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Contratos Internos e Contratos Internacionais CRITÉRIOS: JURÍDICO, ECONÔMICO E ECLÉTICO LEX MERCATORIA PRINCÍPIOS DO DIREITO CONTRATUAL(plano nacional e internacional) Contratos Internos e Contratos Internacionais Alguns contratos possuem as características de terem : - as partes que os celebram, - os bens - seu objeto - o local da prestação do serviço ou da entrega Situados sob a esfera de uma só Soberania Contratos Internos e Contratos Internacionais Outros contratos, apresentam um ou mais desses elementos como: a nacionalidade o domicílio a residência o local da entrega ou prestação do serviço Situados sob a esfera de algum outro Estado. Estes últimos produzem, no âmbito do direito e da economia, efeitos internacionais. - Entretanto, a resposta não é evidente Contratos Internos e Contratos Internacionais Os contratos serão internacionais por CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS que, além das já apontadas, incluem sua estrutura, as cláusulas que contêm, o modo como são negociados e o fato de que é necessário localizá-los, isto é, determinar o sistema jurídico a que se vinculam.(Luiz Olavo Baptista) CRITÉRIOS Contratos Internacionais CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO CRITÉRIO JURÍDICO: EUA(Côrte Suprema) Criado por Henry Batiffol(jurista francês) Quando os elementos constitutivos de um contrato como: partes, objeto, local de celebração ou execução ultrapassam as fronteiras de um Estado Contratos Internacionais CRITÉRIO JURÍDICO Um contrato tem caráter internacional quando, pelos atos concernentes à sua celebração ou sua execução, ou a situação das partes quanto à sua nacionalidade ou seu domicílio, ou a localização do seu objeto, ele tem liame com mais de um sistema jurídico. Contratos Internacionais CRITÉRIO JURÍDICO Portanto, ele é internacional não em virtude de alguma regra tem essa condição de fato, que se constata a partir de um feixe de elementos que não cabem em uma enumeração rígida. Basta, portanto, possuir um elementos de estraneidade Contratos Internacionais CRITÉRIO ECONÔMICO B) CRITÉRIO ECONÔMICO: escola Francesa Foi estabelecido em 1927, na França(Côrte de Cassação Francesa) O contrato é internacional quando põe em jogo os interesses do comércio internacional Aquele onde vai existir a movimentação de bens e serviços através das fronteiras, independentemente à nacionalidade, residência das partes ou lugar da celebração Contratos Internacionais CRITÉRIO ECONÔMICO B) CRITÉRIO ECONÔMICO: Aqueles onde ocorrem fluxos recíprocos de bens e valores entre dois sistemas Têm que produzir um movimento de fluxo e refluxo sobre as fronteiras * Este critério é adotado no Brasil para certos tipos de contratos(Decreto-lei sobre moeda estrangeira) Contratos Internacionais CRITÉRIO ECONÔMICO Decreto-lei n. 857 de 1969 Art 1º São nulos de pleno direito os contratos, títulos e quaisquer documentos, bem como as obrigações que exeqüíveis no Brasil, estipulem pagamento em ouro, em moeda estrangeira, ou, por alguma forma, restrinjam ou recusem, nos seus efeitos, o curso legal do cruzeiro. *CRITÉRIO ECONÔMICO Decreto-lei n. 857 de 1969 Art 2º Não se aplicam as disposições do artigo anterior: (Vide Lei nº 9.529, de 1997) I - aos contratos e títulos referentes a importação ou exportação de mercadorias II - aos contratos de financiamento ou de prestação de garantias relativos às operações de exportação de bens e serviços vendidos a crédito para o exterior; (Redação dada pela Lei nº 13.292, de 2016) * Fluxo e refluxo de bens e serviços entre países Decreto-lei n. 857 de 1969 Art 2º Não se aplicam as disposições do artigo anterior: (Vide Lei nº 9.529, de 1997) IV - aos empréstimos e quaisquer outras obrigações cujo credor ou devedor seja pessoa residente e domiciliada no exterior, excetuados os contratos de locação de imóveis situados no território nacional;(critério jurídico) Parágrafo único. Os contratos de locação de bens móveis que estipulem pagamento em moeda estrangeira ficam sujeitos, para sua validade a registro prévio no Banco Central do Brasil. Contratos Internacionais CRITÉRIO ECONÔMICO - Para os defensores desta corrente