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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL 
E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
1 
www.pontodosconcursos.com.br 
 
PRONOMES 
Os pronomes já povoam nosso curso há bastante tempo. Já falamos deles em 
CONCORDÂNCIA, em REGÊNCIA e iremos falar até a última aula. 
Por isso, o início dessa aula é uma espécie de “retrospectiva” de alguns pontos já 
estudados. 
Pronome é o vocábulo que, ao pé da letra, “fica no lugar do nome” (chamado de 
pronome substantivo) ou o determina (pronome adjetivo). 
Os pronomes podem ser pessoais (retos e oblíquos), possessivos, demonstrativos, 
indefinidos, interrogativos (uma subcategoria dos indefinidos), relativos. 
Aspectos próprios de cada um dos pronomes serão abordados nos comentários às 
questões de prova. 
PRONOME “SE” 
Para começar, vamos falar sobre o pronome “se”, que pode ser, dentre outras coisas: 
- parte integrante do verbo: verbos como “queixar-se, arrepender-se, suicidar-se” 
não se conjugam sem o pronome. Então, este termo não exerce uma função sintática 
própria, sendo chamado de “parte integrante do verbo”, ainda que apresente um valor 
reflexivo; 
- pronome apassivador: chegamos à exaustão de tanto estudar a construção de voz 
passiva. Já sabemos de cor e salteado que o verbo que possua um objeto direto 
(transitivo direto ou bitransitivo), quando acompanhado do pronome “se”, forma voz 
passiva, devendo o verbo concordar com o sujeito paciente; 
- índice de indeterminação do sujeito: quando o verbo não possuir objeto direto 
(verbos intransitivos, transitivos indiretos, de ligação), o pronome “se” tem a função 
de não identificar o agente que pratica a ação verbal. 
Certamente, não são essas as únicas possibilidades do pronome “se”. Há também os 
reflexivos, recíprocos, os de realce (estes só servem para ênfase, podendo ser 
retirados sem prejuízo algum: “Foi-se embora a minha vontade de viver” “Foi 
embora a minha vontade de viver.”). Contudo, são esses os que nos interessam por 
ora. Vamos ver algumas questões que exploram esses conceitos. 
 
1 - (ESAF/ANA/2009) 
Em relação ao texto abaixo, analise a assertiva a seguir. 
O tratamento de esgotos é fundamental para qualquer programa de despoluição das 
águas. Em grande parte das situações, a viabilidade econômica das estações de 
tratamento de esgotos (ETE) é reconhecidamente reduzida, em razão dos altos 
investimentos iniciais necessários à sua construção e, em alguns casos, dos altos 
custos operacionais. Por esses motivos que mesmo os países desenvolvidos têm 
incentivado financeiramente os investimentos de Prestadores de Serviços em ETE, 
como os Estados Unidos e países da Comunidade Europeia. No Brasil, o problema de 
viabilidade econômica do investimento público torna-se ainda mais agudo, devido à 
elevada parcela de população de baixa renda. No entanto, vale ressaltar que a água de 
qualidade também é um fator de exclusão social, uma vez que a população de baixa 
renda dificilmente tem condições de comprar água de qualidade para beber ou até 
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E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
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mesmo de pagar assistência médica para remediar as doenças de veiculação hídrica, 
decorrentes da ausência de saneamento básico. 
(http://www.ana.gov.br/prodes/prodes.asp) 
- Em “torna-se”(ℓ.8), o “-se” indica sujeito indeterminado. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
O verbo TORNAR apresenta-se, nesse caso, como um verbo transobjetivo, com objeto 
direto representado pelo pronome “se” e o predicativo do objeto na forma do 
substantivo “médico”. Note que podemos substituir o pronome por um nome: “Ele 
tornou sua filha uma excelente pessoa.”. Assim, a função do pronome é a de objeto 
direto e tem valor reflexivo. 
Agora, de volta a o texto, vemos que a construção original é similar a essa: “... o 
problema (...) torna-se ainda mais agudo...”. 
Não há nenhuma possibilidade de esse pronome indicar sujeito indeterminado, porque 
o sujeito está bem explícito na construção: tem seu núcleo representado por 
“problema”. 
 
2 - (ESAF/ANEEL TÉCNICO/2006) 
Em relação ao texto, analise o item abaixo. 
Apesar das dificuldades, o Programa de Metas foi executado e seus resultados 
manifestam-se na transformação da estrutura produtiva nacional. O governo JK, que 
soube mobilizar com maestria a herança de Vargas e elevar a auto-estima do povo 
brasileiro, realizou-se em condições democráticas, com liberdade de imprensa e 
tolerância política. A taxa de inflação, que em 1956 foi de 12,5%, no final do governo 
JK, elevou-se para o patamar de 30,5%. A Nação, por sua vez, obteve um crescimento 
econômico médio de 8,1% ao ano. Apesar das pressões do Fundo Monetário 
Internacional (FMI), que já advogava o “equilíbrio fiscal” e o Estado mínimo para o 
Brasil, e de setores conservadores da vida brasileira, JK conseguiu elevar o PIB 
nacional em cerca de 143%. E tudo isto ocorreu em um contexto marcado por um 
déficit de transações correntes que atingiu 20% das exportações em 1957 e 37% em 
1960, o que ampliava a fragilidade externa e fazia declinar a condição de solvência da 
economia brasileira. No entanto, foi graças ao controle do câmbio e ao regime de 
incentivos criados que as importações de bens de consumo duráveis foram contidas. 
(Rodrigo L. Medeiros, com adaptações) 
- Em “manifestam-se”(l.2) o “se” é índice de indeterminação do sujeito. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
De forma alguma, o pronome “se” poderia ser um “índice de indeterminação do 
sujeito”, pois o sujeito já está bem claro na passagem: é “seus resultados” (“... seus 
resultados manifestam-se na transformação da estrutura produtiva nacional”). 
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O verbo MANIFESTAR é transitivo direto (alguém manifesta alguma coisa: “Fulano 
manifesta seu descontentamento.”), então o pronome “se” forma, na verdade, voz 
passiva – é PRONOME APASSIVADOR (equivalente a “seus resultados são 
manifestados...”). Por isto, o verbo está no plural: para concordar com o sujeito 
paciente. 
Cuidado especialmente quando, dessa análise, depender a verificação de 
CONCORDÂNCIA. 
 
3 - (ESAF/AFC STN / 2008) 
Com base no texto, analise os itens a seguir. 
1. Ao lado de características inéditas, a crise cevada 
no mercado imobiliário e financeiro americano, com 
reverberações mundiais, apresenta aspectos também 
verificados em outras situações de nervosismo global. 
5. Não há medida mágica e salvadora que faça cotações 
se estabilizarem e o investidor recuperar o sono. Só 
uma sucessão de ações consegue mudar expectativas 
como as atuais. A Casa Branca, ao contrário da postura 
que assumira no caso do Lehman Brothers – tragado, 
10. sem socorro, por um rombo de US$600 bilhões –, 
decidira estender a mão para a maior seguradora do 
país, a AIG. 
Aos bilhões empenhados para permitir ao Morgan 
digerir o Bear Stearns, em março; ao dinheiro sacado 
15. a fim de evitar a quebra das gigantes Fannie Mae e 
Freddie Mac, redescontadoras de hipotecas, o governo 
e o Fed, o BC dos EUA, decidiram somar US$85 bilhões 
para salvar a AIG. Decepcionou-se quem esperava 
tranquilidade. O emperramento do crédito – ninguém 
20. empresta a ninguém, por não se saber ao certo o risco 
do tomador – continua a travar o mercado global, e as 
ações novamente desceram a ladeira, empurradas por 
boatos sobre quais serão, ou seriam, os próximos a 
cair. 
(O Globo, 18 de setembro de 2008 , Editorial) 
a) Em “se estabilizarem”(l.6), o “se” indica que o sujeito é indeterminado. 
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b) Em “Decepcionou-se”(l.18), o “se” justifica-se porque o verbo está sendo 
empregado comopronominal. 
 
Gabarito: 
a) ITEM ERRADO 
Comentário. 
Nossa, mas a banca cismou com isso!...rs... 
O “se” somente pode ser índice ou partícula indeterminadora do sujeito se estiver 
acompanhando um verbo que não possua objeto direto, ou seja, um verbo intransitivo, 
transitivo indireto ou de ligação. 
O verbo ESTABILIZAR é transitivo direto (a medida estabilizou as cotações.). O valor 
do pronome “se” na construção “... que façam as cotações se estabilizarem...” é 
questionável: pode ser apassivador (a medida estabilizou as cotações => as 
cotações se estabilizaram => as cotações foram estabilizadas) ou reflexivo, se houver 
a possibilidade de essa estabilidade ser resultado de uma ação das próprias cotações 
(não sou economista, portanto não me venha perguntar se isso é lógico, possível ou 
racional...rs...). De qualquer forma, INDETERMINADOR DO SUJEITO esse pronome 
não é, pois o sujeito está lá, bonitão, lindinho: “as cotações”. Por isso, o item está 
ERRADO. 
 
b) ITEM CERTO 
Comentário. 
Puxa... até que enfim acertou!...rs... 
O verbo DECEPCIONAR também é transitivo direto (decepcionar alguém: “O rapaz 
decepcionou sua namorada.”). Usado com o pronome (forma pronominal, como 
afirmou o examinador), torna-se reflexivo. Na ordem direta, a oração seria: “Quem 
esperava tranquilidade decepcionou-se.”. 
 
