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Contratos Internos e Contratos Internacionais
CRITÉRIOS: JURÍDICO, ECONÔMICO E ECLÉTICO
LEX MERCATORIA
PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL(plano nacional e internacional)
 
Contratos Internos e Contratos Internacionais
Alguns contratos possuem as características de terem : - as partes que os celebram,
 - os bens
 - seu objeto
 - o local da prestação do serviço ou da entrega 
Situados sob a esfera de uma só Soberania
 
Contratos Internos e Contratos Internacionais
Outros contratos, apresentam um ou mais desses elementos como:
a nacionalidade
o domicílio
a residência
o local da entrega ou prestação do serviço 
Situados sob a esfera de algum outro Estado. 
Estes últimos produzem, no âmbito do direito e da economia, efeitos internacionais.
- Entretanto, a resposta não é evidente
 
Contratos Internos e Contratos Internacionais
Os contratos serão internacionais por CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS que, além das já apontadas, incluem sua estrutura, as cláusulas que contêm, o modo como são negociados e o fato de que é necessário localizá-los, isto é, determinar o sistema jurídico a que se vinculam.(Luiz Olavo Baptista)
CRITÉRIOS
 
 Contratos Internacionais
CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO
CRITÉRIO JURÍDICO: EUA(Côrte Suprema)
Criado por Henry Batiffol(jurista francês)
Quando os elementos constitutivos de um contrato como: partes, objeto, local de celebração ou execução ultrapassam as fronteiras de um Estado
 
 Contratos Internacionais
CRITÉRIO JURÍDICO
Um contrato tem caráter internacional quando, pelos atos concernentes à sua celebração ou sua execução, ou a situação das partes quanto à sua nacionalidade ou seu domicílio, ou a localização do seu objeto, ele tem liame com mais de um sistema jurídico.
 Contratos Internacionais
CRITÉRIO JURÍDICO
Portanto, ele é internacional não em virtude de alguma regra
 tem essa condição de fato, que se constata a partir de um feixe de elementos que não cabem em uma enumeração rígida.
Basta, portanto, possuir um elementos de estraneidade
 
 Contratos Internacionais
CRITÉRIO ECONÔMICO
B) CRITÉRIO ECONÔMICO: escola Francesa
Foi estabelecido em 1927, na França(Côrte de Cassação Francesa)
O contrato é internacional quando põe em jogo os interesses do comércio internacional
Aquele onde vai existir a movimentação de bens e serviços através das fronteiras, independentemente à nacionalidade, residência das partes ou lugar da celebração
 
 Contratos Internacionais
CRITÉRIO ECONÔMICO
B) CRITÉRIO ECONÔMICO: 
Aqueles onde ocorrem fluxos recíprocos de bens e valores entre dois sistemas
Têm que produzir um movimento de fluxo e refluxo sobre as fronteiras
* Este critério é adotado no Brasil para certos tipos de contratos(Decreto-lei sobre moeda estrangeira)
 
 Contratos Internacionais
CRITÉRIO ECONÔMICO
Decreto-lei n. 857 de 1969
Art 1º São nulos de pleno direito os contratos, títulos e quaisquer documentos, bem como as obrigações que exeqüíveis no Brasil, estipulem pagamento em ouro, em moeda estrangeira, ou, por alguma forma, restrinjam ou recusem, nos seus efeitos, o curso legal do cruzeiro.
       
        
 
*CRITÉRIO ECONÔMICO
Decreto-lei n. 857 de 1969
 Art 2º Não se aplicam as disposições do artigo anterior:          (Vide Lei nº 9.529, de 1997)
        I - aos contratos e títulos referentes a importação ou exportação de mercadorias
        II - aos contratos de financiamento ou de prestação de garantias relativos às operações de exportação de bens e serviços vendidos a crédito para o exterior;         (Redação dada pela Lei nº 13.292, de 2016)
* Fluxo e refluxo de bens e serviços entre países
         
        
 
Decreto-lei n. 857 de 1969
 Art 2º Não se aplicam as disposições do artigo anterior:          (Vide Lei nº 9.529, de 1997)
        IV - aos empréstimos e quaisquer outras obrigações cujo credor ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior, excetuados os contratos de locação de imóveis situados no território nacional;(critério jurídico)
Parágrafo único. Os contratos de locação de bens móveis que estipulem pagamento em moeda estrangeira ficam sujeitos, para sua validade a registro prévio no Banco Central do Brasil.
         