o caráter internacional de uma operação não depende, necessariamente, do domicílio das partes, local de execução, etc, mas de todos os elementos que entram em linha de conta para imprimir aos movimentos de fundos que ela comporta, um caráter que ultrapassa o quadro da economia interna Contratos Internacionais CRÍTICAS AOS 2 CRITÉRIOS CRITÉRIO JURÍDICO: o elemento de estraneidade, por si só, não é suficiente para caracterizar um contrato como sendo internacional; Seria frágil e simplista Ex: nacionalidade Contratos Internacionais CRÍTICAS AOS 2 CRITÉRIOS CRITÉRIO ECONÔMICO: também seria falho porque deixa de fora o campo de aplicação de pagamentos que apresentam características econômicas de operações internacionais Contratos Internacionais CRITÉRIO ECLÉTICO(Luis Olavo Baptista) parte do pressuposto de que alguns contratos claramente são internos e outros, claramente, internacionais Mas outros ficam na zona cinzenta, pois existe um elemento de estraneidade, mas teria que se verificar a relevância desse elemento, porque, às vezes, só ele, de forma isolada, não seria suficiente para caracterizar a internacionalidade do contrato Contratos Internacionais CRITÉRIO CRITÉRIO ECLÉTICO(Luis Olavo Baptista) Depende da intensidade ou importânciado elemento estrangeiro na relação jurídica, do ponto de vista econômico e jurídico Para esta corrente haveria a necessidade de conjugação de diversos fatores ou mais de um critério para poder definir Contratos Internacionais CRITÉRIO CRITÉRIO ECLÉTICO(Luis Olavo Baptista) Este critério passou a ser adotado por diversos sistemas, inclusive, em alguns casos, pelo Brasil Ex: Decreto-Lei 857/1969 – art. 9 c/c art. 318 CC França Contratos Internacionais CRITÉRIOS: CONCLUSÃO - NO FUNDO DEPENDE DE SUBJETIVIDADE E POLÍTICA LEGISLATIVA, PORTANTO, MUTÁVEL - Não se pode dizer, com certeza, se é a presença de um elemento de estraneidade(elemento de conexão) que dará caráter internacional a um contrato; isso dependeráda situação em que está para produzir ou não, o efeito internacionalizante - A intensidade ou importância desse elemento de estraneidadeé que vai identificar Contratos Internacionais CRITÉRIOS: CONCLUSÃO Se existir um elemento de estraneidade ex: importação/exportação Contrato de câmbio -Neste assunto, paira uma certa subjetividade e razões de política legislativa, pois o intérprete ou o juiz que determinará, segundo critérios que lhes são próprios, a importância relativa do elemento estrangeiro do contrato. Os CONTRATOS INTERNACIONAIS corporificam, na prática, as regras estabelecidas no âmbito da LEX MERCATORIA CI – LEX MERCATORIA 21 Lex mercatoria: surgiu da prática comercial e onde os comerciantes(corporação de mercadores) queriam fugir das amarras feudais; - conjunto de regras, princípios e costumes oriundos da prática comercial, produzido por particulares, sem vinculação ao direito dos Estados Lex mercatoria- HISTÓRICO -nesse contexto de tentativa de unificação a UNCITRAL(comissão das Nações Unidas sobre Direito Comercial) vem imprimindo esforços para uniformizar algumas práticas Ex: Convenção de Viena - CISG(compra e venda internacional de mercadorias) A Lei modelo sobre Arbitragem Comercial Internacional NOVA LEX MERCATORIA Contribuição de alguns organismos privados internacionais como a CÂMARA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL – CCI, com a finalidade de fornecer um conjunto de regras internacionais confiáveis para a utilização e interpretação dos termos negociais que envolvem responsabilidades das partes quanto à entrega, embarque e transporte de mercadorias, vem desde 1936, publicando e atualizando os INCOTERMS- INTERNACIONAL COMERCIAL TERMS NOVA LEX MERCATORIAINCOTERMS- INTERNACIONAL COMERCIAL TERMS(ICC - International Chamber of Commerce lançou oficialmente no dia 10/09/2019, globalmente a nova versão dos Incoterms(revisados de 10 em 10 anos) São representados por meio de siglas identificando o costume internacional me matéria de comércio, com a finalidade de simplificar a agilizar a elaboração de cláusulas nos contratos de cxv internacionais de marcadorias NOVA LEX MERCATORIA INCOTERMS Servem para definir os direitos e obrigações recíprocos