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aula 06 e 08 relacoes etnicas

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UNIGRAN – Centro Universitário da Grande Dourados
Curso: Pedagogia
Disciplina: Relações Étnico-Raciais na Educação e Educação Indígena
Professora: Dra. Terezinha Bazé de Lima 
Aluno(a): Ana Paula Pereira Nunes RGM:053.16093 Polo:Aupex
Atividade 02 - AULAS 06 a 08 ( VALOR 5,0 PONTOS)
Estudo Dirigido
1 – Descreva sobre origem da História Africana, Línguas Africanas no Brasil e diversidade cultural, musical e religiosa.
Entre os períodos dos séculos XVI e XIX desembarcaram no Brasil milhões de Africanos trazidos da África de forma forçado para trabalho escravo, estes foram capturados e negociados. Os escravos trabalhavam principalmente no cultivo de cana-de-açucar, visando preencher a necessidade de uma melhor organização desta produção, (produção açucareira) que aceitava uma responsabilidade cada vez mais importante na economia colonial, para alcançar o objetivo da extensão se fez necessária uma mão de obra exclusiva como a dos africanos que já faziam esses trabalhos nas propriedades dos portugueses, também como escravos nas lavouras de café.
Sendo que, a História do Brasil após 1500 resulta das histórias africanas, as tecnologias, costumes, propostas políticas trazidas pelos Africanos. Contudo, o africano chegou aqui escravo mais trouxe consigo sua cultura, suas paisagens, seus hábitos vieram com eles e encontraram uma terra parecida com a deles, embora diferentemente povoada, onde depositaram essa semente, este conhecimento. Devido às inquietações, a fé e a crença foram desenvolvidas, consequentemente aconteceram os cultos Onilé – culto de caboclo, uma das primeiras fusões de diferentes cultos e devido ao desejo de serem livres surgiram os feitiços (ebós), os quilombos. 
 A firmeza, a ordem dos negros são fatores evidenciados e declaram os trezentos anos da escravidão africano no Brasil. A cultura africana sustentou-se no negro, diante da sua fé, do que se almeja, é mais resistente do que existe, em todo o tempo que acontece uma circunstância.
O africano entendimento que seu avô teve um mentor espiritual e trouxeram objetos traficados, dentre eles: Babalorixás e Iyalorixás, os quais eram considerados preciosos, os mesmos em sua fé, originaram a África no Brasil, se fortificando e disseminando, o axé se desenvolveu e surgiu na sociedade como terreiro de candomblé. Portanto, entendemos que cultura no Brasil originou nas senzalas com a ligação de povos africanos com suas condutas e fé nos orixás, originado de milhões de negros de vários países e cidades africanas para trabalhar nos cultivos de cana e café das cidades baianas, cariocas e paulistanas, e seguidamente nos exércitos e fazendas de fronteiras do Rio Grande Sul.
Zumbi dos Palmares é a representação da determinação negra ao escravismo e de sua peleja para ser liberto. O tempo passou, porém, a esperança de Zumbi perdura e sua história é descrita com dignidade pelos povos da localidade onde o negro-rei transmitiu sua independência. Ressaltamos que a elite extinguia o solo do Nordeste com o plantio da cana de açúcar, os africanos do Quilombo cultivavam o algodão, milho, mandioca, feijão, legumes, batatas e frutas.
O Brasil tem um vasto legado dos povos africanos nas apresentações culturais, como a literatura, a música, a dança, o teatro, a culinária. Nosso alimento é mais uma contribuição dos povos africanos e dos seus descendentes como a feijoada, o leite de coco, azeite de dendê, feijão preto, quiabo, acarajé e outros. Ressaltamos que, os africanos influenciaram na moda e também interagiu com as diversas línguas africanas, no Brasil. E a língua usada nos cultos afro-brasileiros não corresponde à língua africana conservada, uma vez que as comunidades afro-brasileira foram organizadas por povos de etnias, línguas e dialetos variados. Com o passar do tempo houve transformação nas línguas, enquanto os descendentes dos africanos que vivem no Brasil usam essas línguas, os povos africanos tiveram as línguas mudadas por outros motivos. Na atualidade as línguas africanas são usadas liturgicamente em forma de demonstração dos cânticos, saudações e nomes dos iniciados, ou meio de comunicação entre alguns seguidores do culto.
