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Unidade III - Circuitos Terminais Tipos e dispositivos de proteção

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Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Ms. Robmilson Simões Gundim 
 
Revisão Textual: 
Profa. Dr. Patricia Silvestre Leite Di Iorio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Circuitos Terminais – Tipos 
e dispositivos de proteção 
Caros alunos e alunas, tudo bem?! 
 
Pessoal, dominados os conceitos sobre eletricidade e a partir 
do levantamento das potências realizado na Unidade II, pode-
se dizer que foram dados os primeiros passos efetivos para 
alcançar um dos principais objetivos do curso que é o 
desenvolvimento de um Projeto de Instalações Elétricas 
Residencial. 
Nesta unidade, ou seja, na Unidade III será dada uma pausa 
no projeto para estudarmos a função do quadro de 
distribuição e suas particularidades, bem como os dispositivos 
de proteção, seus princípios de funcionamento, suas 
interligações, entre outros detalhes. 
 
Desta forma, será possível nos preparar para os passos 
seguintes do Projeto de Instalações Elétricas Residencial que 
deverão ser retomados em breve. 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
Para que se possa prosseguir no projeto propriamente dito, façamos um estudo sobre a função 
do quadro de distribuição e suas particularidades, bem como os circuitos elétricos mais comuns 
utilizados em uma residência. 
Antes, portanto, da divisão dos circuitos, que será um dos próximos passos do projeto que 
estamos realizando, é de fundamental importância conhecermos os dispositivos de proteção existentes, 
os circuitos elétricos mais comuns e suas representações gráficas. 
Desta forma, o objetivo desta unidade é de maneira geral, reconhecer e ilustrar as definições de 
quadro de distribuição, dos disjuntores termomagnéticos (DTM’s), dos disjuntores diferenciais residuais 
(DDR’s), dos interruptores diferenciais residuais (IDR’s) e dos dispositivos de proteção contra surtos 
(DPS), bem como organizar informações relacionadas à suas aplicações. 
Tudo, sob a luz da ABNT NBR 5410:2004 e de outras normas técnicas correlacionadas. 
 
 
 
 
Contextualização 
 
 
 
 
 
Quadro de distribuição 
 
Como apresentado anteriormente os conceitos vistos na Unidade I e II facilitarão a 
compreensão dos assuntos a serem tratados nesta Unidade. 
Na última figura apresentada na unidade II, denominada visão geral do sistema de 
fornecimento, ficava claro o posicionamento em que deve ser inserido um quadro de 
distribuição em uma Instalação Elétrica Residencial. O mesmo recebe alimentação do quadro 
medidor de energia elétrica e distribui aos circuitos terminais por meio de dispositivos de 
proteção. 
Vejamos, portanto, as definições necessárias e os conceitos fundamentais relacionados 
aos dispositivos de proteção aplicados nos circuitos terminais, de modo que se construa o 
conhecimento e a compreensão necessária para posterior aplicação ao desenvolvimento do 
projeto de instalações elétricas. 
Iniciemos pela definição de quadro de distribuição: 
 
 
 
 
 
Ele é o centro de distribuição, pois além de receber os condutores que vêm do 
medidor, distribui em circuitos por meio de dispositivos de proteção aos circuitos terminais da 
residência. 
Conforme o item 6.5.4.10 da NBR 5410:2004, os quadros devem ser entregues com a 
advertência indicada na Figura 3.1. Não é especificado o tipo de material que deve ser 
confeccionada, mas exigi-se que a mesma não seja facilmente removível. 
 
 
 
 
 
Material Teórico 
Quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação 
elétrica de uma residência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, é no quadro é que se encontram os dispositivos de distribuição que alimentam 
os circuitos terminais que por sua vez irão alimentar as lâmpadas, pontos de tomadas e 
aparelhos elétricos. Veja na figura 3.2 um modelo legível de placa de advertência. 
 
 
 
Figura 3.1 – Quadro de distribuição [1] 
Figura 3.2 – Modelo de Placa de advertência [1] 
 
 
Além da placa de advertência outra exigência e recomendação da Norma 
respectivamente são de que o quadro deve ser localizado em lugar de fácil acesso e o mais 
próximo possível do medidor, sendo a última justificada pela redução do investimento com os 
condutores já que serão os de maior seção nominal, logo os de maior custo. Alguns projetistas 
preferem projetá-lo no centro da residência facilitando uma distribuição centralizada. 
 
