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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS AMÉRICAS - FAM GRADUAÇÃO EM ENGNHARIA ELÉTRICA JACKSON NOVAIS RUAS - RA: 020507 TRABALHO DE CLP São Paulo 2020 JACKSON NOVAIS RUAS - RA: 020507 ENGENHARIA ELÉTRICA 7º SEMESTR Trabalho de CLP ou Controlador Lógico Programável apresentada ao Curso de Engenharia Elétrica do Centro Universitário das Américas: Professor Cessar Dantas. São Paulo 2020 JACKSON NOVAIS RUAS - RA 0200507 PROFESSOR - CESAR DANTAS SUMÁRIO 1 BREVE HISTÓRIA....................................................................................................5 1.1 CONTROLADOR LOGICO PROGRAMEL CLP...................................................5 2 Arquitetura do CLP 2.1 Arquitetura do CLP.................................................................................................8 2.2 Software........................................................................................................8 2.3 Entradas Analógicas......................................................................................8 2.4 Saídas Digitais...............................................................................................8 2.5 Saídas Analógicas ........................................................................................8 2.6 Entradas Digitais............................................................................................8 3 Princípio de funcionamento do CLP..............................................................9 3.1 Lógica Binária e a linguagem Ladder...........................................................10 4 TIPOS DE MEMORIA DO CLP.......................................................................11 4.1 A memória de leitura....................................................................................13 4.2 A memória de acesso aleatório....................................................................13 4.3 A memória de leitura-escrita programável e que pode ser apagada eletronicamente................................................................................................ 14 4.4 As flash EEPROMs são similares às EEPROMs……………………………….14 Referência bibliográficas…..............................................................................15 LISTA DE ABREVIATURAS CLP controlador lógico programavel CPU Unidade Central de Processament ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas on/off liga/desliga I/O entrada e saída A/D analógico digital LISTA DE FIGURAS Figura 1 Arquitetura do CLP.......................................................................7 Figura 2:Diagrama de conexão do CLP....................................................7 Figura 3:Diagrama de blocos sobre o funcionamento do CLP...................9 Figura 4 Fluxograma do funcionamento da CPU do CLP..........................10 Figura 5 Portas lógicas básicas e suas respectivas representações em ladder.......................................................................................................11 Figura 6 Elementos básicos da programação Ladder...............................12 Figura 7 Estrutura da programação em Ladder........................................12 Figura 8 Tabela de entradas e saídas do CLP..........................................14 Figura 9 Módulo de memória EEPROM usado para armazenar, copiar ou transferir programas do CLP....................................................................15 5 1 BREVE HISTÓRIA 1.1 CONTROLADOR LOGICO PROGRAMEL CLP O CLP ou Controlador Lógico Programável pode ser definido, segundo a norma ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), como um equipamento eletrônico-digital compatível com aplicações industriais. Os CPLs também são conhecidos como PLCs, do inglês: Programmable Logic Controller. Na década de 60, o aumento da competitividade fez com que a indústria automotiva melhorasse o desempenho de suas linhas de produção, aumentando tanto a qualidade como a produtividade. Fazia-se necessário encontrar uma alternativa para os sistemas de controle a relés. Uma saída, possível, imaginada pela General Motors (GM), seria um sistema baseado no computador. Assim, em 1968 , a divisão Hydramatic da GM determinou os critérios para projeto do PLC , sendo que o primeiro dispositivo a atender às especificações foi desenvolvido pela Gould Modicion em 1969 Sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi preparada uma especificação que refletia as necessidades de muitos usuários de circuitos e relés, não só da indústria automobilística como de toda a indústria manufatureira. Nascia assim um equipamento bastante versátil e de fácil utilização, que vem