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violencia domestica e covid19

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Curso
	Direito 
	Disciplina
	Estágio Supervisionado II - Penal
	Professor
	Larissa Botelho
	Aluno(a)
	Felipe dos Santos Ramos
	Matrícula
	20141101084
PESQUISA SOBRE A VIOLENCIA DOMESTICA A MULHER E SEU AUMENTO DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Podemos definir como violência doméstica todos os atos de abusos sejam físicos, sexuais, psicológicos e económicos perpetrados por um membro da família ou parceiro íntimo da mulher vítima dos abusos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera também o comportamento controlador como forma de abuso e ocorre tanto em relações heterossexuais como homossexuais.
Tal violência pode assumir diversas formas, incluindo ameaças ou agressões físicas (bater, pontapear, morder, acorrentar, atirar objetos, choques elétricos, etc.), abusos sexuais, comportamento controlador, intimidação, perseguição contínua, abusos passivos (como negligência) ou privação económica.  Pode ainda incluir outras formas de abuso, como colocar deliberadamente a pessoa em perigo, coerção, rapto, detenção forçada, invasão de propriedade e assédio.
Até meados do século XIX, a maior parte dos códigos jurídicos consideravam que a violência contra a mulher era um exercício de autoridade legítimo por parte do marido.Foi somente com a advento de movimentos feministas que essa situação mudou, surgindo documentos como  Convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência Contra as Mulheres e a Violência Doméstica, esse que foi o primeiro para combater a violência contra a mulher.
 No Brasil estima-se que 2 milhões,a cada ano sofram dessas diversas violencias.Por isso com o intuito de efetivar a igualdade entre os gêneros e pela erradicação de todas as formas de violência contra a mulher estabelecidos na Constituição Federal/88 e nos Tratados Internacionais e Convenções, como a Convenção de Belem do Pará que o Estado Brasileiro criou a lei 11.340/2006, tambem conhecida como lei Maria da Penha, que é atualmente a principal norma protetora dessas mulheres.
Em seu artigo 7º, tal dispositivo legal descreve as diversas formas de violência doméstica contra a mulher, bem como adicionou diversas garantias processuais a vitima e celeridade ao processo.
No dia 9 de março de 2015, foi sancionada a Lei nº. 13.104 que, em linhas gerais, prevê o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio,o assassinato de mulher por razões de gênero (quando envolver violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação à condição de mulher.
Atualmente, para enfrentar a crise sanitária provocada pela pandemia de COVID-19 vários países vêm adotando medidas de isolamento social, com vistas a retardar a disseminação do vírus, evitar o colapso de seus sistemas de saúde e preservar a vida de seus cidadãos. Nesse contexto, a Procuradora Especial da Mulher do Senado Federal, a senadora Rose de Freitas (Podemos/ES) no Boletim Mulheres e sesu temas emergentes, chama a atenção para o fato de que “o isolamento social de famílias inteiras tem causado um efeito perigosamente adverso: a elevação das ocorrências de violência doméstica e familiar contra as mulheres, contra crianças, adolescente e idosos”.
O risco do aumento dos episódios agudos de violência ocorre, conforme aponta a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), ministra Damares Alves, porque o confinamento obriga vítimas a conviverem com seus agressores por longos períodos.
As primeiras notícias sobre o aumento da violência doméstica em tempos de COVID-19 vieram da China seguidas de outros países que adotaram medidas de isolamento como Itália, França, Portugal, Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, bem como em países mais proximos ao Brasil, a exemplo do Equador e da Colômbia.
No Brasil, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por exemplo, registrou um aumento de 50% nos casos de violência doméstica durante o período de confinamento. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública traz outro dado que aponta para aumento de quatro vezes” entre fevereiro e abril de 2020 o numero de relatos de brigas de casais. Uma reportagem realizada pelo jornal Folha de São Paulo, a partir de dados solicitados à Secretaria de Segurança Pública, mostrou que o número de mulheres assassinadas dentro de casa no estado de São Paulo quase dobrou no período de isolamento social, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Diante desse cenário, o Congresso Nacional tem discutido proposições legislativas com vistas a enfrentar o aumento da violência doméstica em razão das medidas de distanciamento social, como as expostas a seguir:
1. Projeto de Lei 1796/2020: que reconhece a urgência e determina que não sejam suspensos os atos processuais em causas relativas a violência doméstica e familiar durante pandemia de Covid-19;
2. Projeto de Lei 1798/2020: que estabelece o registro da ocorrência de violência doméstica e familiar contra a mulher, crimes praticados contra criança, adolescente e idoso possam ocorrer por meio da internet ou de número de telefone de emergência
Bibliografia utilizada
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viol%C3%AAncia_dom%C3%A9stica
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direito-facil/edicao-semanal/formas-de-violencia-domestica-contra-a-mulher
http://www.pmpf.rs.gov.br/servicos/geral/files/portal/cartilha-violencia.pdf

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