4 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
1. É importante notar que a taxa de juros anual média 
de 141,12% é escandalosa para o Brasil, cuja inflação 
anual é estimada em torno de 6,5%. A redução dos juros 
que se verificou em dezembro certamente não reflete 
5. as mudanças que beneficiaram os bancos (redução do 
compulsório e ligeira melhora na captação de recursos), 
mas apenas a menor procura por crédito. A discreta 
queda dos juros não deve aumentar a procura por 
crédito pelas pessoas físicas que estão conscientes de 
10. que não é o momento de se endividar, nem favorecerá 
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uma redução da inadimplência. No máximo, interessará 
às pessoas jurídicas que buscam crédito de curtíssimo 
prazo ou financiamentos para exportação, embora as 
facilidades oferecidas pelo Banco Central tenham um 
15. custo muito elevado. Sabe-se que uma redução da 
taxa Selic nunca repercute plenamente nas taxas de 
juros dos bancos, que, sob o pretexto da elevação da 
inadimplência, aumentaram os seus spreads (diferença 
entre a taxa de captação e de aplicação). O governo 
20. está tentando obter uma redução desse spread, até 
agora sem grande sucesso. 
Para uma redução sensível das taxas de juros, duas 
medidas seriam necessárias: reduzi-las nos bancos 
públicos (Caixa Econômica e Banco do Brasil) e, 
25. especialmente, em função de uma taxa Selic menor, 
reduzir o interesse dos bancos em aplicar seus 
excedentes de caixa em títulos da dívida mobiliária 
federal, que oferecem juros elevados e total garantia. 
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 16/1/2009) 
Em relação ao texto acima, analise a proposição. 
- Em “Sabe-se”(ℓ.15), o pronome “-se” indica voz reflexiva. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
O valor desse pronome não é reflexivo, mas passivo. Na voz reflexiva, o sujeito, ao 
mesmo tempo, pratica e sofre a ação verbal. O verbo SABER é transitivo direto 
(alguém sabe alguma coisa). Acompanhado do pronome SE, forma voz passiva. O 
sujeito paciente, nesse caso, vem sob a forma de oração: “Sabe-se que uma redução 
da taxa Selic nunca repercute plenamente nas taxas de juros dos bancos, que, 
sob o pretexto da elevação da inadimplência, aumentaram os seus spreads 
(diferença entre a taxa de captação e de aplicação)” ( isso é sabido). 
Assim, o pronome “se” indica construção de voz passiva sintética, e não reflexiva. 
 
5 - (ESAF/AFC CGU/2006) 
O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na história 
do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias da 
comunicação, de artes, de materiais e de genética, ocorreram mudanças 
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paradigmáticas no modo de se pensar a sociedade e suas instituições. De modo geral, 
as críticas apontam para as raízes da maioria dos atuais conceitos sobre o homem e 
seus aspectos, constituídos no momento histórico iniciado no século XV e consolidado 
no século XVIII. A modernidade que surgira nesse período é agora criticada em seus 
pilares fundamentais, como a crença na verdade, alcançável pela razão, e na 
linearidade histórica rumo ao progresso. Para substituir esses dogmas, são propostos 
novos valores, menos fechados e categorizantes. 
(http://pt.wikipdia.org (acessado em 14 de dezembro de 2005, com adaptações)) 
Analise a proposição de acordo com o padrão culto da língua portuguesa. 
- A supressão do pronome “se” (l.4) alteraria as relações sintáticas da oração, mas 
preservaria a coerência textual, pois a estrutura da oração admite aí omissão do 
sujeito. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
O pronome “se” junto ao verbo PENSAR torna a construção passiva: “algo é pensado” 
– construção essa que possui como sujeito paciente o sintagma nominal “a sociedade e 
suas instituições”. 
Com a retirada do pronome, este sintagma volta à sua função da voz ativa, qual seja: 
objeto direto. 
Por isso, está perfeita a afirmação de que as relações sintáticas seriam alteradas (de 
sujeito paciente, o conjunto passa a ser objeto direto), mas seria preservada a 
coerência, pois o verbo passaria a se apresentar na forma impessoal (sem sujeito). 
O examinador foi bastante feliz na elaboração dessa questão de prova. 
 
6 - (ESAF/ATA MF/2009) 
Em relação ao texto abaixo, analise o item a seguir. 
Os mercados financeiros entraram em março 
2. assombrados pelo maior prejuízo trimestral da história 
corporativa dos Estados Unidos – a perda de US$ 61,7 
4. bilhões contabilizada pela seguradora American 
International Group (AIG) no quarto trimestre de 2008. 
6. No ano, o prejuízo chegou a US$ 99,3 bilhões. O 
Tesouro americano anunciou a disposição de injetar 
8. mais US$ 30 bilhões na seguradora, já socorrida em 
setembro com dinheiro do contribuinte. Na Europa, a 
10. notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do 
lucro anual do Banco HSBC, de US$ 19,1 bilhões para 
12. US$ 5,7 bilhões. Enquanto suas ações caíam 15%, 
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o banco informava o fechamento das operações de 
14. financiamento ao consumidor nos Estados Unidos, 
com dispensa de 6.100 funcionários. 
16. Com demissões de milhares e perdas de bilhões 
dominando o noticiário de negócios no dia a dia, os 
18. sinais de reativação da economia mundial continuam 
fora do radar. E isso não é o pior. No fim do ano 
20. passado, havia a esperança de se iniciar 2009 com 
a crise financeira contida. Se isso tivesse acontecido, 
22.os governos poderiam concentrar-se no combate 
à retração econômica e ao desemprego. Aquela 
24.esperança foi logo desfeita. 
(O Estado de S. Paulo, 3/3/2009) 
- Em “concentrar-se”(ℓ.22), o “-se” indica sujeito indeterminado. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Mas voltou a insistir nisso, meu filho? Que teimosia!...rs... 
Como é que poderia ser um sujeito indeterminado se esse termo está ali do lado, atrás 
do verbo auxiliar PODER que, com o verbo CONCENTRAR, forma uma locução verbal? 
Ora, o sujeito é “os governos”, e o valor desse pronome é reflexivo. Próximo! 
 
7 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Em relação ao texto abaixo, analise a proposição. 
1. É importante notar que a taxa de juros anual média 
de 141,12% é escandalosa para o Brasil, cuja inflação 
anual é estimada em torno de 6,5%. A redução dos juros 
que severificou em dezembro certamente não reflete 
5. as mudanças que beneficiaram os bancos (redução do 
compulsório e ligeira melhora na captação de recursos), 
mas apenas a menor procura por crédito. A discreta 
queda dos juros não deve aumentar a procura por 
crédito pelas pessoas físicas que estão conscientes de 
10. que não é o momento de se endividar, nem favorecerá 
uma redução da inadimplência. No máximo, interessará 
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às pessoas jurídicas que buscam crédito de curtíssimo 
prazo ou financiamentos para exportação, embora as 
facilidades oferecidas pelo Banco Central tenham um 
15. custo muito elevado. Sabe-se que uma redução da 
taxa Selic nunca repercute plenamente nas taxas de 
juros dos bancos, que, sob o pretexto da elevação da 
inadimplência, aumentaram os seus spreads (diferença 
entre a taxa de captação e de aplicação). O governo 
20. está tentando obter uma redução desse spread, até 
agora sem grande sucesso. 
Para uma redução sensível das taxas de juros, duas 
medidas seriam necessárias: reduzi-las nos bancos 
públicos (Caixa Econômica e Banco do Brasil) e, 
25. especialmente, em função de uma taxa Selic menor, 
reduzir o interesse dos bancos em aplicar seus 
excedentes de caixa em títulos da dívida mobiliária 
federal, que oferecem juros elevados e total garantia. 
(O Estado de S. Paulo, Editorial, 16/1/2009) 
- Em “reduzi-las”(ℓ.23), o pronome “-las” retoma o antecedente “medidas”(ℓ.23). 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Veremos a forma mais recorrente de questões sobre PRONOME – o uso desses termos 
em coesão textual. A banca indica a qual termo o pronome se referia e você, candidato 
preparado, irá reler o texto para identificar esse referente. 
No caso, o pronome “as” (transformado em “las” por causa da conjugação verbal) se 
refere a “taxas de juros” (reduzir as taxas de juros nos bancos públicos é uma das 
medidas necessárias para a redução dos juros de forma geral, segundo o autor), e não 
a “medidas”. 
Vamos, agora, nos aprofundar nesse tipo de questão. 
 
PRONOMES E COESÃO TEXTUAL 
Os pronomes exercem um papel decisivo na construção de um texto coeso e coerente, 
a partir de indicações corretas aos seus elementos. 
Para compreender melhor a função dos pronomes, precisamos saber o conceito de 
coesão textual, pois os pronomes, assim como os conectivos (conjunção e preposição 
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– a serem estudados na próxima aula), são responsáveis por estabelecer nexo entre as 
ideias do texto. 
Coesão textual é a ligação entre os elementos da oração e delas em relação ao texto. 
A incoerência de um texto muitas vezes se deve à falta de coesão, exatamente porque 
a leitura fica prejudicada pelo emprego inadequado de pronomes, conjunções ou 
outros elementos textuais, inclusive a pontuação. Por exemplo, o uso inapropriado de 
“porquanto” ou de “a ele” pode levar o leitor a uma conclusão diversa da que se 
pretendia apresentar, ou até mesmo a nenhuma conclusão (alguns chamam de 
“ruptura semântica” ou “truncamento semântico”). 
Muitas questões da ESAF exploram esse conhecimento. A banca faz afirmações sobre 
as referências textuais e o candidato deve verificar se estão corretas essas indicações. 
Para isso, a compreensão correta do texto e o domínio do significado de seus 
elementos são decisivos. 
 