Os povos africanos tiverem grande influência na adversidade musical, tais como: música para trabalhar, cantar, dançar, rezar. Vale ressaltar que, com o bailar do maxixe originou-se a dança urbana no Brasil. Esta dança era em lugares não apropriados pelos hábitos do tempo como forrós, gafieiras da cidade nova e nos cabarés da Lapa no Rio de Janeiro em meados 1875. E posteriormente iniciou aos clubes carnavalescos e aos palcos dos teatros de revista e na procura da luxuria das danças africanas, os homens mais ricos compareciam aos bailes e gafieiras. 
A dança é uma forma de contar a história de vida do africano, pois, eles festejavam os momentos especiais, tais como: nascimento, morte, plantio ou colheita. E através da dança os africanos gratificavam aos deuses pela ceifa abundante. E existem diversas tipos de danças de acordo com lugar, tais como: dança do congo e dança de salão (Kizomba). 
Salientamos que a capoeira teve início com a dança da zebra, os historiadores argumentam como nasceu à capoeira, podendo ser rural ou urbano. Alguns têm um olhar de nascimento no campo entre lavouras de cana e engenho de açúcar. Nos matos haviam vãos utilizados pelos escravos para escaparem e lugares para entretenimento. Portanto, a capoeira progrediu nas questões motoras, transmite regras de princípios e mobiliza a hostilidade. Da escravidão até a atualidade muitos foram os acontecimentos: crises, proibições, liberação, perseguição e outros. Na contemporaneidade ela é legitimada e exercida universalmente por uma infinidade de indivíduos. 
2 – Abordar sobre o índio hoje e o índio de ontem no período pré cabralino, a Arte e a Cultura indígena.
Os povos indígenas viviam no Brasil muito antes do descobrimento e da chegada dos europeus. Eram em torno de cinco milhões de índios vivendo em terras Brasileiras. Cada tribo com sua característica, seu costume, e religião, que por sua vez era fundada no culto aos antepassados e nas forças da natureza. Nesta época viviam de forma livre, com suas próprias regras, obtendo da natureza os recursos necessários para sua sobrevivência.
As tarefas nas aldeias eram ordenadas de acordo com a idade e gênero, onde homens ficam responsáveis pela caça e proteção, as mulheres com as tarefas domésticas, filhos e cuidado com as hortas, e os mais velhos, chamado pajé, são uma espécie de curandeiros e conselheiros espirituais. Sendo muito respeitado por todos, como chefe da tribo, onde sua tarefa é guiar e tomar decisões.
Os índios usam de sua experiência e sabedora para alimentarem se utilizando dos recursos do meio ambiente para a pesca, a caça, o plantio e a ceifa. Eles veneram e respeitam muito a mãe natureza, pois entendem que é dela que vem o sustento. Suas danças, seus cultos, pinturas e costumes não pode simplesmente ser esquecido e apagado da história do Brasil, isso seria apagar nossas raízes.
É necessário que haja empenho das autoridades para conservar as diversidades culturais entre os índios evitando o desaparecimento de trabalhos interessante. Um quarto de todas as drogas prescrito pela medicina ocidental vem das plantas das florestas, e três quartos foram colhidos a partir de comunicação de povos indígenas. Na área da educação, a língua tucana, apesar do pequeno número de palavras, é comparada por linguistas como a língua grega, por sua riqueza estrutura. Os Ritos e mitos, muitas tribos no Brasil realizam ritos de passagem e estes ritos se unem à gestação e ao nascimento, a iniciação na vida adulta, ao casamento, à morte. A arte se junta à vida diariamente, a pintura corporal tanto pode servir para determinar o grupo e seu pertencimento dentro da comunidade indígena ou enfeite. A tinta vermelha é tirada do urucum e a azul quase negro, do jenipapo, cor branca usam o calcário. A arte plumária indígenas e feitos com penas e plumas de pássaros, outros índios executam suas peças em madeiras.A pintura e o desenho indígenas estão sempre ligados à cerâmica e cestaria. Na época do descobrimento havia em nosso país cerca de cinco milhões de índios.
