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Motivação nas Aulas de Educação Física no Ensino Médio

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ASPECTOS MOTIVACIONAIS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO
Um estudo de caso
Jerusa Carla Conzatti[footnoteRef:2] [2: 	 Especialista em Educação física Escolar. Pós-Graduação Uniasselvi. E-mail Jerusa_conzatti@hotmail.com] 
Fausto José Steinwadter[footnoteRef:3] [3: 	 Especialista em Educação física Escolar E-mail edufisica06@bol.com.br] 
Resumo
O presente artigo aborda questões relativas à Educação Física Escolar com alunos do ensino médio da Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco, referente a aspectos motivacionais, comprometimento e grau de importância atribuída por eles para esta atividade. É muito importante que os alunos tenham conhecimento da importância das aulas de Educação Física, não somente enquanto estudantes do ensino básico, mas também em suas vidas, a fim de desenvolverem rotinas saudáveis, que vão além de suas atividades na escola. Por este motivo, é muito importante que o professor tenha conhecimentos acerca do tema e de seus alunos, para que consiga motivá-los e incentivá-los à prática desta atividade, pois além de transmitir conhecimentos, os professores precisam incluir hábitos saudáveis na vida de seus alunos.
Palavras-chave: Educação Física. Ensino Médio. Importância. Motivação.
	
MOTIVATIONAL ASPECTS IN PHYSICAL EDUCATION CLASSES IN THE HIGH SCHOOL
A case study
Abstract
This article addresses issues related to physical education with high school students from High School, Professor H. T. Elsa Pacheco, referring to motivational aspects, commitment and degree of importance given by them for this activity. It is very important that students are aware of the importance of physical education classes, not only as students of basic education, but also in their lives in order to develop healthy routines that go beyond their school activities. For this reason it is very important that the teacher has knowledge about the subject and their students, so you can motivate them and encourage them to practice this activity, as well as imparting knowledge, teachers need to include healthy habits in life their students.
Keywords: Physical Education. High School. Importance. Motivation.
1 INTRODUÇÃO
Educação física é uma disciplina presente no currículo da educação básica, no entanto, pouco tem sido estudado a respeito da motivação dos alunos e sua participação efetiva nas aulas. Logo, o objetivo deste estudo é verificar a visão dos estudantes do ensino médio acerca das aulas de Educação física, abordando temas como, o espaço físico para as aulas, o material fornecido, envolvimento do professor, entre outras, a fim de identificar os motivos pelo qual eles estão demonstrando falta de interesse nas aulas. 
Para a realização deste trabalho, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e a pesquisa quantitativa aplicada por meio de um questionário com perguntas fechadas para 99 alunos dos 1o, 2o e 3o anos do ensino médio da Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco.
Os adolescentes que frequentam o ensino médio estão passando por muitas transformações, seja social, física, mental ou psicológica, e além de lidar com essas mudanças, precisam se preparar para o mercado de trabalho.
A adolescência é uma fase bastante complexa que todos passam, pois é uma fase onde devemos deixar a nossa infância, preservando o que de bom ela nos trouxe, e ao mesmo tempo conquistar a vida adulta, passando por momentos onde há pressão para que isso aconteça. Estão desenvolvendo novos valores, além daqueles que já foram desenvolvidos na infância.
É muito característico do adolescente a instabilidade de humor, comportamentos rebeldes e rejeição a certas atividades ou novos valores que antes não faziam parte da sua vida, por isso, como professores, é necessário e importante identificar o motivo pelo qual os alunos demonstram falta de interesse pela Educação física, e devemos ser capazes de motivá-los e conscientizá-los da importância desta disciplina em suas vidas.
	
2 ORIGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO BRASIL
Para compreender melhor o momento atual da educação física, é de suma importância considerar a sua origem no Brasil, assim como os motivos que levaram a sua obrigatoriedade no ensino fundamental e médio.
Segundo Betti e Zuliani (2002, p.1), “Educação física é uma expressão que surge no século XVIII, em obras de filósofos preocupados com a educação.”
A inclusão oficial da educação física nas escolas brasileiras ocorreu em 1851, com a reforma Couto Ferraz, sendo que três anos após aprovada a reforma, em 1854 a ginástica passou a ser obrigatória no primário e a dança no secundário. (SAMPEDRO, 2012).
Entretanto, a aplicação destas leis ocorreu apenas em parte, no Rio de Janeiro e nas escolas militares. Apenas a partir de 1920 é que outros estados brasileiros iniciaram suas reformas e incluíram a educação física em seus currículos. (BETTI e ZULIANI, 2002).