        
 
 Contratos Internacionais
CRITÉRIO ECONÔMICO
- Para os defensores desta corrente o caráter internacional de uma operação não depende, necessariamente, do domicílio das partes, local de execução, etc, mas de todos os elementos que entram em linha de conta para imprimir aos movimentos de fundos que ela comporta, um caráter que ultrapassa o quadro da economia interna
 
 Contratos Internacionais
CRÍTICAS AOS 2 CRITÉRIOS
CRITÉRIO JURÍDICO: o elemento de estraneidade, por si só, não é suficiente para caracterizar um contrato como sendo internacional; 
Seria frágil e simplista
Ex: nacionalidade
 
 Contratos Internacionais
CRÍTICAS AOS 2 CRITÉRIOS
CRITÉRIO ECONÔMICO: também seria falho porque deixa de fora o campo de aplicação de pagamentos que apresentam características econômicas de operações internacionais
 
 Contratos Internacionais
CRITÉRIO ECLÉTICO(Luis Olavo Baptista) parte do pressuposto de que alguns contratos claramente são internos e outros, claramente, internacionais
Mas outros ficam na zona cinzenta, pois existe um elemento de estraneidade, mas teria que se verificar a relevância desse elemento, porque, às vezes, só ele, de forma isolada, não seria suficiente para caracterizar a internacionalidade do contrato 
 
 Contratos Internacionais
 CRITÉRIO
CRITÉRIO ECLÉTICO(Luis Olavo Baptista) 
Depende da intensidade ou importânciado elemento estrangeiro na relação jurídica, do ponto de vista econômico e jurídico
Para esta corrente haveria a necessidade de conjugação de diversos fatores ou mais de um critério para poder definir
 
 Contratos Internacionais
 CRITÉRIO
CRITÉRIO ECLÉTICO(Luis Olavo Baptista) 
Este critério passou a ser adotado por diversos sistemas, inclusive, em alguns casos, pelo Brasil
Ex: Decreto-Lei 857/1969 – art. 9 c/c art. 318 CC
França
 
 Contratos Internacionais
 CRITÉRIOS: CONCLUSÃO
- NO FUNDO DEPENDE DE SUBJETIVIDADE E POLÍTICA LEGISLATIVA, PORTANTO, MUTÁVEL
 - Não se pode dizer, com certeza, se é a presença de um elemento de estraneidade(elemento de conexão) que dará caráter internacional a um contrato; isso dependeráda situação em que está para produzir ou não, o efeito internacionalizante
- A intensidade ou importância desse elemento de estraneidadeé que vai identificar
 Contratos Internacionais
 CRITÉRIOS: CONCLUSÃO
Se existir um elemento de estraneidade
ex: importação/exportação
Contrato de câmbio
-Neste assunto, paira uma certa subjetividade e razões de política legislativa, pois o intérprete ou o juiz que determinará, segundo critérios que lhes são próprios, a importância relativa do elemento estrangeiro do contrato.
Os CONTRATOS INTERNACIONAIS corporificam, na prática, as regras estabelecidas no âmbito da LEX MERCATORIA
CI – LEX MERCATORIA
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Lex mercatoria: surgiu da prática comercial e onde os comerciantes(corporação de mercadores) queriam fugir das amarras feudais;
- conjunto de regras, princípios e costumes oriundos da prática comercial, produzido por particulares, sem vinculação ao direito dos Estados
Lex mercatoria- HISTÓRICO
-nesse contexto de tentativa de unificação a UNCITRAL(comissão das Nações Unidas sobre Direito Comercial) vem imprimindo esforços para uniformizar algumas práticas
 Ex: Convenção de Viena - 	CISG(compra e venda internacional de mercadorias)
A Lei modelo sobre Arbitragem Comercial Internacional 
NOVA LEX MERCATORIA
Contribuição de alguns organismos privados internacionais como a CÂMARA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL – CCI, com a finalidade de fornecer um conjunto de regras internacionais confiáveis para a utilização e interpretação dos termos negociais que envolvem responsabilidades das partes quanto à entrega, embarque e transporte de mercadorias, vem desde 1936, publicando e atualizando os
INCOTERMS- INTERNACIONAL COMERCIAL TERMS
NOVA LEX MERCATORIAINCOTERMS- INTERNACIONAL COMERCIAL TERMS(ICC - International Chamber of Commerce lançou oficialmente no dia 10/09/2019, globalmente a nova versão dos Incoterms(revisados de 10 em 10 anos)
São representados por meio de siglas identificando o costume internacional me matéria de comércio, com a finalidade de simplificar a agilizar a elaboração de cláusulas nos contratos de cxv internacionais de marcadorias
NOVA LEX MERCATORIA
INCOTERMS
Servem para definir os direitos e obrigações recíprocos do importador/exportador e tratam da responsabilidade sobre:
Transporte
Entrega de mercadorias
Liberação na import/export
Divisão de custos e riscos 
Ex:despachante aduaneiro, frete, taxas alfandegárias, seguro de carga, etc
NOVA LEX MERCATORIA
INCOTERMS
São divididos em 4 grupos(F, E, D e C)
EX: FAS – free alongside ship: o vendedor encerra suas obriações no momento em que a marcadoria é colocada ao longo do costado do navio designado pelo comprador
EX: FOB – free on board: as mercadorias são entregues pelo vendedor dentro do navio com os documentos de exportação desembaraçados pelo vendedor
NOVA LEX MERCATORIA
 Contratos Internacionais
 
