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Internacional II

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NACIONALIDADE BRASILEIRA
	BRASILEIRO
	NATO
	NATURALIZADO
	QUEM?
	Art. 12, I
* Nasceu no território brasileiro (inclui extraterritorialidade - representantes do Estado no exterior);
* Não nasceu no território brasileiro mas foi registrado no consulado;
* Filho(a) de brasileiro(a) não registrado - poderá vir morar no Brasil (residência) e solicitar o reconhecimento da NACIONALIDADE ORIGINÁRIA (Potestativa).
	Art. 12, II
* Nasceu no exterior;
* Residente permanente (RNM);
* Deseja se tornar brasileiro (ato personalíssimo);
* Nasceu no Brasil mas perdeu a nacionalidade oridinária (Perda-mudança).
	QUANDO?
	* Registro de nascimento (ius solis ou ius sanguinis + função ou ius sanguinis + registro);
* Após 18 anos (capacidade civil): potestativa (efeitos retroativos).
	Art. 64 e sgs (Lei de Migração)
* Após 18 anos (capacidade civil);
* 1 a 4 anos: ordinária (discricionário - constitutivo);
* 5 ou 10 anos: especial (discricionário - constitutivo);
* Até 2 (dois) anos após maioridade, se ingressar até 10 anos. (Questionável a discricionariedade se comprovado os requisitos).
Discricionário: não será brasileiro se o Poder Executivo negar o pedido - inviabiliza impetração de mandado de segurança. (Ordinária e especial).
* 15 anos: extraordinária (efeito declaratório - ato vinculado): se comprovado os requisitos o MJ deverá reconhecer a nacionalidade brasileira derivada, hipótese em que o naturalizando poderá impetrar Mandado de Segurança. O transcurso do prazo quinzenário em combinação com o cumprimento dos requisitos constitucionais constitui direito subjetivo. Não haverá discricionariedade para negar o pedido, a competência do Ministério da Justiça restringe-se à confirmação da comprovação dos requisitos constitucionais. 
	COMO?
	* Registro (regra geral - cartório ou consulado)
* Ação de Opção de Nacionalidade (potestativa - condição suspensiva de nacionalidade, efeitos retroativos)
* Lei de Migração
Art. 63. O filho de pai ou de mãe brasileiro nascido no exterior e que não tenha sido registrado em repartição consular poderá, a qualquer tempo, promover ação de opção de nacionalidade.
	* Procedimento Administrativo (MJ): deverá comprovar os requisitos da Lei de Migração, do Decreto 9.199-17 e de portaria e resoluções normativas.
* Lei de Migração - Das Condições da Naturalização
Art. 64. A naturalização pode ser:
I - ordinária;
II - extraordinária;
III - especial; ou
IV - provisória.
(...) Art. 71. O pedido de naturalização será apresentado e processado na forma prevista pelo órgão competente do Poder Executivo, sendo cabível recurso em caso de denegação.
* Decreto 9.199-17
Art. 220. Ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública concederá a naturalização, desde que satisfeitas as condições objetivas necessárias à naturalização, consideradas requisito preliminar para o processamento do pedido. 
(...) Art. 230. A naturalização produz efeitos após a data da publicação no Diário Oficial da União do ato de naturalização.
§ 1º Publicado o ato de naturalização no Diário Oficial da União, o Ministério da Justiça e Segurança Pública comunicará as naturalizações concedidas, preferencialmente por meio eletrônico: (...)
	CANCELAR?
	* Perda Mudança (procedimento administrativo - MJ)
Reaquisição: se comprovar que os motivos (escolha de nacionalidade derivada - sem vínculo ius solis ou ius sanguinis) que resultaram na perda da nacionalidade brasileira cessaram.
Lei de Migração: Art. 76. O brasileiro que, em razão do previsto no inciso II do § 4º do art. 12 da Constituição Federal, houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa, poderá readquiri-la ou ter o ato que declarou a perda revogado, na forma definida pelo órgão competente do Poder Executivo.
* Reaquisição: Poder Executivo (comprovar que cessou o motivo que resultou na decretação da perda) - voltar a ser nato (status quo)
* Formulário Reaquisição (MJ)
	* Perda Mudança (procedimento adminitrativo - MJ)
Reaquisição: se comprovar que os motivos (escolha de nacionalidade derivada - sem vínculo ius solis ou ius sanguinis) que resultaram na perda da nacionalidade brasileira cessaram)
Lei de Migração: Art. 76. O brasileiro que, em razão do previsto no inciso II do § 4º do art. 12 da Constituição Federal, houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa, poderá readquiri-la ou ter o ato que declarou a perda revogado, na forma definida pelo órgão competente do Poder Executivo.
* Reaquisição: Poder Executivo (comprovar que cessou o motivo que resultou na decretação da perda) - voltar a ser naturalizado (status quo)
* Perda-Sanção: ação de cancelamento de naturalização - Justiça Federal: após a publicação no D.O.U. (se ainda em curso o procedimento de naturalização não se aplica a perda-sanção - discricionariedade MJ no procedimento de naturalização)
* Ação Rescisória: reverter efeitos da decisão judicial (cancelar a perda da naturalização)
Lei de Migração: Art. 75. O naturalizado perderá a nacionalidade em razão de condenação transitada em julgado por atividade nociva ao interesse nacional, nos termos do inciso I do § 4o do art. 12 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O risco de geração de situação de apatridia será levado em consideração antes da efetivação da perda da nacionalidade.
	DIREITOS?
	* Igualdade de tratamento jurídico
	* Permitido as restrições previstas na CF/88
Art. 12, para 3;
Art. 5, LI;
Art. 89;
Art. 222, para. 2.
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1. Julgue as sentenças abaixo (V) se verdadeira, ou (F) se falsa:
1. (V) Poderá ser impedido de ingressar no País o solicitante de asilo que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal. (Art. 11 + 45, IX)
Art. 11. Poderá ser denegado visto a quem se enquadrar em pelo menos um dos casos de impedimento definidos nos incisos I, II, III, IV e IX do art. 45.
Art. 45. Poderá ser impedida de ingressar no País, após entrevista individual e mediante ato fundamentado, a pessoa:
IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal.
2. (V) A identificação civil de solicitante de refúgio dispensa a apresentação dos documentos originais. 
Art. 20. A identificação civil de solicitante de refúgio, de asilo, de reconhecimento de apatridia e de acolhimento humanitário poderá ser realizada com a apresentação dos documentos de que o imigrante dispuser.
3. (V) A autorização de residência poderá ser concedida ao imigrante em situação migratória irregular.
Art. 31. Os prazos e o procedimento da autorização de residência de que trata o art. 30 serão dispostos em regulamento, observado o disposto nesta Lei.
§ 5º Poderá ser concedida autorização de residência independentemente da situação migratória.
4. (V) Não se concederá a autorização de residência a pessoa condenada criminalmente no Brasil por praticar infração de menor potencial ofensivo. 
Art. 30. A residência poderá ser autorizada, mediante registro, ao imigrante, ao residente fronteiriço ou ao visitante que se enquadre em uma das seguintes hipóteses:
§ 1º Não se concederá a autorização de residência a pessoa condenada criminalmente no Brasil ou no exterior por sentença transitada em julgado, desde que a conduta esteja tipificada na legislação penal brasileira, ressalvados os casos em que:
I - a conduta caracterize infração de menor potencial ofensivo;
5. (V) A saída do refugiado do País sem prévia comunicação implica a perda da condição de refugiado. (Art. 39, I – Lei 94.74-97)
6. (F) É indispensável a fiscalização de navio em passagem inocente. 
Art. 38. As funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteira serão realizadas pela Polícia Federal nos pontos de entrada e de saída do território nacional.
Parágrafo único. É dispensável a fiscalização de passageiro, tripulante e estafe de navio em passagem inocente, exceto quando houver necessidade de descida de pessoa a terra ou de subida a bordo do navio.
7. (F) É garantido ao dependente de titular de visto oficial o exercício de atividaderemunerada no Brasil, nos termos da legislação trabalhista nacional. 
Art. 17. O titular de visto diplomático ou oficial somente poderá ser remunerado por Estado estrangeiro ou organismo internacional, ressalvado o disposto em tratado que contenha cláusula específica sobre o assunto.
Parágrafo único. O dependente de titular de visto diplomático ou oficial poderá exercer atividade remunerada no Brasil, sob o amparo da legislação trabalhista brasileira, desde que seja nacional de país que assegure reciprocidade de tratamento ao nacional brasileiro, por comunicação diplomática.
8. (V) A transformação do visto diplomático em autorização de residência afasta as aplicação das prerrogativas, privilégios e imunidades diplomáticas.
Art. 15. Os vistos diplomático, oficial e de cortesia serão concedidos, prorrogados ou dispensados na forma desta Lei e de regulamento.
Parágrafo único. Os vistos diplomático e oficial poderão ser transformados em autorização de residência, o que importará cessação de todas as prerrogativas, privilégios e imunidades decorrentes do respectivo visto.
