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A psicologia aplicada - Resenha crítica (Livro - História da Psicologia Moderna)

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UNIVERSIDADE FUMEC
CURSO DE PSICOLOGIA – 1º período, noite
Belo Horizonte, 30/03/2020
Rafaela Aparecida da Silva Moreira
RESENHA CRÍTICA: História da Psicologia moderna 
Resenha crítica apresentada para a disciplina da História da Psicologia, no curso de Psicologia.
Professor: Wilson Soares Leite 
REFERÊNCIA: Capítulo 3 – Influências fisiológicas sobre a psicologia.
 A ideia central do capítulo é como a psicologia experimental de Wundt se transformou na psicologia funcional dos americanos. O que conhecemos hoje como: Psicologia Aplicada. 
A psicologia de Wundt e o estruturalismo de Titchener não sobreviveram nos Estados Unidos e o jeito foi se adequar as necessidades do país. “A cultura norte-americana era voltada ao prático: as pessoas valorizavam o que funcionava.” E a psicologia se adaptou a isso.
 Assim a nova ciência de Wundt, começava a tomar outra forma em outro lugar. Dessa vez no norte da américa, nos EUA. 
 Ao notarem que a psicologia podia ser útil também fora dos laboratórios, aliando-se a grandes causas do “mundo real” e ainda ser bem remunerada, ela rapidamente se popularizou. 
 A psicologia evoluiu e prosperou no solo norte-americano, mas definitivamente, com influência do funcionalismo, voltou-se para a aplicação. 
Passados alguns anos do nascimento da psicologia na Alemanha, os americanos já assumiam a liderança. E no auge do entusiasmo investiram pesado na psicologia dos EUA, marcando a história da ciência. 
 