PRINCÍPIOS
1)Autonomia da vontade:(interno ou internacional)
a)Decisão de contratar(objeto)
b)Com quem contratar
c)Estipular conteúdo do contrato
Contrato interncional
1)Autonomia da vontade:
Nos Contratos Internacionais:
Escolha da lei aplicável E
Escolha do foro judicial
*escolha de foro extrajudicial(contratos internos ou internacionais)
Contrato interncional
Escolha da lei aplicável?
Vários países permitem 
No Brasil tínhamos no passado o Art. 13 LINDB(regra de conexão) que estipulava:
“Regulará salvo estipulação em contrário, quanto à substância e nos efeitos das obrigações, a lei do lugar onde foram contraídas”
 
Contrato interncional
Escolha da lei aplicável?
Vários países permitem 
No Brasil tínhamos no passado o Art. 13 LINDB(regra de conexão)
Convenção do México – mas o Brasil não promulgou
 hoje no Brasil temos o Art 9 LINDB(regra de conexão)
 
Contrato interncional
Escolha da lei aplicável? ART. 9 lindb
-Art. 9o  Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem.
§ 2o  A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente.
Contrato interncional
Escolha da lei aplicável? Art. 9 LINDB
Grande discussão doutrinária – 3 correntes
Não cabe a autonomia por causa da cogência do art. 9 LINDB
Cabe a autonomia: baseando-se nas ideias de globalização e de os Cis baseiam-se em interesses privados; ao particular é possível fazer tudo o que não está proibido; no silêncio da lei; e princípio da boa fé
 
Contrato interncional
Escolha da lei aplicável? Art. 9 LINDB
Grande discussão doutrinária – 3 correntes
c) mista: Irineu Strenger
Cabe a autonomia mas limitada às regras de ordem pública e imperativas
A questão deve ser analisada pelo Art. 17 LINDB
 
Contrato interncional
Art 17 LINDB
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
CONSEQUÊNCIA DA NÃO REGULAMENTAÇÃO ADEQUADA(projeto da nova LINDB autoriza)
- Grande instabilidade nas decisões judiciais
o poder Judiciário brasileiro não possui Varas especializadas em direito Internacional
Convenção de Viena (Cisg) art. 6 permite autonomia
 
Contrato interncional
Convenção sobre contratos de compra e venda de mercadorias(Convenção de Viena -Cisg) permite autonomia
Art. 6
As partes podem excluir a aplicação desta Convenção, derrogar qualquer de suas disposições ou modificar-lhes os efeitos, observando-se o disposto no Artigo 12.
 