do importador/exportador e tratam da responsabilidade sobre: Transporte Entrega de mercadorias Liberação na import/export Divisão de custos e riscos Ex:despachante aduaneiro, frete, taxas alfandegárias, seguro de carga, etc NOVA LEX MERCATORIA INCOTERMS São divididos em 4 grupos(F, E, D e C) EX: FAS – free alongside ship: o vendedor encerra suas obriações no momento em que a marcadoria é colocada ao longo do costado do navio designado pelo comprador EX: FOB – free on board: as mercadorias são entregues pelo vendedor dentro do navio com os documentos de exportação desembaraçados pelo vendedor NOVA LEX MERCATORIA Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 1)Autonomia da vontade:(interno ou internacional) a)Decisão de contratar(objeto) b)Com quem contratar c)Estipular conteúdo do contrato Contrato interncional 1)Autonomia da vontade: Nos Contratos Internacionais: Escolha da lei aplicável E Escolha do foro judicial *escolha de foro extrajudicial(contratos internos ou internacionais) Contrato interncional Escolha da lei aplicável? Vários países permitem No Brasil tínhamos no passado o Art. 13 LINDB(regra de conexão) que estipulava: “Regulará salvo estipulação em contrário, quanto à substância e nos efeitos das obrigações, a lei do lugar onde foram contraídas” Contrato interncional Escolha da lei aplicável? Vários países permitem No Brasil tínhamos no passado o Art. 13 LINDB(regra de conexão) Convenção do México – mas o Brasil não promulgou hoje no Brasil temos o Art 9 LINDB(regra de conexão) Contrato interncional Escolha da lei aplicável? ART. 9 lindb -Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente. Contrato interncional Escolha da lei aplicável? Art. 9 LINDB Grande discussão doutrinária – 3 correntes Não cabe a autonomia por causa da cogência do art. 9 LINDB Cabe a autonomia: baseando-se nas ideias de globalização e de os Cis baseiam-se em interesses privados; ao particular é possível fazer tudo o que não está proibido; no silêncio da lei; e princípio da boa fé Contrato interncional Escolha da lei aplicável? Art. 9 LINDB Grande discussão doutrinária – 3 correntes c) mista: Irineu Strenger Cabe a autonomia mas limitada às regras de ordem pública e imperativas A questão deve ser analisada pelo Art. 17 LINDB Contrato interncional Art 17 LINDB Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. CONSEQUÊNCIA DA NÃO REGULAMENTAÇÃO ADEQUADA(projeto da nova LINDB autoriza) - Grande instabilidade nas decisões judiciais o poder Judiciário brasileiro não possui Varas especializadas em direito Internacional Convenção de Viena (Cisg) art. 6 permite autonomia Contrato interncional Convenção sobre contratos de compra e venda de mercadorias(Convenção de Viena -Cisg) permite autonomia Art. 6 As partes podem excluir a aplicação desta Convenção, derrogar qualquer de suas disposições ou modificar-lhes os efeitos, observando-se o disposto no Artigo 12. Contrato interncional 1)Autonomia da vontade(deve ser feita nos Cis para evitar problemas futuros) B) ESCOLHA DO FORO: TORNA-SE POSSÍVEL ESCOLHER O FORO JUDICIAL – art. 25 CPC OU EXTRAJUDICIAL- mascs Lei 9.307/96- lei de arbitragem brasileira AUTORIZA INTEGRALMENTE O USO DA AUTONOMIA Contrato interncional Onde resolver os eventuais conflitos? É melhor usar o foro judicial ou extrajudicial??? Contrato interncional DESVANTAGENS DO PROCESSO JUDICIAL NAS RELAÇÕES COMERCIAIS 1)O PROCESSO JUDICIAL É LENTO 2) IMPREVISÍVEL 3)É FONTE DE DESPESAS(difícil JG) 4)RESULTADO GANHA/PERDE INVIABILIZA QUALQUER TIPO DE RELACIONAMENTO FUTURO 5)Mais utilizado o foro extrajudicial FORO EXTRAJUDICIAL - rapidez Utilização ampla da chamada Lex Mercatoria Autonomia da vontade Contrato interncional *não previsão contratual gera inúmeras complicações nos C. internacionais IMPORTÂNCIA *CONTRATOS COMERCIAIS INTERNACIONAIS -NEGOCIAÇÃO DIRETA MEDIAÇÃO ARBITRAGEM(mais usada) MED-ARB Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 2) PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO: Baseado no provérbio “os bois se prendem pelos chifres e os homens pelas palavras” – Caio Mário Este princípio indica que o simples acordo de 2 ou mais vontades basta para gerar um contrato vválido. Torna-se