PRONOMES EM REFERÊNCIAS TEXTUAIS 
8 - (ESAF/MP ENAP – SPU/2006 - adaptada) 
1. Ninguém melhor do que Voltaire definiu a real 
essência da democracia quando escreveu: “Posso 
não concordar com uma só palavra do que dizes, 
mas defenderei até à morte o teu direito de dizê-las”. Ter 
5. idéias e comportamentos políticos ou sociais diversos 
de outros indivíduos não significa, necessariamente, 
transformá-los em inimigos ferrenhos. Afinal, o 
que se combate são as idéias do outro e não sua 
pessoa. 
(Adaptado de Alfredo Ruy Barbosa, Jornal do Brasil, 11/03/2006) 
Em relação ao texto acima, marque V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas 
e, em seguida, assinale a opção correta. 
I - O emprego de segunda pessoa em “teu” (l.4) concorda com o emprego de “dizes”. 
II - Em “transformá-los”(l.7), a forma pronominal “-los” retoma a idéia explicitada em 
“outros indivíduos”. 
III - Em “ o que se combate”(l.7 e 8), o termo “o” pode, sem prejuízo gramatical para 
o período, ser substituído pelo pronome aquilo. 
 
a) V – V – F 
b) F – V – F 
c) V – F – V 
d) F – V – V 
e) V – V - V 
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Gabarito: E 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideias”. 
São três as pessoas do discurso, e a elas se referem os PRONOMES PESSOAIS: 
- 1ª pessoa é a pessoa que fala; 
- 2ª pessoa, a para quem se fala; 
- 3ª pessoa, a de quem se fala. 
Os pronomes pessoais dividem-se em retos e oblíquos. 
Regra geral, os retos exercem a função de sujeito ou de predicativo do sujeito, 
enquanto que os oblíquos funcionam como complementos (objetos diretos, indiretos ou 
adjuntos). 
Os pronomes oblíquos devem obedecer a certas regras de colocação (sintaxe de 
colocação pronominal), a serem estudadas mais à frente. 
Para se referir à segunda pessoa (para quem se fala), temos duas opções: uso do “TU” 
(2ª pessoa do singular) ou do “VOCÊ” (pronome de tratamento, que usa verbos e 
pronomes de 3ª pessoa). 
O padrão formal culto da língua exige que o orador/escritor decida se quer usar 
sempre a 2ª ou a 3ª pessoa. A isso se dá o nome de “uniformidade de tratamento”. 
Falta uniformidade de tratamento quando ocorre uma “mistura” entre pronomes de 2ª 
(tu, ti, te) com pronomes de 3ª (você, sua), pronomes de 3ª com verbos conjugados 
na 2ª pessoa etc. 
Quer ver um exemplo clássico? 
“Vem pra Caixa você também!” (não vamos entrar no mérito desse “pra”, só para não 
complicar mais ainda a nossa vida...rs...) 
Vimos que o imperativo se forma a partir do presente do subjuntivo, em regra. A 
“exceção” fica por conta das segundas pessoas (tu/vós), que buscam a conjugação do 
presente do indicativo e retiram a letra “s”, no imperativo afirmativo. No imperativo 
negativo, até as segundas pessoas recaem na “regra geral” do subjuntivo. 
Pois bem: a forma “vem” é a conjugação de 2ª pessoa do singular no presente do 
indicativo sem a letra S (vens vem tu). Só que, em seguida, usou-se o pronome 
“você”, que, por ser de tratamento, exige verbos e pronomes na 3ª pessoa. Assim, a 
propaganda, para se adaptar à norma culta da língua, teria duas opções: 
1 - Venha pra Caixa você também! (perde um pouco do ritmo...); ou 
2 – Vem pra Caixa tu também! (nossa, como fica agressivo esse “tu”, não é?) 
Agora, fale sério, no dia a dia, quem é que não faz uma “misturinha” de vez em 
“sempre”? 
(Aliás, você notou que este “dia a dia”, substantivo, perdeu o hífen? Agora, tanto no 
sentido de cotidiano – substantivo – quanto como “diariamente” – advérbio-, o “dia a 
dia” não recebe mais o hífen.) 
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“Eu vi teu pai saindo e ele perguntou por você.” 
“Por mais que eu te agrade, você continua insatisfeito...” 
A música “Vambora”, de Adriana Calcanhoto, ilustra bem o emprego de IMPERATIVO: 
Entre por essa porta agora 
E diga que me adora 
Você tem meia hora 
Pra mudar a minha vida 
As formas “entre”, “diga” são formas dos verbos ENTRAR e DIZER no imperativo 
afirmativo. Vamos relembrar a conjugação neste modo verbal? 
A “regra” é o presente do subjuntivo – é a base para a construção de todo o 
imperativo negativo(todas as pessoas) e do imperativo afirmativo, exceto as segundas 
pessoas (tu/vós), que usam o presente do indicativo sem o “s”. 
ENTRAR – presente do indicativo: eu entro, tu entras / presente do subjuntivo: eu 
entre, tu entres, ele (você) entre 
DIZER – presente do indicativo: eu digo, tu dizes / presente do subjuntivo: eu diga, tu 
digas, ele (você) diga. 
Como deixa claro o tratamento que será dispensado – o de 3ª pessoa – está certíssimo 
o emprego do pronome de tratamento “você” (“Você tem meia hora...”). 
O problema é a derrapagem na sequência: 
Vem, vambora 
Que o que você demora 
É o que o tempo leva 
Puxa... estava indo tão bem, até surgir esse “vem”. Essa é a forma de imperativo do 
verbo VIR da SEGUNDA PESSOA: tu vens (presente do indicativo) vem tu. 
Para manter a uniformidade, deveria ser “venha”, mas, considerando a informalidade 
da letra (“vambora” é a contração de “vamos embora”), deixemos assim mesmo...rs... 
Agora, quer “colírio” para seus olhos? 
Leia com bastante cuidado a (lindíssima!!!) letra da música “Eu te amo”, de Tom 
Jobim e Chico Buarque (e de quem mais poderia ser...?). Aproveite para notar a 
uniformidade (belíssima!!!) de tratamento (nossa, quantos superlativos!!!...rs...): 
 
Ah, se já perdemos a noção da hora 
Se juntos já jogamos tudo fora 
Me conta agora como hei de partir 
 
Ah, se ao te conhecer 
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios 
Rompi com o mundo, queimei meus navios 
Me diz pra onde é que inda posso ir 
 
Se nós nas travessuras das noites eternas 
Já confundimos tanto as nossas pernas 
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Diz com que pernas eu devo seguir 
 
Se entornaste a nossa sorte pelo chão 
Se na bagunça do teu coração 
Meu sangue errou de veia e se perdeu 
 
Como, se na desordem do armário embutido 
Meu paletó enlaça o teu vestido 
E o meu sapato inda pisa no teu 
 
Como, se nos amamos feito dois pagãos, 
Teus seios ainda estão nas minhas mãos, 
Me explica com que cara eu vou sair 
 
Não, acho que estás te fazendo de tonta 
Te dei meus olhos pra tomares conta 
Agora conta como hei de partir. 
Trocando em miúdos (com trocadilho, por favor, já que é outro exemplo de perfeita 
uniformidade de tratamento...rs...), se houver a opção pelo “tu”, todos os verbos e 
pronomes correspondentes à segunda pessoa também devem ser de 2ª. O mesmo 
acontece se a escolha for pelo tratamento de 3ª pessoa. 
Agora, se quiser ver um belíssimo exemplo de FALTA de uniformidade de tratamento, 
sugiro que leia a matéria que publiquei em homenagem ao Dia das Mães, em 2007 
(Ponto 58). 
Dever de casa: pesquisar outras letras de música e verificar o atendimento a essa 
exigência gramatical (já pensei em outra: “Atrás da Porta”... adivinha de quem???). 
Bem, antes da música, acho que estávamos fazendo alguma coisa.... ah! A questão da 
prova (rs...). 
Então, vamos à análise do primeiro item (tão distante...). 
I - O emprego de segunda pessoa em “teu” (l.4) concorda com o emprego de 
“dizes”. 
A passagem do texto é: “Posso não concordar com uma só palavra do que dizes, mas 
defenderei até à morte o teu direito de dizê-las”. 
Está perfeito o emprego do pronome, uma vez que já havia sido usado o tratamento 
de segunda pessoa do singular: dizes / teu direito. ITEM CERTO. 
 
II - Em “transformá-los”(l.7), a forma pronominal “-los” retoma a idéia(*) 
explicitada em “outros indivíduos”. 
Para identificar corretamente o referente do pronome usado no texto, precisamos reler 
a passagem em que ele se encontra: 
Ter idéias (*) e comportamentos políticos ou sociais diversos de outros indivíduos não 
significa, necessariamente, transformá-los em inimigos ferrenhos. 
Quem nos dá a dica é o complemento da sequência: “não significa transformá-los em 
inimigos ferrenhos”. 
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Não poderíamos transformar “idéias(*) e comportamentos” em inimigos, mas sim os 
“outros indivíduos”. Portanto, a referência pronominal está CORRETA. 
(Coloquei este sinal - * - para lembrar que essa palavra, assim como todas as 
paroxítonas que apresentem o ditongo aberto “ei” ou “oi”, a partir do advento do 
Acordo Ortográfico – não recebe mais o acento agudo: ideia) 
III - Em “o que se combate”(l.7 e 8), o termo “o” pode, sem prejuízo 
gramatical para o período, ser substituído pelo pronome aquilo. 
Na questão 38 da aula sobre CONCORDÂNCIA, vimos que a expressão “o que” em 
passagens como a do texto (“... o que se combate são as idéias(*) do outro...”) nada 
mais é do que um pronome demonstrativo “o” com o pronome relativo “que”, tanto 
assim que podemos substituir esse “o” pelo correspondente “aquilo”. Se houver 
necessidade, volte àquela aula e releia o comentário. ITEM CORRETO. 
Assim, a ordem é V – V – V - opção E. 
 
9 - (ESAF/AFRE MG/2005) 
1. O setor público não é feito apenas de filas, atrasos, 
burocracia, ineficiência e reclamações. A sétima 
edição do Prêmio de Gestão Pública, coordenado 
pelo Ministério do Planejamento, mostra que o serviço 
5. público federal também é capaz de oferecer serviços 
com qualidade de primeiro mundo. De 74 instituições 
públicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter 
conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter 
práticas e rotinas de gestão capazes de melhorar de 
10. forma crescente seus resultados, tornando-os referências 
nacionais. O perfil dos premiados mostra que 
o que está em questão não é tamanho, visibilidade 
ou importância estratégica, mas, sim, a capacidade 
de fazer com que as engrenagens da máquina funcionem 
15. de forma eficiente, constante e muito bem 
controlada. 
(Ilhas de Excelência. ISTOÉ, 2/3/2005, com adaptações) 
Analise a asserção abaixo a respeito das estruturas lingüísticas do texto. 
- A retirada do pronome do termo “tornando-os”(l..10) preserva a correção gramatical 
e a coerência textual, deixando subentendido o objeto de “referências nacionais”(l..10 
e 11). 
 
