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Aula 03 Português p/ PM-AL (Oficial) Com videoaulas Professor: Rafaela Freitas Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas AULA 03 Classes de Palavras I A Nosso estudo de hoje será bem interessante e muito importante! Olharemos com atenção para as palavras!!! Vamos estudar as classes gramaticais (com exceção dos VERBOS, assunto da próxima aula) às quais elas pertencem! Com vocês... a fabulosa MORFOLOGIA!!! SUMÁRIO 1.CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS................................02 2. ESTUDO DAS CLASSES GRAMATICAIS..................................................04 3.COLOCAÇÃO PRONOMINAL..................................................................39 HORA DE PRATICAR...............................................................................43 LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA......................................69 GABARITO............................................................................................89 O MEU ATÉ BREVE.................................................................................89 Venham comigo! “O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.” Ariano Suassuna Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas MORFOLOGIA Trata-se do estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. O objetivo da morfologia é estudar as palavras olhando para elas isoladamente e não dentro da sua participação na frase ou período (disso trata a sintaxe). A morfologia está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: VARIÁVEIS (sofrem flexões): 1. SUBSTANTIVO: designa os seres reais ou fictícios. Ex.: pato, ave, Deus, lobisomem, alegria, Barbacena, dó, pé-de- moleque. 2. ADJETIVO: indica as características dos seres. Ex.: bela, selvagem, brasileiro, amarelo-claro, famoso, azul. 3. ARTIGO: acompanha o substantivo, determinando-o ou generalizando-o. Ex.: o, a, os, as / um, uma, uns, umas 4. NUMERAL: indica quantidade ou ordem dos seres. Ex.: um, dois, primeiro, décimo, meio, dobro 5. PRONOME: é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo (nome) em relação às pessoas do discurso. Ex.: Ela veio à nossa casa. 6. VERBO: indica processo, exprimindo ação, estado ou fenômeno. Ex.: voar, cantar, sofrer, ser, estar, chover, nevar Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas INVARIÁVEIS: 7. ADVÉRBIO: modifica essencialmente o verbo, exprimindo uma circunstância (modo, tempo, lugar). Ex.: bem, mal, muito, meio, talvez, calmamente, hoje, logo, aqui, perto, sim, não 8. PREPOSIÇÃO: liga duas palavras estabelecendo entre elas certas relações (posse, companhia etc.). Ex.: A casa é DE Luís. Principais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. 9. CONJUNÇÃO: liga duas orações coordenando-as, subordinando-as. Ex.: Ele chora E ri ao mesmo tempo. É verdade QUE ele fala muito? Sairei QUANDO me pedirem. 10. INTERJEIÇÃO: palavra ou locução que expressa apelos, emoções, ou ideias mal estruturadas. Ex.: Ah!, Ai!, Olá!, Valha-me, Deus! Macacos me mordam! PRINCIPAIS: Substantivo e Verbo PRINCIPAIS e ADJUNTAS: Pronome e Numeral ADJUNTAS (sempre): Artigo, Adjetivo e Advérbio Quanto à função, pode-se agrupar as palavras em: Principais, Adjuntas, Conectivas, Classe Especial Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas CONECTIVAS: Preposição e Conjunção CLASSE ESPECIAL: Interjeição Agora, queridos, vamos fundo no estudo das classes gramaticais!!! SUBSTANTIVO I – CLASSIFICAÇÃO a) COMUM: designa seres da mesma espécie. Ex.: estudante, dança, felicidade, cardume b) PRÓPRIO: designa seres específicos, um único ser. Ex.: Paula, Brasília, Pirineus, África, Tietê c) PRIMITIVO: não derivam de outra palavra. Ex.: bruxa, mar, sol, alma, dor, homem d) DERIVADO: formados a partir de outra palavra. Ex.: Brasília, covardia, felicidade, estudo, maresia e) SIMPLES: possui apenas um radical. Ex.: gato, caneta, política, boiada, bando, estudo f) COMPOSTO: possui mais de um radical. Ex.: girassol, lobisomem, rodapé, couve-flor g) CONCRETO: seres com existência própria. Ex.: mar, sol, areia, alma, fada, Deus, Ana Maria Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas h) ABSTRATO: designam qualidade, ação, estado, sentimento. Ex.: covardia, luta, felicidade, calor, viagem i) COLETIVO: conjunto de seres da mesma espécie. Alcateia (lobos), Arsenal (armas), Corja (bandidos), Código (leis), Atlas (mapas), Banca (examinadores), Mó (gente), Enxoval (roupas) Cada substantivo possui quatro classificações, a não ser que seja um coletivo: Ex.: casa: comum, simples, concreto e primitivo Brasília: próprio, simples, concreto e derivado enxame: comum, simples, concreto, primitivo e coletivo ADJETIVO I – CLASSIFICAÇÃO SEMÂNTICA a) RESTRITIVO: Não pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie. Ex.: Aluno inteligente / Mulher sincera / Cidade limpa b) EXPLICATIVO: (sem restrição). Pode ser aplicado a todos os seres da mesma espécie. Ex.: Homem mortal / Água mole / Animal irracional c) UNIFORME: (sem flexão de gênero). Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Ex.: Aluno(a) gentil, inteligente e fiel. d) BIFORME: (com flexão de gênero). Ex.: Aluno bonito, dedicado e sincero. Aluna bonita, dedicada e sincera. II – CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL a) SIMPLES: um só radical. Ex.: lindo, elegante, bom, verde, famoso b) COMPOSTO: mais de um radical. Ex.: azul – claro, político – social, cor – de – abóbora c) PRIMITIVO: original. Ex.: fácil, nobre, ruim, sério, ágil, bom d) DERIVADO: provém de outro vocábulo. Ex.: hospitalar, feioso, amável, brasileiro III – ADJETIVO PÁTRIO Refere-se à pátria, ao lugar de origem dos seres: Acre – Acreano Moscou – Moscovita Barbacena – barbacenense Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 89 Aula 03 Profª RafaelaFreitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Belo Horizonte – belorizontino Etiópia – etíope Guatemala – guatemalteco IV – LOCUÇÃO ADJETIVA É uma expressão que caracteriza um substantivo, formada por preposição + substantivo. Normalmente possui um adjetivo correspondente. Amor DE MÃE = materno Locução Adjetivo Nariz DE ÁGUIA = aquilino Locução Adjetivo Paixão SEM FREIO = desenfreada Locução Adjetivo Rosto DE ANJO = angelical Locução Adjetivo Folha DE PAPEL = (sem adjetivo correspondente) Locução Cão DE RAÇA = (sem adjetivo correspondente) Locução Flexão nominal (substantivos e adjetivos) PRINCIPAIS DESINÊNCIAS NOMINAIS Gênero masculino (-o) feminino (-a) Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Número singular (não há) plural (-s) Os substantivos e os adjetivos são as classes nominais que mais sofrem flexões. Vamos estudar cada uma separadamente. 1. Flexão dos substantivos FLEXÃO DE GÊNERO: a) Masculino e Feminino: algumas palavras possuem apenas o masculino ou o feminino, não tendo, portanto, o gênero oposto correspondente. Veja: O cometa A libido O champanha A alface O clã A apendicite O dó A cal O herpes A comichão O cometa é sempre masculino. A alface é sempre feminino. b) Biformes: são aqueles substantivos que têm o correspondente do outro gênero, com palavras que possuem o mesmo radical. O pardal = A pardoca O judeu = A judia O herói = A heroína O sargento = A sargenta O cachorro = A cachorra Dentro dos biformes, temos ainda os heterônimos: O cavaleiro - A amazona Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas O zangão - A abelha O pai - A mãe O boi – A vaca Observe que são formas correspondentes, mas não possuem o mesmo radical. c) Uniformes Epicenos: usados para animais. O Jacaré A cobra MACHO O peixe ou A mosca FÊMEA Observe que os vocábulos macho e fêmea deferenciam o gênero desses animais. Não há uma forma para o masculino e outra para o feminino. Sobrecomuns: usados para pessoas. A pessoa O sósia A mascote A vítima O algoz Também não possuem uma forma para o masculino e outra para o feminino. A pessoa, por exemplo, é sempre um vocábulo feminino, referindo-se tanto a um homem quanto a uma mulher. Comuns-de-dois gêneros: a mudança do determinante (artigo, adjetivo ou pronome) vai distinguir o gênero do vocábulo. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas O / A estudante Bom / Boa ciclista Meu / Minha colega O / A rival FLEXÃO DE NÚMERO: Plural dos Compostos Para entender o plural dos compostos, é importante relembrar quais são as classes gramaticas variáveis e quais são as classes invariáveis: Variáveis: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome e verbo Invariáveis: advérbio, preposição, interjeição e conjunção a) Em palavras compostas, ambos se flexionam se o vocábulo for composto por: - Substantivo + Substantivo = COUVES – FLORES - Substantivo + Adjetivo = BOIAS – FRIAS - Adjetivo + Substantivo = PUROS – SANGUES - Numeral + Substantivo = TERÇAS – FEIRAS Atenção! Quando o segundo substantivo estiver determinando, especificando o primeiro, ocorrem duas possibilidades: a flexão de ambos ou somente o primeiro ser flexionado para o plural. - Substantivo + Substantivo = POMBOS – CORREIO PEIXES – ESPADA b) Somente o primeiro elemento varia se for composto por: Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas - Substantivo + preposição + Substantivo = ÁGUAS – DE – COLÔNIA MULAS – SEM – CABEÇA c) Somente o segundo elemento varia se for composto por: - Verbo (o verbo não vai para o plural) + Substantivo = ARRANHA – CÉUS. Guarda – noturno > Guardas – noturnos (substantivo + adjetivo) Nesse caso, o guarda vai para o plural porque não é o verbo, é o substantivo, significa a pessoa que trabalha de guarda. - Advérbio + Adjetivo = ALTO – FALANTES - Prefixo + Substantivo = VICE – DIRETORES - Grão / Grã / Bel + substantivo = GRÃO – DUQUES GRÃ – DUQUESAS BEL – PRAZERES - Onomatopeias = TIQUE – TAQUES - Palavras repetidas = RECO – RECOS As palavras a seguir merecem atenção especial Bem – te – vi > Bem – te – vis Bem – me – quer > Bem – me – queres Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas d) Invariáveis (vocábulos que nunca mudam, o que vai variar é o determinante que vier antes): Verbo + Advérbio = O /OS BOTA-FORA Verbos Antônimos = O /OS SENTA–LEVANTA Frases Substantivas = O / OS DEUS–NOS–ACUDA O / OS LOUVA–A–DEUS Verbo + Subst. Plural = O / OS CONTA–GOTAS e) Substantivos que admitem dois plurais: salvo – conduto > salvos – condutos / salvo – condutos padre – nosso > padres – nossos / padre – nossos pisca – pisca > Pisca – piscas / Piscas – piscas xeque – mate > xeques – mates / xeques – mate fruta – pão > frutas – pães / frutas – pão guarda – marinha > Guardas – marinhas / Guardas – marinha ATENÇÃO! Variação menos importante para concurso com relação aos substantivos: GRAU: A) Aumentativo: Analítico: Casa grande Boca enorme Sintético: Casarão / Bocarra B) Diminutivo: Analítico: Casa pequena Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Porta mínima Sintético: Casebre ou Casinha Portinhola ou Portinha 2. Flexão dos Adjetivos Acompanham os substantivos e flexionam em número, gênero e grau para fazer a concordância com eles. Ex.: roupa bela, locais proibidos, visita agradabilíssima. FLEXÃO DOS ADJETIVOS COMPOSTOS: Regra geral: Somente o último elemento (se for ADJETIVO) do composto pode flexionar- se em gênero e número. Ex.: Instrumento médico–cirúrgico Sala médico–cirúrgica Trauma afetivo–emocional Traumas afetivo–emocionais Invariáveis:azul–marinho / azul–celeste Flexionam-se ambos os termos: surdo(a) (s) – mudo(a) (s) Se o último elemento for SUBSTANTIVO, o composto fica INVARIÁVEL. Ex.: bandeira (s) azul – turquesa camisa (s) cor – de – abóbora fita (s) rosa GRAU: flexão importante com relação aos adjetivos. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas I . COMPARATIVO: a) Igualdade (tão / tanto ... como / quanto). Ex.: Os alunos eram tão dedicados como / quanto os mestres. b) Inferioridade (menos ... (do) que). Ex.: O salário era menos interessante (do) que o trabalho. c) Superioridade (mais ... (do) que). Ex. : Perla era mais feia (do) que sua irmã. II. SUPERLATIVO: a) Relativo de Inferioridade: (o menos ... de) Ex.: Seu chute era o menos confiável do time. b) Relativo de Superioridade: (o mais ... de) Ex.: O brasileiro tem sido o mais confiante dos homens. c) Absoluto Analítico: (com auxílio de advérbio). Ex.: Os concursos têm sido extremamente difíceis. d) Absoluto Sintético: (com auxílio de sufixos) Ex.: Aquelas modelos são magríssimas. (vernáculo) Aquelas modelos são macérrimas. (erudito) Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas A lista a seguir é para marcar a diferença do superlativo erudito daquele que usamos em nosso cotidiano. Amargo – amaríssimo Áspero – aspérrimo Célebre – celebérrimo Cristão – cristianíssimo Cruel – crudelíssimo Doce – dulcíssimo Fiel – fidelíssimo Frio – frigidíssimo Humilde – humílimo Íntegro – integérrimo Magro – macérrimo Negro – nigérrimo Pobre – paupérrimo Sagrado – sacratíssimo Usam-se as formas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno quando se comparam qualidades do mesmo ser! Ex.: Aquele aluno é mais bom que inteligente. Esta sala é mais grande do que confortável. No mais, usam-se as formas sintéticas MELHOR, PIOR, MAIOR e MENOR. Ex.: João é menor que seu irmão. (mais pequeno) Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Duas características comparadas em um mesmo ser, ok! ARTIGO I – ARTIGO DEFINIDO: Definem um ser dentre tantos de sua espécie, indicando-lhe gênero e número. Ex.: Chamem o jovem. (aquele jovem, sexo masculino) II – ARTIGO INDEFINIDO: Designam qualquer ser dentro da espécie, deixando-o vago; determinam gênero e número. Ex.: Contratem uma jovem. (qualquer jovem, sexo feminino) O artigo definido é facultativo antes de: Possessivos: Amanhã visitarei (o) seu pai. Nomes próprios: Maria sempre estuda com (o) Paulo. Omite-se o artigo antes da palavra casa no sentido de “lar”: Não saio de casa. Vou para casa. Ficarei em casa. Usa-se TODO ou TODO O : TODO país participará do evento. (qualquer país) TODO O país participará do evento. (o país inteiro) O, A, OS, AS UM, UMA, UNS, UMAS João é MAIS grande QUE forte. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas INTERJEIÇÃO É a classe especial que demonstra o “estado de espírito” do falante. Várias outras classes gramaticais podem desenvolver função de interjeição. EXPRIMEM: Advertência: Alerta! Cuidado! Calma! Atenção! Olha! Afugentamento: Fora! Rua! Saia! Alegria: Ah! Oh! Eta! Alívio: Ufa! Arre! Também! Animação: Coragem! Avante! Força! Chamamento: Alô! Olá! Psiu! Hei! Ô! Aplauso: Bravo! Viva! Bis! Aversão: Xi! Ih! Credo! Cessação: Alto! Basta! Chega! Desejo: Oxalá! Tomara! Viva! Dor: Ai! Ui! Espanto: Ué! Uai! Puxa! Caramba! Oba! Impaciência: Hum! Puxa! Raios! Incredulidade: Qual! Ora! Reprovação: Francamente! Satisfação: Oba! Boa! Opa! Saudação: Salve! Adeus! Viva! Silêncio: Psiu! Silêncio! Caluda! Calada! Terror – medo: Uh! Ui! Cruzes! Barbaridade! NUMERAL EMPREGO: Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 1) Na sucessão de papas, reis, príncipes, anos, séculos, capítulos etc., empregam-se: De 1 a 10 > os ordinais: Ex.: João Paulo II (segundo) Ano III (terceiro) D. Pedro I (primeiro) De 11 em diante > cardinais: Ex.: Papa Pio XI (onze) Século XXI (vinte e um) 2) Na sucessão de leis, decretos, artigos, portarias, avisos etc., empregam-se: De 1 a 9 > ordinais: lei 7ª / portaria 8ª De 10 em diante > cardinais: artigos 43 e 47 3) O numeral AMBOS é dual porque sempre se refere a dois seres, mas a expressão pleonástica AMBOS OS DOIS é correta desde que usada com discrição: Ex.: Perguntaram se Maria e Joana são minhas filhas. Respondi-lhes que o são AMBAS AS DUAS (ou ambas de duas). 4) Décimo primeiro ou undécimo Décimo segundo ou duodécimo HUM e TREIS são formas erradas, só aceitas em preenchimento de cheques para evitar fraudes bancárias. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas PREPOSIÇÕES São usadas basicamente para unir palavras em frases nominais e verbais. São importantíssimas no estudo da transitividade verbal e da regência. São divididas em: I – Preposições Essenciais (sempre são desta classe): a, ante, até, após, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás II – Preposições Acidentais (palavras eventualmente usadas como preposições): afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, menos, salvo, segundo, tirante, visto etc. Ex.: Salvo melhor juízo, julgo correta a expressão. Ela sofreu um acidente durante o exercício. Eles se vestem conforme a moda. III – Locução Prepositiva: ao lado de, abaixo de, a despeito de, apesar de, de acordo com, por causa de etc. Ex.: O perigo morava ao lado de todos. Passamos no concurso graças a nossa capacidade. CONJUNÇÃO As conjunções são elementos importantíssimos na coerência do texto, pois são uma das formas de unir orações. Uma conjunção mal colocada modifica o valor semântico estabelecido entre as orações e pode anular um texto, fazê- lo ficar sem sentido. São divididas didaticamente entre coordenativas e subordinativas: Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas I – COORDENATIVAS: unem orações independentes entre si. Aditivas: e, nem, mas também, mas ainda, como também, bem como Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, por conseguinte, pois (após o verbo) Explicativas: porque,que, porquanto, pois (antes do verbo) II – SUBORDINATIVAS: unem orações dependentes entre si. Integrantes: que, se Causais: porque, visto que, pois que, como, já que Comparativas: como, (mais) que, (menos) que, assim como, (tanto – tão) quanto Condicionais: se, caso, uma vez que, desde que, salvo se, sem que Concessivas: embora, ainda que, se bem que, conquanto, mesmo que Conformativas: conforme, segundo, consoante, como Consecutivas: (tão)...que, (tal)...que, de modo que Finais: para que, a fim de que, de sorte que, de forma que Proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto mais...menos Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sempre que, depois que. Aqui cabe a pergunta: É preciso decorar as conjunções? Cada um tem um jeito de estudar que facilita a compreensão, mas eu penso que decorar hoje te leva a esquecer amanhã! Até porque, algumas conjunções nem sempre ficam no grupo a que elas pertencem, o contexto conta mais em uma análise, veja: Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Corri muito e nao consegui chegar antes do avião decolar! A conjunção e está no grupo das aditivas, mas, na frase dada, não está indicando adição, ao contrário, está indicando oposição, devendo ser classificada como adversativa! DICA: Mais vale analisar as conjunções em um dado contexto do que decorar apenas a qual grupo ela pertence! Preposição x Conjunção Enquanto a preposição une palavras de uma oração, a conjunção une as orações! Vamos voltar a um exemplo dado anteriormente: Eles se vestem conforme a moda. O conforme é uma conjução conformativa sendo usada como preposição nesta oração. Basta observar que ela une o substantivo moda ao verbo vestir. Já em: Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Tudo aconteceu conforme prevíamos. Conforme é uma conjunção que une duas orações: “tudo aconteceu” e “prevíamos”, dando ideia de conformidade. ADVÉRBIO Trata-se de uma classe gramatical muito comum em orações e que tem um papel fundamental na sintaxe (estuda a função das palavras na frase), pois tem como função dar circunstância ao verbo. Veja: Meu sobrinho nasceu. Sujeito: meu sobrinho. Verbo intransitivo (NÃO pede complemento): nasceu. É claro que, diante dessa oração, algumas pessoas perguntariam: Quando? Onde? Como ele nasceu? Para responder a essas perguntas, usamos os advérbios! Então teremos: Meu sobrinho nasceu ontem, no Rio de Janeiro, de parto normal. “ontem” (advérbio): dá circunstância de TEMPO ao verbo. “no Rio de Janeiro” (locução adverbial): dá circunstância de LUGAR ao verbo. “de parto normal” (locução adverbial): dá circunstância de MODO ao verbo. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Os advérbios são circunstanciadores do verbo. NÃO SÃO COMPLEMENTOS, são termos acessórios da oração. Do ponto de vista sintático, o advérbio vem associado ao verbo, ao adjetivo ou ao próprio advérbio, podendo inclusive modificar uma frase inteira! Vejam: Exemplos O juiz morava longe. >> o advérbio “longe” modifica o verbo “morar”. O dia está muito calmo >> O advérbio “muito” modifica o adjetivo “calmo”. Falava muito bem. >> O advérbio “muito” modifica um outro advérbio, o “bem”. Certamente, você saberá como proceder na hora oportuna. >> o advérbio “certamente” modifica TODA a oração que vem a seguir. ATENÇÃO: Os advérbios são assim chamados na análise morfológica das classes de palavras. No estudo sintático das funções das palavras, eles são chamados de adjuntos adverbiais, ou seja, possuem a função de dar circunstâncias de tempo, lugar, intensidade, entre outras, ao verbo. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Listei agora os principais tipos de advérbios e as circunstâncias que exprimem: Afirmação: sim, certamente, deveras, realmente Dúvida: talvez, quiçá, decerto, acaso, porventura Negação: não, absolutamente, tampouco, nunca Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, menos, meio, extremamente Lugar: aqui, ali, acolá, perto, longe, dentro, fora Modo: bem, mal, assim, depressa, calmamente Tempo: agora, já, depois, breve, cedo, novamente Advérbios interrogativos: onde, aonde, como, quando, por que Ex.: Como você aprendeu a dirigir? Como = advérbio interrogativo O homem veio depressa ver o ocorrido. Depressa = advérbio de modo, indica o modo como o homem veio. Certamente tudo dará certo! Certamente = advérbio de certeza Estou muito animada com o evento. Muito = advérbio de intensidade As palavras terminadas em “mente” são tipicamente advérbios, são os chamados modalizadores, uma vez que modalizam, ou seja, marcam opinião do emissor sobre aquilo que está sendo dito. Exemplos: Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Felizmente tudo acabou. Comumente ele está aqui. Felizmente e comumente = advérbios modalizadores Flexão dos Advérbios Muito importante saber: os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Isso quer dizer que não existe “estou meia cansada”, pois “meio”, indicando intensidade, é advérbio e NÃO deve variar em gênero ou em número. O correto é: estou meio cansada. Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe: Grau Comparativo Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo: De igualdade: tão + advérbio + quanto (como) Exemplo: Renato fala tão alto quanto João. De inferioridade: menos + advérbio + que (do que) Exemplo: Renato fala menos alto do que João. De superioridade: Analítico: mais + advérbio + que (do que) Exemplo Renato fala mais alto do que João. Exemplo: Renato fala melhor que João. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Grau Superlativo O superlativo pode ser analítico ou sintético: Analítico: acompanhado de outro advérbio. Exemplo: Renato fala muito alto. Muito = advérbio de intensidade Alto = advérbio de modo Sintético: formado com sufixos. Exemplo: Renato fala altíssimo. As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são comuns na língua popular. Observe: Maria mora pertinho daqui. (Muito perto) A criança levantou cedinho. (Muito cedo) PRONOME Antes das demais classificações, precisamos compreender o uso pronominal em duas situações, veja: Pronome Substantivo: quando ele substitui um substantivo, fica no lugar dele em uma frase, fazendo remissão textual. Ex.: Tudo nos une, nada nos separa. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL OficialCombatente Teoria e Questões Comentadas Os pronomes em destaque substituem coisas e pessoas na frase. Pronome Adjetivo: determina o substantivo, funcionando mesmo como um adjetivo. Ex.: Todo homem é mortal. O pronome todo está ligado ao substantivo homem. I – CLASSIFICAÇÃO: para entendermos o uso dos pronomes, vamos vê- los divididos em grupos. Os pronomes podem ser: 1) Pessoais: subdividem-se em retos e oblíquos. a) Retos: funcionam como sujeito ou predicativo. 