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PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 35 2. PRESSUPOSTOS DA PNL, FEEDBACK E OBJETIVOS 2.1. PRESSUPOSTOS E FUNDAMENTOS DA PNL PNL não é uma teoria mas um modelo. Este modelo assenta seus princípios epistemológicos, afirmando que "não podemos testar essas ideias e não podemos provar que são verdadeiras ou corretas ou se são compostas de uma última realidade, mas aceitamos e o fazemos porque nos são úteis na tarefa de mudar e conquistar coisas, baseando-nos em um conjunto de pressupostos úteis para a compreensão do funcionamento das pessoas, estratégias de comunicação e mudança. São como bases que favorecem a compreensão do funcionamento da estrutura subjetiva de cada pessoa. Estes pressupostos da PNL foram extraídos dos seguintes campos: Semântica geral (Alfred Korzybsky). Gramática Transformacional (Noam Chomsky). Teoria dos sistemas (Gregory Bateson). Cibernética (W. Ross Sabih). Pragmatismo (William James). Fenomenologia (Edmund Husserl). Positivismo Lógico (Bertrand Russell e Alfred Whitedhead). Neurociências (diversos autores que estudam: anatomia, fisiologia, bioquímica molecular e o sistema nervoso). Pressupostos Os pressupostos da PNL referem-se a: - Como percebemos a realidade e a realidade em si mesma. g2130017 Realce g2130017 Realce PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 36 - A capacidade das pessoas. - As interrelações entre os humanos. - A natureza da mudança no ser humano. O mapa não é o território Tudo o que acontece no nosso cérebro no que diz respeito determinado evento não corresponde a esse evento em si mas na nossa percepção desse evento. O homem tenta dar sentido aos eventos para encaixá-los no modelo do seu mundo particular. Para esta finalidade são construídas representações internas do mundo na mente que consistem em informações recebidas através dos sentidos, além da linguagem. Essas representações internas (mapas) e sua construção são determinadas por fatores genéticos e pela história pessoal e não podem ser confundida com a realidade. Nas palavras de Alfred Korzybski (1941) " o mapa não é território, cada mapa é construído pelo próprio cartógrafo, é auto reflexivo, e nenhum mapa pode cobrir todo o território". Bandler e Grinder desenvolveram amplamente tal ideia. Deste ponto de vista, os conflitos entre as pessoas surgem quando um indivíduo quer impor seu mapa como realidade absoluta, visto que cada pessoa responde ao seu mapa, a construção ou a percepção da realidade, mas não a própria realidade. Para a PNL, mapas que realmente importam são os mapas eficazes, que podem ser adaptados a um maior número de situações úteis e que ajudam a alcançar o objetivo desejado. Todas pessoas têm os recursos necessários para atingir os objetivos que desejam: “As pessoas funcionam perfeitamente bem e executam muito bem os programas ruins (depressão, falta de decisão, ser defensivo, etc.) ” Richard Bandler PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 37 “Todas as pessoas de sucesso têm um conjunto de crenças poderosas, começando com que as coisas são possíveis e a colocando até a última fibra do seu corpo na busca de como fazê-las”. Richard Bandler A PNL sustenta que todo ser humano possui uma capacidade inata de enfrentar os problemas e criar o estado dos recursos necessários para alcançar sua definição de sucesso. Após esta afirmação pode-se dizer que a PNL adota um aspecto educacional. PNL tenta ajudar as pessoas a descobrir que são capazes de alcançar seus próprios recursos e melhorar as habilidades e capacidades que já possuem. Cada ser humano geneticamente possui uma rede neural organizada com um número infinito de funções entre elas, a capacidade de aprender e a vontade e motivação para fazê-lo. O importante é saber como funciona essa capacidade e como fazê-la funcionar. “A maioria das pessoas não usam seus próprios cérebros de uma maneira ativa e intencional. O cérebro é como uma grande máquina sem botão de desligar. Se não o damos nenhuma tarefa, continua em funcionamento até que se aborreça. Se colocamos uma pessoa em uma prisão privada de sensações onde não exista nenhuma experiência externa, essa pessoa começaria a gerar experiências internas. Se o cérebro passa o dia sem fazer nada, ele vai começar a fazer alguma coisa e não se importa com o quê. Nós podemos importar-nos, mas ele não (...). ” “ (…) se você não der ao cérebro uma indicação, ele funcionará de forma aleatória sozinho ou existirão outras pessoas que encontrem formas de dirigi-lo sem que pensem em nosso benefício, ou mesmo se pensassem em nós poderiam estar equivocados. ” Richard Bandler (1985) g2130017 Realce g2130017 Retângulo PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 38 “Não existem fatos, apenas interpretações” Nietzsche Modelagem: Toda conduta (factível biologicamente) pode ser aprendida: “Afortunadamente, a maior parte da conduta humana se aprende por observação, mediante a modelagem”. Bandura Modelagem é, de acordo com a PNL, o processo em que uma sequência de padrões de pensamento, linguagem e conduta é reproduzida. É feito através da adoção temporária da identidade e crenças da pessoa que é modelada, e especificamente focando nas habilidades que queremos modelar. No entanto se deve ter em conta que o que é modelado são as condutas, não as pessoas. A mente capta, processa e armazena as informações do ambiente externo através dos sentidos sob a forma de imagens, sons, sentimentos, cheiros e sabores. Este conjunto de elementos são levados em conta para depois desenvolver diferentes habilidades. Na PNL este processo é chamado de estratégia, que não é nada mais do que uma ordem de sequências dessas imagens, sons e sensações que nos permitem agir. O cérebro tem estratégias para gerar experiências: amar, odiar, aprender, motivar, atender, ensinar, aprender, soletrar, falar, e qualquer outro comportamento. Portanto, as habilidades funcionam através do desenvolvimento e da ordem sequencial dos sistemas de representação. