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A importância da brincadeira na educação infantil na Escola Municipal de Ensino Fundamental João Quirino

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA 
CURSO DE PEDAGOGIA – PARFOR 
 
 
MARIA JÚLIA CHAVES BARROZO 
 
SUELY MUNIZ 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA ESCOLA 
MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL JOÃO QUIRINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPANEMA - PA 
2015 
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MARIA JÚLIA CHAVES BARROZO 
 
SUELY MUNIZ 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA ESCOLA 
MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL JOÃO QUIRINO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso em nível de 
graduação apresentado como parte dos requisitos 
para a obtenção do grau de Licenciatura Plena 
em Pedagogia pela Universidade Federal Rural 
da Amazônia. 
 
Orientador(a): Profª. Dra. Eleci Terezinha Dias da 
Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPANEMA - PA 
2015 
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MARIA JÚLIA CHAVES BARROZO 
 
SUELY MUNIZ 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA ESCOLA 
MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL JOÃO QUIRINO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso em nível de 
graduação apresentado como parte dos requisitos 
para a obtenção do grau de Licenciatura Plena 
em Pedagogia pela Universidade Federal Rural 
da Amazônia. 
 
Orientador: 
Profª. Dra. Eleci Terezinha Dias da Silva 
 
Data da Apresentação: ___/_____________/2015 
Nota: _________________ 
 
 
Banca Examinadora 
 
________________________________ 
Prof. Dr. 
(Universidade Federal Rural da Amazônia) 
 
 
______________________________________ 
Prof. Dr. 
(Universidade Federal Rural da Amazônia) 
 
 
____________________________________________ 
Prof.Dr. 
(Universidade Federal Rural da Amazônia) 
 
 
 
CAPANEMA - PA 
2015 
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Dedicamos este trabalho de conclusão de curso a 
todas as pessoas que de forma direta e 
indiretamente nos incentivaram nesta jornada e que 
nos desejaram forças pra continuar, pois sem o 
apoio de todos os nossos amigos e colegas não 
tinhamos conseguido. 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos à Deus primeiramente por nos ter dado forças para 
vencermos as lutas de cada dia. 
Agradecemos aos nosso familiares pais, esposos e filhos por terem tido 
paciência e compromisso conosco. 
A nossa orientadora Professora Eleci Terezinha, por compartilhado conosco 
de sua sabedoria e experiencia docente. 
As nossas amigas de sala de aula por terem compartilhado conosco de suas 
descobertas e alegrias e a todos que fizeram parte de tudo isso de forma direta e 
indiretamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RESUMO 
 
De acordo com as teorias de Kishimoto (1996), Miranda (2001), Piaget (1977), 
Vygotsky (1979), entre outros teóricos, o jogo sempre esteve presente na vida da 
criança, sendo considerado um processo que acontece na história e faz parte da 
Educação Infantil de forma recreativa e motivadora onde deve ser orientada pelos 
seus professores. O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é apresentar a 
importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras, onde os mesmos passaram a ser 
algo observado e discutido dentro das escolas, sendo que o uso do lúdico tornou-se 
importante na contribuição do desenvolvimento pedagógico. Assim os jogos foram 
transformados pelas ações dos indivíduos, culturas, e tecnologias, hoje já não se 
pode separar jogo e criança, portanto, a escola, precisa estar apta as práticas de tal 
recurso didático. Este foi um estudo realizado para que se tenha uma posição dos 
docentes sobre as práticas dos jogos, brinquedos e brincadeiras dentro da sala de 
aula. Sendo que as metodologias usadas nesta produção textual foram pesquisa de 
campo e bibliográficas. Entretanto a pesquisa mostrou que na referida escola, os 
jogos estão presentes, mais restritos, pois necessitam de materiais inovadores para 
que aconteça uma educação infantil de qualidade. 
 
Palavras –Chaves: Jogos. Educação Infantil. Criança. Professores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
According to the theories of Kishimoto (1996), Miranda (2001), Piaget (1977), 
Vygotsky (1979), among other theorists, the game has always been present in the 
life of the child, being considered a process that happens in history and is part of 
early childhood education recreationally and motivating where must be guided by 
their teachers. The objective of this final project is to present the importance of the 
games, toys and games, where the same have been something observed and 
discussed within the schools, and the use of playful became important in pedagogical 
development contribution. So the games were transformed by the actions of 
individuals, cultures, and technologies, today you can't separate game and child, so 
the school needs to be capable of such educational resource practices. This was a 
study for a teaching position on the practice of games, toys and games in the 
classroom. Being that the methodologies used in this production were textual and 
bibliographic field search. However research has shown that in this school, the 
games are present, more restricted, because require innovative materials to a quality 
education. 
 
Keywords: Games. Early Childhood Education. Child. Teachers. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 LISTA DE FIGURA 
 
Figura 1: Cidade de Cachoeira do Piriá – PA, vista parcial da entrada da 
cidade........................................................................................................... 
 
39 
Figura 2: Cidade de Cachoeira do Piriá – PA, vista parcial dos altos da 
cidade.................................................................................................... 
 
40 
Figura 3: Figura 3, 4: Escola João Quirino / Vila do Cachoeirinha do Piriá 
- Pará......................................................................................................... 
 
41 
Figura 5, 6: Momento de recreações na Educação Infantil da Escola João 
Quirino.................................................................................................... 
 
43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 LISTA DE GRÁFICO 
 
Gráfico 1: Os tipos de brincadeiras mais utilizadas na sala de aula?......... 46 
Gráfico 2: As crianças são participantes dessas atividades aplicadas em 
sala de aula? Sim ou Não?....................................................................... 
 
47 
Gráfico 3: Quantas vezes na semana é utilizadas as brincadeiras lúdicas? 49 
Gráfico 4: A escola apoia o uso dos jogos, brinquedos e brincadeira na 
Educação Infantil?................................................................................... 
50 
Gráfico 5: Os professores atuantes estão preparados pedagogicamente?.. 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO...................................................................................... 11 
CAPÍTULO I: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO PROCESSO DE 
ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.......................... 
 
13 
1.1 - O surgimento dos Jogos, Brinquedos e Brincadeira............................ 13 
1.2 – O significado atual do jogo na Educação Infantil............................. 16 
1.3 - Brincar e Jogar............................................................................... 17 
1.4 - Condutas dos Jogos....................................................................... 20 
CAPÍTULO II: EDUCAÇÃO INFANTIL: OS JOGOS COMO RECURSOS 
PEDAGÓGICOS EM TRABALHOS ESCOLARES................................... 
 
23 
2.1 - O jogo e suas aplicações............................................................... 25 
2.2 - Contribuição de Piaget no uso dos jogos em sala de aula.................26 
2.3 - Contribuições de Vygotsky no uso dos jogos em sala de aula........... 29 
2.4 - Jogos: Implicação no Ensino-Aprendizagem da Criança na 
Educação Infantil........................................................................................ 
 
31 
2.5 - O processo histórico da Educação Infantil e surgimento dos jogos.... 33 
2.6 - Os jogos como importante recurso didático na Educação Infantil...... 34 
CAPÍTULO III: AS PROPOSTAS E AS PRÁTICAS DO LÚDICO NA 
ESCOLA JOÃO QUIRINO..................................................................... 
 
38 
3.1- Breve apresentação do Cachoeira do Piriá....................................... 38 
3.2- Escola Municipal de Ensino Fundamental João Quirino....................... 40 
3.3- As Práticas Pedagógicas na Educação Infantil na escola João 
Quirino ................................................................................................. 
 
42 
3.4- Apresentação e Discursão dos Resultados....................................... 44 
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 54 
REFERÊNCIAS....................................................................................... 
APÊNDICE 
56 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
Este trabalho tem como objetivo de apresentar a “A Importância da 
brincadeira na Educação Infantil na Escola Municipal João Quirino, direcionado para 
a Educação Infantil, trata-se de uma pesquisa para a construção deste trabalho 
considerado importante por abordar o uso do lúdico na escola, onde a intenção é 
verificar na referida escola se havia a utilização do lúdico com os jogos como 
recurso didático e se os professores estão capacitados para desenvolver este tipo 
de atividade no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. 
Mais ainda, identificar atividades favoráveis a esse processo, analisando a 
relevância dos jogos livres e orientados. Por meio das concepções de alguns 
autores, foram mostrados os benefícios que os jogos trazem, bem como as 
habilidades que se desenvolvem aos utilizá-los. Além disso, outras finalidades foram 
expressas, dentre elas: A importância dos jogos no processo de ensino e 
aprendizagem na Educação Infantil, a partir da abordagem sócio interacionista, por 
meio das contribuições dos autores: Kishimoto, Kergomard, Piaget e Vygotsky; 
questão que será vista no primeiro capítulo. 
No segundo capítulo serão abordadas as implicações da Educação Infantil: 
Os jogos como recurso pedagógico em trabalhos escolares, comprovando que no, 
decorrer da história da humanidade, os jogos já se faziam presentes. Neste enredo, 
busca-se o resgate histórico da educação infantil, para se compreender a conquista 
da importância da ludicidade no processo de ensino e aprendizagem da criança. 
Também se busca correlacionar os jogos e suas características, quando 
introduzidos na educação infantil; os jogos e suas aplicações entre outras 
contribuições importantes como ponto de referência para observações e benefícios 
trazidos pela utilização dos jogos; sensibilizar a classe educadora da necessidade 
de sua formação para que o uso dos jogos aconteça com eficácia e qualidade, visto 
que o jogo por estimular a cognição da criança facilita o processo de aprendizagem 
da mesma. 
Já o último capítulo trata do papel das propostas e as práticas do lúdico na 
Escola João Quirino, cuja pesquisa foi realizada através de questionários e 
observações, tendo como sujeito os alunos da educação infantil. Abordou-se ainda, 
o espaço físico, o quadro de funcionários que a escola possui atualmente, as 
concepções dos professores e alunos sobre o uso dos jogos em aulas práticas. 
12 
 
