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Caderno - Direitos Humanos

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Unidade 1 - Visão Introdutória Dos 
Direitos Humanos 
 
 
 
Nessa unidade responderemos as 
seguintes questões: 
 Quais Foram Os Órgãos e Institutos 
Mais Importantes Para a 
Internacionalização Dos Direitos 
Humanos? 
R.: No período anterior à Segunda 
Guerra Mundial, os órgãos mais 
importantes foram a Liga das Nações 
e a Organização Internacional do 
Trabalho. O instituto jurídico mais 
importante foi o direito humanitário. 
Após a Segunda Guerra Mundial, dois 
órgãos devem ser igualmente 
destacados: O Tribunal de Nuremberg 
e a Organização das Nações Unidas – 
ONU. 
 Dentre as Características dos Direitos 
Humanos Está a Universalidade. Há 
de Fato Direitos Humanos 
Universais? 
R.: Direitos humanos são válidos em 
todos os lugares. Para os relativistas, 
o direito é produto da cultura, 
portanto, tão variável quanto ela. 
 Qual a Importância Histórica e 
Jurídica Dos Órgãos Ligados às 
Nações Unidas Para a 
Internacionalização a Afirmação dos 
Direitos Humanos Por Meio dos 
Acordos Multilaterais? 
R.: Vários desses órgãos foram 
decisivos para a liberdade de certos 
povos, tais como o Conselho de 
Tutela, que deu assistência aos 
processos de descolonização de 
diversos países da Ásia e da África, e 
a Assembleia Geral, ao aprovar uma 
série de Convenções Internacionais, 
que tornaram os direitos exarados na 
Declaração Universal dos Direitos 
Humanos obrigações juridicamente 
vinculantes. 
 
 
 
 
 
A educação em direitos humanos consiste em um dos 
grandes desafios da educação como um todo. Construir o 
saber acadêmico é, também, construir as bases que 
transcendem as noções mais comuns daquilo que se 
costuma chamar de formação técnica. O saber como um 
todo deve se pautar por preocupações que coloquem a 
pessoa humana como fundamento central do 
conhecimento, observando a importância da igualdade, da 
liberdade e da solidariedade como vetores de toda e 
qualquer construção de conhecimento, seja ele geral ou 
técnico. 
 
Esta primeira unidade aborda os direitos humanos em 
seus conceitos básicos e gerais, procurando fornecer uma 
visão conceitual ampla, bem como caracterizar o objeto e 
destacar os principais órgãos de proteção aos direitos 
humanos em âmbito internacional. 
 
A disciplina Direitos Humanos, frequentemente associada 
às questões penais, precisa ser estudada a partir de seus 
contornos jurídicos, ser entendida com base em seu 
processo de construção histórica e compreendida como o 
ramo jurídico que estuda os direitos sem os quais os 
demais não fariam sentido. Assim, por exemplo, não fará 
sentido a liberdade de estipulação negocial estudada pelo 
direito civil, se antes não forem assegurados os direitos à 
vida e à integridade física. Da mesma forma, o princípio da 
autonomia, da vontade, só faz sentido se ao praticar um 
ato jurídico, a pessoa humana tenha garantidos, por 
exemplo, os direitos como a liberdade e algum nível de 
educação, que lhe permita entender o ato a praticar. Em 
síntese, os direitos humanos estudam as noções de vida, 
liberdade, igualdade e fraternidade e os direitos 
decorrentes dessas noções. 
 
Toda desigualdade presente reflete a falta de algum 
compromisso com a igualdade no passado. Toda 
intolerância hodierna tem origem na falta de preocupação 
com a diversidade no passado. Essa falta de compromisso, 
que se refletiu na educação, institucionalizou e isolou 
pessoas com deficiência, escravizou negros, oprimiu 
mulheres e assassinou fiéis a certas religiões. E essas 
práticas opressivas não foram adotadas apenas por 
profissionais de certas áreas, elas foram práticas humanas, 
em nome de concepções filosóficas, que transformavam 
uma das formas de perceber certos grupos sociais como a 
única possível. É por tudo isso que a formação em direitos 
humanos, observadas as singularidades de cada área de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando Surge a 
Internacionalização Dos Direitos 
Humanos? - Essa pergunta é difícil 
de responder, exatamente porque 
os direitos humanos são históricos, 
historicamente construídos; 
 Muitos Autores atribuem o início 
da trajetória do que nós 
conhecemos como "Direitos 
Humanos" a chamada Magna Carta 
1215 na Inglaterra, quando o Rei 
João Sem Terra teria seus poderes 
limitados pelos barões ingleses e 
surgiram a limitação do poder do 
Rei; 
 1688 - Constituição Inglesa 
resultante da Revolução Gloriosa e 
assinala a importância do indivíduo 
e a garantia de certos direitos 
demarcados pela ideologia liberal; 
 Carta Da Filadélfia - (10 de maio de 
1944) foi uma declaração que tinha 
como proposta reafirmar os 
objetivos tradicionais da 
Organização Internacional Do 
Trabalho (OIT). 
 Constituição Americana - foi 
promulgada em 1787 e ratificada 
dois anos depois pelos 13 estados 
americanos. Em 1791, a Carta 
Magna americana receberia o 
formação, deve ser um compromisso educacional em 
todos os níveis de ensino e nos vários cursos de formação. 
 
A partir de várias concepções filosóficas distintas, os 
direitos humanos serão aqui estudados e conceituados 
com base nas vertentes jus naturalista, universalista, 
constitucionalista e histórica. Abordaremos ainda seus 
aspectos mais significativos quanto aos órgãos relevantes 
para sua internacionalização e seus documentos 
internacionais, notadamente a Declaração Universal dos 
Direitos Humanos. 
 
 
 
 
 
Aula 1 - Visão Introdutória Dos Direitos Humanos 
 
o A tarefa de conceituar os direitos humanos nos impõe uma 
primeira observação: "não existe um conceito único para 
os ditos direitos. Aliás, seu significado varia conforme as 
diversas correntes filosóficas, segundo as quais podemos 
analisar conceitualmente. 
Considerando que conceitos são concepções (ideias) 
construídas sobre algo, é possível abordar o conceito de 
direitos humanos a partir de pelo menos três perspectivas: 
 
 
 
Direitos De Primeira Geração (Negativos) 
o Relacionados à liberdade e dependem da abstenção do 
Estado; 
o São direitos civis e políticos; 
o Não Dependem De Recursos Financeiros; 
o Aqui a aplicabilidade é automática; 
o Ex.: Votar e Casar. 
Direitos De Segunda Geração (Positivos) 
o Relacionados à liberdade e dependem da atuação do 
estado; 
o São direitos sociais, econômicos e culturais; 
o Dependem de recursos financeiros; 
o Aqui a aplicabilidade é progressiva e depende do dinheiro; 
o EX.: Educação e Saúde. 
Direitos De Terceira Geração 
o Relacionados a fraternidade e a solidariedade; 
o Representam o direito ao meio ambiente, ao 
desenvolvimento, à paz, à livre determinação. 
 
 
 
 
acréscimo da Carta dos Direitos 
(Bill of Rights). 
 Declaração Universal dos Direitos 
Do Homem e o Cidadão 
- (em francês: Déclaration des Droits 
de l'Homme et du Citoyen) é um 
documento culminante 
da Revolução Francesa, que define 
os direitos individuais e coletivos 
dos homens (tomada, 
teoricamente, a palavra na acepção 
de "seres humanos") como 
universais. Influenciada pela 
doutrina dos "direitos naturais", os 
direitos dos homens são tidos 
como universais: válidos e exigíveis 
a qualquer tempo e em qualquer 
lugar, pois permitem à própria 
natureza humana. 
 
 
 
 
 Para esta visão os direitos humanos 
prevalecem sobre os valores 
sociais. Não dependendo da 
positivação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Para esta visão os direitos humanos 
só prevalecem sobre valores sociais 
após positivação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nazário apud Norberto Bobbio (2004, p. 30) explica que 
“os direitos humanos nascem como direitos naturais 
universais, desenvolvem-se como direitos positivos 
particulares (quando cada Constituição incorpora 
Declarações de Direitos) para finalmente encontrar a plena 
realização como direitos positivos universais”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visão Jus Naturalista 
 
Para esses teóricos, os direitos humanos são absolutos, 
imutáveis, atemporais e universais. Dito de outra maneira: 
não mudam, independentemente da época ou do lugar. 
São direitoscuja validade e aplicabilidade são as mesmas 
em todos os tempos, para todas as pessoas e em todos os 
lugares. Os direitos humanos, conforme essa vertente 
conceitual, são pressupostos axiológicos anteriores e 
superiores ao Estado e à sociedade. Quando o 
ordenamento jurídico é lacônico, isto é, quando há 
deficiências normativas, recorre-se, até hoje, aos 
princípios do direito natural para encontrar as respostas a 
tais inconsistências. 
 
 Visão Universalista 
 
Fortalecida após a Segunda Grande Guerra, a concepção 
universalista considera que os direitos humanos são os 
direitos de todas as pessoas, em todos os lugares. Por isso, 
são declarados e convencionados, vindo a ser promovidos 
e garantidos em âmbito internacional. Enquanto o jus 
naturalismo caracteriza os direitos humanos como 
anteriores ao Estado e à própria sociedade, sendo, 
portanto, atemporais, para o pensamento universalista, 
ainda que tenham validade em todos os lugares ao mesmo 
tempo, isso ocorre após as convenções, os pactos ou as 
declarações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Marcos do Processo de 
Internacionalização dos Direitos 
Humanos Anteriores à Segunda Guerra 
Mundial. 
 
 
 O Direito Humanitário representa a 
negação da expressão "Guerra é 
guerra" que prega que nessa 
situação vale tudo. 
 Disciplina a Paz e a Guerra 
Internacional, mesmo nas situações 
de conflito. 
 4 Convenções De Genebra: As 
normas estabelecidas nas quatro 
Convenções de Genebra têm 
aplicabilidade aos conflitos 
armados internacionais, isto é, o 
uso de força armada entre dois ou 
mais Estados. As Convenções de 
Genebra fundam-se no respeito 
pelo ser humano e por sua 
dignidade. Elas obrigam que as 
pessoas, que não participam 
diretamente nas hostilidades ou 
que são postas fora de combate 
por doença, ferimento, cativeiro ou 
qualquer outra causa, sejam 
respeitadas. Obrigam ainda que 
elas sejam protegidas contra os 
efeitos da guerra e caso sofram, 
que sejam socorridas e tratadas 
sem distinção. 
 2 Protocolos Adicionais: estes são 
apenas tratados que completam 
tratados já existentes. 
 