 
 
 
 
Dispositivos de Proteção 
 
Por meio das ilustrações a seguir, poderão ser visualizados os dispositivos de proteção 
instalados em um quadro de distribuição, bem como as interligações existentes em um 
fornecimento bifásico a três fios, sendo duas fases, neutro e proteção. 
Figura 3.3 – Localização do quadro medidor [1] 
 
 
 
 
Um dos dispositivos de proteção mais comum e que se encontra no quadro de 
distribuição apresentado é o disjuntor termomagnético. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.4 – Quadro de distribuição [1] 
 
 
Disjuntor Termomagnético – DTM 
 
Disjuntores termomagnéticos são dispositivos que atuam em duas condições; 
- por sobrecarga utilizando o efeito térmico causado em função de um possível aumento 
da corrente elétrica acima da corrente nominal do disjuntor que por conseqüência 
aquece um par bimetálico interno com coeficientes de dilatação diferentes, os quais se 
curvam, disparando o mecanismo de desarme, ou; 
- por curto-circuito utilizando o efeito magnético em uma espira interna, causado em 
função da possível circulação de corrente elétrica de alto valor quando da existência de 
um curto-circuito entre fases, ou entre fase e neutro, ou entre fase e terra. 
 
Daí, portanto, o nome disjuntor termomagnético. A seguir serão apresentadas as partes 
que constituem um disjuntor termomagnético. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.5 – Visão interna de um DTM padrão DIN [3] 
 
 
1 - Carcaça externa do disjuntor. Material 
termoplástico. 
2 - Terminal superior para fixação do cabo. 
3 - Câmara de extinção de arco elétrico. 
4 - Bobina para disparo magnético. 
5 - Alavanca liga/desliga. 
6 - Contato fixo. 
7 - Contato móvel. 
8 - Guia para arco elétrico. 
9 - Bimetal responsável pelo disparo 
térmico. 
10 - Terminal inferior para fixação do cabo. 
11 - Fixações em trilho padrão DIN. 
 
 
 
 
Desta forma disjuntores termomagnéticos são dispositivos que: 
 
 
 
Os disjuntores têm a mesma função dos fusíveis. Entretanto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.6 – Características do DTM [1] 
Figura 3.7 – Comparativo simples entre o DTM e fusíveis [1] 
Devido aos sistemas de fornecimento existentes, os tipos de disjuntores 
encontrados são os Monopolares, Bipolares e Tripolares. 
Para um sistema de fornecimento bifásico utilize sempre o disjuntor 
bipolar. Utilizando dois unipolares não há garantia de desligamento das 
duas fases. 
 
 
Curvas de atuação do DTM – Disjuntor Termomagnético 
 
No Brasil a norma ABNT NBR NM 60898 [4] define para o disparo instantâneo, 
magnético as faixas de atuação B, C e D, podendo para determinadas aplicações serem 
importados outros modelos de curva de atuação. 
Segue abaixo os modelos de curva de atuação fabricados no Brasil: 
 Curva B – Cargas sensíveis, eletrônicas ou resistivas em circuito, exclusivos com linhas 
extensas. 
 Curva C – Cargas genéricas em instalações residenciais e similares ou eletrodomésticos 
em geral. 
 Curva D – Cargas genéricas com corrente elevada no fechamento. 
 
Obs.: As curvas e tipos de carga podem variar conforme fabricantes, podendo se 
comportar diferente, de acordo com características de partida ou mesmo alteração nas 
correntes durante funcionamento, por isto o profissional deve estaratento as características 
técnicas das cargas e o fabricante do dispositivo de proteção 
 
 
 
 
 
Para maior compreensão as curvas de atuação dos disjuntores poderão ser visualizadas 
a seguir na figura 3.9, contudo antes, a figura 3.8 ilustra uma curva típica que demonstra as 
partes da curva, as quais são verificadas a ação do disparador térmico e a ação do disparador 
magnético. 
Portanto, com relação aos DTM’s deve-se especificar sempre não somente a corrente 
nominal do disjuntor, mas também a curva de atuação adequada ao tipo de carga. Em geral, 
em instalações elétricas residenciais resumidamente utiliza-se: 
Curva B – Cargas Resistivas (Chuveiro, torneira elétrica, iluminação, etc.) e; 
Curva C – Cargas Indutivas e/ou desconhecidas, ou seja, em PTUG’s. 
 