9. (F) O visto temporário para trabalho poderá ser concedido ao imigrante que venha exercer atividade laboral desde que comprove o vínculo empregatício no Brasil mediante apresentação do contrato de trabalho formalizado por pessoa jurídica nacional, incluindo a comprovação de diploma de graduação ou equivalente. 
Art. 14, I, e § 5º Observadas as hipóteses previstas em regulamento, o visto temporário para trabalho poderá ser concedido ao imigrante que venha exercer atividade laboral, com ou sem vínculo empregatício no Brasil, desde que comprove oferta de trabalho formalizada por pessoa jurídica em atividade no País, dispensada esta exigência se o imigrante comprovar titulação em curso de ensino superior ou equivalente.
10. (V) As Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527-2011) regulamenta o direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados pessoais do migrante. (Também há regras como, acesso a serviços públicos, justiça para hipossuficientes que diz respeito a todos os estrangeiros). Haveria possibilidade de solicitar isenção da taxa de visto.
Art. 4, XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados pessoais do migrante, nos termos da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011;
11. Leio o trecho selecionado da reportagem: "Mais de 100 mil venezuelanos já solicitação asilo no exterior, diz ACNUR. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) destacou hoje (15) o crescimento das solicitações de asilo de cidadãos venezuelanos no exterior, que já superam as 100 mil petições. A informação é da agência EFE. Segundo o Acnur, a situação de desabastecimento que vive a Venezuela nos últimos anos provocou um novo fenômeno no país, o do deslocamento forçado. E a esses 100 mil solicitantes de asilo, é preciso somar outras 130 mil pessoas que optam por outras alternativas migratórias"
Fonte: EFE. Mais de 100 mil venezuelanos já solicitação asilo no exterior, diz ACNUR. 15 de Fevereiro, 2018. <http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2018-02/mais-de-100-mil-venezuelanos-ja-solicitaram-asilo-no-exterior-diz-o>
A. Atuação da ACNUR no Asilo e/ou "outras alternativas migratórias": não há atuação (ato discricionário vinculado a PR – equivale a reconhecer a situação de perseguição política em Estado estrangeiro).
B. Efeitos jurídicos (para fins de união de família) decorrentes da solicitação de reconhecimento da condição de asilado político: não há, concedido em caráter individual (Art. 27 – 29 = não incluem tais regras).
C. Ao menos 2 (duas) "alternativas migratórias" à solicitação de Asilo Político nos termos da legislação infraconstitucional brasileira: 
 Visto Temporário para Acolhida Humanitária;
 Solicitação de Refúgio;
 MP 820 (2018);
 Apatridia, se não registrado (art. 26);
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1. (F) O casamento de estrangeiro com nacional brasileiro residente no exterior e empregado de empresa multinacional pode ser considerado requisito para aquisição da nacionalidade especial: naturalização especial (serviço exterior brasileiro – missão diplomática e consular); 
2. (F) O brasileiro naturalizado não poderá exercer direitos políticos: apenas restrições para ser eleito PR, vice PR, PR Senado, PR Câmara;
3. (F) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes ou após a naturalização: art. 5, LI CF88;
4. (V) Apenas Emenda Constitucional poderá restringir a nomeação de brasileiros naturalizados para exercer a função de Ministro da Cultura: Art. 12 não é cláusula pétrea;
5. (F) A ação de cancelamento de naturalização poderá ser proposta por qualquer um do povo, desde que fundamentada e sujeito ao devido processo legal na esfera federal: MPF;
6. (F) A naturalização provisória poderá ser convertida em permanente se o naturalizando requerer a ação de opção de nacionalidade: opção de nacionalidade – Art. 12, I, c (NATO) x Naturalização (Art. 12, II + 13.445-17, 9.199-17);
7. (F) A legislação veda o cancelamento da nacionalidade brasileira em caso de risco de apatridia: art. 253, Dec. 9.199-17;
8. (F) O Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos veda o tratamento jurídico diferenciado entre nacionais natos e naturalizados: art. 24, ICC-PR;
9. (F) O brasileiro naturalizado perderá essa condição se, voluntariamente, naturalizar-se por Estado estrangeiro; o brasileiro nato, ao revés, jamais perderá sua nacionalidade, ostentando dupla nacionalidade se vier a naturalizar-se em outro país: perda-mudança: natos e naturalizado (Art. 12, para. 4, II);
10. (V) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, brasileiro nato que tiver perdido a nacionalidade poderá ser extraditado: ext. 1462 (2017);
11. (V) Não será brasileiro nato o nascido em território brasileiro, de pais canadenses que estes estejam a serviço da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília: representante de Estado estrangeiro (Art. 12, I, a – exceto...);
12. (V) O tratamento jurídico diferenciado conferido ao brasileiro nato e ao naturalizado previsto na Constituição Federal de 1988 pode ser considerado compatível com tratados internacionais de direitos humanos:
13. A concessão da Ext. 1.462 (2017) após a confirmação da perda da nacionalidade no M.S. 33.864 (2016), ainda sob a vigência do Estatuto do Estrangeiro, inaugura precedente inédito na jurisprudência constitucional. Levando em consideração as normas constitucionais, infraconstitucionais e os dois precedentes constitucionais acima expostos, identifique:
A. Autoridade competente e procedimento para promover o cancelamento da nacionalidade brasileira, também denominada "Perda-mudança": M.J. – procedimento administrativo (Art. 250, Dec. 9.199-17);
B. Alcance da competência jurisdicional constitucional para modificar o mérito da decisão administrativa: controle de legalidade (delibatório) – separação dos poderes PE x PJ;
C. Possibilidade para solicitar a nacionalidade brasileira derivada após o cumprimento da pena. Identifique requisitos infralegais e efeitos jurídicos para fins de tratamento diferenciado entre brasileiro nato e naturalizado: requisitos naturalização ordinária: lei de Migração - Art. 65 + Decreto 9.199-17 - Art. 233 a 237.
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Questionário - Solicitação de Refúgio e Estatuto do Refugiado (Lei 9.474-97)
1. Autoridade competente para receber a solicitação de refúgio?
Art. 7 da lei 9474/97: estrangeiro que chegar no território nacional poderá expressar sua vontade de solicitar reconhecimento como refugiado a qualquer autoridade migratória que se encontre na fronteira, a qual proporcionará as informações necessárias quanto ao procedimento formal cabível. 
Sendo assim verifica-se que o pedido de refúgio se inicia de forma informal, posteriormente se tornando formal.
Em tese, o primeiro contato do solicitante de refúgio com órgão braseiro para efetivar a solicitaçãode refúgio deveria ser junto a polícia federal nas fronteiras. Mas por maioria de vezes, o solicitante de refúgio chega a um dos centro de acolhidas para refugiados.
2. Atuação da ACNUR no processo decisório, se há direito a voto?
3. Caso o pedido seja negado, haverá possibilidade de apresentar recurso?
4. Poderá ser expulso ou extraditado?
5. Poderá perder a condição, em quais situações?
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1. Da Condição Jurídica do Migrante: Lei de Migração e Decreto 9.199-17. Princípios, diretrizes e garantias.
- Lei de Migração.
 Entrada: Visto, Espécies de Visto, Vedação, Impedimento de ingresso, Fiscalização, Documentos, Acordo de reciprocidade para isenção de visto de visita.
 Permanência: Autorização de residência, Residente fronteiriço, Residente temporário, Apátridia.
- Lei de Migração, 13.445/17 e Lei 9.474/97: Asilo e refúgio, Conceito, Procedimento, Efeitos jurídicos, Perda, Cancelamento.
- Lei de Migração: Saída compulsória, Repatriação, Deportação, Expulsão, Procedimento, prazos e efeitos jurídicos.
- Lei de Migração, 13.445/17: Cooperação Jurídica Internacional, Extradição, Transferência da pessoa condenada.
2. Do Emigrante: Lei de Migração, 13.445/17; Cartilhas do MRE sobre cooperação jurídica internacional em matéria de Direito de Família;
- Cooperação jurídica em matéria penal. Surrender. Estatuto do Tribunal Penal Internacional.
3. Revisão: Condição Jurídica do Migrante. 
Abertas:
Espécie de livre convencimento fundamentado,
Caravana dos EUA, ACNUR - Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (sigla ACNUR em português e UNHCR em inglês, é um órgão das Nações Unidas. Criado pela Resolução n.º 428 da Assembleia das Nações Unidas, em 14 de dezembro de 1950, tem como missão dar apoio e proteção a refugiados de todo o mundo),
- Haveria a possibilidade de o Brasil receber esses refugiados?
- O que é assentamento?
- Qual o papel do Brasil sobre os refugiados sírios? 
- Como é a atuação da ACNUR? 
- Possibilidade de trazer parte desses refugiados para o Brasil? Como a legislação brasileira enfrenta essa questão, qual o tipo de obstáculo? 
- Argumentar sobre o papel do Brasil para receber refugiados? 
Fechadas:
Princípios, entrada e permanência: visto como mera expectativa de direito; espécies de vistos; possibilidade de trabalhar ou não; cancelamento de visto; Acordo de reciprocidade para isenção de visto de entrada; fiscalização.
