 
 
 
24 
 
coerência óptica também é usada para avaliar a gravidade 
do edema macular e da resposta ao tratamento. 
Triagem 
Como a detecção precoce é importante, todos os pacientes 
com diabetes devem fazer um exame oftalmológico anual. 
Pacientes grávidas com diabetes devem ser examinadas a 
cada trimestre. Sintomas visuais (p. ex., visão turva) são 
indicações para avaliação oftalmológica. 
Tratamento 
 Controle da glicemia e da pressão arterial 
 Para edema macular, injeção intraocular de fármacos 
do fator de crescimento endotelial antivascular (anti-
VEGF), implantes intraoculares de corticoides, laser 
focal e/ou vitrectomia 
 Na retinopatia proliferativa complicada ou de alto 
risco, medicamentos anti-VEGF, fotocoagulação a 
laser panretiniana e, às vezes, vitrectomia 
Controle da glicemia e da pressão arterial são medidas 
fundamentais, pois o controle intensivo da glicose no sangue 
retarda a progressão da retinopatia. O edema de mácula 
diabético com repercussão clínica significativa é tratado 
por meio de injeção intraocular de fármacos anti-VEGF (p. 
ex., ranibizumabe, bevacizumabe, aflibercepte) e/ou 
fotocoagulação focal a laser (1). O implante de 
dexametasona intraocular e triancinolona intravítrea pode 
tratar olhos com edema macular persistente. Em alguns 
países, o implante intraocular de fluocinolona está 
disponível para pacientes com edema de mácula diabético 
crônico. Vitrectomia pode ser útil no edema macular 
diabético recalcitrante. Em casos selecionados de 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-da-retina/retinopatia-diab%C3%A9tica#v28588151_pt
 
 
25 
 
retinopatia grave não proliferativa, fotocoagulação com 
laser pan-retiniana pode ser utilizada; mas esse 
procedimento pode ser postergado até a retinopatia 
proliferativa se desenvolver. 
A retinopatia diabética proliferativa com características 
de alto risco de hemorragia do vítreo, neovascularização 
pré-retiniana extensa ou neovascularização do segmento 
anterior/glaucoma neovascular deve ser tratada com laser 
de fotocoagulação pan-retiniano. Estudos recentes também 
corroboraram o uso de anti-VEGF intravítreos no 
tratamento da retinopatia diabética proliferativa (2). 
Esses tratamentos reduzem significativamente o risco de 
perda grave de visão. 
Vitrectomia pode ajudar a preservar e restaurar a visão 
perdida, muitas vezes em pacientes com qualquer um dos 
seguintes: 
 Hemorragia vítrea persistente 
 Formação extensiva de membrana pré-retiniana 
 Descolamento da retina tracional 
- Edema macular diabético recalcitrante 
O edema macular diabético é uma grave consequência do 
diabetes não controlado. Ao longo do tempo, níveis 
glicêmicos altos (glicose no sangue) podem levar a 
complicações vasculares em vários tecidos e órgãos, como no 
coração, sistema nervoso, rins, membros inferiores (pernas 
e pés) e inclusive nos olhos.1-3 
O diabetes mellitus é uma doença muito comum em indivíduos 
de todas as idades, e o número de casos vem aumentando nos 
últimos anos. Estima-se que 422 milhões de pessoas vivam 
com o diabetes, o que corresponde a quase 9% da população 
mundial.1,2 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-da-retina/retinopatia-diab%C3%A9tica#v28588151_pt
 
 
26 
 
Existem duas formas de o diabetes acometer a retina, sendo 
uma delas o edema macular diabético e a outra a retinopatia 
diabética. O diabetes é hoje a principal causa de cegueira 
em pessoas na idade produtiva. Ele afeta os vasos sanguíneos 
do olho, em particular os vasos da retina, que é a área do 
olho responsável por formar as imagens enviadas ao 
cérebro.3-6 
 
