Buscar

Constitucionalismo Formal x Material

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Universidade Veiga de Almeida - UVA Página 1 de 2 
 
 
 
 
Curso: Direito 
Disciplina: Teoria da constituição 
Professor: Vania Siciliano Aieta 
Aluno: Luiz Alberto Ramos 
Tijuca, 3º Período / Noite 
 
Atividade Individual Avaliativa 
 
Este trabalho tem por finalidade fazer uma comparação entre o constitucionalismo formal do 
século XVIII e o constitucionalismo material século XX. Passando pela 1ª fase das revoluções 
burguesas. Tendo uma atenção as principais constituições destes dois períodos, bem como suas 
características fundamentais neste contexto. 
Para iniciar, vamos trazer uma lembrança, sobre o conceito de Direito Constitucional material 
e formal. 
 
É corrente, no Direito Constitucional moderno, a distinção entre Direito Constitucional material 
e Direito Constitucional formal. Do ponto de vista material, tanto o Direito Constitucional, 
como a própria Constituição, definem-se pelo seu conteúdo, como aquele conjunto de regras de 
direito mais importantes para o Estado, as que lhe traçam a forma, a estrutura, a competência e 
as relações recíprocas de seus órgãos, os direitos dos cidadãos, os fins essenciais do Estado. 
A maneira de existir de qualquer Estado, será a sua "Constituição". O Estado não pode existir 
de verdade e manifestar-se como unidade de poder, para atingir os seus fins, sem estabelecer 
de forma clara quem deve exercer o poder e as regras e limites para esse exercício. Do ponto 
de vista formal, define-se como um conjunto de normas e princípios elaborados em um 
documento solene, que não pode ser elaborado nem modificado senão de acordo com certos 
processos, que se revestem de valor superior aos processos de elaboração e modificação das 
leis ordinárias, isto é, das normas jurídicas em geral. Podemos considerar normas de Direito 
Constitucional formal apenas as contidas numa Constituição rígida. Para Santi Romano, 
“podemos conceitua-lo, de forma sintética, como “o ordenamento supremo do Estado”, e 
analiticamente como “o direito que assinala a existência do Estado, o qual começa a ter vida 
quando possui uma determinada Constituição (...), ou seja, o Estado, só existe de forma efetiva 
através de sua constituição, independente do conceito. 
 
O constitucionalismo em sua textura clássica surgiu com a Revolução Francesa. Apesar de Santi 
Romano insistir em alegar que o constitucionalismo tem origem inglesa, sendo, portanto, mais 
antigo do que a Revolução Francesa, “a consolidação do Estado Constitucional teve seu início 
na experiência inglesa, porem a Revolução Francesa com a rationalization du povoir que 
solidificou as bases do constitucionalismo moderno. Sendo essa última o nosso ponto de 
interesse. Vale lembrar que histórica e filosoficamente a constituição não é fruto da razão, e 
sim de uma lenta transformação histórica, com interferência de fatores reais e também 
irracionais. 
 
 
 
 
Universidade Veiga de Almeida - UVA Página 2 de 2 
 
 
 
 
A 1ª fase da História do Constitucionalismo está atrelada ao ímpeto quanto a positivação dos 
direitos e garantias aptos a salvaguardar os indivíduos contra o arbítrio do Estado. “Liberdade, 
igualdade e fraternidade” lema da Revolução francesa, inspirado no pensamento iluminista. A 
consolidação ou a racionalização do poder político significava simplesmente a necessidade de 
estabelecimento dos direitos individuais, O Constitucionalismo está associado direitos 
fundamentais, a limitação do poder do Estado e a separação dos poderes, foi caracterizado pelo 
surgimento de Constituições escritas, rígidas e dotadas de supremacia constitucional. 
A ideia de constitucionalismo moderno, clássico ou liberal, surge no final do século XVIII, 
tendo como um dos principais representantes, a constituição francesa, de 3 de setembro de 1791, 
servindo de inspiração para a maioria das Constituições ocidentais. Elas promoveram uma 
estabilidade ao sistema, pois seus princípios passaram a ser positivados e garantidos. 
O constitucionalismo material / social, em meados do século XX, teve a característica de 
concretização das prestações materiais prometidas para a sociedade, servindo como ferramenta 
para a implantação de um Estado Democrático Social de Direito. Devido às atrocidades 
cometidas na segunda grande guerra, pela Alemanha do Terceiro Reich. Que propiciou Hitler 
usar a lei para realizar os atos terríveis na história da humanidade, onde imperava a interpretação 
literal, e não haviam princípios firmados no ordenamento. As nações admitiram que a forma de 
interpretação da constituição deveria ser modificada. E deveria ter gradativamente, uma relação 
reciproca bilateral entre o direito e a moral, na sua forma de interpretação e aplicação. Sendo 
assim a constituição se tornou o ponto mais importante de todo ordenamento jurídico, As 
Constituições europeias deixam de ser meros documentos retóricos e de inspiração política e 
passam a ter força normativa. Nesta fase surgem os direitos difusos, como o direito à paz, ao 
meio ambiente e ao desenvolvimento. É considerada uma fase de transição do Estado 
Legislativo de Direito (Inglaterra e França) para o Estado Constitucional de Direito, estando 
presente na Europa nas constituições da Itália (1947) e da Alemanha (1949) e na segunda 
metade do século XX podemos citar como exemplo a constituição brasileira de 1988 
(constituição cidadã). 
 
 
 
 
Referencias 
 
TEIXEIRA, J. H. Meirelles. Curso de Direito Constitucional. Rio de Janeiro, Forense 
Universitária, 1991. 
THÓ, Hanna. Constitucionalismo e sua influência na Europa e nas Américas. Disponível em, 
https://jus.com.br/artigos/53472/constitucionalismo

Outros materiais