Curva do Disjuntor Faixa de Atuação 
B 3 a 5 x IN 
C 5 a 10 x IN 
D 10 a 20 x IN 
Tabela 3.1 – Faixa de atuação eletromagnética dos disjuntores termomagnéticos [3] 
 
 
 
 
Curvas de atuação do DTM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No quadro de distribuição, encontra-se também o dispositivo de proteção a corrente 
diferencial residual, ou abreviadamente dispositivo DR. Entre eles, os mais usados em 
instalações elétricas residenciais são os disjuntores DR’s e os interruptores DR’s. 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.8 – Característica tempo-corrente típica 
de disjuntor termomagnético [5] 
 
Figura 3.9 – Característica tempo-corrente de mini-
disjuntores normalizadas pela IEC [5] 
 
 
 
Disjuntor Diferencial Residual – DDR 
 
É um dispositivo constituído de um disjuntor termomagnétrico acoplado a outro 
dispositivo: o diferencial residual. Sendo assim, ele conjuga as duas funções: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pode-se dizer então que um Disjuntor Diferencial Residual é um dispositivo que 
protege: 
- os condutores dos circuitos contra sobrecarga e curto-circuito, e; 
- as pessoas contra choques elétricos. 
O princípio de funcionamento do disjuntor termomagnético foi apresentado a pouco, 
por isso, vamos estudar o princípio do conceito Diferencial Residual. 
O funcionamento do dispositivo Diferencial Residual parte do princípio da medição 
permanente da corrente elétrica que entra no mesmo, circula por meio do circuito elétrico até 
a carga e retorna ao dispositivo. Portanto, compara-se, o que entra e sai do dispositivo 
Figura 3.10 – DDR – Disjuntor Diferencial Residual [1] 
 
 
 
permanentemente e se houver uma diferença residual maior que 50% a 100% do seu valor de 
disparo o mesmo deve atuar. 
A ilustração da figura 3.11 auxilia no entendimento do princípio de funcionamento do 
dispositivo DR e a 3.12 na visualização da parte interna do dispositivo. 
 
 
Princípio de funcionamento do DR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.11 – Característica tempo-corrente de minidisjuntores 
normalizadas pela IEC [5] 
 
Figura 3.12 – Vista em corte de um Interruptor Diferencial Residual [5] 
 
 
 
Interruptor Diferencial Residual – IDR 
 
Como apresentado anteriormente o conceito do Diferencial Residual do DDR 
(Disjuntor Diferencial Residual) é o mesmo para o Interruptor Diferencial Residual (IDR). 
Contudo, a diferença entre eles é de que o primeiro, (DDR), protege a instalação elétrica 
contra sobrecarga, curto-circuito e choque elétrico, pois reúne no mesmo dispositivo os 
conceitos de proteção do disjuntor termomagnético e do dispositivo diferencial residual e o 
segundo, (IDR), protege somente contra choque elétrico, pois conta somente com o conceito 
do dispositivo diferencial residual. 
Sendo assim, o Interruptor Diferencial Residual é um dispositivo composto de um 
interruptor acoplado ao dispositivo diferencial residual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As correntes de disparo de ambos comercializados no Brasil são: 
- Alta sensibilidade – 30 mA, e; 
- Baixa sensibilidade – 300 mA. 
Em resumo o dispositivo DR de alta sensibilidade deve ser utilizado em instalações 
elétricas residenciais para proteger pessoas contra choque elétrico, devido a possibilidade de 
contato direto com partes energizadas, e o de baixa sensibilidade. 
Normalmente é utilizado para proteger o patrimônio, evitando, por exemplo, que 
possíveis fugas de corrente em estruturas metálicas possam causar o choque elétrico por 
contato indireto ou ainda possa ser um causador de um princípio de incêndio. 
Figura 3.13 – Interruptor Diferencial Residual – IDR [1] 
 
 
 
A figura 3.14 apresenta os casos e exceções em que a norma exige a proteção 
diferencial-residual de alta sensibilidade. 
 
