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O MITO DA CAVERNA Alexandre Tenenbaum e Samara Lucas Tenenbaum Platão é considerado um dos principais pensadores da história. O filósofo grego foi discípulo de Sócrates, com quem aprendeu a discutir os principais problemas nas virtudes humanas. A história do mito da caverna foi narrada na sua obra conhecida como A República, na qual o diálogo é feito entre Sócrates, personagem principal, e Glauco, o interlocutor. A história se passa em uma caverna onde, desde a infância, algumas pessoas são aprisionadas e passam toda a vida na escuridão. Elas ficam algemadas de tal modo que são forçadas a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para as paredes da caverna. Na entrada da caverna, existe uma grande fogueira que permite que um pouco da luz exterior entre, de modo que as pessoas aprisionadas consigam ver as sombras das coisas que estão do lado de fora da caverna. Essas sombras refletem a realidade que se passa no lado externo da caverna, mas essas pessoas aprisionadas não sabem e disso e acreditam que as sombras e os ecos vistos e ouvidos são a verdadeira realidade. Um dos prisioneiros então acorda e percebe que sua corrente está quebrada, e ele lentamente se levanta. Ele então caminha para a entrada da caverna, porém uma luz muito forte ofusca sua visão e o deixa completamente cego por algumas horas. O tempo se passa e o prisioneiro começa a enxergar novamente, e acaba descobrindo que aquilo que parecia uma fogueira era na verdade a luz do sol. Ele sente dificuldade para enxergar, mas a sensação que estava sentindo era impronunciável. Pois nesse momento ele percebe que existem pessoas ali, animais, charretes de transporte e percebe a beleza de tudo que está ali. Assim, descobre que tudo aquilo que ele vinha chamando de realidade não passava de sombras das imagens reais. Após essa descoberta, o rapaz então volta à caverna para contar a seus amigos as maravilhas que havia visto, a fim de libertar todos das sombras. Porém seus amigos começam a rir dele e não acreditam no que ele estava contando. Diziam até que ele estava louco e ameaçaram-no de morte. Nesse mito, nós somos iguais aos prisioneiros: pessoas comuns que vivem em um mundo limitado por suas crenças e conhecimentos muitas vezes achando que sabemos de tudo e nada mais têm a aprender. A caverna, para Platão é a junção de nossos sentimentos e nosso corpo, sendo o nosso acervo de conhecimento, mas que muitas vezes nos leva a equívocos e erros. Os ecos e sombras vistas de dentro da caverna são projeções da realidade. É a forma que vemos e julgamos as coisas, muitas vezes com visões preconceituosas ou opiniões pré-moldadas. E por último, a luz solar que cega o rapaz nada mais é do que a dificuldade que temos em mudar. É a nossa caminhada para o conhecimento verdadeiro, pois a mudança de opinião não é fácil, Da mesma forma que sair de uma caverna após anos na escuridão também não o é. E a realidade pode ser comparada à felicidade que o rapaz teve ao ver a luz do sol, a natureza e tudo a sua volta com os próprios olhos. Se usarmos esses ensinamentos nos dias de hoje, podemos ver que muitos de nós temos mais semelhanças com os prisioneiros dentro da caverna do que com o rapaz que conseguiu fugir. Estamos enraizados no senso comum e o preconceito prevalece como se fossem as correntes citadas no mito. Diante disto, podemos concluir que, aquilo que temos como verdade absoluta pode não o ser, e que sempre temos a aprender um com o outro e com sua ideias. https://escolaeducacao.com.br/filosofia-de-socrates/
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