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L1160_15509

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Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE I 
 
EMPRESA RESPONSÁVEL PELO EMPREENDIMENTO 
 
Razão Social: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte. 
Representante 
Legal: 
Romildo Veloso E Silva 
Endereço: Av. Das Nações, S/N. Bairro: Centro E-mail: 
CEP: 
CNPJ: 
68390-000 
22.980.643/0001-81 
Telefone e Fax: 
(94) 3434-1212 
(94) 3434-1289 
 
EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELO PROJETO EXECUTIVO 
 
TERRA MEIO AMBIENTE 
Razão social: 
CNPJ: 
CTDAM: 
TERRA Ltda. 
04.015.340/0001-47 
1114 
Diretores: Tony Carlos Dias da Costa 
Endereço: Av. Governador José Malcher, 2306, 3º Andar – São Brás – CEP: 66.060 – 232. Belém-PA. 
Tel./Fax: (91) 3212 0294 
E-mail: terra@ambienteterra.com.br; Site: www.ambienteterra.com.br 
 
ESTA EQUIPE PARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO 
E RESPONSABILIZA-SE TECNICAMENTE POR SUAS RESPECTIVAS ÁREAS 
 
EQUIPE TÉCNICA 
 
Profissional Formação 
Registro 
Conselho (Crea-Pa) 
Coordenação Geral 
Tony Carlos Dias da Costa 
Geólogo 
Msc. Geologia de Engenharia 
Dr. Geociências 
10.643 D/PA 
Equipe técnica responsável pelo projeto hidráulico 
Neyson Martins Mendonça 
Eng. Sanitarista 
Msc. Hidráulica e Saneamento (USP) 
Dr. Hidráulica e Saneamento (USP) 
16.254 D/PA 
Bruno José Costa da Cunha 
Eng. Sanitarista e Ambiental 
Mestrando em Saneamento (UFPA) 
1514622840 
Cleyton Eduardo Costa Ferreira 
Graduando do curso de Engenharia 
Sanitária e Ambiental (UFPA) 
--- 
Equipe técnica responsável pelo projeto estrutural 
Sandoval José Rodrigues Júnior 
Engenheiro Civil 
Msc. e Dr. Engenharia Civil 
7136-D 
mailto:terra@ambienteterra.com.br
http://www.ambienteterra.com.br/
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE II 
 
Erickson do Carmo Silva Engenheiro Civil 151.626.512-2D/PA 
Equipe técnica responsável pelo projeto da fundação 
Júlio Augusto de Alencar Júnior 
Engenheiro Civil 
Msc e Dr. Engenharia civil 
4866-D/PA 
Equipe técnica responsável pelo projeto da elétrico 
Alonso Edler Ferreira de Almeida 
Lins 
Engenheiro Elétrico 1501763490/PA 
Equipe técnica responsável pelo orçamento 
José Mauro Sodré de Lima Engenheiro Civil 11019-D/PA 
Equipe técnica de Geoprocessamento 
Denis Pinheiro da Silva 
Técnico Geodesia Cartografia 
Engenheiro Agrônomo 
1516767292-PA 
 
PRODUÇÃO GRÁFICA Terra Meio Ambiente 
 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE III 
 
SUMÁRIO 
 
LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................................................ VII 
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................................................. IX 
LISTA DE QUADROS ............................................................................................................................................... X 
1. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................. 1 
2. CARACTERISTICAS DO MUNICIPIO DE OURILÂNDIA DO NORTE ................................................................... 2 
3. DESCRIÇÃO DO SISTEMA EXISTENTE ............................................................................................................... 3 
4. MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................................................................. 10 
4.1. DESCRIÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO ............................................................................................... 10 
4.2. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DO SISTEMA PROPOSTO ...................................................................... 13 
4.2.1. Captação de Água Bruta ..................................................................................................................................... 14 
4.2.2. Estação Elevatória De Água Bruta (EE-01) ......................................................................................................... 16 
4.3.3. Adutora De Água Bruta ....................................................................................................................................... 17 
4.2.4. Estação De Tratamento De Água ....................................................................................................................... 22 
4.2.5. Estação Elevatória De Água Filtrada .................................................................................................................. 27 
4.2.6. Reservatório Inferior Apoiado (RIA) ................................................................................................................... 27 
4.2.7. Reservatório Superior (REL) ................................................................................................................................ 28 
4.2.8. Casa de Química .................................................................................................................................................. 28 
4.2.9. Unidade De Gerenciamento De Lodo ................................................................................................................ 32 
5. MEMORIAL DE CÁLCULO ................................................................................................................................ 39 
5.1. ESTIMATIVA DAS VAZÕES A SEREM CONDUZIDAS NO SAAP DE OURILÂNDIA ................................. 39 
5.1.1. Elementos De Projeto Para Estimativa Das Vazões – Saap De Ourilândia Do Norte .................... ................. 39 
5.2. ELEMENTOS DE PROJETO DA CAPTAÇÃO DE ÁGUA BRUTA (CAP) ................................................... 41 
5.2.1. Descrição da Localização Da Estação Elevatória De Água Bruta (EE-01) ......................................................... 41 
5.2.2. Elementos de Projeto Da EE-01 ......................................................................................................................... 41 
5.2.3. Determinação das Vazões Da EE-01 .................................................................................................................. 42 
5.2.4. Seleção do Conjunto Moto Bomba da EE-01 .................................................................................................... 42 
5.3. ELEMENTOS DE PROJETO DA ADUTORA DE ÁGUA BRUTA (AAB) .................................................... 48 
5.3.1. Velocidades operacionais na adutora de água bruta ....................................................................................... 48 
5.3.2. Assentamento da adutora .................................................................................................................................. 48 
5.4. ELEMENTOS DE PROJETO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA) ..................................... 50 
5.4.1. Unidade de mistura rápida ................................................................................................................................. 50 
5.4.2. Unidade de floculação da ETA ............................................................................................................................ 54 
5.4.3. Unidade de decantação laminar da ETA............................................................................................................ 57 
 
 Projeto: Readequação de projetoexecutivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE IV 
 