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 39 “Todo nosso comportamento externo é controlado por estratégias do comportamento interno”. Robert Dilts O fracasso não existe, sempre há resultados O fracasso não existe, existem apenas os resultados. Isto pode ser usado como interação, correções úteis e uma excelente oportunidade para realizar coisas que pareceriam desapercebidas. “O fracasso é simplesmente uma forma de descrever um resultado que você não queria. Você pode usar os resultados que você conseguiu corrigir na direção de seus esforços. A interação mantém o alvo à vista ” (O’Connor, J. e Seymour, J.). Da mesma forma, um erro pode ser lido como uma oportunidade para aprender, melhorar e evoluir. Se algo não funcionar, temos que mudar para resultados diferentes, há que produzir uma mudança para alcançar o objetivo desejado. “Se você sempre faz o que sempre fez, sempre obterá o que sempre obteve. Se o que faz não estiver funcionando, faça outra coisa”. O’Connor, J. e Seymour, J. Quando uma pessoa toma uma decisão e conduz um comportamento, sempre tentará escolher a melhor alternativa possível. É habitual não entendermos as decisões ou comportamentos tomados pelas pessoas ao nosso redor, já que tendemos a ver o mundo através do nosso mapa pessoal. Se fizermos o exercício de ler o mapa da outra pessoa, vamos entender a razão da sua conduta, a razão para escolher uma alternativa e não outraque para nós seria a adequada. g2130017 Realce PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 40 Se lemos o mapa de outras pessoas em vez de nos causarem raiva ou tristeza por não entendermos determinada conduta, despertaremos em nós emoções de compaixão, otimismo, ternura, esperança e, acima de tudo, compreensão. Flexibilidade Em qualquer situação, a pessoa que tem mais opções na hora de atuar, que tem a maior flexibilidade de comportamento, será a única que possui o controle da situação. O’Connor, J. e Seymour, J. Sistema: mente e corpo Hoje os cientistas do campo da saúde definiram um modelo com o qual avaliar e tratar o ser humano, este modelo é chamado modelo Psicobiosocial. É uma abordagem participativa entre saúde e doença que se refere ao fator biológico (fatores químicos e biológicos), psicológico (pensamentos, emoções e comportamentos) e fatores sociais. Esta abordagem é utilizada em vários campos: medicina, psicologia, pedagogia, sociologia, etc. Isto é, que a partir do grupo médico que concordam com a importância Reflexão: você já se sentiu ofendido/irritado pelo comportamento de alguém, ou pela decisão de outra pessoa? 1. Por que você ficou com raiva? 2. Pense no porquê dessa decisão ou conduta. 3. Leia o próprio mapa da pessoa 4. O mapa dele é diferente do seu? 5. Era a melhor opção que você tinha no momento? 6. Essa pessoa era flexível? 7. Possuía uma vasta gama de técnicas e recursos para atuar? 8. Entenda-o. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 41 de explicar os diferentes fenômenos (doença, comportamento) da percepção do corpo- mente como uma única entidade composta por dois elementos que estão inter- relacionados. Atualmente, inclusive, sabe-se que existem muitas doenças físicas cuja a origem pode ser influenciada pelo estresse emocional: úlceras, colite ulcerosa, enxaqueca, artrite, asma, alergias e até mesmo câncer. A mente é um órgão funcional do corpo humano. Sua fisiologia não se altera unicamente pela administração de um fármaco. Os pensamentos e as emoções também agem no cérebro como um fármaco, já que modificam química e eletricamente o cérebro. Sabemos que usamos exatamente as mesmas vias neurológicas do nosso comportamento externo como se fossem nossas funções internas. Assim, a aprendizagem das funções internas pode ser exteriorizada para o comportamento. Toda conduta tem uma intenção positiva Todo comportamento humano tem intenções positivas como fonte. No entanto, isso não significa que todo o comportamento está correto, mas que todo comportamento é dado para atender determinadas necessidades. O que acontece quando a conduta não é apropriada é que ele pretende alcançar algo importante e a pessoa busca seus mecanismos e recursos. A intenção neste momento é positiva, mas podem aplicar-se filtros através de conhecimentos limitados e equívocos, de forma que conduzirá a conduta incorreta ou inadequada. Nos casos em que descobrimos que uma pessoa está envolvida em comportamentos mal-intencionados (magoar alguém, mentir, vingança, etc.), temos que fazer o exercício de buscar a intenção positiva do sujeito. É possível, Reflexão: Você se sente mal emocionalmente em algum aspecto de sua vida? Em que parte do seu corpo sente? Cervicais? No peito? Cabeça? Em que órgão sente essa dor emocional? Estômago? Intestinos? Coração? Note que esse lugar pode ser o próximo locus de uma doença. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 42 ainda assim, encontrar um resultado mais profundo do que aparentemente se pode observar. Quando aplicamos este pressuposto para os outros, primeiro o que precisa ser feito é descobrir a intenção positiva que está oculta por trás do comportamento. É possível que algumas pessoas descubram que houve uma intenção positiva que era desconhecida, e para outros é possível criar uma representação interna que irá ajudá-los a compreender o comportamento. Pode-se dizer que toda conduta é útil em algum contexto, embora isto não justifique o comportamento imoral, antiético, nocivos ou prejudiciais para alguém. Simplesmente serve para explicar uma parte do comportamento humano e tornar-se uma distinção entre a conduta e a pessoa. O ser humano é muito mais do que sua conduta. Assim que trata-se de entender a razão de realizarmos diferentes condutas em cada contexto ao invés de justificar ou julgá-las. O comportamento pode diferir de identidade. Comunicação: o significado da minha comunicação é medido pela resposta do receptor. Reflexão: qualquer conduta tem uma intenção positiva, portanto, qualquer comportamento é útil em algum contexto. Tente pensar em alguma conduta que você não gosta, que não se sente bem fazendo isso. E então pense na última vez que levou a cabo essa conduta. 