Magalhães (2005) defende que existem duas fases na história da educação física, conforme segue:
1º Fase - Influência Militar e Médica (fase exógena): iniciou no Brasil em 1808, com a vinda da família real, ao fundar as primeiras instituições públicas. Os Militares sistematizaram os conhecimentos práticos das atividades de ginástica, baseados em métodos alemães. Os médicos passaram a considerar a atividade física uma forte aliada na prevenção e cura de doenças, assim como no controle de estímulos destrutivos e desejos sexuais das pessoas. Nesta fase, devido à grande influência dos militares, o caráter competitivo do esporte passou a fundamentar o método educativo em Educação física.
2º Fase – O Surgimento do Viés Transformador (fase endógena): A partir da década de 1970, passou a ser incentivada a pesquisa na área de Educação física, principalmente, pelo desenvolvimento da pós-graduação no Brasil. Nesta fase, os profissionais de Educação física começaram a se preocupar com os métodos aplicados na educação, rejeitando as influências da fase passada, que eram mais tecnicistas e incentivavam a competitividade individual, devido à grande influência dos militares.
Percebe-se que a Educação física surgiu inicialmente com interesses militares e médicos, para trabalhar o corpo humano, que era considerado, de certa forma, um “produto”, pois as pessoas deveriam estar em forma, saudáveis e higienizadas, com treinamentos a partir dos ensinamentos alemães.
Com o passar dos anos, a ideia dos militares foi ficando de lado, surgindo profissionais preocupados com o bem-estar das pessoas, que desenvolveram, e continuam desenvolvendo, pesquisas e estudos para tornar a prática da Educação física uma forma de incentivar a inclusão de atividades físicas no cotidiano das pessoas, e não somente enquanto estão frequentando aulas do ensino fundamental ou médio, onde a prática é obrigatória.
3 A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
A maioria dos alunos de ensino médio tem entre 14 e 18 anos, e muitos já ingressaram no mercado de trabalho, sendo ‘’forçados’’ a conciliar suas aulas com sua obrigação profissional.
A educação física é muito importante para esta faixa etária, pois há uma grande necessidade de intensificarmos e incentivarmos os hábitos saudáveis, principalmente entre os adolescentes, visando à qualidade de vida na população em geral. Picolomini (2003, p.1) afirma que,
Estudos sobre o sedentarismo e a obesidade da população jovem, revelam que ao se perpetuarem estas tendências comportamentais atualmente observadas, estima-se que em 2020, 73% dos adultos poderão apresentar disfunções orgânicas decorrentes da aquisição de hábitos alimentares e de prática de atividade física inadequadas.
É muito importante destacarmos a diferença de atividade física e exercício físico. Para Cheik et al (2003) a atividade física é uma expressão genérica que pode ser entendida como qualquer movimento do corpo humano, produzido pelos músculos, resultando em um gasto energético superior a quando se está em repouso. Já o exercício físico é uma atividade física planejada, estruturada e repetitiva, tendo como objetivo aumentar ou manter a saúdee/ou a aptidão física.
Lorenz e Tibeau (2003, p.1) consideram que “A Educação física, mesmo sendo uma disciplina do currículo escolar, ainda é percebida por muitos como uma atividade.” Segundo Kolyniak (2000) apud Lorenz e Tibeau (2003, p.1), “Um dos motivos para que esta indefinição ocorra são os problemas específicos, como, por exemplo, a ausência de um corpo teórico próprio que seja referência para toda a categoria profissional.”
A Educação Física deve ser percebida como uma disciplina do currículo escolar que além de incentivar a prática de atividades físicas, deve também incentivar a transmissão de conhecimentos teóricos do professor para com seus alunos, mas infelizmente, ela ainda não possui um padrão de ensinamento, como ocorre nas outras disciplinas.
Além disso, a Educação física deve ter ciência de que muitos dos alunos do ensino médio já iniciaram uma carreira profissional, e por isso, possuem outras preocupações e tensões do dia-a-dia de um adulto, que vão além de suas responsabilidades como aluno. 
Segundo Santin (1987, p.50), 
A Educação física poderia pensar em atividades variadas, capazes de eliminar as tensões físicas e psíquicas e também capazes de recuperar o equilíbrio afetado por atividades e posturas monótonas, produzidas pelas especialidades profissionais surgidas em função do desenvolvimento científico e tecnológico.