É importante a abordagem dessa temática para que fiquem claros os 
conceitos do jogo na educação e o significado destes em uma sala de aula, uma vez 
que, quando se fala em jogo de um modo geral, a primeira ideia é a de competição 
apenas, deixando de lado outras vantagens que eles podem oferecer para o 
desenvolvimento e a educação da criança. 
A educação infantil bem trabalhada é o ponto de partida para se ter 
estudantes esclarecidos, no que diz respeito a leitura, escrita, interpretação de 
textos etc. Para alcançar este objetivo, é indispensável o empenho dos docentes, 
pois os jogos contribuem para o desenvolvimento, incentivo e inteligência dos seus 
alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
CAPÍTULO I: A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NO PROCESSO DE ENSINO 
APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Na intenção de promover uma produção textual com suporte teórico, se tem 
a oportunidade de pesquisar através de bibliografias e pesquisa de campo a 
importância do uso de jogos, brinquedos e brincadeiras na educação infantil, pois é 
através deste desempenho que se obteve resultados expressivos sobre o assunto 
abordado dentro de sala de aula. 
1.1- O surgimento dos Jogos, Brinquedos e Brincadeira 
Para a autora Kishimoto (1993), existem termos que por serem empregados 
com significados diferentes, acabam se tornando imprecisos como o jogo, o 
brinquedo e a brincadeira. A variedade de jogos conhecidos como faz-de-conta, 
simbólicos, motores, sensório-motores, intelectuais ou cognitivos, de exterior, de 
interior, individuais ou coletivos, metafóricos, verbais de palavras, políticos de 
adultos, de animais, de salão e inúmeros outros mostra a multiplicidade de 
fenômenos incluídos na categoria dos jogos. 
Ainda a autora ressalta que os jogos, os brinquedos e as brincadeiras se 
tornaram importante na vida da criança, sendo assim participante no cotidiano desse 
público infantil, pois com a contribuição no desenvolvimento intelectual da criança, 
sendo que esta questão devido às relações e a organização psicológica põem-se 
necessariamente no início de um estudo sobre o nascimento da inteligência. 
A autora Kishimoto (1993), e com os jogos situações como disputar uma 
partida de qualquer brincadeira faz com que a criança venha a desenvolver um 
raciocínio e organizar em sua mente uma jogada, todos os movimentos da 
inteligência da criança vão depender das características dos jogos, pois entre os 
autores que discutem a natureza do jogo, suas características excluem os jogos dos 
animais e aponta as características relacionadas aos aspectos sociais: o prazer 
demonstrado pelo jogador, o caráter “não sério” da ação, a liberdade do jogo e sua 
separação dos fenômenos do cotidiano, a existência de regras, caráter fictício ou 
representativo e a limitação do jogo e no espaço. 
Dentre os significados usuais dos termos: jogo, brinquedo e brincadeira o 
que oferece termos como sinônimos, pois o devido termo tem sido utilizado com o 
mesmo significado. Segundo o dicionário Aurélio (Campagne, 2002, p.228), o termo 
brinquedo pode significar indistintamente objeto que serve para as crianças brincar; 
14 
 
jogo de crianças e brincadeiras. O sentido usual permite que a língua portuguesa 
referente os três termos com sinônimos. Essa situação reflete o pouco avanço dos 
estudos na área. 
Para evitar essa diferenciação neste trabalho, brinquedo será entendido 
sempre como objeto, suporte de brincadeira como a descrição de uma conduta 
estruturada, com regras e jogo infantil para designar tanto o objeto e as regras do 
jogo da criança. 
Segundo a definição de Miranda (2001), o brinquedo é o suporte da 
brincadeira, quer seja concreto ou ideológico, concebido ou simplesmente utilizado 
como tal ou mesmo puramente fortuito. Essa definição, bastante completa, incorpora 
não só os brinquedos criados pelo mundo atual, concebido especialmente para 
brincadeiras infantis, como os que a própria criança produz a partir de qualquer 
material ou investe de sentido lúdico, representando, por exemplo, instrumentos 
musicais, pente, entre outros. 
Ainda para a autora, atualmente, especialmente no campo da educação 
infantil, a perspectiva que predomina é a evolutiva. Psicólogostem dado grande 
atenção ao papel do jogo na constituição das representações mentais e seus efeitos 
no desenvolvimento da criança, especialmente da faixa etária de 0 a 6 anos de 
idade. Muitos estudos de natureza metafórica explicitam, também, jogos para 
crianças de outras faixas etárias. 
Por envolver relações abstratas, analogias, jogos matemáticos e físicos que 
fazem comparações metafóricas são adequados, geralmente, para crianças com 
mais idade. As teorias que discutem os processos internos relacionados com o 
comportamento lúdico focalizam o jogo como representação de um objeto. Entre 
seus representantes estão Piaget, Vygotski, estudos, ao considerarem a realidade 
interna (representação), e o ambiente externo (papéis, objetos, valores, pressões, 
movimentos etc.), permitem uma determinação teórica mais completa. 
Para Miranda (2001), mediante a essa abordagem tem-se a percepção da 
importância do jogo na educação infantil, pois muitas dúvidas persistem entre 
educadores que procuram associar o jogo à educação: se há diferença entre o jogo 
e o material pedagógico, se o jogo é o material pedagógico, se o jogo educativo 
empregado em sala de aula é realmente jogo e se o jogo tem um fim em si mesmo 
ou é um meio para alcançar objetivos. 
15 
 
 A gradativa percepção de que a manipulação de objetos facilita a aquisição 
de conceitos introduz a prática de materiais concretos subsidiarem a tarefa docente 
devido ao uso de brinquedos e jogos destinados a criar situações de brincadeira em 
sala de aula nem sempre foi aceito. Conforme a visão que o adulto tem da criança a 
da instituição infantil, o jogo torna-se marginalizado. Se a criança é vista como um 
ser que deve ser apenas disciplinado para aquisição de conhecimento em 
instituições de ensino acadêmico, não se aceita o jogo. 
Entende-se que, se a escola tem objetivos a atingir e o aluno a tarefa de 
adquirir conhecimentos e habilidades, qualquer atividade por ele realizada na escola 
visa sempre a um resultado, é uma ação dirigida e orientada para a busca de 
finalidades pedagógicas. 
As interpretações apontam para a necessidade de um jogo controlado como 
suporte da ação docente. Assim, nasce o educativo: mistura de jogo e de ensino. 
 
 
Se muito bem que à primeira vistas estas duas palavras - a pedagogia pelos 
jogos – colocadas juntas, fazem um certo efeito de certas uniões infelizes, 
caracterizada sobretudo pela incompatibilidade de caráter dos cônjuges; 
mas esta impressão cessa no momento em que se reflete, porque se 
compreende, então, que a pedagogia, em vez de estar limitada à instrução, 
abraça a cultura completa do ser. (KERGOMARD, 1996, p. 161). 
 
 
Kergomard (1996), pleiteia a liberdade de ação da criança, concebe o 
maternal como um espaço de animação cultural, onde jogos livres, escolhidos pelas 
crianças, possam colaborar para o cultivo do corpo. Entretanto, essa orientação 
choca-se com a que começa a predominar muitos e outros tentam conciliar a tarefa 
de educar com a necessidade irresistível de brincar. 
O emprego de um jogo em sala de aula necessariamente se transforma em 
um meio para a realização daqueles objetivos. Portanto, o jogo entendido como 
ação livre, tendo um fim em si mesmo, iniciado e mantido pelo aluno, pelo simples 
prazer de jogar, não encontraria lugar na escola. É tais ponderações que tem 
aquecido as discursões em torno da apropriação do jogo pela escola especialmente, 
o jogo educativo. 
 
 
 