O edema macular diabético (EMD), também conhecido como 
maculopatia diabética, é caracterizado pelo acúmulo de 
líquido na mácula, que é a área da retina responsável pela 
visão central nítida, usada para ler, reconhecer rostos, cores 
e dirigir.4-6 
O edema macular diabético é na verdade uma consequência 
da retinopatia diabética. O EMD pode ocorrer em qualquer 
estágio da retinopatia diabética, embora o risco aumente de 
acordo com a gravidade da retinopatia diabética. Cerca de 
metade das pessoas com retinopatia diabética desenvolve 
também EMD.3-6 
A principal causa do desenvolvimento do edema macular 
diabético são alterações estruturais nos vasos da retina 
causadas pela hiperglicemia (altos níveis de açúcar no 
sangue). Quando o diabetes não está controlado, a 
hiperglicemia desencadeia várias alterações no nosso corpo, 
como aumento do fator de crescimento endotelial vascular 
(VEGF),danos na estrutura do DNA e de outros 
componentes celulares (danos oxidativos) e da inflamação 
crônica. Essas alterações lesam os vasos sanguíneos e 
aumentam a permeabilidade vascular da retina. À medida que 
se tornam mais permeáveis, líquidos, proteínas e outras 
moléculas vazam de dentro dos vasos sanguíneos e se 
acumulam próximos da retina e da mácula formando o edema 
macular diabético.4 
 
 
27 
 
 
No início o edema geralmente não apresenta sinais ou 
sintomas, mas com o passar do tempo, a visão se torna 
borrada e distorcida e, se não diagnosticado e tratado 
corretamente o EMD pode evoluir para cegueira irreversível. 
Portanto, manter o controle da glicemia e as consultas 
frequentes ao endocrinologista e ao oftalmologista são as 
melhores formas de evitar a perda da visão. Por isso, pessoas 
com diabetes precisam ter cuidado redobrado com a saúde 
ocular, e procurar um especialista periodicamente ou caso 
apresentem qualquer alteração da visão.3,5 
Durante muitos anos, a cirurgia a laser era o único 
tratamento para o edema macular diabético. No entanto, 
mais recentemente, tratamentos com medicamentos como os 
anti-VEGF e implantes de corticosteroides têm 
demonstrado barrar a progressão do edema macular 
diabético e, em alguns casos, até recuperar parte da visão 
perdida em muitos pacientes com EMD.3,4,7 
 
- Catarata 
Catarata é o embaçamento (opacidade) do cristalino, que 
provoca perda progressiva e indolor da visão. 
 A visão pode ficar embaçada, perder o contraste e 
serem visíveis halos em torno de luzes. 
 
 
28 
 
 Os médicos conseguem reconhecer a catarata ao 
examinar o olho com um oftalmoscópio ou lâmpada de 
fenda. 
 A maioria das cataratas podem ser retiradas e 
substituídas por lentes artificiais. 
A catarata é a principal causa de cegueira em todo o mundo. 
A catarata é comum nos Estados Unidos onde afeta a 
maioria da população de idosos. Cerca de uma em cada cinco 
pessoas com idade entre 65 e 74 anos desenvolve um grau 
de catarata avançado o bastante para reduzir a visão, e 
cerca de uma em cada duas pessoas com mais de 75 anos 
tem catarata. Felizmente, nos Estados Unidos as pessoas 
podem ter um tratamento adequado da catarata antes de 
chegarem à fase da cegueira. 
A catarata em geral surge com a idade ou se manifesta sem 
causa aparente. No entanto, outros fatores de risco 
incluem: 
 Lesão no olho 
 Uso prolongado de alguns medicamentos (como 
corticosteroides) 
 Exposição prolongada a raios x (como radioterapia no 
olho) 
 Doenças oculares inflamatórias e infecciosas 
(como uveíte) 
 Doenças como diabetes 
 Má nutrição 
 Tabagismo 
 Exposição prolongada à luz solar direta 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-oculares/o-exame-do-olho#v1157375_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/diagn%C3%B3stico-de-doen%C3%A7as-oculares/o-exame-do-olho#v1157375_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/les%C3%B5es-oculares/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-les%C3%B5es-oculares
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/uve%C3%ADte-e-dist%C3%BArbios-relacionados/uve%C3%ADte
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/diabetes-mellitus-dm-e-dist%C3%BArbios-do-metabolismo-da-glicose-no-sangue/diabetes-mellitus-dm
 