É muito importante que o professor possa identificar a existência de alunos que já trabalham, pois assim podem desenvolver estratégias em sala para atender também a necessidade destes alunos, que acabam se tornando diferente daqueles alunos que se dedicam apenas aos estudos.
Além disso, a Educação física é uma base para incentivar o aluno a incluir em seu cotidiano a prática de exercícios físicos, que vão além do praticado em sala de aula. Como complemento deste pensamento, Betti e Zuliani (2002, p.3) afirmam que, 
A Educação física enquanto componente curricular da Educação básica deve assumir então uma outra tarefa: introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida.
Betti e Zuliani (2002, p.2) acrescentam também que,
A Educação física deve assumir a responsabilidade de formar um cidadão capaz de posicionar-se criticamente diante de novas formas da cultura corporal de movimento – o esporte-espetáculo dos meios de comunicação, as atividades de academia, as práticas alternativas, etc. 
“As aulas de Educação física perdem o significado no Ensino Médio, pois se não são percebidas pelos alunos como atividades recreativas e de lazer, são consideradas como uma prática específica de atividade esportiva.” (GRUPPI, 1998 apud LORENZ E TIBEAU, 2003, p.1)
No ensino médio, é muito importante a prática da educação física assim como a sua teoria, pois devemos levar em conta que a escola precisa transmitir também conhecimentos teóricos acerca dessa disciplina, e não só realizar a atividade física propriamente dita, mesmo porque, o aluno precisa ter em mente que a Educação física é uma disciplina educativa, e não somente uma prática recreativa.
Barbosa (1997) apud Lorenz e Tibeau (2003, p. 1) afirma que,
Teoria é um processo interno, abstrato - é o pensamento em si - e a prática é o ato concreto que se pode ver, ouvir, sentir; é quando nosso interior entra em contato com o mundo exterior [...] aulas práticas como sendo aquelas em que são colocados em prática os conteúdos vistos nas aulas teóricas, através da execução de movimentos corporais, atividades recreativas, rítmicas e jogos, facilitando o entendimento e a assimilação desses conteúdos.
Em complemento, Mattos & Neira (2000) apud Lorenz e Tibeau (2003, p. 1) defendem que,
Todas as aulas deveriam ser divididas em duas partes: parte teórica e parte prática. A parte teórica tem como objetivo proporcionar ao aluno o conhecimento dos principais conceitos do tema que está sendo desenvolvido, além disso, explicar a importância e o porquê trabalhar tal tema nas aulas.
A disciplina de Educação física no ensino médio necessita de uma atenção especial dos profissionais que ministram essas aulas, pois eles precisam ser capazes de avaliar suas turmas para que as atividades atendam, além das teorias aplicadas em sala, a necessidade de cada um.
3 MOTIVAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
O tema motivação aborda vários aspectos em uma aula de Educação física, como “[...] o professor, os alunos e as situações cotidianas [...]” (MARANTE, 2008, p. 1), seja o que ocorre em sala de aula ou situações particulares de cada aluno.
A falta de motivação nas aulas é um problema enfrentado por muitos professores, que pode ser percebido quando o aluno se recusa a participar de alguma atividade como também no nível de envolvimento e aproveitamento.
Segundo Murray (1983) apud Marante (2008, p.1), “As diferenças de motivação podem explicar diferenças de desempenho e envolvimento entre alunos, considerando também evidente que os conceitos de motivação humana têm influências penetrantes em nossa vida.”
A partir do século XIX, vários estudos foram feitos acerca dos aspectos motivacionais, e cada dia que passa fica mais evidente a importância deste tema.
Penna (2001) apud Marante (2008) resume as teorias da motivação a partir dos estudos:
a) Teoria do drive ou do impulso
b) Teoria psicanalítica
c) Teoria dos etologistas
d) Teoria gestaltista
e) Modelo clássico de motivação
f) Modelo formulado por Kurt Lewin
g) Concepção da perspectiva do tempo
h) Teoria da dissonância cognitiva
i) Teoria da atividade intrinsecamente motivada
j) Teoria relacional de Nuttin
k) Teoria de Maslow
l) Teoria da autonomia funcional dos motivos de Allport
m) Teoria motivacional de Murray.
Marante (2008, p. 5) defende que,
Utilizando-se de pesquisas, tanto clínicas quanto experimentais, o corpo de conhecimentos desenvolvidos nos estudos discutidos em Penna (2001) serviu de base para o encaminhamento de pesquisas contemporâneas sobre motivação.