A partir disso o capítulo nos apresenta a algumas das influências que foram indispensáveis para que a psicologia aplicada chegasse ao que conhecemos hoje. 
O primeiro psicólogo que o capítulo nos traz é James McKeen Cattell. 
Cattell foi uma figura de essencial importância para a psicologia aplicada. Com seus estudos mais direcionados no comportamento humano ele distanciava-se da psicologia de Wundt, de quem foi aluno. Suas ideias eram mais compatíveis com as de Francis Galton, que foi grande influente em seus trabalhos. 
Acreditava que a psicologia nunca seria capaz de atingir a certeza e a exatidão a menos que se baseasse nos fundamentos da experiência e da medição. 
Foi autor da nomeação de “Testes mentais” e prosseguiu com as medidas das capacidades perceptivas, motoras e sensoriais. 
Seguindo assim o pensamento de Galton, que consistia em ser possível medir a capacidade intelectual de alguém através de testes como os de coordenação motora e de discriminação sensorial. Esse estudo acabou não dando certo e assim concluiu que testes desse tipo não apresentavam resultados válidos. 
 Cattell contribuiu com suas pesquisas sobre a inteligência, o uso de métodos quantitativos e foi o maior promotor da psicologia como ciência legitima.
 Assim surgiu um outro colaborador da psicologia aplicada: Alfred Binet.
Binet, era francês e foi o criador do teste de inteligência moderno. 
A ideia era a mesma que a de Galton e Cattell, mas ele discordava da abordagem das pesquisas anteriores que consistiam na aplicação de testes de processo sensório-motor para medir a inteligência. 
“Para ele, a avaliação de funções cognitivas, como memória, atenção, imaginação e compreensão, proporcionava medidas de inteligência mais adequadas.” 
 Em 1904, teve a chance de provar seu estudo. Ao lado do psiquiatra Théodore Simon, Binet foi nomeado para estudar a capacidade de aprendizagem de crianças com dificuldades escolares. 
Desenvolveram o teste que consistia em três funções cognitivas: julgamento, compreensão e raciocínio. O teste sofreu revisões e ampliações e foi a partir daí que introduziram também o conceito de idade mental.
 Com a sua morte em 1911, os EUA passaram a dominar o avanço dos testes de inteligência. 
 O teste de Binet foi traduzido para o inglês e foi usado posteriormente por Lewis Terman, o inventor do Teste de QI (quociente de inteligência). “A medida do QI, definida como a razão entre a idade mental e a cronológica, foi desenvolvida pelo psicólogo alemão William Stern.” e é usada até hoje. 
 No contexto da Primeira Guerra Mundial, o exército norte-americano recorreu aos seus psicólogos para que os ajudassem com a avaliação de recrutas por seus níveis de inteligência, para que as tarefas fossem distribuídas mais adequadamente. Porém isso teria que ser feito em curto tempo, precisariam de testes mais simples e que fossem aplicados coletivamente. 
Com toda essa situação recebemos a colaboração de Arthur S. Otis: a criação da questão múltipla escolha. 
O teste de Otis acabou não sendo útil a tempo para guerra, mas apresentou resultados muito inferiores ao que esperavam, tendo uma quantidade exorbitante de americanos iletrados. Os resultados foram valorizados e os testes foram usados como protótipos para outros. 
A aceitação do público aos testes crescia e a psicologia aplicada se estabelecia.
Vários testes foram criados e cada vez mais credibilidade era dada a eles.
Em 1912, Goddard, responsável pela tradução do teste de Binet, propôs que o teste fosse feito com imigrantes, cujo nível de inglês não era o suficiente para realizá-lo. 
Mesmo com toda desvantagem que os imigrantes estavam sendo testados, a ideia se espalhou, ganhando novos seguidores e sendo usada até para a criação de uma lei federal que restringia a entrada no país de imigrantes de grupos raciais e étnicos considerados de pouca inteligência. 
A ideia ganhou força quando saiu os resultados dos testes feitos na guerra e consistia que somente os imigrantes do norte da Europa possuíam QI semelhante aos encontrados nos brancos. 
Em contratempo, rebatendo essas ideias sem embasamentos científicos corretos e, portanto, um tanto quanto questionáveis, aparece Horace Mann Bond, que crítica fortemente a colocação de Goddard e argumenta que o que influencia na diferença do QI de um branco para um negro são os fatores ambientais e não hereditários. 
Para tentar encerrar essa polêmica o Comitê de Assuntos Científicos da APA se pronunciou concordando que “os testes de habilidade cognitiva utilizados atualmente não discriminam grupos de minoria, mas refletem em termos quantitativos a discriminação criada pela sociedade ao longo do tempo.”
 A psicologia clínica também era um modo de psicologia aplicada e começou a ser introduzida no final do século XIX.
Leigtner Witmer, acreditava na psicologia que poderia ajudar pessoas a resolver problemas e não apenas para estudar o conteúdo de suas mentes. 
Com toda essa abordagem funcionalista Witmer viu a chance de ajudar crianças com problemas de aprendizagem, entre outros. 
Witmer acreditava que os fatores hereditários eram os principais responsáveis pelos distúrbios cognitivos e comportamentais; mais tarde, porém percebeu que os fatores ambientais eram mais importantes.” 
 Concluiu então que as condições escolares e familiares eram de toda importância para o desenvolvimento da criança. 
 As mulheres em grande parte da história foram proibidas de seguirem carreiras acadêmicas. Mas encontraram lugar na psicologia aplicada, especialmente em profissões assistenciais. 
 Mas ainda assim saíram em desvantagem, os empregos em instituições não acadêmicas não se comparavam com as chances de reconhecimento profissional que as academias proporcionavam. 
Entretanto, o capítulo apresenta grandes contribuições e nomes de mulheres que se destacaram na psicologia aplicada. 
REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A OBRA E IMPLICAÇÕES
O capítulo 8, nos apresenta as influências e os grandes nomes que contribuíram para Psicologia como ciência e que para isso teve que se adaptar perante as necessidades da sociedade. 
 A psicologia aplicada mostra como foi/é importante o papel do psicólogo na sociedade e como isso pode influenciar e contribuir com ela. 
O capítulo também aborda questões bastante criticáveis. Nas quais vemos que o preconceito, o racismo e o machismo eram perceptíveis e um tanto incoerentes neste período da psicologia, o que foi grande fator para o fortalecimento de discriminações já instaladas na época e que é possível ver vestígios ainda nos dias de hoje. 
 Galton e Cattell defendiam a inteligência hereditária.Goddard defendia a ideia de que pessoas negras eram menos inteligentes. E as mulheres tiveram sua exclusão da nova ciência por acreditarem serem inferiores. 
São conceitos que felizmente foram derrubados com o tempo pela ciência e pelo bom senso.

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