Contrato interncional
1)Autonomia da vontade(deve ser feita nos Cis para evitar problemas futuros)
 B) ESCOLHA DO FORO:
 TORNA-SE POSSÍVEL ESCOLHER O FORO JUDICIAL – art. 25 CPC
 OU EXTRAJUDICIAL- mascs
Lei 9.307/96- lei de arbitragem brasileira AUTORIZA INTEGRALMENTE O USO DA AUTONOMIA
 
Contrato interncional
Onde resolver os eventuais conflitos?
É melhor usar o foro judicial ou extrajudicial???
Contrato interncional
DESVANTAGENS DO PROCESSO JUDICIAL NAS RELAÇÕES COMERCIAIS
1)O PROCESSO JUDICIAL É LENTO
2) IMPREVISÍVEL
3)É FONTE DE DESPESAS(difícil JG)
4)RESULTADO GANHA/PERDE INVIABILIZA QUALQUER TIPO DE RELACIONAMENTO FUTURO
5)Mais utilizado o foro extrajudicial
FORO EXTRAJUDICIAL
- rapidez
Utilização ampla da chamada Lex Mercatoria
Autonomia da vontade
Contrato interncional
*não previsão contratual gera inúmeras complicações nos C. internacionais
IMPORTÂNCIA
*CONTRATOS COMERCIAIS INTERNACIONAIS
-NEGOCIAÇÃO DIRETA 
MEDIAÇÃO
ARBITRAGEM(mais usada)
 MED-ARB
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
2) PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO:
Baseado no provérbio “os bois se prendem pelos chifres e os homens pelas palavras” – Caio Mário
Este princípio indica que o simples acordo de 2 ou mais vontades basta para gerar um contrato vválido.
Torna-se desnecessário qualquer outro formalismo ou simbolismo Ex: art. 482 CC
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
2) PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO:
Significa manter a palavra empenhada, em respeito à palavra e a confiança recíprocos
Entretanto, alguns contratos exigem uma solenidades especial. Ex: comodato(art. 579 CC), mútuo(art. 586 CC)
- O consensualismo é regra. O formalismo exceção
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
2) PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO:
Nos contratos internacionais, a regra é o consensualismo
Ex: compra e venda mercantil – art. 11 da Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de compra e venda internacional de maecadorias-UNCITRAL, ou Convenção de Viena(1980) promulgada pelo Brasil através do Decreto n. 8.327 de 16/10/14
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
UNCITRAL
(UNITED NATIONS COMISSION FOR INTERNATIONAL TRADE LAW)
Comissão das Nações Unidas sobre Direito Comercial Internacional
- Organismo da ONU criado em 1966 visando o aprimoramento das relações econômicas internacionais e cuida da criação de normas reguladoras das transações comerciais
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
3) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS:
Ligado ao Princípio da autonomia – os contratantes manifestaram a vontade de firmar o contrato, discutiram e escolherem as cláusula contratuais…
Sendo assim, Pacta Sunt Servanda=cogência do contrato a fim de que lhe possa reconhecer utilidade econômica e social 
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
3) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS:
De nada vale o negócio se não tiver força obrigatória, seria mero protocolo de intenções.
O contrato faz lei entre as partes(Orlando Gomes)
Pedra angular da segurança nas negociações
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
3) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS:Entretanto, hoje, em razão do dirigismo contratual, este princípio não possui mais caráter ABSOLUTO
NO PASSADO:
1)Opressão do Estado pelo homem(L’état c’est moi)
2)opressão do homem pelo homem(total autonomia da vontade e liberdade de contratar 
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
3) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS:
NO PRESENTE:
3)DIRIGISMO CONTRATUAL: COM AS DESIGUALDADES SOCIAIS O ESTADO PASSOU A INTERVIR NAS RELAÇÕES CONTRATUAIS
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
DIRIGISMO CONTRATUAL: hoje existem mecanismos jurídicos(normas) de regulação do equilíbrio contratual
Exs na realidade brasileira:
1) código de defesa do consumidor – contratos de adesão, art. 6, V, art. 47, art. 51, II, IV do Código de Defesa do Consumidor
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
DIRIGISMO CONTRATUAL:
Lei 8078/90- Código de Defesa do Consumidor
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
 ContratosInternacionais
 PRINCÍPIOS
DIRIGISMO CONTRATUAL:
Lei 8078/90- Código de Defesa do Consumidor
Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
Lei 8078/90- Código de Defesa do Consumidor
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que:
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
DIRIGISMO CONTRATUAL: hoje existem mecanismos jurídicos(normas) de regulação do equilíbrio contratual
Exs na realidade brasileira:
2)Teoria da Imprevisão e revisão dos contratos por onerosidade excessiva – art.478, 479 e 317 Código Civil
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
CÓDIGO CIVIL
Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação.
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
CÓDIGO CIVIL
Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato.
Princípio da revisão dos contratos por onerosidade excessiva
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
CÓDIGO CIVIL
Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação.
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
Teoria Rebus Sic Stantibus = no mesmo estado das coisas
Envolve situações excepcionais e não precisa estar expresso no contrato
Suspende os efeitos do contrato até que cesse a causa encejadora da sua aplicação
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
3.1)Princípio da Força Obrigatória nos CONTRATOS INTERNACIONAIS:
- adota-se também o Pacta Sunt Servanda mas observando-se os arts 2035 do Código Civil e Art. 17 LINDB
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
3.1)Princípio da Força Obrigatória nos Contratos Internacionais:
Art. 2035 do Código Civil
Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos.
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
3.1)Princípio da Força Obrigatória nos Contratos Internacionais:
LINDB – Decreto-lei n. 4657 de 4-9-1942
Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
3.1)Princípio da Força Obrigatória nos CONTRATOS INTERNACIONAIS:
Portanto, nos CIs o princípio do Pacta Sunt Servanda é abrandado pela colocação de HARD SHIP CLAUSES (cláusulas de hard ship ou cláusulas de adversidade) e FORÇA MAIOR
Hard ship = endurecimento das condições
 