 Ler o livro junto com o Prezi, e a Lei 13.445/17 e Decreto 9.199/17
Páginas: 178 até o fim da permanência na 298 (não será cobrado resolução normativa. Quase tudo cobrado será da legislação; 357 a 381.)
Vedação para ingresso: previsto no art. 10 e remete ao art. 45; espécies de vistos; regras sobre asilo e Apátridia estarão previstos em parágrafos praticamente.
Não cairá na prova: Saída compulsória, Repatriação, Deportação, Expulsão. Extradição, Cooperação jurídica em matéria criminal.
Cairá na prova:
- Principais temas da Entrada: Princípios, diretrizes, garantias e conceitos. Visto como mera expectativa de direito; espécies de visto; transformação de visto. Documentos, fiscalização, acordo de reciprocidade para isenção de visto.
- Permanência: condição do apátrida com o processo simplificado de naturalização. Regras sobre asilo (3 artigos); refúgio (será questão aberta abordando notícia de jornal. Caso da caravana que está no México indo em direção aos EUA, para pensar como que a lei brasileira poderia permitir alguma atuação do Brasil, e também até que ponto o que seria possível oferecer do Brasil a esses refugiados).
- Gerais: apatridia; saída do refugiado sem prévia comunicação; asilo; visto; autorização de trabalho.
 Os menores que não possuem vistos válidos, não são mais repatriados, devendo ser encaminhados ao abrigo (não havia essa situação antes).
 Nenhum visto garante o ingresso no estrangeiro, sendo mera expectativa de direito. Nenhum Estado é obrigado a conceder a entrada de estrangeiros, havendo necessariamente, discricionariedade nesse momento. Uma vez admitido o ingresso, muda-se a situação jurídica. Muitas vezes não é admitido o ingresso por ser um visto inadequado para a finalidade (Ex.: visto para turista, mas a pessoa irá fazer duas semanas de curso), mas há a possibilidade de não admitir o ingresso, simplesmente, por não “gostar da pessoa”.
 O Anteriormente expulso, não poderá receber visto para ingresso, não podendo ser autorizada a entrada. Ao passo que, o anteriormente deportado poderá entrar, pois pode ser que lhe seja concedido o visto. A pessoa que foi extraditada, poderá voltar, se já não for mais o caso.
 Os limites são aplicados na saída compulsória, em relação a perseguições políticas, e o conteúdo humano de retirar o indivíduo para um Estado em que esteja em risco a vida e a integridade física.
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Lei de Migração 2017 x Estatuto do Estrangeiro 1980
AVANÇOS E NOVIDADES - Lei 13.445/17
* Não criminalização da imigração;
* Ampliação das espécies de vistos, e mudança de terminologia;
* Desburocratização e flexibilização das condições para acordos de reciprocidade para a isenção de visto de visita.
* Determinação de prazos para a efetivação de medidas de saída compulsória para a garantia do devido processo legal.
* Repatriação aplicável para a situação irregular na entrada, e deportação apenas para a permanência irregular.
* Abolição da aplicação de medida expulsória sem prazo determinado;
* Abolição da prisão obrigatória do extraditando durante a fase judicial do processo de extradição no STF;
* Reconhecimento de direitos do emigrante brasileiro;
* Ampliação da cooperação internacional em matéria criminal;
SOCIEDADE CIVIL & ONG'S
<http://www.conectas.org/arquivos/editor/files/Pela%20Aprovac%CC%A7a%CC%83o%20Nova%20Lei%20de%20Migrac%CC%A7a%CC%83o.pdf>
DECRETO Nº 9.199, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2017
Regulamenta a Lei no 13.445, de 24 de maio de 2017, que institui a Lei de Migração.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9199.htm>
DECRETO 9.199/17
* REGULAMENTAR
CONCEITOS
PROCEDIMENTOS
PRAZOS
VALIDAR RESOLUÇÕES NORMATIVAS DO CNIg
COMPETÊNCIA PARA REGULAMENTAR - MJS & MRE
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DEVIDO PROCESSO LEGAL
=> CONDIÇÃO JURÍDICA DO ESTRANGEIRO
=> NACIONALIDADE BRASILEIRA
=> COOPERAÇÃO JURÍDICA INTERNACIONAL EM MATÉRIA PENAL
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA & DEMIG
<http://www.justica.gov.br/seus-direitos/migracoes>
O Departamento de Migrações (DEMIG), antigo departamento de estrangeiros DEEST, que faz parte da Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania, é o departamento responsável por processar, opinar e encaminhar os assuntos relacionados com a nacionalidade, naturalização, regime jurídico dos estrangeiros, assuntos relacionados com as medidas compulsórias. É também de sua competência, instruir os processos relativos à transferência de presos para cumprimento de pena no país de origem, a partir de acordos dos quais o Brasil seja parte; instrui processos de reconhecimento da condição de refugiado e de asilo político; e fornece apoio administrativo ao Comitê Nacional para os Refugiados - CONARE.
PRINCIPIOS, DIRETRIZES & GARANTIAS
CF. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
II - prevalência dos direitos humanos;
LEI Nº 13.445: CONCEITOS
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o Esta Lei dispõe sobre os direitos e os deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada no País e estabelece princípios e diretrizes para as políticas públicas para o emigrante.
§ 1o Para os fins desta Lei, considera-se:
I - (VETADO);
II - imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece temporária ou definitivamente no Brasil;
III - emigrante: brasileiro que se estabelece temporária ou definitivamente no exterior;
IV - residente fronteiriço: pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência habitual em município fronteiriço de paísvizinho;
V - visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de curta duração, sem pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no território nacional;
VI - apátrida: pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro.
§ 2o (VETADO).
Art. 2o Esta Lei não prejudica a aplicação de normas internas e internacionais específicas sobre refugiados, asilados, agentes e pessoal diplomático ou consular, funcionários de organização internacional e seus familiares.
 
IMIGRANTE & EMIGRANTE
II - imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se estabelece temporária ou definitivamente no Brasil;
III - emigrante: brasileiro que se estabelece temporária ou definitivamente no exterior;
 
RESIDENTE FRONTEIRIÇO
"pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua residência habitual em município fronteiriço de país vizinho";
=> limitado ao espaço geográfico do município.
VISITANTE
V - visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de curta duração, sem pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no território nacional;
APÁTRIDA
"apátrida: pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo a sua legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro."
* Conflito negativo de nacionalidade
DECRETO Nº 9.199, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2017
Art. 1o Este Decreto regulamenta a Lei de Migração, instituída pela Lei no 13.445, de 24 de maio de 2017.
Parágrafo único. Para fins do disposto na Lei no 13.445, de 2017, consideram-se:
I - migrante - pessoa que se desloque de país ou região geográfica ao território de outro país ou região geográfica, em que estão incluídos o imigrante, o emigrante e o apátrida;
II - imigrante - pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalhe ou resida e se estabeleça temporária ou definitivamente na República Federativa do Brasil;
III - emigrante - brasileiro que se estabeleça temporária ou definitivamente no exterior;
IV - residente fronteiriço - pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserve a sua residência habitual em Município fronteiriço de país vizinho;
V - visitante - pessoa nacional de outro país ou apátrida que venha à República Federativa do Brasil para estadas de curta duração, sem pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no território nacional;
VI - apátrida - pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, conforme a sua legislação, nos termos da Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto no 4.246, de 22 de maio de 2002, ou assim reconhecida pelo Estado brasileiro;
VII - refugiado - pessoa que tenha recebido proteção especial do Estado brasileiro, conforme previsto na Lei no 9.474, de 22 de julho de 1997; e
VIII - ano migratório - período de doze meses, contado da data da primeira entrada do visitante no território nacional, conforme disciplinado em ato do dirigente máximo da Polícia Federal.
PRINCIPIOS E DIRETRIZES
Art. 3 A política migratória brasileira rege-se pelos seguintes princípios e diretrizes: 
I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos; 
II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de discriminação; 
III - não criminalização da migração; 
IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a pessoa foi admitida
em território nacional; 
V - promoção de entrada regular e de regularização documental; 
VI - acolhida humanitária; 
VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e tecnológico do Brasil; 
VIII - garantia do direito à reunião familiar; 
IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares;
X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;
XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais, bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia, serviço bancário e seguridade social;
XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do migrante;
XIII - diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias e promoção da participação cidadã do migrante;
XIV - fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de pessoas;
XV - cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do migrante;
XVI - integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas públicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço;
XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente migrante;
XVIII - observância ao disposto em tratado;
XIX - proteção ao brasileiro no exterior;
XX - migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos inalienáveis de todas as pessoas;
XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil, nos termos da lei; e
XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.
 
I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos; 
* Declaração de Viena, 1993
=> supera a disputa ideológica entre os blocos capitalista e comunista que resultou na aprovação dos Pactos de Direitos Civis e Políticos e de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966).
=> Direitos Humanos: civis, políticos (1 geração), econômicos, sociais, culturais (2 geração, meio ambiente e direitos difusos (3 geração), e direito à diferença (4 geração).