ITEM ERRADO 
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Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticas”. 
Vamos reler a passagem do texto com a alteração proposta pelo examinador (retirada 
do pronome “os”): 
De 74 instituições públicas inscritas, 13 foram selecionadas por ter 
conseguido, ao longo dos anos, implantar e manter práticas e rotinas de 
gestão capazes de melhorar de forma crescente seus resultados, tornando 
referências nacionais. 
Pergunto agora: o que se tornou “referências nacionais”? 
Será que foram os resultados? Ou será que foram as “práticas e rotinas de gestão”? 
Ou, ainda, será que foram “as 13 instituições públicas selecionadas”? 
Pois é para isso que serve o pronome – dentre outras coisas, desfazer possíveis 
ambiguidades. 
Com o emprego do pronome “os”, sepulta-se essa dúvida, pois o único referente no 
gênero masculino é “seus resultados” (os resultados tornaram-se referências 
nacionais). 
Sem o pronome, fica prejudicada a compreensão textual (e, por consequência, a 
coerência). Não sei quem seria uma referência nacional: as 13 empresas? As práticas e 
rotinas de gestão? Os resultados? Por isso, está INCORRETA a assertiva de que foram 
preservadas a correção gramatical e a coerência textual. 
 
10 - (ESAF/SUSEP - Analista Técnico/2006) 
Analise a assertiva a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto. 
1. Antenas, computadores e vontade política. Três fatores 
que podem facilitar o acesso às modernas tecnologias 
de informação, à internet e ajudar a reduzir a nossa 
enorme dívida social. Podem, com certeza, encurtar a 
5. distância entre os que têm e os que não têm acesso 
à rede mundial de computadores e às modernas 
tecnologias.A grande massa do povo encontra-se à 
margem das informações disponíveis e contatos com 
o mundo global. 
(Adaptado de Eunício Oliveira, O acesso às novas tecnologias e a inclusão social, 
Correio Braziliense, 14 de junho de 2004) 
- O desenvolvimento textual leva a entender as duas ocorrências de “os”(l.5) como 
remetendo aos mesmos referentes, e por isso podem ser substituídos por aqueles, 
sem prejuízo da correção gramatical. 
 
ITEM CERTO 
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Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticas”. 
Comentário. 
Vamos reler a passagem do texto: 
Podem, com certeza, encurtar a distância entre os que têm e os que não têm 
acesso à rede mundial de computadores e às modernas tecnologias. A grande 
massa do povo encontra-se à margem das informações disponíveis e contatos 
com o mundo global. 
Nas duas passagens, o pronome demonstrativo “os” refere-se à ideia de “aqueles”, 
sem necessidade de haver um antecedente expresso (“.... entre aqueles que têm e 
aqueles que não têm acesso...”) 
Na verdade, esse antecedente encontra-se implícito na passagem “Três fatores que 
podem facilitar o acesso [dos indivíduos] às modernas tecnologias de informação, à 
internet...”. 
O referente é, portanto, “indivíduos”: “encurtar a distância entre os indivíduos que 
têm [acesso às modernas tecnologias de informação, à internet] e os indivíduos que 
não têm...”. 
Assim, poderia com perfeição haver a troca de “os” por “aqueles”, outro pronome 
demonstrativo usado em um alcance bastante abrangente (não determinadas pessoas, 
mas “todas” as pessoas). 
 
11 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
A relação conflituosa entre fazendeiros e colonos, aliada à crescente dificuldade de 
importação de escravos negros da África a partir da década de 60, exige que se use a 
mão-de-obra nativa, forçando-a ao trabalho na lavoura. Os fazendeiros também 
reclamavam uma legislação que permitisse garantias dos investimentos na mão-de-
obra, do cumprimento dos contratos, da repressão às greves e, ainda, que lhes 
propiciasse adequada produtividade. A promulgação da Lei do Ventre Livre, em 1871, 
sinalizando a abolição da escravidão, criou as condições para uma legislação que, ao 
mesmo tempo em que fazia a regulação minuciosa da contratação do trabalho livre, 
previa a obrigação de o homem livre contratar, como mecanismo de combate à 
vadiagem. 
(Sidnei Machado - http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/ 
article/viewPDFInterstitial/1766/1463) 
Julgue a assertiva a seguir. 
- Em “que lhes propiciasse”(l.5) o pronome “lhes” refere-se a “Os fazendeiros”(l.5). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Acordo Ortográfico: O substantivo “mão de obra” perdeu o hífen. 
Existem diversos elementos que serviriam de referente ao pronome “lhes”. Por isso, é 
importante fazer uma leitura atenta da passagem do texto. 
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Os fazendeiros também reclamavam uma legislação que permitisse garantias 
dos investimentos na mão-de-obra(*), do cumprimento dos contratos, da 
repressão às greves e, ainda, que lhes propiciasse adequada produtividade. 
Em tempo, o sentido de “reclamar” no texto é o de “reivindicar”, “exigir”. 
O texto fala de “propiciar produtividade” a quem? Aos escravos? Aos colonos? 
Não! Os fazendeiros reivindicavam uma legislação que propiciasse adequada 
produtividade A ELES MESMOS. 
Por isso, a indicação está correta. 
Cuidado!!! Não menospreze uma questão como essa. Na hora da prova, há diversos 
fatores atuando contra você: tempo, nervosismo... 
Quantos candidatos saem da prova contabilizando diversos acertos e, no dia seguinte, 
com o gabarito na mão, se decepcionam!!! Então, tranquilidade e atenção! 
 
12 - (ESAF/ AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL NATAL / 2008) 
1. As pessoas sempre pensam em si mesmas antes de 
levar em conta o bem-estar geral. Não adianta querer 
mudar isso. A espécie humana é essencialmente egoísta 
e precisa freqüentemente receber estímulos individuais 
5. para agir em prol de uma causa que transcenda o 
próprio raio de interesses. A princípio todo mundo 
trabalha impulsionado por objetivos próprios, entre eles 
o progresso na carreira e o salário no fim do mês. A 
única maneira de fazer um funcionário voltar-se também 
10. para os interesses da empresa é motivá-lo por meio de 
um conjunto concreto de benefícios extras. Não é por 
acaso que as companhias que implantaram políticas 
de reparte de lucros ou de premiação em dinheiro aos 
funcionários mais talentosos e esforçados tendem a 
15. superar as demais em produtividade e lucro. Em um 
mundo tão complexo, economistas, empresários e 
governantes precisam saber mais sobre psicologia. 
(Entrevista de Maskin a VEJA, 26 de março, 2008). 
 
Assinale a opção em que os três termos remetem, por coesão textual, ao mesmo 
referente. 
a) “As pessoas”(l.1) – “que”(l.5) – “próprio”(l.6) 
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b) “bem-estar geral”(l.2) – “isso” (l.3) – “raio de interesses” (l.6) 
c) “estímulos individuais”(l.4) – “objetivos próprios”(l.7) – “eles”(l.8) 
d) “funcionário”(l.9) – “-se” (l.9) – “-lo” (l.10) 
e) “empresa”(l.10) – “companhias”(l.12) – “demais”(l.15) 
 
Gabarito: D 
Comentário. 
Acordo Ortográfico: Não há trema em “frequentemente” . 
Agora, de forma brilhante, o examinador exige que o candidato saiba identificar a 
relação entre os vocábulos empregados no texto. Vejamos qual opção indica 
corretamente os elementos interligados em coesão textual. 
a) O pronome relativo “que” (linha 5) retoma o antecedente “causa” (“... em prol de 
uma causa que – ESTA CAUSA – transcenda o próprio raio de interesses.”). O 
demonstrativo “próprios” liga-se a “todo mundo”, e não a “pessoas” (linha 1). 
b) O pronome “isso” (linha 3) retoma toda a ideia apresentada anteriormente (a de 
que “as pessoas sempre pensam em si mesmas antes de levar em conta o bem-estar 
geral.”). A esse pronome dá-se o nome de “vicário”, devendo ser estudado mais 
adiante nesta aula. Além disso, o “raio de interesses” mencionado na linha 6 não tem 
relação nenhuma com o “bem-estar geral”; ao contrário – refere-se ao próprio 
indivíduo, de forma egoísta, segundo o autor. 
c) O pronome “eles” refere-se ao sintagma “objetivos próprios” (“... impulsionado por 
objetivos próprios, entre eles o progresso na carreira...”), mas não a “estímulos 
individuais”. 
d) O pronome “se” tem valor reflexivo e, por isso, retoma o antecedente (sujeito) 
“funcionário” (“... fazer um funcionário voltar-se...” voltar a si mesmo). Do mesmo 
modo, o pronome “o” (transformado em “lo” por força da conjugação verbal) em 
“motivá-lo” também retoma “o funcionário” (“... fazer um funcionário voltar-se 
também para os interesses da empresa é MOTIVÁ-LO...” motivar esse funcionário). 
Essa é a resposta correta. 
e) Essa talvez tenha sido a opção mais capciosa desta questão. Note que o examinador 
buscou apresentar palavras que têm relação lógica entre si. Contudo, se voltarmos ao 
texto, veremos que esses elementos não têm ligação entre si. O substantivo 
“empresa”, na linha 10, está usado de forma genérica, vaga, não se referindo a 
nenhuma empresa em especial. Na linha 12, o substantivo “companhias” vem 
acompanhado de uma oração adjetiva restritiva (que determina o alcance dessas 
“companhias”): “... as companhias que implantaram políticas de reparte de lucros 
ou de premiação em dinheiro aos funcionários mais talentosos e 
esforçados...”). Não são, portanto, QUAISQUER companhias, mas aquelas que 
fizeram o que se segue (implantaram políticas...etc., etc., etc.). Quando, em seguida, 
o autor faz menção “àsdemais”, pode-se subentender que as demais não 
implantaram tais políticas. Portanto, esse demonstrativo (“demais”) não possui o 
mesmo referente de “empresa” ou de “companhias” (linha 12). 
 
