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Nova Lei de abuso de autoridade

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Lei de abuso de autoridade 13.869/19
Observações gerais:
· Foi sancionada, vetada, rejeição de veto, retificação do diário oficial, erro material; 
· Duas ações diretas de inconstitucionalidade contra ela (ADI);
· Os agentes públicos estão se sentindo ameaçados por essa lei, estão coagidos, como se fosse uma resposta do congresso nacional a atuação dos agentes públicos contra atos de corrupção;
· Pouquíssima efetividade na prática;
· Revogou expressamente a antiga Lei 4.898/1965, alterou a lei de prisão temporária, lei das interceptações telefônicas, o ECA, Código penal e o Estatuto da Ordem dos Advogados;
· Foi sancionada em setembro de 2019;
· Entrou em vigor em 03/01/2020;
· Revogou o artigo 350 e 150§2° do CP (estes já tinham sido revogados tacitamente e agora expressamente);
· Vacatio Vegis de 120 dias:
· 30 novos crimes aprovados pelo Congresso nacional (19 vetos feito pelo presidente);
· 7 vetados com vetos mantidos;
· 9 crimes vetados com vetos derrubados (rejeição de vetos);
· 23 crimes entraram em vigor.
1. É necessário criminalizar o abuso de autoridade?
R: sim, est lei 13.869/2019, define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído. As condutas descritas nesta lei constituem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
2. Alterações em Leis especiais 
2.1. Prisão Temporária 
Art.2°, §4°-A 
Art.2°, §4°-A 
 “Art.2°§4°-A: O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária estabelecido no caput (5 dias) bem como o dia em que o preso deverá ser libertado”
§7° Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, por imediatamente o preso em liberdade, SALVO, se já tiver sido comunicado da prorrogação da prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva.
§8° Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão temporária. 
Conclusão: Agora no mandado de prisão deverá conter o período de duração da prisão temporária e também o dia em que o preso deverá ser colocado em liberdade. O preso deverá ser colocado em liberdade imediatamente, quando findar o prazo estabelecido na lei, independente de ordem judicial. 
2.2. Interceptação Temporária (Lei. 9.296/96) 
Promover escuta ambiental, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, agora constitui crime. 
Pena: reclusão, de 2(dois) a 4(quatro) anos e multa. 
Se a autoridade judicial determinar que tais condutas descritas no artigo 10 desta lei, sejam executadas sem ter previsão legal estabelecida, incorreram também em crime. 
Pena: reclusão, de 2(dois) a 4(quatro) anos e multa. 
Escuta ambiental:
Entende-se por interceptação ambiental ou interceptação entre presentes a captação sub-reptícia da conversa entre presentes, quando efetuada por um terceiro, dentro do ambiente em que se situam os interlocutores, com o desconhecimento destes (WENZEL, 2007). 
Ou seja, A interceptação ambiental consiste na captação de sons ou imagens, feita por uma terceira pessoa, de duas ou mais pessoas, sem que estas saibam que estão sendo monitoradas ou vigiadas.
2.3. Estatuto da criança e do adolescente 
Pesquisar mais, pois não entendi nada.
2.4. Estatuto da Ordem dos Advogados 
Constitui crime violar os direitos do advogado previstos no art.7°, II,III,IV e V. 
Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano e multa
 
3. Elemento subjetivo do crime: dolo direito e dolo especifico.
3.1. Dolo Direito = é aquele em que o agente deseja obter a produção de um resultado típico, realizando todos os meios necessários para tanto, ou seja, pratica a conduta com o fim de alcançar o resultado
3.2. Dolo especifico = é a vontade de realizar o fato descrito na lei com um fim específico, isto é, o agente pretende uma finalidade especial com a prática da conduta.
Quais os dolos específicos que devem ser cometidos para configurar o abuso de autoridade?
1. Prejudicar alguém;
2. Beneficiar a si próprio;
3. Beneficiar um terceiro;
4. Mero capricho;
5. Satisfação pessoal 
OBS: não é suficiente que o agente tenha somente o dolo direito é necessário que o agente tenha algum dos dolos específicos citados á cima.
Ex: o agente praticou abuso de autoridade, mas praticou abusou de autoridade com qual intuito? Prejudicar alguém? Beneficiar a si próprio? Beneficiar um terceiro? Por Mero capricho? Satisfação pessoal? Se a resposta for sim para alguma dessas citadas possibilidades, configurar-se-á o crime de abuso de autoridade, se a resposta for não, não há que se falar em crime de abuso de autoridade, ou seja, senão tiver um dolo especifico não há abuso de autoridade. 
Esses dolos específicos estão discriminados na lei 13.869/19, art. 1°, §1°.
OBS¹: Não existe abuso de autoridade na modalidade culposa;
OBS²: Todos os crimes de abuso de autoridade exigem um dolo específico;
OBS³: No entendimento de Rogerio Sanches e Rogério Greco, não há crime de abuso de autoridade na modalidade preterdolosa. 
crime preterdoloso é uma espécie de crime agravado pelo resultado, no qual o agente pratica uma conduta anterior dolosa, e desta decorre um resultado posterior culposo. Há dolo no fato antecedente e culpa no consequente.
 
