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OAB_AULA_02

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CONTINUAÇÃO... 
 
HABEAS DATA 
 
9. JURISPRUDÊNCIA STJ 
 
Para obtenção de cópia de processo administrativo não é cabível o habeas data, pois no caso de a busca 
não ser por informações pessoais ou esclarecimentos sobre bancos de dados ou arquivos governamentais, será 
adequado impetrar mandado de segurança e não o habeas data. 
 
O habeas data não alcança a pretensão de obter informações que estejam sob sigilo. Portanto, se a lei 
trata de um dado como sendo sigiloso, ou de uso exclusivo de determinada entidade que o detêm, tal dado não 
pode ser transferido a terceiros. 
 
O acesso a informações contidas em prontuário médico, como o exame psiquiátrico realizado por servidor 
nessa qualidade, pode ser assegurado via habeas data, não havendo que se falar em informações de uso interno 
e exclusivo do órgão que realizou o mesmo. 
 
No caso do acesso aos extratos de depósitos de FGTS é cabível o habeas data, pois a caixa econômica 
federal assume função estatal de gestora do mesmo, exercendo atividade do poder público, o que justifica o cabi-
mento daquele remédio. 
 
STF 
 
O “habeas data” é a garantia constitucional adequada para a obtenção, pelo próprio contribuinte, dos dados con-
cernentes ao pagamento de tributos constantes de sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da 
administração fazendária dos entes estatais. Essa a conclusão do Plenário, que proveu recurso extraordinário em 
que discutida a possibilidade de o contribuinte, por meio do aludido remédio constitucional, acessar todas as ano-
tações incluídas nos arquivos da Receita Federal, com relação a todos os tributos de qualquer natureza por ele 
declarados e controlados pelo Sistema Integrado de Cobrança - Sincor, ou qualquer outro, além da relação de 
pagamentos efetuados para a liquidação desses débitos, mediante vinculação automática ou manual, bem como a 
relação dos pagamentos sem liame com débitos existentes. 
 
No caso, o recorrente, ao intentar obter informações relativas às anotações constantes dos arquivos da Receita 
Federal, tivera o pedido negado, tendo em vista esses dados não se enquadrarem, supostamente, na hipótese de 
cadastro público. O Colegiado afirmou que o “habeas data” seria ação constitucional voltada a garantir o acesso 
de uma pessoa a informações sobre ela, constantes de arquivos ou bancos de dados de entidades governamen-
tais ou públicas (CF, art. 5º, LXXII, a). 
 
Estaria à disposição dos cidadãos para que pudessem implementar direitos subjetivos obstaculizados, alcançáveis 
por meio do acesso à informação e à transmissão de dados. A sua regulamentação legal (Lei 9.507/1997) de-
monstraria ser de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que fossem ou que pu-
dessem ser transmitidas a terceiros, ou que não fossem de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depo-
sitária dessas informações. (STF, HD 673.707) 
 
10. Hipóteses de não cabimento: 
 
- Acesso a dados públicos; 
- Acesso a dados sobre terceiros; 
- Acesso à certidão denegada; 
- Acesso a informações sobre os critérios utilizados na correção de provas de concurso/ acesso à prova/ revisão 
de prova; 
- Acesso à autoria do denunciante; 
 
11. Tutela de Urgência? Se estiver claro no caso narrado, Art. 300, CPC. 
 
Estrutura: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12. Gratuidade. Art. 5º, LXXVII. 
 
13. Competência 
 
Fixada de acordo com a autoridade coatora (com poder de decisão dentro da esfera administrativa) 
Art. 102, I, d 
Art. 105, I, b 
Art. 108, I, c 
Art. 109, VIII 
Art. 125, §1°: G – P – S + Mesa de Assembleia Legislativa – TJ 
 
Em resumo: 
 
Art. 20. O julgamento do habeas data compete: 
I - originariamente: 
a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e 
do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo 
Tribunal Federal; 
b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal; 
c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal; 
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; 
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado; 
f) a juiz estadual, nos demais casos; 
 
14. Pedidos e demais remissões/iluminações 
 
15. Caso Concreto (OAB 2010.3) 
 
Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam 
oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diver-
sas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vincu-
lados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. (...) Após longos anos, no ano de 
2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as 
instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato 
decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos 
do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. Tício, inconformado, procura aconselhamentos 
com seu sobrinho Caio, advogado, que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. 
 
Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: 
 
a) competência do Juízo; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; 
d) os requisitos formais da peça inaugural. 
 