O professor de educação física precisa pesquisar e se manter atualizado acerca deste tema, para que seja capaz de motivar os alunos para que estes desenvolvam as atividades propostas com entusiasmo e interesse, pois se fizerem isso, as chances de transformarem estas atividades em exercícios habituais tornam-se maior.
4 ESTUDO DE CASO
Para a coleta de dados, foi utilizada a pesquisa quantitativa aplicada por meio de um questionário com perguntas fechadas para 99 alunos do ensino médio da Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco, localizada em Blumenau/SC (ver apêndice).
Marconi e Lakatos (2002, p. 98) citam que, “Questionário é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”.
Para Rea e Parker (2002, p. 44): 
[...] as perguntas de um questionário têm opção ou categorias de respostas fechadas. Essas perguntas fornecem uma lista fixa de alternativas de resposta e pedem que o entrevistado selecione uma ou mais como indicativa da melhor resposta possível. Em contraste, as perguntas abertas não possuem categorias prefixadas de respostas e dão ao entrevistado ampla liberdade para respondê-las.
Os questionários foram aplicados em sala de aula, nos dias 26, 27 e 28 de agosto de 2013, pela professora Jerusa Carla Conzatti.
4.1 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE
A Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco possui em torno de 540 alunos, distribuídos em sete turmas do primeiro ano, cinco turmas do segundo ano e cinco turmas do terceiro ano, sendo que a professora Jerusa Carla Conzatti é a única profissional em educação física do corpo docente.
A escola não possui prédio próprio, e por isso utiliza o espaço físico da Escola De Ensino Fundamental Victor Hering, no período matutino, vespertino e noturno, e também o espaço físico do CEDUP, no período matutino e vespertino,sendo que ambas são escolas estatais. 
A escola Victor Hering possui uma estrutura física melhor, em comparação ao CEDUP, para a prática da educação física. Possui um ginásio de esportes com vestiários, sala de educação física e uma quadra descoberta, com telas de proteção ao redor e sobre ela, sendo que no CEDUP, há apenas uma quadra de cimento descoberta e um campo de futebol suíço.
Os questionários foram aplicados em cinco turmas diferentes, sendo duas turmas do primeiro ano (matutino e vespertino), duas turmas do segundo ano (vespertino e noturno) e uma turma do terceiro ano (vespertino), sendo que somente a turma do terceiro ano utiliza o espaço físico do CEDUP, as demais estão localizadas na escola Victor Hering.
Para uma melhor análise dos dados, foi elaborado um perfil de todas as turmas a partir das opiniões dos professores que ministram aulas nas mesmas.
O primeiro ano 2 (matutino) é considerada a turma mais complicada para ministrar aulas, pois os alunos costumam ser agressivos com os professores e não demonstram interesse pelas aulas. Por este motivo, grande maioria dos professores se sentem desmotivados ao elaborar atividades diferenciadas para estes alunos.
O primeiro ano 3 (vespertino) demonstra bastante interesse nas atividades propostas pelos professores, em especial nas aulas de educação física.
O segundo ano 1 (vespertino) é considerada uma excelente turma para se trabalhar, sem objeções por parte dos professores.
O segundo ano 5 (noturno) também é uma turma que participa bastante das aulas, motivando os professores a realizar atividades diferenciadas.
O terceiro ano 1 (vespertino) é considerada uma das melhores turmas dos terceiros anos. Uma turma pequena com alunos participativos e interessados.
4.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
 Gráfico 1 - Sexo dos alunos 
 Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Foram entrevistados 28 alunos do 1º ano 2, sendo que 71% são do sexo feminino e 29% do sexo masculino. Do 1º ano 3 foram entrevistados 23 alunos, sendo que 70% são do sexo feminino e 30% do sexo masculino. Do 2º ano 1 foram entrevistados 10 alunos, sendo que 50% são do sexo feminino e 50% do sexo masculino. Do 2º ano 5 foram entrevistados 23 alunos, sendo que 70% são do sexo feminino e 30% do sexo masculino. Do 3º ano 1 foram entrevistados 15 alunos, sendo 67% do sexo feminino e 33% do sexo masculino.
Fica evidente que há um maior número de alunos do sexo feminino do que o masculino. Com exceção do 2º ano 1, que há exatamente o mesmo número para ambos os sexos, nas outras mais de 60% dos alunos são do sexo feminino.