* Agenda ONU 2030
* Segurança Humana
III - não criminalização da migração; 
* Mudança de paradigma no tratamento conferido ao estrangeiro, se comparado aos principios e regras do Estatuto do Estrangeiro (6.815-80), revogado pela Lei de Migração (13.445-17)
* Abolição da prisão como regra geral para garantir a efetivação de medidas de saída compulsória.
* Multas para situações antes sujeitas à aplicação de medida restritiva de liberdade, sem a garantia do processo legal.
* Repatriação: medida mais branda que a deportação, estabelecendo diferença no tratamento jurídico entre o "ingresso" irregular, e a "estadia" irregular.
VI - acolhida humanitária; 
* Modalidade de visto prevista em Resoluções Normativas do CNIg, inclusive para responder ao fluxo migratório dos haitianos após o terremoto de 2010.
* Não afasta a possibilidade de solicitação do reconhecimento da condição de refugiado, nos termos da Lei 9474-97.
* Discricionariedade do Poder Executivo e órgãos colegiados, tais como o CONARE e o DEMIG.
<http://www.justica.gov.br/central-de-atendimento/estrangeiros>
* CNIg => Departamento de Migrações da Secretaria Nacional de Justiça (DEMIG/SNJ)
VIII - garantia do direito à reunião familiar; 
* A reunião familiar é uma modalidade de permanência que visa à aproximação da família, mantendo a unidade de seus membros. Assim, um estrangeiro registrado como permanente, ou um brasileiro, assume a qualidade de chamante de um ente familiar que se enquadre na condição de dependente legal (chamado), conforme previsto na Resolução Normativa nº 108/14 do Conselho Nacional de Imigração.
<http://www.justica.gov.br/seus-direitos/migracoes/permanencia/permanencia-ao-dependente-legal-de-brasileiro-ou-de-estrangeiro-permanente-ou-temporario-residente-no-pais-2013-reuniao-familiar>
Art. 37. O visto ou a autorização de residência para fins de reunião familiar será concedido ao imigrante: (LEI DE MIGRAÇÃO)
I - cônjuge ou companheiro, sem discriminaçãoalguma;
II - filho de imigrante beneficiário de autorização de residência, ou que tenha filho brasileiro ou imigrante beneficiário de autorização de residência;
III - ascendente, descendente até o segundo grau ou irmão de brasileiro ou de imigrante beneficiário de autorização de residência; ou
IV - que tenha brasileiro sob sua tutela ou guarda.
REQUISITOS
A permanência com base em reunião familiar só será concedida ao estrangeiro que se encontrar com estada regular no País.
Requisitos exigidos aos interessados:
• ser dependente legal de cidadão brasileiro ou de estrangeiro registrado no País, e
• estar com estada regular à época do pedido.
Para efeitos de reunião familiar serão considerados dependentes legais:
• filhos solteiros, menores de 18 anos, ou maiores que comprovadamente sejam incapazes de prover o próprio sustento;
• ascendentes ou descendentes, desde que demonstrada a necessidade efetiva de amparo pelo interessado;
• irmão, neto ou bisneto se órfão, solteiro e menor de 18 anos, ou de qualquer idade, quando comprovada a incapacidade de prover o próprio sustento;
• cônjuge ou companheiro (a), em união estável, sem distinção de sexo, de cidadão brasileiro ou de estrangeiro temporário ou permanente no Brasil.
 
XIX - proteção ao brasileiro no exterior;
* Políticas Públicas para os Emigrantes
=> Art. 77, I, II, III, IV, V e VI (princípios e diretrizes para orientar as políticas públicas para os emigrantes brasileiros)
=> Art. 78 - 80 (Direitos dos Emigrantes brasileiros).
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/L13445.htm>
XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.
* PACTO INTERNACIONAL DE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS ICC-PR (1966):
=> ART. 13
* CONVENÇÃO AMERICANA (PACTO SAN JOSÉ DE COSTA RICA, 1969):
=> ART. 22 (9)
GARANTIAS
Art. 4o Ao migrante é garantida no território nacional, em condição de igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados:
I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos;
II - direito à liberdade de circulação em território nacional;
III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus filhos, familiares e dependentes;
IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos;
V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a outro país, observada a legislação aplicável;
VI - direito de reunião para fins pacíficos;
VII - direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos;
VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência social, nos termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de aplicação das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição migratória;
XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência econômica, na forma de regulamento;
XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados pessoais do migrante, nos termos da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011;
XIV - direito a abertura de conta bancária;
XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo enquanto pendente pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou de transformação de visto em autorização de residência; e
XVI - direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas para fins de regularização migratória.
§ 1o Os direitos e as garantias previstos nesta Lei serão exercidos em observância ao disposto na Constituição Federal, independentemente da situação migratória, observado o disposto no § 4o deste artigo, e não excluem outros decorrentes de tratado de que o Brasil seja parte.
§ 2o (VETADO).
§ 3o (VETADO).
§ 4o (VETADO).
IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
* Convenção de Haia sobre o Acesso Internacional à Justiça, 1980.
=> DECRETO Nº 8.343, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2014
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Decreto/D8343.htm>
* MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
=> "O acesso à justiça é um direito humano fundamental, o qual determina que os sistemas jurídicos devem ser acessíveis a todos, inclusive aos estrangeiros e aos não residentes em determinado Estado nacional. Nesses casos, o acesso à justiça é garantido por meio da cooperação jurídica internacional.
O Ministério da Justiça exercerá o papel de Autoridade Central brasileira para o trâmite de pedidos com base na Convenção por meio do seu Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), intermediando e centralizando as comunicações com as autoridades judiciais estrangeiras."
<http://www.justica.gov.br/news/brasileiros-garantem-acesso-a-justica-em-30-paises-com-convencao-de-haia>
CERD (1966)
ARTIGO 1.º
2. Esta Convenção não se aplicará ás distinções, exclusões, restrições e preferências feitas por um Estado Parte nesta Convenção entre cidadãos e não cidadãos.
3. Nada nesta Convenção poderá ser interpretado como afetando as disposições legais dos Estados Partes, relativas a nacionalidade, cidadania e naturalização, desde que tais disposições não discriminem contra qualquer nacionalidade particular.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4377.htm>
=> NÃO VEDA LEGISLAÇÃO DISCRIMINATÓRIA ENTRE NACIONAIS NATOS E NATURALIZADOS, E ENTRE NACIONAIS E ESTRANGEIROS.
DECRETO 9.199-17
Art. 2º Ao imigrante são garantidos os direitos previstos em lei, vedada a exigência de prova documental impossível ou descabida que dificulte ou impeça o exercício de seus direitos.
Parágrafo único. Os órgãos da administração pública federal revisarão procedimentos e normativos internos com vistas à observância ao disposto no caput.
Art. 3º É vedado denegar visto ou residência ou impedir o ingresso no País por motivo de etnia, religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política.
* DESBUROCRATIZAÇÃO
* DIDH (CERD)
* DEVIDO PROCESSO LEGAL
* PERTINÊNCIA A GRUPO SOCIAL (LGBT & ATORES NÃO ESTATAIS?)
DOS DIREITOS DA NACIONALIDADE
* ARTIGO 12, CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
* REGULAMENTAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
* PROCEDIMENTOS
OPÇÃO DE NACIONALIDADE
Art. 63. O filho de pai ou de mãe brasileiro nascido no exterior e que não tenha sido registrado em repartição consular poderá, a qualquer tempo, promover ação de opção de nacionalidade.
Parágrafo único. O órgão de registro deve informar periodicamente à autoridade competente os dados relativos à opção de nacionalidade, conforme regulamento.
* CF/88, Art. 12. São brasileiros: I - natos: (...) c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
=> "NACIONALIDADE POTESTATIVA";
=> "CONDIÇÃO SUSPENSIVA DE NACIONALIDADE";
=> EFEITOS RETROATIVOS;
=> SUSPENDE EVENTUAL PEDIDO DE EXTRADIÇÃO.
JURISPRUDÊNCIA CONSITUCIONAL
"São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que venham a residir no Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira. A opção pode ser feita a qualquer tempo, desde que venha o filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira, nascido no estrangeiro, a residir no Brasil. Essa opção somente pode ser manifestada depois de alcançada a maioridade. É que a opção, por decorrer da vontade, tem caráter personalíssimo. Exige-se, então, que ooptante tenha capacidade plena para manifestar a sua vontade, capacidade que se adquire com a maioridade. Vindo o nascido no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, a residir no Brasil, ainda menor, passa a ser considerado brasileiro nato, sujeita essa nacionalidade a manifestação da vontade do interessado, mediante a opção, depois de atingida a maioridade. Atingida a maioridade, enquanto não manifestada a opção, esta passa a constituir-se em condição suspensiva da nacionalidade brasileira." (RE 418.096, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 22-3-2005, Segunda Turma, DJ de 22-4-2005.) No mesmo sentido: RE 415.957, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 23-8-2005, Primeira Turma, DJ de 16-9-2005.
