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QUEIXA CRIME CASO 01

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE GOIÂNIA GO
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GERUZA CHEIROSA, (nacionalidade), divorciada, (profissão), residente e domiciliada na Rua das Charmosas, nº 01, Bairro Curitiba – Etapa 35, Goiânia GO, por seu Advogado que subscreve (M.J), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME, em face de ANTA SEM NOÇÃO, (nacionalidade), divorciado, (profissão), residente e domiciliado na Rua xxx, com fulcro o artigo 30, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
No dia 20 de março de 2020, por volta das 10:15 hs, a querelante estava em seu dia de folga em sua casa, junto com suas três filhas, fruto de um casamento que durou dez anos com o querelado e que estão divorciados há dois anos e três meses.
Nesse período de divórcio, foi estabelecido um acordo judicial em que as visitas poderiam ser feitas somente nos finais de semana com horário combinado com a quelerante, pois seria uma visita assistida
Então o querelado desobedecendo o que foi acordado, resolveu bater na porta da querelada exigindo ver suas filhas. 
Como não era o período de ocorrer a visita, importunando-a, a querelante não autorizou a entrada do querelado em sua residência, por conta do comportamento, apresentando sinais de embriaguez.
Com todo esse ocorrido, a querelante foi surpreendida com o querelado fazendo escândalos, e começou a xingar de “ vaca véia e vagabunda “. Como isso tudo aconteceu em frente a residência da querelante, seus vizinhos Giel Brito, Maria Brito, Benedito Souza e Carlos Ambrósio, presenciaram o ocorrido e confirmaram os fatos em termo circunstânciado que foi instaurado junto ao 1º Distrito Policial que, aliás, foi enviado ao Juízo da 1ª Vara Criminal de Goiânia, tendo sido registrado sob nº 0012345-67.2020.8.26.0361 e encontra-se em Cartório aguardando provocação do ofendido.
Toda essas repercussão das ofensas causou um enorme abalo emocional a querelante, de tal modo que não conseguia olhar para seus vizinhos de tanta vergonha, pela situação ocorrida.
Por tamanho dano à sua honra, a querelante instaurou inquérito policial para maiores averiguações.
Sendo crime praticado em ofensa a honra subjetiva da vítima, a “qual designa o sentimento da própria dignidade moral, nascido da consciência de nossas virtudes ou de nosso valor moral, isto é, a honra em sentido estrito.
Em uma única ocasião, o querelado dirigiu-se diretamente à vítima, e é nela que se observa a prática do crime de injúria, cuja tipificação penal encontra-se infra
Dispõe o artigo. 140°, caput, do Código Penal:
“Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena detenção, de um a seis meses, ou multa”.
De acordo com o referido artigo, a simples imputação de fato, verídico ou não, que venha a causar danos em relação a honra do sujeito a quem o fato diz respeito, constitui crime de pequeno potencial ofensivo, ou seja, crimes em que a pena máxima, em abstrato, não ultrapasse 2 anos, estabelecendo-se, assim, o Juizado Especial Criminal competente para julgar esta ação, conforme disposto na Lei 9099/95 em seu artigo 61.
O objetivo do querelado não poderia ser outro senão humilhar e rasgar a dignidade da querelante. Tal fato fora alcançado, pois desta forma a querelante sentira imenso dissabor, não pela publicidade dada àquelas acusações, mas por ter sido xingada de tal forma.
O Código Penal dispõe, ainda, em seu artigo 141, inciso III: 
“Art. 141 – As penas cominadas neste Capitulo aumentam-se de 1/3 (um terço), se qualquer dos crimes é cometido: 
III – na presença de várias, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria; ”
Nesse sentido, vale ressaltar que o querelado, além de cometer crime contra a honra, previsto artigo 140, caput, o fez para que os vizinhos escutassem, gritando alto para todos que estavam na rua, razão pela qual deve incidir na causa de aumento de pena descrita no artigo 141, inciso III, do Código Penal.
Cabe dizer ainda que, em conformidade ao artigo 145 do Código Penal, este tipo penal somente se procede mediante Ação Penal Privada, eis o porquê do oferecimento da presente Queixa-Crime.
Nada obstante, é nótorio o dolo específico do querelado, na clara intenção de manchar a imagem da sua ex mulher, ora querelante, alvo de injúria cometida na frente de seus vizinhos.
Assim sendo, o querelado cometeu o crime de injúria no artigo 140 do Código Penal, incidindo, ainda, na causa de aumento prevista no artigo 141, inciso III, do mesmo código.
Diante o exposto, requer à Vossa Excelência, após a manifestação do Ministério Público, o recebimento, processamento e autuação da presente queixa-crime, citando-se o querelado para responder aos termos da presente ação penal, sob os artigos citados. Requer, outrossim a notificação e oitiva das testemunhas a seguir arroladas.
ROL DE TESTEMUNHAS 
1) Giel Brito, endereço
2) Maria Brito, endereço
3) Benedito Souza, endereço
4) Carlos Ambrósio, endereço
Pede deferimento. 
Local e data. 
ADVOGADO
OAB

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