§ 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade. (excludente de dolo, fato atípico).
4. Sujeitos Ativos 
Crime próprio: exige uma qualidade especial do agente.
Aquele que exerce cargo, função ou emprego público, Latu sensu (Administração direita, indireta e fundacional (autarquias, fundações, empresas públicas e etc), dos entes federados.
Engloba os 3 poderes: executivo, legislativo, judiciário;
Remunerado ou não, Ex: jurado, mesário
Temporário ou não, Ex: Estagiário. 
Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a:
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas;
II - membros do Poder Legislativo;
III - membros do Poder Executivo;
IV - membros do Poder Judiciário;
V - membros do Ministério Público;
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.
Parágrafo único.  Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.
Atenção: Trata-se de um rol exemplificativo. 
Informativo 579, do STJ: Advogado que atua como advogado dativo, por força de convênio com o poder Público, é funcionário público para fins penais. 
OBS: Servidor público, mesmo que afastado de sua função (férias, licença) pode praticar crime de abuso de autoridade, se o abuso de autoridade for cometido em virtude de sua função pública, ENTENDIMENTO DO STF.
OBS²: Servidor público exonerado não pode cometer crime de abuso de autoridade, pois esse não possui mais vínculo funcional. 
Informativo 579, do STJ: Depositário judicial, não pratica de crime de abuso de autoridade, pois é pessoa estranha aos quadros da justiça, embora tenha o dever de exercer a função determinada. 
Pode haver coautoria ou participação de um particular no crime de abuso de autoridade?
Sim, desde que ele tenha conhecimento que o autor é funcionário público. 
Art.30 do CP (circunstancias incomunicáveis) 
Mas quando for um elementar do crime ela será comunicável, no caso do funcionário público que pratica abuso de autoridade, se o particular tiver conhecimento dessa situação será comunicável, logo é possível que oparticular seja coator ou participe do crime abuso de autoridade 
Sim, desde que ele tenha conhecimento que o autor é funcionário público
Recurso mnemônico:
CArgo
Função
Emprego
PUB
5. Ação Penal
Os crimes previstos na lei de abuso de autoridade serão de ação penal pública incondicionada. 
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada.      
§ 1º  Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
ATENÇÃO:A antiga lei de abuso de autoridade dispunha que o MP teria 48 horas para oferecer a denuncia, a nova lei não há previsão, então aplica-se o Código processo penal subsidiariamente, que será 5 dias para o réu preso e 15 dias para o réu solto.
6. Sanções
Tríplice sanção: sanção administrativa, civel e penal, sendo estas independentes uma da outra, contudo uma pode afetar a outra. Ex: uma decisão na esfera penal que decide que o fato é inexistente, ou que há uma negativa de autoria ou o agente estava disponha de alguma excludente de ilicitude, fara coisa julgada e o agente não poderá ser responsabilizado em outras esferas. 
 Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis.
Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.
Para enfatizar: 
Só haverá influencia criminal na esfera cível e administrativa, quando se tratar de fato inexistente, negativa de autoria, excludente de ilicitude. 
Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.
Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.( excludentes de ilicitudes)
 A nova lei de abuso de autoridade diferente de sua antecessora, não traz em seus artigos quais são as sanções administrativas (os próprios órgãos administrativos públicos irão dispor de tais sanções) e cíveis. 
6.1. Sanções penais
Todos os crimes da lei de abuso de autoridade são punidos com DETENÇÃO e multa. 
As respectivas penas são de:
· 6 meses a 2 anos IMPO (Infração de menor potencial ofensivo) 
Quais são os crimes de menor potencial ofensivo?
As contravenções e os crimes com a pena máxima não superior a 2 anos, logo será aplicado os institutos despenalizadores, competência do GECRIN
· 1 a 4 anos (infrações de médio potencial ofensivo), competência é da justiça comum. Suspensão condicional do processo.
Obs1: é cabível fiança pelo delegado de polícia;
Obs2: Para todos os crimes de abuso de autoridade cabe sursis processuais. 
OBS: a lei de abuso de autoridade não a casos de aumentou ou qualificadoras. 
	Lei 4.898/95 
	Lei 13.869/19
	*Multa, 
*detenção (10 dias a 6 meses),
*perda do cargo
* inabilitação (até 3 anos)
Pena acessória: proibição de exercer função de natureza policial civil ou militar no município – 1 a 5 anos 
	*Multa
* Detenção 
* Perda do cargo e inabilitação (1 a 5 anos) são efeitos extrapenais da condenação.
* Não há pena acessória 
 
7. Das penas Restritivas de Direitos 
Art. 5º  As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta Lei são:
I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;
II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;
III - (VETADO).
Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.
8. Efeitos da condenação 
Art. 4º São efeitos da condenação:
I - Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos;
II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.
OBS¹: esses efeitos não são automáticos, para que eles sejam aplicados o agente tem que ser reincidente especifico. 
	
	reclusão
	detenção
	
	 Quando é aplicado
	Em casos de condenações mais severas.
	Condenações mais leves.
	Em infrações penais de menor lesividade.
	Regime inicial fechado
	Admite.
	Não admite.
	Não admite.
	Regimes aceitos
	Fechado, semiaberto ou aberto.
	Semiaberto ou aberto.
	Semiaberto ou aberto.
	Local de cumprimento
	Estabelecimentos de segurança máxima ou média.
	Colônias agrícolas, industriais ou similares.
	Em casas de albergado ou estabelecimento adequado.
	Lei
	Lei nº 7.209/1984, Art. 33.
	Lei nº 7.209/1984, Art. 33.
	Lei nº 3.688, Art. 6.
	Exemplos de crimes
	Homicídio doloso, roubo, furto, tráfico de drogas, entre outros.
	Homicídio culposo, dano, lesão corporal culposa, etc.
	Ameaça, prática de jogos de azar, etc.
Prisão simples

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