“Nacionalidade brasileira de quem, nascido no estrangeiro, é filho de pai ou mãe brasileiros, que não estivesse a serviço do Brasil: evolução constitucional e situação vigente. Na Constituição de 1946, até o termo final do prazo de opção – de quatro anos, contados da maioridade –, o indivíduo, na hipótese considerada, se considerava, para todos os efeitos, brasileiro nato sob a condição resolutiva de que não optasse a tempo pela nacionalidade pátria. Sob a Constituição de 1988, que passou a admitir a opção ‘em qualquer tempo’ – antes e depois da EC de revisão 3/1994, que suprimiu também a exigência de que a residência no País fosse fixada antes da maioridade, altera-se o status do indivíduo entre a maioridade e a opção: essa, a opção – liberada do termo final ao qual anteriormente subordinada –, deixa de ter a eficácia resolutiva que, antes, se lhe emprestava, para ganhar – desde que a maioridade a faça possível – a eficácia de condição suspensiva da nacionalidade brasileira, sem prejuízo – como é próprio das condições suspensivas –, de gerar efeitos ex tunc, uma vez realizada. A opção pela nacionalidade, embora potestativa, não é de forma livre: há de fazer-se em juízo, em processo de jurisdição voluntária, que finda com a sentença que homologa a opção e lhe determina a transcrição, uma vez acertados os requisitos objetivos e subjetivos dela. Antes que se complete o processo de opção, não há, pois, como considerá-lo brasileiro nato. (...) Pendente a nacionalidade brasileira do extraditando da homologação judicial ex tunc da opção já manifestada, suspende-se o processo extradicional (CPC art. 265, IV, a).” (AC 70-QO, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 25-9-2003, Plenário, DJ de 12-3-2004).
NATURALIZAÇÃO
Art. 64. A naturalização pode ser:
I - ordinária;
II - extraordinária;
III - especial; ou
IV - provisória.
Art. 71. O pedido de naturalização será apresentado e processado na forma prevista pelo órgão competente do Poder Executivo, sendo cabível recurso em caso de denegação.
§ 1º No curso do processo de naturalização, o naturalizando poderá requerer a tradução ou a adaptação de seu nome à língua portuguesa.
§ 2º Será mantido cadastro com o nome traduzido ou adaptado associado ao nome anterior.
Art. 72. No prazo de até 1 (um) ano após a concessão da naturalização, deverá o naturalizado comparecer perante a Justiça Eleitoral para o devido cadastramento.
Art. 73. A naturalização produz efeitos após a publicação no Diário Oficial do ato de naturalização.
=> Procedimento administrativo (Ministério da Justiça).
NATURALIZAÇÃO ORDINÁRIA
Art. 65. Será concedida a naturalização ordinária àquele que preencher as seguintes condições:
I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos;
III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e
IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei.
Art. 66. O prazo de residência fixado no inciso II do caput do art. 65 será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando preencher quaisquer das seguintes condições:
I - (VETADO);
II - ter filho brasileiro;
III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele separado legalmente ou de fato no momento de concessão da naturalização;
IV - (VETADO);
V - haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil; ou
VI - recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística.
Parágrafo único. O preenchimento das condições previstas nos incisos V e VI do caput será avaliado na forma disposta em regulamento. (RES. NORMATIVA & PORTARIA)
NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINÁRIA
Art. 67. A naturalização extraordinária será concedida a pessoa de qualquer nacionalidade fixada no Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeira a nacionalidade brasileira.
=> NATURALIZAÇÃO EXTRAORDINARIA. * ARTIGO 12, II, 'b'. "os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira."
JURISPRUDÊNCIA CONSTITUCIONAL. “O requerimento de aquisição da nacionalidade brasileira, previsto na alínea b do inciso II do art. 12 da Carta de Outubro, é suficiente para viabilizar a posse no cargo triunfalmente disputado mediante concurso público. Isso quando a pessoa requerente contar com quinze anos ininterruptos de residência fixa no Brasil, sem condenação penal. A portaria de formal reconhecimento da naturalização, expedida pelo ministro de Estado da Justiça, é de caráter meramente declaratório. Pelo que seus efeitos hão de retroagir à data do requerimento do interessado." (RE 264.848, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 29-6-2005, Primeira Turma, DJ de14-10-2005.) No mesmo sentido: RE 655.658-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, julgamento em 25-9-2012, Segunda Turma, DJE de 11-10-2012.
NATURALIZAÇÃO ESPECIAL
Art. 68. A naturalização especial poderá ser concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações:
I - seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou
II - seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos ininterruptos.
Art. 69. São requisitos para a concessão da naturalização especial:
I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e
III - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei.
=> Requisitos: não determina prazo mínimo de residência em território nacional.
=> "Extraterritorialidade": conjuge estrangeiro (5 +) ou funcionário (10 +).
NATURALIZAÇÃO PROVISÓRIA
Art. 70. A naturalização provisória poderá ser concedida ao migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em território nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e deverá ser requerida por intermédio de seu representante legal.
Parágrafo único. A naturalização prevista no caput será convertida em definitiva se o naturalizando expressamente assim o requerer no prazo de 2 (dois) anos após atingir a maioridade.
BRASILEIRO NATO & BRASILEIRO NATURALIZADO
ARTIGO 12: § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas;
VII - de Ministro de Estado da Defesa.
Art. 5, LI: “nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei”.
Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam:
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoriana Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução”.
Art. 222: “A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do capital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação”.
=> HIPÓTESES TAXATIVAS
=> ALTERAÇÃO APENAS VIA EMENDA CONSTITUCIONAL.
PERDA DA NACIONALIDADE BRASILEIRA
* CF/88: => Art. 12, § 4º: “Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional”.
* LEI DE MIGRAÇÃO (2017): Art. 75. O naturalizado perderá a nacionalidade em razão de condenação transitada em julgado por atividade nociva ao interesse nacional, nos termos do inciso I do § 4o do art. 12 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O risco de geração de situação de apatridia será levado em consideração antes da efetivação da perda da nacionalidade.
* Ação de Cancelamento de Naturalização: => A hipótese do art. 12, § 4º, I, é considerada espécie de perda-punição da nacionalidade brasileira derivada e deve ser efetivada pela via judicial por meio de ação proposta pelo MPF. Nesse caso, apenas ação rescisória poderá rever a nacionalidade, nunca novo processo de naturalização.
REAQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE
CF/88: Artigo 12, § 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis;
Art. 76. O brasileiro que, em razão do previsto no inciso II do § 4º do art. 12 da Constituição Federal, houver perdido a nacionalidade, uma vez cessada a causa, poderá readquiri-la ou ter o ato que declarou a perda revogado, na forma definida pelo órgão competente do Poder Executivo.
=> Reaquisição: naturalização ordinária (brasileiro naturalizado);
=> Ato revogado: status quo (brasileiro nato).
PERDA-SANÇÃO x PERDA MUDANÇA
Artigo 75 => "perda-sanção" (Art. 12, § 4º, I)
Artigo 76 => "perda-mudança" (Art. 12, § 4º, II)
* Perda-sanção:
=> Brasileiros naturalizados.
=> Ação de cancelamento de naturalização.
=> Trâmite na Justiça Federal.
* Perda-mudança:
=> Brasileiros natos e naturalizados.
=> Aquisição de nacionalidade derivada (secundária).
=> Procedimento administrativo (MJ)
=> Artigo 76: reaquisição & revogação do ato
Reaquisição (brasileiro naturalizado);
Revogação do ato que declarou a perda (brasileiro nato, se originária; brasileiro naturalizado, se secundária/adquirida/auxiliar).
ENTRADA
* VISTO & MERA EXPECTIVA DE DIREITO
*ESPÉCIES DE VISTOS
* VEDAÇÕES
*FISCALIZAÇÃO & IMPEDIMENTO DE INGRESSO
*DOCUMENTOS DE VIAGEM
*TAXAS E EMOLUMENTOS
*ACORDOS DE RECIPROCIDADE
VISTO
Documento concedido pelas embaixadas e consulados brasileiros no exterior que autoriza o ingresso e a estada de estrangeiros no Território Nacional, desde que satisfeitas as condições previstas na legislação de imigração vigente.
O visto configura mera expectativa de direito, vez que o ingresso ou a estada do estrangeiro no Brasil pode ser vedada pelas autoridades competentes. A concessão de visto é ato administrativo de competência do Ministério das Relações Exteriores.
www.justica.gov.br/seus-direitos/migracoes/permanencia/vistos/vistos
MERA EXPECTATIVA DE DIREITO
Art. 6 O visto é o documento que dá a seu titular expectativa de ingresso em território nacional.
Art. 35. A posse ou a propriedade de bem no Brasil não confere o direito de obter visto ou autorização de residência em território nacional, sem prejuízo do disposto sobre visto para realização de investimento.
* MERA EXPECTATIVA DE DIREITO
=> A AUTORIDADE FRONTEIRIÇA PODERÁ NEGAR A ENTRADA DE ESTRANGEIRO COM VISTO VÁLIDO.