1. Investigue qual foi a intenção positiva. 2. Pense em que foi útil para você da última vez e que utilidade terá no futuro. 3. Relacione com a teoria aprendida neste pressuposto da PNL. 4. O que você aprendeu sobre si mesmo? PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 43 “O significado da comunicação é a resposta que você obtém.” O’Connor, J. y Seymour, J. A comunicação pode ser definida como o sistema de comportamentos integrados que calibra, regula, mantém e, portanto, possibilita as relações entre as pessoas. Como resultado, podemos dizer que a comunicação é um mecanismo de organização social, da mesma forma que a transmissão de informações é o mecanismo de comportamento comunicativo. (Carrión, 2014) Carrión (2014, p. 66) afirma que a comunicação não se trata simplesmente de transmitir informações. Para comunicar são necessários vários fatores, também chamados de padrões de comunicação eficaz. É muito importante para realizar uma comunicação eficaz, certificar-se de que o destinatário da mensagem foi capaz de entende-la, caso contrário, entendemos que o comunicador não foi capaz de implementar padrões de comunicação eficazes. Os elementos da comunicação eficaz são: PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 44 A pessoa encarregada da comunicação é o comunicador e o objetivo dele é conseguir que o significado da mensagem da sua mente coincida com a resposta desejada e obtida pelo receptor, incluindo a resposta verbal e não-verbal. O ser humano comunica-se sempre, mesmo que não esteja consciente. Estamos continuamente enviando sinais para os outros. Mesmo que em muitas ocasiões não verbalizemos sentimentos, emoções, pensamentos, ideias e decisões, a nossa linguagem não-verbal comunica através de vários sinais que contêm informações sobre todos esses elementos. O código (sistema de sinais que o emissor usa para dar a mensagem) que usamos para comunicar impactos sobre a percepção e a recepção da mensagem, revela que grande parte da comunicação é através da linguagem não-verbal: tom, volume e ritmo da voz, expressões faciais, respiração, postura corporal, temperatura corporal, gestos, etc. Há pessoas que priorizam as informações não-verbais, outras a verbal, outras dão a mesma prioridade as duas linguagens. É por isso que é tão importante que exista uma coerência na mensagem entre os diferentes canais de comunicação. A congruência entre os diferentes canais dá fiabilidade e validade à comunicação. A pessoa que estabelece o quadro de comunicação é responsável por canalizar esta comunicação: estamos imersos num quadro de referência. Quando observamos algo de acordo com o quadro de comunicação, atendemos somente a alguns detalhes e estabelecemos prioridades. Portanto, quando se comunica e se relaciona, a pessoa que estabelece o quadro de comunicação é a que controla o campo interpessoal. Normalmente este exercício éinconsciente de modo que não é possível aplicar valores conscientes. Reflexão: Quem assume o controle da comunicação é o comunicador (emissor). Lembre-se de qualquer situação comunicativa em que houve um mal-entendido. O que você acha que o remetente da mensagem poderia ter feito para controlar a comunicação e, portanto, fechar o círculo? PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 45 2.2. FEEDBACK Em uma situação comunicativa, quando o remetente emite uma mensagem e recebe uma resposta, diz-se que ele está recebendo feedback (retroalimentação). Recebemos feedback quando recebemos um sinal de que entendemos a mensagem em uma situação comunicativa, mas também recebemos feedback quando fazemos algo corretamente no trabalho e somos elogiados. Também recebemos um feedback quando fazemos algo errado que deve ser corrigido. Seja como for, o feedback deve ser recebido como um presente, porque nos ajuda a aprender e a melhorar. O feedback deve ser breve, concreto, claro, em primeira pessoa, e no momento certo. Eles podem ser de dois tipos: Elogio: reforço positivo ("O que fizeste está bem feito, obrigado pelo esforço"). Crítica construtiva: explicar o que pode ser feito para melhorar ("Eu acho que você poderia melhorar muito seu desempenho se você fizer" A "em vez de" B", o que acha?). COMO RECEBER FEEDBACK COMO DAR UM BOM FEEDBACK - “Open mind”: Mente aberta, atitude aberta, receptividade. - Ser grato. - Reconhecer a intenção positiva. - Solicitar explicações e exemplos para melhorar. - Empatia e humildade, sem imposições. - Com uma atitude de melhoria e grande honestidade. - Fazendo uma extensa explicação dos motivos. - Reconhecendo e elogiando os aspectos certos ou válidos. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 46 - Recapitular sem gerar tensão. - Avaliar a situação. - Estruturação de como e quando aplicar as áreas de melhoria. - Aconselhando sobre melhorias concretas e exemplos claros e fáceis de compreender. - Evite as palavras "não", "problema", e substitua o "mas" pelo "e". - Seja oportuna e encontre a hora certa para o transmissor e o receptor. 2.3. OBJETIVOS Alice no país das maravilhas, Lewis Carrol 1865 Definição O objetivo é definido como o fim a que se destinam determinadas ações ou desejos de alguém ou o resultado que pretende obter como resultado de uma série de ações. Da mesma forma, um objetivo pode ser definido como o estado de uma pessoa ou um grupo desejado. Além disso, os objetivos podem ser interpretados como uma expressão dos valores de uma pessoa ou um grupo, uma vez que são uma fonte de motivação e orientação. O ser humano precisa de metas para se motivar, se sentir completo e realizado. Por estas razões é importante aprender como desenvolver um bom uso dos objetivos. De acordo com O'Connor et al. (2007), quanto mais preciso e positivamente se define um objetivo e quanto mais se programe o cérebro para buscar e indicar possibilidades, aumentam PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 47 as probabilidades de conseguir esses objetivos. As oportunidades existem quando são reconhecidas como tal. 2.4. FORMULAR OBJETIVOS: ESTRATÉGIAS Habitualmente as pessoas se fazem as seguintes perguntas quando têm dificuldade em atingir seus objetivos: - O que eu fiz de errado? - Há quanto tempo tenho este problema? - Por que sucede isso comigo? - Qual é o pior momento que experimentei isso? - Quais são os inconvenientes e como devo superá-los? - Quem é o responsável? A PNL estuda como a linguagem afeta pensamentos, emoções, comportamentos e fisiologia. Da mesma forma que afeta a expectativa de atingir nossos objetivos. A seguir definimos estratégias para promover a consecução dos objetivos. Os passos para aprender a definir objetivos são: 1. Definição do objetivo em positivo. 