 
 
 
 Visão Constitucionalista 
 
Os direitos humanos são percebidos como direitos 
inerentes à pessoa humana, em uma certa época, em 
determinado lugar, notadamente nos seus respectivos 
Estados. São direitos constitucionalizados, portanto, 
equivalentes aos direitos fundamentais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Direito Humanitário: É a parte dos direitos humanos 
internacionais aplicável aos conflitos armados internos e 
internacionais. Em síntese, ele tem como objeto a 
disciplina da paz e da guerra. A proteção do direito 
humanitário destina-se a proteger, em caso de guerra, os 
militares postos fora de combate (feridos, doentes, 
náufragos e prisioneiros) e as populações civis. Dito de 
outra maneira, impondo limites à soberania dos Estados, o 
direito humanitário foi a primeira e clara limitação à 
liberdade e à autonomia dos Estados, ainda que na 
hipótese de conflito armado. 
Cuida das relações de paz e guerra, defendendo as 
populações civis que nada tem a ver com a guerra e 
aqueles que são sobreviventes da guerra (feridos, doente, 
náufragos). Tenta trazer a ideia que na guerra não vale 
tudo, tendo limites nos direitos humanos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Organismo multilaterais de 
negociações com a finalidade de 
assegurar de alguma maneira a 
existência da paz no mundo. 
 A Liga das Nações foi extinta logo 
após a Segunda Guerra Mundial e 
seu patrimônio foi incorporado 
pela atual Organização das Nações 
Unidas – ONU. 
 Deixa a lição de que existem 
limites a soberania dos estados, 
deixa a ideia de que era necessária 
a limitação dos poderes dos 
estados de alguma maneira. 
 Algumas regras internacionais 
deveriam valer acima do direito 
interno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundada na ideia de justiça social e 
valores do trabalho, com finalidade 
estabelecer regras internacionais 
que se fizessem algum jeito de 
justiça econômica 
 Inicialmente vinculada à Liga das 
Nações, a OIT, após a dissolução 
daquele organismo internacional, 
passou a integrar o sistema das 
Nações Unidas. Sua finalidade 
inicial consistia em estabelecer 
alguns padrões internacionais para 
as condições de trabalho, fundados 
nos valores de dignidade e justiça. 
 Tripartite: formada por 
representantes dos governos, dos 
empregados e dos empregadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Liga Das Nações: Instituída logo após o término da 
Primeira Guerra Mundial, seus fins estavam em promover 
a cooperação, a paz e a segurança internacionais. Seu 
documento constitutivo previa algumas questões 
referentes aos direitos humanos, tais como alguma 
proteção às minorias e o estabelecimento de parâmetros 
atinentes ao trabalho, mediante o compromisso dos 
Estados-partes em assegurar condições justas e dignas de 
trabalho para homens, mulheres e crianças. Por óbvio, 
ainda que de maneira tímida, os ditos dispositivos 
significavam alguma relativização à ideia de soberania 
absoluta, sobretudo porque a Convenção da Liga 
estabelecia sanções econômicas e militares a serem 
impostas pela comunidade internacional contra os Estados 
que violassem suas obrigações. 
Criada pelo Tratado De Versalhes com o objetivo de paz, 
ajustar as condições de trabalho e proteção de minorias foi 
substituída pela ONU. Conseguiu relativizar a soberania 
dos estados e aplicando sanções a estes. 
 
 
 
 
 
o Organização Internacional Do Trabalho: Foi criada em 
1919, pelo Tratado de Versalhes, um documento que 
formalmente colocou fim à Primeira Guerra Mundial. Essa 
organização resulta da convicção formal de que a paz 
universal e permanente somente pode estar baseada na 
justiça social. 
A Organização Internacional do Trabalho – OIT é a única 
das agências do sistema das Nações Unidas com uma 
estrutura tripartite, composta de representantes de 
governos e de organizações de empregadores e de 
trabalhado 
Com a estrutura tripartite, baseou-se na justiça social 
através da dignidade do trabalho para conseguir a busca 
pela paz e igualdade. Este órgão ainda está em vigência 
até hoje fazendo parte da ONU. 
 
 
 
 
Atividade da Aula 
É correto afirmar que há um direito internacional dos 
direitos humanos antes da segunda guerra mundial e 
outro depois? Ou será mesmo que de fato havia direito 
internacional dos direitos humano antes da segunda 
guerra mundial? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
R.: Sim. É correto afirmar que existiu um direito 
internacional antes e depois da segunda guerra mundial. 
Antes da segunda guerra mundial esse direito era fraco e 
não era muito externalizado, possuindo a liga das nações 
que acabou sendo substituída pela ONU, e foi criado a 
OIT que cuidava das relações de trabalho. Foi também 
utilizado o direito humanitário que cuidava dos conflitos 
armados e das situações de paz e guerra. Após a segunda 
guerra mundial, onde os direitos humanos foram 
fortemente violados, o direito internacional dos direitos 
humanos foi fortemente desenvolvido e externalizado 
sendo criado várias convenções e tratados para garantir 
estes direitos a todos. 
 
 
 
Aula 2 - Características e Classificações Dos 
Direitos Humanos 
 
o Nesta aula tentaremos responder o que são os Direitos 
Humanos em uma concepção geral. Dessa forma os 
direitos humanos são uma disciplina jurídica que versam 
sobre diversos temas: O tema da Segurança Pública é só 
um/apenas mais um dentro de um universo 
Conceitual/Protetivo. 
o Quando é que começamos a ouvir a expressão "Direitos 
Humanos é Coisa De Bandido"? É difícil precisar um 
momento exato, mas durante a década de 1980 a 
expressão citada acima ganhou força essencialmente 
porque os direitos humanos têm uma preocupação em 
proteger vítimas de abuso de poder, tem por preocupação 
e por finalidade proteger a pessoa humana das relaçõesde 
poder desiguais. 
o As várias perspectivas de conceituação dos direitos 
humanos (jus naturalista, universalista e constitucional) 
informam diversas características, as quais, como 
principais, podem ser mencionadas: 
 
 
A Indivisibilidade 
Refere-se aos direitos relacionados ao homem como um 
todo, isto é, não há como cindir os direitos humanos em 
razão do indivíduo, pois esses ditos direitos representam 
um todo indivisível e indissociável da pessoa humana. 
 
A Universalidade 
Tem em vista que tais direitos são inerentes a qualquer ser 
humano, independentemente de onde esteja ou venha a 
estar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objeto Dos Direitos Humanos 
 
 Uma vez estudadas as formas pelas 
quais os direitos humanos podem 
ser conceituados, podemos tratar de 
sua divisão em gerações ou 
dimensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Interdependência 
Existem direitos que somente podem ser exercidos 
mediante o exercício de outros. Portanto, somente se 
exerce o direito à educação, por exemplo, quando há o 
prévio exercício do direito à vida. 
 
A Inter-Relação 
 
Certos direitos, ainda que não pressuponham o prévio 
exercício de outros, serão fruídos de forma mais adequada 
caso assim ocorram. O direito de opinião, por exemplo, 
não é inteiramente dependente do direito à educação, 
mas pode ser exercido com melhor qualidade caso esse 
último seja exercido na sua plenitude. 
 
 
 
 
 
 
 
Gerações 
 
Alguns autores tratam dos direitos humanos sob o enfoque em 
gerações, afirmando que, historicamente, os direitos civis e 
políticos foram reconhecidos primeiro, sem que haja um 
consenso em relação ao real momento, afirmando-se, de 
maneira geral, que seus traços podem ser identificados na 
Magna Carta Inglesa de 1215, quando o Rei João Sem Terra teve 
seus poderes limitados por imposição dos barões ingleses. 
 
Direitos De 1º Geração: Os direitos de primeira geração ou 
dimensão correspondem aos direitos civis e políticos, que 
representam o valor da liberdade. 
Direitos De 2º Geração: Já os de segunda geração representam 
os direitos sociais, econômicos e culturais, vinculados ao valor da 
igualdade. 
Direitos De 3º Geração: Por fim, os de terceira geração 
representam o direito ao meio ambiente, ao desenvolvimento, à 
paz, à livre determinação, traduzindo o valor da solidariedade. 
 
Em resumo, essas três gerações de direitos formam o lema da 
Revolução Francesa. Assim, os direitos civis e políticos são 
inerentes à liberdade. Já os direitos econômicos, sociais e 
culturais são ínsitos à ideia de igualdade e os direitos ao meio 
ambiente, à paz, ao desenvolvimento e à determinação 
correspondem ao sentido de fraternidade. 
Estudado o objeto dos direitos humanos, é importante 
conhecermos o segundo momento de sua internacionalização. 
Com o término da Segunda Guerra Mundial, estava clara a 
necessidade de que a soberania dos Estados encontrasse alguns 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Tribunal De Nuremberg 
 Esse Tribunal significou um grande 
passo para a internacionalização dos 
direitos humanos. 
 Foi criado após a segunda guerra 
mundial, que teve como objetivo de 
ser criado para obter uma resposta 
aos graves acontecimentos ocorridos 
durante a 2º Guerra Mundial. 
 Esse Tribunal foi feito para punir as 
pessoas responsáveis pelos crimes 
contra a paz, contra a humanidade e 
contra crimes de guerra. E esse 
julgamento deveria ser a assegurado 
pelo amplo direito a defesa, e ter o 
devido processo legal, que deveria 
ser o direito de toda e qualquer 
pessoa, mesmo se fosse criminosa. 
 Nesse contexto, em 8 de agosto de 
1945, os governos do Reino Unido, 
dos Estados Unidos, o provisório da 
República Francesa e o da União das 
Repúblicas Socialistas Soviéticas 
assinaram o Acordo de Londres, que 
instituiu o Tribunal de Nuremberg, 
um tribunal militar internacional para 
julgar o alto escalão nazista por 
crimes de guerra e contra a 
humanidade, praticados durante a 
Segunda Guerra Mundial. Os 
procedimentos duraram 315 dias (de 
novembro de 1945 a outubro de 
1946) e aconteceram no 
 Palácio da Justiça de Nuremberg, na 
Alemanha. 
 O Tribunal De Nuremberg já existia, 
porém, a partir deste momento 
obteve maior importância/relevância. 
Dando as pessoas menos favorecidas 
o direito a um processo justo/devido 
processo legal. 
limites impostos pelo direito internacional. Afinal, diversas 
barbáries haviam sido cometidas em nome da lei e da soberania. 
Se a história ainda seria contada a partir do ponto de vista dos 
vencedores, ela não deveria terminar em execuções sumárias. 
É nesse contexto que o Tribunal de Nuremberg trouxe uma 
importante contribuição para o processo de internacionalização 
dos direitos humanos. 
 