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13 - (ESAF/AFC STN / 2008) 
Assinale a opção em que a relação de referência está incorreta. 
1. O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente 
democrático. Todas as experiências anteriores ou 
foram autoritárias ou tinham algumas características da 
democracia, mas não a realizavam por completo. Boa 
5. parte desse resultado político se deve à Constituição 
de 1988, num sentido mais amplo que as regras por 
ela determinadas. Além do arcabouço institucional 
original, o espírito que norteou a confecção do texto 
constitucional e o aprendizado posterior têm produzido 
10. efeitos democratizantes na vida política brasileira. 
Ainda há, no plano da cidadania, distância entre o Brasil 
legal e o Brasil real. As formas de participação extra- 
-eleitoral ainda são subaproveitadas. Grande parte da 
população não as usa. 
(Fernando Abrucio, Revista Época, 17 de setembro de 2008) 
a) “seu”(l.1) se refere a “Brasil”(l.1) 
b) “a”(l.4) se refere a “democracia”(l.4) 
c) “desse resultado político”(l.5) se refere a “foram autoritárias”(l.3) 
d) “ela”(l.7) se refere a “Constituição de 1988”(l.5 e 6). 
e) “as”(l.14) se refere a “formas de participação extra-eleitoral”(l.12 e 13). 
 
Gabarito: C 
Comentário. 
Acordo Ortográfico: Registra-se, agora, “extraeleitoral”. 
O “resultado político” mencionado na linha 5 é mencionado no primeiro período do 
texto: “O Brasil vive hoje seu primeiro momento plenamente democrático.”. Não tem 
relação, portanto, com a estrutura oracional “foram autoritárias”, que se refere a 
algumas das experiências anteriores a esse momento. As demais indicações estão 
corretas. 
 
14 - (ESAF/TCU/2006) 
Em relação ao texto, analise a assertiva. 
Do ponto de vista político, a reentronização da hegemonia do capital financeiro sobre a 
reprodução social capitalista mundial significou a vitória da contra-revolução política e 
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econômica capitalista em todos os diferentes universos em que as revoluções políticas 
capitalistas e anticapitalistas tentaram se libertar do pesadelo de um capital financeiro 
entregue a si próprio. Esse foi o causador de duas guerras mundiais e várias 
escaramuças bélicas em vários rincões do planeta, assim como da contra-revolução 
capitalista, para não falar da inflação e do desemprego, que jogaram os trabalhadores 
na miséria e no desespero, no inferno das guerras, da fome e das perseguições 
inomináveis. Eles tentaram se libertar do pesadelo derivado de um dado histórico 
inequívoco: a voragem exterminista e genocida do capital e do capital financeiro em 
primeiríssimo lugar. E fracassaram. 
(Paulo Alves de Lima Filho) 
- O pronome “Esse” (l. 5) refere-se a “um capital financeiro entregue a si próprio” (l. 4 
e 5). 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: registra-se, agora, “contrarrevolução”. Segundo as 
normas ortográficas novas, em regra, usa-se hífen para separar prefixo do 
segundo elemento quando: (1) a segunda palavra iniciar por H; (2) houver 
coincidência de vogal ou consoante entre o fim do prefixo e o início da 
segunda palavra. Nos demais casos, caso o prefixo termine por vogal e a 
palavra seguinte tenha início por R ou S, dobra-se esta consoante para não 
prejudicar a estrutura fonética. 
Entramos, agora, na seara dos PRONOMES DEMONSTRATIVOS. 
Esses pronomes possuem duas funções linguísticas: 
1ª função – indicar a posição dos seres no espaço e no tempo, chamada de função 
dêitica. 
Ao se referir ao momento presente (referência temporal) ou a algo que está próximo 
do falante (referência espacial), usam-se este, esta, isto; em relação a momento 
passado (temporal) ou próximo do ouvinte (espacial), usam-se esse, essa, isso; para 
se referir a momentos distantes (tanto no futuro quanto no passado – temporal) ou a 
algo que está distante dos dois (falante e ouvinte), usam-se aquele, aquela, aquilo. 
Exemplos: 
Naquela época (período distante), usava-se espartilho. 
Naquele ano de 1969, o país foi submetido a uma das piores ditaduras da 
história universal. 
Neste momento, estão todos dormindo. (momento atual) 
Nesse fim de semana (o que passou), fomos ao teatro. 
Neste fim de semana (o que está por vir), iremos ao teatro. 
Em relação ao espaço, este/esta/isto indicam o que se encontra próximo do falante; 
esse/essa/isso, longe do falante, mas próximo do ouvinte; aquele/aquela/aquilo, 
longe de ambos. 
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É da essência dos pronomes demonstrativos esse caráter dêitico, ainda que não seja 
privilégio seu. Outros pronomes – como os pessoais, por exemplo –, alguns advérbios 
(aqui, ali, agora) e substantivos também se prestam a essa função linguística. 
 
2ª função – substituir elementos textuais em referência anafórica (se o termo for 
antecedente ao pronome) ou catafórica (em caso de termo referente após o 
pronome). 
Quando houver mais de um elemento textual aos quais iremos fazer menção, podemos 
usar “este” para o mais próximo e “aquele” para o mais distante. Exemplo: “Paulo e 
Mauro foram aprovados no concurso. Este (Mauro) irá para Porto Alegre, enquanto 
que aquele (Paulo), para Manaus.” ou “Estes argumentos [os que foram mencionados 
imediatamente antes desta citação] se contrapõem àqueles apresentados no início do 
debate.” 
Podemos, então, resumir o emprego dos pronomes demonstrativos em 
referências textuais: 
Forma 1 - Quando um pronome demonstrativo faz referência a algo já mencionado no 
texto, ou seja, a algo que está no “paSSado” do texto, deve-se usar ESSE / ESSA / 
ISSO (com o SS do paSSado). Se a referência ainda vier a ser apresentada (pertence 
ao fuTuro), usa-se ESTE / ESTA / ISTO (com o T do fuTuro) – gostou dessa dica 
mnemônica? 
Forma 2 - Quando se citam dois elementos, retoma-se o último, ou seja, o mais 
próximo, pelo pronome "este" (ou "esta", "estes", "estas"). O primeiro elemento 
citado, isto é, o mais distante, é retomado por "aquele" (ou suas flexões). Exemplo: 
“João e Pedro farão a prova para o Tribunal de Contas da União. Este para Analista e 
aquele para Técnico.” – Nesta construção, “este” é o referente mais próximo (Pedro) e 
aquele, o mais distante (João). 
Modernamente, reduziu-se o rigor no emprego do pronome demonstrativo em 
referências textuais, inclusive em relação às provas (como vimos nesta questão, em 
que, mesmo se referindo a expressão já mencionada, usou o “este”), mas, em textos 
formais, como pareceres e provas dissertativas, deve-se observar o correto emprego 
dos pronomes demonstrativos. 
 
Esse é um texto de difícil leitura, por isso devemos ter bastante atenção. 
“Do ponto de vista político, a reentronização da hegemonia do capital 
financeiro sobre a reprodução social capitalista mundial significou a vitória da 
contra-revolução(*) política e econômica capitalista em todos os diferentes 
universos em que as revoluções políticas capitalistas e anticapitalistas 
tentaram se libertar do pesadelo de um capital financeiro entregue a si 
próprio. Esse foi o causador de duas guerras mundiais e várias escaramuças 
bélicas em vários rincões do planeta, assim como da contra-revolução(*) 
capitalista, para não falar da inflação e do desemprego, que jogaram os 
trabalhadores na miséria e no desespero, no inferno das guerras, da fome e 
das perseguições inomináveis. Eles tentaram se libertar do pesadelo derivado 
de um dado histórico inequívoco:a voragem exterminista e genocida do 
capital e do capital financeiro em primeiríssimo lugar. E fracassaram.” 
 
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Para começar, vamos ao significado de alguns vocábulos: 
- reentronização – “entronizar” significa “sublimar”. Assim, reentronização seria 
uma nova sublimação. 
- hegemonia – preponderância, supremacia. 
- escaramuças – conflitos, brigas, desordens. 
 
O pronome demonstrativo “Esse” retoma o antecedente “capital financeiro entregue a 
si próprio” e quem nos dá essa certeza é a última passagem do texto (!): “Eles 
tentaram se libertar do pesadelo derivado de um dado histórico inequívoco: a 
voracidade exterminista e genocida do capital e do capital financeiro em 
primeiríssimo lugar.”. 
Segundo o autor, esse foi o elemento causador de duas guerras mundiais e de diversos 
conflitos espalhados pelos vários cantos do mundo, bem como de tantas outras 
mazelas que devastaram os trabalhadores e a humanidade em geral. 
Veja que, muitas vezes, o texto precisa ser lido e relido para identificarmos algum 
referente textual. Precisamos compreender TODO O TEXTO e não apenas a passagem 
em análise. 
Por isso, por favor, leia com atenção e calma. Não se apresse para resolver uma 
dessas questões. Se for preciso, deixe essa questão para o fim, momento em que, com 
mais tempo e tranquilidade, será possível a compreensão textual. 
 