2. Descrição específica baseada no sensorial. 3. Responsabilidade individual pela consecução do objetivo. 4. Revisão do objetivo: prazo e amplitude. 5. Analisar se o objetivo é orgânico. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 48 6. Analisar os recursos e limitações. Definição do objetivo em positivo Quando se reflexiona sobre um objetivo ou meta que se quer alcançar, há que fazer uma definição positiva, ou seja, é preciso descrever onde se quer chegar e não onde não se quer chegar. Ou seja, pensamos no que queremos e não no que não queremos. A maneira de transformar um objetivo negativo em positivo pode ser a seguinte: Objetivo Negativo: “Eu não quero sofrer estresse no trabalho”. Uma vez definido o objetivo, que neste caso é negativo, consideramos as seguintes questões para redefinir o objetivo: - Se não tivesse estresse no trabalho, como me sentiria? - Como gostaria de sentir-me no trabalho? - Qual será o estado de ânimo ideal para sentir-me bem no trabalho e desempenhar minhas funções corretamente? Objetivo Positivo: “Quero conseguir ir relaxado para o trabalho”. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 49 Estratégias para definir objetivos em positivo Os objetivos são geralmente formulados em relação a um estado atual, um problema, uma dificuldade ou uma preocupação. Se a definição é negativa deixa de ser um objetivo, já que é um ponto onde não se quer chegar. As estratégias são as seguintes: Polarização: é o oposto do que eu faço. Exemplo: "Eu não quero sofrer estresse no trabalho", a pessoa pode dizer, "Eu quero estar relaxado no trabalho." Comparação: Eu quero fazer coisas como X. Exemplo: "Eu gostaria de estar relaxado como meu supervisor.” Teorização: Eu quero fazer as coisas corretamente. Exemplo: "Eu gostaria de ter as habilidades ou técnicas de relaxamento: respiração, auto verbalizações positivas, autoconfiança, distensão muscular, etc.”. Produtividade: Eu quero fazer mais A e B. Exemplo: "Eu quero ser mais tranquilo quando se trata de comunicação, falando mais devagar e mostrando bom humor”. Exercício: Os objetivos em positivo Converta em positivos os seguintes objetivos seguindo o exemplo: Objetivo Negativo: “Não quero sofrer estresse no trabalho”. Objetivo Positivo: “Quero conseguir ir relaxado para o trabalho”. ON: “Não quero comer ´comida de plástico´”. OP: ON: “Não quero discutir mais com o meu parceiro”. OP: ON: “Não quero estar ansioso no trabalho”. OP: ON: Não quero irritar-me mais com a minha equipe”. OP: PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 50 Como se: Exemplo: se eu tivesse chegado ao meu estado desejado eu seria mais tranquilo na hora de me comunicar, falaria pausadamente ”. É aconselhável usar estratégias para definir objetivos adequados em cada caso. Prática: Identificar e definir um objetivo em positivo Detecte um problema que te preocupa. Em seguida, identifique o estado-problema respondendo à seguinte pergunta: Define o objetivo utilizando as estratégias explicadas: Qual é estado-problema? Meu problema é que eu ___________________________________________________ _______________________________________________________________________ 1.O que você quer evitar? Negação estado-problema. Quero parar (deixar) de ___________________________________________________ _______________________________________________________________________ 2. Qual é o posto do teu estado-problema? Polariza o estado-problema. Por outro lado, eu quero __________________________________________________ _______________________________________________________________________ 3. Que pessoa é capaz de fazer um estado-problema como eu quero? Procure uma referência externa e execute a comparação. Eu quero ser ou atuar como ________________________________________________ _______________________________________________________________________4. Teoriza: quais são os princípios básicos para definir a estrutura do seu estado desejado? Define estes princípios desenvolvendo o ponto 3, personaliza-os. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 51 Eu quero personalizar as características ______________________________________ _______________________________________________________________________ 5. Produtividade: define um resultado produtivo, desenvolvendo as qualidades que você já tem. Que qualidades você deve desenvolver ou expandir para alcançar o estado desejado? Eu quero ser mais ________________________________________________________ _______________________________________________________________________ 6. "Como se": se você já tivesse chegado a esse estado desejado, o que você estaria fazendo de forma diferente? O que você faria mais e/ou melhor? Se tivesse chegado ao meu estado desejado, eu estaria __________________________ _______________________________________________________________________ Descrição específica baseada no sensorial Para controlar e avaliar a evolução do caminho para o objetivo, há que responder uma série de perguntas com as quais nos asseguraremos de avançar corretamente. Estas perguntas estão elaboradas para conectar sensações. - O que vou observar quando alcançar o objetivo? Quais sons poderei ouvir? Quais imagens poderei ver? Quais cheiros sentirei? Trata-se de descrever o objetivo, acrescentando todos os detalhes sensoriais: visão, audição, paladar, olfato e tato. Vivenciando o contexto e as sensações do estado desejado. Como posso avaliar se estou alcançando o alvo? Como saberei se me aproximo da meta? É necessário definir com quem ou em quais situações se verificarão os progressos para alcançar o objetivo: com colegas de trabalho, com amigos, com o parceiro, com a minha família, etc. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 52 Todas as perguntas devem ser levantadas e formuladas supondo que o objetivo pode ser alcançado, por exemplo: "Como me sentirei uma vez que eu consegui fazer X?" Em vez de "Como me sentiria se tivesse que fazer X?" Prática: Ponderar uma meta; o que você quer alcançar com este curso de PNL? QUESTÃO RESPOSTA O que você quer conseguir com este curso de PNL? Como vai saber que conseguiu o que buscava? Classifica as provas sensoriais VAC, as emoções e os sentimentos que você experimentará quando alcançar o objetivo: - Quais emoções você experimentará? - Quais sentimentos surgirão? - Quais sensações você terá? - O que você ouvirá? - O que você vai ver? PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 53 Descreva como este curso mudará sua vida. Em que áreas se poderão observar o cumprimento do curso? O que você conseguirá nessa área? *Recomendação: guarde este quadro e suas anotações num arquivo para recupera-lo no final do curso. Responsabilidade individual para alcançar o objetivo A realização do objetivo suscitado deve ser sempre da responsabilidade da pessoa que o define. É necessário impedir que terceiros intervenham na consecução do objetivo. Assim, o controle deve recair unicamente sobre a pessoa que quer obter um objetivo. O ser humano é um ser social em constante relação. Assim, os objetivos que marcamos envolvem outras pessoas e podemos observar através de feedback se são ou não alcançados. No entanto, temos de ser conscientes de que somos nós que temos que fazer mudanças e não esperar isso dos demais. As questões que devem ser feitas para evitar colocar a responsabilidade e o controle em terceiros são: Objetivo: “Discutir menos com os trabalhadores”. Perguntas corretas: - O que posso fazer para que eles entendam melhor as indicações? - Como averiguo que entenderam as indicações? - O que posso fazer para controlar a situação e evitar conflitos? PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 54 - Como devo me comunicar para que não existam mal-entendidos? Colocações incorretas: - Quero que meus trabalhadores não discutam comigo. - Não quero que meus trabalhadores levantem a voz. Revisar o objetivo: prazo e amplitude. Os objetivos devem ter uma dimensão adequada de modo que seja realizável. O’Connor e Seymour (2007) explicam-no da seguinte maneira: O objetivo deve ser de um tamanho apropriado, se é demasiado grande deve ser dividido em objetivos menores e mais acessíveis. Por exemplo, vamos imaginar que o objetivo é ser um jogador de futebol profissional. É óbvio que em uma semana ou mesmo em um mês não conseguiremos alcançá-lo. Devemos perguntar-nos o que me impede de alcançá-lo? Como é um objetivo a longo prazo, podemos dividi-lo em alvos menores (OBJETIVO MENOR): encontrar um clube e/ou um treinador, comprar uma boa bola e equipagem, melhorar a aptidão e técnica, etc. Por outro lado, também pode acontecer que o objetivo seja demasiado pequeno e não tenha suficiente força e energia para motivar, de modo que um se deve traçar um objetivo mais importante e motivador (OBJETIVO MAIOR) e estabelecer uma relação. Para tal, você pode perguntar-se: o que vou conseguir? Portanto, se existir um problema para chegar ao objetivo significa que houve um mal planejamento. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 55 Objetivo maior e intenção positiva Tendo em conta que um dos pressupostos da PNL é qualquer conduta sempre tem uma intenção positiva, recomenda-se que os objetivos tenham sempre uma intenção positiva. Traduzido para a formulação de adjetivos, a intenção positiva refere-se a um objetivo que é considerado não só legal, mas também ético: "sentir-me bem comigo mesmo", "aumentar a autoestima", "melhorar a comunicação com os outros e comigo mesmo", etc. Para transformar os objetivos em uma intenção positiva, temos que fazer as seguintes perguntas: “o que eu vou conseguir com esse objetivo? Para quê necessito obtê-lo? O que me pode trazer? Em que aspectos mudarei? Para onde me levará? “ Por outro lado, as questões devem ser sempre orientadas ao futuro (para quê?) não ao passado (porquê?). Para a transformação de um objetivo em positivo, devemos acompanhar a pessoa em uma investigação até chegarmos a esse objetivo. Dilts, R. et al. (1998) demonstra no livro Crenças: Caminho para a saúde e o bem-estar a importância da desagregação de uma crença para descobrir quais são as razões e as origens dessa crença; isto é o que se chama estratégias de crença. OBJETIVO OBJETIVO MAIOR Objetivo mais importante, motivante que gera mais energia OBJETIVO MENOR Objetivo acessível, factível e alcançável O que vou conseguir? Como vou alcança-lo? PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 56 Estratégias de crença são as maneiras em que podemos manter e sustentar as crenças. Têm uma estrutura composta em imagens, sons ou sensações que operam em grande parte de forma inconsciente. Além disso, são uma série de procedimentos de prova que usamos para decidir se algo é credível ou não. As estratégias de crença funcionam automaticamente e podem tornar-se elementos limitadores para a realização dos objetivos. A natureza automática e quase inconsciente dessas estratégias de crença faz com que possam intervir negativamente limitando a definição dos objetivos. Por isso são importantes as preguntas e a desagregação quando o objetivo está mal definido. Exemplo: - Vou matá-lo!! - Bem, você diz que quer matar meu colega de trabalho. Você poderia explicar-me o que conseguiria com isso? - Aliviar-me e vingar-me! - Entendo, mas o que você obterá se consegue se vingar? - Poderei provar a todos que é um delinquente, todo mundo saberá que eu sou bom e bom trabalhador. - Ahh! Realizando essa conduta de alívio e vingança, o que você conseguirá? Quais são os benefícios que você teria? - As pessoas me respeitariam, confiariam em mim, mostraria aquilo que realmente sou. - E o queisso traria? O que você conseguiria? - Sentir-me melhor, melhorar a minha autoestima, respeitar-me mais. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 57 ESQUEMA DE PERGUNTAS Prática: Objetivo maior positivo Este exercício pode ser feito a nível pessoal ou pode ser praticado com alguma pessoa (amigo, conhecido, familiar). Quero matar o me companheiro de trabalho. Para quê? O que conseguiria com isso? Vingança e alivio. Para quê? O que conseguiria com isso? As pessoas me respeitariam, confiariam em mim, eu provaria o que realmente sou. Para quê? O que conseguiria com isso? Melhorar minha autoestima Sentir-me melhor comigo, respeitar-me mais. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 58 1. Escolha um objetivo erroneamente definido, sem cumprir as características acima mencionadas. No caso de praticar com outra pessoa, você será o guia a pessoa deve escolher o objetivo Ex.: vingar-me do meu chefe, bater no meu colega de trabalho, bater no meu companheiro de apartamento, etc. 2. O guia acompanha o objetivo com a repartição de perguntas. No momento em que aparece um alvo de intenção positiva, será um objetivo ideal, seja para o sujeito ou para si mesmo, caso tenha feito o exercício individualmente. Por exemplo: o que você conseguirá com isso? O que você necessita para fazer isso? Para que você quer fazer isso? Analisar se o objetivo é ecológico Como O’Connor e Saymour (2007) afirmam: “Ninguém existe isolado: somos toda parte de um sistema maior, família, amigos e sociedade em geral”. Portanto, as consequências da realização dos objetivos devem ser consideradas nos diferentes contextos onde se irão desenvolver. Será que vai ter efeitos colaterais para mim ou para as pessoas com quem me relaciono? De que terei que prescindir ou apropriar-me para alcançá-lo? O quesito ecológico é um dos pontos mais importantes da PNL. A definição de ecologia, de acordo com o RAE (Real Academia Española) é a seguinte: Ecologia. (De eco-1 e -logia). 1. f. Ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente. 2. f. parte da sociologia que estuda a relação entre os seres humanos e seu ambiente, físico e social. 3. f. defesa e proteção da natureza e do ambiente. A juventude está preocupada com a ecologia. Ecologia em PNL refere-se à relação entre um organismo e seu ambiente. Da mesma forma, o principal objetivo do ponto de vista da PNL é que as alterações que são feitas PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 59 a partir do indivíduo se encaixem e adaptem ao sistema-entorno de uma forma ideal e saudável. É necessário formular as metas com um sentido sistémico e ecológico. Ludwig Von Bertalanffy (1968) cita uma premissa de um primeiro-ministro canadense chamado Ernest Charles Manning no seu livro Teoria Geral de Sistemas. “…existe uma inter-relação entre todos os elementos e constituintes da sociedade. Os fatores essenciais nos problemas, pontos, políticas e programas públicos devem ser sempre considerados e avaliados como componentes interdependentes de um sistema total". Ernest Charles Manning Ludwig von Bertalanffy foi um biólogo e impulsor filósofo austríaco da Teoria Geral dos Sistemas; uma explicação da natureza e da vida como um sistema complexo, sujeito a interações e dinâmicas. Esta teoria retoma a visão holística e integrativa para interpretar a realidade. Em suma, as mudanças que ocorrem a nível individual terão consequências em nós e também em todos os elementos que pertencem ao nosso sistema, ou seja, a realização de objetivos tem implicações sistêmicas. Há uma tendência nos seres humanos de generalizar a formulação de objetivos, como se um novo comportamento fosse apropriado em todas as situações e circunstâncias, quando na realidade este comportamento atual pode ser apropriado somente em algumas circunstâncias. Por exemplo: “Quero ser mais compreensivo com os meus empregados quando não são produtivos”, então pode-se perguntar: “Existe algum caso em que seus empregados não são produtivos e você não quer ser compreensivo? ” PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 60 Algumas lacunas nas perguntas que podemos fazer para formular objetivos de forma ecológica: - Quais consequências terei uma vez alcance o objetivo? - Quais são as coisas ou comportamentos que você acredita que não vão mudar? - Que benefícios e perdas terei? - Quais são as vantagens do estado atual para mim? - Como posso melhorar as coisas positivas em minha situação atual? - Este objetivo formulado vai afetar as ações dos outros ou aos outros? Afetará minhas atividades? - As pessoas implicadas terão algum benefício? E o que perderão? - Quero que este objetivo seja para sempre? - O que deveria acontecer para não querer este objetivo para sempre? - Quais serão as consequências se não alcançar o objetivo? Analisar os recursos e limitações Para analisar os recursos e as limitações é primordial a definição dos objetivos e poder executá-los. Limitações “Identificar crenças limitantes. Primeiro temos de reconhecer as crenças limitantes ou a interferência para trabalhar com elas. Dilts, R. et al. (1998), chamam-lhes humoristicamente como "terroristas internos" já que podem fazer com que a pessoa não evolua. No entanto, interferência ou crenças limitantes podem ser consideradas como uma comunicação que necessita uma série de recursos antes de avançar". Dilts, R. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 61 Dilts, R., Hallbom, T. e Smith, S. Como indagação podemos nos perguntar: O que me impede neste momento alcançar o objetivo planejado? Recursos disponíveis Quais recursos você tem para chegar ao objetivo? O que você realmente necessita para consegui-los? Já possui algum? No caso de não os possuir, como vai consegui-los? Os recursos podem ser internos (determinadas habilidades ou estados positivos da mente) ou externos. Se você necessita recursos externos, deveria pôr um objetivo secundário para consegui-lo. (O’Connor, J., Seymour, J., 2007). Recursos adicionais Tenho a meu alcance outros objetivos para conseguir meu objetivo? Devo estudar um objetivo secundário para conseguir tais recursos? Plano de ação Uma vez trabalhadas estas perguntas passamos ao último passo: A AÇÃO. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 62 RESUMO DA FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS Como mostram O’Connor et al. no livro Introdução a PNL, recordamos todos os passos para formulação dos objetivos com a seguinte regra mnemônica: POPEERT. P Positivo Pensar no que se quer em vez do que não se quer: O que é que eu gostaria de ter? O que é que eu realmente quero? O Parte Própria O que se quer fazer, está totalmente sob controle e responsabilidade própria: O que vou fazer para chegar ao meu objetivo? Como devo começar para mantê-lo? P E Especificidade Imaginar o objetivo da forma mais específica possível: Quem, onde, quando, o que e como? E Evidência Pensar na evidência sensorial que permitirá saber se você conseguiu o que se queria: O que verei, cheirarei, ouvirei e sentirei quando o tenha? Como saberei se o alcancei? PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 63 R Recursos Identificar se possui os recursos necessários para executar o objetivo: Quais recursos necessito para levar a cabo o objetivo? T Tamanho Analisar se o tamanho do objetivo é adequado. O objetivo é alcançável? É muito grande? Ou é muito pequeno? Prática: Objetivos A seguirpropomos um exercício para desenvolver uma formulação de objetivos. Tente que seja um objetivo real. Definir objetivo: concreta um objetivo que seja realmente importante para você neste momento. Valoriza de 1 al 10 o grau de motivação para alcançar o objetivo (1 é nível mais baixo e 10 o mais alto). Para quê? Para que você quer atingir este objetivo? O que você conseguirá? PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 64 Intenção positiva: O enunciado está em positivo? Se não estiver, transforme-o. Controle: Depende de mim chegar na meta desejada? No caso negativo, o que tenho eu controlado? Evidências VAC: Como saberá você que chegou ao objetivo? Verá, ouvirá, sentirá…: Emoções: Ecologia: Benefícios e inconvenientes: o que você ganhará e perderá na vida? E as pessoas a seu redor? Existe algum objetivo em conflito? PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 65 Uma vez alcançado o objetivo: Quer mantê-lo para sempre em todos os momentos da sua vida? Se não for assim, detalhe como e quando quer ver seu objetivo cumprido. Plano de ação: passos a seguir para realizar a partir deste momento até o cumprimento do objetivo. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 66 Recursos: Você tem os recursos necessários para executar o objetivo? Quais recursos você tem? Quais faltam? O que você vai fazer para conseguir os recursos que faltam? Notas (observações): 2.5. TÉCNICA DE PONTE PARA O FUTURO: PARA A CONSECUÇÃO DE UM OBJETIVO Também chamada de técnica de Barbara Streisand, essa é uma técnica de estratégia de sucesso. A principal função desta técnica é descobrir os passos a seguir para alcançar um objetivo. É uma técnica de orientação temporal; o guia deve colocar o Explorador no futuro, uma vez alcançado o objetivo que deseja, sendo consciente da evidência sensorial (VAC) e, em seguida, retornar ao estado atual e analisar a experiência, consciente dos passos que foram necessários para atingir o objetivo. Os passos a seguir para a realização desta técnica são: - Fechar os olhos, olhar para frente e imaginar o que gostaria de alcançar no futuro. - Descrever cada detalhe desse futuro, focando no que ouvimos, vemos e sentimos. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 67 - Viver essa experiência e senti-la por algum tempo. - Voltar ao presente avaliando as novas informações. Suponhamos que o objetivo é chegar no topo de uma montanha. Se nos vemos desde o vale, parecerá impossível subi-la, perderemos a motivação e talvez não tentemos subir. No entanto, se olharmos para o topo (objetivo) desde o topo, nos situaremos lá em cima (evidências VAC) e tudo o que nos falta é subir a montanha. Deste modo, a pessoa se motiva, sente-se confiante, com recursos e começa a subida. Basicamente, pretende-se criar um objetivo que devemos gerir, ao invés de traçar o caminho que nos leva a ele. É uma ferramenta perfeita para os casos em que as pessoas são incapazes de conseguir definir o que realmente querem, tanto no seu ambiente pessoal e profissional, sendo muito mais fácil enumerar aquilo que não se quer do que o que se quer. Aplicações da técnica: - Gerar um plano de ação. - Treinar para cada passo que precisa ser feito. - Gerar objetivos intermediários. - Gerar provas sensoriais do objetivo. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 68 ESQUEMA PONTE PARA O FUTURO 2.6. ESTRATÉGIA POPS: COMO CONSEGUIR UM OBJETIVO P = Prova O = Operação P = Prova S= Saída É um modelo de aprendizado da corrente cognitiva cuja sigla em inglês é Tote (Test- Opera-Test-Exit). Foi descrita por George A. Miller, Eugene galanter e Karl H. Pribram em 1960 no livro Plans and the Structure of Behaviour. Os princípios básicos deste modelo são: - A conduta é mais do que estímulo-resposta. Especificar objetivo Espaço Tempo Evidências VAC Onde? Quando? Como averiguará que conseguiu o objetivo? Situar-se no objetivo (topo): presente e primeira pessoa Estou no… fazendo… Análise do processo Perguntar por: Passos a seguir: Quais são os passos que você seguiu para chegar aqui? - Etapas - Objetivos menores - Estratégias Verificação ecológica: Alguma coisa no seu ambiente não esteve bem? TOPO VALE PROVA-OPERAÇÃO-PROVA-SAÍDA PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 69 - A conduta é intencional. - Respondemos as diferenças, não aos resultados (informação). - Reduzir as diferenças entre o estado atual e o estado desejado. - Quanto mais opções (operações) maior a probabilidade de sucesso. - Cada passo