5.4.4. Unidade de filtração da ETA ............................................................................................................................... 60 
5.4.5. Cloração da ETA .................................................................................................................................................. 64 
5.5. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA FILTRADA (EE-02) ......................................................................... 65 
5.5.1. Descrição da localização da EE-02 .................................................................................................................... 65 
5.5.2. Elementos de projeto da EE-02 ........................................................................................................................ 65 
5.5.3. Determinação das vazões da EE-02 ................................................................................................................. 66 
5.5.4. Seleção do conjunto moto bomba da EE-02 ................................................................................................... 66 
5.6. ELEMENTOS DE PROJETO DA RESERVAÇÃO .................................................................................... 72 
5.6.1. Elementos de projeto para dimensionamento do reservatório do saap: ..................................................... 72 
5.6.2. Demanda de água do saap de ourilândia do norte ......................................................................................... 72 
5.6.3. Determinação do volume de reservação do saap de ourilândia do norte .................................................... 73 
5.7. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ÁGUA TRATADA ..................................................................................... 76 
5.7.1. Descrição da localização da estação elevatória de água tratada (EE-03) ........................................................ 76 
5.7.2. Elementos de projeto da EE-03 ......................................................................................................................... 76 
5.7.3. Determinação das vazões da EE-03 ................................................................................................................... 77 
5.7.4. Seleção do conjunto moto bomba da EE-03 ..................................................................................................... 78 
5.8. ELEMENTOS DE PROJETO DA UNIDADE DE GERENCIAMENTO DE LODO (UGL) .............................. 83 
5.8.1. ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE LODO DE FUNDO E SOBRENADANTES DOS RESERVATÓRIOS DE LODO ............ 83 
5.9. DETERMINAÇÃO DE VAZÃO DAS BOMBAS DOSADORAS DOS REAGENTES ...................................... 91 
5.10. UNIDADE DE TRATAMENTO DE LODO ........................................................................................... 93 
5.10.1. Produção de lodo ........................................................................................................................ 93 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................................... 96 
7. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA .............................................................................................................................. 98 
7.1. ESPECIFICAÇÃO PARA EXECUÇÃO DE OBRA DO SAAP DE OURILÂNDIA ........................................... 98 
7.2. INSTALAÇÃO DO CANTEIRO E SERVIÇOS PRELIMINARES ................................................................. 99 
7.2.1. Generalidades ..................................................................................................................................................... 99 
7.2.2. Equipamentos ..................................................................................................................................................... 99 
7.2.3. Segurança ............................................................................................................................................................ 99 
7.2.4. Regulamento interno .......................................................................................................................................... 99 
7.2.5. Seguro .................................................................................................................................................................. 99 
7.2.6. Manutenção ......................................................................................................................................................100 
7.2.7. Retirada das instalações ...................................................................................................................................100 
7.2.8. Segurança do trabalho nas atividades de construção civil .............................................................................100 
7.2.9. Construção do escritório de obras e almoxarifado .........................................................................................100 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE V 
 
7.2.10. Controles topográficos e geológicos / geotécnicos ......................................................................................100 
7.2.11. Custos de serviços ...........................................................................................................................................101 
7.2.12. Placas indicativas das obras ............................................................................................................................101 
7.2.13. Luminárias de sinalização e placas de sinalização .........................................................................................101 
7.2.14. Passadiços para veículos e pedestres ............................................................................................................101 
7.3. LOCALIZAÇÃO DAS OBRAS ............................................................................................................. 101 
7.4. DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS ............................................................................................................ 101 
7.5. PROVIDÊNCIAS RELATIVAS AO TRÂNSITO ...................................................................................... 103 
7.6. TUBOS, PEÇAS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS DE FERRO FUNDIDO DÚCTIL ....................................... 104 
7.7. TUBOS, PEÇAS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS DE PVC ........................................................................ 130 
7.8. TUBOS, PEÇAS, CONEXÕES E ACESSÓRIOS DE PRFV ...................................................................... 135 
7.9. SISTEMA PARA ANÁLISE DE pH, SÓLIDOS SUSPENSOS, TURBIDIMETRO E CONDUTIVIDADE PARA 
ÁGUA BRUTA ........................................................................................................................................ 142 
7.10. SISTEMA PARA ANÁLISE DE pH, SÓLIDOS SUSPENSOS, TURBIDIMETRO E CONDUTIVIDADE PARA 
ÁGUA TRATADA .................................................................................................................................... 149 
7.11. SISTEMA PARA ANÁLISE DE CLORO RESIDUAL LIVRE ................................................................... 156 
7.12. SISTEMA PARA ANÁLISE DE FLÚOR .............................................................................................. 160 
7.13. KIT DE PREPARO DE HIPOCLORITO DE SÓDIO E DE CARBONATO DE SÓDIO .................................. 165 
7.14. MEDIDOR DE VAZÃO ELETROMAGNÉTICO COM CONEXÃO FLANGEADA DN 100A 300 MM .......... 166 
7.15. TRANSMISSOR DE NÍVEL ULTRASSONICO ...................................................................................... 170 
7.16. FUNDO DE FILTRO TIPO “MIKE” ................................................................................................... 175 
7.17. LEITO FILTRANTE DOS FILTROS DA UNIDADE DE FILTRAÇÃO ETA OURILÂNDIA .......................... 176 
7.18. COMPORTA DE BLOQUEIO DE PAREDE COM ACIONADOR ELÉTRICO PARA A UNIDADE DE 
CAPTAÇÃO DE ÁGUA BRUTA ................................................................................................................. 178 
7.19. GUARDA-CORPO EM PLÁSTICO REFORÇADO COM FIBRA DE VIDRO (PRFV) ............................... 182 
7.20. CALHA COM VERTEDORES TRIANGULARES MÓVEIS EM PRFV PARA DECANTADOR ................... 184 
7.21. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA CONJUNTOS MOTO-BOMBAS .................................................... 185 
7.21.1. Características técnicas ...................................................................................................................................186 
7.21.2. Informações técnicas a serem fornecidas pelo fornecedor .........................................................................190 
7.21.3. Ee-01, ee-02 e ee-03 - condições de trabalho, curva e dimensional...........................................................191 
7.22. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA LAMELAS DO DECANTADOR ...................................................... 195 
7.23. COMPORTA DE BLOQUEIO DE PAREDE COM ACIONADOR ELÉTRICO.......................................... 197 
7.24. MISTURADOR DE LODO ............................................................................................................... 202 
7.25. UNIDADE DO ADENSADOR MECÂNICO ROTATIVO ...................................................................... 204 
7.25.1. Aplicação e local de instalação .......................................................................................................................204 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE VI 
 