 
16 
 
1.2 – O significado atual do jogo na Educação Infantil 
Para o autor Miranda (2001), as divergências em torno do jogo educativo 
estão relacionadas à presença concomitante de duas funções: a primeira está 
interligada ao jogo na propiciação a diversão, o prazer e até o desprazer quando 
escolhido voluntariamente. A segunda está ligada a função educativa, quando o jogo 
ensina qualquer coisa que complete o indivíduo em seu saber, seus conhecimentos 
e sua apreensão do mundo. O equilíbrio entre as duas funções do jogo educativo. 
Entre tanto, o desequilíbrio provoca duas situações: não há mais ensino, há apenas 
jogos, quando a função lúdica predomina ou contrário, quando a função educativa 
elimina todo hedonismo, resta apenas o ensino. 
O autor ainda ressalta que o professor escolhe um jogo de memória com 
estampas de frutas destinadas a auxiliar na discriminação das mesmas, mas as 
crianças utilizam as cartas do jogo para fazer pequenas construções, a função lúdica 
predomina e absorvem o aspecto educativo definido pelo professor: discriminar 
frutas. Da mesma forma, certos jogos perdem rápido sua dimensão lúdica quando 
empregados inadequadamente. O uso de quebra-cabeças e jogos de encaixes 
como modalidades de avaliação constrange e elimina a ação lúdica. Se perder sua 
função de propiciar prazer em proveito da aprendizagem, o brinquedo se torna 
instrumento de trabalho, ferramenta do educador. O “brinquedo” já não é brinquedo, 
é material pedagógico ou didático. 
Miranda (2001) diz que dentro da Educação Infantil o jogo tem sua 
relevância que vem de longas datas, entretanto, é com Froebel, o criador do jardim-
de-infância, que o jogo passa a fazer parte do centro do currículo de educação 
infantil. Pela primeira vez a criança brinca na escola, manipula brinquedo para 
aprender conceitos e desenvolver habilidade. Jogos, músicas, arte e atividades 
externas integram o programa diário composto pelos dons e ocupações froebelinas. 
O autor acima afirma que o jogo continua presente nas propostas de 
educação infantil com o advento do freudismo, como mecanismo de defesa de 
impulsos não satisfeitos. Com os estudos de ampliação de natureza psicológica o 
ponto de vista de desenvolvimento infantil continua a merecer a atenção, 
especialmente com Piaget. Atualmente, o jogo está presente também entre aqueles 
que estudam as representações mentais. Entre os teóricos mais relevantes que 
subsidiam esta perspectiva, encontram-se os expoentes da psicologia genética que 
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mostram a importância do jogo para o desenvolvimento infantil ao propiciar a 
descentração da criança, a aquisição de regras, a expressão do imaginário e a 
apropriação do conhecimento. 
 No Brasil, a educação básica realiza-se, ou deveria realiza-se, na 
perspectiva legal para todas as crianças e todos os adolescentes, por intermédios de 
três processos de escolarização sucessivos e interdependentes. O primeiro abrange 
a escola da educação infantil, para crianças de até 6 anos, o segundo abrange a 
escola fundamental, para processos de aprendizagem escolar como uma das 
condições para o crianças e jovens entre 7 e 14 anos e o terceiro abrange a escola 
de ensino médio, para adolescente entre 15 e 17 anos. 
Considerando essa existência de uma escola para todos Macedo (2005), o 
objetivo do presente capítulo é analisar a importância da dimensão lúdica para o 
desenvolvimento das crianças e dos adolescentes e, quem sabe, para uma 
recuperação do sentido original da escola. 
Uma hipótese é que uma compreensão dos processos de desenvolvimento e 
aprendizagem, com formas interdependentes de conhecimento, poderia recuperar 
esses sentidos da escola que se perderam com o tempo. Já outra suposição é que, 
para isso, teríamos de cuidar da dimensão lúdica das tarefas escolares e possibilitar 
que as crianças pudessem ser protagonistas, isto é, responsáveis por suas ações, 
nos limites de suas possibilidades de desenvolvimento e dos recursos mobilizados 
pelos processos de aprendizagem. 
 
1.3 - Brincar e Jogar 
Para Piaget (1975), o brincar é fundamental para o nosso desenvolvimento. 
É a principal atividade das crianças quando não estão dedicadas às suas 
necessidades de sobrevivência (repouso, alimentação, etc.). Todas as crianças 
brincam se não estão cansadas, doentes ou impedidas. 
Brincar é envolvente e informativo. Envolvente porque coloca a criança em 
um contexto de interação em que suas atividadesfísicas e fantasiosas, bem como 
os objetivos que servem de projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo 
continuo topológico, interessante porque canaliza, orienta, organiza as energias da 
criança, dando nomes forma de atividade ou ocupação. Informativo porque, nesse 
18 
 
contexto, ela pode aprender sobre as características dos objetos, os conteúdos 
pensados ou imaginados. 
Ainda Piaget (1975), o brincar é agradável por si mesmo, aqui e agora. Na 
perspectiva a criança, brinca-se pelo prazer de brincar, e não porque suas 
consequências sejam eventualmente positivas ou preparadoras de alguma outra 
coisa. No brincar, objetivos, meios e resultados tornam-se indissociáveis e enredam 
a criança em uma atividade gostosa por si mesma, pelo que proporciona no 
momento de sua realização. Este é o caráter autotélico do brincar. 
 O espírito lúdico refere-se a uma relação da criança ou do adulto com uma 
tarefa, atividade ou pessoa pelo prazer funcional que despertam. A motivação é 
intrínseca; é desafiador fazer ou estar. Vale apena repetir. O prazer funcional explica 
por que as atividades são realizadas não apenas como meios para outros fins (ler 
para obter informações, por exemplo), mas por si mesmas (ler por prazer ou desafio 
de ler). O interesse que sustenta a relação é repetir algo pelo prazer da repetição. 
Piaget (1975) destaca uma tarefa interessante para a criança é clara, 
simples e direta (precisa). É realizável nos seus tempos (interno, externo), 
desafiadora (envolvente), constante (regular) na forma e variável no conteúdo, além 
de ser surpreendente e lúdica. O fato que muitas tarefas escolares, do modo como 
são propostas, são excessivo ou insuficiente. As instruções ou orientações para seu 
fazer são poucos claras, as tarefas são complicadas, formuladas de forma indireta e 
confusa. Além disso, os conteúdos são repetitivos e a formulação é irregular e sem 
sentido para a criança. 
Sua realização ou demanda e o interesse das crianças, finalmente, e mais 
do que tudo, são claramente ainda que realizado para o bem das crianças. O lúdico, 
em sua perspectiva simbólica significa que as atividades são motivadas e históricas. 
Há uma relação entre a pessoa que faz e aquilo que é feito ou pensado. Quando 
brinca de casinha, por exemplo, a criança atribui sentido aos objetos que utiliza para 
montar os cenários, simular pessoas e acontecimentos. Essas narrativas fazem 
sentido para ela, pois são uma projeção de seus desejos, sentimentos e valores 
expressando suas possibilidades cognitivas maneiras as crianças expressam suas 
instituições. 
Piaget (1975), ainda diz que: Nos primeiros anos vidas, até por volta de sete 
anos, segundos Piaget a inteligência sensório–motora e depois simbólica. No 
primeiro caso, o prazer funcional expressa pela incontável repetição ou infinita 
19 
 
exploração dos esquemas de ação, como que para dominá-los pelo uso. A criança 
não cansa de olha, tocar, andar etc. Pouco a pouco, esses esquemas vão sendo 
falados, cantados imaginados e então se tornam mais sofisticados (saltar), correr, 
realizar movimentos detalhados e complexos e enriquecidos de histórias, músicas, 
imagens, imitações que as crianças vão agregando. O Lúdico torna-se simbólicos e 
amplifica as possibilidades de assimilação do mundo. Dessa maneira, a criança 
pode pensar, imaginar ao questionar. 
Como resgatar o sentido lúdico nas atividades escolares para as crianças? 
Propostas, por mais importantes que sejam que não têm história, ou seja, que não 
têm um correspondente pessoal ou grupal, não faz sentido para as crianças. Por 
isso, geram desatenção, desinteresse ou são motivos para chacotas e piadas. O 
simbolismo lúdico significa que aquilo que se faz tem um correspondente, qualquer 
que seja ele, para a criança. 
A escola trabalha muito com conceitos e classificações são muito poderosos 
no mundo do conhecimento, pois são ferramentas gerais que nos possibilitam 
encaixar os particulares como coisas conhecidas. Quando dizemos casa, por 
exemplo, podemos estar classificando uma casa particular a algo geral, uma casa 
qualquer. Assim, o desconhecido, o singular, o único (a nossa casa, a casa onde 
moramos). 
Para o autor Chateau (1987), do ponto de vista profissional, a ação de jogos 
é meio para se trabalhar a construção, a conquista ou a consolidação de 
determinados conteúdos, atitudes e competências. Trabalhar conceitos abstratos por 
meio de situações ilustrativas é um recurso interessante e ajuda os alunos a 
encontrarem sentido nas exigências e demandas escolares. A ideia central deste 
capítulo é uma breve discussão sobre a possibilidade de considerar as ações 
pedagógicas na perspectiva dos jogos, ou seja, com o sentido do jogar. É 
transformar gradativamente as propostas e os conteúdos em desafios a serem 
solucionados e obstáculos a serem vencidos. 
O autor acima diz que isso, pode-se contribuir para que a aprendizagem 
torne-se mais significativa para os alunos e também ajudar as crianças a 
construírem relações mais cooperativas, norteadas pelo respeito mútuo e pela 
consciência da importância do seu papel na constituição de um ambiente mais 
favorável à aprendizagem. Afinal, sem a presença e a participação de professores e 
alunos, o trabalho em sala de aula não acontece. Esta é uma relação 
20 
 
interdependente, em que um precisa do outro reciprocamente, num contexto de 
trocas. Daí a importância de ambos para a sobrevivência do sistema. 
 Jogar não é simplesmente apropriar-se das regras. É muito mais do que isso. 
A perspectiva do jogar que desenvolvemos relaciona-se com a apropriação das 
estruturas, das possíveis implicações e tematizações. Logo, não é somente jogar 
que importa (embora seja fundamental), mas refletir sobre as decorrências da ação 
de jogar, para fazer do jogo um recurso pedagógico que permita a aquisição de 
conceitos e valores essenciais à aprendizagem. Aprender a jogar é o primeiro passo 
como continuidade, é necessário pensar sobre as consequências dessa prática para 
o cotidiano escolar. 
 
 
No jogo, a criança mostra, aliás, sua inteligência, sua vontade seu traço 
dominante, sua personalidade, enfim. Todo pedagogo digno desse nome há 
muito está atento a essas indicações dadas pela maneira de jogar/brincar. 
(CHATEAU,1987, p.100-101). 
 
 
De acordo com a citação acima desse modo, pode-se se concluir que é 
fundamental querer conhecer os alunos e criar situações que possam convidá-los a 
crescer, a expressar seus sentimentos em relação ao conhecimento, tanto no que se 
refere às dificuldades quanto aos interesses. Em uma palavra, consideramos de 
grande valor o trabalho do profissional que atua integrando – dentro do possível –os 
aspectos afetivos e cognitivos presentes nas diversas situações escolares. 
 
 
Uma criança não saberia dizer tudo a seu professor, uma vez que ela tem 
necessidade de ser bem vista, de passar por bom aluno, em suma, de 
pensar no seu futuro escolar. Ela procura então, antes de tudo, não dizer 
besteiras e agir de acordo com as saudáveis tradições da classe. (PIAGET, 
1977, p. 26). 
 
