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Fundamentos da legislação trabalhista
Fundamentos da legislação trabalhista: conceitos de empregado, empregador, autônomo, avulso, estagiário, relação de emprego; admissão e demissão de empregados, remuneração; jornada de trabalho, férias, poder disciplinador empregador
O surgimento de leis trabalhistas consolidadas no Brasil emerge em um contexto de crescente industrialização, de influência de países europeus na criação de leis de proteção aos trabalhadores e também de compromisso nacional com a Organização Internacional do Trabalho, juntamente com outras políticas trabalhistas do governo da época, tal como a criação da Justiça do Trabalho em 1941.
Para desempenhar suas atividades na área de Recursos Humanos de uma organização, algumas noções sobre a legislação trabalhista são fundamentais. Você não precisa ter domínio ou aprofundamento em Direito do Trabalho, mas deve estar ciente, por exemplo, de que todas as empresas que atuam no Brasil têm suas relações de trabalho regulamentadas por normas jurídicas válidas nacionalmente reunidas nos mais de 900 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, criada em 1943.
Dessa forma, é na CLT que buscaremos fundamentação sobre as relações de trabalho individuais e coletivas e sobre os direitos do trabalhador.
A CLT, em seu artigo 3º, considera empregado toda pessoa física que presta o serviço de natureza não eventual a um empregador sob dependência e recebendo um pagamento fixo ou variável.
O trabalhador é aquele que presta serviço de natureza eventual e não possui vínculo empregatício; pessoa que presta seus serviços esporadicamente.
Todo empregado é um trabalhador, mas nem todo trabalhador é um empregado. Existem quatro elementos que determinam essa diferença: pessoalidade, não-eventualidade, subordinação e remuneração. O trabalhador só é considerado um empregado quando preencher esses quatro elementos.
Existem diferentes tipos de trabalhadores:
Trabalhador eventual
É a pessoa física que eventualmente trabalha para outra pessoa ou mesmo uma empresa. Exemplo: 
pintor.
Trabalhador avulso
Não tem vínculo empregatício e presta serviço para área urbana e/ou rural com a intermediação de um órgão específico, um sindicato. Exemplo: vigilante de embarcação.
Trabalhador temporário
É aquele que presta serviço para uma empresa para atender à necessidade transitória de um determinado momento. Exemplo: funcionários contratados para determinada época do ano, como o período de Páscoa, para fabricação dos ovos de chocolate. Caso passe três meses do contrato, o trabalhador passa a ser empregado da empresa.
Trabalhador Estagiário
Trabalha para complementar os seus conhecimentos adquiridos em sala de aula. Seu vínculo de estágio está relacionado diretamente com uma instituição de ensino. A atividade de estágio não está sujeita à Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Exemplo: estudantes acima de 16 anos.
Trabalhador autônomo
Sua principal característica é a autonomia. Ele trabalha de forma independente. O trabalhador liberal é um autônomo. Exemplo: advogado e contador.
Por falar em trabalhador, você já pensou sobre a diferença entre os termos empregado e trabalhador?
Como vimos, o conceito de empregado pressupõe uma relação com o empregador. Vejamos, então, o conceito de empregador.
A CLT, em seu artigo 2º, considera empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite e dirige a prestação pessoal de serviços.
§1.º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2.º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou instituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
Portanto, é o empregador quem assume os riscos da atividade econômica da empresa. Ele deve atrair investimentos para ela, assim como assumir a responsabilidade pelos prejuízos que ocorrerem. O empregador dirige a empresa, contrata os empregados e efetua pagamento a eles, pois prestam serviços que não podem ser gratuitos.
Relação de emprego
Já sabemos que empregador e empregado estão envolvidos por meio de uma relação de emprego. Agora, conheceremos as principais características dessa relação.
Pessoalidade - O empregado deve ser uma pessoa física e ele mesmo deve realizar os serviços para os quais foi contratado.
Serviço não eventual - Os serviços devem ser prestados de maneira contínua, de acordo com as necessidades da empresa, nunca de maneira eventual.
Subordinação jurídica e hierárquica - O empregado deve seguir a subordinação existente na empresa, observar as suas diretrizes e obedecer, com respeito, às suas normas.
Pagamento de salário - O empregado deve receber salários pelos serviços que prestar para a empresa.
A relação de emprego, do ponto de vista técnico-jurídico, é apenas uma das modalidades específicas de relação de trabalho juridicamente configuradas. Corresponde a um tipo legal próprio e específico, inconfundível com as demais modalidades de relação de trabalho ora vigorantes (DELGADO, p. 285,2007).
Para firmar a relação de emprego entre o empregador e o empregado deve-se elaborar o contrato de trabalho que admite formas tácita e expressa, bem como verbal e escrita (artigo 443 da CLT). Assim, a existência do contrato escrito é condição de segurança para o empregador, pois qualquer informalidade, ou ainda ilegalidade, pode acarretar riscos para a empresa.
O contrato é um acordo de vontades entre empregado e empregador no qual o primeiro compromete-se a trabalhar para o segundo mediante uma remuneração. Além desse contrato, é importante existir entre as partes um compromisso de lealdade: o empregado presta serviços com dedicação e responsabilidade e o empregador oferece oportunidades e cumpre as determinações da legislação trabalhista.
Quanto à duração, os contratos de trabalho podem ser de prazo determinado ou indeterminado.
Além disso, há modalidades diferentes. Quanto à forma, um contrato poderá ser:
Tácito - É aquele em que nada se convencionou; nasce espontaneamente.
Expresso - É aquele em que as partes acertaram suas condições, podendo ser verbal ou escrito.

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