15 - (ESAF/MPOG - APO/2008) 
Em relação ao texto, assinale a opção incorreta. 
1. O objetivo da Embratur é atrair mais turistas 
estrangeiros. Em média, segundo a empresa, 
eles permaneceram no Brasil 18 dias em cada 
viagem, em 2007, dois dias mais do que em 2006. 
5. A média geral de gastos diários, por turista, foi de 
US$ 91,74, mas os europeus gastaram bem mais 
que isso. Segundo a presidente da Embratur, 
aumentou em 22% o número de viagens dos 
turistas espanhóis ao País. 
10. Para atrair mais turistas, é preciso oferecer não 
apenas mais vôos e mais hotéis, o que já vem 
ocorrendo, mas também serviços de qualidade, 
funcionários bilíngües, segurança reforçada 
nas proximidades de hotéis, aeroportos e infra-estrutura. 
15. O empenho justifica-se pelo aumento 
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do emprego propiciado pelo turismo e da renda 
gerada para os mais diversos segmentos – 
shopping centers, restaurantes, cinemas, táxis, 
transporte especializado, farmácias. 
(O Estado de S. Paulo, 6/02/2008) 
a) A palavra “empresa” (l. 2) é termo de coesão lexical que retoma o antecedente 
“Embratur” (l.1). 
b) O pronome “eles” (l. 3) constitui uma anáfora, pois se refere ao antecedente 
“turistas estrangeiros” (l. 1 e 2). 
c) O termo “isso” (l. 7) constitui elemento coesivo, pois retoma o antecedente “US$ 
91,74”. 
d) Em “justifica-se” (l. 15), o “-se” indica sujeito indeterminado. 
 
Gabarito oficial: B 
ATENÇÃO: Essa questão deveria ter seu gabarito alterado para D. 
Comentário. 
Acordo Ortográfico: Registram-se, agora, os vocábulos “voos” (sem acento 
circunflexo), “bilíngues” (sem trema) e “infraestrutura” (sem hífen). Nossa, 
quantas alterações!...rs... 
Essa questão foi o absurdo cometido pela banca naquele concurso para o MPOG. 
Evidentemente, a resposta (opção incorreta) deveria ter sido a de letra D. Contudo, a 
banca apresentou (preliminar e definitivamente) a resposta como B. Infelizmente, 
temos de aturar esse tipo de coisa, mas apresentamos aqui nosso completo e total 
repúdio, uma vez que o candidato preparado foi prejudicado com esse resultado – 
perdeu um ponto injustamente. 
Você deve estar se perguntando: “Então, por que a professora colocou essa questão no 
nosso material? Para me confundir, para me estressar?”... Não, amiguinho(a), longe 
de mim isso..rs... Trouxe a questão em função do grande número de candidatos que, 
em sua preparação, podem já ter baixado a prova e encontrado essa resposta absurda. 
Assim, caso isso tenha acontecido com você, pode ficar tranquilo – não é você quem 
não sabe nada de pronome – é o examinador..rs... 
Vejamos cada uma das opções e tire suas próprias conclusões. 
a) Sim, para não repetir o nome da empresa, usou-se desse artifício de coesão textual 
– a troca de um substantivo próprio por um comum. 
b) Ainda bem que você já sabe o que é uma “anáfora”, não é mesmo?... Não é 
mesmo?!?!?!...rs... Espero que sim! ...rs... Anáfora é o processo de referência textual 
em relação a algo que já foi mencionado. Está correta a indicação de que “eles” retoma 
o antecedente “turistas estrangeiros” (“esses turistas permaneceram no Brasil 18 
dias...”). Então, como é que poderia ser essa a resposta, se o enunciado busca a opção 
ERRADA? Absurdo!!! 
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c) “A média geral de gastos diários, por turista, foi de US$ 91,74, mas os europeus 
gastaram bem mais que isso.”. O pronome “isso”, em referência anafórica, retoma 
“US$ 91,74”, sim. Está certa essa indicação. 
d) O pronome “se”, como vimos à exaustão no início dessa aula, não poderia ser 
“índice de indeterminação do sujeito”, pois o sujeito está EXPLÍCITO: “O empenho 
JUSTIFICA-SE...”. Essa deveria ter sido a resposta à questão. Está incorreta!!! 
 
16 - (ESAF/IRB – Advogado/2006) 
1. “O mundo é plano”, livro do jornalista Thomas 
Friedman, mostra que há uma nova globalização por 
aí. Ela achatou o planeta e explodiu as noções de 
distância, tempo e trabalho. Recriou a China e a Índia. 
5. Ao contrário da globalização financeira dos anos 90, 
nessa há lugar para brasileiros. Na primeira, ganhava 
quem tinha dinheiro. Agora, pode ganhar quem tem 
educação, quer aprender mais e acredita no seu 
trabalho. 
10. É nessa hora que se abre espaço para Pindorama. 
Se os jovens brasileiros começarem a brigar por mais 
computadores em suas casas, escolas e trabalho, a 
brincadeira terá começado. 
O livro não arruma empregos para seus leitores, mas 
15. ensina como eles acabam, onde reaparecem e como 
reaparecem. 
(Elio Gaspari, Um livro muito bom: “O mundo é plano”, Folha de São Paulo, 18 de 
dezembro de 2005, com adaptações) 
 
Assinale a opção em que o termo da primeira coluna retoma, no texto, o termo da 
segunda. 
a) “nessa” (l.6) “globalização financeira dos anos 90” (l.5) 
b) “primeira” (l.6) “nova globalização” (l.2) 
c) “nessa hora” (l.10) “Agora” (l.7) 
d) “Pindorama” (l.10) “livro do jornalista Thomas Friedman” (l.1 e 2) 
e) “eles” (l.15) “leitores” (l .14) 
 
Gabarito: C 
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Comentário. 
a) O pronome demonstrativo “nessa” se refere a “nova globalização” que vem por aí. 
Note que, por haver dois antecedentes – um próximo (globalização financeira dos anos 
90) e outro mais distante (nova globalização) –, o pronome mais adequado seria 
“naquela”. Contudo, como afirmamos, não deve haver um rigor gramatical extremado 
quando se trata de pronomes em referência anafórica. 
b) Agora, não se trata de referência textual (até porque foi mencionada logo no início 
do texto “a nova globalização”, e não é a essa expressão que “primeira” faz menção). 
A referência é em relação aos aspectos temporais – “a primeira” significa “a que veio 
primeiro”, “a que antecedeu a todos” ou “a que veio antes da outra”. Por isso, a 
indicação do referente está INCORRETA. 
Na pressa, sem retornar ao texto, o candidato pode errar!!! 
c) Vamos identificar os termos da argumentação. 
“Na primeira [entenda-se: na primeira globalização – a dos anos 90] , ganhava 
quem tinha dinheiro. Agora [na globalizaçãoque se anuncia], pode ganhar quem 
tem educação, quer aprender mais e acredita no seu trabalho.” 
O dêitico “agora” se refere ao mesmo elemento de “nessa hora”, mencionado no início 
do parágrafo seguinte: “É nessa hora que se abre espaço para Pindorama [nosso 
país, na linguagem do autor]” – pergunto: em que hora? 
Na mesma “hora” mencionada na passagem: “nessa há lugar para brasileiros”, ou 
seja, na globalização que se anuncia. Assim, está CORRETA a indicação de relação 
entre os termos. 
d) “Pindorama”, de origem tupi, designa uma região com palmeiras. Como acabamos 
de ver, é como o autor se refere ao nosso país. 
e) O que acaba e reaparece? Será que são os leitores? Certamente que não. O 
pronome pessoal “eles” faz menção aos “empregos”. 
 
17 - (ESAF/TRF/2002) 
Julgue se as formas de redação abaixo estão gramaticalmente corretas. 
- Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preço de 3,8% de PIB 
florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento próximo em 
que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia. / Seu pensamento hoje é 
esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia ao preço de 3,8% de PIB florescente e 
produtividade que permite encarar sem susto o momento próximo em que os EUA 
gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia. 
 
ITEM CERTO 
Comentário. 
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Observe que, no segundo segmento, o autor usa o pronome demonstrativo esse em 
referência catafórica (PARA A FRENTE), o que seria, segundo os puristas, um erro. 
Contudo, a banca indicou esse item como correto. Isso reforça a tese de que se 
reduziu o rigor gramatical no emprego anafórico do pronome demonstrativo. 
 
 
18 - (ESAF/AFRF/2005) 
Em relação ao texto, analise a proposição. 
1. IBGE e BNDES mostraram que a desesperança nas cidades pequenas empurra a 
força de trabalho para as médias, que detêm maior dinamismo econômico. A carga da 
pesada máquina administrativa das pequenas “cidades mortas” é paga pelas verbas 
federais do Fundo de Participação dos Municípios. A economia local nesses municípios, 
5. como o IBGE também já mostrou, é dependente da chegada do pagamento dos 
aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social. O seminário “Qualicidade”, 
por sua vez, confirmou que a favelização é produto de “duas ausências”, a do 
crescimento econômico e a de política urbana. 
(Gazeta Mercantil, 17/10/2005, Editorial) 
- A presença de artigo definido feminino singular, em suas duas ocorrências (l.7 e 8), 
indica que se pode subentender após o artigo a repetição da palavra “favelização”(l.7). 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
O seminário “Qualicidade”, por sua vez, confirmou que a favelização é 
produto de “duas ausências”, a do crescimento econômico e a de política 
urbana. 
Antes da palavra “favelização”, temos um artigo definido feminino, que é a palavra 
variável que precede o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número. 
Contudo, na sequência, esses “as” indicam a existência do substantivo “ausência” e 
não “favelização”, como sugere o examinador. 
Como este item já possuía um erro – indicação incorreta de um referente – não 
poderíamos afirmar se a indicação da classe gramatical desse “a” estaria correta ou 
não, por ser considerado pronome demonstrativo e não artigo definido. 
A resposta veio tempos depois, com uma questão da prova para Auditor-Fiscal do 
Trabalho, em 2006. Vejamos. 
 