desnecessário qualquer outro formalismo ou simbolismo Ex: art. 482 CC Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 2) PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO: Significa manter a palavra empenhada, em respeito à palavra e a confiança recíprocos Entretanto, alguns contratos exigem uma solenidades especial. Ex: comodato(art. 579 CC), mútuo(art. 586 CC) - O consensualismo é regra. O formalismo exceção Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 2) PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO: Nos contratos internacionais, a regra é o consensualismo Ex: compra e venda mercantil – art. 11 da Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de compra e venda internacional de maecadorias-UNCITRAL, ou Convenção de Viena(1980) promulgada pelo Brasil através do Decreto n. 8.327 de 16/10/14 Contratos Internacionais PRINCÍPIOS UNCITRAL (UNITED NATIONS COMISSION FOR INTERNATIONAL TRADE LAW) Comissão das Nações Unidas sobre Direito Comercial Internacional - Organismo da ONU criado em 1966 visando o aprimoramento das relações econômicas internacionais e cuida da criação de normas reguladoras das transações comerciais Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 3) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS: Ligado ao Princípio da autonomia – os contratantes manifestaram a vontade de firmar o contrato, discutiram e escolherem as cláusula contratuais… Sendo assim, Pacta Sunt Servanda=cogência do contrato a fim de que lhe possa reconhecer utilidade econômica e social Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 3) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS: De nada vale o negócio se não tiver força obrigatória, seria mero protocolo de intenções. O contrato faz lei entre as partes(Orlando Gomes) Pedra angular da segurança nas negociações Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 3) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS:Entretanto, hoje, em razão do dirigismo contratual, este princípio não possui mais caráter ABSOLUTO NO PASSADO: 1)Opressão do Estado pelo homem(L’état c’est moi) 2)opressão do homem pelo homem(total autonomia da vontade e liberdade de contratar Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 3) PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DOS CONTRATOS: NO PRESENTE: 3)DIRIGISMO CONTRATUAL: COM AS DESIGUALDADES SOCIAIS O ESTADO PASSOU A INTERVIR NAS RELAÇÕES CONTRATUAIS Contratos Internacionais PRINCÍPIOS DIRIGISMO CONTRATUAL: hoje existem mecanismos jurídicos(normas) de regulação do equilíbrio contratual Exs na realidade brasileira: 1) código de defesa do consumidor – contratos de adesão, art. 6, V, art. 47, art. 51, II, IV do Código de Defesa do Consumidor Contratos Internacionais PRINCÍPIOS DIRIGISMO CONTRATUAL: Lei 8078/90- Código de Defesa do Consumidor Art. 6º São direitos básicos do consumidor: V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; ContratosInternacionais PRINCÍPIOS DIRIGISMO CONTRATUAL: Lei 8078/90- Código de Defesa do Consumidor Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. Lei 8078/90- Código de Defesa do Consumidor Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos neste código; IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade; Contratos Internacionais PRINCÍPIOS DIRIGISMO CONTRATUAL: hoje existem mecanismos jurídicos(normas) de regulação do equilíbrio contratual Exs na realidade brasileira: 2)Teoria da Imprevisão e revisão dos contratos por onerosidade excessiva – art.478, 479 e 317 Código Civil Contratos Internacionais PRINCÍPIOS CÓDIGO CIVIL Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação. Contratos Internacionais PRINCÍPIOS CÓDIGO CIVIL Art. 479. A resolução poderá ser evitada, oferecendo-se o réu a modificar eqüitativamente as condições do contrato. Princípio da revisão dos contratos por onerosidade excessiva Contratos Internacionais PRINCÍPIOS CÓDIGO CIVIL Art. 317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução, poderá o juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que assegure, quanto possível, o valor real da prestação. Contratos Internacionais PRINCÍPIOS Teoria Rebus Sic Stantibus = no mesmo estado