7.25.2. Características gerais exigidas ........................................................................................................................204 
7.25.3. Características técnicas ...................................................................................................................................205 
7.25.4. Informações técnicas a serem fornecidas pelo fornecedor .........................................................................206 
7.26. UNIDADE DE DESAGUAMENTO DE LODO DECANTER CENTRIFUGA ............................................ 209 
7.26.1. Aplicação .........................................................................................................................................................209 
7.26.2. Local de instalação ..........................................................................................................................................209 
7.26.3. Características gerais exigidas ........................................................................................................................209 
7.26.4. Características técnicas ...................................................................................................................................210 
7.26.5. Informações técnicas a serem fornecidas pelo fornecedor .........................................................................211 
7.27. IMPERMEABILIZAÇÃO DE ESTRUTURAS EM CONCRETO.............................................................. 215 
8. LISTA DE PEÇAS GRÁFICAS DO PROJETO HIDRÁULICO ............................................................................. 217 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE VII 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Estrutura de concreto da captação de água superficial do rio Água Claras ................. 5 
Figura 2: Armação das ferragens da unidade de captação de água bruta ................................... 5 
Figura 3: Estrutura de concreto do módulo de tratamento de água ........................................... 6 
Figura 4: Registro fotográfico da área externa do reservatório inferior apoiado ........................ 6 
Figura 5: Registro fotográfico do interior do reservatório inferior apoiado ................................ 7 
Figura 6: Casa de bombas da estação elevatória de água tratada ............................................... 7 
Figura 7: Edifício de desidratação de lodo ..................................................................................... 8 
Figura 8: Casa de química e laboratório ......................................................................................... 8 
Figura 9: Portaria da estação de tratamento de água de Ourilândia ........................................... 8 
Figura 10: Localização em detalhes das unidades componentes da ETA Ourilândia do Norte. ..... 11 
Figura 11: Mapa de localização das unidades do SAAP de Ourilândia do Norte ....................... 12 
Figura 12: Fluxograma hídrico e de automação proposto para a ETA Ourilândia. .................... 14 
Figura 13: Tomada de água superficial do rio água claras .......................................................... 15 
Figura 14: Corte do sistema de captação de água bruta ............................................................. 15 
Figura 15: Mapa de identificação dos tipos de tubos e localização da adutora de água bruta do 
SAAP do município de Ourilândia do Norte. ................................................................................ 19 
Figura 16: Planta baixa da calha Parshall componente da unidade de mistura rápida. ............ 23 
Figura 17: Perfil do floculador mecanizado ETA Ourilândia ........................................................ 24 
Figura 18: Perfil do decantador laminar da ETA Ourilândia ........................................................ 25 
Figura 19: Perfil da unidade de filtração da ETA Ourilândia ........................................................ 27 
Figura 20: Planta superior do reservatório elevado do SAAP de Ourilândia do Norte .............. 28 
Figura 21: Planta baixa casa de química ETA Ourilândia do Norte ............................................. 29 
Figura 22: Vista superior dos tanques de acumulação de água de lavagem dos filtros e do lodo 
dos decantadores .......................................................................................................................... 35 
Figura 23: Perfil da unidade de adensamento mecânico rotativo e desaguamento de lodo ... 36 
Figura 24: Perfil da unidade de desidratação de lodo. ................................................................ 37 
Figura 25: Curva de crescimento populacional e demandas de vazões para Ourilândia do 
Norte (PA) relativas ao período de 2010 a 2030. ........................................................................ 40 
Figura 26: Equipamento de bombeamento para EE-01 para atender a 1ªETAPA e 2ªETAPA. . 45 
Figura 27: Determinação dos pontos operacionais do CMB da EE-01 (1ªETAPA e 2ªETAPA) em 
função da potência e energia especifica. ..................................................................................... 46 
Figura 28: Dimensional do CMB da EE-01 (1ªETAPA e 2ªETAPA) para captação de água bruta. .... 47 
Figura 29: Perfil do solo e da adutora de água bruta trecho 1. .................................................. 49 
Figura 30: Perfil do solo e da adutora de água bruta trecho 2. ..................................................49 
Figura 31: Detalhes Calha parshall de 6” e vazão máxima de 110 l/s......................................... 53 
Figura 32: Perfil do floculador mecanizado ETA Ourilândia ........................................................ 57 
Figura 33: Corte unidade de decantação ETA Ourilândia ............................................................ 60 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE VIII 
 
Figura 34: Planta baixa de fundo de filtro tipo "Mike" ................................................................ 63 
Figura 35: Equipamento de bombeamento para EE-02 para atender a 1ªETAPA e 2ªETAPA. . 69 
Figura 36: Determinação dos pontos operacionais do CMB da EE-02 (1ªETAPA e 2ªETAPA) em 
função da potência e energia especifica. ..................................................................................... 70 
Figura 37: Dimensional do CMB da EE-02 (1ªETAPA e 2ªETAPA) para recalque da água filtrada. .. 71 
Figura 38: Curva e especificações técnicas do conjunto moto-bomba selecionado ................. 81 
Figura 39: Desenho técnico do CMB selecionado ....................................................................... 82 
Figura 40: Equipamento de bombeamento para EE-04 e EE-05 para atender bombeamento de 
água decantada nos tanques de recebimento da descarga dos decantadores (EE-04) e filtros (EE-
05)................................................................................................................................................................. 87 
Figura 41: Determinação dos pontos operacionais do CMB da EE-04 em função da potência e 
energia especifica. ......................................................................................................................... 88 
Figura 42: Determinação dos pontos operacionais do CMB da EE-05 em função da potência e 
energia especifica. ......................................................................................................................... 89 
Figura 43: Dimensional do CMB da EE-02 (1ªETAPA e 2ªETAPA) para captação de água bruta. .... 90 
Figura 44: Vista em 3D do adensador mecanizado ..................................................................... 95 
Figura 45: Vista frontal decanter centrifugo ................................................................................ 95 
Figura 46: Recomendações de instalação de tubo flameado e conexões com bolsa nas 
unidades da ETA Prefeitura de Ourilândia. ................................................................................ 109 
Figura 47: Recomendações de estocagem de tubos da obra. .................................................. 133 
Figura 48. Recomendações de estocagem de tubos da obra de modernização da ETA 
Prefeitura de Ourilândia. ............................................................................................................. 138 
Figura 49: Equipamento de bombeamento para EE-01 para atender a 1ªETAPA e 2ªETAPA. 192 
Figura 50: Determinação dos pontos operacionais do CMB da EE-02 (1ªETAPA e 2ªETAPA) em 
função da potência e energia especifica. ................................................................................... 193 
Figura 51: Determinação dos pontos operacionais do CMB da EE-04 e EE-05 em função da 
potência e energia especifica. .................................................................................................... 194 
Figura 52: Misturador de lodo do reservatório de água de retrolavagem ............................... 203 
Figura 53: Misturador do reservatório de lodo do decantador e tanque de lodo adensado ............ 204 
Figura 54: Perfil do adensador mecânico rotativo ..................................................................... 204 
Figura 55: Detalhamento da unidade de desaguamento centrífugo decanter ........................ 209 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE IX 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Dimensões e capacidades hidráulicas de calha parshall ............................................. 50 
Tabela 2: Valores de k e n ............................................................................................................. 50 
Tabela 3: Potência aplicada e RPM obtidos com a variação de gradientes desejados .............. 56 
Tabela 4: Parâmetros de projeto e características do leito filtrante do filtro ETA Ourilândia. . 61 
Tabela 5: Determinação de variáveis hidráulicas durante a lavagem do filtro .......................... 62 
Tabela 6: Calculo de vazão e volume de água de retrolavagem ................................................. 63 
Tabela 7: Determinação de vazão de dosador e consumo de cloro na ETA Ourilândia ............ 65 
Tabela 8: Determinação da vazão de bomba dosadora de produtos químicos ......................... 92 
Tabela 9: Dimensões e massas em função do diâmetro da tubulação – PRFV. ....................... 142 
 
 
 
