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Atividade 2 - Queixa-crime

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AO JUÍZO DA __ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE __ 
Genésio da Silva, (nacionalidade), (estado civil), juiz de Direito, portador da cédula de identidade (RG) n., inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) sob n., com endereço eletrônico…, domiciliado em…, onde reside na rua (endereço completo), por seu advogado que esta subscreve (conforme procuração com poderes especiais anexa – art. 44 do CPP), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, oferecer queixa-crime, com fundamento no art. 100, § 2°, do CP, e arts. 30, 41 e 44, todos do CPP, contra Manoel Pimentel, (nacionalidade), (estado civil), advogado, RG n., CPF n., com endereço eletrônico…, domiciliado em…, onde reside na rua (endereço completo), pelas razões de fato e de direto a seguir expostas.
De acordo com o averiguado, no dia 8 de setembro de 2016 o ora querelado, ao conceder entrevista a uma emissora de rádio, imputou falsamente o crime de corrupção ativa ao querelante, incorrendo assim no crime de calúnia.
Acontece que, o querelado afirmou que o querelante solicitou a este a importância de R$50.000,00 com o intuito de aproveitar-se de suas atribuições como juiz de Direito e, mediante compensação pecuniária, absolver um cliente seu que estava sendo processado pelo crime de roubo. O que, como já dito anteriormente, configura o crime de corrupção passiva, disposto no art. 317 do Código Penal. 
De início, faz-se importante mencionar que o querelante possui legitimidade para oferecer a presente, uma vez que, em se tratando de crimes contra a honra em face daqueles que sejam detentores de cargo público, resta configurada a modalidade de legitimidade concorrente para o oferecimento da queixa-crime. Nesse mesmo sentido a súmula 714 do STF aponta que “é concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções”.
Há que se observar que, resta claro nas palavras do querelado que a imputação do crime versado no art. 317 do Código Penal é notoriamente falsa e, dessa maneira, constata-se que o antes mencionado querelado incorreu no crime de calúnia (art. 138 do Código Penal).
Verifica-se, ainda, que o querelado incidiu nas causas de aumento de pena dispostas nos incisos II e III do art. 141 do Código Penal, haja vista que o querelante é detentor de cargo público e o crime a este imputado ocorreu em razão do exercício de suas funções. Ademais, ao proferir tais palavras num meio de comunicação de longo alcance, as acusações feitas podem ser amplamente divulgadas, vindo a atentar ainda mais contra a honra do querelante.
Dos pedidos e requerimentos
Diante do exposto pede e requer o querelante: 
a) Seja autuada e recebida a presente queixa-crime, determinando-se a citação do querelado para que seja processado e, ao final, condenado nas penas do crime previsto no art. 138, cumulado com o art. 141, II e III, ambos do CP. 
b) A fixação do valor mínimo da indenização pelos danos sofridos (art. 387, IV, do CPP), bem como a condenação do querelado ao pagamento das custas e demais despesas processuais. 
O querelante requer a intimação das testemunhas abaixo arroladas para que sejam ouvidas em audiência. 
Requer também a designação da audiência prevista no art. 520 do Código de Processo Penal. 
1. Testemunha;
2. Testemunha;
3. Testemunha;
4. Testemunha;
5. Testemunha.
Termos em que,
pede deferimento.
Local, 7 de março de 2017.
Advogado
OAB n.

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