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1 2 FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR - ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO

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ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO
GRADUANDO: TARCÍSIO RODRIGUES – CURSO: MEDICINA – TURMA: 81B – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOA ACS 
 
 
As câmaras cardíacas são 
constituídas por células miocárdicas 
por meio das quais a atividade 
elétrica se propaga. A massa muscular 
cardíaca apresenta em seu interior 
estruturas especializadas na 
condução da atividade elétrica no 
coração. 
ARRANJO DAS CAVIDADES ATRIAIS E 
VENTRICULARES 
 
ESTRUTURA LOCALIZAÇÃO 
Nodo sinusal 
(sinoatrial, NSA, 
marca-passo card.) 
Átrio direito 
(desembocadura 
VCS) 
Nodo 
atrioventricular 
(NAV) 
Átrio direito 
(seio coronário, 
interior septo 
interatrial) 
Feixe de Hiss NAV (até a 
musculatura 
ventricular) 
Fibras de 
Purkinje 
Extensão do 
feixe para os 
ventrículos 
REGISTRO DO POTENCIAL DE AÇÃO DE 
UMA CÉLULA MIOCÁRDICA 
 
O potencial de repouso da célula 
ventricular é de -90mV, também 
chamado de fase 4. Quando a célula 
miocárdica é estimulada, gera-se um 
potencial de ação que culmina nas 
fases: fase 0 (despolarização rápida), 
fase 1 (repolarização rápida), fase 2 
(platô), fase3 (repolarização lenta) e 
fase 4 (potencial de repouso). 
 
 
O potencial transmembrana depende 
das concentrações iônicas nas duas 
faces da membrana plasmática e da 
dinâmica iônica a cada momento. A 
expressão do valor do potencial 
depende da condutância dos íons à 
membrana e dos potenciais de 
equilíbrio. 
ÍON INTRA EXTRA 
Na+ 145nM 10nM 
K+ 4,5nM 140nM 
 
As concentrações são mantidas pela 
atividade da bomba de sódio/potássio 
que transporta na proporção 3:2 de 
sódio intra e potássio extra 
respectivamente. 
ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO
GRADUANDO: TARCÍSIO RODRIGUES – CURSO: MEDICINA – TURMA: 81B – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOA ACS 
CORRENTE DE INFLUXO: entrada de 
carga positiva ou saída de carga 
negativa. 
CORRENTE DE EFLUXO: saída de carga 
positiva e entrada de carga negativa. 
POTENCIAL DE REPOUSO = Nº INFLUXO 
+ = Nº EFLUXO + 
 
Para ativação normal do miocárdio é 
necessário que o potencial seja 
mantido na faixa de -80 a -90mV. O 
motivo é porque o canal de Na+, 
apresenta potencial de inativação 
dependente de voltagem, sendo 
provavelmente inativado em -90mV. 
 
 
 
Os potenciais de ação cardíacos são 
de longa duração e mudam a 
conformação gráfica de acordo com a 
região a qual está sendo analisada. 
POTENCIAL DE AÇÃO RÁPIDO 
FASE 0: apresenta a corrente de 
influxo de Na+ como principal 
responsável pela despolarização 
inicial. 
FASE 1: caracterizada por rápida e 
transitória repolarização devido à 
abertura dos canais para K+, 
causando seu efluxo. Estes canais 
apresentam uma rápida cinética de 
ativação e inativação, explicando, 
assim, seu caráter transitório. O Cl- 
influi para o meio intracelular em 
quase todas as fases da 
repolarização. 
 
FASE 2: nesta fase as correntes 
despolarizantes (influxo de Na+ e Ca²+) 
e repolarizantes (efluxo de K+ e Cl-) 
apresentam amplitudes praticamente 
igual, razão pela qual o potencial 
transmembrana permanece 
relativamente estável – platô. 
Destaca-se a corrente de Ca2+ do tipo 
L. 
FASE 3: repolarização rápida devido a 
predominância das correntes de 
efluxo, principalmente de K+. 
FASE 4: células apresentam um 
potencial de repouso estável devido 
ao equilíbrio, aproximado, das 
correntes de efluxo e influxo, 
tornando-a nula. 
 
POTENCIAL DE AÇÃO LENTO 
Nas células do NSA e NAV, a principal 
corrente despolarizante e 
responsável pela fase 0 é a corrente 
de Ca²+ do tipo L. Por isso, a 
propagação do potencial de ação nos 
nodos é também lenta. Além disso, o PA 
não apresenta fase 1 nem fase 2, não 
propriamente falando. 
 
ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO
GRADUANDO: TARCÍSIO RODRIGUES – CURSO: MEDICINA – TURMA: 81B – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOA ACS 
PERÍODO REFRATÁRIO DO POTENCIAL DE 
AÇÃO CARDÍACO 
Não é possível a geração de um novo 
potencial de ação decorrente do fato 
dos canais de Na+ estarem ou abertos 
ou inativados, só pode ocorrer depois 
que tenham ocorrido ao menos 50% de 
repolarização – PERÍODO REFRATÁRIO 
ABSOLUTO (PRA). 
Momento em que um estímulo com 
intensidade supralimiar é capaz de 
disparar um segundo potencial de 
ação, que apresenta menor taxa de 
despolarização da fase 0 e menor 
velocidade de propagação – PERÍODO 
REFRATÁRIO RELATIVO (PRR). 
O intervalo de tempo mínimo 
necessário para que dois potenciais 
de ação propagados, sucessivos, 
possam ser estimulados com estímulo 
de intensidade limiar – PERÍODO 
REFRATÁRIO EFETIVO (PRE). 
 