 
 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE X 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1: Unidades componentes do SAAP a serem implantados em 2017 (1° etapa) e 2030 (2° etapa).10 
Quadro 2: Coordenadas geográficas das unidades do SAAP de Ourilândia do Norte ............... 11 
Quadro 3: Vazões média e máxima da EE-01 do SAAP da cidade de Ourilândia do Norte (PA).16 
Quadro 4: Informações sobre a adutora de água bruta .............................................................. 17 
Quadro 5: Estimativa da produção de lodo da ETA Ourilândia do Norte (PA) ........................... 33 
Quadro 6: Vazões média e máxima da EE-01 do SAAP da cidade de Ourilândia do Norte (PA).42 
Quadro 7: Peças no barrilete do conjunto moto-bomba da elevatória de EE-01. ..................... 42 
Quadro 8: Peças da linha de recalque do conjunto moto-bomba da elevatória da de EE-01. . 43 
Quadro 9: Determinação da perda de carga localizada, distribuída e vazão em função da vazão 
EE-01. ............................................................................................................................................. 43 
Quadro 10: Resumo das condições hidráulicas da EE-01 do SAAP de Ourilândia do Norte (PA). ........ 44 
Quadro 11: Velocidades de operação da adutora de água bruta do SAAP de Ourilândia ........ 48 
Quadro 12: Vazões da EE-02 do SAAP de Ourilândia do Norte (PA). .......................................... 66 
Quadro 13: Peças no barrilete do conjunto moto-bomba da elevatória de EE-02. .................. 67 
Quadro 14.Peças da linha de recalque do conjunto moto-bomba da elevatória da de EE-02. 67 
Quadro 15: Determinação da perda de carga localizada, distribuída e vazão em função da 
vazão EE-02. ................................................................................................................................... 67 
Quadro 16: Resumo das condições hidráulicas da EE-02 do SAAP de Ourilândia do Norte (PA). ........ 68 
Quadro 17: Diâmetro da tubulação de descarga de fundo do reservatório superior. .............. 75 
Quadro 18: Vazões da EE-03 do SAAP de Ourilândia do Norte (PA). .......................................... 77 
Quadro 19: Peças na sucção do conjunto moto-bomba da elevatória de EE-03. ...................... 78 
Quadro 20: Peças da linha de recalque do conjunto moto-bomba da elevatória da de EE-03. 78 
Quadro 21: Determinação da perda de carga localizada, distribuída e vazão em função da 
vazão EE-03.................................................................................................................................... 78 
Quadro 22: Determinação de NPSH disponível ........................................................................... 79 
Quadro 23: Resumo das condições hidráulicas da EE-03 do SAAP de Ourilândia do Norte (PA) ......... 80 
Quadro 24: Valores de vazões dá água decantada nos tanques de recebimento da descarga 
dos decantadores (EE-04) e filtros (EE-05). .................................................................................. 84 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE XI 
 
Quadro 25: Peças no barrilete e linha de recalque do conjunto moto-bomba da elevatória de 
EE-04 e EE-05. ................................................................................................................................ 84 
Quadro 26: Determinação da perda de carga localizada, distribuída em função da vazão EE-04. ...... 85 
Quadro 27: Determinação da perda de carga localizada, distribuída em função da vazão EE-05. ...... 85 
Quadro 28: Resumo das condições hidráulicas da EE-04 e EE-05. ............................................. 86 
Quadro 29: Estimativa da produção de lodo da ETA Ourilândia do Norte (PA). ........................ 94 
Quadro 30: Determinação do número de parafusos por tubulação ........................................ 105 
Quadro 31: Dimensões de arruelas em função do diâmetro da tubulação – Ferro Fundido. 106 
Quadro 32: Resumo dos pontos operacionais do CMB da EE-01 a EE-05. ............................... 191 
Quadro 33: Resumo dos pontos operacionais do CMB da EE-01 a EE-05. ............................... 203 
Quadro 34: Especificação técnica adensador mecanizado ....................................................... 206 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE 1 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
O presente documento, intitulado Memorial descritivo e de cálculo tem como 
objeto: READEQUAÇÃO, COM REDUÇÃO DE METAS, DO PROJETO EXECUTIVO DO SISTEMA DE 
ABSTECIMENTO DE ÁGUA DO MUNICÍPIO DE OURILÂNDIA DO NORTE. Tal projeto, foi 
elaborado com base em projeto, pré-existente, elaborado pela ENTEP Consultoria, 
Gerenciamento e Serviços em 2008, compreendendo sua adequação, revisão e 
complementação. Para sua elaboração tomou-se como base os seguintes documentos e 
informações principais: 
 
• Projeto básico do sistema de abastecimento de água existente (SAA); 
• Levantamentos topográficos da área de captação, adutora e ETA; 
• Relatório do projeto básico do sistema de abastecimento de água de Ourilândia do 
Norte (ID: 0831-RT-01-X-0001-00-V1); 
• Peças gráficas do projeto básico elaborado pela ENTEP. 
 
Apresenta-se, na sequência, o Projeto Executivo do Sistema de Abastecimento de 
Água Potável de Ourilândia do Norte – PA, que compreende basicamente em 2 etapas, 
conforme apresentado: 
 
Etapa 1 (2017): Construção da tomada d’água e finalização da estrutura de captação de água 
superficial do Rio Águas Claras para atender vazão de 65,4 l/s (1° etapa), finalização do 
assentamento de 1.114,40 m de tubulação em FoFo da adutora de água bruta, construção da 
ETA (1 unidade de coagulação e floculação, 1 unidade de decantação com dois módulos, 2 
unidades de filtração), 1 estação elevatória de água filtrada (1+1), 1 reservatório inferior 
apoiado de 1500 m³, 1 estação elevatória de água tratada (1+1), 1 reservatório superior de 
água tratada de 210 m³, unidade de tratamento de lodo e casa de química. 
 
Etapa 2 (2030): Ampliação da unidade de tratamento existente em mais 25,6 l/s, totalizando 
uma vazão de captação de 91 l/s. Tal ampliação envolve a instalação de mais um conjunto 
moto-bomba na captação de água bruta, na construção de um decantador com dois módulos 
de decantação, duas unidades de filtração e 1 reservatório inferior apoiado de 1500 m³. 
 
A seguir são apresentados os elementos considerados para o dimensionamento do sistema e 
todas as demais descrições relativas ao sistema projetado. 
 
