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CARTÉIS na economia

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CARTÉIS na economia
A união secreta (e ilegal) das empresas PARA DOMINAR O MERCADO
Alice da Silva Monteiro					(RA: 001201500572)
Elton John Melo Pessoa			 		(RA: 001201602918)
Fernanda Verônica do Nascimento 		(RA: 001201601654)
Isabela Teleken da Silva 					(RA: 001201601885)
Luan Martins Alves 						(RA: 001201601079)
Priscila de Paula Leme Conti 			(RA: 001201501344)
	1. INTRODUÇÃO
	A grande infração econômica denominada “cartel” vem acontecendo muito na atualidade. Várias empresas do mesmo ramo de produção tentam se associar com o objetivo de tentar dominar o mercado, o que, de fato, acaba prejudicando a economia e impedindo o acesso do consumidor à livre concorrência. 
	O cartel é um acordo entre os concorrentes. Pode ser tanto implícito quanto explicito, e pode funcionar tanto para a fixação de preços, quanto para a divisão de mercados de atuação; ou, até mesmo, através de uma ação entre os que estão envolvidos. Contribui, também, para que ocorra o aumento nos preços dos produtos e a eliminação da concorrência para obtenção de lucro, prejudicando, assim, a economia e a sociedade que consome e precisa dos produtos. 
	O motivo disto acontecer é que os agentes econômicos que deveriam simplesmente competir entre si, acabam estabelecendo entre si acordos de cooperação que afetam a eficiência do mercado. Como consequência o mercado fica desequilibrado e deixa de funcionar, uma vez que os preços dos produtos e as quantidades oferecidas pelas empresas do participantes do cartel deixam de ser determinadas pelo ponto de equilíbrio entre oferta e demanda. Desta maneira, implica em preços altíssimos e uma menor produção comparados ao da concorrência. 
2. QUANDO SURGIRAM?
	Após a Grande Depressão capitalista, as empresas e as indústrias passaram a concentrar capital e formar os grandes monopólios.
	Com a formação dos monopólios, a concorrência entre as empresas deixou de existir acirradamente como antes. No lugar das grandes concorrências, começaram a surgir grupos de empresários, chamados de cartéis.
	3. CARTÉIS NA ECONOMIA
	Cartel são formações de grupos de empresários do mesmo ramo de produção, com o objetivo de dominar o mercado e disciplinar a concorrência. As partes entram em acordo sobre um preço que fica uniformizado, e que geralmente é um valor alto.
	Esta cooperação é conhecida na economia como um "conluio". 
	Do contrário, seria possível que mais empresas atuassem no mercado gerando um efeito que incentivasse mais a produção e a redução dos preços.
4. OBJETIVOS DO CARTEL ECONÔMICO
	O objetivo é aumentar a renda dos membros individuais e reduzir a concorrência, fixando preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de mercados de atuação ou, por meio da ação coordenada entre os participantes, eliminar a concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros.
5. CARTÉIS PÚBLICOS E PRIVADOS
	Cartéis privados são distintos dos públicos. Na modalidade pública o governo está envolvido em fazer cumprir o acordo e a soberania dos envolvidos. Os privados estão sujeitos à obrigação legal sob as antitrustes das leis encontradas em quase todas as nações do mundo. O propósito das modalidades privadas é beneficiar apenas os indivíduos que a constituem o esquema. Já os tipos públicos em tese trabalham para trazer benefícios para a população. 
6. INSUSTENTABILIDADE AO LONGO PRAZO
	A “teoria dos jogos” sugere que os cartéis são instáveis. Cada membro seria capaz de produzir mais lucro por quebrar o acordo (produzindo uma quantidade maior ou vendendo a preço menor do que o acordado). No entanto, se todos os membros quebrarem termos acordados a situação pode ficar pior!
	
	Na prática, o incentivo para trapacear explica a razão dos cartéis terem pouco sustento ao longo prazo. Estudos empíricos do século XX determinam que eles possam durar entre cinco a oito anos. Há fatores que afetam a capacidade das empresas em monitorar cartéis:
- Número de empresas na indústria
- Características dos produtos vendidos
- Custos de produção de cada membro ou unidade
- Comportamento da demanda
- Frequência de vendas e características
7. CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS
	Em geral, os cartéis têm quatro características: divisão territorial dos mercados, controle das matérias-primas, determinação do volume de produção e equiparação dos preços de venda.
	Cartéis que vendem produtos homogêneos são mais estáveis do que os vendedores de produções diferenciadas. Em vez disso, se os produtos são diferenciados, as mudanças na quantidade vendida por um membro pode ocorrer por causa das modificações nas preferências dos consumidores ou da demanda. 
8. CUSTOS DE PRODUÇÃO
	Estruturas de cartel com custos semelhantes auxiliam em coordenar algo útil, levando em conta que os comportamentos parecidos podem maximizar em matéria de preço e saída de produtos.
	Em vez disso, se as empresas têm esquemas distintos de custos acontece processo de maximização diferente – um incentivo para a falta de controle dos valores pagos e cobrados com relação à quantidade produzida.
	Mudanças na estrutura de custos (por exemplo, quando a empresa introduz nova tecnologia) também fornecem vantagens sobre os rivais, fazendo a coordenação e a sustentabilidade acontecer com maior dificuldade.
	