 
29 
 
 Uso de álcool 
 Exposição ao calor de infravermelho 
Pessoas que tiveram catarata em um olho têm mais 
probabilidade de ter mais tarde no outro olho. Algumas 
vezes a catarata pode se desenvolver em ambos os olhos ao 
mesmo tempo. Os bebês podem nascer com catarata 
(catarata congênita) e crianças também podem desenvolver 
a catarata, geralmente devido a lesão ou doença. 
As cataratas geralmente se desenvolvem lentamente ao 
longo de anos. Visto que a luz que entra no olho passa 
sempre pelo cristalino, a catarata (opacidade do cristalino) 
pode bloquear e distorcer a luz, o que causa a má visão. Os 
sintomas iniciais podem incluir: 
 Visão de halos e pontos luminosos em volta da luz 
(brilho) 
 Dificuldade para leitura devido à dificuldade de 
distinguir o contraste entre o claro e o escuro das 
letras impressas em uma página 
 Necessidade de mais luz para ver bem 
 Problemas em distinguir azul escuro de preto 
 Visão embaçada 
 Cores aparentando mais amarelas e menos vibrantes 
 Menos comum, a leve visão dupla (também chamada de 
imagens fantasma) 
Embora a catarata raramente provoque dor, algumas vezes 
pode inchar e aumentar a pressão no olho (glaucoma), o que 
pode ser doloroso. 
 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/catarata-cong%C3%AAnita
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/glaucoma/glaucoma
 
 
30 
 
 
How Cataracts Affect Vision 
À esquerda, o cristalino normal recebe e foca a luz na 
retina. À direita, a catarata impede a passagem de luz pelo 
cristalino e dispersa a luz, não deixando que o foco nítido 
chegue na retina. 
 
As mudanças na visão que uma catarata provoca dependem 
da intensidade de luz que entra no olho e da localização da 
catarata. 
Com uma catarata no centro (dentro) do cristalino 
(catarata nuclear), os seguintes sintomas são mais comuns: 
 Piora da visão à distância 
 Inicialmente, há melhora da visão de perto visto que a 
catarata atua como um cristalino mais forte, portanto 
recentralizando a luz. 
As pessoas que precisavam de óculos de leitura desde os 40 
e poucos anos podem descobrir que podem ver de perto 
novamente sem seus óculos, um fenômeno chamado 
"segunda visão". Esse efeito é temporário e desaparece 
conforme a catarata torna-se mais opaca. 
 
 
31 
 
Com a catarata próxima da parte posterior do cristalino 
(catarata subcapsular posterior), os seguintes sintomas são 
mais comuns: 
 Visão embaçada (menor acuidade visual) quando a 
pupila se contrai (por exemplo, na luz intensa ou 
durante a leitura) 
 Perda de contraste 
 Halos e pontos de luzes (brilhos) intensos de lâmpadas 
muito fortes ou faróis de carros à noite. 
Pessoas que tomam medicamentos que provocam contração 
da pupila (por exemplo, alguns colírios para o glaucoma) 
também podem sofrer maior perda da visão. 
A catarata é uma doença que atinge o cristalino — uma das 
lentes naturais do olho —, deixando a visão embaçada e 
cinzenta. Embora a correlação entre a catarata e a diabetes 
ainda não seja totalmente conhecida, sabe-se que o excesso 
de glicose no sangue pode causar alterações no cristalino, 
levando a uma perda de transparência. 
Além disso, sabe-se também que alguns fatores estão 
intimamente ligados ao surgimento da catarata em pacientes 
com diabetes, como: 
 Diabetes tipo 1; 
 O tempo de duração do diabetes; 
 Idade avançada no momento do diagnóstico do 
diabetes; 
 Retinopatia diabética avançada; 
 Uso de diuréticos; 
 Controle metabólico inadequado. 
https://vivaoftalmologia.com.br/catarata-saiba-tudo-sobre-doenca/
 