 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE 2 
 
2. CARACTERISTICAS DO MUNICIPIO DE OURILÂNDIA DO NORTE 
 
• Extensão Territorial (Km²): 14.410,567 
• População: 27.360 habitantes (IBGE/ contagem 2010); População urbana: 19.913 hab; 
População rural: 7.447 hab. 
• Densidade: 1,90 hab./km² 
• Altitude: 300 metros acima do nível do mar. 
• Fuso horário: UTC -3:00 (America/Santarem) 
• IDH: 0,699 (FAMEP/2000) 
• Distância até a capital: 654,54 km 
• Relevo: Depressão Araguaia-Tocantins. Essa unidade de relevo representa a união das 
depressões abertas pelas drenagens dos rios Araguaia e Tocantins. 
• Localização Geográfica: Mesorregião do Sudeste Paraense -Microrregião de São Félix do Xingu. 
O município localiza-se nas coordenadas 6°45’00.12’’S e 51°04’32.96”O a uma elevação de 
277 metros possui uma área territorial de 14.410,567 km². Possui 27.359 vinte e sete mim 
trezentos e cinquenta e nove mil habitantes e está a uma altitude de 277metros acima do 
nível do mar. Se situa a 100 km a Sul-Leste de São Félix do Xingu a maior cidade nos 
arredores e 655km da Capital. 
• Formação Geológica: A estrutura geológica do Município é constituída por rochas de idade Pré-
Cambriana, representada pelas seguintes unidades estratigráficas: Complexo Xingu (granitos, 
granodioritos, migmatitos, etc); Grupos Grão- Pará (jospilitos hematílicos, metabasitos, 
formação ferrífera, etc); Formação Rio Fresco, com seu componente Membro Naja (argilitos, 
folhetos, hulha antracítica, etc); Granito Serra dos Carajás (granitos profiríticos com tendência 
alasquítica); Supergrupo Uatamã, com seus vulcanites que constituem as formações Sobreiro 
(andesitos pórfiros) e Iriri (riolitos, ignimbritos etc); Granito Velho Guilherme (Granitos e 
granodioritos portadores de cassiterita) e a Formação Gorotire (arenitos conglomeráticos, 
ortoquartzíticos). Subordinadamente, ocorrem sedimentos inconsolidados do Quaternário 
Recente, ao longo das calhas dos principais cursos d`água. 
• Bacia hidrográfica: O curso d`água de maior importância no Município é o rio Fresco, afluente 
do Xingu pela margem direita. Este rio forma quase a totalidade da bacia hidrográfica do 
Município. Possui afluentes importantes, como os rios Dezoito, Tartaruga, Arraias, Trairão e 
Branco, todos pela margem direita, sendo que este último serve de limite norte com o 
município de Tucumã. Pela margem esquerda, os rios Nhokim, Gocotepru, Dourado, Preto e 
Riozinho, este último, formando o limite oeste com o município de São Félix do Xingu. 
• Clima: O clima, devido à localização do Município, apresenta um caráter de transição, que 
se caracteriza em sua maior parte, por ser tropical quente e sub-seco. A temperatura no 
mês mais quente é de 26,7º C, e no mais frio, 24,9º C, sendo a amplitude térmica de 1,8º 
C. A precipitação pluviométrica é de 1.423 mm/ano. 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE 3 
 
3. DESCRIÇÃO DO SISTEMA EXISTENTE 
 
3.1. JUSTIFICATIVA TÉCNICA DE IMPLANTAÇÃO DO SAAP EM OURILÂNDIA DO NORTE 
 
Em 2011, a Prefeitura Municipal de Ourilândiado Norte (PA) iniciou a implantação do 
sistema de abastecimento de água potável (SAAP), o qual envolveu a realização das etapas de 
captação de água bruta, adução de água bruta, tratamento em ETA tipo Ciclo Completo, 
reservação (apoiada e elevada) e distribuição para atender em 2030 população de cerca 
de 33.079 habitantes, cuja demanda de água potável é de, aproximadamente, 91,0L/s. 
Atualmente o município de Ourilândia do Norte (PA) realiza o abastecimento de água 
por meio de trinta e nove (39) sistemas isolados (captação subterrânea, reservação e 
distribuição) distribuídos no perímetro urbano do município cuja capacidade média, em 
termos de população, é de cerca de 9.685±2.167 hab, correspondendo a vazão de, 
aproximadamente, 34,24±3,87L/s, o que equivale a cerca de 2.739±309 economias e cujo 
percentual de cobertura (% ATP) representa 47,0±5,31%, tais valores foram determinados 
considerando os valores de reservação existentes de 15 m3 a 100 m3, coeficientes de 
hidráulicos de k1=1,2, k2=1,5 e coto per capita(q) = 150 L/hab.d, número de horas de 
funcionamento de 12 a 16 h, perda 30%, número de habitantes por domicilio de 4,0 hab 
(IBGE) e tendo a demanda futura de água para 2030 como referência. 
O cenário ora descrito dos sistemas isolados de abastecimento de água no município 
Ourilândia do Norte (PA), decorrem de problemas operacionais que impactam negativamente 
o fornecimento da água à população, provenientes da intermitência do fornecimento de 
água, volume de água perdida e/ou desperdiçada, variações de zonas de alta e de baixa e 
pressão, fornecimento de energia elétrica, quebra de equipamentos de bombeamento, idade 
da tubulação e etc. 
Diante desse cenário, a Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte (PA) iniciou o 
planejamento de intervenções no SAAP por meio de estudos, projetos e obras em etapas 
cujos valores são os seguintes: 
 
(i) 1ª Etapa (2017) Pop. 23.784 hab, 65,4 L/s, 4.186 economias e 71,87 % ATP; 
(ii) 2ª Etapa (2030) Pop. 33.079 hab, 91 L/s, 5.824 economias e 100 % ATP. 
 
A realização desse projeto de engenharia do SAAP em etapas é interessante, pois 
possibilita evitar elevados investimentos iniciais, além de permitir o ajuste da implantação em 
função do crescimento populacional, permitindo assim que a universalização do 
abastecimento de água potável em municípios brasileiros saía do discurso lúdico e vá para 
o prático. É importante ressaltar, que caso se verifique o crescimento populacional em 
Ourilândia do Norte (PA) o projeto em questão, já prevê que a utilização de área de expansão 
de outro modelo de tratamento e em relação as etapas das unidades de captação, adução de 
água bruta (DN =400 mm, extensão de 9,840 km e capacidade de adução de 95 L/s) , 
transporte (EEAB e EEAT) e adução de água tratada (DN =300 mm, extensão de 100 m e 
capacidade de adução de 124 L/s) as mesmas preveem o atendimento para vazão de final de 
plano (2ªETAPA), enquanto que a reservação apoiada (1.500 m³) irá atender a 1ªETAPA, 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 4 
 
podendo sofre ampliação de igual capacidade e a reservação elevada de 210 m³, irá atender a 
1ª ETAPA e a 2ª ETAPA. 
Ainda, informa-se que o planejamento da Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte 
(PA) em termos da interligação dos sistemas isolados de abastecimento de água com o SAAP, não 
acontecerá de maneira brusca. Num primeiro momento, será realizado a interligação do novo 
sistema produtor de água que irá operar conjuntamente com os sistemas isolados, e a medida 
que o SAAP alcance a capacidade hidráulica de projeto, se procederá com a interrupção e/ou 
desligamento dos sistemas isolados. Essa dinâmica, visa sobretudo, se evitar o menor grau possível 
em termos desabastecimento de água a população e possibilitar as adequações operacionais 
necessárias a funcionamento do SAAP. 
Assim, a proposta do SAAP de Ourilândia do Norte (PA) visa solucionar os problemas 
identificados nesse município proporcionado num horizonte de curto tempo (» 13 anos) o 
atendimento e a ampliação da cobertura do abastecimento de água potável na zona urbana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 5 
 
3.2. UNIDADES PARCIALMENTE CONSTRUÍDAS 
 
Neste item irão ser apresentados alguns registros fotográficos de partes das 
unidades componentes do sistema de abastecimento de água que já foram construídas em 
um primeiro momento de execução do projeto de sistema de abastecimento de água de 
Ourilândia do Norte. 
 
