Pluralismo jurico no filme Cidade de Deus pdf

Prévia do material em texto

Trabalho sobre o filme Cidade de Deus 
 
Alunos: Maraivam paulino Lins mat: 201909031275 
 José Carlos Santiago mat: 201908013486 
 
 
 Monismo jurídico estatal 
Monismo jurídico estatal preconiza que o direito deve coincidir unicamente como 
direito positivo do Estado, não considerando a existência de um direito natural. 
 
Pluralismo jurídico 
Pluralismo jurídico é uma forma de direito caracterizada por não buscar as normas 
apenas no ordenamento jurídico estatal positivado. 
 
Filme Cidade de Deus 08-2002 
Por volta dos anos 60, a Cidade de Deus foi construída e muita famílias que tinham 
ficadas desamparadas, na sequência de incêndios e enchentes, foram deslocadas para lá. 
As famílias assim chegaram, na esperança de encontrar um paraíso, porem a realidade 
era bem diferente, ou seja, não tinham condições básicas, como água, luz, esgoto e 
asfalto, mesmo assim o numero de habitantes, só fazia aumentar. 
O poder publico não se importava com a situação, já que a Cidade de Deus ficava 
muito longe do cartão postal do Rio de Janeiro. Nos anos 80, o crime organizado 
cresceu de forma rápida e a comunidade se tornou um dos locais mais perigosos da 
cidade. 
A obra cinematográfica Cidade de Deus, com certeza demonstra uma realidade muito 
diferente daquela vivida pela parcela de brasileiros com mais condições financeiras. Um 
aspecto que fica bem evidente neste filme é a falta de infraestrutura básica para as 
pessoas que vivem na Cidade de Deus, situação peculiar em praticamente todos os 
bairros pobres do Brasil afora. Neles, não existem, ruas asfaltadas, eletricidade, água, 
internet, rede do esgoto, entre outras deficiências, sendo que tudo isso tem uma relação 
direta com o direito fundamental de qualquer cidadão a uma existência digna, 
praticamente faltante nesses bairros mais pobres. 
Portanto com essa falta de importância do poder publico, fica evidente a falta de uma 
verdadeira base jurídica estatal naquela comunidade, permitindo, respectivamente, a 
emergência de um poder local a partir dos donos de bocas de tráfico na favela. 
Consequentemente, a realidade jurídica observada é o que, em teoria do Direito, 
costuma-se denominar pluralismo jurídico. Em outras palavras, com a ausência material 
do estado na Cidade de Deus, nota-se a inspiração de um verdadeiro ordenamento 
jurídico local, em paralelo ao ordenamento jurídico do Estado brasileiro. 
Esse tipo de acontecimento foi bem defendido e estudado pelo sociólogo português 
Boaventura de Souza Santos em seu trabalho “Notas Sobre a Historia Jurídico Social 
de Pasargada”.