 
 
A internacionalização dos direitos humanos tem como uma de 
suas principais causas a necessidade da adoção de providências 
que respondessem ao desejo de justiça, após o maior genocídio 
da história: a Segunda Guerra Mundial. O Tribunal de 
Nuremberg foi uma resposta aos graves acontecimentos 
ocorridos durante aquele conflito. A reaproximação entre o 
direito e a moral não comportaria a simples execução, por parte 
dos vencedores da Segunda Guerra, dos oficiais nazistas presos, 
até porque era exatamente isso que o nazismo fazia com suas 
vítimas. Um julgamento, no qual fosse assegurado o amplo 
direito à defesa, deveria ser direito de toda e qualquer pessoa, 
inclusive daqueles responsáveis pelo maior conflito armado da 
história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os Direitos Humanos não se 
alimentam das barganhas da 
reciprocidade, eles atuam 
exatamente na proteção dos mais 
fracos/Dos menos 
favorecidos/hipossuficientes. 
 
 
 
 Uma vez que esse tribunal estaria 
julgando crimes que já havia 
acontecido, depois de ocorridos os 
fatos, e isso estaria violando o 
princípio penal da reserva legal, que 
afirma não haver crime sem lei 
anterior que o defina, nem pena sem 
a prévia cominação legal. 
 Também foi criticado pelo fato de ser 
um tribunal de exceção sendo 
desconstituído após o julgamento 
dos nazistas para julgar crimes que 
foram realizados anteriormente a sua 
criação. 
 O elogio feito a esse tribunal é que 
ele se utilizou de um meio diferente 
para julgar os seus acusados, 
garantindo a ampla defesa e 
contraditório e não permitindo a 
estes fossem executados (mortos). 
 A principal importância foi que esse 
tribunal deu um avanço na 
internacionalização dos direitos 
humanos relativizou a soberania dos 
estados tornou também o indivíduo 
um sujeito de direitos internacionais 
e não mais apenas nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Críticas ao Tribunal De Nuremberg 
O artigo 6º, do Acordo firmado em Londres, definiu os 
crimes inscritos na competência do tribunal: 
 
Crimes Contra A Paz: Planejar, preparar, incitar ou 
contribuir para a guerra, ou participar de um plano comum 
ou conspiração para a guerra. 
Crimes De Guerra: Violação ao direito costumeiro de 
guerra, tais como: assassinato, tratamento cruel, 
deportação de populações civis, que estejam ou não em 
territórios ocupados, para trabalho escravo ou para 
qualquer outro propósito, assassinato cruel de prisioneiros 
de guerra ou de pessoas em alto-mar, assassinato de 
reféns, saques a propriedades públicas ou privadas, 
destruição de cidades ou vilas, ou devastação injustificada 
por ordem militar. 
Crimes Contra a Humanidade: Assassinato, extermínio, 
escravidão, deportação ou outro ato desumano contra a 
população civil, antes ou durante a guerra, ou 
perseguições baseadas em critérios raciais, políticos e 
religiosos, independentemente se em violação ou não do 
direito doméstico do país no qual foi perpetrado. 
 
A principal crítica ao Tribunal de Nuremberg consiste em 
afirmar que se trata de um tribunal de exceção, uma vez 
que julgou fatos anteriores à sua criação,vindo a dissolver-
se logo depois do julgamento. Ademais, os crimes a serem 
julgados pelo tribunal somente foram definidos depois de 
ocorridos os fatos, isto é, pelo Acordo de Londres, de 
1945. Tais práticas violariam o princípio do direito penal 
conhecido como reserva legal, que afirma não haver crime 
sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal. 
Em resposta, os defensores do tribunal afirmavam que os 
fatos violaram o direito costumeiro de guerra e que a 
ampla defesa era algo que os nazistas não davam às suas 
vítimas. Portanto, ao violarem o direito costumeiro de 
guerra, os nazistas teriam o amplo direito de defesa e não 
seriam sumariamente executados. 
 
Importância Histórica Do Tribunal De Nuremberg 
O Tribunal de Nuremberg, historicamente, além de 
consolidar a importância da limitação da soberania 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
nacional, reconheceu o indivíduo como titular de direitos 
em razão do próprio direito internacional. Com a proibição 
de crimes contra a humanidade e após um Estado ter sido 
responsabilizado no âmbito internacional, legalmente e 
politicamente, pelo que ocorreu dentro de seu território, 
com seus próprios nacionais, criaram-se as condições para 
o fortalecimento e a aceleração do processo de 
internacionalização dos direitos humanos. 
 
Crimes Internacionais Demonstrados No Processo 
Os crimes que o tribunal reputou, demonstrados ao longo 
do meticuloso processo a que presidiu e extraídos do 
próprio catálogo de crimes do texto da sentença 
condenatória proferida pelos juízes aliados, podem ser 
assim listados: 
o Preparação De Guerra mediante a violação das obrigações 
internacionais contraídas em Versalhes. Essa preparação 
começou com a chegada de Hitler ao poder. 
o Enquanto a preparação prosseguia, mais ou menos 
clandestinamente, o Reich "Reino" subscrevia novos 
tratados de paz, amizade e não agressão com diversos 
países que ulteriormente atacou. 
o Anexação da Áustria e Checoslováquia, agressão à Polônia, 
à Rússia, à Dinamarca, à Noruega, à Bélgica, à Holanda e à 
Luxemburgo e mais tarde à Iugoslávia e à Grécia. 
o Crimes contra prisioneiros de guerra, demonstrados com 
"provas esmagadoras em número e clareza", diz a 
sentença. Esses crimes "resultam da concepção da guerra 
total", continua o documento, e chegaram a ser "fixados 
pormenorizadamente, muito tempo antes do ataque 
propriamente dito". Esses crimes são assassinatos, 
trabalhos forçados e os mais cruéis maus tratos contra 
prisioneiros de guerra de toda natureza. Contra a 
população não combatente, as atrocidades levadas a 
efeito ou simplesmente planejadas, como as experiências 
executadas em prisioneiros de guerra russos, para obter 
um meio de propagar rapidamente epidemias na 
população civil da Rússia ocupada. Nos campos de 
concentração, onde se recolhiam tanto os prisioneiros de 
guerra quanto a população civil não combatente, dos 
países ocupados, funcionaram as câmaras de gás e de 
incineração de vítimas, e outros meios terríveis e 
modernos de extermínio. A sentença afirmou que o 
número de seres humanos mortos ou atormentados 
nesses campos atingiram a vários milhões. Em um só setor 
da Rússia Meridional pereceram, por esses processos, 
noventa mil pessoas. 
o Pilhagem metódica dos países ocupados, abrangendo não 
somente tesouros artísticos e científicos de renome 
internacional, mas grandes quantidades de objetos úteis à 
vida civil comum. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos termos do art. 1º da Carta da ONU, 
são objetivos da organização: 
 Manter a paz e a segurança 
internacionais. Para esse fim, tomar 
medidas coletivas eficazes para 
prevenir e afastar ameaças à paz e 
reprimir os atos de agressão, ou 
outra qualquer ruptura da paz, e 
chegar, por meios pacíficos e em 
conformidade com os princípios da 
justiça e do direito internacional, a 
o Instituição do trabalho escravo na Alemanha pela 
utilização de prisioneiros de guerra ou simplesmente de 
habitantes de zonas ocupadas. Os trabalhadores dessa 
categoria eram sujeitos a maus tratos e duras 
humilhações. Hitler chegou a se gabar do fato de que 250 
milhões de homens trabalhavam nessas condições para a 
vitória do nazismo e mais de 100 milhões trabalhavam, 
indiretamente, para o mesmo fim. 
 
A Organização Das Nações Unidas (ONU) 
Com várias agências especializadas, a ONU foi criada pela 
Carta da ONU, assinada em São Francisco, no dia 26 de 
junho de 1945, após o encerramento da Conferência das 
Nações Unidas sobre a Organização Internacional, 
entrando em vigor em 24 de outubro daquele mesmo ano. 
A sua criação representou o surgimento de uma nova 
ordem internacional, dedicando-se, entre outras 
finalidades, à manutenção da paz e segurança 
internacional, ao desenvolvimento de relações amistosas 
entre os Estados, à adoção da cooperação internacional no 
plano econômico, social e cultural, à adoção de um padrão 
internacional de saúde, à proteção ao meio ambiente, à 
criação de uma nova ordem econômica internacional e à 
proteção internacional dos direitos humanos 
 
Atividade da Aula 
Que aspectos inerentes aos direitos humanos os levaram ao 
rótulo de direitos dos bandidos? 
R.: Em síntese, os direitos humanos não visão a proteção do 
indivíduo isolado, muito menos para a proteção de integrantes 
de relações sociais, nas quais há equilíbrio de poder entre as 
partes. Os direitos humanos tutelam, predominantemente, 
relações de poder desigual. Frente ao estado mesmo as 
pessoas vistas como bandido, são hipossuficientes, aplicando-
se a elas os direitos humanos, assim como as vítimas de 
negligência em um tratamento de saúde por exemplo. 
 