A Ilha de Marajó foi habitada por vários povos desde, provavelmente 100 a.C de acordo com os progressos obtidos, esses povos foram divididos em cinco fases arqueológicas: A fase Marajora é a quarta em continuidade da ocupação da ilha e é a que demonstra as criações que provoca interesse, tais como: a produção de cerâmica, vaso, apitos e adornos para orelha e lábios, as estatuetas que simboliza seres humanos. 
A cultura Santarém – Em relação há estes povos inexistem estudos dividindo em fases culturais nos períodos de seu habitar na região próximo a união do Rio Tapajós com o Amazonas. Todos os vestígios culturais encontrados ali foram considerados como realização de um conjunto cultural – “cultura Santarém”, a sua cerâmica expõe uma decoração complexa, embora com pinturas e desenhos mostram ornamentos em relevo com figuras e seres humanos ou animais chamando a atenção para a existência de cariátides. Produzem ainda cachimbos e sua decoração insinua que exerce a intervenção dos primórdios colonizadores europeus, e as estatuetas de formas variadas que apresentam maior realismo. Esta cerâmica permaneceu até a chegada dos colonizadores portugueses. Em meados do século XVII estes povos que os produziam foram sumindo suas originalidades culturais, sumindo sua produção.
A máscaras dos índios tem um significado duplo: ao mesmo tempo em que são artefatos produzido por um homem comum, são a figura viva do ser sobrenatural que representam. Com a matéria prima em quantidade como: folhas, palmas, cipós, talas e fibras os índios confeccionam uma diversidade de peças, cestos, abanos e redes. Ressaltamos que, a pintura no corpo acontece através da escolha das cores: vermelho vivo (urucum), esverdeado (tinta do suco do jenipapo) e o branco (tabatinga)
3 – Pesquisar e descrever uma sugestão de atividades de como trabalhar a diversidade indígena ou negra com as crianças em sala de aula.
Planejamento (Plano de aula)
1. Conteúdo: Diversidade cultural
2. Justificativa: O objetivo desta aula e estimular o aluno o sentimento de respeito ao próximo, amizade e amor. E o educando perceba que somos todos iguais, trabalhando conceito de racismo e discriminação racial. A aula será executada de forma prática, participativa e reflexiva, para que os alunos possam estabelecer relações na diversidade cultural.
3. Objetivo Geral: Valorizar as diferenças entre os indivíduos.
4. Objetivos Específicos: Desenvolver a imaginação e a criatividade; levantar conhecimentos prévios acerca do tema; Trabalhar autoestima e o trabalho em grupo; desenvolver hábitos de respeito ao próximo; refletir sobre as diferenças existentes entre as pessoas; aguçar o senso crítico do aluno.
5. Metodologia: Realizar uma roda de conversa; conversar com os alunos sobre o tema racismo e discriminação; fazer a leitura do livro Menina Bonita do Laço de Fita de Ana Maria Machado (Editora Ática); desenvolver trabalho de arte/reciclagem; apresentação dos trabalhos; roda Final de conversa e convidar familiares dos alunos que sejam afros descendentes para contar história de sua vida.
6. Recurso: Espelho; Livro de leitura; Tinta guaxe de cores diferentes; Cartolina; Caixa de ovos.
7. Avaliação: A avaliação será feita com base no acompanhamento. Sendo assim será usado uma ficha individual de avaliação objetivando acompanhar o desenvolvimento do educando, com propósito de fonte de reflexão e análise para que o educador saiba onde chegou, se atingiu a resposta esperada e o que precisa buscar em relação ao tema trabalhado.
Referências: 
LIMA, Terezinha Bazé. Gênero e Raça: Uma questão de Identidade. SEMED Campo Grande MS 2010.
LIMA, Terezinha Bazé de. Prática Pedagógica em Educação Indígena e Relações Étnico-Raciais na Educação. Terezinha Bazé de lima: UNIGRAN, 2019/2.
PLANO DE AULA. Disponível em: https://www.geledes.org.br/plano-de-aula-identidade-negra-e-racismo> Acesso em: 05 de mar de 2020.

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