1.4 - Condutas dos Jogos 
Portanto para a autora Kishimoto (1993), se tem uma forma de pensar sobre 
os jogos no processo de ensino aprendizagem na educação infantil e esse processo 
acontece quando se dispõe de uma ação aparentemente visível dentro das 
situações que as escolas encontram e se dispõem de atentar satisfazer esse 
processo educacional. Entre outra realidade se tem um processo significante e isso 
se dá a uma nova forma de pensar e agir no contexto infantil usando os jogos como 
21 
 
um modelo de instigar a mente dos alunos em sala de aula. Por se tratar de ensino 
infantil deve considerar que as crianças tenham a sua cultura lúdica, sendo que o 
espaço lúdico permita ao indivíduo a liberdade de ativar a sua mente em um 
pensamento com uma relação aberta de uma cultura: “Se brincar é essencial é 
porqueé brincando que a criança se mostra criativo. Dentro de algumas escolas o 
brincar é visto com um mecanismo psicológico que garante ao sujeito manter uma 
certa distância em relação ao real, fiel, na concepção de Freud, que vê no brincar o 
modelo do princípio de prazer oposto ao princípio da realidade. 
Ainda para Kishimoto (1993), o jogo se inscreve num sistema de 
significações que nos leva a interpretar como o brincar, em função da aprendizagem 
obtém resultados positivos integrando-o progressivamente ao seu incipiente sistema 
de representação. Pois, a cultura lúdica como toda cultura é o produto da interação 
social que lança suas raízes, como já dito, na interação precoce entre professor e 
aluno. A cultura lúdica não está isolada da cultura geral. 
 Essa influência multiforme e começa com o ambiente as condições naturais, 
pois quando se fala em jogos dentro de sala de aula existem algumas ações o jogo 
antes de tudo é lugar de concentração (ou de criação, mas esta palavra é as vezes 
perigosa) de uma cultura lúdica. Ver nele a invenção da cultura o jogo e a produção 
de significados, mas no sentido de que o jogo produz a cultura que ele próprio 
requer para existir. É uma cultura rica, complexa e diversificada. 
O papel do jogo na educação infantil, sendo uma análise realizada por 
Froebel, colocou uma observação essencial no trabalho pedagógico, ao criar o 
jardim da infância com o uso dos jogos e brinquedos. Muitos educadores 
reconheceram a importância educativa do jogo. 
 
 
A prática de aliar o jogo aos primeiros estudos parece justificar o nome de 
ludus atribuído às escolas responsáveis pela instrução elementar, 
semelhante aos locais destinados a espetáculos e a prática de exercício de 
fortalecimento do corpo e do espirito. (KISHIMOTO, 1990, p. 39-40). 
 
 
Para a autora Kishimoto (1990), tal concepção de jogo está relacionada à 
nova percepção da infância que começa a constituir-se no Renascimento: a criança 
dotada de valor positivo, de uma natureza boa, que se expressa espontaneamente 
por meio do jogo, perspectiva que irá fixar-se com o Romantismo. É dentro dos 
quadros do Romantismo que o jogo aparece como conduta típica e espontânea da 
22 
 
criança, recorrendo a metáfora do desenvolvimento infantil como recapitulação da 
história da humanidade, o Romantismo, com sua consciência poética do mundo, 
reconhece na criança uma natureza boa, semelhante a alma do poeta, considerando 
o jogo sua forma de expressão. Mais que um ser que imita e brinca, dotada de 
espontaneidade e liberdade. 
Por certo, grande parte da vida das crianças é gasta brincando com jogos 
sendo que as crianças mais velhas elas aprendem mais brincadeiras inventadas por 
elas mesmas. Consequentemente, enquanto jogos imitativos são de grande valor 
educacional no modo de ensinar a criança a observar seu meio e alguns dos 
processos necessários aprende maus hábitos e maneiras erradas de pensar e 
julgar. “Tais modos são muito difíceis de corrigir, porque foram fixados ao serem 
vivenciados em situação de brincadeira”. 
Na concepção da Kishimoto (1990), ainda para evitar que a criança fixe 
hábitos indesejáveis, as escolas principalmente os jardins de infância, devem usar 
dentro do horário escolar os mesmos tipos de jogos que são exercitados fora do 
ambiente escolar, não somente como método de tornar o trabalho interessante para 
a criança, mas pelo valor educacional das atividades envolvidas, permitindo oferecer 
as crianças ideias e ideais mais sadios são como se sabe que a vida social da 
criança é a base do desenvolvimento infantil e a escola deve dar oportunidade para 
exprimir em suas atividades a vida em comunidade. O sucesso da educação 
depende da relação estabelecida entre as atividades instintivas da criança, 
interesses e experiências sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
CAPÍTULO II: EDUCAÇÃO INFANTIL: OS JOGOS COMO RECURSOS 
PEDAGÓGICOS EM TRABALHOS ESCOLARES 
 
 Segundo Elkonin (2003), em seus estudos sobre o jogo, tendo por base as 
formulações teóricas de Vygotsky, reafirma que o jogo é uma forma peculiar de 
atividade infantil e apresenta uma importante contribuição quando afirma que este 
tem como objeto o adulto, suas atividades e o sistema de suas relações com as 
outras pessoas. Em suas palavras: 
 
 
O fundamento do jogo protagonizado em forma descolada não é objeto, 
nem seu uso, nem a mudança de objeto que o homem possa fazer, mas 
acima de tudo as relações que as pessoas estabelecem mediante ações 
com os objetos; não é a relação homem-objeto, mas a relação homem-
homem. (ELKONIN, 2003, p.32). 
 
 
 Elkonin (2003), ainda afirma “deslocada” do jogo possibilita compreender 
melhor a afinidade existente entre este e a arte, uma vez que o conteúdo de ambos 
inclui o sentido e as motivações desta vida. Tendo por base a concepção 
materialista da origem laboral da arte, afirma que tanto o jogo infantil quanto a arte 
são atividades com uma base genética comum, uma vez que na história da 
humanidade o jogo não pode aparecer antes do trabalho ou da arte. 
Mediante o jogo constitui uma unidade fundamental e indivisível da evolução 
da forma do jogo são justamente o papel e as ações a ele ligados, pois nele estão 
representados, em união indissociável, a motivação afetiva e o aspecto técnico-
operativo da atividade. Assim sendo, “uma das motivações principais do jogo é obrar 
como um adulto”. Não é ser adulto, mas agir como os adultos. 
 
 
O educador pode desempenhar um importante papel no transcorrer das 
brincadeiras se consegue discernir os momentos em que deve só observar, 
em que deve intervir na coordenação da brincadeira, ou em que deve 
integrar-se como participante das mesmas. (OLIVEIRA, 2002, p. 102). 
 
 
De acordo com a citação a cima o autor ainda relata que as crianças não 
chegam isentas à escola, elas trazem no pensamento, nas emoções ou na forma de 
brincar a maneira como foram olhadas e percebidas pelos outros. Ao brincar, a 
criança não se situa apenas no momento presente; mas também, no seu passado e 
24 
 
no seu futuro. O brincar, como atividade terapêutica, possibilita que a criança supere 
situação de necessidades. O brinquedo da mesma forma que o brincar não é um 
objeto neutro, pois condensa a história da criança com outros objetos. 
Para Oliveira (2002), a transferência revela o tipo de laço social que se teceu 
no ambiente familiar da criança. Através dela acredita-se que ela reviveria os 
principais conteúdos emocionais que a marcaram. Na verdade, esta forma de 
conceber a transferência capturaria apenas uma parte do circuito transferencial: a 
das linhas dos afetos; excluindo da transferência enquanto um circuito do saber. A 
ludoterapia passou a ser o meio pelo qual as relações ruins da criança seriam 
recriadas, “consertadas”. Através dos jogos e brincadeiras infantis, a criança poderia 
simbolizar seus problemas, resolvendo-os em outro contexto. Costuma-se dar como 
naturais os conteúdos referentes às ligações entre a criança, os brinquedos, as 
brincadeiras e os jogos infantis. Ao criar este trabalho fomos revelando que estas 
ideias não se apresentam juntas. Elas se estruturam tanto a partir de concepções 
sociais quanto individuais. 
É preciso que nós saiamos destas concepções preestabelecidas para que 
realmente possamos identificar como a criança pensa, brinca e joga. Como ela 
concede os brinquedos, os jogos e as brincadeiras. O brincar não se reduz às 
diferentes etapas e tipos de brincadeiras infantis. O brincar ultrapassa estes 
processos e se institui como uma categoria nova para cada criança. 
Oliveira (2002), diz que ao aprender a criança através das etapas de 
desenvolvimento, nós não nos damos conta de que estamos agindo de uma forma 
redutora, fazendo a criança se encaixar na linguagem que conhecemos. Há um novo 
no brincar, nos brinquedos e jogos infantis que precisa ser resgatado pelos 
educadores e pesquisadoresinfantis. Um novo que sempre existiu. Um novo que 
pertence ao registro do real, mas que por nossas construções de linguagem sempre 
tentamos apreender à nossa moda, perdendo muitas vezes, irremediavelmente a 
criança, o brincar e o brinquedo. 
Para que se tenha um desenvolvimento no processo de aprendizagem das 
crianças é necessário que se tenha uma ambientação adequada isso consiste em 
oferecer condições de espaços educativos de modo que reúna as maneiras 
adequadas para que se desenvolva o processo de aprendizagem. Uma ambientação 
adequada, a partir de recursos selecionados pelo educador com uma clara intenção 
25 
 
pedagógica, facilita o processo de aprendizagem. É importante que o ambiente 
tenha uma conotação educativa e não decorativa. 
Principalmente quando se trabalha em sala de aula com os jogos, 
brinquedos e brincadeiras que as ilustrações que se pretenda utilizar devem ser de 
qualidade, sem estereótipos e que considerem elementos da cultura nacional ou 
local. Quando se fala em ludicidade o educador deve cuidar para que todos estes 
recursos sejam significativos para o grupo de crianças, que tenham relação com 
seus conhecimentos e experiências prévias. 
 
