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SOLUÇÕES DE CONFLITOS NO MERCOSUL AULA 04

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COMÉRCIO INTERNACIONAL
SOLUÇÃO DE CONFLITOS NO MERCOSUL
solução de conflitos no Mercosul
O mecanismo de solução de controvérsias no Mercosul passou por quatro fases até chegar a configuração atual, quais sejam:
o Anexo III do Tratado de Assunção, 
o Protocolo de Brasília, 
o Protocolo de Ouro Preto, 
até chegar ao atual, o Protocolo de Olivos
solução de conflitos no Mercosul
Tratado de Assunção
O Tratado de Assunção estabeleceu, na formação do Mercosul, um sistema provisório de solução de conflitos obrigatório para todos os Estados-membros, deveria ser criado outro no prazo de cento e oitenta dias, a contar da entrada em vigor do Tratado. 
Sendo esta a sua principal característica, o fato de não ser institucional, mas ad hoc.
solução de conflitos no Mercosul
Esse procedimento temporário compreendia três fases, a saber, 
as negociações diretas, 
as considerações do Grupo Mercado Comum e, por fim, 
recomendações do Conselho do Mercado Comum
solução de conflitos no Mercosul
Em suma, nesta fase, o mecanismo de solução dos conflitos possuía o seguinte funcionamento:
Qualquer controvérsia que surgir entre Estados-partes será resolvida através de negociações diretas;
Caso as partes não encontrassem uma solução, a controvérsia seria encaminhada ao Grupo Mercado Comum (GMC), para apresentar uma solução em 60 dias; e
Se a GMC não encontrasse uma solução, o caso seria submetido ao Conselho do Mercado Comum (CMC).
solução de conflitos no Mercosul
Protocolo de Brasília:
Esse protocolo, de caráter transitório, entrou em vigor em vigor em 22 de abril de 1993, o qual estabelecia regras e procedimentos mais específicos. Sendo que, uma peculiaridade em relação ao anterior é o fato de poder ser aplicado tanto a controvérsias estatais quanto particulares.
solução de conflitos no Mercosul
Quanto ao procedimento, prevê três meios de solução dos conflitos, a saber: 
as negociações diretas entre os Estados, 
submissão da controvérsia ao Grupo do Mercado Comum e, por último, 
a arbitragem, que também é uma novidade com relação ao Tratado de Assunção.
solução de conflitos no Mercosul
Todavia, frise-se, neste contexto, as partes envolvidas no litígio somente poderão optar pela arbitragem se esgotados os meios anteriores. Outrossim, cabe lembrar que trata-se de um Tribunal Arbitral ad hoc, constituído por três árbitros.
Para a constituição desses tribunais, os Estados-membros envolvidos no litígio poderá designar um árbitro titular e outro suplente da lista de árbitros, sendo que o terceiro, não pode ser nacional dos Estados envolvidos na disputa.
solução de conflitos no Mercosul
Protocolo de Ouro Preto:
Com relação ao processo de solução de controvérsias adotado pelo Protocolo de Brasília, trouxe tão somente os procedimentos que devem ser adotados para solucionar o litígio por meio da negociação, o processo de formalização de uma reclamatória e qual o procedimento que deverá ser seguido para que se tenha a solução do litígio através da arbitragem.
Segundo este Anexo, o Estado-parte reclamante poderá apresentar a sua reclamação perante a Presidência pro-tempore da Comissão de Comércio do Mercosul (CCM) que terá o prazo de 30 dias para decidir sobre a controvérsia.
solução de conflitos no Mercosul
O Protocolo de Ouro Preto aparenta ter restringido o acesso do Estado ao recurso de arbitragem, quando o Estado reclamado não der cumprimento às resoluções da Comissão de Comércio do Mercosul ou do Grupo de Mercado Comum.
Outra questão relevante é que mais uma vez as reclamações de particulares (pessoas físicas ou jurídicas) ficaram à mercê de prévio amparo do Grupo do Mercado Comum. Ainda que o Estado esteja violando as leis, o particular não poderá reclamar aos tribunais nacionais, pois tal direito foi suprimido pelo Protocolo de Brasília.
solução de conflitos no Mercosul
Protocolo de Olivos:
Por fim, o último e mais atual instrumento de Solução de Controvérsias do Mercosul é regulado no Protocolo de Olivos (PO), assinado em 18 de fevereiro de 2002 e vigente desde 1º de janeiro de 2004.
Com este instrumento, pretende-se dar maior segurança às relações jurídicas no âmbito do Mercosul e busca-se aumentar o grau de legalização do bloco. Dentre as principais inovações e características do Protocolo de Olivos destacam-se[13]:
solução de conflitos no Mercosul
Criação do Tribunal Permanente de Revisão (TPR), que constitui o órgão principal do sistema, juntamente com os Tribunais ad hoc (TAHM), competente para analisar, em grau de recurso, os laudos proferidos por estes tribunais;
Faculdade de adoção de medidas de caráter excepcional e de urgência pelo Conselho Mercado Comum;
Adoção do princípio da proporcionalidade quando da aplicação de medidas compensatórias;
Admissão de regras e procedimentos mais claros;
solução de conflitos no Mercosul
Faculdade de o Estado Parte demandante escolher o sistema de controvérsias de outro foro competente para resolver a controvérsia em questão;
Possibilidade de o Tribunal Permanente de Revisão emitir opiniões consultivas acerca do direito da integração, conforme disposto no art. 3º do referido Protocolo;
Adotou-se a cláusula de confidencialidade, mencionado no art. 46 deste instrumento, pelo qual todos os documentos apresentados no âmbito dos procedimentos previstos no Protocolo de Olivos seriam reservados às partes envolvidas no conflito, com exceção dos laudos arbitrais;
Acolheu-se os três mecanismos de solução de controvérsias previstos anteriormente no Protocolo de Brasília: as negociações diretas a intervenção do Grupo Mercado Comum e o procedimento arbitral.
solução de conflitos no Mercosul
Caso dois Estados do bloco envolvam-se em uma controvérsia, esta será resolvida em primeira instância por arbitragem ad hoc, por árbitros escolhidos dentre uma lista de nomes previamente fornecida pelos Estados.