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
 CONTRATOS INTERNACIONAIS: HARD SHIP CLAUSES e FORÇA MAIOR
Utilizadas em contratos escritos
De longa duração ou execução continuada
Função de buscar o equilíbrio do contrato durante sua execução(HS) ou exonerar responsabilidades(FM)
 
 Contratos Internacionais
 PRINCÍPIOS
HARD SHIP CLAUSES e FORÇA MAIOR
Pontos comuns:
A)Fenômenos naturais(catástrofes)
Administrativos
Políticos(aumento excessivo de tributos, guerras),e outros, interferindo diretamente nos efeitos econômicos 
B) 	IMPREVISÍVEIS E INEVITÁVEIS 
 
Particularidades
3)CLÁUSULA DE HARDSHIP
- Em razão de desequilírio econômico na relação contratual, que exija a adaptação do contrato às novas realidades
- prevê situações supervenientes, excepcionais, imprevisíveis e inevitáveis que possam gerar desequilíbrio no cumprimento do contrato e tragam onerosidade excessiva para um dos contratantes
 
Contrato interncional
CLÁUSULA DE HARDSHIP
Ex: contrato de transporte marítmo de mercadorias do Brasil para a Holanda – de uma hora p outra e sem precedentes , a Holanda cria uma taxação excessiva para o navio aportar e deixar o conteiner 
Ex: dificuldade de obtenção de divisas para pagamento externo em vista de um ato governamental 
Contrato interncional
CLÁUSULA DE HARDSHIP
Ex: dificuldades sanitárias , ambientais ou de imigração, provocadas por atos de governos
Ex: modificação na situação econômica ou monetária do contrato
Contrato interncional
Particularidades
3)CLÁUSULAS DE HARDSHIP
HARDSHIP: 
- aqui o cumprimento do contrato ainda é possivel mas precisará ser renegociado
a cláusula geralmente prevê o uso :
A)negociação direta
B) mediação, arbitragem e em último caso, judiciário
 
Contrato interncional
CLÁUSULAS DE HARDSHIP
Obrigatoriedade de previsão expressa no contrato
Renegociação: exige diligência em dobro, e a adaptação do contrato é consequência de uma exitosa negociação; adaptar-se significa tornar-se adequado, acomodar-se, harmonizar-se, ajustar-se a um ambiente 
essa adaptação visa à sobrevivência do contrato
 
Contrato interncional
CLÁUSULAS DE HARDSHIP
Ex: Caso ocorra uma abrupta desvalorozação do real em relação ao dólar que ultrapasse a ……….a parte interessada compromete-se a notificar o outro contratante tão logo a situação se instale… para iniciarem a renegociação das bases do presente contrtato 
 
Contrato interncional
Particularidades
CLÁUSULAS DE FORÇA MAIOR 
FORÇA MAIOR:
Aqui se torna IMPOSSÍVEL a continuação da execução do contrato
É CLÁUSULA EXONERATÓRIA de responsabilidade em caso de inadimplemento, também por situações imprevisíveis e excepcionais(ligadas eventos da natureza)
 
Contrato interncional
Situação Rebus Sic Stantibus
Surgiu na Idade Média por causa das guerras
- é cláusula tácita, portanto, não obriga previsão expressa , pois já é subentendida
SUSPENDE o contrato até que cesse a causa encejadora da sua aplicação
 
Contrato interncional

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