 Aula 3 - A Proteção Dos Direitos Humanos Em 
Âmbito Internacional 
o O indivíduo enquanto sujeito de direito internacional - O 
indivíduo também deve ser reconhecido como sujeito de 
Direito Internacional, com capacidade de possuir e exercer 
direitos e obrigações de cunho internacional. Os indivíduos 
ou pessoas naturais são sujeitos de Direito Internacional, 
ao lado dos Estados e organizações internacionais (entes 
de Direito Público externo). 
Direito Internacional Público: Se caracteriza por ser uma 
disciplina jurídica que estuda as relações de direito 
uniforme, objeto das convenções e tratados. Estuda as 
relações entre os estados, essas são formalidades pelos 
acordos. 
um ajuste ou a uma solução das 
controvérsias ou situações 
internacionais que possam levar a 
uma perturbação da paz. 
 Desenvolver relações de amizade 
entre as nações, baseadas no 
respeito do princípio da igualdade 
de direitos e da autodeterminação 
dos povos, e tomar outras medidas 
apropriadas ao fortalecimento da 
paz universal. 
 Realizar a cooperação internacional, 
resolvendo os problemas 
internacionais de caráter 
econômico, social, cultural ou 
humanitário, promovendo e 
estimulando o respeito pelos 
direitos do homem e pelas 
liberdades fundamentais para todos, 
sem distinção de raça, sexo, língua 
ou religião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Em regra, os estados são os Sujeitos De Direito 
Internacional Público. 
o O Estado está preso em um paradoxo, pois é o maior 
responsável por violar e por evitar violações. 
o O Estado ainda que seja o maior violador ele também é 
responsável por assegurá-los. 
o Prestações/Obrigações Positivas Do Estado: As obrigações 
são positivas quando a prestação do devedor implica dar 
ou fazer alguma coisa. 
o Prestações/Obrigações Negativas Do Estado: Quando 
importam numa abstenção. 
o Deve o Estado assegurar os direitos humanos na 
concepção de liberdade e abstenção, na concepção de 
igualdade. 
o As Convenções/Direitos Humanos/Direito Internacional 
Público são para proteger o indivíduo se tornando sujeito 
de Direito Internacional Público. 
o Comitês criados pelas convençõesDa ONU. 
 
 
Nos termos do art. 7º da Carta da ONU, ratificada pelo Brasil por 
meio do Decreto Nº 19.841, de 22 de outubro de 1945, que 
adiciona o art. 7. 2., no qual os órgãos subsidiários podem ser 
criados, quando necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Compete a Assembleia Geral discutir 
e fazer recomendações 
relativamente a qualquer matéria 
objeto da carta; 
 Todos os membros das Nações 
Unidas são também da Assembleia 
Geral; 
 Para serem aprovadas precisam de 
2/3 dois terços da maioria dos 
presentes; 
 Para serem aprovadas precisam de 
mais da metade dos votos 
presentes; 
 Artigo 18.: 
1. Cada membro da 
Assembleia Geral terá um 
voto. 
2. As decisões da Assembleia 
Geral, em questões 
importantes, serão tomadas 
por maioria de dois terços 
dos membros presentes e 
votantes. Essas questões 
compreenderão: 
recomendações relativas à 
manutenção da paz e da 
segurança internacionais, à 
eleição dos membros não 
permanentes do Conselho 
de Segurança, à eleição dos 
membros do Conselho 
Econômico e Social, à 
eleição dos membros do 
Conselho de Tutela, de 
acordo com o parágrafo 1 
(c) do artigo 86, à admissão 
de novos membros das 
Nações Unidas, à suspensão 
dos direitos e privilégios de 
membros, à expulsão dos 
membros, questões 
referentes ao 
funcionamento do sistema 
de tutela e questões 
orçamentárias. 
3. As decisões sobre outras 
questões, inclusive a 
determinação de categoria 
 
Para a consecução desses objetivos, as Nações Unidas foram 
organizadas em diversos 
órgãos. Os principais são: 
o Assembleia Geral: Compete à Assembleia Geral discutir e 
fazer recomendações relativamente a qualquer matéria 
objeto da Carta. Todos os membros das Nações Unidas são 
também da Assembleia Geral, com direito a um voto (art. 
18). As decisões em questões importantes são tomadas 
pelo voto da maioria de dois terços dos membros 
presentes e votantes. As questões importantes incluem 
aquelas enumeradas no art. 18. 2. e outras, a depender do 
voto da maioria dos membros presentes e votantes (art. 
18. 3.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
adicionais de assuntos a 
serem debatidos por uma 
maioria dos membros 
presentes e que votem. 
 
 
 
 
 Principal responsabilidade na 
manutenção da paz e segurança 
internacionais; 
 Composto por 15 não permanentes 
e 5 permanentes. (os permanentes 
ganharam essa categoria devido a 
sua força econômica e sua força 
militar; 
 Questões Processuais: Para ser 
aprovadas precisam de 9 votos dos 
membros; 
 Questões Materiais: Para ser 
aprovadas precisam de 9 votos dos 
membros, porém 5 precisam ser dos 
permanentes; 
 Membros Permanentes: Os 
membros permanentes são China, 
França, Reino Unido, Estados Unidos 
e, desde 1992, Rússia, que sucedeu 
a União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas – URSS. 
 Membros Não Permanentes: Os 
membros não permanentes são 
eleitos pela Assembleia Geral para 
mandato de dois anos, 
considerando a contribuição deles 
para os propósitos das Nações 
Unidas e a distribuição geográfica 
equitativa, nos termos do art. 23 da 
Carta. 
 Artigo 27.: 
1. Cada membro do Conselho de 
Segurança terá um voto. 
2. As decisões do Conselho de 
Segurança, em questões 
processuais, serão tomadas pelo 
voto afirmativo de nove membros. 
3. As decisões do Conselho de 
Segurança, em todos os outros 
assuntos, serão tomadas pelo voto 
afirmativo de nove membros, 
inclusive os votos afirmativos de 
todos os membros permanentes, 
 
 
 
 
 
 
 
o O Conselho De Segurança: É o órgão da ONU com a 
"principal responsabilidade na manutenção da paz e 
segurança internacionais" (art. 24). É composto por cinco 
membros permanentes e dez não permanentes. 
Cada membro do Conselho de Segurança tem direito a um 
voto. As deliberações do Conselho, em questões 
processuais, são tomadas pelo voto afirmativo de nove 
membros. Em relação às questões materiais, as 
deliberações também são tomadas pelo voto afirmativo de 
nove membros, incluindo, necessariamente, os votos 
afirmativos de todos os cinco membros permanentes, 
conforme prevê o art. 27. 3.. É dessa prescrição que 
resulta o poder de veto dos membros permanentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ficando estabelecido que, nas 
decisões previstas no capítulo VI, no 
parágrafo 3 do art. 52, aquele que 
for parte em uma controvérsia se 
absterá de votar. 
 
 
 Todos os estados-países membro da 
Assembleia Geral podem levar 
questões a Corte; 
 Formada por 15 países; 
 Resolvem questões contenciosas e 
consultivas; 
 Contencioso: Em que há ou pode 
haver contestação e discussão em 
juízo. 
 Consultiva: Respeitante à consulta, 
que está relacionado engloba 
conselho de opinião; 
 Artigo 92.: Seu funcionamento é 
disciplinado pelo Estatuto da Corte, 
que foi anexado à Carta. 
 Nos termos do art. 92 da Carta, a 
Corte Internacional de Justiça é o 
principal órgão judicial das Nações 
Unidas, composto por quinze juízes. 
 Dispõe a Corte de competência 
contenciosa e consultiva. Contudo, 
somente os Estados são partes em 
questões perante ela (art. 34 do 
Estatuto). 
 De acordo com o art. 93, todos os 
membros das Nações Unidas são 
partes do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça. 
 Artigo 93.: um Estado, que não for 
membro das Nações Unidas, poderá 
tornar-se parte no Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça, em 
condições que serão determinadas, 
em cada caso, pela Assembleia 
Geral, mediante recomendação do 
Conselho de Segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o A Corte Internacional De Justiça: O Tribunal Internacional 
de Justiça ou Corte Internacional de Justiça é o principal 
órgão judiciário da Organização das Nações Unidas. Tem 
sede em Haia, nos Países Baixos. Por isso, também 
costuma ser denominada como Corte de Haia ou Tribunal 
de Haia. Sua sede é o Palácio da Paz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Composto por 54 membros e tem 
competência para promover a 
cooperação em questões 
econômicas, sociais e culturais, 
incluindo os direitos humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ajudar no processo de 
descolonização e de 
autodeterminação dos povos. Pouco 
utilizado atualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 Principal órgão da administração da 
ONU (Funciona como Presidente); 
 Indicado para mandato de cinco 
anos pela Assembleia Geral, a partir 
de recomendação do Conselho De 
Segurança; 
 Artigo 97.: O Secretariado será 
composto de um secretário-geral e 
do pessoal exigido pela organização. 
O secretário-geral será indicado pela 
Assembleia Geral mediante a 
recomendação do Conselho de 
Segurança. Será o principal 
funcionário administrativo da 
organização. 
 Artigo 98.: O secretário-geral 
atuará nesse caráter em todas as 
reuniões da Assembleia Geral, do 
Conselho de Segurança, do Conselho 
 
o O Conselho Econômico e Social: É composto por cinquenta 
e quatro membros e tem competência para promover a 
cooperação em questões econômicas, sociais e culturais, 
incluindo os direitos humanos. Nos termos do art. 62 da 
Carta, pode fazer ou iniciar estudos e relatórios a respeito 
de assuntos internacionais de caráter econômico, social, 
cultural, educacional, de saúde e conexos, e poderá fazer 
recomendações a respeito de tais assuntos à Assembleia 
Geral, aos membros das Nações Unidas e às organizações 
especializadas interessadas. Pode fazer recomendações 
destinadas a assegurar o respeito efetivo aos direitos do 
homem e das liberdades fundamentais para todos. Pode 
preparar, sobre assuntos da sua competência, projetos de 
convenções a serem submetidos à Assembleia Geral. Pode 
ainda convocar, de acordo com as regras estipuladas pelas 
Nações Unidas, conferências internacionais sobre assuntos 
da sua competência. 
 
 
o O Conselho De Tutela:Foi criado para fomentar o processo de descolonização e 
de autodeterminação dos povos, de modo que os 
territórios tutelados pudessem alcançar, por meio de 
desenvolvimento progressivo, o governo próprio. 
Desempenhou um importante papel, porém, atualmente, 
sua importância diminuiu significativamente, já que boa 
parte dos países colonizados atingiram a independência 
 
 
 
 
o O Conselho De Secretariado: 
Secretariado é chefiado pelo secretário-geral, que é o 
principal funcionário administrativo da ONU, indicado para 
mandato de cinco anos pela Assembleia Geral, a partir de 
recomendação do Conselho de Segurança (art.97). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Econômico e Social e do Conselho 
de Tutela e desempenhará outras 
funções que lhe forem atribuídas 
por esses órgãos. O secretário-geral 
fará um relatório anual à Assembleia 
Geral sobre os trabalhos da 
organização. 
 Artigo 99.: O secretário-geral 
poderá chamar a atenção do 
Conselho de Segurança para 
qualquer assunto que em sua 
opinião possa ameaçar a 
manutenção da paz e da segurança 
internacionais. 
 