19 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
Avalie a afirmação abaixo, a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no texto. 
Quando se ouve a palavra “preço”, as primeiras imagens que invadem nossa mente 
são as de cartazes de liquidação, máquinas registradoras, cheques e cartões de 
crédito. Mesmo nas sociedades orientais, menos capitalistas que a nossa, a idéia de 
preço é sempre ligada à noção de objeto de valor. Porém, diferentemente do que a 
mídia informa, nem tudo pode ser comprado e parcelado em três vezes no cartão. As 
coisas realmente importantes da vida têm seu preço, isso é certo, mas a forma de 
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pagamento é bem diversa das praticadas nos shopping centers. Na infinita negociação 
que é viver, se sairá melhor aquele que possuir uma sólida conta corrente de reservas 
emocionais e de bom senso do que aquele que confia apenas em sua coleção de 
cartões de plástico. Lucrará mais aquele que souber responder com sabedoria a 
pergunta: vale a pena pagar o preço? 
(Adaptado da Revista Planeta, maio de 2006) 
- Para a coerência textual, o vocábulo “as”(l.2) tanto pode ser interpretado como um 
pronome, substituindo o substantivo “imagens”(l.2), quanto como um artigo definido 
que deixa implícita a concordância com “imagens”. 
 
Gabarito oficial: ITEM CERTO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticas”, nem acento agudo em 
“ideia". 
Mais uma vez, a banca chama de “artigo definido” uma ocorrência que costumávamos 
considerar como de um pronome demonstrativo. 
“Costumávamos” porque nosso papel é “dançar conforme a música” (pelo menos, 
enquanto o maestro for o mesmo... ou seja, os componentes da banca não mudarem 
de ideia ou não forem substituídos). 
Bem, vejamos, em primeiro lugar, a proposta de recurso que fizemos para essa 
questão. 
Existe uma justificativa etimológica para a proximidade entre os artigos definidos (o, a, 
os, as) e os pronomes demonstrativos: o artigo definido românico, que abarca o 
português (o, a, os, as), o francês (le, la, les), o italiano (il, lo, la, le) e o espanhol (el, 
lo, la, los, lãs), proveio dos demonstrativos latinos de terceira pessoa ille, illa, illud 
(respectivamente masculino, feminino e neutro). 
As formas arcaicas dos artigos definidos el, lo, la, derivadas desses demonstrativos 
latinos, foram usadas no período em que o português estava se formando. 
 
Com a evolução da língua, o valor demonstrativo do artigo definido foi se perdendo, 
mas subsiste em alguns casos, ainda que de modo tênue, como bem indica o mestre 
Celso Cunha a partir dos seguintes exemplos: 
 
“Permaneceu A [= esta/aquela] semana inteira em casa.” 
 
“Partimos NO [= neste] momento para São Paulo.” 
 
“Levarei produtos DA [= desta] região.” 
 
Mas adverte M. Said Ali, na obra Gramática Histórica da Língua Portuguesa, em 
Lexeologia do Português Histórico: "esta função se amorteceu desde que se tornou em 
costume de antepor, sem grande necessidade, a qualquer substantivo a palavra o, a, 
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tornando-a seu companheiro quase inseparável. Desde então passou o 
demonstrativo a ser artigo". (grifo não do original) 
 
Em virtude disso, as definições que os diversos gramáticos atribuem ao artigo são: 
- (Celso Cunha e Lindley Cintra) “palavras o (com as variações a, os, as) e um (com 
as variações uma, uns, umas) que se antepõem aos substantivos (...)”; 
- (Rocha Lima) “partícula que precede o substantivo, assim à maneira de ‘marca’ 
dessa classe gramatical”; 
- (Evanildo Bechara) “a palavra que se antepõe aos substantivos que designam 
seres determinados (o, a, os, as) ou indeterminados (um, uma, uns, umas).”. 
 
Não se pode confundir, pois, o artigo definido, que acompanha um substantivo, 
pronome substantivo ou, em algumas vezes, um adjetivo com um substantivo oculto, 
com pronome demonstrativo, que pode ser empregado no lugar de um substantivo. 
Merece destaque a seguinte lição de Evanildo Bechara: 
“O pronome o, perdido de seu valor essencialmente demonstrativo e posto antes de 
substantivo, como adjunto, recebe o nome de artigo definido. Assim é que a 
gramática, no exemplo seguinte, considera o primeiro os ARTIGODEFINIDO e o 
segundo PRONOME DEMONSTRATIVO: 
‘Os homens de extraordinários talentos são ordinariamente os de menor juízo’ 
(Marques de Marica)”. (grifos nossos) 
O exemplo apresentado pelo nobre mestre é idêntico à construção presente no 
primeiro período do texto a seguir transcrito, base do item I da questão 14: 
Quando se ouve a palavra “preço”, as primeiras imagens que invadem nossa 
mente são as de cartazes de liquidação, máquinas registradoras, cheques e 
cartões de crédito. 
 
No item I da referida questão, afirma-se: 
I. Para a coerência textual, o vocábulo “as” (l.2) tanto pode ser interpretado como um 
pronome, substituindo o substantivo “imagens”(l.2), quanto como um artigo definido 
que deixa implícita a concordância com “imagens”. 
O gabarito indica esse item como correto. 
Em virtude de todo o exposto, respeitosamente discordamos de tal indicação. O 
vocábulo ‘as’ deve ser classificado SOMENTE como um pronome demonstrativo, 
uma vez que substitui o substantivo “imagens”, já presente no texto, evitando sua 
repetição. 
Infelizmente, o gabarito foi mantido (de novo?!?!), o que nos leva a crer que a banca 
classifica como “artigo definido” a ocorrência de “a” quando for possível subentender, 
na sequência, um substantivo (estando ele ausente). 
E durma-se com um barulho desses... 
Voltaremos a essa questão mais adiante, em “colocação pronominal”. 
 
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COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
20 - (ESAF/AFRF/2005) 
A questão proposta é a do acaso. Na tradição ocidental, o tema aparece 
invariavelmente ligado a um outro, o da razão: o dos limites e do alcance da 
racionalidade. Nem seria errôneo afirmar que o empenho maior para o pensamento 
filosófico inaugurado na Grécia antiga resume-se em querer vencer a sujeição ao 
acaso. De fato, um dos traços peculiares ao homem primitivo está em deixar-se 
surpreender pelo acaso, em guiar-se pelo imprevisível. 
Já o homem racional instaurado pelos gregos entrega-se, pela primeira vez na história, 
a esse esforço descomunal e decisivo para a evolução do Ocidente, de tentar conjurar 
o mais possível as peias do acaso, estabelecendo as bases para um comércio racional 
do homem com o seu meio ambiente; mais precisamente: a postura racional passou a 
designar, de modo gradativo, um comportamento de dominação por parte do homem, 
elaborando racionalmente as suas relações com a natureza, o homem terminaria 
abocanhando as vantagens de ver subordinada a natureza aos seus desígnios pessoais. 
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) 
 
Analise a correção gramatical da proposição abaixo. 
- Seria errôneo afirmar que nem o empenho maior do pensamento filosófico grego 
sujeitaria-se ao objetivo de querer trocar os limites do acaso pelo alcance da 
racionalidade. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há acento agudo em “ideias”. 
Agora, entramos em um dos pontos mais incidentes em provas da ESAF: COLOCAÇÃO 
DO PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO. 
A fim de facilitar, resumimos todas as regras de colocação pronominal a três, além da 
regra geral: CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA, CASOS PROIBIDOS, CASO 
FACULTATIVO. 
 
1) REGRA GERAL: 
Segundo a norma culta, a regra é a ênclise, ou seja, o pronome após o verbo. 
Isso tem origem em Portugal, onde essa colocação é mais comum. No Brasil, o 
uso da próclise é mais frequente, por apresentar maior informalidade, mas, 
como devemos abordar os aspectos formais da língua, a regra será ênclise, 
usando próclise em situações excepcionais, que são: 
 Palavras invariáveis (advérbios, alguns pronomes, conjunção) atraem o 
pronome. Por “palavras invariáveis”, entendemos os advérbios, as 
conjunções, alguns pronomes que não se flexionam, como o pronome 
relativo que, os pronomes indefinidos quanto/como, os pronomes 
demonstrativos isso, aquilo, isto. 
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Exemplos: 
“Ele não se encontrou com a namorada.” – próclise obrigatória por força do 
advérbio de negação. 
“Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz.” – próclise 
obrigatória por força da conjunção; 
 Orações exclamativas (“Vou te matar!”) ou que expressam desejo, chamadas 
de optativas (“Que Deus o abençoe!”) – próclise obrigatória. 
 Orações subordinadas – (“... e é por isso que nele se acentua o pensador 
político” – uma oração subordinada causal, como a da questão, exige a 
próclise.). 
 
2) EMPREGO PROIBIDO: 
 Iniciar período com pronome (a forma correta é: Dá-me um copo d’água. / 
Permita-me fazer uma observação.); 
 Após verbo no particípio, no futuro do presente e no futuro do pretérito. 
Com essas formas verbais, usa-se a próclise (desde que não caia na 
proibição acima), modifica-se a estrutura (troca o “me” por “a mim”) ou, no 
caso dos futuros, emprega-se o pronome em mesóclise. 
Exemplos: “Concedida a mim a licença, pude começar a trabalhar.” (Não 
poderia ser “concedida-me” – após particípio é proibido - nem “me 
concedida” – iniciar período com pronome é proibido). 
“Recolher-me-ei à minha insignificância” (Não poderia ser “recolherei-me” 
nem “Me recolherei”). 
 
3) EMPREGO FACULTATIVO: 
 Com o verbo no infinitivo, mesmo que haja uma palavra “atrativa”, a 
colocação do verbo pode ser enclítica (após o verbo) ou proclítica (antes do 
verbo). 
Exemplo: 
“Para não me colocar em situação ruim, encerrei a conversa.” “Para não 
colocar-me em situação ruim, encerrei a conversa.” 
Assim, com infinitivo está sempre certa a colocação, desde que não 
caia em um caso de proibição (começar período). 
NÃO CONFUNDA INFINITIVO COM FUTURO DO SUBJUNTIVO – Na 
maior parte dos verbos, essas formas são iguais (para comprar/quando 
comprar, para estudar / quanto estudar). Contudo, a regra da colocação 
pronominal só se aplica ao infinitivo. Se o verbo estiver no futuro do 
subjuntivo, aplica-se a regra geral. 
Para ter certeza de que é o infinitivo mesmo e não o futuro do subjuntivo, 
troque o verbo por um que se modifique, como o verbo TRAZER (para 
trazer / quando trouxer), FAZER (para fazer/ quando fizer), PÔR (para 
pôr/ quando puser), e tire a “prova dos noves”. 
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Se for infinitivo, pode colocar o pronome antes ou depois, tanto faz. De 
qualquer jeito, estará certo, mesmo que haja uma palavra atrativa 
(invariável). 
 