1ª pessoa – eu / nós 2ª pessoa – tu / vós 3ª pessoa – ele (a) / eles (as) Ex.: Eu não sou ele. Sujeito predicativo O emprego do pronome pessoal reto assume função sintática de sujeito em uma oração, posição que nenhum outro pronome pode assumir, ou de predicativo do sujeito. b) Oblíquos: funcionam como complementos (verbais e nominais) ou adjuntos. Singular 1ª pessoa - Me mim comigo 2ª pessoa - Te ti contigo 3ª pessoa - Se si consigo o, a, lhe Plural 1ª pessoa - Nos Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Exemplos: Beijou–me com amor. O.D. O verbo beijar é transitivo direto e pede um complemento, que, no caso, é quem foi beijado, me é o objeto direto! Entregou–me o livro. O.I. O verbo entregar é transitivo direto e indireto, entrega-se alguma coisa (OD) a alguém (OI). No caso da oração, entregou o livro (OD) a mim (me - OI) Tenha–me respeito. C. Nominal Analisando sintaticamente a oração, temos: ter... o quê? Respeito (OD). Respeito a quem? A mim (me – complemento nominal). Tapou–me a boca. Adjunto Adnominal Vejam: tapou o quê? A minha boca. Minha é adjunto adnominal de boca. Os pronomes ele, nós, vós, eles serão considerados oblíquos quando estiverem em funções sintáticas próprias do pronome oblíquo > O diretor convidará todos ELES (OD), se estiver na posição de sujeito, será classificado como reto > Ele convidará a todos. ELE é o sujeito, então é pronome reto. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Emprego de o, a, os, as 1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram. Exemplos: Chame-o agora. Deixei-a mais tranquila. 2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. 3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas. Exemplos: Chamem-no agora. Põe-na sobre a mesa. 4) As formas combinadas dos pronomes oblíquos: mo, to, lho, no-lo, vo-lo, formas em desuso, podem ocorrer em próclise, ênclise ou mesóclise. Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro) O, A, OS, AS Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Objeto Direto = Jamais O acompanharei. Sujeito do infinitivo = Deixei – O ficar no quarto. LHE, LHES - só não terá a função de Objeto Direto, podendo ser Objeto Indireto, Complemento Nominal e Adjunto Adnominal. O.I. (2ª pessoa) = Façam o que LHES convêm. Compl. Nominal = Tenho – LHE respeito. Adj. Adnominal = Beijei – LHE o rosto. Uso de EU – TU / MIM – TI Existe grande confusão na língua falada sobre isso! Mas vejam: Ele trouxe um presente para MIM. – CORRETO - Após preposição e em posição de complemento, usa-se o oblíquo. Ele trouxe um presente para EU. – ERRADO - O EU e o TU são sempre retos. Ele trouxe um presente para EU usar na festa. – CORRETO - O EU é sujeito do infinitivo usar. Ele trouxe um presente para mim usar na festa. – ERRADO - Embora comum na linguagem falada, está errado de acordo com a gramática normativa: nada de oblíquo na posição de sujeito! É fácil para MIM trabalhar aqui. – CORRETO - A frase está invertida, cuidado: Trabalhar aqui é fácil para mim. O namoro acabou, nada mais há entre MIM e TI. – CORRETO - Não podemos usar os pronomes retos EU e TU nesse caso, pois não estão em posição de sujeito! Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Pesam suspeitas sobre você e MIM. – CORRETO - Não podemos usar o pronomes reto EU no lugar de MIM, pois a posição não é de sujeito. O diretor ficou satisfeito CONOSCO. O diretor ficou satisfeito com NÓS todos. Caso seja usado um determinante após o conosco, o pronome deve ser desmembrado: com nós. SE, SI, CONSIGO – são sempre reflexivos. Ex.: Ele trouxe CONSIGO o irmão. Ele não SE dá com a irmã. Ele guardou o livro para SI. c) Tratamento: usados no relacionamento social e em correspondências oficiais. Você (V.) = para um ser igual Vossa Alteza (V.A.) = Príncipes e Princesas Vossa Majestade (V.M.) = Reis e Rainhas Vossa Eminência (V.Emª) = Cardeais Vossa Excelência (V.Exª) = Altas patentes Vossa Senhoria (V.Sª) = Linguagem comercial Vossa Santidade (V.S.) = Papas Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Cuidado com a concordância com relação ao uso dos pronomes de tratamento. Embora eles sejam usados para a segunda pessoa do discurso, os pronomes de tratamento fazem concordância em 3ª pessoa. 1ª pessoa do discurso: emissor 2ª pessoa do discurso: receptor 3ª pessoa do discurso: o assunto Ex.: Vossa Alteza soubeste do ocorrido? ERRADO! O verbo saber deverá concordar em terceira pessoa com o pronome de tratamento! Vossa alteza soube do ocorrido? CORRETO! Emprego dos pronomes Vossa e Sua: VOSSA - para falar com... SUA – para falar de... Ex.: Vossa Excelência gostaria de um chá? (falando com a própria Alteza) Sua Alteza, o príncipe, estará presente. (referindo-se à Alteza) 2) Possessivos: indicam posse. 1ª pessoa – meu (a) (s) / nosso (a) (s) 2ª pessoa – teu (a) (s) / vosso (a) (s) 3ª pessoa – seu (a) (s) / seu (a) (s) O pronome SEU quase sempre traz ambiguidade. Ex.: Chegaram Pedro, Maria e SEU filho. De quem é o filho? De Pedro, de Maria ou seu? Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Constitui pleonasmo vicioso usar pronome possessivo para se referir a partes do próprio corpo. Ex.: Estou sentindo muita dor no MEU joelho. Os pronomes pessoais podem funcionar como possessivos: Ex.: Beijou-lhe a boca avidamente. Beijou a boca dela. Lhe = pronome pessoal usado como possessivo. Pegou-me a mão com força. Pegou a minha mão. Me = pronome pessoal usado como possessivo. 3) Demonstrativos: posição do ser no tempo e no espaço. 1ª pessoa – este (a) (s) / isto 2ª pessoa – esse (a) (s) / isso 3ª pessoa – aquele (a) (s) / aquiloEmprego a) Em relação às pessoas AQUI – Veja ESTES livros. (os livros estão perto do emissor) AÍ – Não carregues ESSA culpa. (a culpa é de quem ouve, do receptor) LÁ – AQUILO que vês em alto-mar é a salvação. (longe de quem emite e de quem recebe a mensagem) Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas b) Em relação ao tempo da mensagem Sei apenas ISTO: nada somos. (o que ainda SERÁ falado) Estudar muito? ISSO não quero. (o que já FOI falado recentemente) AQUILO que disse é sério? (FOI falado há bastante tempo, passado remoto). c) Em relação ao tempo cronológico PRESENTE – ESTE foi o século mais importante de todos. PASSADO e FUTURO – Uma noite DESSAS irei à sua casa. PASSADO e FUTURO distantes – AQUELE tempo era bom. d) Localizando termos da oração ÚLTIMO da série (ESTE) – PRIMEIRO da série (AQUELE). Ex.: Diálogo entre pais e filhos é difícil: ESTES não querem ouvir nada, e AQUELES querem falar muito. Estes: filhos Aqueles: pais São também pronomes demonstrativos TAL, MESMO, PRÓPRIO, SEMELHANTE, O. Ex.: Pediram-me que voltasse, mas não O farei. As garotas MESMAS não disseram TAL coisa. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Os Dêiticos Pode ser que a banca use a denominação dêiticos para se referir aos elementos linguísticos que fazem referência ao falante, à situação de produção de um dado enunciado ou mesmo ao momento em que o enunciado é produzido. Nós acabamos de estudar os pronomes demonstrativos, não só eles mas os pessoais e os advérbios de lugar e de tempo, em geral, funcionam como dêiticos, elementos que evidentemente se encarregam de "embrear" o enunciado, situando-o no contexto espaço-temporal em que se realiza. Trata-se, pois, da utilização de palavras apontando para a situação em que o discurso é materializado. Por isso, é indispensável que haja o conhecimento partilhado dessa situação de produção para que os elementos dêiticos façam sentido na interação comunicativa. Dependendo da localização do referente, um elemento linguístico pode ser classificado como dêitico ou como anafórico. Se o referente se localizar no texto, então o elemento que é usado para referir-se a ele é uma anáfora. Neste caso, ocorre uma remissão a um referente anteriormente citado e, por isso, é passível de ser reconhecido pelo interlocutor. Mas, estando o referente na situação comunicativa imediata, então o elemento linguístico de que se vale para apontá-lo é um dêitico. Na prática: qual é a diferença entre dêiticos e anáforas? Basicamente, a diferença está no fato de que os dêiticos fazem referência ao contexto extralinguístico, ao que está fora do texto escrito, enquanto os anafóricos retomam elementos já citados e situados no ambiente linguístico, dentro do texto. Por exemplo: 1- Chegamos a São Paulo hoje. Esta cidade me inspira! 2- Aquele livro sobre a mesa não é meu. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Em (1) o demonstrativo ESTA refere-se a um elemento linguístico já citado (cidade de São Paulo): anáfora. Em (2) o pronome AQUELE faz referência a algo que não está no contexto linguístico, mas extralinguístico. Trata-se, portanto, de um dêitico. 4) Indefinidos: refere-se à 3ª pessoa do discurso de maneira vaga. Principais indefinidos: Algo, algum, bastante, cada, certo, mais, menos, muito, nada, qualquer, ninguém, alguém, vários Ex.: Alguém sabe em que matéria paramos? Tenho bastantes livros. (vários – varia para o plural porque aqui é um pronome, não advérbio). LOCUÇÕES PRONOMINAIS: cada um, cada qual, seja quem for, todo aquele que, qualquer um, quem quer que. Certos amigos nem sempre são amigos certos. Pronome indefinido Adjetivo de amigos Recebi muito apoio. Chorei muito. Pronome indefinido Advérbio A classificação vai depender do uso! Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 5) Interrogativos: usados em frases interrogativas diretas ou indiretas QUEM foi o maior jogador do mundo? QUE loucura é essa? QUANTOS candidatos foram aprovados? Não sei QUEM fez tal acusação. Gostaria de saber QUAL é seu nome. 6) Relativos: substitui um termo comum a duas orações, estabelecendo uma relação de subordinação entre elas. O banco não oferece produtos. (primeira oração) + Você não precisa de produtos. (segunda oração) O banco não oferece produtos de que você não precisa. (período composto unido pelo relativo que) Muito importante!!! Emprego: a) QUEM: refere-se sempre a pessoas. Acompanhado de prep. “a” com verbo transitivo direto (V.T.D.). Conheça a mulher A QUEM amo. b) QUE: refere-se a coisas ou a pessoas e ao antecedente mais próximo. Você é a pessoa QUE sempre chega na hora. O estudo é o caminho QUE conduz ao sucesso. c) QUAL: refere-se a coisas ou a pessoas e ao antecedente mais distante. Sempre é acompanhado de artigo “o” ou “a”. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Aquele é o candidato do concurso O QUAL obteve o 1º lugar. Antecedente mais distante d) ONDE: indica lugar. Equivale a “em que” ou “no qual”, pode ser substituído por algum deles, mas não pode substituí-los. Visitaremos a casa ONDE nasceu Bilac. Ela sabe AONDE você quer chegar. * quero o relatório onde falo da petrobrás. ERRADO = onde apenas para LUGAR! ATENÇÃO: “aonde” e “donde” são usados apenas com verbos de movimento. Aonde você está indo? e) QUANTO: após “tanto”, “todo” e “tudo”. Não gastes num dia tudo QUANTO ganhas no mês. f) CUJO: refere-se a um antecedente, mas concorda com o consequente, indicando POSSE. Sempre é pronome adjetivo. ATENÇÃO: NÃO admite artigo (antes ou depois). Há pessoas CUJA inimizade nos honra. >> antecedente pessoas, concorda com inimizade. g) COMO: antecedentes sempre: maneira, modo, forma. Este é o modo COMO deves estudar. COLOCAÇÃO PRONOMINAL Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas É a parte da gramática que trata da correta colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase. Embora, na linguagem falada, a colocação dos pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas normas devem ser observadas, sobretudo, na linguagem escrita. A ordem natural na Língua Portuguesa é o uso da ênclise, mas existe uma prioridade na colocação pronominal: 1º tente fazer próclise, depois mesóclise e em último caso, ênclise. Próclise É a colocação pronominal antes do verbo. 1) A próclise é usada quando o verbo estiver precedido de palavras atrativas, ou seja, que atraem o pronome para antes do verbo. São elas: a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, jamais etc. Ex.: Não se esqueça de mim. b) AdvérbiosEx.: Agora se negam a depor. c) Conjunções subordinativas Ex.: Soube que me negariam. d) Pronomes relativos Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas. e) Pronomes indefinidos Ex.: Poucos te deram a oportunidade. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas f) Pronomes demonstrativos. Ex.: Disso me acusaram, mas sem provas. 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas. Ex.: Quem te fez a encomenda? 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas. Ex.: Quanto se ofendem por nada! 