Figura 1: Estrutura de concreto da captação de água superficial do rio Água Claras 
 
 
 
Figura 2: Armação das ferragens da unidade de captação de água bruta 
 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 6 
 
Figura 3: Estrutura de concreto do módulo de tratamento de água 
 
 
Figura 4: Registro fotográfico da área externa do reservatório inferior apoiado 
 
 
 
Piso para apoio dos tanques 
de produtos químico. 
Estrutura da unidade 
de decantação 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 7 
 
Figura 5: Registro fotográfico do interior do reservatório inferior apoiado 
 
 
 
 
Figura 6: Casa de bombas da estação elevatória de água tratada 
 
 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 8 
 
Figura 7: Edifício de desidratação de lodo 
 
 
Figura 8: Casa de química e laboratório 
 
 
Figura 9: Portaria da estação de tratamento de água de Ourilândia 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEMORIAL 
DESCRITIVO 
 
SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE 
ÁGUA POTÁVEL DE OURILÂNDIA DO NORTE
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 10 
 
4. MEMORIAL DESCRITIVO 
 
4.1. DESCRIÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO 
 
O Projeto foi elaborado para atender a população urbana do município de 
Ourilândia do Norte no ano de 2017 com período de alcance de 13 anos (até 2030). Para 
atender a demanda de água, foi adotado uma cota per capita de 150 l/hab.d, totalizando 
uma vazão de captação de 65,4 l/s para início de plano e 91 l/s para final de plano. 
O SAAP de Ourilândia do Norte envolve a captação de água bruta, adutora de água 
bruta, ETA de ciclo completo (coagulação, floculação, decantação, filtração e cloração “in 
line”), reservação (inferior e superior), adutora de água tratada, casa de química, laboratório 
de controle da ETA e unidade de gerenciamento de lodo (UGL). Essas unidades serão 
dimensionadas em duas etapas, descritas no Quadro 1. 
 
Quadro 1: Unidades componentes do SAAP a serem implantados em 2017 (1° etapa) e 2030 (2° etapa).Unidade do SAAP 
2017 (1° etapa) 
Pop: 23.784 hab. 
2030 (2° etapa) 
Pop: 33.079 hab. 
Captação de água 
bruta 
1 unidade: 1 + 1 CMB 
2 + 1 CMB 
---- 
Adutora de água bruta L = 854,40 m em ferro fundido ---- 
ETA – Mistura rápida 1 unidade: Calha Parshall ---- 
ETA - Floculação 
1 unidade com 3 câmaras de 
floculadores mecanizados 
---- 
ETA - Decantadores 
2 unidades: decantador de alta taxa 
lamenar 
2 unidades: decantador de alta 
taxa lamenar 
ETA - Filtros 
2 unidades: filtração rápida com leito 
filtrante (antracito e areia) e fundo de 
filtro com tubos em aço inox 
2 unidades: filtração rápida com 
leito filtrante (antracito e areia) e 
fundo de filtro com tubos em aço 
inox 
ETA – Reservatório 
elevado 
1 unidade de 1500 m³ 1 unidade de 1500 m³ 
ETA – Adutora de água 
tratada 
1 unidade: 1 + 1 CMB 2 + 1 CMB 
ETA – Reservatório 
elevado 
1 unidade: 210 m³ ---- 
Casa de química 1 unidade ---- 
UGL – Reservatórios 
de lodo 
1 unidade: Reservatório de água de 
retrolavagem dos filtros (95 m³) 
1 unidade: Reservatório de lodo do 
decantador (120 m³) 
---- 
UGL – Edifício de 
desidratação 
1 unidade: adensador mecanizado 
1 unidade: centrifuga de lodo 
1 unidade: adensador mecanizado 
1 unidade: centrifuga de lodo 
A localização geográfica de cada unidade componente do sistema de abastecimento 
de água potável do município de Ourilândia do Norte segue no Quadro 2. Ademais, na Figura 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 11 
 
11 e 11 ilustra em detalhes a localização das unidades existentes e projetadas para o sistema 
de abastecimento de água, bem como o mapa com a localização das unidades componentes 
do sistema de abastecimento de água de Ourilândia, além a localização do munícipio na 
região hidrográfica do Xingu. 
 
Quadro 2: Coordenadas geográficas das unidades do SAAP de Ourilândia do Norte 
N° 
IDENTIFICAÇÃO 
UNIDADE DO SISTEMA DE ABSTECIMENTO DE 
ÁGUA 
COORDENADA GEOGRÁFICA 
LONGINTUDE LATITUDE 
P1 Captação de água bruta 51° 4'14.96" 6°50'12.27" 
P2 Tanque de cloro 51° 4'19.35" 6°45'39.05" 
P3 Unidade de mistura rápida 51° 4'20.04" 6°45'39.05" 
P4 Tanques químicos 51° 4'20.43" 6°45'39.18" 
P5 Unidade de floculação 51° 4'20.30" 6°45'38.95" 
P6 Unidade de decantação 51° 4'20.23" 6°45'38.72" 
P7 Unidade de filtração 51° 4'19.97" 6°45'38.79" 
P8 Estação elevatória de água filtrada 51° 4'19.71" 6°45'37.89" 
P9 Reservatório inferior apoiado 51° 4'19.48" 6°45'36.31" 
P10 Estação elevatória de água tratada 51° 4'19.35" 6°45'35.79" 
P11 Reservatório elevado 51° 4'19.12" 6°45'38.17" 
P12 Reservatório de lodo decantador 51° 4'20.04" 6°45'37.49" 
P13 Reservatório de lodo filtro 51° 4'20.07" 6°45'37.62" 
P14 Edifício de desidratação 51° 4'19.58" 6°45'37.62" 
P15 Casa de química/administração 51° 4'19.25" 6°45'38.66" 
P16 Portaria 51° 4'18.77" 6°45'37.19" 
 
Figura 10: Localização em detalhes das unidades componentes da ETA Ourilândia do Norte. 
 
Área total da ETA: 8.588,30 m² 
Perímetro: 400 m 
Rua Paraíba 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 12 
 
Figura 11: Mapa de localização das unidades do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 13 
 
4.2. DESCRIÇÃO DAS UNIDADES DO SISTEMA PROPOSTO 
 
O projeto proposto para efetuar o tratamento da água superficial do rio Águas Claras no 
município de Ourilândia do Norte é do tipo convencional, e terá as seguintes etapas: Captação de 
água bruta; Adutora de água bruta; Coagulação; Floculação; Decantação; Filtração; Desinfecção; 
Estação elevatória de Água Filtrada; Reservatório inferior; Estação Elevatória de Água Tratada e 
Reservatório superior. As unidades de tratamento da ETA Ourilândia foram dimensionadas para 
tratar uma vazão máxima de água bruta, de aproximadamente, 91 L/s durante 20 horas de 
funcionamento, cuja descrição é realizada a seguir: 
 