9. COMPORTAMENTO DA DEMANDA
	O comportamento da demanda está atrelado a Elasticidade da demanda. 
	Mercado competitivo: se as firmas individualmente reduzem a produção, a quantidade da indústria praticamente não se altera e o preço sobe muito pouco: a firma perde receita. Se todas reduzem a produção, o preço de mercado sobe
	Para que o cartel seja bem-sucedido a demanda total não pode ser muito elástica ao preço. 
	Caso a indústria seja caracterizada por demanda variável (ou seja, procura com flutuações cíclicas) é mais difícil para as empresas do cartel detectar mudança no volume de vendas devido à flutuação demandada ou à “trapaça no jogo” por outros membros do grupo de empresários. Portanto, no mercado com altas flutuações o monitoramento se torna difícil e os cartéis menos estáveis.
	No chamado “Cartel Perfeito”, os oligopolistas se comportam como se fossem uma única empresa – a chamada “solução de monopólio”. Com isso, o preço será́ maior que o custo marginal, e as empresas oligopolistas terão lucro econômico, como no caso dos monopolista.
	Ao atuar de forma cooperativa, os oligopolistas conseguem aumentar seus ganhos de monopólio, reduzindo a quantidade ofertada e aumentando os preços de mercado. No entanto, como no caso concorrencial, cada empresa individual em um oligopólio pode aumentar sua receita ao vender uma quantidade maior que a determinada por um cartel. Mas, ao aumentar sua oferta, o preço de mercado cai, reduzindo os ganhos de todas as empresas do mercado.
10. Exemplos DE EMPRESAS QUE FAZEM “JUS” AO CARTEL
OPEP – Organização Dos Países Portadores de Petróleo
POSTOS DE GASOLINA 
Os membros podem concordar entre questões como:
Fixação de Preços
Produção total da indústria
Quotas de mercado
Alocação de clientes
Alocação de territórios
Licitações
Criação de agências comuns de vendas
Divisão de lucros
**CADE**
	“CADE” é a sigla do CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA, ele é uma autarquia criada em 1962 no governo de João Goulart. A sua criação, foi feita com o objetivo de combater o crime contra a economia popular e realizar a fiscalização dos preços no período que houve congelamento, devido o aumento da inflação.
	No ano de 2011, outra lei atribuiu mais poderes de atuação ao CADE obrigando todas as empresas que fossem passar por fusão, compra, investimentos, joint ventures e etc. a passar por uma avaliação prévia do CADE para verificar se a nova empresa irá afetar o mercado negativamente.
Atuação do CADE na Economia brasileira
	Atualmente, o CADE realiza algumas fiscalizações em empresas de grande porte e que possuem uma boa porcentagem no mercado.
	Para isso, o CADE se divide em três órgãos que são responsáveis por um tipo específico de fiscalização. Os quais são:
	“Departamentode Estudos Econômicos” - Este órgão é responsável pelas análises que irão demonstrar se há concentração de mercado em uma determinada empresa.
	“Tribunal Administrativo de Defesa Econômica” - Responsável pelos julgamentos dos processos que são destacados pelo CADE.
	“Superintendência Geral” - O último órgão, é responsável pela aplicação dos processos e o seu controle
casos famosos
“Caso da Breja”: Quando as marcas Antártica e  Brahma anunciaram a fusão, o CADE em análise do processo decidiu que para ser concluída a fusão as empresas teriam que vender uma de suas marcas, a Bavária.
 ”Caso dos Dentes”: a compra da Kolynos Brasil pela Colgate-Palmolive iria criar uma “super empresa” com o total de 79% de todo o mercado de higiene bucal. Após análise do CADE a empresa teve que parar de vender a marca Kolynos no país.
“Caso do Gás”: Em 2017, duas empresas eram investigadas por formação de conluio no fornecimento de gás de cozinha (Ultragaz e Liquigás). O resultado foi o pagamento de multas que somavam R$ 67 milhões:
11. CONCLUSÃO
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.coladaweb.com/geografia/cartel-truste-e-holding 
https://economia.culturamix.com/negocios/o-que-e-cartel-na-economia
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/carteis-trustes-e-holdings.htm 
http://www.cade.gov.br/@@search?Subject%3Alist=Economia%20Brasileira
https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,liquigas-e-ultragaz-terao-de-pagar-multas-milionarias-para-encerrar-investigacao-sobre-cartel,70001972383
https://maisretorno.com/blog/termos/c/cade-conselho-administrativo-de-defesa-economica

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