se aprimorando constantemente, diversificando cada vez mais os setores industriais e suas aplicações, o que justifica hoje um mercado mundial estimado em 4 bilhões de dólares anuais . As principais características desejadas nos novos equipamentos eram: Menor espaço Menor consumo de energia elétrica Reutilizáveis Programáveis Maior confiabilidade Maior flexibilidade Maior rapidez na elaboração dos projetos Interfaces de comunicação com outros CLPs e computadores 6 Inicialmente, os PLCs eram chamados PCs – Programmable Contrllers, mas com o advento dos computadores pessoais (PCs – Personal Computers), convencionou-se PLCs para evitar conflitos de nomenclatura. Originalmente os PLCs foram usados em aplicações de controle discreto (on/off – liga/desliga), como os sistemas a relés, porém eram facilmente instalados, economizando espaço e energia, alem de possuírem indicadores de diagnósticos que facilitavam a manutenção. Uma eventual necessidade de alteração na lógica de controle da máquina era realizada em pouco tempo, apenas com mudanças no programa, sem necessidade de alteração nas ligações elétricas. A década de 70 marca uma fase de grande aprimoramento dos CLPs. Com as inovações tecnológicas dos microprocessadores, que deram maior flexibilidade e um grau maior de inteligência, os Controladores Lógicos Programáveis incorporam: 1972. Funções de temporização e contagem; 1973. Operações aritméticas, manipulação de dados e comunicação com computadores; 1974. Comunicação com Interfaces Homem - Maquina; 1975. Maior capacidade de memória, controles analógicos e controles PID; 1979/80. Módulos de I/O remotos, módulos inteligentes e controle de posicionamento. Nos anos 80, os aperfeiçoamentos descritos abaixo foram atingidos, fazendo do CLP um dos equipamentos mais atraentes na Automação Industrial. A possibilidade de comunicação em rede (1981) é hoje uma característica indispensável na indústria. Além dessa evolução tecnológica, foi atingido um alto grau de integração, tanto no número de pontos como no tamanho físico, que possibilitou o fornecimento de minis e micros CLPs ( a partir de 1982) Atualmente, Os CLPs apresentam as seguintes características: Módulos de I/O de alta densidade (grande numero de pontos I/O por módulo); Módulos remotos controlados por uma mesma CPU; Módulos inteligentes (coprocessadores que permitem realização de tarefas complexas: Controle de PID, posicionamento de eixos, transmissão via radio ou modem, leitura de código de barras); 7 Softwares de programação em ambiente Windows (facilidade de programação) 2 Arquitetura do CLP Genericamente o CLP se divide em CPU, entradas, saídas e um software para programação da lógica a ser executada pela CPU. Para ilustrar temos a figura abaixo: Figura 1 – Arquitetura do CLP. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/2737003/ Figura 2: diagrama de conexão do CLP 8 Fonte: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552836/cfi/36!/4/4@0.00:40.0 A CPU de um PLC compreende os elementos que formam a “inteligência” do sistema: O Processador e o Sistema de Memória por meio do Programa de Execução (desenvolvido pelo fabricante) interpretam e executam o Programa de Aplicação (desenvolvido pelo usuário), e gerencia todo o sistema. Os circuitos auxiliares de controle atuam sobre os barramentos de dados (data bus), de endereços (address bus) e de controle (control bus), conforme solicitado pelo processador, de forma similar a um sistema convencional baseado em microprocessador 2.1 Entradas Digitais: São entradas que recebem sinais que assumem apenas 2 níveis, 0 e 1, 0v ou 5v, 0v ou 24v, 0v ou 220v. Estes sinais podem vir de chaves fim de curso, botões de painéis elétricos, sensores do tipo ON/OFF, etc. 2.2 Entradas Analógicas: São entradas que recebem sinais que podem assumir vários valores dentro de uma faixa determinada de tensão ou controle. Estes sinais podem vir de sensores de temperatura, velocidade, nível, e que sejam proporcionais, ou seja, enviam um sinal que varia de 0v a 10v, por exemplo, para informar a temperatura exata do processo naquele instante. 