• Captação de água bruta: recalque de 91 L/s de água bruta superficial para ETA Ourilândia; 
• Adutora: tubulação intercalada entre tubos de PRFV e ferro fundido com, 
aproximadamente, 9.840 metros de extensão e diâmetro nominal de 400 mm; 
• Casa de química: instalação destinada a fazer dosagem dos produtos químicos 
(alcalinizante e desinfetante químico) utilizados no processo de tratamento de água; 
• Mistura rápida: efetua a adição de coagulantes na água bruta, a mistura rápida ocorrerá 
em calha Parshall com garganta de 6” e vazão de até 110,4 L/s; 
• Floculação mecanizado: responsável pela aglomeração de partículas sólidas já coaguladas. 
Tal unidade é provida de três floculadores do tipo turbina, instalados em três câmaras em 
série com regimes (gradientes) de operação diferentes; 
• Decantador: responsável pela sedimentação de partículas floculadas. A unidade é formada 
por placas com 60° de inclinação, fundo cônico e calhas coletoras de água decantada. 
• Filtração: realizada em dois (02) filtros rápidos (1° etapa) de escoamento por gravidade 
com leito de areia e antracito, e coleta em tubos drenantes em aço inox AISI 304; 
• Desinfecção: realizada em tanque de contato com sistema de dosagem por tubulação de 
PVC perfurada com orifícios para aplicação do hipoclorito de sódio (NaClO) e de carbonato 
de cálcio (Na2CO3) para garantir a qualidade microbiológica da água a ser consumida; 
• Estação Elevatória de Água Filtrada (EEAF): efetua o bombeamento da água clorada para o 
reservatório inferior apoiado de concreto; 
• Reservatório inferior apoiado: responsável pelo armazenamento da água tratada em duas 
unidades de 1500 m³, totalizando 3000 m³. 
• Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT): efetua o bombeamento da água tratada do 
reservatório inferior para o reservatório elevado de concreto; 
• Reservatório elevado em concentro: responsável pelo armazenamento de 210 m³ de água 
tratada que será distribuída na rede de abastecimento do município e utilizada para a 
retrolavagem dos filtros. 
• Unidade de Tratamento de lodo: composto por dois reservatórios que irão receber o lodo 
proveniente do decantador e de retrolavagem dos filtros, e um edifício de desidratação 
formado por um adensador mecanizado e centrifuga de lodo. 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
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TERRA MEIO AMBIENTE 14 
 
 
A Figura 10 apresenta o fluxograma hídrico e de automação de equipamentos da 
Estação de Tratamento de Água (ETA) de Ourilândia, para operar sobre o de ciclo completo. 
 
Figura 12: Fluxograma hídrico e de automação proposto para a ETA Ourilândia. 
R
IO
 Á
G
U
A
S
 C
L
A
R
A
S
Tomada
d água 
Adutora de água bruta:
Q Inicial (2017): 65,4 l/s
Q Final (2030): 91,0 l/s
Rede de
Distribuição 
de Ourilândia 
EEAB
Reservatório 
inferior
apoiado
EEAT
SDT
Cor aparente
Turbidez
Condutividade
pH e Temperatura
Adutora de distribuíção:
Q Inicial (2017): 89,2 l/s
Q Final (2030): 124,0 l/s
EEAF
Reser. 
Superior
Cor aparente
Turbidez
Condutividade
Cloro residual
Flúor
pH e Temperatura
PLC - IHM
SOFTWARE DE OPERAÇÃO 
E CONTROLE
PLC
Linha de retrolavagem dos filtros
P
L
C
F
il
tr
o
 1
F
il
tr
o
 2
Decantador 
Floculador 
Mecanizado
Calha 
Parshall
Alcalinizante
Coagulante
Tanques de 
produtos químicos
Medição 
de nível
M
e
d
içã
o
 
d
e
 n
ív
e
l
Casa de química
Flúor
Cloro
Reservatórios de lodo 
do decantador e de 
lavagem dos filt ros
Edifício de 
desidratação de lodo
Unidade de 
Gerenciamento de Lodo
Medidor 
de Vazão
Medidor 
de Vazão
Desinfecção 
e fluoretação
M
ed
iç
ão
 
d
e 
ní
ve
l
PLC
P
L
C
 
 
A seguir, serão descritas das unidades que integram a Estação de Tratamento de 
Água do município de Ourilândia. 
 
4.2.1. Captação de água bruta 
 
A captação será feita diretamente no Rio Água Claras, em ponto afastado, 
aproximadamente, 10 km da malha urbana do município de Ourilândia do Norte, o sistema de 
captação será construído em etapa única para a capacidade de 327,6m³/h, que corresponde a 
vazão máxima que irá operar na 2° etapa do projeto do SAAP de Ourilândia. 
A tomada d’água a ser instalada no curso d’água, será constituída por duas 
tubulações principais, em PEAD, na horizontal com DN de 400 mm, cada ramal possuíra 3 
dutos verticais com DN de 300 mm e a altura irá variar conforme a profundidade do rio. Os 
dutos verticais serão compostos por tubos flangeadas em PRFV com 1 metro de comprimento 
para facilitar a montagem conforme a variação do nível d’água. Na Figura 11 pode-se 
visualizar a tomada d’água definida 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE 15 
 
Figura 13: Tomada de água superficial do rio água claras 
 
 
Cada duto vertical (tomada d’água) possuirá uma membrana geotêxtil em sua 
extremidade, visando a retenção de sedimentos (areia e silte), além disso, na estrutura da 
captação será possuirá um desarenador com controle de fluxo de água por comportas. 
 
Figura 14: Corte do sistema de captação de água bruta 

SEDIMENTAÇÃO DA AREIA
TUBULAÇÃO EM PEAD, COLETOR
HORIZONTAL Ø 400 MM
 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE 16 
 
Deverá ser implantado um acesso à área da captação, a partir da vicinal águas claras, 
em trecho de cerca de 40 m de comprimento. Tal acesso está previsto para ser implantado 
em cascalho, sob base estabilizada granulometricamente com mistura de solo e cascalho, 
contando com meio fio em concreto e pista de rolamento de 4,0 m de largura. 
 
4.2.2. Estação elevatória de água bruta (EE-01) 
 
A captação de água bruta do SAAP de Ourilândia do Norte terá uma estação 
elevatória água bruta (EE-01) que será implantada na estrada vicinal Águas Claras na margem 
direita (aproximadamente distante 10 Km da ETA). As cotas e coordenadas geográficas da 
estação elevatória são: 
 
 Coordenada geográfica: 
- Latitude: 6°50'12.27" 
- Longitude: 51° 4'14.96" 
 Desníveis geométricos na EEE: 
-Faixa operacional das bombas (m) = 1,20 m 
-Cota do Na Max = 236,07 m 
-Cota do Na Min = 234, 87m 
-Cota do lançamento = 292,84 m 
-Altura geométrica de recalque 
Máxima = 57,97 m 
Mínima = 56,77 m 
 
A seguir, no 3, apresentam-se os valores de vazão para EE-01 considerando-se as 
etapas de implantação do projeto de SAAP do município de Ourilândia do Norte, cujas 
condições de contorno são: 
 
Quadro 3: Vazões média e máxima da EE-01 do SAAP da cidade de Ourilândia do Norte (PA). 
Ano Etapa 
População 
(hab) 
Qcaptação 
(L/s) 
Estratégia 
operacional 
Número de 
CMB 
2017 1ª ETAPA 23.784 65,40 1+1 (reserva) 2 
2030 2ª ETAPA 33.079 91,00 2 +1 (reserva) 3 
 