 Gráfico 2 - Período que os alunos estudam 
 Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Dos 99 alunos entrevistados, 49% estudam no período vespertino, 28% no período matutino e 23% no período noturno. Percebe-se então, que há um maior número de alunos do período vespertino.
Gráfico 3 - Ano que os alunos estudam 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Do total de alunos entrevistados, 52% pertencem ao primeiro ano, 33% ao segundo ano e 15% ao terceiro ano.
Gráfico 4 - Alunos que trabalham e não trabalham 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Dos entrevistados, 65% não trabalham e 35% dos alunos já trabalham uma média de 5h por dia. Do 1º ano 2, 21% dos alunos já trabalham uma média de 5h por dia; do 1º ano 3, 26% dos alunos trabalham uma média de 4h por dia; do 2º ano 1, 30% dos alunos trabalham uma média de 6h por dia; do 2º ano 5, 65% dos alunos trabalham uma média de 6,5h por dia e do 3º ano 1, 33% dos alunos trabalham uma média de 4h por dia.
Pode-se notar que somente no 2º ano 5 é que mais de 50% da turma já trabalha. Esta turma pertence ao período noturno.
Gráfico 5 - Opinião dos alunos sobre as aulas de educação física 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
51% do total de alunos classificaram a aula de educação física como boa, 37% como ótima, 10% como regular, 1% como ruim e 1% não respondeu esta questão. Pelo gráfico acima podemos perceber que somente no 2º ano 5 é que grande parte dos alunos classificaram as aulas como regulares. Esta turma é aquela em que mais de 50% dos alunos trabalham mais de 6h por dia, e pode-se concluir que devido ao cansaço e talvez abordagem do professor em sala, não apreciem na mesma proporção que as demais turmas as aulas de educação física. É importante lembrar que esta turma em questão recebeu uma boa avaliação de seus professores.
Gráfico 6 - Alunos que se sentem motivados nas aulas ou não
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Quando questionados sobre sua motivação nas aulas de educação física, 83% dos alunos disseram que estão motivados, 14% alegam que não estão motivados e 3% não responderam esta questão. Aqueles que responderam que não estão motivados alegaram que isto ocorre devido à obesidade, por não gostar de praticar exercícios, por se considerar sem habilidade desportiva, por preguiça ou devido ao cansaço. Um dos alunos do período noturno comentou ainda que considera a aula de educação física apenas um momento para descansar e descontrair com seus colegas.
Gráfico 7 - Alunos que consideram as atividades das aulas de educação física motivantes ou não 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
86% dos alunos disseram que as atividades propostas nas aulas de educação física são motivantes, 13% consideram o contrário e 1% não respondeu esta questão. Aqueles que consideraram as atividades não motivantes acrescentaram que isso ocorre, pois são atividades repetitivas, que não exige muito dos alunos e porque há pouca participação dos colegas. 
Gráfico 8 - Alunos que acham que a professora procura atender os objetivos da turma ou não 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
93% dos alunos relatou que a professora procura atender os objetivos dos alunos, 3% acha que ela não procura atender e 4% não respondeu a questão. Nesta questão fica evidente o esforço por parte da professora para atender as necessidades de seus alunos. A única turma que teve respostas negativas foi o 1º ano 2, que se trata justamente daquela turma que não recebeu uma boa avaliação de seus professores, e a professora deve estar pouco motivada para ministrar aulas nesta turma específica.
Gráfico 9 - Alunos que consideram o espaço físico adequado ou não 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Quando questionados sobre o espaço físico para as atividades, 78% dos alunos consideram-no adequado, enquanto que 22% consideraram o contrário. A turma que teve maior rejeição nesta questão foi o 3º ano 1, que é justamente a turma que usufrui do espaço físico do CEDUP. Pode-se perceber que há grande aprovação das demais turmas, que utilizam o espaço do Colégio Victor Hering.
Gráfico 10 - Alunos que acham que o material utilizado nas aulas atendem as necessidades, ou não 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Quando questionados sobre os materiais utilizados nas aulas de educação física, 80% disseram que atendem as necessidades, contudo, 20% dos alunos disseram que os materiais não atendem as necessidades das aulas. No geral houve uma boa aprovação, com exceção novamente do 1º ano 2. O 2º ano 1 teve 100% de aprovação dos materiais utilizados em aula.