 
SÍNDROME DO QT LONGO TIPO 3 (LTQ3) 
Mutações genéticas promovem o 
ganho de função do canal para Na+ 
ao removerem a inativação rápida, 
causando maior persistência da 
corrente de Na+ durante o platô do 
potencial de ação. PROLONGAMENTO 
QT: taquicardias ventriculares 
 
SÍNDROME DE BRUGADA 
Doenças progressiva de condução e 
à síndrome do nodo sinusal, devido à 
perda de função do canal para Na+. 
 
 
SÍNDROME DE TIMOTHY 
Mutação remove a inativação 
dependente de voltagem, 
prolongando a duração do potencial 
de ação cardíaco. Causa arritmias 
cardíacas e morte súbita. 
 
 
 
NSA, NAV e fibras de Purkinje são 
capazes de gerar, espontaneamente, 
potenciais de ação. Nesses tecidos, a 
repolarização ao final de um potencial 
de ação seguida de uma 
despolarização lenta da membrana. As 
fibras de Purkinje é despolarizada por 
impulsos propagados originados no 
NSA antes que alcance seu próprio 
Potencial Limiar. Em casos de falha em 
um segundo impulso sinusal, a 
despolarização diastólica da fibra de 
Purkinje pode atingir seu Potencial 
Limiar e causar um batimento de 
escape. 
 
 
 
A propagação do potencial de ação no 
miocárdio ocorre em três dimensões. 
As correntes formam um circuito 
fechado, percorrendo o espaço 
extracelular, atravessa a membrana 
celular, percorrendo o espaço 
ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO
GRADUANDO: TARCÍSIO RODRIGUES – CURSO: MEDICINA – TURMA: 81B – UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOA ACS 
intracelular e novamente 
atravessando a membrana para o meio 
extracelular. 
 
JUNÇÕES COMUNICANTES 
 
O espaço intercelular do miocárdio 
apresenta regiões denominadas 
discos intercalares, onde se 
encontram estruturas juncionais. 
Algumas são de junção de adesão 
mecânica. Outras são junções 
especializadas em comunicação, como 
as junções comunicantes. 
HEMICANAL 
 
 
 
A atividade elétrica no coração, inicia 
em um grupo de células no NSA e 
propaga-se até o ponto entre a veia 
cava e o átrio direito. Espalha-se 
pelos dois átrios, alcançando o NAV, 
situado próximo ao seio coronariano. 
O estímulo elétrico alcança o feixe de 
Hiss e, posteriormente, as fibras de 
Purkinje. Propagam-se pela 
musculatura ventricular. 
 
CASO CLÍNICO 
 
Uma senhora de 84 anos se queixou com seu 
vizinho de estar sentindo falta de ar e 
muito cansaço ao subir as escadas de casa 
e até mesmo ao dar poucos passos. O 
vizinho, estudante de medicina, aferiu o 
pulso da senhora e, para surpresa de 
ambos, observou frequência cardíaca de 40 
bpm. A senhora foi aconselhada a procurar 
um cardiologista, que, após fazer o devido 
exame clínico e anamnese, realizou um 
eletrocardiograma. O estudo confirmou a 
baixa frequência cardíaca e identificou a 
ausência de ondas P. Sendo assim, foi 
concluído que o coração da senhora tinha 
perdido a função tanto do NSA quanto do 
NAV. Isso demonstra claramente como a 
sequência NSA > NAV > feixe de His > ramos 
do feixe de His funciona no dia a dia e como 
a estrutura de frequência intrínseca 
imediatamente inferior assume o papel de 
marcapasso cardíaco. 
 
 
SISTEMA NERVOSO PARASSÍMPÁTICA 
 
A ativação vagal libera acetilcolina 
que quando interage com os 
receptores muscarínicos, M2, 
acarretam efeitos, cronotrópicos 
negativos, importantes na ativação 
cardíaca: bradicardia, redução da 
força de contração atrial e bloqueio 
de condução atrioventricular. 
 
ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO
GRADUANDO: TARCÍSIO RODRIGUES – CURSO: MEDICINA – TURMA: 81B – UNIVERSIDADE FEDERAL DEALAGOA ACS 
SISTEMA NERVOSO SÍMPÁTICA 
 
A ativação simpática ocasiona a 
liberação de norepinefrina nos 
terminais nervosos em contato com 
todo o miocárdio. A epinefrina 
interage com receptores beta 
adrenérgicos presentes. Os principais 
efeitos da ativação simpática no 
coração são: taquicardia, facilitação 
da condução atrioventricular, 
aumento na força de contração atrial 
e ventricular, além de aceleração do 
relaxamento ventricular. 
- 
Os dois sistemas – parassimpático e 
simpático – atuam, geralmente, 
simultaneamente, com predominância 
de um ou outro no sentido de adequar, 
a cada instante, a atividade do 
coração à sua primordial função de 
bombear sangue, gerando fluxo 
sanguíneo adequado para a eficiente 
perfusão de todos os tecidos. 
 
Referência: Aires, Margarida de Mello 
Fisiologia / Margarida de Mello Aires. - 5. ed. 
- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.

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