5 PASSOS 
 
PASSO 1 – RESUMO DO CASO 
PASSO 2 – LEGITIMIDADE ATIVA 
PASSO 3 – LEGITIMIDADE PASSIVA 
PASSO 4 – ESCOLHA DA AÇÃO 
PASSO 5 – ÓRGÃO COMPETENTE 
 
Orientações gerais: 
 
- Trechos em letra de forma; 
- Tópicos em algarismos romanos; 
- Pedidos 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
- DOS FATOS, OS FATOS, SÍNTESE DOS FATOS... 
- DOS FUNDAMENTOS, DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA, DO DIREITO... 
- Fundamentação jurídica completa. (Constituição, Lei, Jurisprudência, Súmulas) 
- Remissões (no CPC e na Lei) 
 
 EXMº. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
(5 linhas) 
 Tício, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG n°... e do CPF n°..., endereço eletrônico ..., residente 
e domiciliado..., nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, com escritório ..., 
endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento nos termos do art. 5º, LXXII da CRFB/88 
e da Lei 9507/97 vem impetrar o presente HABEAS DATA em face do Ministro de Estado da Defesa, com sede 
funcional ..., aduzindo para tanto o que abaixo se segue. 
 
 I - SÍNTESE DOS FATOS 
 
 Na década de setenta o impetrante participou de movimentos políticos que faziam oposição ao Governo 
então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso 
para averiguações. Além disso, seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos 
órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. 
 
 Em 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido em 
todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastre-
ou seu ato decisório na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, o que claramente viola a 
intimidade e vida privada do impetrante e fundamenta a propositura do presente Habeas Data. 
 
 II - DA RECUSA ADMINISTRATIVA 
 
 Conforme já narrado, o impetrante teve o seu pedido indeferido em todas as instâncias administrativas, 
conforme documentação anexa, comprovando o requisito essencial para a impetração da presente ação, de acor-
do com o art. 8º, parágrafo único, I, da Lei 9507/97 e da Súmulanº 2 do STJ. 
 
 III - DOS FUNDAMENTOS 
 
 O art. 5º, LXXII, da CRFB/88, dispõe que o Habeas Data é o remédio constitucional responsável pela de-
fesa em juízo dos dados pessoais que se pretende conhecer ou retificar. 
 A referida ação também encontra fundamento na Lei 9507/97, que ampliou as hipóteses de cabimento da 
ação, permitindo que o remédio também seja utilizado para a complementação de dados pessoais, de acordo com 
o art. 7º, III. 
 O direito à informação sobre dados pessoais é consagrado pelo texto constitucional no art. 5º, XXXIII co-
mo um direito fundamental. 
 Além disso, conforme previsão no art. 5º, X, da CRFB/88, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado, inclusive, o direito a indenização pelo dano material ou moral decor-
rente de sua violação. 
 A competência para julgamento do Habeas Data é fixada de acordo com a autoridade coatora. Sendo 
assim, por força do art. 105, I, b, da CRFB/88 e do art. 20, I, b, da Lei 9507/97, tendo em vista que, no caso, a 
autoridade coatora é o Ministro de Estado da Defesa, o foro competente para julgamento da ação é o STJ. 
 Também é importante ressaltar que o impetrante é o titular do dado pessoal que se pretende conhecer por 
meio desta, o que está em harmonia com a natureza personalíssima da ação. 
 Ademais, insta ressaltar que os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, 
exceto habeas corpus e mandado de segurança, haja vista o procedimento especial que rege o instituto, previsto 
no art. 19, da Lei 9507/97. 
 Por fim, destaca-se a gratuidade genuína da ação constitucional, na forma do art. 5°, LXXVII, da CRFB/88. 
 
 IV - DOS PEDIDOS 
 
 Diante de todo o exposto, requer a V. Exa: 
a) que seja notificada a autoridade coatora, o Ministro de Estado da Defesa, dos termos da presente a fim de que 
preste demais informações que julgar necessárias, segundo prevê o art.9º, da Lei 9507/97; 
 
 
 
 
 
 
 
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5 
b) a procedência do pedido de habeas data, para que seja assegurado ao Impetrante o acesso às informações de 
seu interesse; 
c) a intimação do Representante do Ministério Público, na forma do art. 12, da Lei 9507/97; 
d) a juntada dos documentos, de acordo com o art.8º, da Lei 9507/97. 
 
Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15. 
Ou: 
Valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15. 
Termos em que, 
pede deferimento 
Local... e data... 
Advogado... 
OAB n.º ... 
 
- Dever de casa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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