=> AMPLA DISCRICIONARIEDADE DAS AUTORIDADES FEDERAIS, EM ESPECIAL DIPLOMÁTICAS, CONSULARES E FRONTEIRIÇAS.
AUTORIDADE COMPETENTE
Art. 7º O visto será concedido por embaixadas, consulados-gerais, consulados, vice-consulados e, quando habilitados pelo órgão competente do Poder Executivo, por escritórios comerciais e de representação do Brasil no exterior.
Parágrafo único. Excepcionalmente, os vistos diplomático, oficial e de cortesia poderão ser concedidos no Brasil.
DOS TIPOS DE VISTO
Art. 12. Ao solicitante que pretenda ingressar ou permanecer em território nacional poderá ser concedido visto:
I - de visita; (Art. 13)
II - temporário; (Art. 14)
III - diplomático; (Art. 15 a 18)
IV - oficial; (Art. 15 a 18)
V - de cortesia. (Art. 15 a 18)
* A Autoridade competente para conceder o visto (MRE) não se confunde com a competência do Poder Executivo (PR e MJ) para regulamentar os requisitos para a concessão do visto, e autorizar a conversão do visto de visita em temporário ou permamente;
* Nenhum tipo de visto garante a entrada no território nacional (mera expectativa de direito!!);
* Vistos - Diplomático (inclui o consular!), Oficial e Cortesia - sujeitam-se às regras da CVRD e CVRC (Art. 2, lex specialis + competência MRE).
VISTO DE VISITA
Art. 13. O visto de visita poderá ser concedido ao visitante que venha ao Brasil para estada de curta duração, sem intenção de estabelecer residência, nos seguintes casos:
I - turismo;
II - negócios;
III - trânsito;
IV - atividades artísticas ou desportivas; e
V - outras hipóteses definidas em regulamento.
Art. 13. § 1º É vedado ao beneficiário de visto de visita exercer atividade remunerada no Brasil.
§ 2º O beneficiário de visto de visita poderá receber pagamento do governo, de empregador brasileiro ou de entidade privada a título de diária, ajuda de custo, cachê, pró-labore ou outras despesas com a viagem, bem como concorrer a prêmios, inclusive em dinheiro, em competições desportivas ou em concursos artísticos ou culturais.
§ 3º O visto de visita não será exigido em caso de escala ou conexão em território nacional, desde que o visitante não deixe a área de trânsito internacional. (ART. 13, III – TRÂNSITO)
=> Turismo, negócios, trânsito, desportistas e artistas; vedação para exercer atividades remuneradas.
=> Hipóteses não taxativas.
DECRETO 9.199-17
Art. 20. O visto de visita terá prazo de estada de até noventa dias, prorrogáveis pela Polícia Federal por até noventa dias, desde que o prazo de estada máxima no País não ultrapasse cento e oitenta dias a cada ano migratório, ressalvado o disposto no § 7o do art. 29.
§ 1o A contagem do prazo de estada do visto de visita começará a partir da data da primeira entrada no território nacional e será suspensa sempre que o visitante deixar o território nacional.
§ 2o A prorrogação do prazo de estada do visto de visita somente poderá ser feita na hipótese de nacionais de países que assegurem reciprocidade de tratamento aos nacionais brasileiros.
§ 3o A Polícia Federal poderá, excepcionalmente, conceder prazo de estada inferior ao previsto no caput ou, a qualquer tempo, reduzir o prazo previsto de estada do visitante no País.
§ 4o A solicitação de renovação do prazo do visto de visita deverá ser realizada antes de expirado o prazo de estada original, hipótese em que deverão ser apresentados os seguintes documentos:
I - documento de viagem válido;
II - comprovante de recolhimento da taxa; e
III -formulário de solicitação de renovação do prazo disponibilizado pela Polícia Federal.
Art. 21. Ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública disciplinará os procedimentos para a renovação do prazo de estada do visitante.
* 90 + 90 (MAX. 180 DIAS)
VISTO TEMPORÁRIO
Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha ao Brasil com o intuito de estabelecer residência por tempo determinado e que se enquadre em pelo menos uma das seguintes hipóteses:
I - o visto temporário tenha como finalidade:
a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica; § 1 
b) tratamento de saúde; § 2
c) acolhida humanitária; § 3 
d) estudo; § 4
e) trabalho; § 5 
f) férias-trabalho; § 6 
g) prática de atividade religiosa ou serviço voluntário;
h) realização de investimento ou de atividade com relevância econômica, social, científica, tecnológica ou cultural;
i) reunião familiar; (+ Art. 37 + Res. Nor. CNIg)
j) atividades artísticas ou desportivas com contrato por prazo determinado;
II - o imigrante seja beneficiário de tratado em matéria de vistos;
III - outras hipóteses definidas em regulamento.
=> NÃO TAXATIVO;
=> MERA EXPECTATIVA DE DIREITO;
=> Prazo: Art. 9 (Regulamento).
VISTO TEMPORÁRIO
§ 1º O visto temporário para pesquisa, ensino ou extensão acadêmica poderá ser concedido ao imigrante com ou sem vínculo empregatício com a instituição de pesquisa ou de ensino brasileira, exigida, na hipótese de vínculo, a comprovação de formação superior compatível ou equivalente reconhecimento científico.
§ 2o O visto temporário para tratamento de saúde poderá ser concedido ao imigrante e a seu acompanhante, desde que o imigrante comprove possuir meios de subsistência suficientes.
§ 3o O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida ou ao nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente instabilidade institucional, de conflito armado, de calamidade de grande proporção, de desastre ambiental ou de grave violação de direitos humanos ou de direito internacional humanitário, ou em outras hipóteses, na forma de regulamento.
§ 4o O visto temporário para estudo poderá ser concedido ao imigrante que pretenda vir ao Brasil para frequentar curso regular ou realizar estágio ou intercâmbio de estudo ou de pesquisa.
§ 5o Observadas as hipóteses previstas em regulamento, o visto temporário para trabalho poderá ser concedido ao imigrante que venha exercer atividade laboral, com ou sem vínculo empregatício no Brasil, desde que comprove oferta de trabalho formalizada por pessoa jurídica em atividade no País, dispensada esta exigência se o imigrante comprovar titulação em curso de ensino superior ou equivalente.
§ 6o O visto temporário para férias-trabalho poderá ser concedido ao imigrante maior de 16 (dezesseis) anos que seja nacional de país que conceda idêntico benefício ao nacional brasileiro, em termos definidos por comunicação diplomática.
§ 7o Não se exigirá do marítimo que ingressar no Brasil em viagem de longo curso ou em cruzeiros marítimos pela costa brasileira o visto temporário de que trata a alínea “e” do inciso I do caput, bastando a apresentação da carteira internacional de marítimo, nos termos de regulamento.
§ 8o É reconhecida ao imigrante a quem se tenha concedido visto temporário para trabalho a possibilidade de modificação do local de exercício de sua atividade laboral.
§ 9o O visto para realização de investimento poderá ser concedido ao imigrante que aporte recursos em projeto com potencial para geração de empregos ou de renda no País.
§ 10. (VETADO).
=> Art. 14, §3 - não taxativos - Afasta a aplicação subsidiária do Estatuto do Refugiado ???
=> Art. 4, II (Liberdade de Circulação).
=> DECRETO 9.199-17 (ART. 23 - 50 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9199.htm>
VISTO PARA FINS DE REUNIÃO DE FAMÍLIA
Art. 37. O visto ou a autorização de residência para fins de reunião familiar será concedido ao imigrante:
I - cônjuge ou companheiro, sem discriminação alguma;
II - filho de imigrante beneficiário de autorização de residência, ou que tenha filho brasileiro ou imigrante beneficiário de autorização de residência;
III - ascendente, descendente até o segundo grau ou irmão de brasileiro ou de imigrante beneficiário de autorização de residência; ou
IV - que tenha brasileiro sob sua tutela ou guarda.
Parágrafo único. (VETADO).
=>Art. 3, VIII + Art. 4, III => aplicáveis apenas na autorização de residência, pois o VISTO é MERA EXPECTATIVA DE DIREITO.
=> Resoluções Normativas do CNIg – 108, 77.
=> Autorização de Residência: Art. 30, I, ‘i’) *PERMANENCIA
DOS VISTOS DIPLOMÁTICO, OFICIAL & CORTESIA
Art. 15. Os vistos diplomático, oficial e de cortesia serão concedidos, prorrogados ou dispensados na forma desta Lei e de regulamento.
Parágrafo único. Os vistos diplomático e oficial poderão ser transformados em autorização de residência, o que importará cessação de todas as prerrogativas, privilégios e imunidades decorrentes do respectivo visto.
Art. 16. Os vistos diplomático e oficial poderão ser concedidos a autoridades e funcionários estrangeiros que viajem ao Brasil em missão oficial de caráter transitório ou permanente, representando Estado estrangeiro ou organismo internacional reconhecido.
§ 1o Não se aplica ao titular dos vistos referidos no caput o disposto na legislação trabalhista brasileira.
§ 2o Os vistos diplomático e oficial poderão ser estendidos aos dependentes das autoridades referidas no caput.