 
 
Desta forma, para resumir, o dispositivo diferencial residual seja DDR ou IDR tem como 
função: 
 
 
Vejam as figuras a seguir que exemplificam o contato direto e o contato indireto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.14 – Casos (e exceções) em que a norma exige proteção diferencial-residual de alta sensibilidade 
{5] – IDR [5] 
 
Proteger as pessoas contra choques elétricos provocados por contato 
direto ou indireto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contudo, existem duas opções para a instalação dos dispositivos apresentados. Um 
deles é o mais tecnicamente viável, pois se houver fuga de corrente em um determinado 
circuito, somente o dispositivo daquele circuito irá atuar. Veja na figura 3.16 a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.15 – Conceito sobre contato direto e indireto [1] 
No Brasil, os tipos de DR’s comercializados são os Bipolares e os 
Tetrapolares. Ambos, para alta sensibilidade (30mA) e baixa 
sensibilidade (300 mA). 
 
 
Instalação dos dispositivos de proteção – Quadro de distribuição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A outra solução, que pode-se dizer a mais 
economicamente viável é escolher a instalação 
de um IDR como geral, enquanto os circuitos 
são protegidos por DTM. 
 
 
 
 
 
 
Padrão de Entrada é o conjunto que 
irá receber da empresa distribuidora 
de energia os fios que trazem a 
energia necessária. Este conjunto é 
composto por poste com isolador de 
roldana, bengala, caixa de medição 
e haste terra, que devem ser 
instalados, atendendo às 
especificações determinadas pela 
distribuidora de energia local. 
Figura 3.16 – Quadro de distribuição com DTM + IDR em cada circuito [1] 
Figura 3.17 – Quadro de distribuição com IDR Geral e 
DTM em cada circuito [1] 
 
 
 
 
 
NOTAS: 
1. No caso de instalação de IDR na proteção geral, o mesmo deve ser 
precedido de proteção termomagnética, ou seja, protegido contra 
sobrecarga e curto-circuito, podendo ser instalado no quadro de 
distribuição conforme figura 3.17, ou no quadro de medição, situação mais 
comumente encontrada; 
2. Esta solução pode apresentar o inconveniente de que se houver qualquer 
fuga de corrente em qualquer circuito terminal, pode levar o IDR a disparar, 
desligando a casa inteira. Porém, se acontecer, basta desligar todos os 
DTM’s dos circuitos terminais, religar o IDR e ir religando um a um cada 
circuito terminal de forma a identificar o circuito em questão, podendo ser 
a princípio isolado, para uma análise, detecção do defeito e eliminação da 
fuga de corrente naquele circuito. 
 
 
 
Dispositivo de proteção contra surtos – DPS 
 
As sobretensões e os surtos na rede elétrica são uma das principais causas de danos a 
equipamentos e instalações elétricas. Eles podem ocorrer, principalmente, devido a manobras 
na rede elétrica, faltas para outras instalações de tensão superior e, na maioria dos casos, 
devido a descargas atmosféricas. 
Para proteção contra surtos são utilizados os dispositivos de proteção contra surtos 
(DPS). A ABNT NBR 5410:2004, válida a partir de maio de 2005, torna o uso do DPS 
obrigatório. Mas qual o siginificado de sobretensão? E surto? As figuras 3.18 e 3.19 podem 
ajudar a entender. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um surto pode ter uma alta variação de tensão:A proteção contra surto deve ser realizada por meio de três medidas básicas: 
 
 Um sistema de aterramento devidamente projetado e instalado; 
 Utilização da equipotencialização; 
 Instalação dos dispositivos de proteção contra surto – DPS. 
Um sistema de aterramento é um conjunto de condutores enterrados, cujo objetivo é 
realizar o contato entre o circuito e o solo com a menor impedância possível. 
 