2.1 - O jogo e suas aplicações 
 Para Rezende (2007), o jogo para a criança é o exercício, é a preparação 
para a vida adulta. A criança aprende brincando, é o exercício que a faz desenvolver 
suas potencialidades. Os educadores se ocuparam durante muitos anos com os 
métodos de ensino, e só hoje a preocupação está sendo descobrir como a criança 
aprende. As mais variadas metodologias podem ser ineficazes se não forem 
adequadas ao modo de aprender da criança. A criança sempre brincou 
independentemente de épocas ou de estruturas de civilização, é uma característica 
universal; portanto, se a criança brincando aprende melhor por que então não 
ensinarmos da maneira que ela aprende melhor, de uma forma prazerosa para ela e, 
portanto, eficiente? 
 Rezende (2007), ainda afirma que já são conhecidos muitos benefícios de 
certos jogos, porém, é importante que o educador, ao utilizar um jogo, tenha definido 
os objetivos a alcançar e saiba escolher o jogo adequado ao momento educativo. 
Enquanto a criança está simplesmente brincando, incorpora valores, conceitos e 
conteúdo. Os jogos clássicos ou passatempos já bastante utilizados, porém a 
novidade é o estudo feito sobre o aproveitamento no contexto educativo, explorando 
o máximo esse momento com conhecimento das finalidades de cada jogo. 
 A proposta é ir além do jogo, do ato de jogar para o ato de antecipar, 
preparar e confeccionar o próprio jogo antes de jogá-los, ampliando desse modo a 
capacidade do jogo em si a outros objetivos, como profilaxia, exercício, 
desenvolvimento de habilidades e potencialidades e também na terapia de distúrbios 
específicos de aprendizagem. Com objetivos claros, cada atividade de preparação e 
confecção de um jogo é um trabalho rico que pode integrar as diferentes áreas do 
26 
 
desenvolvimento infantil dentro de um processo vivencial. A criança tem pouco 
espaço para construir coisas, para confeccionar brinquedos. 
 
 
Numa sociedade de consumo, são sem dúvida, infindáveis os apelos que 
chegam até as pessoas. (...) Como mercadoria, a TV vende todos os 
valores, de produtos de limpeza, as ideias, sentimentos e atitudes. 
(REZENDE, 2007, p.7). 
 
 
 E como consumistas compra-se a maioria delas, as crianças então gastam a 
maior parte de seu tempo livre diante da televisão e consomem os atraentes jogos e 
brinquedos eletrônicos. Não sobra tempo para criar, inventar e soltar a imaginação. 
A criança acaba por não ter a oportunidade de conhecer alguns de seus potenciais 
criativos por falta de tempo e espaços disponíveis. A oferta de brinquedos 
eletrônicos e os atraentes jogos e brinquedos à disposição no mercado desmerecem 
o artesanato, colocando no lugar da satisfação de criar o gosto pelo consumo 
exacerbado, trocando-se os valores entre o ter e o fazer. 
 Da parte dos educadores, podem passar conteúdos e realizar a avaliações 
de forma mais atraente e motivadora, e, pela confecção de jogos, atingir diferentes 
objetivos simultaneamente. 
 
2.2 - Contribuição de Piaget no uso dos jogos em sala de aula 
 Piaget (1975) é um teórico consagrado mundialmente pelas suas 
descobertas a respeito do desenvolvimento humano, sobre tudo em seus aspectos 
cognitivos. Ele preocupa-se com o estudo mental ou cognitivo, da forma como os 
indivíduos conhecem o mundo exterior, entendendo o desenvolvimento como a 
busca de um equilíbrio superior, e como ele constrói seu conhecimento um processo 
de equilibração constante. No jogo, a criança se apropria daquilo que percebe da 
realidade. O autor defende ainda que não é determinante nas modificações das 
estruturas, mas pode transformar a realidade. 
 Piaget (1975), o processo de aprendizagem, o autor destaca duas 
tendências: assimilação e acomodação. Entende-se por Assimilação – incorporação 
dos objetos ou dos acontecimentos aos esquemas existentes (quando está 
desenvolvendo o esquema de sugar a chupeta, o dedo, e objetos que tenha 
acesso). Por Acomodação–modificação dos esquemas existentes para assim 
27 
 
atender as novas exigências do ambiente (quando a criança toca um objeto e sente 
que lhe escapa, modifica o esquema de tocar formando assim um novo esquema, o 
de apanhar ou segurar para assimilar o objeto). 
 Outros fatores importantes para o desenvolvimento cognitivo é a maturação 
e interação social. A maturação possui grande importância no desenvolvimento das 
funções cognitivas, uma vez que se refere ao crescimento fisiológico, ao 
desenvolvimento do sistema nervoso, inclusive o do cérebro. Já a interação com 
outras pessoas faz com que aconteça um desequilíbrio em relação ao 
conhecimento. Quando os pensamentos da criança entram em conflito com os 
pensamentos de criança ou de um adulto, ela começara então a questionar seus 
pensamentos. 
 Os indivíduos segundo Piaget (1975), se desenvolvem intelectualmente a 
partir de exercícios e estímulos oferecidos pelo meio em que vivem. O 
comportamento de cada um é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. 
 
Na teoria Piagetiana (1975) do desenvolvimento humano perpassa 
quatro períodos do desenvolvimento: 
 Período Sensório-motor (zero a dois anos) – é o período em que a criança 
baseia-se somente em percepções sensoriais e em esquemas motores para 
resolverem seus problemas, que são essencialmente práticos, como por 
exemplo, possui pensamento, uma vez que ainda não possui a capacidade de 
apresentar eventos. 
 Período pré-operatório (dois a sete anos) - neste período, a criança começa a 
dispor da linguagem oral por volta dos dois anos e da possibilidade de ter 
esquema de ações interiorizadas, sendo assim capaz de formar 
representações. Nessa fase de faz – de – conta, a criança cria personagens e 
desenvolve a escrita. 
 Operações Concretas (sete a onze ou doze anos) – é nesta etapa que o 
pensamento lógico adquire preponderância, e, ao longo dela, as ações 
interiorizadas vão tornando – se cada vez mais reversíveis, e, por tanto, 
móveis e flexíveis. O real e o fantástico não mais se misturarão em sua 
percepção, e nesse momento, a criança começa a refletir e forma sua 
personalidade. 
28 
 
 Operações Formais (onze ou doze anos em diante) – nesta fase, o 
pensamento se torna livre das limitações da realidade concreta. A criança 
operatório-formal pode pensar de modo lógico e correto mesmo que com um 
conteúdo de pensamento incompatível com o real. A construção típica desta 
etapa é o raciocínio hipotético-dedutivo; é ele que permitirá ao adolescente 
estender seu pensamento até o infinito. 
 Cada estágio do desenvolvimento descrito por Piaget tem uma sequência 
que depende da evolução da criança, do nascimento até o final da vida. Uma fase se 
interliga com a outra de forma que o final de umase confunde com o começo de 
outra. A evolução começa com a fase puramente reflexiva, passando pela 
assimilação, pelo simbolismo até chegar à acomodação. 
 Em fim a relação da brincadeira e do jogo, aqui, é vista, estreitamente, 
relacionada com a atividade produtiva do grupo, contudo, a atividade mediada pelo 
outro envolvendo objetos e caracterizada como brincadeira quando de sua 
predominância imaginativa, ou como jogo quando de predominância de regras, 
importantes para o desenvolvimento das habilidades do infante. E, aqui, aponta-se o 
outro, o adulto, a criança mais experiente, o educador como importante veículo para 
a construção da inteligência. 
 Até agora, estar-se numa linha que aponta o papel dos objetos no 
aprendizado dos novos indivíduos: as crianças. Esse aprendizado ocorre num dado 
espaço, o qual é rodeado por sujeitos culturais: os adultos. 
 Para tanto, não se trata aqui, de uma relação mecânica e linear de 
aprendizado e desenvolvimento, onde basta que se apresentem as crianças junto 
aos objetos de cada cultura, sejam abstratos ou materiais. Piaget acredita que os 
materiais utilizados são de suma importância para o desenvolvimento cognitivo da 
criança e dentro do qual se desenvolvem processos psíquicos que preparam o 
caminho da transição da criança para um novo e mais elevado nível de 
desenvolvimento, também facilita a interação social e assim desenvolve, na troca 
das relações, o desenvolvimento afetivo e cognitivo. 
Piaget (1975) classifica também em fase o desenvolvimento na criança: 
 Primeira fase: adaptações puramente reflexas: a criança age conforme os 
instintos essenciais, como por exemplo, a sucção como refeição. 
29 
 
