Buscar

Regimes de Bens no Casamento e União Estável

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Disciplina: Direito Civil Aplicado II
Aula 3: Regimes de Bens no Casamento e na União Estável
Apresentação:
O casamento e a união estável são formas de constituição de família, previstos na
Constituição Federal, que não partem de uma relação de parentesco, mas da união de
duas pessoas, de sexos distintos ou de mesmo sexo, que se relacionam afetivamente
e pretendem formar uma família, com ou sem o nascimento de filhos.
As questões existenciais como a liberdade de planejamento familiar, paternidade, o
respeito e a consideração mútuos etc. são de extrema importância. Tanto o
casamento como a união estável também envolvem questões patrimoniais. Os
regimes de bens, estão no centro da questão, pois será o regime de bens escolhido
pelos cônjuges ou pelos companheiros o guia determinante das regras de
comunicação ou não comunicação do patrimônio entre o casal.
 Apesar de termos um regime legal, o da comunhão parcial de bens, para o caso dos
cônjuges ou companheiros não escolherem o regime de bens, vigora em nosso
sistema o princípio da liberdade de escolha.
 Nesta aula, compreenderemos como funciona a escolha do regime de bens do
casamento e da união estável e as principais regras de cada um dos regimes.
Objetivos:
Reconhecer as possibilidades e os limites da escolha de regimes de bens entre
cônjuges e companheiros;
Identificar os diferentes regimes de bens de casamento e união estável;
Compreender as regras básicas incidentes em cada regime de bens.
Noções Gerais dos Regimes de
Bens
O casamento e a união estável estabelecem uma comunhão de vida entre o
casal. Nessa comunhão estão incluídos o sustento comum desse casal, assim
como a aquisição e alienação de patrimônio.
É inevitável a existência de uma conjuntura patrimonial do casal, no
casamento e na união estável. Será, portanto, o regime de bens escolhido
pelos cônjuges ou companheiros que regulará essas relações patrimoniais
entre eles.

Atenção
Podemos dizer que é impossível existir casamento ou união estável sem
regime de bens incidente. Considerando que cada casal poderá decidir
sobre sua forma de organização patrimonial, é de livre escolha do casal a
decisão sobre que regime de bens é mais adequado à sua realidade,
podendo inclusive celebrar pacto antenupcial ou contrato de convivência
que de certa forma misture regras de diferentes regimes de bens.
Vamos a elas!
Liberdade de escolha
Não somente no Brasil, como em outros países, a exemplo da França e de
Portugal, é livre aos cônjuges a escolha do regime de bens, que acontecerá
antes do casamento.
Quando os cônjuges não decidirem antes do casamento por outro regime de
bens, ou quando não disciplinarem as regras que devem ser observadas no
casamento em relação ao seu patrimônio, vigorará, naquele casamento, o
chamado regime legal, que atualmente é o da comunhão parcial de bens.
Por que a escolha do regime de bens deve ocorrer antes do
casamento?
Porque a partir do casamento, conforme consta do § 1º, do art. 1.639, do
Código Civil passa a vigorar entre os cônjuges o regime de bens.
Como é feita a escolha?
A escolha do regime de bens do casamento será feita por negócio jurídico
praticado pelos noivos antes do casamento, que é o pacto antenupcial.
Oliveira (2018) define pacto antenupcial como:

o contrato formal (escritura pública) celebrado entre os
nubentes, antes do casamento onde estabelecem o
regime de bens que vigorará durante o casamento bem
como matéria de direito pessoal, desde que não violem
normas de ordem pública.
No pacto antenupcial, o casal poderá decidir todo o regramento patrimonial de
seu casamento. O casal poderá simplesmente adotar um regime de bens
específico, ou criar cláusulas estabelecendo uma mistura entre regimes de
bens existentes. Pode ainda, criando cláusulas específicas determinar a
criação de um regime de bens diferente de todos os regimes de bens
existentes entre eles, estabelecendo um regime de bens novo.
Além de estabelecer regras patrimoniais entre o casal, o pacto antenupcial
pode ter efeitos perante terceiros, especialmente aqueles terceiros que vierem
a se relacionar ou contratar com um dos cônjuges, a lei estabelece
solenidades na elaboração do pacto.
Como determina o art. 1.653, do Código Civil, o pacto antenupcial deve ser
celebrado por escritura pública. Caso os noivos desrespeitem essa regra, o
pacto será considerado nulo, e ao casamento será aplicado o regime legal de
bens, que é o da comunhão parcial.
 Alianças (Fonte: Shutterstock)
Os cônjuges podem mudar de ideia sobre o
regime de bens?
Caso os cônjuges depois do casamento mudem de ideia sobre o regime de
bens, desde a promulgação do Código civil de 2002, que entrou em vigor em
janeiro de 2003, é lícito aos cônjuges a mudança do regime de bens escolhido
para o casamento.
Essa troca é possível tanto aos casais que celebraram pactos antenupciais,
como aos que não celebraram pacto algum e por isso viviam sob o regime da
comunhão parcial de bens.
Essa mudança pode implicar em prejuízo de um dos cônjuges em relação ao
outro, em fraude praticada pelos cônjuges, ou até mesmo em prejuízo do
direito de terceiros. Para evitar esse efeito, a lei determina, no § 2º, do art.
1.639, do Código Civil que:

é admissível a alteração do regime de bens, mediante
autorização judicial em pedido motivado de ambos os
cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas
e ressalvados os direitos de terceiros.
A partir dessa possibilidade passamos a afirmar que um dos princípios que
rege o direito patrimonial de família é o princípio da mutabilidade do regime
de bens. Os cônjuges podem, portanto de comum acordo, pleitear
judicialmente a mudança de seu regime de bens, e justificar o pedido.
Para que ocorra a mudança é necessário que:

1
o pedido seja comum, de ambos os cônjuges;

2
seja motivado e

3
não prejudique terceiros.
Atividade
Questão 1: André e Adriana são casados há 6 anos pelo regime da
comunhão universal de bens, em virtude de terem realizado pacto
antenupcial. Depois de perderem seus empregos, e diante da grave crise
financeira na qual se encontram, decidem abrir uma empresa, mas foram
informados pelo contador que não é possível serem sócios em virtude da
proibição constante do art. 977 do Código Civil: "faculta-se aos cônjuges
contratar sociedade entre si ou com terceiros, desde que não tenham
casado no regime da comunhão universal de bens ou no da separação
obrigatória".
Como a situação deles poderia ser solucionada?
E na união estável, os companheiros também
podem escolher?
1 Na união estável os companheiros também podem escolher seu regime de
bens, e assim como no casamento, caso não escolham, estarão submetidos ao
regime da comunhão parcial de bens, que é o regime legal tanto para o
casamento como para a união estável.
2 Na união estável, a formação do vínculo não acontece, como no
casamento, em momento determinado, mas vai se formando aos poucos, por
meio da convivência pública, contínua, duradoura e com a intenção de
constituir família, o modo de escolha do regime de bens se dá a qualquer
tempo na união estável, pela celebração de contrato de convivência.
 Casal (Fonte: Shutterstock)
3 No caso da escolha de regime de bens na união estável, não é necessário
que o contrato seja celebrado por instrumento público. A única exigência feita
pela lei é que seja contrato escrito.
4 Determina o art. 1.725, do Código Civil que "na união estável, salvo
contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no
que couber, o regime da comunhão parcial de bens".

Comentário
Na união estável vigora, a princípio, o regime da comunhão parcial de
bens, salvo se as partes, expressamente, acordarem por regime diverso,
para que o patrimônio adquirido na constância da convivência, não se
comunique com o outro, ou se comunique plenamente, como no regime
da comunhão parcial.
Atualmente, para dirimir eventuais dúvidas e a comunicação do patrimônio,
alguns autores reconhecem a possibilidade daqueles que mantém um
relacionamento, mas quenão querem o reconhecimento da união, firmar uma
"escritura de namoro".
Cônjuges ou companheiros podem sempre
escolher o regime de bens?
A regra no ordenamento jurídico brasileiro é a possibilidade de escolha do
regime de bens entre cônjuges e companheiros.

Atenção
Como exceção, há situações em que a lei impede a escolha do regime de
bens, determinando que nessas situações seja aplicado de forma
obrigatória o regime de bens da separação absoluta, daí o regime restar
conhecido como o regime da separação total de bens obrigatória.
A impossibilidade de escolha do regime de bens é fixada pelo art. 1.641, do
Código Civil, determinando ser obrigatório o regime da separação de bens do
casamento:
I
das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da
celebração do casamento;
II
da pessoa maior de 70 anos;
III
de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.
As causas suspensivas para o casamento são descritas no art. 1.523 do
Código Civil que não impedem o casamento, mas que tentam suspender a
possibilidade do casamento, até que a situação seja resolvida, a fim de evitar
confusão patrimonial aos futuros cônjuges.