 
 
Figura 3.20 – Surto de tensão [6] 
Figura 3.18 – Sobretensão [6] Figura 3.19 – Surto [6] 
Figura 3.19 – Surto [6] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A figura 3.22 ilustra uma onda atingindo um barco, todos os equipamentos, 
juntamente com o barco, irão subir juntos. Isto significa que não irão existir diferenças de 
potencial gravitacional entre os equipamentos e também entre o barco e os equipamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma situação similar ocorre quando uma descarga atmosférica atinge um avião. O 
potencial elétrico do avião em relação à terra aumenta muito, mas não aparecem diferenças 
de potencial significativas entre o avião e os equipamentos instalados em seu interior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.21 – Exemplo de Aterramento [6] 
Figura 3.22 – Analogia sobre equipotencialização [6] 
Figura 3.23 – Analogia sobre equipotencialização [6] 
 
 
A seguir um exemplo de equipotencialização de uma estação de rádio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O princípio de funcionamento do DPS pode de maneira simplificada ser apresentada 
conforme a sequência de figuras a seguir. 
Enquanto o sistema elétrico está normal o DPS que está ligado em paralelo entre o 
terminal de alimentação e a terra tem um comportamento de uma chave aberta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Havendo um surto na rede elétrica proveniente por exemplo de uma descarga 
atmosférica o DPS se comporta como uma chave fechada enviando o surto para terra. 
Figura 3.24 – Exemplo de equipotencialização de uma estação de rádio [6] 
Figura 3.25 – Princípio de funcionamento 
DPS - 1ª etapa [6] 
Figura 3.26 – Princípio de funcionamento 
DPS - 2ª etapa [6] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após a normalização do sistema elétrico o DPS volta a se comportar como uma chave 
aberta, podendo voltar ou não a funcionar normalmente, pois dependerá de sua vida útil. 
Estudados tais conceitos, para sua instalação deve-se ainda ser identificado os tipos existentes 
e consequentemente a localização onde os quais devem ser instalados. Uma vez terminado 
sua vida útil, o DPS deve ser substituído. 
 
Tipos de DPS’s 
 
Conforme a capacidade de suportar as sobretensões trransitórias e/ou repetitivas, os 
DPS’s são classificados em classe I, II, III e (I/II). Para escolher corretamente o DPS, sugere-se 
sempre consultar o fornecedor para auxiliar no dimensionamento. 
 
Figura 3.27 – Princípio de funcionamento DPS 
- 3ª etapa [6] 
Figura 3.28 – Princípio de funcionamento DPS 
- 4ª etapa [6] 
Figura 3.29 – Princípio de funcionamento DPS - 5ª etapa [6] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização dos DPS’s 
 
A ABNT NBR 5410:2004 apresenta em sua tabela 15 a classificação das descargas 
atmosféricas, bem como códigos que identificam determinadas caracterísiticas. 
 
 
Portanto, segundo a própria Norma Técnica e as caracteríticas de funcionamento dos 
DPS’s, pode-se concluir que o DPS Classe I é indicado para locais AQ3, sujeitos à descargas 
diretas, como por exemplo: Edificações com Sistema de Proteção contra Descarga 
Atmosféricas (SPDA), ou edificações próximas de SPDA até 100 m. 
O DPS Classe II é indicado para locais AQ2, sujeitos à descargas indiretas. Sendo 
aplicável em todas as instalações, inclusive no quadro de distribuição. 
O DPS Classe III é indicado para locais que exigem proteção mais fina, aplicáveis a 
equipamentos sensíveis localizados a mais de 30 metros de um DPS Classe II, como por 
exemplo, TV de plasma/LCD, computador, etc. 
Já o DPS classe I/II reúne as características de ambos e podem ser aplicados na entrada 
da edificação. 
 