 Segunda fase: as condutas adaptativas continuam, mas começam com uma 
diferenciação: a dualidade. Como exemplo se tem os jogos da voz, que são 
as primeiras relações. 
 Terceira fase ou fase das relações circulares secundárias: o processo 
se mantém inalterado, mas a diferença entre jogo e assimilação intelectual é 
mais nítida. 
 Quarta fase ou fase da coordenação secundária: prologam-se as 
manifestações lúdicas, pois elas são executadas por pura assimilação, por 
prazer e sem esforço, tendo em vista atingir uma finalidade. Esta 
modalidade de esquema permite a formação de verdadeiras combinações 
lúdicas, passando de um esquema a outro para assegurar-se deles, e sem 
esforço de adaptações. Consiste em repetir e associar os esquemas já 
constituídos, com um fim não lúdico. 
 Quinta fase: acontece a transição entre as condutas rituais e o símbolo 
lúdico, onde as manifestações aparecem com uma fertilidade muito maior de 
combinações. O jogo se apresenta como uma ampliação da função de 
assimilação, para além dos limites da adaptação atual. 
 Sexta fase: nesta fase o lúdico desliga-se do ritual, sob a forma de 
esquemas simbólicos, graças ao progresso de sua representação. Isso se 
concretiza quando a inteligência experimental passa para uma combinação 
mental, a imitação externa a imitação interna. Há símbolos, então apenas 
um jogo motor, porque há assimilação fictícia de um objeto ao esquema, os 
seu exercício resulta na acomodação. 
Neste contexto, Piaget classifica os jogos segundo sua evolução, em três 
grandes estruturas: jogo sensório motor, é obter a satisfação de suas necessidades. 
Com ampliação dos esquemas, a acriança vai cada vez se tornando mais consciente 
de suas potencialidades, colocando em ação um conjunto de condutas, sem 
modificar as estruturas, onde as ações ficam dirigidas somente para atingir seu 
objetivo maior que é o prazer. 
2.3 - Contribuições de Vygotsky no uso dos jogos em sala de aula 
 Vygotsky (1979), estabelece uma relação estreita entre o jogo e 
aprendizagem, atribuindo-lhe uma grande importância. Para que se possa melhor 
compreender essa importância é necessário retomar algumas ideias de sua teoria 
30 
 
do desenvolvimento cognitivo. A principal é que o desenvolvimento cognitivo resulta 
da interação entre a criança e as pessoas com quem mantém contato regular. 
Vygotsky (1979), é relevante lembrar também que o principal conceito da 
teoria de Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal, que ele define a 
diferença entre o desenvolvimento atual da criança e o nível que atinge quando 
resolve problemas com auxílios. Partindo deste pressuposto considera-se que todas 
as crianças podem fazer mais do que conseguiram fazer por si sós. 
 
 
No desenvolvimento a imitação e o ensino desempenha um papel de 
primeira importância. Põem em evidência as qualidades especificamente 
humanas do cérebro e conduzem a criança a atingir novos níveis de fazer 
em corporação. Por consciente o único tipo correto de pedagogia e aquele 
que segue em avanço relativamente aos desenvolvimentos e o guia deve 
ter por objetivo, mas as funções em vias de maturação (VYGOTSKY,1979, 
p. 138). 
 
 
Não é o caráter de espontaneidade do jogo que torna uma atividade 
importante para o desenvolvimento da criança, mas sim o exercício no plano da 
imaginação da capacidade de planejar, imaginar situações diversas representar 
papéis e situações do cotidiano, bem como, o caráter social das situações lúdicas, 
os seus conteúdos são inerentes a cada situação. No jogo simbólico estão presentes 
as condições que possibilitam a criação de uma zona de desenvolvimento proximal. 
Ao desenvolver um jogo simbólico a criança projeta-se em atividades que são 
vivenciadas pelos adultos. Dessa forma ela ensaia-lhes significados divergentes das 
suas possibilidades afetivas. A atuação nesse mundo imaginário cria uma Zona em 
Desenvolvimento Proximal formada por conceitos ou processos em 
desenvolvimento. Pode-se sintetizar dizendo que: a regra e a situação imaginária 
caracterizam o conceito de jogo infantil para Vygotsky. 
O autor também detecta no jogo outro elemento a que atribui grande 
importância: o papel da imaginação que coloca em estreita relação com a atividade 
criadora. (Vygotsky, 1979) para ele os processos de criação são observáveis, mais 
principalmente nos jogos da criança, porque no jogo ela representa e produz muito 
mais do que aquilo que viu. 
Outro aspecto importante colocado por Vygotsky (1979), é que no jogo de 
faz de conta, a criança passa a dirigir seu comportamento pelo mundo imaginário 
isto é o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das ideias. Assim, do 
ponto de meio para desenvolver o pensamento abstrato. A interpretação deste 
31 
 
teórico atribui ao jogo imaginário uma dupla dependência com ações subordinadas 
ao real pelos seus vínculos com acontecimento e regras daquilo que é vivenciado, e 
com a transformação do real pelas possibilidades e recombinação criativa das 
experiências. Portanto, as atividades lúdicas quanto a atividade criativa surgem 
marcadas pela cultura e mediadas pelos sujeitos com que elas se relacionam. 
Mas além de ser uma situação imaginária, o brinquedo é também uma 
atividade regida por regras. Mesmo no universo do “faz-te conta” há regras que 
devem ser seguidas. Ao brincar de professor por exemplo, exerce o papel de 
professor. Para isso tem que tomar como modelo os processos reais que conhece e 
extrair deles um significado mais geral e abstrato para a categoria “professor”. 
Para brincar conforme as regras tem que se esforça para exibir um 
comportamento semelhante ao do professor, o que a impulsiona para além de seu 
comportamento como criança. Tanto pela criação de situação imaginária como pela 
definição de regras especificas o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento 
proximal na criança. Na brincadeira a criança comporta-se mais avançada do que 
nas atividades da vida real e também apreende separar objeto / significado. 
Vygotsky (1979), sinaliza que ao brincar, a criança não está só fantasiando, 
mas fazendo uma ordenação do real; tendo a possibilidade de resinificar suas 
diversas contas permite a reconstrução interna daquilo que é observado 
externamentee portanto através da imitação são capazes de realizar ações que 
ultrapassam o limite de suas capacidades como foi falado anteriormente. As 
situações de imitação precisam interferir e desencadear um processo de 
aprendizagem. A promoção de atividades que favorecem o envolvimento em 
brincadeiras principalmente na pré-escola, a brincadeira não deveria ser 
considerada uma atividade de passa tempo sem outra finalidade que é a diversão. 
É necessário considerar as brincadeiras que as crianças trazem de casa ou 
da rua e que organizam independente do adulto como um diagnóstico daquilo que já 
conhecem tanto no que diz respeito ao mundo físico ou social bem como afetivo 
elemento mediador das interações das crianças com os objetos de reconhecimento. 
 
2.4 - Jogos: Implicação no Ensino-Aprendizagem da Criança na Educação 
Infantil 
32 
 
Miranda (2001) ressalta que mesmo sem um mediador, as crianças 
apreendem nas observações que elas, fazem ao seu redor, ouvindo músicas no 
rádio, historias na televisão, etc. E com a brincadeira não é um processo diferente. 
Os jogos especificamente por fazerem parte das brincadeiras infantis, sem dúvida 
contribuem para a aprendizagem das crianças. Jogando, a criança estará 
aprendendo tanto com o jogo orientado ou livre. 
 
Na Educação Infantil, tendo como primordial o desenvolvimento de 
habilidades básicas, o jogo tem o papel de facilitar esse processo. Algumas 
habilidades desenvolvidas na criança e que fornecem capacidades 
indispensáveis para toda vida através do jogo, são motivação atenção, 
concentração e habilidades perceptuais e psicomotoras. À motivação para 
que as crianças assimilem os conteúdos ou as cenas que elas presenciam 
fora da escola; desenvolvimento da criança. (MIRANDA, 2001, p.12). 
 
 
Pelo fato dos jogos estarem hoje, mais presentes nas escolas julga-se que a 
criança frequenta as aulas com mais assiduidade e entusiasmos que as crianças de 
algumas décadas atrás. Porém para essa realidade se for necessário entender o 
contexto os jogos como recurso educativo. 
 
 
De que através de atividades que se apreende. Por um outro lado somente 
a utilização de conceitos dificulta a aprendizagem enquanto que trabalhar 
com o real envolve a criança e faz com que ela sinta parte do que está 
apresentando portanto isso torna a aprendizagem interessante. 
(KISHIMOTO, 1996, p.34). 
 
 
Além de facilitar a aprendizagem, os jogos prendem a atenção das crianças 
o que é importante de conceitos dificulta a aprendizagem para o processo de ensino 
destas e as que jogam tornam-se bem mais criativas que aquelas que não jogam. O 
jogo é um campo fértil para a semente da imaginação, destacando-se os jogos de 
faz de conta em que as crianças criam ou imitam personagem ou imita os adultos, 
pais, tios, professores, ou seja, criam historias abordando os mais diversos assuntos 
por isso o jogo é por si um universo de informações que precisam ser exploradas 
cada vez mais pela criança em faze escolar 
 
 
Pesquisas realizadas de diferentes perspectivas que revelam que várias 
espécies de mamífero ocupam-se em perseguições e faze explorações do 
meio desligados de objetivos de mera considerados necessários a vida 
adulta desses animais O jogo humanos capacidade de se relacionar com 
diferentes parceiros e com eles comunicar-se por meio de diferentes 
33 
 
linguagens para criar o novo e tomar decisões. Algo culturalmente 
determinado. (OLIVEIRA, 2002, p. 159). 
 
 
Diferentes dos jogos lúdicos dos animais as brincadeiras das crianças não 
são instintivas assim precisamente humanas. Trabalhando o jogo com a criança. O 
educador estará desenvolvendo nela várias habilidades como; cognição, motivação, 
coordenação motora, assimilação de conceitos, dentre outras como Miranda, Cunha 
e Kishimoto darão ênfase neste assunto no decorrer deste capitulo. 
2.5 - O processo histórico da Educação Infantil e surgimento dos jogos 
Para Kishimoto (1993), vários fatores contribuíram para que houvesse a 
criação da educação infantil. Dentre eles, a necessidade da entrada da mulher no 
mercado de trabalho. A mulher precisava trabalhar fora e as crianças não tinham 
com quem ficar. Daí a necessidade de criar um ambiente que pudesse acolhê-las 
enquanto suas mães trabalhavam. Mães trabalhadoras. Posteriormente, foram 
criados os jardins-de infância, com cárter educativo e público mesmo que destinados 
a classe média e alta. 
 