Observação importante: quando houver mais de uma palavra invariável 
antes do verbo, o pronome poderá ser colocado entre elas. A esse fenômeno 
dá-se o nome de APOSSÍNCLISE (estava devendo esse nome desde a 
última aula, lembra?). 
Exemplo: “Para não levar-me a mal, irei apresentar minhas desculpas.” – 
como vimos, com infinitivo está sempre certa a colocação (caso facultativo), 
mesmo que haja uma palavra invariável (no caso, são duas – para e não). 
COLOCAÇÕES IGUALMENTE POSSÍVEIS: 
(1) “Para não me levar a mal, ...”- O pronome foi atraído pelo advérbio 
(palavra invariável). 
(2) “Para me não levar a mal, ...” – O pronome foi atraído pela preposição 
(outra palavra invariável). 
 
De volta à questão, vemos que o erro está em colocar o pronome APÓS o futuro do 
pretérito: SUJEITAR-SE-IA. 
Em relação a essa sintaxe, alertamos para os verbos terminados em –ZER. 
“Cláudia, qual é o problema com esses verbos?” 
A maioria esmagadora dos verbos, tanto no futuro do presente quanto no do pretérito, 
mantém “de um lado” o infinitivo e do outro a desinência. Veja só: 
VERIA + O VER + O + IA VÊ-LO-IA 
COMPRARIA + AS COMPRAR + AS + IA COMPRÁ-LAS-IA (já falamos sobre a 
acentuação gráfica nesses casos, não é?) 
ESTUDAREI + O ESTUDAR + O + EI ESTUDÁ-LO-EI 
 
Só que não é isso o que acontececom os verbos terminados em –ZER: 
FAZER (futuro do presente) FAREI (não é FAZEREI) (futuro do pretérito) FARIA 
(e não “fazeria”). 
Assim, quando um pronome é colocado em MESÓCLISE, de um lado não fica o 
infinitivo, POIS HOUVE ALTERAÇÃO NO RADICAL DO VERBO!!! 
 
FAZER + O FAREI + O = FÁ-LO-EI (futuro do presente) FARIA + O = 
FÁ-LO-IA (futuro do pretérito) 
DIZER + AS DIREI + AS = DI-LAS-EI (fut.do presente) DIRIA + AS = 
DI-LAS-IA (futuro do pretérito) 
Agora, confesse: se encontrasse no meio de um texto imenso dividido em opções um 
“fazê-las-ia com a máxima urgência”, será que você notaria esse erro???? 
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21 - (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) 
As coisas realmente importantes da vida têm seu preço, isso é certo, mas a forma de 
pagamento é bem diversa das praticadas nos shopping centers. Na infinita 
negociação que é viver, se sairá melhor aquele que possuir uma sólida conta 
corrente de reservas emocionais e de bom senso do que aquele que confia 
apenas em sua coleção de cartões de plástico. Lucrará mais aquele que souber 
responder com sabedoria a pergunta: vale a pena pagar o preço? 
(Adaptado da Revista Planeta, maio de 2006) 
Avalie a afirmação abaixo, a respeito do emprego das estruturas lingüísticas no trecho 
em destaque. 
- Devido ao emprego da vírgula, mantém-se a coerência textual e a correção 
gramatical ao empregar o pronome átono depois do verbo em “se sairá”(l.3): sairá-
se. 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “linguísticas”. 
O examinador insiste no mesmo erro: colocar o pronome em ênclise a um verbo no 
futuro do presente / futuro do pretérito. 
Esse é um caso de mesóclise, se não houver palavra invariável antes do verbo, o que 
provocaria uma próclise. 
Veja a passagem do texto, que já foi apresentado na íntegra em questão pretérita: 
“Na infinita negociação que é viver, se sairá melhor aquele que possuir uma sólida 
conta corrente de reservas emocionais e de bom senso...” 
Muitos devem estar se perguntando se a posição deste pronome estaria correta, e a 
resposta é SIM. O que o pronome não pode é iniciar PERÍODO, mas este foi iniciado 
pela estrutura “Na infinita negociação que é viver...”. 
Vamos supor que este segmento estivesse mais adiante. Nesse caso, a única 
possibilidade seria a mesóclise: “Sair-se-á melhor aquele que, na infinita negociação 
que é viver, possuir uma sólida...”. 
 
22 - (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005) 
Julgue a afirmação abaixo em relação às lacunas do texto. 
Enquanto houver falta de força de trabalho, _______a)_____, os novos direitos 
conquistados se efetivam para a quase totalidade dos assalariados. Mas a situação 
muda completamente__________b)__________ e ______________ c) 
______________. Nessas fases da conjuntura, a competição pelos poucos empregos 
disponíveis faz com que _________________ d) __________________, o que só 
podem fazer trabalhando como “informais”. É o que estamos assistindo hoje no Brasil: 
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________ e) __________, um número ainda maior trabalha sem registro e sem os 
direitos consignados na CLT. 
(Paul Singer, Folha de S. Paulo, 30/04/2005) 
- A primeira lacuna poderia ser preenchida, com correção gramatical, coesão e 
coerência textuais, por qualquer das propostas a seguir. 
1. que caracteriza períodos de intenso crescimento econômico 
2. que distingue-se a economia em ritmo de aceleração 
 
ITEM ERRADO 
Comentário. 
O pronome relativo “que” é uma palavra invariável, que tem o condão de atrair o 
pronome para antes do verbo. Além desse fator, temos, nesse caso, uma oração 
subordinada adjetiva, um dos casos de próclise obrigatória. 
Assim, além de se observar um prejuízo em relação à coerência textual, a proposição 2 
apresenta o erro de colocação do pronome “se”, exigindo-se a próclise: que se 
distingue. 
 
23 - (ESAF/MPOG – Especialista Políticas Públicas/2005) 
Aponte a opção que finaliza com correção gramatical o trecho abaixo. 
O desenvolvimento científico e tecnológico tem, de fato, uma coerência imanente 
fundamental. O seu temido desvirtuamento decorre sempre de fatores acidentais, 
alheios portanto à sua lógica intrínseca e fatal que, levada às últimas conseqüências, é 
sempre a favor e não contra o homem, porquanto não somente somos parte 
integrante do processo, mas o seu remate. Se a televisão, por exemplo, pode revelar-
se aborrecida ou nociva, _______________________________________ 
(Lúcio Costa, “O novo humanismo científico e tecnológico”) 
a) não é que o deve ser necessariamente, mas porque o critério do seu emprego a 
torna assim. 
b) não é que deva sê-lo necessariamente, mas por que o critério do seu emprego a 
torna assim. 
c) não é porque seja-o necessariamente, mas por que o critério do seu emprego torna-
a assim. 
d) não é que a deve ser necessariamente, mas porque o critério do seu emprego 
torna-a assim. 
e) não é que deve sê-la necessariamente, mas por que o critério do seu emprego 
torna-a assim. 
 
Gabarito: A 
Comentário. 
Mudança ortográfica: não há trema em “consequências”. 
CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ RECEITA FEDERAL 
E MPOG – QUESTÕES COMENTADAS ESAF 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
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Além do aspecto semântico, devemos observar a correção gramatical. Para aumentar 
nossas chances de acertar a questão, vamos eliminar os itens que apresentam erros 
gramaticais. 
As opções b, c e e indicam o vocábulo por que (separado), que é um pronome 
interrogativo ou uma preposição acompanhada de pronome relativo (assunto da aula 
de CONJUNÇÃO). 
Na oração, deve ser usada uma conjunção de valor explicativo, que se escreve em 
um só vocábulo: porque. 
Na opção d, o erro é de colocação pronominal: numa oração subordinada adjetiva 
explicativa, iniciada pela conjunção explicativa porque, o pronome deve estar 
proclítico. Contudo, observa-se o pronome em ênclise (“mas porque o critério do seu 
emprego torna-a assim”). 
Só com essa análise gramatical, teríamos chegado à resposta – a única correta seria 
opção A. 
Para fins didáticos, iremos avaliar o aspecto semântico da construção e a função de 
seus elementos. É preciso, antes de tudo, compreender o texto. Para isso, precisamos 
vencer alguns obstáculos, quais sejam: o emprego de vocábulos desconhecidos por 
nós. Alguns são essenciais, outros não. 
Glossário: 
Imanente – algo sempre presente, inseparável; 
Porquanto – conjunção de valor causal, equivalente a porque (aguarde a aula sobre 
CONJUNÇÃO para receber uma dica de como memorizar o sentido dessa conjunção, 
sempre presente nas provas da ESAF); 
Remate – acabamento, fim, e, em linguagem conotativa, cume, auge, ponto máximo. 
Fala-se da coerência própria do desenvolvimento científico e tecnológico, de seu 
desvirtuamento e das consequências disso, sempre a favor do homem, que é não só 
parte, mas também fim desse processo. 
A partir disso, aborda-se o papel da televisão nesse contexto. 
Para compreendermos a função do pronome demonstrativo o em “não é que o deve 
ser necessariamente”, vamos dissecar a passagem: 
“Se a televisão, por exemplo, pode revelar-se aborrecida ou nociva, não é que 
necessariamente deve (a televisão) ser assim (aborrecida ou nociva), mas porque o 
seu emprego (emprego da televisão) a torna (torna a televisão) assim (aborrecida ou 
nociva).” 
Afinal, qual a função do pronome demonstrativo “o” em “não é que o deve ser”? 
Retomar a ideia de que “a televisão pode revelar-se aborrecida ou nociva”. 
Veja a seguir mais um exemplo de pronome em função vicária. 
 
24 - (ESAF/SEFAZ SP/2009) 
Com base no texto, analise a proposição a seguir. 
1. É certo que houve

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