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas). Ex.: Que Deus o ajude. Mesóclise Usa-se dizer que é a colocação pronominal no meio do verbo, mas, na verdade, é a colocação entre o verbo e a desinência. A mesóclise é usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou futuro do pretérito, contanto que esses verbos não estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo. (verbo no futuro do presente) Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem. (verbo no futuro do pretérito) Ênclise É a colocação pronominal depois do verbo. A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem possíveis: Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo. Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos. 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.: Não era minha intenção machucar-te. 3) Quando o verbo iniciar a oração. Ex.: Vou-me embora agora mesmo. 4) Quando houver pausa antes do verbo. Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo. 5) Quando o verbo estiver no gerúndio. Ex.: Recusou a proposta fazendo-se de desentendida. O pronome poderá vir proclítico ou não quando o infinitivo estiver precedido de preposição ou palavra atrativa. Exemplos: É preciso encontrar um meio de não o magoar. É preciso encontrar um meio de não magoá-lo. Colocação pronominal nas locuções verbais 1) Quando o verbo principal for constituído por um particípio: a) O pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar. Ex.: Haviam-me convidado para a festa. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar. Ex.: Não me haviam convidado para a festa. Se o verbo auxiliar estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito, ocorrerá a mesóclise, desde que não haja palavra atrativa antes dele. Ex.: Haver-me-iam convidado para a festa. 2) Quando o verbo principal for constituído por um infinitivo ou um gerúndio: a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Exemplos: Devo esclarecer-lhe o ocorrido. Devo-lhe esclarecer o ocorrido. Estavam chamando-me pelo alto-falante. Estavam-me chamando pelo alto-falante. b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal. Exemplos: Não posso esclarecer-lhe o ocorrido. Não lhe posso esclarecer o ocorrido. Não estavam chamando-me. Não me estavam chamando. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas O conceito de planejamento surgiu no final do século O conceito de planejamento surgiu no final do século XIX, na Inglaterra, como um conceito vinculado ao planejamento de cidades. Data dessa época, por exemplo, o conceito de “cidade-jardim” (Howard, 1902), segundo o qual se poderia planejar uma cidade, distribuindo-se espacialmente suas funções, a fim de tornar o espaço mais agradável a todos. Esse conceito gerou forte impacto na área de urbanismo do século passado, com o aparecimento de várias cidades-jardim ao redor do mundo. Até essa época, planejamento era função estritamente técnica do urbanista ou do arquiteto, considerados uma espécie de visionários. Com a criação da União Soviética, no início da década de 20 do século passado, outra vertente de planejamento apareceu: o planejamento econômico centralizado. Sob essa ótica, o Estado teria completo controle sobre os recursos e os distribuiria de acordo com planos e metas determinados por políticos ou burocratas. Já a partir da década de 70 do século passado, o conceito de planejamento não era mais tão visto como um instrumento técnico e, sim, como um instrumento político capaz de moldar e de articular os diversos interesses envolvidos no processo de intervenção de políticas públicas. O planejador deveria ser o mediador dos interesses da sociedade no processo, e o resultado final deveria ser encontrado preferivelmente em consenso. José Antônio Puppim de Oliveira. Desafios do planejamento em políticas públicas: diferentes visões e práticas. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações). 01. (MP-ENAP – 2015 – Todos os cargos – CESPE) Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, seu segundo período poderia ser assim reescrito: O conceito de cidade-jardim, por exemplo, proposto Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas por Howard (1902), data dessa época. De acordo com esse conceito, uma cidade poderia ser planejada por meio da distribuição espacial de suas funções, com a finalidade de tornar o espaço mais aprazível para as pessoas. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: texto original: “Data dessa época, por exemplo, o conceito de “cidade-jardim” (Howard, 1902), segundo o qual se poderia planejar uma cidade, distribuindo-se espacialmente suas funções, a fim de tornar o espaço mais agradável a todos”. Reescrita: O conceito de cidade-jardim, por exemplo, proposto por Howard (1902), data dessa época. De acordo com esse conceito, uma cidade poderia ser planejada por meio da distribuição espacial de suas funções, com a finalidade de tornar o espaço mais aprazível para as pessoas. A reescrita NÃO fere a correção gramatical nem o sentido do texto, uma vez que “a fim de” expressa finalidade assim como “com a finalidade de” e “agradável” é sinônimo de “aprazível”. GABARITO: CERTO. 02. (MP-ENAP – 2015 – Todos os cargos – CESPE) A locução “capaz de” (L.16) poderia, sem prejuízo do sentido original do texto, ser substituída por para. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: relendo o trecho: “Já a partir da década de 70 do século passado, o conceito de planejamento não era mais tão visto como um instrumento técnico e, sim, como um instrumento político capaz de moldar e de articular os diversos interesses envolvidos no processo de intervenção de políticas públicas”. Há diferença em dizer que algo é capaz de fazer alguma coisa ou é para alguma coisa. Não são expressões sinônimas, portanto, a substituição não é Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadaspossível. O texto original diz que o planejamento era visto como instrumento político que POSSUÍA CAPACIDADE de moldar e de articular interesses. Com a reescrita, estaria sendo dito que o planejamento é um instrumento USADO PARA (com a finalidade de) moldar e articular. GABARITO: ERRADO. A gestão pública adaptada ao novo paradigma da eficiência As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos vinte anos, fizeram- se sentir no âmbito do direito administrativo e, mais especificamente, na forma de administrar a coisa pública. Diante dessa nova realidade, para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível, a administração pública precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando- se da administração burocrática e adotando uma administração gerencial. A antiga forma de administrar empregada pela administração pública calcava-se essencialmente em uma gestão eivada de processos burocráticos, criados para evitar desvios de recursos públicos, o que a tornava pouco ágil, pouco econômica e ineficiente. A nova administração gerencial tende a simplificar a atividade do gestor público sem afastá-lo, porém, da legalidade absoluta, uma vez que dispõe de valores públicos que devem ser bem empregados para garantir que os direitos fundamentais dos cidadãos sejam atendidos. Assim, implementou-se a administração gerencial e, para isso, foi necessário que os agentes públicos mudassem suas posturas e se adequassem para desenvolver a nova gestão pública. O novo gestor público precisou lançar mão de técnicas de gestão utilizadas pela iniciativa privada e verificou, ainda, que era necessário o acompanhamento constante da execução das atividades propostas, para que efetivamente se chegasse a uma gestão eficiente, uma gestão por resultados. Para levar a cabo o novo modelo de gestão pública, será preciso adotar novas tecnologias e promover condições de trabalho adequadas, assim como Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas mudanças culturais, desenvolvimento pessoal dos agentes públicos, planejamento de ações e controle de resultados. Maria Denise Abeijon Pereira Gonçalves. A gestão pública adaptada ao novo paradigma da eficiência. Internet: <www.egov.ufsc.br> (com adaptações). De acordo com as ideias do texto, 03. (MP-ENAP – 2015 – Todos os cargos – CESPE) há relação de causa e efeito entre as transformações políticas, sociais e culturais e as mudanças ocorridas no âmbito da administração pública. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: comprova-se que a assertiva está correta pelo trecho a seguir: “Diante dessa nova realidade, para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível (CAUSA), a administração pública precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando-se da administração burocrática e adotando uma administração gerencial (EFEITO)”. GABARITO: CERTO. Anísio Spínola Teixeira nasceu no dia 12 de julho de 1900, em Caetité – BA, onde passou os primeiros anos de vida sob os cuidados da mãe, Anna Spínola Teixeira. O pai, Deocleciano Pires Teixeira, sonhava que o filho fosse político e o mandou estudar no Rio de Janeiro. Anísio diplomou-se na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro em 1922. Como educador, Teixeira viajou para a Europa e os Estados Unidos da América para observar os sistemas escolares. No Brasil, defendeu o conceito de escola única, pública e gratuita como forma de garantir a democracia e foi o primeiro a tratar a educação com base filosófica. Instituiu na Bahia, em 1950, a primeira escola-parque, que procurava oferecer à criança uma escola integral, que cuidasse da alimentação, da higiene, da socialização, além do preparo para o trabalho. Nas escolas-parques, os alunos Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas ainda tinham contato com as artes plásticas. Naquela época, essas aulas eram orientadas por profissionais de renome, como Caribé e Mário Cravo. Sempre brigou pela democracia na educação. Publicou vários livros defendendo a educação e a cultura para todos. Foi um dos fundadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Universidade de Brasília (UnB), da qual foi reitor em 1963. Candidatou-se à Academia Brasileira de Letras, em 1971, mas faleceu antes da eleição, ao cair no poço do elevador de seu prédio, em 11 de março de 1971, quando saía para visitar Aurélio Buarque de Holanda. Internet: <www.unb.br> (com adaptações). 04. (FUB – 2015 – Administrador – CESPE) A forma nominal “filho” (l.4) e a forma pronominal “se” (l. 5 e 20) referem-se a Anísio Spínola Teixeira. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: nos três casos, os termos em destaque fazem referência a Anísio Spínola Teixeira. Gabarito: CERTO. UnB investe em ideias e projetos comprometidos com a crítica social e a reflexão. Muitas dessas experiências têm fomentado o debate nacional de temas polêmicos da realidade brasileira, das quais uma foi a criação, em 2003, de cotas no vestibular para inserir negros e indígenas na universidade e ajudar a corrigir séculos de exclusão racial. A medida foi polêmica, mas a UnB — a primeira universidade federal a adotar o sistema — buscou assumir seu papel na luta por um projeto de combate ao racismo e à exclusão. Outra inovação é o Programa de Avaliação Seriada (PAS), criado como alternativa ao vestibular, em que candidatos são avaliados em provas aplicadas ao término de cada uma das séries do ensino médio. A intenção é a de estimular Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas as escolas a preparar melhor o aluno, com conteúdos mais densos desde o primeiro ano do ensino médio. Em treze anos de criação, mais de oitenta mil estudantes participaram desse processo seletivo, dos quais 13.402 tornaram-se calouros da UnB. Internet: < www.unb.br> (com adaptações). 05. (FUB – 2015 – Administrador – Cespe/UnB) Na linha 10, o pronome relativo “que” refere-se a “vestibular”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: a afirmação está errada. No trecho “Outra inovação é o Programa de Avaliação Seriada (PAS), (...) em que candidatos são avaliados...”, o “que” refere-se a “Programa de Avaliação Seriada”. GABARITO: ERRADO. Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma epígrafe perfeita para a discussão sobre a materialidade da comunicação. As escavações para a localização da biblioteca, sem dúvida um dos maiores tesouros da Antiguidade, atraíram inúmeras gerações de arqueólogos. Inutilmente. Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez nunca tivessem existido? Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. E eis a solução do enigma. O acervo da biblioteca de Alexandria era composto por rolos e não por livros — pressuposição por certo ingênua, ou seja, atribuição anacrônica de nossa materialidade para épocas diversas. Em vez de um conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um edifício próprio, a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. Ora, mas não era essa a melhor forma de colecionar rolos, preservando-os contra as intempéries? Os arqueólogos que passaramanos sem encontrar a biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos olhos, mesmo ao alcance das mãos. No Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas entanto, jamais poderiam localizá-la, já que não levaram em consideração a materialidade dos meios de comunicação dominante na época: eles, na verdade, procuravam uma biblioteca estruturada para colecionar livros e não rolos. Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de comunicação? O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a qual os valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade envolve tanto o meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da cultura e, em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de comunicação, instituições e hábitos mentais de uma época determinada. Vejamos: para o entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro na Grécia clássica ou na Inglaterra elizabetana; o romance nos séculos XVIII e XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador em nossos dias —, o estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade do meio de comunicação. Assim, no teatro, a voz e o corpo do ator constituem uma materialidade muito diferente da que será criada pelo advento e difusão da imprensa, pois os tipos impressos tendem, ao contrário, a excluir o corpo do circuito comunicativo. Já os meios audiovisuais e informáticos promovem um certo retorno do corpo, mas sob o signo da virtualidade. Compreender, portanto, como tais materialidades influem na elaboração do ato comunicativo é fundamental para se entender como chegam a interferir na própria ordenação da sociedade. João C. de C. Rocha. A matéria da materialidade: como localizar a biblioteca de Alexandria? In: João C. de C. Rocha (Org.). Interseções: a materialidade da comunicação. Rio de Janeiro: Imago; EDUERJ, 1998, p. 12, 14-15 (com adaptações). 06. (STJ – 2012 – Analista Judiciário – Cespe/UnB) Na linha 6, “cujos” expressa uma relação de posse. ( ) CERTO ( ) ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Comentário: no trecho “Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez nunca tivessem existido?” o termo “cujos” indica ideia de posse, pois os livros pertencem à biblioteca, são da biblioteca! GABARITO: CERTO. 07. (STJ – 2012 – Analista Judiciário – Cespe/UnB) A partícula “se”, em “Tratava-se” (l.5) e em “se encontravam” (l.7), classifica-se como pronome reflexivo e retoma, respectivamente, “uma biblioteca imaginária”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: a afirmação está errada, uma vez que, em “tratava-se”, o “se” é índice de indeterminação do sujeito, pois está ligado a um verbo transitivo indireto; e, em “se encontravam”, o “se” é pronome apassivador, pois está ligado a um verbo transitivo direto. GABARITO: ERRADO. 08. (STJ – 2012 – Analista Judiciário – Cespe/UnB) O trecho “jamais poderiam localizá-la” poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: jamais a poderiam localizar. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: a questão traz o tema colocação pronominal na locução verbal (formada pelo verbo auxiliar + verbo principal no infinitivo = poderiam localizar). Como a oração traz a palavra atrativa “jamais”, o pronome poderá vir antes (jamais a poderiam localizar) ou depois da locução (jamais poderiam localizá- la”). GABARITO: CERTO. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 51 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 09. (STJ – 2012 – Analista Judiciário – Cespe/UnB) A preposição “para”, em “para a discussão” e em “para colecionar livros", introduz expressão que exprime finalidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: no trecho “para a discussão”, o “para” indica a finalidade da biblioteca de Alexandria. Em “para colecionar livros", o “para” indica a finalidade da biblioteca. GABARITO: CERTO. A persecução penal se desenvolve em duas fases: uma fase administrativa, de inquérito policial, e uma fase jurisdicional, de ação penal. Assim, nada mais é o inquérito policial que um procedimento administrativo destinado a reunir elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e de sua autoria. Em outras palavras, o inquérito policial é um procedimento policial que tem por finalidade construir um lastro probatório mínimo, ensejando justa causa para que o titular da ação penal possa formar seu convencimento, a opinio delicti, e, assim, instaurar a ação penal cabível. Nessa linha, percebe-se que o destinatário imediato do inquérito policial é o Ministério Público, nos casos de ação penal pública, e o ofendido, nos casos de ação penal privada. De acordo com o conceito ora apresentado, para que o titular da ação penal possa, enfim, ajuizá-la, é necessário que haja justa causa. A justa causa, identificada por parte da doutrina como uma condição da ação autônoma, consiste na obrigatoriedade de que existam prova acerca da materialidade delitiva e, ao menos, indícios de autoria, de modo a existir fundada suspeita acerca da prática de um fato de natureza penal. Dessa forma, é imprescindível que haja provas acerca da possível existência de um fato criminoso e indicações razoáveis do sujeito que tenha sido o autor desse fato. Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que serão coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do titular da ação penal, isto é, a opinio delicti. É com base nos elementos apurados Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 52 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas no inquérito que o promotor de justiça, convencido da existência de justa causa para a ação penal, oferece a denúncia, encerrando a fase administrativa da persecução penal. Hálinna Regina de Lira Rolim. A possibilidade de investigação do Ministério Público na fase pré-processual penal. Artigo científico. Rio de Janeiro: Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, 2010, p. 4. Internet : <www.emerj.tjrj.jus.br>. (Com adaptações). 10. (MPU – 2015 - Analista do Ministério Público da União – CESPE) Em “Evidencia-se”, o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se evidencia. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: não se emprega pronome em início de frase, isso fere a norma gramatical da colocação pronominal. GABARITO: ERRADO A ideia de solidariedade acompanha, desde os primórdios, a evolução da humanidade. Aristóteles, por exemplo, em clássica passagem, afirma que o homem não é um ser que possa viver isolado; é, ao contrário, ordenado teleologicamente a viver em sociedade. É um ser que vive, atua relaciona-se na comunidade, e sente-se vinculado aos seus semelhantes. Não pode renunciar à sua condição inata de membro do corpo social, porque apenas os animais e os deuses podem prescindir da sociedade e da companhia de todos os demais. O primeiro contato com a noção de solidariedade mostra uma relação de pertinência: as nossas ações sociais incidem, positiva ou negativamente, sobre todos os demais membros da comunidade.A solidariedade implica, por outro lado, a corresponsabilidade, a compreensão da transcendência social das ações humanas, do coexistir e do conviver comunitário. Percebe-se, aqui, igualmente, a sua inegável dimensão ética, em virtude do necessário reconhecimento mútuo de todos como pessoas, iguais em direitos e obrigações, o que dá suporte a exigências recíprocas de ajuda ou sustento. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 53 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas A solidariedade, desse modo, exorta atitudes de apoio e cuidados de uns com os outros. Pede diálogo e tolerância. Pressupõe um reconhecimento ético e, portanto, corresponsabilidade. Entretanto, para que não fique estagnada em gestos tópicos ou se esgote em atitudes episódicas, a modernidade política impõe a necessidade dialética de um passo maior em direção à justiça social: o compromisso constante com o bem comum e a promoção de causas ou objetivos comuns aos membros de toda a comunidade. Marcio Augusto de Vasconcelos Diniz. Estado social e princípio da solidariedade. In: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, n.o 3, p. 31-48, jul.-dez./2008. Internet: <www.fdv.br> (com adaptações). 11. (STJ – 2015 – Analista Judiciário – Cespe) A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso se inserisse o pronome se imediatamente antes da forma verbal “pode” (R.5). ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: gramaticalmente falando, seria possível sim colocar o pronome “se” antes do verbo “poder”: “não se pode”. Ocorreria uma próclise exigida pelo advérbio “não”. Mas o sentido original deverá ser mantido, como afirma o enunciado, o que seria um problema, já que o “se” indefiniria o sujeito do verbo “poder”. Tal sujeito foi explicitado no início do período anterior: “homem”. Observe no trecho: “o homem não é um ser que possa viver isolado; é, ao contrário, ordenado teleologicamente a viver em sociedade. É um ser que vive, atua relaciona-se na comunidade, e sente-se vinculado aos seus semelhantes. (O homem) Não pode renunciar à sua condição inata...”. Indefinir o sujeito não é uma opção possível (mantendo-se o sentido), uma vez que o verbo tem sujeito claro. GABARITO: ERRADO. O problema da justiça refere-se à correspondência, ou não, entre a norma e os valores supremos ou finais que inspiram determinado ordenamento jurídico. Não importa comentar se existe um ideal de bem comum, idêntico para todos os tempos e para todos os lugares. Todo ordenamento jurídico persegue certos Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 54 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas fins e esses representam os valores a cuja realização o legislador, mais ou menos conscientemente e adequadamente, dirige sua própria atividade. Quando se considera que há valores absolutos, objetivamente evidentes, a pergunta acerca de se uma norma é justa ou injusta equivale a perguntar se esta é apta ou não a realizar aqueles valores. No caso de não se acreditar em valores absolutos, o problema da justiça ou da injustiça de uma norma tem um sentido: equivale a perguntar se essa norma é apta ou não a realizar os valores históricos que inspiram esse ordenamento jurídico, concreta e historicamente determinado. Norberto Bobbio. Teoría general del derecho. Bogotá/CO: Temis S.A., 1999, p. 20-2 (tradução livre, com adaptações). 12. (STJ – 2015 – Técnico Judiciário – Cespe) Na estrutura textual, o vocábulo “esta” (l.9) e a expressão “aqueles valores” (l.9) fazem referência, respectivamente, ao termo “norma” (l.8) e à expressão “valores absolutos” (l.7). ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: observe o trecho: “Quando se considera que há valores absolutos, objetivamente evidentes, a pergunta acerca de se uma norma é justa ou injusta equivale a perguntar se esta é apta ou não a realizar aqueles valores”. Veja que os termos “esta” e “aqueles valores” são anafóricos, ou seja, fazem referência a elementos já citados na estrutura textual, no caso, (esta) “norma” e (aqueles valores) “valores absolutos”. GABARITO: CERTO. 