 
Todos os jogos froebelianos envolvem movimentação das crianças de 
acordo com os versos por elas cantadas. O conteúdo das músicas em 
consonância com os movimentos facilita o conhecimento espontâneo sobre 
os elementos do ambiente. O papel educativo do jogo é exatamente esse. 
Quando desenvolvido livremente pela criança, o jogo tem efeitos positivos 
na esfera cognitiva, social e moral. (KISHIMOTO, 1993, p.102). 
 
 
Para Kishimoto (1993), a brincadeira, portanto, foi realizada na educação 
infantil, quando foram criados os jardins de infância frutos da extensão da proposta 
Froebelinas está por sua vez influenciou a educação infantil de todos os países. 
Muitos filósofos como Aristóteles Platão, Montaigne e Rousseau enfeitiçaram o 
papel do jogo na educação porem foi através de Froebel que a criançada pôde 
brincar de fato na escola. 
O brincar possui um papel importante no desenvolvimento da criança, ou 
seja, é uma das linguagens utilizadas por ela, e por isso é necessário que tenha o 
seu espaço nas instituições de educação infantil (educação de crianças de zero a 
seis anos). Os jogos sempre estiveram presentes na história da humanidade e a 
importância do brincar, de simples ato de lazer para uma contribuição ao 
desenvolvimento da criança, também passou a ser vista como um importante 
34 
 
instrumento no processo de aprendizagem. Ao longo de sua história os jogos foram 
se transformando continuamente pelas ações dos indivíduos e por suas culturas e 
tecnologias. 
Kishimoto (1993), os primeiros estudos sobre o jogo educativo situam-se na 
Roma e Grécia antigas com os pensadores Platão, Aristóteles, Horácio e Quintiliano. 
Nesta época o jogo era visto como tendo importância para o preparo para a vida 
adulta. Ao longo da história, encontra-se a existência da relação entre o jogo e a 
educação, já que Gregos e Romanos já falavam da importância do jogo para educar 
a criança. Com advento do cristianismo na Idade Média, a educação passou a ser 
disciplinadora e o uso dos jogos na educação não foi mais permitido, pois era 
considerado algo “delituosos”, ocorrendo o decréscimo o interesse pelos jogos, 
compreendendo um período de latência que durou até o século XVI. Portanto, a 
partir do século XVIII, é que se expande a imagem da criança como ser distinto do 
adulto, o brincar destaca-se como típico da idade. 
Neste contexto, faz-se necessário compreender os princípios e fundamentos 
filosóficos, socioculturais e psicológicos que norteiam o emprego do jogo no contexto 
educacional, apresentando o jogo no seu percurso histórico e as influencias 
recebidas pelas transformações sociais, culturais e históricos. Os jogos sempre 
estiveram associados à educação e a criança e se constituíram em uma forma de 
atividade do ser humano. 
As atividades lúdicas envolvem o jogo, o brinquedo e a brincadeira, 
precisando então ser garantidas em todas as dimensões na educação infantil, mas 
em especial nas instituições de educação infantis, criadas a partir de então. Nesse 
período da vida da criança, são relevantes todos os aspectos de sua formação, pois 
como ser “bio-psico-social-cultural” dá os passos definitivos para uma futura 
escolarização e sociabilidade adequadas como membro do grupo social que 
pertence. 
 
2.6 - Os jogos como importante recurso didático na Educação Infantil 
Miranda (2001), trabalhar com educação infantil requer muita dedicação e 
criatividade do professor. A criança vive num mundo de brincadeira, e a escola será 
extensão desse mundo, mascom objetivos definidos para formar o cidadão, 
consciente dos seus direitos, deveres e obrigações. Portanto, para se trabalhar com 
35 
 
a criança é indispensável à ludicidade, pois, através das brincadeiras e dos jogos a 
criança assimila o que for apresentado sem perder o prazer do brincar – aprender. 
Miranda (2001), os jogos didáticos são recursos indispensáveis para uma 
boa prática pedagógica. Na educação infantil, especificamente, os jogos podem ser 
utilizados nos mais variados eixos: linguagem oral e escrita, matemática, sociedade 
e natureza, movimento nas diversas disciplinas: Português, Geografia, Ciências et. E 
assim através deles poderá se abordar temas diversos. 
Miranda (2001), para educar, o professor ou a professora dispõem de vários 
métodos que contribuem para o processo ensino aprendizagem, os recursos 
didáticos, por exemplo, são peças fundamentais para ajudar a criança a assimilar os 
conteúdos de forma bem mais prazerosa. A criança pequena precisa de limites, 
orientações e, o que é de mais importante, saber que, em alguns momentos na vida, 
se ganha; em outros, se perde. Portanto, o jogo é um recurso didático que facilitará 
ao professor, quando for trabalhar diversos conceitos com a criança, porém, é 
necessário que ele esteja preparado para conduzir, de forma coesa, as situações de 
conflitos que são comuns quando se joga. 
Profissionais da área educacional, comprometidos com a qualidade da sua 
prática pedagógica, reconhecem a importância do jogo como um veículo para o 
desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos. O jogo não é 
simplesmente um “Passa-Tempo” para distrair os alunos; ao contrário, corresponde 
a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância 
na educação escolar. Estimula, ainda, a observar e conhecer as pessoas e as coisas 
do ambiente em que se vive. 
 
 
Ao trabalhar o jogo com a criança, o educador estará preparando-a para a 
realidade social em que ela está inserida - um mundo capitalista em que a 
disputa está presente em todos os âmbitos. Se bem orientada, a criança 
construirá valores que contribuirão para sua vida adulta (MIRANDA, 2001, 
p. 34). 
 
 
Miranda (2001), através do jogo, o indivíduo pode brincar naturalmente, 
explorar toda a sua espontaneidade e criatividade. O jogar é também essencial para 
que a criança utilize suas potencialidades de maneira Integral. Somente sendo 
criativa que a criança descobre seu próprio eu. Esta ação, durante o movimento do 
jogo causa estimulação suficiente para que o aluno transcenda a si mesmo. Ele é 
36 
 
libertado para penetrar no ambiente, explorar, aventurar sem medo de todos os 
perigos. 
O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então, 
tomando como ponto de partida no nível de desenvolvimento real da criança, num 
dado momento, e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, 
e como ponto de chegada, e os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente 
adequadas a faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo 
de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas 
possibilidades das crianças. 
Miranda (2001), jogar em sala de aula proporciona momentos ricos em 
interação e aprendizagem, auxiliando educadores no processo de ensino e 
aprendizagem. O conhecimento e a apropriação do objeto de conhecimento, através 
das constantes interações entre criança, meio e objeto de conhecimento. 
Kishimoto (1996), portanto no jogo que se cria, antecipa e inquiete. Assim 
transforma-se, levantam-se hipóteses e traça estratégias para a busca de soluções. 
No jogar, o desejável passa a ser algo obtido através da sua imaginação na qual o 
abstrato se concretiza e resulta no processo de construção do conhecimento. As 
situações de jogos atuam no imaginário e estabelece regras, o que proporciona 
desenvolvimentos na medida em que impulsionam conceitos e processos em 
desenvolvimento. 
O educador, para trabalhar com os jogos didáticos, é preciso ter consciência 
de que estes são apenas meios para educar, e não fins; porém, para que ele tenha 
consciência disto, é fundamental ter passado por uma capacitação, pois só assim 
desempenhará com sucesso a utilização de tal recurso, uma vez que utilizar 
recursos didáticos nas turmas de educação infantil é algo indispensável e 
significativamente contribuinte. A formação profissional como condição para a 
qualidade no uso dos jogos, os jogos existentes são diversos e para utiliza-los o 
educador precisa ter conhecimento das fases de desenvolvimento em que a criança 
se encontra, para assim selecionar os jogos que satisfarão a necessidade de cada 
uma. 
Kishimoto (1996), além da formação acadêmica, outros cursos de 
capacitação contribuem para que o educador possa inovar a sua prática e 
desenvolver as habilidades competentes as crianças. O profissional de educação 
infantil necessita buscar atividades lúdicas que apreendem, pois os educadores se 
37 
 
ocuparam durante muitos anos com os métodos de ensino, e só hoje a preocupação 
está sendo descobrir como a criança aprende. As mais variadas metodologias 
podem ser ineficazes se não forem adequadas ao modo de aprender da criança. A 
interação entre o educador e a criança é um fator indispensável quando se trabalha 
com o lúdico, uma vez que o adulto é visto pela criança como exemplo a ser 
seguido. Nesse sentido, é de suma importância que o educador busque, de forma 
incessante, tanto a formação quanto a informação, pois dessa forma estará 
adquirindo conhecimento inquestionáveis para uma boa prática. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
CAPÍTULO III: AS PROPOSTAS E AS PRÁTICAS DO LÚDICO NA ESCOLA 
JOÃO QUIRINO 
Na intenção de promover uma produção textual alicerçada nas condições 
visíveis da realidade da escola pesquisada se tem informações cedidas por parte 
dos professores integrantes da Educação Infantil, sendo de suma importância 
entender o grau de condições em sua estrutura física e pedagógica e os níveis de 
participação da comunidade escolar com esses alunos. 
Por essas razões foi aplicado um questionário com seis perguntas abertas 
para os professores que fazem parte da Educação Infantil, na intenção de obter 
resultados significativos para a concretização deste trabalho. Sendo que a escola 
tem sua existência e funcionamento diariamente, pertencendo ao município de 
Cachoeira do Piriá – Pará, na vila do Cachoeirinha II. 
 