Art. 17. O titular de visto diplomático ou oficial somente poderá ser remunerado por Estado estrangeiro ou organismo internacional, ressalvado o disposto em tratado que contenha cláusula específica sobre o assunto.
Parágrafo único. O dependente de titular de visto diplomático ou oficial poderá exercer atividade remunerada no Brasil, sob o amparo da legislação trabalhista brasileira, desde que seja nacional de país que assegure reciprocidade de tratamento ao nacional brasileiro, por comunicação diplomática.
Art. 18. O empregado particular titular de visto de cortesia somente poderá exercer atividade remunerada para o titular de visto diplomático, oficial ou de cortesia ao qual esteja vinculado, sob o amparo da legislação trabalhista brasileira.
Parágrafo único. O titular de visto diplomático, oficial ou de cortesia será responsável pela saída de seu empregado do território nacional.
=> Atos de gestão: Art. 114, I CF88 (OBRIGATÓRIO CLT PARA EMPREGADO PARTICULAR) - 18
=> Dependente: atividade remunerada se houver reciprocidade. - 17
=> “Saída Compulsória”: persona non grata (CVRD & CVRC) – 18, PARA. ÚNICO.
=> DECRETO 9.199-17 (ART. 51-57 <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9199.htm>
DECRETO 9.199-17
Art. 22. O prazo inicial de estada dos portadores de vistos temporários, diplomáticos, oficiais e de cortesia será igual ao seu prazo de validade.
Parágrafo único. O prazo inicial de estada do visto temporário não se confunde com o prazo da autorização de residência.
Art. 23. O disposto no art. 20 poderá ser aplicado aos nacionais de países isentos de vistos para visitar o País.
Parágrafo único. Prazos de estada e de contagem distintos daqueles previstos no art. 20 poderão ser estabelecidos, observada a reciprocidade de tratamento a nacionais brasileiros.
* ARTIGO 20 (90 + 90)
VEDAÇÕES & IMPEDIMENTO DE INGRESSO
Art. 10. Não se concederá visto:
I - a quem não preencher os requisitos para o tipo de visto pleiteado; (Art. 9)
II - a quem comprovadamente ocultar condição impeditiva de concessão de visto ou de ingresso no País; ou (Art. 45)
III - a menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou sem autorização de viagem por escrito dos responsáveis legais ou de autoridade competente.
Art. 11. Poderá ser denegado visto a quem se enquadrar em pelo menos um dos casos de impedimento definidos nos incisos I, II, III, IV e IX do art. 45.
Parágrafo único. A pessoa que tiver visto brasileiro denegado será impedida de ingressar no País enquanto permanecerem as condições que ensejaram a denegação.
Art. 45. Poderá ser impedida de ingressarno País, após entrevista individual e mediante ato fundamentado, a pessoa:
I - anteriormente expulsa do País, enquanto os efeitos da expulsão vigorarem;
II - condenada ou respondendo a processo por ato de terrorismo ou por crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto no 4.388, de 25 de setembro de 2002;
III - condenada ou respondendo a processo em outro país por crime doloso passível de extradição segundo a lei brasileira;
IV - que tenha o nome incluído em lista de restrições por ordem judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil perante organismo internacional;
IX - que tenha praticado ato contrário aos princípios e objetivos dispostos na Constituição Federal.
Parágrafo único. Ninguém será impedido de ingressar no País por motivo de raça, religião, nacionalidade, pertinência a grupo social ou opinião política.
FISCALIZAÇÃO
Art. 38. As funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteira serão realizadas pela Polícia Federal nos pontos de entrada e de saída do território nacional.
Parágrafo único. É dispensável a fiscalização de passageiro, tripulante e estafe de navio em passagem inocente, exceto quando houver necessidade de descida de pessoa a terra ou de subida a bordo do navio.
Art. 39. O viajante deverá permanecer em área de fiscalização até que seu documento de viagem tenha sido verificado, salvo os casos previstos em lei.
* DECRETO 9.199-17 (ART. 164 - 177)
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9199.htm>
ADMISSÃO EXCEPCIONAL
Art. 40. Poderá ser autorizada a admissão excepcional no País de pessoa que se encontre em uma das seguintes condições, desde que esteja de posse de documento de viagem válido:
I - não possua visto;
II - seja titular de visto emitido com erro ou omissão;
III - tenha perdido a condição de residente por ter permanecido ausente do País na forma especificada em regulamento e detenha as condições objetivas para a concessão de nova autorização de residência;
IV - (VETADO); ou
V - seja criança ou adolescente desacompanhado de responsável legal e sem autorização expressa para viajar desacompanhado, independentemente do documento de viagem que portar, hipótese em que haverá imediato encaminhamento ao Conselho Tutelar ou, em caso de necessidade, a instituição indicada pela autoridade competente.
Parágrafo único. Regulamento poderá dispor sobre outras hipóteses excepcionais de admissão, observados os princípios e as diretrizes desta Lei.
Art. 41. A entrada condicional, em território nacional, de pessoa que não preencha os requisitos de admissão poderá ser autorizada mediante a assinatura, pelo transportador ou por seu agente, de termo de compromisso de custear as despesas com a permanência e com as providências para a repatriação do viajante.
Art. 42. O tripulante ou o passageiro que, por motivo de força maior, for obrigado a interromper a viagem em território nacional poderá ter seu desembarque permitido mediante termo de responsabilidade pelas despesas decorrentes do transbordo.
Art. 43. A autoridade responsável pela fiscalização contribuirá para a aplicação de medidas sanitárias em consonância com o Regulamento Sanitário Internacional e com outras disposições pertinentes.
DOCUMENTOS DE VIAGEM
Art. 5o São documentos de viagem:
I - passaporte;
II - laissez-passer;
III - autorização de retorno;
IV - salvo-conduto;
V - carteira de identidade de marítimo;
VI - carteira de matrícula consular;
VII - documento de identidade civil ou documento estrangeiro equivalente, quando admitidos em tratado;
VIII - certificado de membro de tripulação de transporte aéreo; e
IX - outros que vierem a ser reconhecidos pelo Estado brasileiro em regulamento.
§ 1o Os documentos previstos nos incisos I, II, III, IV, V, VI e IX, quando emitidos pelo Estado brasileiro, são de propriedade da União, cabendo a seu titular a posse direta e o uso regular.
§ 2o As condições para a concessão dos documentos de que trata o § 1o serão previstas em regulamento.
TAXAS E EMOLUMENTOS
Art. 8o Poderão ser cobrados taxas e emolumentos consulares pelo processamento do visto.
DECRETO 9.199-17
Art. 13. Taxas e emolumentos consulares serão cobrados pelo processamento do visto, em conformidade com o disposto no Anexo à Lei no 13.445, de 2017, respeitadas as hipóteses de isenção.
§ 1o Os valores das taxas e dos emolumentos consulares poderão ser ajustados pelo Ministério das Relações Exteriores, de forma a preservar o interesse nacional ou a assegurar a reciprocidade de tratamento.
§ 2o Emolumentos consulares não serão cobrados pela concessão de:
I - vistos diplomáticos, oficiais e de cortesia; e
II - vistos em passaportes diplomáticos, oficiais ou de serviço, ou documentos equivalentes, observada a reciprocidade de tratamento a titulares de documento de viagem similar ao brasileiro.
§ 3o A isenção da cobrança de taxas a que se refere o § 2o será implementada pelo Ministério das Relações Exteriores, por meio de comunicação diplomática.
=> Regulamentação por meio do Decreto 9.199-17, resoluções normativas do CNIg ou Portaria do Poder Executivo.
=> A concessão de vistos para autorizar a entrada de estrangeiros – diferente da autorização de residência – se opera, em regra, no exterior.
=> Após o ingresso, inclusive na hipótese em que há isenção de visto de visita em virtude de acordo de reciprocidade - a autoridade competente para regularizar a situação jurídica ou solicitar autorização de residência é o Ministério da Justiça.
ACORDOS DE RECIPROCIDADE & PRAZOS
Art. 9o Regulamento disporá sobre:
I - requisitos de concessão de visto, bem como de sua simplificação, inclusive por reciprocidade;
II - prazo de validade do visto e sua forma de contagem;
III - prazo máximo para a primeira entrada e para a estada do imigrante e do visitante no País;
IV - hipóteses e condições de dispensa recíproca ou unilateral de visto e de taxas e emolumentos consulares por seu processamento; e
V - solicitação e emissão de visto por meio eletrônico.
Parágrafo único. A simplificação e a dispensa recíproca de visto ou de cobrança de taxas e emolumentos consulares por seu processamento poderão ser definidas por comunicação diplomática.
* DECRETO 9.199-17
PERMANÊNCIA
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
=> ARTIGO 5, caput: "estrangeiros residentes".