das coisas Envolve situações excepcionais e não precisa estar expresso no contrato Suspende os efeitos do contrato até que cesse a causa encejadora da sua aplicação Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 3.1)Princípio da Força Obrigatória nos CONTRATOS INTERNACIONAIS: - adota-se também o Pacta Sunt Servanda mas observando-se os arts 2035 do Código Civil e Art. 17 LINDB Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 3.1)Princípio da Força Obrigatória nos Contratos Internacionais: Art. 2035 do Código Civil Parágrafo único. Nenhuma convenção prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais como os estabelecidos por este Código para assegurar a função social da propriedade e dos contratos. Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 3.1)Princípio da Força Obrigatória nos Contratos Internacionais: LINDB – Decreto-lei n. 4657 de 4-9-1942 Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes. Contratos Internacionais PRINCÍPIOS 3.1)Princípio da Força Obrigatória nos CONTRATOS INTERNACIONAIS: Portanto, nos CIs o princípio do Pacta Sunt Servanda é abrandado pela colocação de HARD SHIP CLAUSES (cláusulas de hard ship ou cláusulas de adversidade) e FORÇA MAIOR Hard ship = endurecimento das condições Contratos Internacionais PRINCÍPIOS CONTRATOS INTERNACIONAIS: HARD SHIP CLAUSES e FORÇA MAIOR Utilizadas em contratos escritos De longa duração ou execução continuada Função de buscar o equilíbrio do contrato durante sua execução(HS) ou exonerar responsabilidades(FM) Contratos Internacionais PRINCÍPIOS HARD SHIP CLAUSES e FORÇA MAIOR Pontos comuns: A)Fenômenos naturais(catástrofes) Administrativos Políticos(aumento excessivo de tributos, guerras),e outros, interferindo diretamente nos efeitos econômicos B) IMPREVISÍVEIS E INEVITÁVEIS Particularidades 3)CLÁUSULA DE HARDSHIP - Em razão de desequilírio econômico na relação contratual, que exija a adaptação do contrato às novas realidades - prevê situações supervenientes, excepcionais, imprevisíveis e inevitáveis que possam gerar desequilíbrio no cumprimento do contrato e tragam onerosidade excessiva para um dos contratantes Contrato interncional CLÁUSULA DE HARDSHIP Ex: contrato de transporte marítmo de mercadorias do Brasil para a Holanda – de uma hora p outra e sem precedentes , a Holanda cria uma taxação excessiva para o navio aportar e deixar o conteiner Ex: dificuldade de obtenção de divisas para pagamento externo em vista de um ato governamental Contrato interncional CLÁUSULA DE HARDSHIP Ex: dificuldades sanitárias , ambientais ou de imigração, provocadas por atos de governos Ex: modificação na situação econômica ou monetária do contrato Contrato interncional Particularidades 3)CLÁUSULAS DE HARDSHIP HARDSHIP: - aqui o cumprimento do contrato ainda é possivel mas precisará ser renegociado a cláusula geralmente prevê o uso : A)negociação direta B) mediação, arbitragem e em último caso, judiciário Contrato interncional CLÁUSULAS DE HARDSHIP Obrigatoriedade de previsão expressa no contrato Renegociação: exige diligência em dobro, e a adaptação do contrato é consequência de uma exitosa negociação; adaptar-se significa tornar-se adequado, acomodar-se, harmonizar-se, ajustar-se a um ambiente essa adaptação visa à sobrevivência do contrato Contrato interncional CLÁUSULAS DE HARDSHIP Ex: Caso ocorra uma abrupta desvalorozação do real em relação ao dólar que ultrapasse a ……….a parte interessada compromete-se a notificar o outro contratante tão logo a situação se instale… para iniciarem a renegociação das bases do presente contrtato Contrato interncional Particularidades CLÁUSULAS DE FORÇA MAIOR FORÇA MAIOR: Aqui se torna IMPOSSÍVEL a continuação da execução do contrato É CLÁUSULA EXONERATÓRIA de responsabilidade em caso de inadimplemento, também por situações imprevisíveis e excepcionais(ligadas eventos da natureza) Contrato interncional Situação Rebus Sic Stantibus Surgiu na Idade Média por causa das guerras - é cláusula tácita, portanto, não obriga previsão expressa , pois já é subentendida SUSPENDE o contrato até que cesse a causa encejadora da sua aplicação Contrato interncional
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