Exemplo
Aquele que se divorciou, sem fazer partilha de bens, e estaria
subordinado à causa suspensiva até que realizasse a partilha, na forma
do art. 1.523, inciso III, do Código Civil.
Caso uma causa suspensiva não seja respeitada, o casamento será válido,
mas se subordinará ao regime da separação obrigatória de bens. Da mesma
forma não tem liberdade de escolha do regime aqueles que precisam de
suprimento judicial para o casamento, por terem mais de 16 e menos de 18
anos e um ou ambos os pais não tiverem consentido no casamento.
E por fim, também não podem escolher livremente o regime de bens do
casamento os maiores de 70 anos. Essa norma encontra muitas críticas dos
autores de Direito de Família, por, segundo a doutrina, tratar o idoso com
discriminação, não lhe permitindo exercer de forma livre sua autonomia da
vontade.
Apesar de todas as críticas, a norma continua em vigor, determinando que
não seja possível a livre escolha do regime de bens.
Regime Legal. Regime da
comunhão parcial de bens
1977
O regime legal de bens do casamento era, antes de 1977, o da comunhão
universal de bens. Naquela época o casamento era indissolúvel, não sendo
possível o divórcio, de modo que as pessoas só vinham a refletir sobre a
partilha de bens do casal quando da morte de um dos cônjuges.
No momento em que o casamento era então dissolvido pela morte, o cônjuge
sobrevivente tinha sua meação assegurada, sendo a meação do cônjuge
falecido partilhada entre os herdeiros.
Com o advento da lei de divórcio, em 1977, tornando possível o fim do
casamento sem que fosse pela morte de um dos cônjuges, não fazia mais
sentido que o regime legal do casamento fosse o da comunhão universal de
bens, cuja característica é a comunicação de todos os bens, presentes e
futuros entre os cônjuges.
Por entender que seria mais justo economicamente um regime de bens que
tivesse por princípio a comunicação dos bens adquiridos pelo esforço comum
do casal, em vista da possibilidade de divórcio, o regime legal de bens no
Brasil passou a ser o da comunhão parcial de bens.
 Regime de bens (Fonte: Shutterstock)
Quando regulamentada a união estável, após a constituição de 1988, por isso
após a dissolubilidade do casamento, foi aplicada à união estável o regime da
comunhão parcial de bens.
O regime da comunhão parcial de bens tem como preceito a comunicação
entre cônjuges e companheiros dos bens que sobrevierem ao casal, durante o
casamento e a união estável de forma onerosa.
Tendo por base tal preceito, o art. 1.659, do Código Civil
determina que se excluem da comunhão:
os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe
sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão,
e os sub-rogados em seu lugar;
os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um
dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
as obrigações anteriores ao casamento;
as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em
proveito do casal;
os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
O art. 1.660, do Código Civil determina que entram na
comunhão:
os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso,
ainda que só em nome de um dos cônjuges;
os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de
trabalho ou despesa anterior;
os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de
ambos os cônjuges;
as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;
os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge,
percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de
cessar a comunhão.
Atividade
Questão 2: Se Renata e Rodrigo forem casados pelo regime da
comunhão parcial, e Renata receber um imóvel, por doação de seu pai, e
fizer no imóvel diversas melhorias, esse imóvel será de ambos os
cônjuges ou será exclusivamente de Renata?
Regime da comunhão universal de
bens
É regulado pelos artigos 1.667 a 1.671 do
Código Civil. Neste regime, é determinada a
comunicação de todos os bens, os direitos e as
dívidas presente no momento do casamento,
assim como os futuros, independente de sua
aquisição ser por modo oneroso ou gratuito.
Estarão excluídos da comunhão somente os
bens descritos no art. 1.668 do Código Civil:
os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os
sub-rogados em seu lugar;
os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário,
antes de realizada a condição suspensiva;
as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com
seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a
cláusula de incomunicabilidade;
Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
Regime da participação final dos
aquestos
É uma novidade do Código Civil de 2002, que excluiu o regime dotal e passou
a tratar dessa nova modalidade.
Podemos dizer que esse regime é uma mistura entre os regimes da comunhão
parcial e da separação total de bens. Na forma do art. 1.672 do Código Civil,

no regime da participação final dos aquestos, cada
cônjuge possui patrimônio próprio, (...) e lhe cabe, à
época da dissolução da sociedade conjugal, direito à
metade dos bens adquiridos pelo casal, a título
oneroso, na constância do casamento".
Os bens anteriores ao casamento pertencerão a cada cônjuge sem
comunicação com o outro.
A titularidade dos bens será comum quando se tratar de bem adquirido por
ambos os cônjuges na constância do casamento. Sobre os bens adquiridos na
constância do casamento em nome exclusivamente de cada um dos cônjuges,
o direito do outro dependerá da forma de aquisição.