13. (STJ – 2015 – Técnico Judiciário – Cespe) Na linha 13, caso se substituísse o vocábulo “concreta” por concreto, não haveria prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, já que esse novo termo concordaria com a expressão “ordenamento jurídico”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 55 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas ORIGINAL = “equivale a perguntar se essa norma é apta ou não a realizar os valores históricos que inspiram esse ordenamento jurídico, concreta e historicamente determinado.” REESCRITA = “equivale a perguntar se essa norma é apta ou não a realizar os valores históricos que inspiram esse ordenamento jurídico, CONCRETO e historicamente determinado” A troca parece correta se atribuirmos a concordância de “concreto” ao termo “ordenamento jurídico”, a banca está induzindo o candidato ao erro! “Concreta” e “historicamente” são advérbios que estão modificando o termo “determinado” = o ordenamento jurídico é modificado de maneira concreta e histórica! “Concretamente” está no texto em sua forma reduzida “concreta”, o sufixo “mente” está sinalizado de forma irmanada com “historicamente”. A troca proposta pelo enunciado do item NÃO é possível, portanto! GABARITO: ERRADO. Consta do preâmbulo da Constituição Federal que a justiça é um dos valores supremos da sociedade, tal qual a harmonia social e a liberdade. Nos demais artigos da Carta Magna, esse termo costuma vir associado à ideia de justiça social. Assim, o primeiro inciso do artigo terceiro da Constituição estabelece que a construção de uma sociedade que seja justa é um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Ao circunscrever a justiça no espaço da sociedade, o texto constitucional estabelece, em síntese, que a promoção da justiça na sociedade é um fim do Estado brasileiro. Sérgio Luiz Junkes. A justiça social como norma constitucional. Resenha eleitoral – Nova série, v. 12, n.o 1, jan.-jun./2005. Internet: <www.tre-sc.jus.br> (com adaptações). Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 56 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 14. (STJ – 2015 – Técnico Judiciário – Cespe) Na linha 2, sem prejuízo para a correção gramatical, a expressão “tal qual” poderia ser flexionada no plural, para concordar com “valores supremos”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: a questão aborda não só concordância, mas remissão textual, o termo “tal qual” retoma “justiça”, ligando de maneira comparativa o termo a outros: “harmonia social e liberdade”. Não pode estar no plural, pois concorda com o termo singular “justiça”. GABARITO: ERRADO. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 57 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 15. (Polícia Federal – 2014 – Agente de Polícia Federal – CESPE) Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (l. 2) e “a” (l. 5) fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” (l. 2) e “apanhasse” (l. 5), escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário:vamos voltar ao texto para comentar cada caso: “Era regida pelas Ordenações Filipinas, um código penal que se aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos”. O “que” é um pronome relativo que introduz a oração subordinada restritiva “que se aplicava a Portugal e seus territórios ultramarinos”. A colocação do pronome “se”, na frase original, está correta, pois existe uma regra que diz que o “que” atrai o pronome oblíquo para perto dele, exigindo a próclise. Sendo assim, a forma “que aplicava- se”, proposta pelo enunciado, está incorreta. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 58 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Da mesma forma, a oração “caso a apanhasse em adultério” também é subordinada e a conjunção subordinativa “caso” atrai o pronome “se” para perto dela, exigindo a próclise. Sendo assim, a colocação do pronome no trecho original: “asseguravam ao marido o direito de matar a mulher caso a apanhasse em adultério” está perfeita, estando a possibilidade “caso apanhasse-a” completamente errada. Concluímos, então, que haveria incorreção gramatical caso fosse feita a troca proposta pelo enunciado. GABARITO: ERRADO 16. (TC/DF – 2014 – Todos os Cargos – CESPE) No texto, o pronome “se”, em “dizia-se” (l.14), equivale, em sentido, à expressão a si mesma. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: As formas me, te, se, nós e vós podem ser usadas como pronomes reflexivos, isto é, podem indicar que a ação foi praticada pelo o sujeito Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 59 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas e refletida nele próprio, assim no trecho do texto: “Minha filha fará isto por mim, dizia-se, sem notar que a filha...”, “dizia-se” indica dizer a si mesma, o que confirma como correta a afirmação do enunciado. GABARITO: CERTO 17. (TC/DF – 2014 – Todos os Cargos – CESPE) Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando” (l.2) é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro. ( ) CERTO ( ) ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 60 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Comentário: a conjunção “quando” indica relação de tempo e pode ser substituída perfeitamente por “ao ser informado” (forma de oração reduzida). No trecho original, temos o seguinte: “Negrão de Lima arregalou os olhos quando os técnicos em urbanismo informaram que havia oito milhões de ratos na cidade”, além da conjunção “quando”, citada no enunciado, temos também o verbo “haver” que foi substituído por “existir” na reescrita. O verbo “haver”, no sentido de existir, é impessoal e deve ficar no singular justamente por não possuir sujeito. O termo “oito milhões de ratos” é o objeto direto do verbo “haver”. Mas, CUIDADO! Observem a reescrita: “ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro”. Notem que o verbo “haver” foi substituído por “existir”, que NÃO é impessoal e, por isso, deveria concordar com o sujeito plural “oito milhões de ratos”. A reescrita correta seria, então, “ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existiam oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro”. Perceberam? A banca chama a atenção no enunciado apenas para a conjunção, não citando a troca do verbo, que pode não ser percebida pelos candidatos desatentos. GABARITO: ERRADO. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 61 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 18. (Caixa – 2014 – Médico do Trabalho – CESPE) O termo “que" desempenha a mesma função sintática nas ocorrências da linha 7. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: inicialmente, saiba que o “que” possui várias possibilidades de classificação na Língua Portuguesa, pode ser conjunção, substantivo, pronome, mas, se estamos falando de função sintática, só pode ser pronome relativo, apenas esta classe terá sempre uma função sintática. O trecho para análise é o seguinte: “os adolescentes são o único grupo etário que deixa de citar qualquer hortaliça e que inclui doces...”. Sabemos que são dois pronomes relativos. O primeiro “que” possui função de sujeito do verbo “deixar”, pois seu antecedente é “o único grupo etário”, que retoma, por sua vez, “adolescentes”. O segundo “que” possui o mesmo antecedente do primeiro, porém agora é sujeito do verbo “inclui”. Isso quer dizer que ambos possuem a mesma função sintática: sujeito. - Adolescentes deixam de citar qualquer hortaliça. - Adolescentes incluem doces. GABARITO: CERTO. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 62 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 19. (STF – 2013 – Analista Judiciário – CESPE) A locução adverbial “Da mesma maneira que” (l.7) poderia ser substituída, sem prejuízo para as relações de coesão e coerência do texto, por Assim como. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: o que a questão pede é bem simples: que uma locução adverbial seja substituída por outra, mantendo o mesmo sentido. Analisando as duas locuções, “de maneira que” e “assim como”, percebemos que ambas trazem um sentido de comparação, de equiparação de sentidos. Assim, a substituição de um termo por outro não altera o sentido da oração. GABARITO: CERTO. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 63 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Clarice Lispector. Felicidade clandestina. In: Felicidade clandestina: pontos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (com adaptações). 20. (STF – 2013 – Analista Judiciário – CESPE) Na oração “guiava-me a promessa do livro” (l.22), o pronome “me” exerce a função de complemento da forma verbal “guiava”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: sabendo que complemento de forma verbal é objeto, vamos analisar o trecho “guiava-me a promessa do livro”: “A promessa do livro” = sujeito “Guiava” = verbo “Eu – ME” = objeto direto do verbo “guiar”. O pronome oblíquo “me” funciona como complemento do verbo “guiava”. GABARITO: CERTO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 64 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 65 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 21. (Instituto Rio Branco – 2013 – Diplomata – CESPE) Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a expressão “é certo” (l.9) poderia ser substituída por corretamente ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: o que o enunciado indica está incorreto por duas razões: primeiro que “é certo” não é o mesmo que “corretamente”, pois este último termo tem o sentido de ‘é correto’, ‘não tem erro’; a segunda razão é a de que “é certo” significa, dentro do contexto, “verdade”, “fato”, indicando uma consideração do autor, enquanto “corretamente” é um advérbio que estaria modalizandoo verbo “Processa-se”. GABARITO: ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 66 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas DF registra 316 ocorrências de sequestro-relâmpago nos primeiros oito meses deste ano. R7, 6/9/2013. Internet: <http://noticias.r7.com> (com adaptações). 22. (PC/DF – 2013 – Agente de Polícia – CESPE) O trecho “por isso as forças de segurança recomendam que as pessoas tomem alguns cuidados” (l.23- 25) expressa uma ideia de conclusão e poderia, mantendo-se a correção gramatical e o sentido do texto, ser iniciado pelo termo porquanto em vez da expressão “por isso”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: a conjunção “porquanto” tem sentido de “porque”, ou seja, é uma conjunção explicativa. Sendo assim, ela não poderia substituir a expressão “por isso” (conclusão), pois, com a substituição, ela iria alterar a correção gramatical e o sentido do texto. O ideal seria substituir “por isso” por uma outra conjunção conclusiva, como “portanto”. GABARITO: ERRADO. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 67 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 23. (MTE – 2013 – Auditor Fiscal do Trabalho – CESPE) Dada a relação de concessão estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra “Embora” (l.1) poderia, sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto, ser substituída por Conquanto. ( ) CERTO ( ) ERRADO Comentário: a conjunção “Conquanto” expressa relação de concessão e equivale a ainda que, embora, não obstante, posto que. A substituição, então, não altera o sentido da oração. GABARITO: CERTO. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 68 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 24. (Analista Judiciário - Análise de Sistemas/2013 - TRE/MS – CESPE) Considerando os aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta. A) Em “direitos individuais do candidato versus o direito coletivo” (L.17), o emprego de itálico em “versus” justifica-se pelo tom irônico do texto. B) Nas linhas 11 e 12, os verbos “retroagir”, “prejudicar” e “ferir” estão coordenados entre si e subordinados à forma auxiliar “pode”. C) No texto, a expressão “ainda que” (L.4) tem sentido equivalente ao da expressão desde que. D) No trecho “o de que não se trata de norma penal” (L.13-14), o emprego da forma plural em normas penais implicaria a flexão da forma verbal: o de que não se tratam de normas penais. E) No trecho “o de que não se trata de norma penal” (L.13-14), o emprego da próclise em vez da ênclise — não trata-se — justifica-se pela presença de palavra negativa antecedendo a forma verbal. Comentário: A única questão cuja afirmação é verdadeira é a letra E, a próclise se dá devido à existência de palavra negativa. Analisando o erro nas demais, temos: A - Em “direitos individuais do candidato versus o direito coletivo” (R.17), o emprego de itálico em “versus” justifica-se pelo tom irônico do texto. – Errada – o termo “versus” é uma palavra estrangeira, o que justifica o emprego de itálico. B - Nas linhas 11 e 12, os verbos “retroagir”, “prejudicar” e “ferir” estão coordenados entre si e subordinados à forma auxiliar “pode”. – Errada – no trecho: “não pode retroagir para prejudicar o réu e ferir suposto direito adquirido” o verbo “retroagir” é subordinado de “pode”, pois inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta; “prejudicar” e “ferir” são coordenados entre si, por serem os núcleos de orações coordenadas ligadas pela conjunção “e”, e subordinados a “prejudicar”, uma vez que ambos compõem orações subordinadas adverbiais finais. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 69 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas C - No texto, a expressão “ainda que” (R.4) tem sentido equivalente ao da expressão desde que. – Errada – a expressão “ainda que” tem sentido de concessão, e “desde que” expressa ideia temporal. D - No trecho “o de que não se trata de norma penal” (R.13-14), o emprego da forma plural em normas penais implicaria a flexão da forma verbal: o de que não se tratam de normas penais. - Errada – a expressão verbal trata-se não sofre flexão. Gabarito: E LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA O conceito de planejamento surgiu no final do século O conceito de planejamento surgiu no final do século XIX, na Inglaterra, como um conceito vinculado ao planejamento de cidades. Data dessa época, por exemplo, o conceito de “cidade-jardim” (Howard, 1902), segundo o qual se poderia planejar uma cidade, distribuindo-se espacialmente suas funções, a fim de tornar o espaço mais agradável a todos. Esse conceito gerou forte impacto na área de urbanismo do século passado, com o aparecimento de várias cidades-jardim ao redor do mundo. Até essa época, planejamento era função estritamente técnica do urbanista ou do arquiteto, considerados uma espécie de visionários. Com a criação da União Soviética, no início da década de 20 do século passado, outra vertente de planejamento apareceu: o planejamento econômico centralizado. Sob essa ótica, o Estado teria completo controle sobre os recursos e os distribuiria de acordo com planos e metas determinados por políticos ou burocratas. Já a partir da década de 70 do século passado, o conceito de planejamento não era mais tão visto como um instrumento técnico e, sim, como um instrumento político capaz de moldar e de articular os diversos interesses envolvidos no processo de intervenção de políticas públicas. O planejador deveria ser o mediador dos Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 70 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas interesses da sociedade no processo, e o resultado final deveria ser encontrado preferivelmente em consenso. José Antônio Puppim de Oliveira. Desafios do planejamento em políticas públicas: diferentes visões e práticas. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações). 01. (MP-ENAP – 2015 – Todos os cargos – CESPE) Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, seu segundo período poderia ser assim reescrito: O conceito de cidade-jardim, por exemplo, proposto por Howard (1902), data dessa época. De acordo com esse conceito, uma cidade poderia ser planejada por meio da distribuição espacial de suas funções, com a finalidade de tornar o espaço mais aprazível para as pessoas. ( ) CERTO ( ) ERRADO 02. (MP-ENAP – 2015 – Todos os cargos – CESPE) A locução “capaz de” (L.19) poderia, sem prejuízo do sentido original do texto, ser substituída por para. ( ) CERTO ( ) ERRADO A gestão pública adaptada ao novo paradigma da eficiência As mudanças políticas, sociais e culturais, nos últimos vinte anos, fizeram- se sentir no âmbito do direito administrativo e, mais especificamente, na forma de administrar a coisa pública. Diante dessa nova realidade, para atender às necessidades fundamentais da sociedade de forma eficaz e com o menor custo possível, a administração pública precisou aperfeiçoar sua atuação, afastando- se da administração burocrática e adotando uma administração gerencial. A antiga forma de administrar empregada pela administração pública calcava-se essencialmente em uma gestão eivada de processos burocráticos, criados para evitar desvios de recursos públicos,o que a tornava pouco ágil, pouco econômica e ineficiente. A nova administração gerencial tende a simplificar a atividade do gestor público sem afastá-lo, porém, da legalidade Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 71 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas absoluta, uma vez que dispõe de valores públicos que devem ser bem empregados para garantir que os direitos fundamentais dos cidadãos sejam atendidos. Assim, implementou-se a administração gerencial e, para isso, foi necessário que os agentes públicos mudassem suas posturas e se adequassem para desenvolver a nova gestão pública. O novo gestor público precisou lançar mão de técnicas de gestão utilizadas pela iniciativa privada e verificou, ainda, que era necessário o acompanhamento constante da execução das atividades propostas, para que efetivamente se chegasse a uma gestão eficiente, uma gestão por resultados. Para levar a cabo o novo modelo de gestão pública, será preciso adotar novas tecnologias e promover condições de trabalho adequadas, assim como mudanças culturais, desenvolvimento pessoal dos agentes públicos, planejamento de ações e controle de resultados. Maria Denise Abeijon Pereira Gonçalves. A gestão pública adaptada ao novo paradigma da eficiência. Internet: <www.egov.ufsc.br> (com adaptações). De acordo com as ideias do texto, 03. (MP-ENAP – 2015 – Todos os cargos – CESPE). Há relação de causa e efeito entre as transformações políticas, sociais e culturais e as mudanças ocorridas no âmbito da administração pública. ( ) CERTO ( ) ERRADO Anísio Spínola Teixeira nasceu no dia 12 de julho de 1900, em Caetité – BA, onde passou os primeiros anos de vida sob os cuidados da mãe, Anna Spínola Teixeira. O pai, Deocleciano Pires Teixeira, sonhava que o filho fosse político e o mandou estudar no Rio de Janeiro. Anísio diplomou-se na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro em 1922. Como educador, Teixeira viajou para a Europa e os Estados Unidos da América para observar os sistemas escolares. No Brasil, defendeu o conceito de Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 72 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas escola única, pública e gratuita como forma de garantir a democracia e foi o primeiro a tratar a educação com base filosófica. Instituiu na Bahia, em 1950, a primeira escola-parque, que procurava oferecer à criança uma escola integral, que cuidasse da alimentação, da higiene, da socialização, além do preparo para o trabalho. Nas escolas-parques, os alunos ainda tinham contato com as artes plásticas. Naquela época, essas aulas eram orientadas por profissionais de renome, como Caribé e Mário Cravo. Sempre brigou pela democracia na educação. Publicou vários livros defendendo a educação e a cultura para todos. Foi um dos fundadores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e da Universidade de Brasília (UnB), da qual foi reitor em 1963. Candidatou-se à Academia Brasileira de Letras, em 1971, mas faleceu antes da eleição, ao cair no poço do elevador de seu prédio, em 11 de março de 1971, quando saía para visitar Aurélio Buarque de Holanda. Internet: <www.unb.br> (com adaptações). 04. (FUB – 2015 – Administrador – CESPE) A forma nominal “filho” (l.4) e a forma pronominal “se” (l. 5 e 21) referem-se a Anísio Spínola Teixeira. ( ) CERTO ( ) ERRADO UnB investe em ideias e projetos comprometidos com a crítica social e a reflexão. Muitas dessas experiências têm fomentado o debate nacional de temas polêmicos da realidade brasileira, das quais uma foi a criação, em 2003, de cotas no vestibular para inserir negros e indígenas na universidade e ajudar a corrigir séculos de exclusão racial. A medida foi polêmica, mas a UnB — a primeira universidade federal a adotar o sistema — buscou assumir seu papel na luta por um projeto de combate ao racismo e à exclusão. Outra inovação é o Programa de Avaliação Seriada (PAS), criado como alternativa ao vestibular, em que candidatos são avaliados em provas aplicadas ao término de cada uma das séries do ensino médio. A intenção é a de estimular Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 73 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas as escolas a preparar melhor o aluno, com conteúdos mais densos desde o primeiro ano do ensino médio. Em treze anos de criação, mais de oitenta mil estudantes participaram desse processo seletivo, dos quais 13.402 tornaram-se calouros da UnB. Internet: < www.unb.br> (com adaptações). 05. (FUB – 2015 – Administrador – Cespe/UnB) Na linha 10, o pronome relativo “que” refere-se a “vestibular”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma epígrafe perfeita para a discussão sobre a materialidade da comunicação. As escavações para a localização da biblioteca, sem dúvida um dos maiores tesouros da Antiguidade, atraíram inúmeras gerações de arqueólogos. Inutilmente. Tratava-se então de uma biblioteca imaginária, cujos livros talvez nunca tivessem existido? Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que descreviam o lugar em que se encontravam centenas de milhares de rolos. E eis a solução do enigma. O acervo da biblioteca de Alexandria era composto por rolos e não por livros — pressuposição por certo ingênua, ou seja, atribuição anacrônica de nossa materialidade para épocas diversas. Em vez de um conjunto de salas com estantes dispostas paralelamente e enfeixadas em um edifício próprio, a biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. Ora, mas não era essa a melhor forma de colecionar rolos, preservando-os contra as intempéries? Os arqueólogos que passaram anos sem encontrar a biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos olhos, mesmo ao alcance das mãos. No entanto, jamais poderiam localizá-la, já que não levaram em consideração a materialidade dos meios de comunicação dominante na época: eles, na verdade, procuravam uma biblioteca estruturada para colecionar livros e não rolos. Quantas bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à negligência com a materialidade dos meios de comunicação? Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 74 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas O conceito de materialidade da comunicação supõe a reconstrução da materialidade específica mediante a qual os valores de uma cultura são, de um lado, produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade envolve tanto o meio de comunicação quanto as instituições responsáveis pela reprodução da cultura e, em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de comunicação, instituições e hábitos mentais de uma época determinada. Vejamos: para o entendimento de uma forma particular de comunicação — por exemplo, o teatro na Grécia clássica ou na Inglaterra elizabetana; o romance nos séculos XVIII e XIX; o cinema e a televisão no século XX; o computador em nossos dias —, o estudioso deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a materialidade do meio de comunicação. Assim, no teatro, a voz e o corpo do ator constituem uma materialidade muito diferente da que será criada pelo advento e difusão da imprensa, pois os tipos impressos tendem, ao contrário, a excluir o corpo do circuito comunicativo. Já os meios audiovisuais e informáticospromovem um certo retorno do corpo, mas sob o signo da virtualidade. Compreender, portanto, como tais materialidades influem na elaboração do ato comunicativo é fundamental para se entender como chegam a interferir na própria ordenação da sociedade. João C. de C. Rocha. A matéria da materialidade: como localizar a biblioteca de Alexandria? In: João C. de C. Rocha (Org.). Interseções: a materialidade da comunicação. Rio de Janeiro: Imago; EDUERJ, 1998, p. 12, 14-15 (com adaptações). 