2.3 Saídas Digitais: São saídas que enviam sinais que podem assumir apenas 2 níveis de tensão, 0v ou 24v, por exemplo, e podem ser utilizados para acionar um motor, uma bomba, etc. 2.4 Saídas Analógicas: São saídas que enviam sinais que podem assumir vários níveis de tensão dentro de uma determinada faixa, por exemplo, 0v a 10v. 2.5 Software: Existem vários fabricantes de CLPs , e cada um tem o seu próprio software com suas particularidades , como por exemplo a forma de dar nomes a cada entrada que podem ser: 9 I32.0 , I32.1 .... I32.7 , I33.0 ...I33.7 ( padrão Siemens ) E0.0 , E0.1... E0.7, E1.0 , ... E1.7 ( padrão Altus ) I0 , I1 , I2 ( padrão WEG ) %I0.0 , %I0.1 , %I0.2 ( padrão Telemecanique ) %MX0 , %MW20 , %IX1 , %QX0 ( Norma IEC 61131-3 ) 3 Princípio de funcionamento do CLP O diagrama de blocos externo mais simples sobre o funcionamento do CLP é o mostrado na figura abaixo: Figura 3: Diagrama de blocos sobre o funcionamento do CLP Fonte: http://eletroensino.blogspot.com/2017/07/introducao-ao-estudo-do- controlador.html Os sinais de entrada e saída dos CLPs podem ser digitais ou analógicos. Existem diversos tipos de módulos de entrada e saída que se adéquam as necessidades do sistema a ser controlado. Os módulos de entrada e saídas são compostos de grupos de bits, associados em conjunto de 8 bits (1 byte) ou conjunto de 16 bits, de acordo com o tipo da CPU. As entradas analógicas são módulos conversores A/D, que convertem um sinal de entrada em um valor digital, normalmente de 12 bits (4096 combinações). As saídas analógicas são módulos conversores D/A, ou seja, um valor binário é transformado em um sinal 10 analógico. Os sinais dos sensores são aplicados às entradas do controlador e a cada ciclo (varredura) todos esses sinais são lidos e transferidos para a unidade de memória interna denominada memória imagem de entrada. Estes sinais são associados entre si e aos sinais internos. Ao término do ciclo de varredura, os resultados são transferidos à memória de saída e então aplicados aos terminais de saída. Figura 4 Fluxograma do funcionamento da CPU do CLP Fonte: http://saladaautomacao.com.br/como-funciona-o-clp/ A Embora exista algumas divergências entre autores e fabricantes quanto aos critérios de classificação, os CLPs podem ser divididos em grupos específicos de acordo com a estrutura que apresentem (especificamente relacionada à quantidade de Pontos de I/O que a CPU pode controlar e a quantidade de memória de programação disponível) Micros CLPs (até 64 Pontos de I/O e até 2Kwords de memória) Pequenos CLPs (de 64 a 512 Pontos de I/O e até 4Kwords de memória) CLPs Médios (de 256 a 2048 Pontos de I/O e dezenas de Kwords de memória) CLPs Grandes (acima de 2048 Pontos de I/O e centenas de Kwords de memória) 11 3.1 Lógica Binária e a linguagem Ladder A lógica matemática ou simbólica visa superar as dificuldades e ambigüidades de qualquer língua, devido a sua natureza vaga e equívoca das palavras usadas e do estilo metafórico e, portanto, confuso que poderia atrapalhar o rigor lógico do raciocínio. Para evitar essas dificuldades, criou-se uma linguagem lógica artificial. A lógica binária possui apenas dois valores que são representados por : 0 e 1. A partir desses dois símbolos se constrói então uma base numérica binária. A partir desses conceitos foram criadas as portas lógicas, que são circuitos utilizados para combinar níveis lógicos digitais de formas específicas. Figura 5 Portas lógicas básicas e suas respectivas representações em ladder Fonte: http://controleeautomacaoindustrial3.blogspot.com/2013/08/ Os CLPs vieram a substituir elementos e componentes eletroeletrônicos de acionamento e a linguagem utilizada na sua programação é similar à linguagem de diagramas lógicos de acionamento desenvolvidos por eletrotécnicos e profissionais da área de controle, esta linguagem é denominada linguagem de contatos ou simplesmente LADDER. A linguagem Ladder permite que se desenvolvam lógicas combinacionais, seqüenciais e circuitos que envolvam ambas, utilizando como operadores para estas lógicas: entradas, saídas, estados auxiliares e registros numéricos. A figura 6 mostra os 03 principais símbolos de programação Ladder 12 Figura 6 – Elementos básicos da programação Ladder. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/15993540/ Segundo Marcelo Euípedes; diagrama de contatos (Ladder) consiste em um desenho formado por duas linhas verticais, que representam os pólos positivo e negativo de uma bateria, ou fonte de alimentação genérica. Entre as duas linhas verticais são desenhadas ramais horizontais que possuem chaves. Estas podem ser normalmente abertas, ou fechadas e representam os estados das entradas do CLP. O nome Ladder deve-se à representação da linguagem se parecer com uma escada (do inglês, ladder), na qual duas barras verticais paralelas são interligadas pela Lógica de Controle, formando os degraus (do inglês, rungs) da escada. Portanto, a cada Lógica de Controle existente no Programa de Aplicação dá-se o nome de rung, a qual é composta por Colunas e Linhas. Os degraus são divididos em duas zonas. A zona da esquerda pode ser chamada de zona de testes e é a região que contém a lógica da função booleana. A zona da direita é chamada de zona de ação e representa a saída da função booleana. Figura 7 – Estrutura da programação em Ladder. 