 
32 
 
Como a catarata evolui lentamente, sem que o paciente 
perceba, na maioria dos casos, ela só é descoberta quando a 
pessoa passa por um exame de fundo de olho, em uma 
consulta de rotina com o oftalmologista. Daí a importância 
do diabético em ter um acompanhamento com o médico dessa 
especialidade. 
- Glaucoma 
Outra doença que pode surgir em pacientes diabéticos é 
o glaucoma. Trata-se de uma doença que acomete o nervo 
óptico, causada, na maioria das vezes, pelo aumento da 
pressão intraocular. 
Segundo a Sociedade Americana de Diabetes, pessoas com 
diabetes tipo 2 são 40% mais propensas a sofrer de 
glaucoma do que aquelas sem a doença. 
Em seu estágio inicial, o glaucoma é assintomático no início. 
Ela só começa a se mostrar mais evidente quando ela afeta 
a visão periférica dopaciente. A partir daí, a pessoa só 
consegue enxergar pessoas e objetos que estejam à sua 
frente. 
E é importante lembrar: o glaucoma não tem cura e, uma vez 
instalado, não é possível revertê-lo mesmo controlando a 
diabetes. Por isso, é muito importante que todas as pessoas, 
principalmente os diabéticos, consultem-se regularmente 
com um oftalmologista. 
O que é glaucoma? 
Glaucoma não é uma doença única, mas sim um grupo de 
doenças que resultam na lesão no nervo óptico, o responsável 
por levar os estímulos visuais captados pelos olhos até o 
https://vivaoftalmologia.com.br/glaucoma-sintomas-e-tratamento/
 
 
33 
 
cérebro. Com o nervo óptico lesado, as imagens captadas 
pelos olhos não chegam cérebro e o resultado é a cegueira. 
O glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no 
mundo. A cegueira pela catarata é mais comum que pelo 
glaucoma, mas ela é uma causa de cegueira reversível. 
Causas 
Um aumento da pressão intraocular, ou seja, da pressão 
dentro dos olhos, é a principal causa de glaucoma, porém, não 
é a única. Existem casos de glaucoma onde a pressão 
intraocular encontra-se normal.Entre a córnea e o cristalino 
existe uma cavidade que é preenchida com um líquido, 
chamado de humor aquoso. O humor aquoso é 
constantemente produzido e drenado, de modo que o seu 
volume e pressão mantém-se sempre mais ou menos 
constantes. 
 
Quando ocorre 
algum distúrbio 
neste ciclo, seja 
por aumento da 
produção do 
humor aquoso, ou 
por uma 
diminuição da sua 
drenagem, o 
aumento de líquido 
nesta cavidade 
causa uma 
aumento da 
pressão dentro 
dos olhos. 
https://www.mdsaude.com/oftalmologia/catarata/
 