 
 Aqui haverá a discussão sobre os 
direitos humanos, a sua defesa e os 
próximos passos para garantir a 
efetivação desses direitos. 
 Os membros serão escolhidos diante 
a sua contribuição para os direitos 
humanos 
 
Resumo Da Unidade 
Após estudarmos as várias vertentes 
conceituais dos direitos humanos, sua 
afirmação histórica e suas características, 
é possível percebermos a existência de 
diversos órgãos internacionais 
diretamente envolvidos na proteção a 
tais direitos, notadamente quando nos 
referimos à Organização das Nações 
Unidas – ONU. Vimos a importância de 
vários órgãos internacionais, tais como a 
Liga das Nações e a Organização 
Internacional do Trabalho – OIT, a 
instituição do direito humanitário 
(anteriores à Segunda Guerra Mundial), 
assim como a compreensão dos órgãos 
surgidos a partir da Carta da ONU 
(Conselho Econômico e Social, Conselho 
de Segurança, Assembleia Geral da ONU 
e Conselho de Direitos Humanos, por 
exemplo), que permite uma percepção 
mais ampla do sistema de proteção aos 
direitos humanos em âmbito global. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Conselho Dos Direitos Humanos: Estabelecida em 1946. 
Após mais de 50 anos de atividade, em 24 de março de 
2006, a Comissão realizou sua última sessão, sendo 
abolida em 16 de junho de 2006 e substituída pelo 
Conselho de Direitos Humanos. Esse Conselho é 
constituído de 47 Estados-membros, eleitos pelo voto 
direto e secreto da maioria dos membros da Assembleia 
Geral das Nações Unidas. A Assembleia Geral deve levar 
em consideração “a contribuição dos Estados candidatos à 
promoção e à proteção dos direitos humanos, bem como 
seus compromissos e promessas voluntárias a este 
respeito”. 
 
Atividade da Aula 
Após estudados os diversos órgãos de proteção aos direitos 
humanos, é possível afirmar que o indivíduo pode ser 
considerado sujeito de direito internacional? Por quê? 
R.: Sim. Em tese, são sujeitos de direito internacional público, 
os estados, entretanto como nos mostra a declaração universal 
dos direitos humanos, assim como toda proteção feita por ela o 
foco se constitui no indivíduo através das diversas convenções, 
tratados e pactos internacionais. 
 
 
 
 
Unidade 2 - O Sistema Brasileiro, Os 
Tratados De Direitos Humanos e a 
Questão Cultural 
 
 
Nessa unidade responderemos as 
seguintes questões: 
 Quais São Os Efeitos Jurídicos Da 
Aplicação Dos Tratados 
Internacionais De Direitos Humanos 
No Direito Brasileiro? 
R.: Os direitos previstos nos 
tratados internacionais de direitos 
humanos podem coincidir com a 
Constituição, complementar os 
direitos previstos nela ou conflitar 
com os direitos previstos no texto 
constitucional. 
 Quais São As Principais Divergência 
Quanto a Normativa Dos Tratados 
De Direitos Humanos No Brasil? 
R.: Fundada em entendimento 
firmado pelo Supremo Tribunal 
Federal durante os anos 1970, a 
teoria da paridade equiparava os 
tratados internacionais (inclusive os 
de direitos humanos) à lei federal. 
Com o advento da atual 
Constituição da República, a partir 
de diferentes interpretações do § 2º 
do art. 5º da Constituição, surgiram 
as teorias da supra legalidade e da 
constitucionalidade dos tratados 
internacionais de direitos humanos. 
 Existem Direitos Humanos Comuns 
a Todas as Nações? 
R.: A concepção universalista 
demarcada pela Declaração 
Universal dos Direitos Humanos e 
pela Declaração de Viena, de 1993, 
sofre fortes críticas. O debate tem 
como aspecto central o 
questionamento sobre a existência 
de um sentido universal das normas 
de direitos humanos, ou se essas 
normas seriam culturalmente 
relativas. As Nações Unidas têm 
proclamado a universalidade dos 
direitos humanos, o que é 
fortemente combatido pelos 
relativistas, que assinalam o 
 
 
O que acontece quando um tratado internacional de direitos 
humanos é incorporado ao direito brasileiro? Essa pergunta não 
comporta uma única resposta, pois depende das regras que já 
existem no ordenamento jurídico interno. De igual modo, para 
sabermos a posição hierárquica de um tratado internacional no 
âmbito do direito interno, é necessário o estudo de algumas posições 
jurisprudenciais e doutrinárias, além de conhecer o momento 
histórico em que o tratado foi ratificado pelo Brasil. Nesta unidade, a 
questão que exige de nós maiores esforços consiste em analisar se há, 
de fato, direitos humanos válidos e aplicáveis em todos os lugares ao 
mesmo tempo e para todas as pessoas? Trata-se do conhecido 
dissenso entre as visões relativistas e universalistas sobre tais direitos 
o Aula 1: Aplicação conjunta dos Direitos Humanos Internacionais 
e do Ordenamento Jurídico Brasileira; 
o Aula 2: Formas de Incorporação De Direitos Humanos à 
Legislação Nacional; 
o Aula 3: Universalidade Versus Relativismo Cultural; 
o 
Aula 1 - Aplicação conjunta dos Direitos Humanos 
Internacionais e do Ordenamento Jurídico Brasileira 
 
o A tarefa de conceituar os direitos humanos nos impõe uma 
primeira observação: "não existe um conceito único para os 
ditos direitos. Aliás, seu significado varia conforme as diversas 
correntes filosóficas, segundo as quais podemos analisar 
conceitualmente. 
Considerando que conceitos são concepções (ideias) 
construídas sobre algo, é possível abordar o conceito de 
direitos humanos a partir de pelo menos três perspectivas: 
 
 
 
Direitos De Primeira Geração (Negativos) 
o Relacionados à liberdade e dependem da abstenção do Estado; 
o São direitos civis e políticos; 
o Não Dependem De Recursos Financeiros; 
o Aqui a aplicabilidade é automática; 
o Ex.: Votar e Casar. 
Direitos De Segunda Geração (Positivos) 
o Relacionados à liberdade e dependem da atuação do estado; 
o São direitos sociais, econômicos e culturais; 
o Dependem de recursos financeiros; 
o Aqui a aplicabilidade é progressiva e depende do dinheiro; 
o EX.: Educação e Saúde. 
Direitos De Terceira Geração 
o Relacionados a fraternidade e a solidariedade; 
o Representam o direito ao meio ambiente, ao desenvolvimento, 
à paz, à livre determinação. 
 
universalismo como uma tentativa 
de sobrepor o direito às culturas 
regionais. 
 
 
 Quando Surge a 
Internacionalização Dos Direitos 
Humanos? - Essa pergunta é difícil 
de responder, exatamente porque 
os direitos humanos são históricos, 
historicamente construídos; 
 Muitos Autores atribuem o início 
da trajetória do que nós 
conhecemos como "Direitos 
Humanos" a chamada Magna Carta 
1215 na Inglaterra, quando o Rei 
João Sem Terra teria seus poderes 
limitados pelos barões ingleses e 
surgiram a limitação do poder do 
Rei; 
 1688 - Constituição Inglesa 
resultante da Revolução Gloriosa e 
assinala a importância do indivíduo 
e a garantia de certos direitos 
demarcados pela ideologia liberal; 
 Carta Da Filadélfia - (10 de maio de 
1944) foi uma declaração que 
tinha como proposta reafirmar os 
objetivos tradicionaisda 
Organização Internacional Do 
Trabalho (OIT). 
 Constituição Americana - foi 
promulgada em 1787 e ratificada 
dois anos depois pelos 13 estados 
americanos. Em 1791, a Carta 
Magna americana receberia o 
acréscimo da Carta dos Direitos 
(Bill of Rights). 
 Declaração Universal dos Direitos 
Do Homem e o Cidadão 
- (em francês: Déclaration des 
Droits de l'Homme et du Citoyen) é 
um documento culminante 
da Revolução Francesa, que define 
os direitos individuais e coletivos 
dos homens (tomada, 
teoricamente, a palavra na 
acepção de "seres humanos") 
como universais. Influenciada pela 
doutrina dos "direitos naturais", os 
direitos dos homens são tidos 
 
 
 
Nazário apud Norberto Bobbio (2004, p. 30) explica que “os 
direitos humanos nascem como direitos naturais universais, 
desenvolvem-se como direitos positivos particulares (quando 
cada Constituição incorpora Declarações de Direitos) para 
finalmente encontrar a plena realização como direitos positivos 
universais”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visão Jus Naturalista 
 
Para esses teóricos, os direitos humanos são absolutos, 
imutáveis, atemporais e universais. Dito de outra maneira: não 
mudam, independentemente da época ou do lugar. São direitos 
cuja validade e aplicabilidade são as mesmas em todos os 
tempos, para todas as pessoas e em todos os lugares. Os 
direitos humanos, conforme essa vertente conceitual, são 
pressupostos axiológicos anteriores e superiores ao Estado e à 
sociedade. Quando o ordenamento jurídico é lacônico, isto é, 
quando há deficiências normativas, recorre-se, até hoje, aos 
princípios do direito natural para encontrar as respostas a tais 
inconsistências. 
como universais: válidos e exigíveis 
a qualquer tempo e em qualquer 
lugar, pois permitem à própria 
natureza humana. 
 
 
 
 
 
 
 Para esta visão os direitos 
humanos prevalecem sobre os 
valores sociais. Não dependendo 
da positivação. 
 