13 Fonte: https://daniellnunes1.files.wordpress.com/2012/11/u2_linguagemladder1.pdf pg 12 4 TIPOS DE MEMORIA DO CLP A memória pode ser situada em duas categorias: volátil, que perderá suas informações armazenadas se a energia total faltar ou for desligada, pode ser alterada facilmente e é adequada à maioria das aplicações quando há uma bateria para fornecer energia para a cópia de segurança (backup); e não volátil, que tem a capacidade de reter a informação quando a energia é desligada acidentalmente ou intencionalmente, permitindo que o CLP mantenha sua programação. Como o seu nome sugere, os controladores lógicos programáveis possuem memória programável, o que permite ao usuário editar e modificar programas de controle. 4.1 A memória de leitura (ROM) apenas armazena programas, e os dados não podem ser alterados após a fabricação da memória no circuito integrado (chip). Ela normalmente é utilizada para armazenar programas e dados que definem as capacidades do CLP, e é não volátil, o que significa que seu conteúdo não será perdido se faltar energia; também é utilizada pelo CLP para o sistema de operação, que é gravado dentro da ROM pelo fabricante de CLP e controla o sistema de programa (software)que o usuário utiliza para programar o CLP. 4.2 A memória de acesso aleatório (RAM), algumas vezes referida como memória de leitura-escrita (R/W), é projetada de modo que a informação possa ser escrita ou lida da memória. Ela é utilizada como uma área de armazenagem temporária de dados que precisam ser alterados rapidamente e é volátil, o que significa que o dado armazenado nela será perdido se faltar energia. Essa per- da pode ser evitada se houver uma bateria para cópia de segurança (backup) A maioria dos CLPs usa RAM-CMOS, uma tecnologia utilizada para memórias cujo circuito integrado (chip) drena pouca corrente e pode manter a memória com uma bateria de lítio por um longo tempo (em muitos casos, de 2 a 5 anos). Alguns processadores possuem um capacitor que fornece pelo menos 30 minutos de energia para a cópia de segurança (backup) quando a bateria for desconectada e a energia, desligada. 14 A memória de leitura-escrita programável e que pode ser apagada (EPROM) oferece um determinado nível de segurança contra mudanças não autorizadas ou indesejáveis em um programa. As EPROMs são projetadas de modo que o dado armazenado nela possa ser lido, mas não alterado facilmente sem um equipamento especial; por exemplo, as UV EPROMs são memória de leitura apenas programáveis e apagáveis por uma luz ultravioleta. A memória EPROM é utilizada para copiar (backup), armazenar ou transferir programas de CLP. FIGURA 8 - TABELA DE ENTRADAS E SAIDAS DO CLP Font: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552836/cfi/179!/4/4@0.00: 57.2 4.3 A memória de leitura-escrita programável e que pode ser apagada eletronicamente (EEPROM) é uma memória não volátil que oferece a mesma flexibilidade de programação da RAM. Ela pode ser sobrescrita eletricamente com luz ultravioleta e, pelo fato de ser uma memória não volátil, não requer uma bateria para cópias. A EEPROM proporciona um armazenamento permanente do programa e pode ser substituída facilmente por dispositivos de programação- padrão. Normalmente, um módulo de memória EEPROM é utilizado para armazenar, copiar ou transferir os programas do CLP 4.4 As flash EEPROMs são similares às EEPROMs, visto que só podem ser utilizadas para armazenar cópias, e a sua principal diferença é que elas são extremamente rápidas para salvar e reaver arquivos; além disso, não é necessário retirá-las fisicamente do processador para serem reprogramadas; isso pode ser feito com o uso dos circuitos do próprio módulo do processador. A 15 memória flash é algumas vezes instalada também no módulo do processador onde copia (backup) automaticamente partes da RAM. Se ocorrer uma falha na energia enquanto um CLP com memória flash estiver funcionando, ele não perderá dados do funcionamento.FIGURA 9 - Módulo de memória EEPROM usado para armazenar, copiar ou transferir programas do CLP. Fonte: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552836/cfi/52!/4/4@0.00:2 8.6 Referências bibliográficas Petruzella, Frank D. Controladores lógicos programáveis. VALÉRIO, Marcus. CLP – Controlador Lógico Programável. ETEP faculdades SEVERO, Bernardo da S. F. Curso de Controladores Lógicos Programáveis. Laboratório de Engenharia Elétrica – LEE -Universidade do Estado do Rio de Janeiro - RJ. https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Automa%C3%A7%C3%A3o-e-Controle- Industrial/Drives/Softwares/WEG-Ladder-Programmer. 16
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