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Estética e Cultura de Massa UNISUAM Prof. Tony Queiroga Apocalípticos e Integrados Umberto Eco (1932-2016) Semiólogo, filósofo, ensaísta e escritor italiano “Apocalípticos e Integrados” (1964); clássico sobre a cultura de massa - o autor analisa o fenômeno da comunicação e da cultura de massa de um ponto de vista sociológico. Fedro Platão Mito de Thoth (antigo deus egípcio) Apresenta a escrita ao rei Tamus O registro escrito x memória “... toda modificação dos instrumentos culturais, na história da humanidade, se apresenta como uma profunda colocação em crise do “modelo cultural” precedente; e seu verdadeiro alcance só se manifesta se considerarmos que os novos instrumentos agirão no contexto de uma humanidade profundamente modificada , seja pelas causas que provocaram o aparecimento desses mesmos instrumentos, seja pelo uso desses mesmos instrumentos.” p. 34 Crítica à CM Os meios massivos se dirigem a um público heterogêneo a partir de um gosto médio Uma cultura homogênea tende a diferenças culturais do público heterogêneo Os meios massivos se moldam pelo gosto vigente, sem promover novas sensibilidades; conformismo Provocam emoções imediatas, já prontas, ao invés de representá-las, sugeri-las Crítica à CM Na lógica capitalista da lei da oferta e da procura, eles oferecem apenas o que o público quer e deseja Diluem e nivelam a divulgação de produtos da cultura superior Reforçam uma visão passiva e acrítica do mundo Defesa da CM A CM não é típica do sistema capitalista, mas de uma sociedade industrial A CM não tomou o lugar da cultura superior, mas sim permite acesso a bens culturais a uma multidão que antes não os consumia O acumulo de informação (nos mcm) pode resultar numa melhor formação para os indivíduos na sociedade de massa Defesa da CM Historicamente, desde sempre, a produção e consumo de bens culturais de valor duvidoso (violência, programas de tv de baixa qualidade etc) existiu; não é privilégio da CM Um gosto homogêneo contribuiria para uma sociedade mais unificada etc, em algumas partes do mundo Os mcm não são estilisticamente e culturalmente conservadores; eles mesmos são linguagens recentes e oferecem experiências estéticas novas Posição de Eco Os defensores da CM erram por pensar que a livre e intensa circulação de produtos culturais de massa é positiva (...) O erro dos críticos é pensar que, por natureza, a cultura de massa seja radicalmente má, por ser um fato industrial; assim como imaginar ser possível hoje uma cultura não condicionada pela lógica industrial Posição de Eco O problema de toda a análise do fenômeno Comunicação de Massa/Cultura de Massa é a formulação errada da pergunta central É bom ou mau que exista a cultura de massa? Quando a pergunta certa é: na medida em que não podemos fugir da situação de uma sociedade industrial (CM, CM), qual a ação cultural possível a fim de permitir que esses meios possam veicular valores culturais? Proposta de Eco Os homens de cultura, as comunidades culturais, devem proceder uma intervenção ativa no campo da comunicação de massa, de forma a garantir a qualidade dos produtos culturais produzidos. “O silêncio não é protesto, é cumplicidade; o mesmo ocorrendo com a recusa ao compromisso” p. 52
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