 
 
 
 
 
 
 Para esta visão os direitos 
humanos só prevalecem sobre 
valores sociais após positivação 
 
 
 
 
Marcos do Processo de 
Internacionalização dos Direitos 
Humanos Anteriores à Segunda Guerra 
Mundial. 
 
 
 O Direito Humanitário representa 
a negação da expressão "Guerra é 
guerra" que prega que nessa 
situação vale tudo. 
 Disciplina a Paz e a Guerra 
Internacional, mesmo nas 
situações de conflito. 
 4 Convenções De Genebra: As 
normas estabelecidas nas quatro 
Convenções de Genebra têm 
aplicabilidade aos conflitos 
armados internacionais, isto é, o 
uso de força armada entre dois ou 
mais Estados. As Convenções de 
Genebra fundam-se no respeito 
pelo ser humano e por sua 
dignidade. Elas obrigam que as 
 
 
 
 
 
 
 Visão Universalista 
 
Fortalecida após a Segunda Grande Guerra, a concepção 
universalista considera que os direitos humanos são os direitos 
de todas as pessoas, em todos os lugares. Por isso, são 
declarados e convencionados, vindo a ser promovidos e 
garantidos em âmbito internacional. Enquanto o jus 
naturalismo caracteriza os direitos humanos como anteriores 
ao Estado e à própria sociedade, sendo, portanto, atemporais, 
para o pensamento universalista, ainda que tenham validade 
em todos os lugares ao mesmo tempo, isso ocorre após as 
convenções, os pactos ou as declarações. 
 
 Visão Constitucionalista 
 
Os direitos humanos são percebidos como direitos inerentes à 
pessoa humana, em uma certa época, em determinado lugar, 
notadamente nos seus respectivos Estados. São direitos 
constitucionalizados, portanto, equivalentes aos direitos 
fundamentais. 
 
 
 
 
 
 
 
o Direito Humanitário: É a parte dos direitos humanos 
internacionais aplicável aos conflitos armados internos e 
internacionais. Em síntese, ele tem como objeto a disciplina da 
paz e da guerra. A proteção do direito humanitário destina-se a 
proteger, em caso de guerra, os militares postos fora de 
combate (feridos, doentes, náufragos e prisioneiros) e as 
populações civis. Dito de outra maneira, impondo limites à 
soberania dos Estados, o direito humanitário foi a primeira e 
clara limitação à liberdade e à autonomia dos Estados, ainda 
que na hipótese de conflito armado. 
Cuida das relações de paz e guerra, defendendo as populações 
civis que nada tem a ver com a guerra e aqueles que são 
sobreviventes da guerra (feridos, doente, náufragos). Tenta 
trazer a ideia que na guerra não vale tudo, tendo limites nos 
direitos humanos 
 
 
 
pessoas, que não participam 
diretamente nas hostilidades ou 
que são postas fora de combate 
por doença, ferimento, cativeiro 
ou qualquer outra causa, sejam 
respeitadas. Obrigam ainda que 
elas sejam protegidas contra os 
efeitos da guerra e caso sofram, 
que sejam socorridas e tratadas 
sem distinção. 
 2 Protocolos Adicionais: estes são 
apenas tratados que completam 
tratados já existentes. 
 
 
 
 
 Organismo multilaterais de 
negociações com a finalidade de 
assegurar de alguma maneira a 
existência da paz no mundo. 
 A Liga das Nações foi extinta logo 
após a Segunda Guerra Mundial e 
seu patrimônio foi incorporado 
pela atual Organização das Nações 
Unidas – ONU. 
 Deixa a lição de que existem 
limites a soberania dos estados, 
deixa a ideia de que era necessária 
a limitação dos poderes dos 
estados de alguma maneira. 
 Algumas regras internacionais 
deveriam valer acima do direito 
interno. 
 
 
 
 
 
 Fundada na ideia de justiça social e 
valores do trabalho, com finalidade 
estabelecer regras internacionais 
que se fizessem algum jeito de 
justiça econômica 
 Inicialmente vinculada à Liga das 
Nações, a OIT, após a dissolução 
daquele organismo internacional, 
passou a integrar o sistema das 
Nações Unidas. Sua finalidade 
inicial consistia em estabelecer 
alguns padrões internacionais para 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o Liga Das Nações: Instituída logo após o término da Primeira 
Guerra Mundial, seus fins estavam em promover a cooperação, 
a paz e a segurança internacionais. Seu documento constitutivo 
previa algumas questões referentes aos direitos humanos, tais 
como alguma proteção às minorias e o estabelecimento de 
parâmetros atinentes ao trabalho, mediante o compromisso 
dos Estados-partes em assegurar condições justas e dignas de 
trabalho para homens, mulheres e crianças. Por óbvio, ainda 
que de maneira tímida, os ditos dispositivos significavam 
alguma relativização à ideia de soberania absoluta, sobretudo 
porque a Convenção da Liga estabelecia sanções econômicas e 
militares a serem impostas pela comunidade internacional 
contra os Estados que violassem suas obrigações. 
Criada pelo Tratado De Versalhes com o objetivo de paz, ajustar 
as condições de trabalho e proteção de minorias foi substituída 
pela ONU. Conseguiu relativizar a soberania dos estados e 
aplicando sanções a estes. 
 
 
 
 
 
o Organização Internacional Do Trabalho: Foi criada em 1919, 
pelo Tratado de Versalhes, um documento que formalmente 
colocou fim à Primeira Guerra Mundial. Essa organização 
resulta da convicção formal de que a paz universal e 
permanente somente pode estar baseada na justiça social. 
A Organização Internacional do Trabalho – OIT é a única das 
agências do sistema das Nações Unidas com uma estrutura 
tripartite, composta de representantes de governos e de 
organizações de empregadores e de trabalhado 
Com a estrutura tripartite, baseou-se na justiça social através 
da dignidade do trabalho para conseguir a busca pela paz e 
igualdade. Este órgão ainda está em vigência até hoje fazendo 
parte da ONU. 
 
as condições de trabalho, 
fundados nos valores de dignidade 
e justiça. 
 Tripartite: formada por 
representantes dos governos, dos 
empregados e dos empregadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade da Aula 
É correto afirmar que há um direito internacional dos direitos 
humanosantes da segunda guerra mundial e outro depois? Ou 
será mesmo que de fato havia direito internacional dos 
direitos humano antes da segunda guerra mundial? 
 
R.: Sim. É correto afirmar que existiu um direito internacional 
antes e depois da segunda guerra mundial. Antes da segunda 
guerra mundial esse direito era fraco e não era muito 
externalizado, possuindo a liga das nações que acabou sendo 
substituída pela ONU, e foi criado a OIT que cuidava das 
relações de trabalho. Foi também utilizado o direito 
humanitário que cuidava dos conflitos armados e das 
situações de paz e guerra. Após a segunda guerra mundial, 
onde os direitos humanos foram fortemente violados, o 
direito internacional dos direitos humanos foi fortemente 
desenvolvido e externalizado sendo criado várias convenções 
e tratados para garantir estes direitos a todos. 
 
 
 
Aula 2 - Características e Classificações Dos 
Direitos Humanos 
 
o Nesta aula tentaremos responder o que são os Direitos 
Humanos em uma concepção geral. Dessa forma os direitos 
humanos são uma disciplina jurídica que versam sobre diversos 
temas: O tema da Segurança Pública é só um/apenas mais um 
dentro de um universo Conceitual/Protetivo. 
o Quando é que começamos a ouvir a expressão "Direitos 
Humanos é Coisa De Bandido"? É difícil precisar um momento 
exato, mas durante a década de 1980 a expressão citada acima 
ganhou força essencialmente porque os direitos humanos têm 
uma preocupação em proteger vítimas de abuso de poder, tem 
por preocupação e por finalidade proteger a pessoa humana 
das relações de poder desiguais. 
o As várias perspectivas de conceituação dos direitos humanos 
(jus naturalista, universalista e constitucional) informam 
diversas características, as quais, como principais, podem ser 
mencionadas: 
 
 
A Indivisibilidade 
Refere-se aos direitos relacionados ao homem como um todo, 
isto é, não há como cindir os direitos humanos em razão do 
indivíduo, pois esses ditos direitos representam um todo 
indivisível e indissociável da pessoa humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Objeto Dos Direitos Humanos 
 
 Uma vez estudadas as formas pelas 
quais os direitos humanos podem 
ser conceituados, podemos tratar 
de sua divisão em gerações ou 
dimensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Universalidade 
Tem em vista que tais direitos são inerentes a qualquer ser 
humano, independentemente de onde esteja ou venha a estar. 
 
A Interdependência 
Existem direitos que somente podem ser exercidos mediante o 
exercício de outros. Portanto, somente se exerce o direito à 
educação, por exemplo, quando há o prévio exercício do direito 
à vida. 
 
A Inter-Relação 
 
Certos direitos, ainda que não pressuponham o prévio exercício 
de outros, serão fruídos de forma mais adequada caso assim 
ocorram. O direito de opinião, por exemplo, não é inteiramente 
dependente do direito à educação, mas pode ser exercido com 
melhor qualidade caso esse último seja exercido na sua 
plenitude. 
 
 
 
 
 
 
Gerações 
 
Alguns autores tratam dos direitos humanos sob o enfoque em 
gerações, afirmando que, historicamente, os direitos civis e políticos 
foram reconhecidos primeiro, sem que haja um consenso em relação 
ao real momento, afirmando-se, de maneira geral, que seus traços 
podem ser identificados na Magna Carta Inglesa de 1215, quando o 
Rei João Sem Terra teve seus poderes limitados por imposição dos 
barões ingleses. 
 
Direitos De 1º Geração: Os direitos de primeira geração ou dimensão 
correspondem aos direitos civis e políticos, que representam o valor 
da liberdade. 
Direitos De 2º Geração: Já os de segunda geração representam os 
direitos sociais, econômicos e culturais, vinculados ao valor da 
igualdade. 
Direitos De 3º Geração: Por fim, os de terceira geração representam o 
direito ao meio ambiente, ao desenvolvimento, à paz, à livre 
determinação, traduzindo o valor da solidariedade. 
 