=> Princípios, diretrizes e garantias (Lei de Migração)
AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA
Art. 30. A residência poderá ser autorizada, mediante registro, ao imigrante, ao residente fronteiriço ou ao visitante que se enquadre em uma das seguintes hipóteses:
I - a residência tenha como finalidade:
a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;
b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
d) estudo;
e) trabalho;
f) férias-trabalho;
g) prática de atividade religiosa ou serviço voluntário;
h) realização de investimento ou de atividade com relevância econômica, social, científica, tecnológica ou cultural;
i) reunião familiar;
II - a pessoa:
a) seja beneficiária de tratado em matéria de residência e livre circulação;
b) seja detentora de oferta de trabalho;
c) já tenha possuído a nacionalidade brasileira e não deseje ou não reúna os requisitos para readquiri-la;
d) (VETADO);
e) seja beneficiária de refúgio, de asilo ou de proteção ao apátrida;
f) seja menor nacional de outro país ou apátrida, desacompanhado ou abandonado, que se encontre nas fronteiras brasileiras ou em território nacional;
g) tenha sido vítima de tráfico de pessoas, de trabalho escravo ou de violação de direito agravada por sua condição migratória;
h) esteja em liberdade provisória ou em cumprimento de pena no Brasil;
III - outras hipóteses definidas em regulamento.
§ 1o Não se concederá a autorização de residência a pessoa condenada criminalmente no Brasilou no exterior por sentença transitada em julgado, desde que a conduta esteja tipificada na legislação penal brasileira, ressalvados os casos em que:
I - a conduta caracterize infração de menor potencial ofensivo;
II - (VETADO); ou
III - a pessoa se enquadre nas hipóteses previstas nas alíneas “b”, “c” e “i” do inciso I e na alínea “a” do inciso II do caput deste artigo.
§ 2o O disposto no § 1o não obsta progressão de regime de cumprimento de pena, nos termos da Lei no 7.210, de 11 de julho de 1984, ficando a pessoa autorizada a trabalhar quando assim exigido pelo novo regime de cumprimento de pena.
§ 3o Nos procedimentos conducentes ao cancelamento de autorização de residência e no recurso contra a negativa de concessão de autorização de residência devem ser respeitados o contraditório e a ampla defesa.
RESIDENTE FRONTEIRIÇO
Art. 23. A fim de facilitar a sua livre circulação, poderá ser concedida ao residente fronteiriço, mediante requerimento, autorização para a realização de atos da vida civil.
Parágrafo único. Condições específicas poderão ser estabelecidas em regulamento ou tratado.
Art. 24. A autorização referida no caput do art. 23 indicará o Município fronteiriço no qual o residente estará autorizado a exercer os direitos a ele atribuídos por esta Lei.
§ 1o O residente fronteiriço detentor da autorização gozará das garantias e dos direitos assegurados pelo regime geral de migração desta Lei, conforme especificado em regulamento.
§ 2o O espaço geográfico de abrangência e de validade da autorização será especificado no documento de residente fronteiriço.
Art. 25. O documento de residente fronteiriço será cancelado, a qualquer tempo, se o titular:
I - tiver fraudado documento ou utilizado documento falso para obtê-lo;
II - obtiver outra condição migratória;
III - sofrer condenação penal; ou
IV - exercer direito fora dos limites previstos na autorização.
 
PRAZOS, TAXAS & CANCELAMENTO
Art. 31. Os prazos e o procedimento da autorização de residência de que trata o art. 30 serão dispostos em regulamento, observado o disposto nesta Lei.
§ 1o Será facilitada a autorização de residência nas hipóteses das alíneas “a” e “e” do inciso I do art. 30 desta Lei, devendo a deliberação sobre a autorização ocorrer em prazo não superior a 60 (sessenta) dias, a contar de sua solicitação.
§ 2o Nova autorização de residência poderá ser concedida, nos termos do art. 30, mediante requerimento.
§ 3o O requerimento de nova autorização de residência após o vencimento do prazo da autorização anterior implicará aplicação da sanção prevista no inciso II do art. 109.
§ 4o O solicitante de refúgio, de asilo ou de proteção ao apátrida fará jus a autorização provisória de residência até a obtenção de resposta ao seu pedido.
§ 5o Poderá ser concedida autorização de residência independentemente da situação migratória.
Art. 32. Poderão ser cobradas taxas pela autorização de residência.
Art. 33. Regulamento disporá sobre a perda e o cancelamento da autorização de residência em razão de fraude ou de ocultação de condição impeditiva de concessão de visto, de ingresso ou de permanência no País, observado procedimento administrativo que garanta o contraditório e a ampla defesa.
Art. 34. Poderá ser negada autorização de residência com fundamento nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III, IV e IX do art. 45. (CONDIÇÕES IMPEDITIVAS – ENTRADA)
Art. 35. A posse ou a propriedade de bem no Brasil não confere o direito de obter visto ou autorização de residência em território nacional, sem prejuízo do disposto sobre visto para realização de investimento. (MERA EXPECTATIVA DE DIREITO – ENTRADA)
Art. 36. O visto de visita ou de cortesia poderá ser transformado em autorização de residência, mediante requerimento e registro, desde que satisfeitos os requisitos previstos em regulamento.
DECRETO 9.199-17
* ART. 123 – 163. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9199.htm>
APÁTRIDA
Art. 26. Regulamento disporá sobre instituto protetivo especial do apátrida, consolidado em processo simplificado de naturalização.
§ 1o O processo de que trata o caput será iniciado tão logo seja reconhecida a situação de apatridia.
§ 2o Durante a tramitação do processo de reconhecimento da condição de apátrida, incidem todas as garantias e mecanismos protetivos e de facilitação da inclusão social relativos à Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas de 1954, promulgada pelo Decreto nº 4.246, de 22 de maio de 2002, à Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados, promulgada pelo Decreto no 50.215, de 28 de janeiro de 1961, e à Lei no 9.474, de 22 de julho de 1997.
§ 3o Aplicam-se ao apátrida residente todos os direitos atribuídos ao migrante relacionados no art. 4o.
§ 4o O reconhecimento da condição de apátrida assegura os direitos e garantias previstos na Convenção sobre o Estatuto dos Apátridas, de 1954, promulgada pelo Decreto no 4.246, de 22 de maio de 2002, bem como outros direitos e garantias reconhecidos pelo Brasil.
§ 5o O processo de reconhecimento da condição de apátrida tem como objetivo verificar se o solicitante é considerado nacional pela legislação de algum Estado e poderá considerar informações, documentos e declarações prestadas pelo próprio solicitante e por órgãos e organismos nacionais e internacionais.
§ 6o Reconhecida a condição de apátrida, nos termos do inciso VI do § 1o do art. 1o, o solicitante será consultado sobre o desejo de adquirir a nacionalidade brasileira.
§ 7o Caso o apátrida opte pela naturalização, a decisão sobre o reconhecimento será encaminhada ao órgão competente do Poder Executivo para publicação dos atos necessários à efetivação da naturalização no prazo de 30 (trinta) dias, observado o art. 65.
§ 8o O apátrida reconhecido que não opte pela naturalização imediata terá a autorização de residência outorgada em caráter definitivo.
§ 9o Caberá recurso contra decisão negativa de reconhecimento da condição de apátrida.
§ 10. Subsistindo a denegação do reconhecimento da condição de apátrida, é vedada a devolução do indivíduo para país onde sua vida, integridade pessoal ou liberdade estejam em risco.
§ 11. Será reconhecido o direito de reunião familiar a partir do reconhecimento da condição de apátrida.
§ 12. Implica perda da proteção conferida por esta Lei:
I - a renúncia;
II - a prova da falsidade dos fundamentos invocados para o reconhecimento da condição de apátrida; ou
III - a existência de fatos que, se fossem conhecidos por ocasião do reconhecimento, teriam ensejado decisão negativa.
=> DECRETO 9.199-17 (ART. 95 - 107) <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9199.htm>
ASILO POLÍTICO
Art. 27. O asilo político, que constitui ato discricionário do Estado, poderá ser diplomático ou territorial e será outorgado como instrumento de proteção à pessoa.
Parágrafo único. Regulamento disporá sobre as condições para a concessão e a manutenção de asilo.
Art. 28. Não se concederá asilo a quem tenha cometido crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de guerra ou crime de agressão, nos termos do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado pelo Decreto no 4.388, de 25 de setembro de 2002.
Art. 29. A saída do asilado do País sem prévia comunicação implica renúncia ao asilo.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
X - concessão de asilo político.
=> Asilo Diplomático x Asilo Político.
=> Saída sem comunicação prévia = renúncia à condição de asilado.
=> Limites para a concessão: crimes internacionais (Estauto do TPI).
=> DECRETO 9.199-17 (ART. 108 - 118) <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/D9199.htm>
ASILO DIPLOMÁTICO x ASILO POLITICO
ESTADO ESTRANGEIRO
EMBAIXADA
ASILO DIPLOMÁTICO
SALVO-CONDUTO
ASILO POLÍTICO
* TERRITÓRIO DO ESTADO QUE CONCEDE O ASILO
* ATO CONSTITUTIVO
* AUTORIZAÇÃO DE RESIDÊNCIA
REFÚGIO & ASILO
ESTATUTO DO REFUGIADO LEI 9474/97
CONCEITO
Art. 1º Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que:
I - devido a fundados temores de perseguição

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