 Há que se destacar a possibilidade de recurso do laudo arbitral ao Tribunal, que deverá ser composto por três árbitros, exigindo-se que dentre eles, dois sejam nacionais dos dois Estados Partes litigantes e o terceiro, que será o presidente, deverá ser sorteado entre os demais árbitros que não sejam nacionais dos referidos Estados.
solução de conflitos no Mercosul
Se, porém, o conflito envolver mais de dois países, o Tribunal contará com a totalidade de seus árbitros e as votações e deliberações seguirão o princípio majoritário e serão confidenciais. Os laudos do TPR possuirão força de coisa julgada e, apesar de sediado em Assunção, poderá se reunir em em outras cidades do Mercosul, em caso de necessidade devidamente justificada.
solução de conflitos no Mercosul
Procedimento para a solução de controvérsias no MERCOSUL de acordo com o protocolo de Olivos:
Aqui estão compreendidas as três fases adotadas por este Protocolo:
as negociações diretas, 
a intervenção do Grupo Mercado Comum e 
o procedimento ante o Tribunal Arbitral Ad Hoc.
solução de conflitos no Mercosul
As negociações diretas consistem na busca direta de uma solução entre os Estados-membros envolvidos.
Essas negociações têm seu início com a comunicação escrita de um Estado-membro ao outro que deseja demandar, devendo ser enviada uma cópia à Secretaria do Mercosul, bem como aos demais Estados-membros.
prazo máximo de quinze dias
solução de conflitos no Mercosul
No que diz respeito à intervenção do Grupo Mercado Comum, A intervenção deste grupo deixa de ser obrigatória, é um procedimento opcional.
Caso as partes decidam por submeter a questão ao Grupo Mercado Comum as partes devem explicar suas posições, seguidas da convocação dos especialistas, casa necessário, e o Grupo deve oferecer sua manifestação sobre a controvérsia no prazo de no máximo trinta dias.
Levado o conflito ao Grupo Mercado Comum a pedido de um Estado não envolvido, o Grupo poderá formular comentários ou recomendações a respeito conforme disposto no art. 7.2 do Protocolo de Olivos.
solução de conflitos no Mercosul
Quanto ao procedimento perante Tribunal Arbitral Ad Hoc, pode iniciar-se por qualquer dos Estados-Partes envolvidos no conflito,desde que não tenham alcançado acordo ou uma solução total da controvérsia nas negociações diretas. A decisão de recorrer ao Tribunal ad hoc deve ser comunicada à Secretaria Administrativa do Mercosul, que comunicará a outra parte.
solução de conflitos no Mercosul
O Tribunal Ad Hoc deverá emitir o laudo no prazo de sessenta dias, prorrogáveis por mais trinta dias, contando-se a partir do comunicado às partes e aos árbitros, informando a aceitação pelo árbitro Presidente de sua designação, conforme expresso na redação do Protocolo de Olivos, art. 16.
solução de conflitos no Mercosul
Foro competente para a solução de conflitos:
As partes envolvidas na controvérsia poderão definir o foro, de comum acordo, de modo que uma vez iniciado um procedimento de solução do conflito com opção de foro, nenhuma das partes poderá recorrer a mecanismos de solução estabelecidos nos demais foros com relação ao mesmo objeto. Todavia, o Conselho do Mercado Comum é o responsável por regulamentar os aspectos concernentes à eleição de foro competente.
solução de conflitos no Mercosul
Pelo Protocolo de Olivos, há possibilidade de submeter os conflitos ante outros foros tais como a Organização Mundial do Comércio ou outros esquemas preferenciais de comércio de que sejam partes individualmente os Estados Partes do Mercosul. 
Uma vez escolhido um foro e iniciado o procedimento de solução da controvérsia em tal foro, as partes não poderão recorrer a mecanismos de outros foros com relação ao mesmo objeto, podendo-se dizer que a eleição de foro é excludente, e isso, para evitar a duplicidade de procedimentos e que soluções contraditórias sejam proferidas para um mesmo litígio.
Convém ressaltar que a eleição de foro é prerrogativa da parte demandante, exceto estipulação em contrário.
solução de conflitos no Mercosul
Uma importante inovação do Protocolo de Olivos se consubstancia na previsão das reclamações particulares, há muito demandadas pelos agentes privados, o que está previsto nos artigos 39 ao 41 deste diploma legal.
O Protocolo de Olivos, em seu artigo 1º-2, diz que podem ser levadas ao sistema de solução de conflitos da Organização Mundial do Comércio as controvérsias em torno de questões no âmbito de aplicação de suas normas que possam ser julgadas conforme estas. 
solução de conflitos no Mercosul
Cabe ressaltar, que ambos os mecanismos não contemplam que o particular possa acionar diretamente e mais, as controvérsias surgidas entre os Estados Partes do Mercosul e terceiros países devem ser solucionadas no âmbito da OMC
MUITO OBRIGADO PELO IBOPE
ATÉ A PRÓXIMA AULA.

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