06. (STJ – 2012 – Analista Judiciário – Cespe/UnB) Na linha 3, “cujos” expressa uma relação de posse. ( ) CERTO ( ) ERRADO 07. (STJ – 2012 – Analista Judiciário – Cespe/UnB) A partícula “se”, em “Tratava-se” (l.6) e em “se encontravam” (l.9), classifica-se como pronome reflexivo e retoma, respectivamente, “uma biblioteca imaginária”. ( ) CERTO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 75 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas ( ) ERRADO 08. (STJ – 2012 – Analista Judiciário – Cespe/UnB) O trecho “jamais poderiam localizá-la” poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: jamais a poderiam localizar. ( ) CERTO ( ) ERRADO 09. (STJ – 2012 – Analista Judiciário – Cespe/UnB) A preposição “para”, em “para a discussão” e em “para colecionar livros", introduz expressão que exprime finalidade. ( ) CERTO ( ) ERRADO A persecução penal se desenvolve em duas fases: uma fase administrativa, de inquérito policial, e uma fase jurisdicional, de ação penal. Assim, nada mais é o inquérito policial que um procedimento administrativo destinado a reunir elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e de sua autoria. Em outras palavras, o inquérito policial é um procedimento policial que tem por finalidade construir um lastro probatório mínimo, ensejando justa causa para que o titular da ação penal possa formar seu convencimento, a opinio delicti, e, assim, instaurar a ação penal cabível. Nessa linha, percebe-se que o destinatário imediato do inquérito policial é o Ministério Público, nos casos de ação penal pública, e o ofendido, nos casos de ação penal privada. De acordo com o conceito ora apresentado, para que o titular da ação penal possa, enfim, ajuizá-la, é necessário que haja justa causa. A justa causa, identificada por parte da doutrina como uma condição da ação autônoma, consiste na obrigatoriedade de que existam prova acerca da materialidade delitiva e, ao menos, indícios de autoria, de modo a existir fundada suspeita acerca da prática de um fato de natureza penal. Dessa forma, é imprescindível Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 76 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas que haja provas acerca da possível existência de um fato criminoso e indicações razoáveis do sujeito que tenha sido o autor desse fato. Evidencia-se, portanto, que é justamente na fase do inquérito policial que serão coletadas as informações e as provas que irão formar o convencimento do titular da ação penal, isto é, a opinio delicti. É com base nos elementos apurados no inquérito que o promotor de justiça, convencido da existência de justa causa para a ação penal, oferece a denúncia, encerrando a fase administrativa da persecução penal. Hálinna Regina de Lira Rolim. A possibilidade de investigação do Ministério Público na fase pré-processual penal. Artigo científico. Rio de Janeiro: Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, 2010, p. 4. Internet : <www.emerj.tjrj.jus.br>. (Com adaptações). 10. (MPU – 2015 - Analista do Ministério Público da União – CESPE) Em “Evidencia-se”, o pronome “se” pode, facultativa e corretamente, ser tanto posposto — como aí foi empregado — quanto anteposto à forma verbal — Se evidencia. ( ) CERTO ( ) ERRADO A ideia de solidariedade acompanha, desde os primórdios, a evolução da humanidade. Aristóteles, por exemplo, em clássica passagem, afirma que o homem não é um ser que possa viver isolado; é, ao contrário, ordenado teleologicamente a viver em sociedade. É um ser que vive, atua relaciona-se na comunidade, e sente-se vinculado aos seus semelhantes. Não pode renunciar à sua condição inata de membro do corpo social, porque apenas os animais e os deuses podem prescindir da sociedade e da companhia de todos os demais. O primeiro contato com a noção de solidariedade mostra uma relação de pertinência: as nossas ações sociais incidem, positiva ou negativamente, sobre todos os demais membros da comunidade. A solidariedade implica, por outro lado, a corresponsabilidade, a compreensão da transcendência social das ações humanas, do coexistir e do conviver comunitário. Percebe-se, aqui, igualmente, a sua inegável dimensão ética, em virtude do necessário reconhecimento mútuo Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 77 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas de todos como pessoas, iguais em direitos e obrigações, o que dá suporte a exigências recíprocas de ajuda ou sustento. A solidariedade, desse modo, exorta atitudes de apoio e cuidados de uns com os outros. Pede diálogo e tolerância. Pressupõe um reconhecimento ético e, portanto, corresponsabilidade. Entretanto, para que não fique estagnada em gestos tópicos ou se esgote em atitudes episódicas, a modernidade política impõe a necessidade dialética de um passo maior em direção à justiça social: o compromisso constante com o bem comum e a promoção de causas ou objetivos comuns aos membros de toda a comunidade. Marcio Augusto de Vasconcelos Diniz. Estado social e princípio da solidariedade. In: Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, Vitória, n.o 3, p. 31-48, jul.-dez./2008. Internet: <www.fdv.br> (com adaptações). 11. (STJ – 2015 – Analista Judiciário – Cespe) A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso se inserisse o pronome se imediatamente antes da forma verbal “pode” (R.7). ( ) CERTO ( ) ERRADO O problema da justiça refere-se à correspondência, ou não, entre a norma e os valores supremos ou finais que inspiram determinado ordenamento jurídico. Não importa comentar se existe um ideal de bem comum, idêntico para todos os tempos e para todos os lugares. Todo ordenamento jurídico persegue certos fins e esses representam os valores a cuja realização o legislador, mais ou menos conscientemente e adequadamente, dirige sua própria atividade. Quando se considera que há valores absolutos, objetivamente evidentes, a pergunta acerca de se uma norma é justa ou injusta equivale a perguntar se esta é apta ou não a realizar aqueles valores. No caso de não se acreditar em valores absolutos, o problema da justiça ou da injustiça de uma norma tem um sentido: equivale a perguntar se essa norma é apta ou não a realizar os valores históricos que inspiram esse ordenamento jurídico, concreta e historicamente determinado. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 78 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Norberto Bobbio. Teoría general del derecho. Bogotá/CO: Temis S.A., 1999, p. 20-2 (tradução livre, com adaptações). 12. (STJ – 2015 – Técnico Judiciário – Cespe) Na estrutura textual, o vocábulo “esta” (l.9) e a expressão “aqueles valores” (l.9) fazem referência, respectivamente, ao termo “norma” (l.8) e à expressão “valores absolutos” (l.7). ( ) CERTO ( ) ERRADO 13. (STJ – 2015 – Técnico Judiciário– Cespe) Na linha 15, caso se substituísse o vocábulo “concreta” por concreto, não haveria prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, já que esse novo termo concordaria com a expressão “ordenamento jurídico”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Consta do preâmbulo da Constituição Federal que a justiça é um dos valores supremos da sociedade, tal qual a harmonia social e a liberdade. Nos demais artigos da Carta Magna, esse termo costuma vir associado à ideia de justiça social. Assim, o primeiro inciso do artigo terceiro da Constituição estabelece que a construção de uma sociedade que seja justa é um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Ao circunscrever a justiça no espaço da sociedade, o texto constitucional estabelece, em síntese, que a promoção da justiça na sociedade é um fim do Estado brasileiro. Sérgio Luiz Junkes. A justiça social como norma constitucional. Resenha eleitoral – Nova série, v. 12, n.o 1, jan.-jun./2005. Internet: <www.tre-sc.jus.br> (com adaptações). Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 79 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 14. (STJ – 2015 – Técnico Judiciário – Cespe) Na linha 2, sem prejuízo para a correção gramatical, a expressão “tal qual” poderia ser flexionada no plural, para concordar com “valores supremos”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 80 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 15. (Polícia Federal – 2014 – Agente de Polícia Federal – CESPE) Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto caso os pronomes “se” (l. 2) e “a” (l. 5) fossem deslocados para imediatamente após as formas verbais “aplicava” (l. 2) e “apanhasse” (l. 5), escrevendo-se que aplicava-se e caso apanhasse-a, respectivamente. ( ) CERTO ( ) ERRADO 16. (TC/DF – 2014 – Todos os Cargos – CESPE) No texto, o pronome “se”, em “dizia-se” (l.14), equivale, em sentido, à expressão a si mesma. ( ) CERTO ( ) ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 81 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 17. (TC/DF – 2014 – Todos os Cargos – CESPE) Uma forma correta de reescrita do trecho iniciado pela conjunção temporal “quando” (l.2) é a seguinte: ao ser informado pelos técnicos em urbanismo que existia oito milhões de ratos na cidade do Rio de Janeiro. ( ) CERTO ( ) ERRADO 18. (Caixa – 2014 – Médico do Trabalho – CESPE) O termo “que" desempenha a mesma função sintática nas ocorrências da linha 7. ( ) CERTO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 82 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas ( ) ERRADO 19. (STF – 2013 – Analista Judiciário – CESPE) A locução adverbial “Da mesma maneira que” (l.7) poderia ser substituída, sem prejuízo para as relações de coesão e coerência do texto, por Assim como. ( ) CERTO ( ) ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 83 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Clarice Lispector. Felicidade clandestina. In: Felicidade clandestina: pontos. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (com adaptações). 20. (STF – 2013 – Analista Judiciário – CESPE) Na oração “guiava-me a promessa do livro” (l.22), o pronome “me” exerce a função de complemento da forma verbal “guiava”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 84 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 85 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 21. (Instituto Rio Branco – 2013 – Diplomata – CESPE) Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido do texto, a expressão “é certo” (l.9) poderia ser substituída por corretamente ( ) CERTO ( ) ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 86 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas DF registra 316 ocorrências de sequestro-relâmpago nos primeiros oito mesesdeste ano. R7, 6/9/2013. Internet: <http://noticias.r7.com> (com adaptações). 22. (PC/DF – 2013 – Agente de Polícia – CESPE) O trecho “por isso as forças de segurança recomendam que as pessoas tomem alguns cuidados” (l.23- 25) expressa uma ideia de conclusão e poderia, mantendo-se a correção gramatical e o sentido do texto, ser iniciado pelo termo porquanto em vez da expressão “por isso”. ( ) CERTO ( ) ERRADO Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 87 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 23. (MTE – 2013 – Auditor Fiscal do Trabalho – CESPE) Dada a relação de concessão estabelecida entre as duas primeiras orações do texto, a palavra “Embora” (l.1) poderia, sem prejuízo do sentido ou da correção gramatical do texto, ser substituída por Conquanto. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 88 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas ( ) CERTO ( ) ERRADO 24. (Analista Judiciário - Análise de Sistemas/2013 - TRE/MS – CESPE) Considerando os aspectos linguísticos do texto, assinale a opção correta. A) Em “direitos individuais do candidato versus o direito coletivo” (L.17), o emprego de itálico em “versus” justifica-se pelo tom irônico do texto. B) Nas linhas 11 e 12, os verbos “retroagir”, “prejudicar” e “ferir” estão coordenados entre si e subordinados à forma auxiliar “pode”. C) No texto, a expressão “ainda que” (L.4) tem sentido equivalente ao da expressão desde que. D) No trecho “o de que não se trata de norma penal” (L.13-14), o emprego da forma plural em normas penais implicaria a flexão da forma verbal: o de que não se tratam de normas penais. E) No trecho “o de que não se trata de norma penal” (L.13-14), o emprego da próclise em vez da ênclise — não trata-se — justifica-se pela presença de palavra negativa antecedendo a forma verbal. Profª Rafaela Freitas http://www.estrategiaconcursos.com.br 89 de 89 Aula 03 Profª Rafaela Freitas Português p/ PM-AL Oficial Combatente Teoria e Questões Comentadas 1) CERTO 2) ERRADO 3) CERTO 4) CERTO 5) ERRADO 6) CERTO 7) ERRADO 8) CERTO 9) CERTO 10) ERRADO 11) ERRADO 12) CERTO 13) ERRADO 14) ERRADO 15) ERRADO 16) CERTO 17) ERRADO 18) CERTO 19) CERTO 20) CERTO 21) ERRADO 22) ERRADO 23) CERTO 24) E O MEU ATÉ BREVE Caros alunos, foi um prazer estar com vocês em mais uma aula! Espero que não deixem passar nenhuma dúvida! Vocês podem e devem entrar em contato comigo para resolvermos juntos qualquer problema! Abraço, Rafaela Freitas Contatos:Fórum de dúvidas. E-mail: contato@professorarafaelafreitas.com.br Facebook, Instagram e Youtube: Palavreando com Rafa Freitas