incorpora retroalimentação. Este modelo fornece uma maneira útil de observar estratégias, entender como funcionam e podem ser alterados quando não se obtém os resultados esperados. Na PNL é muito importante a evidência sensorial da realização de um objetivo, é sinal de que conseguimos o objetivo formulado e que poderemos responder à pergunta: como você sabe que alcançou objetivo? Quando se deseja obter algo e se formula um objetivo (ED = estado desejado) se inicia a entrada (EA = estado atual). Como vimos antes, um dos passos para formular um objetivo é definir sua evidência sensorial que permitirá saber se ele foi alcançado. Portanto, uma pessoa terá atingido o seu objetivo se a evidência sensorial do estado atual for a mesma evidência do estado desejado. Se isso não acontecer, deve-se realizar todas as operações que forem necessárias para atingir o objetivo; nesse momento, será possível executar a saída do sistema. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 70 POPS Exemplo: - Entrada (Prova): preciso comprar um computador novo. Eu tenho os seguintes critérios: novo, branco, da marca Sony, preço 700 euros. - Operação: navego on-line e ir na lojas especializadas em informática. - Prova: comparo as informações e confiro com os critérios do princípio. Se os critérios não forem adequados para atender às necessidades, retornaremos à fase de operação para ampliar a pesquisa. - Saída: quando tiver encontrado o computador que satisfaça as minhas necessidades, que se encaixe os critérios e atenda aos meus objetivos, o processo pode terminar. Se isso não acontecer, se podem alterar os critérios, como procurar outra marca, outra cor, com um ecrã que não seja tátil, outro preço, etc. Inicio da prova EA NÃO PROVA Evidência Sensorial VAC EA = ED? Seguir tentando com Prova-Operação-Prova de novo, até conseguir o SIM OPERAÇÃO Ações e respostas aos problemas FLEXIBILIDADE SAÍDA Estado Desejado ED SIM PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 71 Auto-modelagem – estratégia POPS É uma maneira de analisar o processo da realização de um objetivo desde o início até o fim através da estratégia POPS. Se o resultado tiver sido satisfatório, pode-se extrair um modelo para ajudar a alcançar outros objetivos. As estratégias são independentes do conteúdo, por esta razão, por exemplo, as estratégias podem ser usadas para incentivar a escrita criativa para ajudar outras pessoas a serem criativas em qualquer aspecto: em seu trabalho, na educação de seus filhos, na cozinha etc. O procedimento é investigar os quatro elementos do esquema POPS. Para isso, temos de formular e responder as seguintes questões: 1. Saída (prova): O que você quer conseguir, qual é seu objetivo? 2. Como você sabe que está conseguindo o que quer? VAC. 3. Operações: quais condutas está aplicando para chegar ao seu objetivo? 4. No caso de você não obter o objetivo/estado desejado, quais ações você tomará? Para garantir que o processo seja perfeito há que ter em conta as seguintes premissas: Saber quaissão as evidências sensoriais. Através da retroalimentação, você saberá se está próximo do resultado desejado. Ter construído uma representação clara dos resultados desejados. Flexibilidade: ter uma boa amostra de operações a realizar para atingir o objetivo. Quantos mais opções, mais probabilidades. Exemplo: em seguida se expõe um exemplo real de um gerente que não é capaz de delegar ou instruir seus empregados. Acaba se saturando de trabalho e não consegue obter um bom rendimento. Fez-se uma comparação de um processo eficiente e outros ineficaz. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 72 Contexto eficaz comunicação Contexto ineficaz comunicação Objetivos? Aprender, trabalho em equipe, desenvolvimento de habilidades, rendimento da empresa. Chegar aos objetivos da empresa, executar perfeitamente minhas funções. Evidências sensoriais para conseguir o objetivo VAC Observar o comportamento dos meus empregados (gestos faciais, olhares, sentimento, emoções, etc.), perceber minhas sensações internas. Observar o resultado da função. Condutas que se levam a cabo para conseguir o objetivo Explicar procedimentos aos empregados, estabelecer feedback. Investir mais tempo, pedir ajuda a alguém num determinado momento. Se não se consegue o objetivo desejado, como atuamos? Fazer formações específicas e supervisões, reforça-los, avaliar porque não lhes chega a mensagem Cansar-me, sentir estresse, bloquear-me. As seguintes ações podem ser usadas para melhorar e fortalecer a estratégia ineficaz por meio de eficiência: Adicionar elementos eficazes do POPS aos elementos ineficazes. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 73 Mudar os elementos ineficazes do POPS pelos elementos eficazes. Estas ações permitem tirar proveito e não rejeitar as estratégias ineficazes, porque é material que pode ser usado para completar. É melhor não eliminar e julgar a estratégia limitante como incorreta, mas sim completá-la. Prática: POPS Objetivo da prática: conseguir um objetivo, realizar automodelação. 1. Pense e identifique duas condutas: a. Algo que você acha que faz bem, que tem um bom desempenho e resultados eficazes. b. Algo que você deseja melhorar e alcançar resultados semelhantes ao comportamento descrito em "a”. 2. Faça perguntas POPS para cada situação, plasme as respostas no seguinte quadro. 3. Se proponha novas respostas a estas perguntas, adicionando elementos do POPS eficazes e ineficazes. Tente fazer este exercício prático com alguém. Sendo você o guia e a outra pessoa um explorador. O trabalho do guia é acompanhar todo o processo do explorador, especialmente onde se precisa de mais apoio, no ponto 3, aqui os dois devem esforçar-se e ser criativos. PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA Página 74 Contexto eficaz Contexto ineficaz Objetivos? Evidências sensoriais para conseguir o objetivo VAC Condutas que se levam a cabo para conseguir o objetivo Se não se consegue o objetivo desejado, como você atuará?
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