Em resumo, essas três gerações de direitos formam o lema da 
Revolução Francesa. Assim, os direitos civis e políticos são inerentes à 
liberdade. Já os direitos econômicos, sociais e culturais são ínsitos à 
ideia de igualdade e os direitos ao meio ambiente, à paz, ao 
desenvolvimento e à determinação correspondem ao sentido de 
fraternidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Tribunal De Nuremberg 
 Esse Tribunal significou um grande 
passo para a internacionalização 
dos direitos humanos. 
 Foi criado após a segunda guerra 
mundial, que teve como objetivo 
de ser criado para obter uma 
resposta aos graves 
acontecimentos ocorridos durante 
a 2º Guerra Mundial. 
 Esse Tribunal foi feito para punir as 
pessoas responsáveis pelos crimes 
contra a paz, contra a humanidade 
e contra crimes de guerra. E esse 
julgamento deveria ser a 
assegurado pelo amplo direito a 
defesa, e ter o devido processo 
legal, que deveria ser o direito de 
Estudado o objeto dos direitos humanos, é importante conhecermos 
o segundo momento de sua internacionalização. Com o término da 
Segunda Guerra Mundial, estava clara a necessidade de que a 
soberania dos Estados encontrasse alguns limites impostos pelo 
direito internacional. Afinal, diversas barbáries haviam sido cometidas 
em nome da lei e da soberania. Se a história ainda seria contada a 
partir do ponto de vista dos vencedores, ela não deveria terminar em 
execuções sumárias. 
É nesse contexto que o Tribunal de Nuremberg trouxe uma 
importante contribuição para o processo de internacionalização dos 
direitos humanos. 
 
A internacionalização dos direitos humanos tem como uma de suas 
principais causas a necessidade da adoção de providências que 
respondessem ao desejo de justiça, após o maior genocídio da 
história: a Segunda Guerra Mundial. O Tribunal de Nuremberg foi 
uma resposta aos graves acontecimentos ocorridos durante aquele 
conflito. A reaproximação entre o direito e a moral não comportaria a 
simples execução, por parte dos vencedores da Segunda Guerra, dos 
oficiais nazistas presos, até porque era exatamente isso que o 
nazismo fazia com suas vítimas. Um julgamento, no qual fosse 
assegurado o amplo direito à defesa, deveria ser direito de toda e 
qualquer pessoa, inclusive daqueles responsáveis pelo maior conflito 
armado da história. 
 
 
 
 
 
 
 
Críticas ao Tribunal De Nuremberg 
O artigo 6º, do Acordo firmado em Londres, definiu os crimes 
inscritos na competência do tribunal: 
 
Crimes Contra A Paz: Planejar, preparar, incitar ou contribuir 
para a guerra, ou participar de um plano comum ou 
conspiração para a guerra. 
Crimes De Guerra: Violação ao direito costumeiro de guerra, 
tais como: assassinato, tratamento cruel, deportação de 
populações civis, que estejam ou não em territórios ocupados, 
para trabalho escravo ou para qualquer outro propósito, 
assassinato cruel de prisioneiros de guerra ou de pessoas em 
alto-mar, assassinato de reféns, saques a propriedades públicas 
ou privadas, destruição de cidades ou vilas, ou devastação 
injustificada por ordem militar. 
Crimes Contra a Humanidade: Assassinato, extermínio, 
escravidão, deportação ou outro ato desumano contra a 
população civil, antes ou durante a guerra, ou perseguições 
baseadas em critérios raciais, políticos e religiosos, 
toda e qualquer pessoa, mesmo se 
fosse criminosa. 
 Nesse contexto, em 8 de agosto de 
1945, os governos do Reino Unido, 
dos Estados Unidos, o provisório 
da República Francesa e o da 
União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas assinaram o Acordo de 
Londres, que instituiu o Tribunal 
de Nuremberg, um tribunal militar 
internacional para julgar o alto 
escalão nazista por crimes de 
guerra e contra a humanidade, 
praticados durante a Segunda 
Guerra Mundial. Os procedimentos 
duraram 315 dias (de novembro de 
1945 a outubro de 1946) e 
aconteceram no 
Palácio da Justiça de Nuremberg, 
na Alemanha. 
 O Tribunal De Nuremberg já 
existia, porém,a partir deste 
momento obteve maior 
importância/relevância. Dando as 
pessoas menos favorecidas o 
direito a um processo justo/devido 
processo legal. 
 Os Direitos Humanos não se 
alimentam das barganhas da 
reciprocidade, eles atuam 
exatamente na proteção dos mais 
fracos/Dos menos 
favorecidos/hipossuficientes. 
 
 
 
 
 Uma vez que esse tribunal estaria 
julgando crimes que já havia 
acontecido, depois de ocorridos os 
fatos, e isso estaria violando o 
princípio penal da reserva legal, 
que afirma não haver crime sem lei 
anterior que o defina, nem pena 
sem a prévia cominação legal. 
 Também foi criticado pelo fato de 
ser um tribunal de exceção sendo 
desconstituído após o julgamento 
dos nazistas para julgar crimes que 
foram realizados anteriormente a 
sua criação. 
independentemente se em violação ou não do direito 
doméstico do país no qual foi perpetrado. 
 
A principal crítica ao Tribunal de Nuremberg consiste em 
afirmar que se trata de um tribunal de exceção, uma vez que 
julgou fatos anteriores à sua criação, vindo a dissolver-se logo 
depois do julgamento. Ademais, os crimes a serem julgados 
pelo tribunal somente foram definidos depois de ocorridos os 
fatos, isto é, pelo Acordo de Londres, de 1945. Tais práticas 
violariam o princípio do direito penal conhecido como reserva 
legal, que afirma não haver crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal. 
Em resposta, os defensores do tribunal afirmavam que os fatos 
violaram o direito costumeiro de guerra e que a ampla defesa 
era algo que os nazistas não davam às suas vítimas. Portanto, 
ao violarem o direito costumeiro de guerra, os nazistas teriam o 
amplo direito de defesa e não seriam sumariamente 
executados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importância Histórica Do Tribunal De Nuremberg 
O Tribunal de Nuremberg, historicamente, além de consolidar a 
importância da limitação da soberania nacional, reconheceu o 
indivíduo como titular de direitos em razão do próprio direito 
internacional. Com a proibição de crimes contra a humanidade 
e após um Estado ter sido responsabilizado no âmbito 
internacional, legalmente e politicamente, pelo que ocorreu 
dentro de seu território, com seus próprios nacionais, criaram-
se as condições para o fortalecimento e a aceleração do 
processo de internacionalização dos direitos humanos. 
 
Crimes Internacionais Demonstrados No Processo 
Os crimes que o tribunal reputou, demonstrados ao longo do 
meticuloso processo a que presidiu e extraídos do próprio 
 O elogio feito a esse tribunal é que 
ele se utilizou de um meio 
diferente para julgar os seus 
acusados, garantindo a ampla 
defesa e contraditório e não 
permitindo a estes fossem 
executados (mortos). 
 A principal importância foi que 
esse tribunal deu um avanço na 
internacionalização dos direitos 
humanos relativizou a soberania 
dos estados tornou também o 
indivíduo um sujeito de direitos 
internacionais e não mais apenas 
nacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
catálogo de crimes do texto da sentença condenatória proferida 
pelos juízes aliados, podem ser assim listados: 
o Preparação De Guerra mediante a violação das obrigações 
internacionais contraídas em Versalhes. Essa preparação 
começou com a chegada de Hitler ao poder. 
o Enquanto a preparação prosseguia, mais ou menos 
clandestinamente, o Reich "Reino" subscrevia novos tratados 
de paz, amizade e não agressão com diversos países que 
ulteriormente atacou. 
o Anexação da Áustria e Checoslováquia, agressão à Polônia, à 
Rússia, à Dinamarca, à Noruega, à Bélgica, à Holanda e à 
Luxemburgo e mais tarde à Iugoslávia e à Grécia. 
o Crimes contra prisioneiros de guerra, demonstrados com 
"provas esmagadoras em número e clareza", diz a sentença. 
Esses crimes "resultam da concepção da guerra total", continua 
o documento, e chegaram a ser "fixados pormenorizadamente, 
muito tempo antes do ataque propriamente dito". Esses crimes 
são assassinatos, trabalhos forçados e os mais cruéis maus 
tratos contra prisioneiros de guerra de toda natureza. Contra a 
população não combatente, as atrocidades levadas a efeito ou 
simplesmente planejadas, como as experiências executadas em 
prisioneiros de guerra russos, para obter um meio de propagar 
rapidamente epidemias na população civil da Rússia ocupada. 
Nos campos de concentração, onde se recolhiam tanto os 
prisioneiros de guerra quanto a população civil não 
combatente, dos países ocupados, funcionaram as câmaras de 
gás e de incineração de vítimas, e outros meios terríveis e 
modernos de extermínio. A sentença afirmou que o número de 
seres humanos mortos ou atormentados nesses campos 
atingiram a vários milhões. Em um só setor da Rússia 
Meridional pereceram, por esses processos, noventa mil 
pessoas. 
o Pilhagem metódica dos países ocupados, abrangendo não 
somente tesouros artísticos e científicos de renome 
internacional, mas grandes quantidades de objetos úteis à vida 
civil comum. 
o Instituição do trabalho escravo na Alemanha pela utilização de 
prisioneiros de guerra ou simplesmente de habitantes de zonas 
ocupadas. Os trabalhadores dessa categoria eram sujeitos a 
maus tratos e duras humilhações. Hitler chegou a se gabar do 
fato de que 250 milhões de homens trabalhavam nessas 
condições para a vitória do nazismo e mais de 100 milhões 
trabalhavam, indiretamente, para o mesmo fim. 
 