 
34 
 
A pressão intraocular normal varia entre 8 e 21 mmHg. 
Quando esta se torna maior que 21 mmHg, começa a haver 
risco de lesão do nervo óptico. 
O problema do glaucoma é o fato deste ser uma doença 
silenciosa já que o simples aumento da pressão intraocular 
não é capaz de causar nenhum sintoma. 
Diferenças entre glaucoma de ângulo aberto e de ângulo 
fechado 
O humor aquoso que circula na cavidade anterior do olho é 
drenado constantemente através de um tecido poroso, 
parecido com uma peneira, chamado de malha trabecular. 
O glaucoma de ângulo fechado ocorre quando há uma 
obstrução física à malha trabecular e, consequentemente, à 
drenagem deste líquido. No glaucoma de ângulo aberto a 
malha trabecular está livre de obstruções, porém, sua 
capacidade de drenagem está reduzida. 
Para facilitar o entendimento, imagine a malha trabecular 
como o ralo da pia e a água da torneira aberta como a 
produção de novo humor aquoso. 
O glaucoma de ângulo fechado é semelhante ao que ocorre 
quando subitamente colocamos uma tampa no ralo e 
impedimos por completo a drenagem da água. Já o glaucoma 
de ângulo aberto seria aquele caso em que a abertura do ralo 
está livre, mas há algum grau de entupimento dos canos 
impedindo a drenagem completa da água, fazendo com está 
lentamente vá subindo de nível. 
O glaucoma de ângulo fechado agudo (que ocorre 
subitamente) é uma emergência médica, pois a pressão intra-
ocular sobe rapidamente, e em questão de horas, o nervo 
 
 
35 
 
óptico pode ser destruído, levando a perda irreversível da 
visão. 
Sintomas 
O glaucoma é uma doença perigosa porque ela habitualmente 
não provoca sintomas nas fases iniciais. 
Só quando a pressão ocular está muito elevada, geralmente 
maior do que 40 mmHg, é que o paciente pode sentir dor nos 
olhos e na cabeça. Isso ocorre com mais freqüência nos 
glaucomas de ângulo fechado. 
A cegueira causada pelo glaucoma também pode ser 
traiçoeira, porque ela costuma ocorrer de modo lento e de 
fora para dentro, ou seja, acomete primeiro o campo de visão 
periférico e progressivamente vai se tornando mais central, 
como na ilustração abaixo. 
Às vezes, o processo de perda de visão é tão gradual que o 
paciente só nota estar ficando cego em fases avançadas do 
glaucoma. 
Os principais sintomas do glaucoma de ângulo fechado agudo 
são: 
 Forte dor nos olhos. 
 Náuseas e vômitos. 
 Visão borrada. 
 Olhos vermelhos. 
 Diminuição da visão, perincipalmente se há baixa 
luminosidade. 
O glaucoma de ângulo fechado também pode ocorrer de 
modo crônico, quando a obstrução da malha trabecular 
ocorre de modo progressivo. Neste caso a evolução é mais 
lenta, parecida com o glaucoma de ângulo aberto. 
 
 
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No glaucoma de ângulo aberto, como já dito, o quadro é 
insidioso, progredindo lentamente sem causar sintomas até 
fases avançadas da doença, quando o paciente nota estar 
perdendo a visão. 
Fatores de risco 
 Pressão intraocular elevada – A imensa maioria dos casos 
de glaucoma estão associados a hipertensão ocular, 
porém, por motivos ainda não bem esclarecidos, existem 
casos de lesão do nervo óptico mesmo com a pressão 
intraocular normal. 
 Raça negra – Não se sabe o porquê, mas negros têm de 6 
a 8 vezes mais chances de desenvolver glaucoma que 
brancos. Além disso, o glaucoma em negros também 
costuma ser mais grave. 
 Idade – Todo mundo com mais de 60 anos apresenta maior 
risco de desenvolver glaucoma. Negros devem começar a 
ter sua pressão ocular avaliada a partir dos 30 anos. 
 História familiar de glaucoma – Pessoas com parente de 
primeiro grau com glaucoma apresentam até 6 vezes mais 
chances de também desenvolverem a doença. 
 Diabetes – Pacientes diabéticos parecem ter maior risco 
de desenvolverem glaucoma. 
 Uso crônico de corticoides. 
 
 
 
 RECONHECER OS MECANISMOS DA 
VISÃO/DESCREVER AS VIAS DA VISÃO E O 
MECANISMO DE FORMAÇÃO E INTERPRETAÇÃO 
DA IMAGEM/DESCREVER AS VIAS SENSORIAIS 
A PARTIR DA RETINA QUE NÃO TÊM A FUNÇÃO 
DA VISÃO. 
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/diabetes/
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/glicocorticoides/

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