Gráfico 11 - Alunos que consideram a educação física importante para o ensino médio 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Quando questionados sobre a importância das aulas de educação física no ensino médio, 90% dos alunos responderam que elas são importantes, enquanto apenas 10% relataram o contrário. Nota-se nesta questão que os alunos já estão cientes da importância da educação física em suas vidas. Aqueles que responderam de forma negativa, comentaram que não acham importantes pois não gostam de praticaresportes ou que não adianta praticar somente na escola.
Gráfico 12 - Alunos que gostam de praticar atividades físicas, ou não 
Fonte: Escola de Ensino Médio Professora H. T. Elza Pacheco (2013)
Dos alunos entrevistados, 81% relataram gostar de praticar atividades físicas, enquanto que 16% não gostam e 3% não responderam a esta pergunta. Poucos alunos alegaram não gostar de praticar atividades físicas. Talvez com esta informação, a professora possa tentar identificar estes alunos para fazer com que tenham boas experiências e passem a gostar das atividades de educação física.
5 CONCLUSÕES
A partir do questionário aplicado foi possível perceber muitos aspectos importantes e características peculiares dos alunos entrevistados.
As turmas que necessitam de uma atenção especial na elaboração das aulas é o 1º ano 2, que se trata da turma que possui uma avaliação negativa dos professores. Pode ser que o professor sinta-se desmotivado para atender esta turma, mas o mesmo deve desenvolver uma estratégia diferenciada de abordagem e de aula para que consiga conquistar a confiança dos alunos e atrair a atenção deles, para que os mesmos se motivem com as aulas. 
O 2º ano 5 é outra turma que precisa de uma atenção imediata. Trata-se da turma que mais de 50% dos alunos já trabalham, e por isso, muitos não têm tempo disponível para se dedicar aos estudos e desenvolver as atividades propostas.
Com este trabalho ficou evidente a importância que tem o professor de educação física conhecer o cotidiano, as dificuldades e as aspirações dos seus alunos nas escolas, e que sua função vai além de apenas aplicar atividades físicas e exercícios físicos nas aulas. Este profissional tem a grande tarefa de incluir hábitos saudáveis na vida dos adolescentes, e para isso, deve desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes para que consiga proporcionar atividades e situações motivadoras. É uma tarefa que exige competência e dedicação do profissional de educação física comprometido com a qualidade de vida e formação integral dos seus alunos.
6 REFERÊNCIAS
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MAGALHÃES, Carlos Henrique Ferreira. Breve histórico da educação física e suas tendências atuais a partir da identificação de algumas tendências de ideais e ideias de tendências. Revista da Educação física/UEM. Maringá, v. 16, n. 1, p. 91-102, 2005.
MAGILL, R.A. Aprendizagem Motora: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Edgard Blucher LTDA., 1984.
MARANTE, Wallace Oliveira. Motivação e educação física escolar: uma abordagem multidimensional. Dissertação (Mestrado em Pedagogia do Movimento Humano) – Escola de Educação física e Esporte da USP, São Paulo, 2008.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de Pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MATTOS, Mauro G; NEIRA, Marcos G. Educação física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte Editora, 2000.
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REA, L. M; PARKER, R. A. Metodologia de Pesquisa: Do Planejamento à Execução. São Paulo: Pioneira, 2002.
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SANTIN, Silvino. Educação física: uma abordagem filosófica da corporeidade. Ijuí: Unijuí, 1987.
Sim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	20	21	8	21	7	Não	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	8	2	2	2	8	
Sim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	18	20	10	20	11	Não	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	10	3	3	4	
Sim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	23	21	10	20	15	Não	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	5	2	3	
Sim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	23	20	9	19	9	Não	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	4	3	1	3	5	Não Respondeu	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	1	1	1	
Masculino	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	8	7	5	7	5	Feminino	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	20	16	5	16	10	
Matutino	Vespertino	Noturno	28	48	23	1o	2o	3o	51	33	15	Sim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	6	6	3	15	5	Não	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	22	17	7	8	10	
Ótimo	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	6	13	5	9	4	Bom	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	19	9	4	7	11	Regular	1o 2	1o 	3	2o 1	2o 5	3o 1	1	1	1	7	Ruim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	1	Não Respondeu	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	1	
Sim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	22	23	7	19	11	Não	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	5	1	4	4	Não Respondeu	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	1	2	
Sim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	21	22	9	20	13	Não	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	7	1	3	2	Não Respondeu	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	1	
Sim	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	25	22	10	22	13	Não	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	3	Não Respondeu	1o 2	1o 3	2o 1	2o 5	3o 1	1	1	2

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