A Organização Das Nações Unidas (ONU) 
Com várias agências especializadas, a ONU foi criada pela Carta 
da ONU, assinada em São Francisco, no dia 26 de junho de 
1945, após o encerramento da Conferência das Nações Unidas 
sobre a Organização Internacional, entrando em vigor em 24 de 
outubro daquele mesmo ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos termos do art. 1º da Carta da ONU, 
são objetivos da organização: 
 
 Manter a paz e a segurança 
internacionais. Para esse fim, tomar 
medidas coletivas eficazes para 
prevenir e afastar ameaças à paz e 
reprimir os atos de agressão, ou 
outra qualquer ruptura da paz, e 
chegar, por meios pacíficos e em 
conformidade com os princípios da 
justiça e do direito internacional, a 
um ajuste ou a uma solução das 
controvérsias ou situações 
internacionais que possam levar a 
uma perturbação da paz. 
 Desenvolver relações de amizade 
entre as nações, baseadas no 
respeito do princípio da igualdade 
de direitos e da autodeterminação 
dos povos, e tomar outras medidas 
apropriadas ao fortalecimento da 
paz universal. 
A sua criação representou o surgimento de uma nova ordem 
internacional, dedicando-se, entre outras finalidades, à 
manutenção da paz e segurança internacional, ao 
desenvolvimento de relações amistosas entre os Estados, à 
adoção da cooperação internacional no plano econômico, social 
e cultural, à adoção de um padrão internacional de saúde, à 
proteção ao meio ambiente, à criação de uma nova ordem 
econômica internacional e à proteção internacional dos direitos 
humanos 
 
Atividade da Aula 
Que aspectos inerentes aos direitos humanos os levaram ao rótulo 
de direitos dos bandidos? 
R.: Em síntese, os direitos humanos não visão a proteção do 
indivíduo isolado, muito menos para a proteção de integrantes de 
relações sociais, nas quais há equilíbrio de poder entre as partes. Os 
direitos humanos tutelam, predominantemente, relações de poder 
desigual. Frente ao estado mesmo as pessoas vistas como bandido, 
são hipossuficientes, aplicando-se a elas os direitos humanos, assim 
como as vítimas de negligência em um tratamento de saúde por 
exemplo. 
 
 Aula 3 - A Proteção Dos Direitos Humanos Em 
Âmbito Internacional 
o O indivíduo enquanto sujeito de direito internacional - O 
indivíduo também deve ser reconhecido como sujeito de 
Direito Internacional, com capacidade de possuir e exercer 
direitos e obrigações de cunho internacional. Os indivíduos ou 
pessoas naturaissão sujeitos de Direito Internacional, ao lado 
dos Estados e organizações internacionais (entes de Direito 
Público externo). 
Direito Internacional Público: Se caracteriza por ser uma 
disciplina jurídica que estuda as relações de direito uniforme, 
objeto das convenções e tratados. Estuda as relações entre os 
estados, essas são formalidades pelos acordos. 
o Em regra, os estados são os Sujeitos De Direito Internacional 
Público. 
o O Estado está preso em um paradoxo, pois é o maior 
responsável por violar e por evitar violações. 
o O Estado ainda que seja o maior violador ele também é 
responsável por assegurá-los. 
o Prestações/Obrigações Positivas Do Estado: As obrigações são 
positivas quando a prestação do devedor implica dar ou fazer 
alguma coisa. 
o Prestações/Obrigações Negativas Do Estado: Quando importam 
numa abstenção. 
o Deve o Estado assegurar os direitos humanos na concepção de 
liberdade e abstenção, na concepção de igualdade. 
o As Convenções/Direitos Humanos/Direito Internacional Público 
são para proteger o indivíduo se tornando sujeito de Direito 
Internacional Público. 
 Realizar a cooperação internacional, 
resolvendo os problemas 
internacionais de caráter 
econômico, social, cultural ou 
humanitário, promovendo e 
estimulando o respeito pelos 
direitos do homem e pelas 
liberdades fundamentais para 
todos, sem distinção de raça, sexo, 
língua ou religião. 
 
 
 
 
 
 
 
 Compete a Assembleia Geral 
discutir e fazer recomendações 
relativamente a qualquer matéria 
objeto da carta; 
 Todos os membros das Nações 
Unidas são também da Assembleia 
Geral; 
 Para serem aprovadas precisam de 
2/3 dois terços da maioria dos 
presentes; 
 Para serem aprovadas precisam de 
mais da metade dos votos 
presentes; 
 Artigo 18.: 
1. Cada membro da Assembleia 
Geral terá um voto. 
2. As decisões da Assembleia Geral, 
em questões importantes, serão 
tomadas por maioria de dois 
terços dos membros presentes e 
votantes. Essas questões 
compreenderão: recomendações 
relativas à manutenção da paz e 
da segurança internacionais, à 
eleição dos membros não 
permanentes do Conselho de 
Segurança, à eleição dos 
membros do Conselho 
Econômico e Social, à eleição dos 
membros do Conselho de Tutela, 
o Comitês criados pelas convenções Da ONU. 
 
 
Nos termos do art. 7º da Carta da ONU, ratificada pelo Brasil por meio 
do Decreto Nº 19.841, de 22 de outubro de 1945, que adiciona o art. 
7. 2., no qual os órgãos subsidiários podem ser criados, quando 
necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para a consecução desses objetivos, as Nações Unidas foram 
organizadas em diversos 
órgãos. Os principais são: 
o Assembleia Geral: Compete à Assembleia Geral discutir e fazer 
recomendações relativamente a qualquer matéria objeto da 
Carta. Todos os membros das Nações Unidas são também da 
Assembleia Geral, com direito a um voto (art. 18). As decisões 
em questões importantes são tomadas pelo voto da maioria de 
dois terços dos membros presentes e votantes. As questões 
importantes incluem aquelas enumeradas no art. 18. 2. e 
outras, a depender do voto da maioria dos membros presentes 
e votantes (art. 18. 3.). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
de acordo com o parágrafo 1 (c) 
do artigo 86, à admissão de 
novos membros das Nações 
Unidas, à suspensão dos direitos 
e privilégios de membros, à 
expulsão dos membros, 
questões referentes ao 
funcionamento do sistema de 
tutela e questões orçamentárias. 
3. As decisões sobre outras 
questões, inclusive a 
determinação de categoria 
adicionais de assuntos a serem 
debatidos por uma maioria dos 
membros presentes e que 
votem. 
 
 
 Principal responsabilidade na 
manutenção da paz e segurança 
internacionais; 
 Composto por 15 não permanentes 
e 5 permanentes. (os permanentes 
ganharam essa categoria devido a 
sua força econômica e sua força 
militar; 
 Questões Processuais: Para ser 
aprovadas precisam de 9 votos dos 
membros; 
 Questões Materiais: Para ser 
aprovadas precisam de 9 votos dos 
membros, porém 5 precisam ser 
dos permanentes; 
 Membros Permanentes: Os 
membros permanentes são China, 
França, Reino Unido, Estados 
Unidos e, desde 1992, Rússia, que 
sucedeu a União das Repúblicas 
Socialistas Soviéticas – URSS. 
 Membros Não Permanentes: Os 
membros não permanentes são 
eleitos pela Assembleia Geral para 
mandato de dois anos, 
considerando a contribuição deles 
para os propósitos das Nações 
Unidas e a distribuição geográfica 
equitativa, nos termos do art. 23 da 
Carta. 
 Artigo 27.: 
1. Cada membro do Conselho de 
Segurança terá um voto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o O Conselho De Segurança: É o órgão da ONU com a "principal 
responsabilidade na manutenção da paz e segurança 
internacionais" (art. 24). É composto por cinco membros 
permanentes e dez não permanentes. 
Cada membro do Conselho de Segurança tem direito a um voto. 
As deliberações do Conselho, em questões processuais, são 
tomadas pelo voto afirmativo de nove membros. Em relação às 
questões materiais, as deliberações também são tomadas pelo 
voto afirmativo de nove membros, incluindo, necessariamente, 
os votos afirmativos de todos os cinco membros permanentes, 
conforme prevê o art. 27. 3.. É dessa prescrição que resulta o 
poder de veto dos membros permanentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. As decisões do Conselho de 
Segurança, em questões 
processuais, serão tomadas pelo 
voto afirmativo de nove 
membros. 
3. As decisões do Conselho de 
Segurança, em todos os outros 
assuntos, serão tomadas pelo 
voto afirmativo de nove 
membros, inclusive os votos 
afirmativos de todos os 
membros permanentes, ficando 
estabelecido que, nas decisões 
previstas no capítulo VI, no 
parágrafo 3 do art. 52, aquele 
que for parte em uma 
controvérsia se absterá de votar. 
 
 
 
 Todos os estados-países membro da 
Assembleia Geral podem levar 
questões a Corte; 
 Formada por 15 países; 
 Resolvem questões contenciosas e 
consultivas; 
 Contencioso: Em que há ou pode 
haver contestação e discussão em 
juízo. 
 Consultiva: Respeitante à consulta, 
que está relacionado engloba 
conselho de opinião; 
 Artigo 92.: Seu funcionamento é 
disciplinado pelo Estatuto da Corte, 
que foi anexado à Carta. 
 Nos termos do art. 92 da Carta, a 
Corte Internacional de Justiça é o 
principal órgão judicial das Nações 
Unidas, composto por quinze juízes. 
 Dispõe a Corte de competência 
contenciosa e consultiva. Contudo, 
somente os Estados são partes em 
questões perante ela (art. 34 do 
Estatuto). 
 De acordo com o art. 93, todos os 
membros das Nações Unidas são 
partes do Estatuto da Corte 
Internacional de Justiça. 
 Artigo 93.: um Estado, que não for 
membro das Nações Unidas, poderá 
tornar-se parte no Estatuto da 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
o A Corte Internacional De Justiça: O Tribunal Internacional de 
Justiça ou Corte Internacional de Justiça é o principal órgão 
judiciário da Organização das Nações Unidas. Tem sede em 
Haia, nos Países Baixos. Por isso, também costuma ser 
denominada como Corte de Haia ou Tribunal de Haia. Sua sede 
é o Palácio da Paz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte Internacional de Justiça, em 
condições que serão determinadas, 
em cada caso, pela Assembleia 
Geral, mediante recomendação do 
Conselho de Segurança. 
 
 
 
 Composto por 54 membros e tem 
competência para promover a 
cooperação em questões 
econômicas, sociais e culturais, 
incluindo os direitos humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ajudar no processo de 
descolonização e de 
autodeterminação dos povos. 
Pouco utilizado atualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Principal órgão da administração da 
ONU (Funciona como Presidente); 
 Indicado para mandato de cinco 
anos pela Assembleia Geral, a partir 
 
 
 
 
 
 
o O Conselho Econômico e Social:

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