3.1- Breve apresentação do Cachoeira do Piriá 
 
 O município de Cachoeira do Piriá foi criado pela lei Nº 5.927 de 28 de 
dezembro de 1995, desmembrado d município de Viseu. Chamava-se Cachoeira do 
Garimpo em virtude das atividades predominantes de exploração mineral, sendo o 
ouro seu principal produto. 
 Emancipado em 28 de dezembro de 1995, Cachoeira do Piriá, apresenta uma 
área territorial de 2.418, 277 Km2. Densidade de 12,6 hab./Km2; Altitude 92,6m, Fuso 
horário UTC-3, com uma população segundo o IBGE/2010, estimada em 30.430 
habitantes, distribuídos entre as áreas urbanas (20,86%) e rurais (79, 14%), 
formadas por bairros e comunidades rurais, sendo as que mais desenvolvidas são: 
Vila Alto Bonito, Vila Amadeu, Vila do Enche Cocha, Vila Alegre, Vila do Jiboia, Vila 
do Cigana, Vila do Guajará, Vila do Seringal, Vila do Baixinho. 
 Localiza-se distante da capital do Estado (Belém), a 255 Km, tendo como 
principal via o transporte a Rodovia BR 316, conhecida também como Rodovia 
Pará/Maranhão, que corta a cidade ao meio de Norte a Sul. 
O adjetivo de seus filhos naturais chama-se Cachoeira Piriaense. Na 
representação política, conta com o Poder Executivo, formado pelo prefeito 
municipal e o vice-prefeito, auxiliados por cinco secretários municipais e o Poder 
Legislativo formado por uma câmara com 11 (onze) vereadores. 
39 
 
 A economia é baseada no extrativismo mineral (ouro), vegetal (madeira),açaí 
nativo, no cultivo de roçados de subsistência (mandioca, banana e feijão), na 
pecuária e no comercio de varejo e atacado. 
Na área da saúde a população é atendida por uma equipe de: médicos, 
enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde, psicólogos, 
Assistentes Sociais, Fonoaudiólogos, sendo que estes profissionais atendem em 
Posto de Saúde e em Unidades Básicas de Saúde da Família. 
A rede municipal de ensino conta com 5 (cinco) escolas na sede do município 
e 46 (quarenta e seis) na zona rural, todas ativas. Oferece o curso de Educação 
Infantil, Ensino Fundamental 1 (1º ano ao 5º ano), Ensino Fundamental II (6º ao 9º 
ano) e Educação de Jovens e Adultos (1ª a 4ª Etapa). 
 
 
 
Figura 1: Cidade de Cachoeira do Piriá – PA, vista parcial da entrada da cidade. 
 
 
 
 
 
40 
 
 
Figura 2: Cidade de Cachoeira do Piriá – PA, vista parcial dos altos da cidade. 
 
3.2- Escola Municipal de Ensino Fundamental João Quirino 
 
 A Escola Municipal de Ensino Fundamental João Quirino, localizada na vila 
do Cachoeirinha sede do município do Cachoeira do Piriá, alvo do presente estudo, 
a mesma foi fundada em 2005, a referida escola foi criada para atender um número 
considerável de alunos que necessitavam de uma educação digna, pois não havia 
escola nesta vila. 
 O ensino é realizado em turmas multisseriadas decorrente a falta de 
estrutura física da escola e por falta de profissionais nas mais distintas séries. A 
escola atualmente possui em sua estrutura física: 1 sala de aula que serve de sala 
de leitura, 1 sala dos professores que serve de secretaria, 1 sala de merenda que 
serve de copa, 1 quadra improvisada, 1 banheiro. Em sua estrutura pedagógica é 
formada por: 2 professores, 2 serventes, 1 zelador, 1 diretora que também dá aula. 
 Nesta condição a escola tem em média 40 alunos que necessitam de um 
acompanhamento educacional de qualidade e merenda escolar nutritiva, a escola 
possui poucos utensílios de uso para realizar o preparo da merenda e outros 
recursos são utilizados pelos próprios professores trazido de suas casas, como: data 
show, Aparelho de DVD, Xerox, entre outros produtos. 
 A vila do Cachoeirinha II é composta por pessoas humildes, com baixa 
renda, uma grande parte das famílias estão inseridas no Programa Bolsa Família, as 
mesmas tem como fonte de renda a agricultura e infelizmente possui um grande 
41 
 
índice de analfabetismo, pois a escola funciona nos turnos da manhã e tarde e os 
alunos da vila são proveniente da própria vila. 
 
 
 
 
 
Figura 3, 4: Escola João Quirino / Vila do Cachoeirinha do Piriá - Pará. 
 
 
42 
 
3.3- As Práticas Pedagógicas na Educação Infantil na escola João Quirino 
 
 Decorrente a pesquisa de campo foi necessário entender de que forma os 
professores realizam esse processo nas práticas lúdicas, utilizando os Jogos, 
Brinquedos e Brincadeiras em sala de aula na Educação Infantil. 
 Segundo os relatos das professoras o uso do lúdico é importante e 
significativo, pois se tem a música na sala de aula, os jogos como uma das forma de 
recursos principalmente os que tem figuras geométricas que auxiliam na 
aprendizagem dos alunos no processo de decifrar: cores números, formas, letras e 
imagens. 
 No caso da música os alunos passam a desenvolver uma comunicação e 
socialização de forma compreensível e respeitosa com o próximo, sem que haja 
nenhum tipo de bloqueio. 
 Os jogos são utilizados para que os alunos possam desenvolver suas 
habilidades de forma junta e individual neste processo de regras e comportamento, 
portanto todos os alunos buscam ser participativos. 
 As professoras cederam exemplos de como é realizado este processo em 
sala de aula usando a música para apresentar o objetivo da brincadeira, por 
exemplo: 
 
 Brincadeira de Roda 
Tema: Saia, saia, piaba da lagoa 
Saia, saia 
Piaba da lagoa 
Põem a mão na cabeça 
Outra na cintura 
Dá um remelexo e um abraço no outro 
 Objetivo da brincadeira 
 Desenvolver a interação, a amizade, coordenação motora e também a 
oralidade e sua atenção. 
43 
 
 A brincadeira é realizada de forma expressiva e espontânea, com uma 
proposta solicitadas pelos próprios alunos, pois andam em círculo e ao mesmo 
tempo cantam porem observando os comandos que constam na brincadeira. 
 O que se percebe é que algumas crianças tem vergonha de abraçar o outro 
e de se requebrar no momento do remelexo, mesmo assim participam repetindo 
assim algumas vezes. 
 
 Momentos de Recreações 
 
 Segundo os relatos da professoras no dia sexta a escola cede o momento 
para que as criança da Educação Infantil possam promover as suas próprias 
atividades lúdicas. Sendo que os professores orientam esses alunos e apresentam 
os objetivos do uso de cada objeto, por exemplo imagem abaixo representa uns 
desses momentos. 
 
 
Figura 5: Momento de recreações na Educação Infantil da Escola João Quirino. 
 
 Nesta recreação o uso de figuras geométricas passam a ser uma das 
melhores fontes de aprendizagem para as crianças principalmente por se tratar de 
um contato com as cores, formas, tamanho, modelos, facilitando assim o interesse 
do aluno em criar as suas próprias artes com inúmeras representações. 
 
44 
 
 
Figura 6: Momento de recreações na Educação Infantil da Escola João Quirino. 
 
 Neste momento as crianças criam as suas próprias artes e se sentem felizes 
em pôr em práticas as suas habilidades com figuras geométrica tornando as aulas 
prazerosa, existindo assim uma socialização entre os alunos da classe. 
 Para Kishimoto (1996), os jogos aplicados na sala de aula tem uma 
influência fundamental para o desenvolvimento mental, cognitivo auxiliando na 
pratica da socialização desses alunos na criação desta formação pedagógica. 
 Ressaltando sobre a visão dos professores e da autora as práticas 
pedagógicas serve para auxiliar as aulas na Educação Infantil e isso tem uma 
importância significativa para processar uma formação nas series seguintes. 
 
3.4- Apresentação e Discussão dos Resultados 
 
 Na intenção de realizar este trabalho teve como metodologia entrevistar 
duas professoras que fazem parte da Educação Infantil, com a intenção de obter 
resultados expressivos sobre as formas de aprendizagem dos alunos da Escola 
Municipal João Quirino. 
 Sendo que a responsável da escola teve participação total das perguntas 
realizadas no obtenção de respostas, mesmo entendendo que a escola também 
trabalho com o processo de multisseriado, e apresentar uma grande carência física, 
falta de recursos e material didático. Pois a responsável da escola afirma que: “A 
escola deve ser totalmente reformada e ampliada para que as crianças da Educação 
45 
 
Infantil possa receber de forma correta uma aprendizagem lúdica digna e favorável 
aos critérios de desenvolvimento mental”. 
 Segundo o pensamento de Miranda (2001), a criança deve ser incentiva 
aprender a se relacionar com as outras crianças utilizando os jogos, brinquedos e 
brincadeiras como forma de conquistar um conhecimento necessário e saber 
decifrar as suas veracidades diárias em tempo de aprendizagem escolar. 
 Para o autor o aluno tem uma certa alegria em aprender em quando se faz 
parte da Educação Infantil sem interferir em suas necessidades de socialização e 
decifração de regras e controle de tempo, torna-se algo expressivo e prazeroso 
entender as diferenças entre os jogos, brinquedos e brincadeiras. 
 Na referida escola a necessidade de se ter uma melhor condição ela é 
generalizada podendo ser comparada como “abandono” político, pois a educação 
poderia ser melhor e a proveitosa em grande parte. 
 Com base nos relatos adquiridos se tem o compromisso em expor de forma 
expressiva as respostas adquiridas através dos questionários aplicado na escola 
pesquisada. 
 Sendo que a professora (a) tem formação em Pedagogia e já atua em sala 
de aula há mais de cinco anos. A

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