Se tratar-se de bem adquirido gratuitamente, por herança ou doação, por
exemplo, não caberá qualquer direito ao outro cônjuge.

Se tratar-se de bem adquirido onerosamente em nome exclusivo de um dos
cônjuges, o outro não será meeiro do bem, mas terá direito a indenização
correspondente a metade do valor.

Atenção
O tratamento legal do regime de participação final dos aquestos consta
dos artigos 1.672 ao 1.686 do Código Civil.
Regime da separação absoluta de
bens convencional
É a separação total de bens que não foi imposta pela lei, mas escolhida pelos
cônjuges ou companheiros por meio de pacto antenupcial ou contrato de
convivência respectivamente.
Nesse regime vigora o preceito da não comunicação de todos os bens, sejam
eles adquiridos onerosa ou gratuitamente pelos cônjuges ou companheiros.
Sejam eles anteriores ou posteriores ao casamento.
Não haverá qualquer comunicação de patrimônio entre os
cônjuges, mantido o dever de ambos na manutenção e no
sustento da vida em comum.
Regime da separação total de bens
obrigatória
Incidirá no casamento quando qualquer das causas previstas no art. 1.641 do
CódigoCivil estiver presente.
Nestes casos o regime de bens não poderá ser livremente escolhido pelos
noivos. Em princípio o regime de bens da separação total seja ela
convencional ou obrigatória, determina a ausência de comunicação de
patrimônio atual ou futuro entre os cônjuges.
A considerar que no regime da separação total obrigatória, diversamente do
que acontece no regime da separação total convencional, as partes não
escolheram a aplicação do regime de separação total, em muitas
oportunidades, a imposição do referido regime de bens causa prejuízo de um
dos cônjuges e enriquecimento injustificado do outro.
 (Fonte: Shutterstock)
Em virtude disso, a súmula 377, do STF, dispõe que "no regime de separação
legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento". A
referida súmula tenta minimizar os efeitos da imposição do regime de bens de
separação total a um casal que não manifestou sua vontade.
Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a restrição quanto à
escolha de regime de bens, em virtude de um ou ambos os cônjuges serem
maiores de 70 anos de idade também se aplica à união estável.
Na próxima aula, abordaremos o direito a alimentos.
Atividade
Questão 3: Considere as afirmativas a seguir:
I. É lícito aos noivos escolher o regime de bens do casamento, sendo o
regime imutável após o casamento.
II. No regime da comunhão universal de bens se comunicam todos os
bens presentes e futuros, inclusive os salários de cada um dos cônjuges.
III. No regime da separação total de bens somente o salário dos
cônjuges se comunica.
É correto afirmar:
 a) Todas as afirmativas estão corretas.
 b) Todas as afirmativas estão incorretas.
 c) As afirmativas I e III estão corretas.
 d) A afirmativa II está correta.
Atividade
Questão 4: São características dos regimes de bens:
 a) A possibilidade de livre escolha e imutabilidade.
 b) Liberdade de escolha, mutabilidade e possibilidade de mistura entre
diversos regimes.
 c) Liberdade de escolha, exercida a qualquer tempo pelos cônjuges.
 d) Obrigatoriedade de regime de comunhão.
Atividade
Questão 5: No regime de participação final dos aquestos, uma das
características é que:
 a) Comunicam-se os bens atuais e futuros.
 b) Comunicam-se os bens adquiridos onerosamente após o casamento
em nome de qualquer dos cônjuges.
 c) Comunicam-se os bens adquiridos onerosamente após o casamento
em nome de ambos os cônjuges.
 d) Os bens não se comunicam.
Referências
OLIVEIRA, J. M. Leoni Lopes. Direito Civil. Família. São Paulo: Gen Forense, 2018.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Curso de Direito Civil. v. VII. São Paulo: Saraiva,
2018.
Próximos Passos
O direito a alimentos no ordenamento jurídico brasileiro;
As espécies de alimentos e quem tem direito a alimentos;
As regras para fixação do valor dos alimentos e formas de execução dos
alimentos.
Explore mais
Sobre a aplicação do regime da separação obrigatória de bens à união estável,
confira:
• União estável e a separação obrigatória de bens. Acesso em: 19 jun. 2018
<https://stj.jusbrasil.com.br/noticias/100614689/uniao-estavel-e-a-
separacao-obrigatoria-de-bens> .
https://stj.jusbrasil.com.br/noticias/100614689/uniao-estavel-e-a-separacao-obrigatoria-de-bens

Outros materiais