 
 
 
Figura 3.30 – Exemplo de DPS Classe I ou II e Classe III [1] 
Tabela 3.1 – Tabela de consulta sobre o tipo de descargas atmosféricas [7] 
 
 
 
 
 
Em residências, na maioria dos casos não se utilizará de modo obrigatório o DPS classe I ou I/II 
na entrada de energia, ou seja, no quadro de medição, ficando esta aplicação mais voltada para 
edificações altas ou como apresentado a pouco, próximas de edificações próximas de SPDA, até 100 
m. 
Assim sendo, instala-se o DPS classe II no quadro de distribuição e se o usuário concordar em 
reforçar a proteção contra surto, instala-se o DPS classe III em equipamentos sensíveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A seguir um exemplo de ligação do DPS para um sistema de fornecimento bifásico a 
três fios, considerando o condutor de proteção PE (terra) separado do neutro, por exemplo 
em um quadro de distribuição com sistema de aterramento TNS (Terra e Neutro Separados), 
que por sinal é o utilizado em residências. 
Figura 3.31 – Exemplo de instalação de DPS Classe I/II, II e III em edifício [8] 
Figura 3.32 – Exemplo de instalação de DPS Classe II, III em residência [1] 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando que o DPS pode entrar em curto-circuito ora para proteger a instalação, 
atuando conforme previsto, ora por falha interna, se faz necessário a instalação de um DTM à 
montante, ou seja, anterior a ele. 
Para o dimensionamento da referida proteção é recomendado que consulte o 
fornecedor. A seguir é apresentado um exemplo de ligação clássica do DPS, interligando DTM 
como geral instalado ou no próprio quadro de distribuição, ou no quadro de medição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3.33 – Exemplo de instalação de DPS classe II no quadro de distribuição [6] 
Figura 3.34 – Exemplo de instalação clássica de DPS classe II no quadro de distribuição [6] 
Olá eu sou o DTM 
geral, posso ser 
instalado dentro do 
próprio quadro de 
distribuição, ou no 
quadro de medição! 
Olá eu sou o IDR 
geral, e para este 
caso sou instalado 
no quadro de 
distribuição! 
Olá somos os DPS’s Classe II, 
e para este caso estamos 
instalados no quadro de 
distribuição! 
Nota: Observem que o 
sistema de aterramento 
tem o condutor de 
proteção (PE) separado 
do neutro (N). 
 
 
Contudo, se faz necessário esclarecer que existem várias outras maneiras de 
interligação dos dispositivos de proteção devido às outras configurações existentes de sistema 
de aterramento e de disposição dos dispositivos em função de aplicações diferenciadas. Na 
ABNT NBR 5410:2004 no item 6.3.5.2.2, são apresentadas as diversas possibilidades de 
interligação. 
Como pôde ser observado, neste material didático, foi escolhido apresentar a 
instalação clássica para uma residência. 
 
 
 
Desta forma, estudamos a função do quadro de distribuição e suas 
particularidades, bem como os princípios de funcionamento dos dispositivos 
de proteção a serem instalados. Na próxima aula estudaremos os circuitos 
elétricos mais comuns utilizados em uma residência. Até lá!!! 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO Dispositivos de Proteção – Doutores da Construção/Schneider Elétric – 
2010. 
APRESENTAÇÃO Proteção DPS 2008 – Pial Legrand 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5410. Instalações 
Elétricas de Baixa Tensão. Rio de Janeiro: 2004. 209p. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 60898: Disjuntores para 
proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares. Rio de Janeiro: 2004. 
116p. 
Bonello Jr. E. G.; Costa H. P. da; Santa’Ana, R. M.; Jesus, W. - Projeto e Concepção de 
uma Giga de Testes de dispositivos de proteção. TCC 2009 Engenharia Elétrica – 
Universidade Cruzeiro do Sul. 
GUIA EM DA NBR 5410 – Proteção contra choques elétricos. Eletricidade Moderna. 
http://www.aeseletropaulo.com.br/clientes/informacoes/Engenheiros/ManuaiseNormas/Docum
ents/manuaisenormas/LIG_BT_2007.pdfacesso 20/02/2011. 
http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-ptBR/energy/pdfs/Manualinstalacao.pdf 
acesso em 13/01/2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
http://www.aeseletropaulo.com.br/clientes/informacoes/Engenheiros/ManuaiseNormas/Documents/manuaisenormas/LIG_BT_2007.pdf
http://www.aeseletropaulo.com.br/clientes/informacoes/Engenheiros/ManuaiseNormas/Documents/manuaisenormas/LIG_BT_2007.pdf
http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-ptBR/energy/pdfs/Manualinstalacao.pdf
 
 
 
 
 
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Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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