Em razão da construção civil da estação elevatória de água bruta (EE-01) do SAAP ter 
que atender todo o horizonte de projeto, tal unidade será executada no início de plano, ou 
seja, na realização da 1ª ETAPA. 
Os equipamentos de bombeamento serão instalados em arranjos distintos para 
atender as etapas do projeto, sendo na 1ª Etapa o modo de operação do tipo 1+1 (reserva) e 
na 2ª Etapa o esse será de 2+1 (reserva). Com o intuito de otimizar o consumo de energia 
elétrica e reduzir os custos operacionais, essa elevatória utilizará bombas submersíveis 
operando com frequência variável mediante o uso de inversor de frequência. 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE 17 
 
No cálculo da perda de carga distribuída tem-se os materiais de PRFV e Ferro Fundido 
cujos coeficientes de atrito (f) são distintos. Nesse projeto, sabendo-se que a tubulação de Ferro 
Fundido ao longo do tempo pode ter maior desgaste por causa da corrosão e de efeitos abrasivos 
em virtude do transporte de silte, mesmo apesar de se ter desarenador na tomada d’água, 
considerou-se como cenário desfavorável o valor único de f da tubulação de ferro fundido. 
 
• Equipamento selecionado 
 
Diante dos parâmetros e resultados obtidos no dimensionamento do sistema elevatório, 
foi selecionado um equipamento de bombeamento submersível em ferro fundido cinzento NP 
3315 HT 3~358, DN saída = 150 mm, P=97,0 kW, IP-68, 380 v, trifásico, 60 Hz, 10,0 m de cabo, 
impulsor tipo semi-aberto de pás voltadas para trás com desenho autolimpante em ferro fundido 
cinzento ASTM A-48, Classe 35 com dureza não inferior a 45HRC para operar sob faixa de 70 L/s ≤ 
Q ≤ 95L/s e 65,43 ≤ Hman ≤ 71,20 mca. Maiores detalhes sobre o equipamento selecionado segue 
no memorial de cálculo. 
Os equipamentos de bombeamento dessa EEE irão operar com válvula de limpeza 
hidráulica em ferro fundido contendo esfera em ferro fundido peso aproximado de 8 kg, 
internamente com membranas de borracha nitrílica e óleo de colza para operar com 
temperatura de trabalho máximo de 40C. 
 
4.3.3. Adutora de água bruta 
 
a) Considerações gerais 
 
Adutora de água bruta irá estende-se a partir da captação de água bruta até a 
estação de tratamento de água (ETA), seu percurso irá abrangi a estrada vicinal Águas Claras 
na margem esquerda (no sentido do recalque), a Av. Paulo Bitencourt, prolongamento da Av. 
Paulo Bitencourt, Av. Ipê e rua Paraíba. A adutora de água bruta será implantada em duas 
etapas, sendo elas: 
 
Quadro 4: Informações sobre a adutora de água bruta 
Parâmetros 1° etapa 2° etapa 
Situação Executada A ser executada 
Material do tubo PRFV Ferro fundido dúctil 
Comprimento da tubulação (m) 8.725,60 
Trecho 1: 260 m 
Trecho 2: 854,40 m 
Diâmetro da tubulação(mm) 400 400 
 
A linha, que se inicia na extremidade do barrilete de recalque da EEAB e termina na 
entrada da estação de tratamento de água, tem ao todo 9.840,00 m de comprimento, e 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial Descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE 18 
 
desnível geométrico de, aproximadamente, 58 m, sendo a cota mínima de 241,63 m e cota de 
lançamento na ETA de 292,84m. 
Na 1° etapa do projeto foram executados, cerca de 8.785,60 metros com tubulação 
do tipo PRFV DE 400 mm, restando 1054,40 metros a serem instalados na 2° etapa de 
execução do SAAP de Ourilândia do Norte. Tal tubulação compreende em 260 metros de 
tubulação, em ferro fundido, que se estende da captação de água bruta até o trecho da 
adutora já executado (trecho 1), localizado na Vicinal Água Claras. O trecho 2 a ser executado, 
também em tubulação de ferro fundido, estende-se da Av. Paulo Bittencourt até a ETA de 
Ourilândia do Norte. 
A adutora de água bruta será composta por tubos de PRFV e FoFo, com trechos de 
tubulação do tipo bolsa e ponta com juntas travadas internas (JTI), e trechos com tubulação 
flangeadas. O tipo de assentamento da tubulaçãoserá enterrada com um recobrimento 
médio de 90 cm, sendo em alguns trechos com tubulações aéreas, devido a declividades 
acentuadas do terreno e travessias em cursos d’água. 
Na Figura 15 pode-se identificar a localização dos trechos da adutora já concluídos e 
os que ainda serão executados. 
 
 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial de Cálculo ID: MC-2017.09-PA.ORI-SAA-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE LTDA 19 
 
Figura 15: Mapa de identificação dos tipos de tubos e localização da adutora de água bruta do SAAP do município de Ourilândia do Norte. 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE LTDA 20 
 
b) Especificações dos serviços de assentamento dos tubos 
 
1. Locação e Demarcação da Vala 
 
Os serviços de locação e demarcação da vala devem ser efetuados por equipe de topografia e 
devem consistir basicamente no seguinte: 
 
- A tubulação a ser assentada deve ter seu eixo demarcado através de estaqueamento de 20 
em 20 metros, devendo-se assinalar os pontos onde serão instaladas conexões, registros, 
ventosas, além de cruzamentos em nível com outras tubulações ou elementos enterrados. 
 
- A largura da vala no nível de assentamento do tubo deve obedecer às recomendações do 
projetista, tendo em vista algumas passagens notáveis, em função de cargas externas, e deve-
se ater ao tipo de base e envolvimento a ser dado aos tubos nesses pontos. 
 
2. Transporte, Manuseio e Disposição dos Tubos ao longo da Vala 
 
Quando os tubos ficarem estocados na obra por longos períodos, devem ficar ao 
abrigo do sol, evitando-se possíveis deformações provocadas pelo aquecimento excessivo, 
tomando-se os seguintes cuidados: 
 
- Os tubos devem ser transportados convenientemente apoiados e empilhados, cuidando-se 
especialmente das extremidades (ponta e bolsa) para que não sejam danificadas; 
 
- Os tubos, quando empilhados, devem ser apoiados sobre material macio ou sobre travessas 
de madeira e, de preferência, de forma contínua; 
 
- As pilhas de tubos devem ser confinadas lateralmente por escoras e não devem ter mais que 
1,5 m de altura; 
 
- As conexões, demais acessórios e materiais para as juntas devem ser levados para a obra no 
momento da utilização pelo pessoal especializado na execução das juntas e na montagem da 
tubulação. 
 
3. Serviços de Escavação, Preparo e Regularização do Fundo da Vala 
 
Todos os serviços de escavação deverão obedecer rigorosamente às cotas e perfis 
previstos no projeto. O fundo da vala deve ser preparado para receber a tubulação e devem-
se observar as seguintes recomendações específicas para tal: 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE LTDA 21 
 
- Quando o fundo da vala for constituído por solo sem suporte, as escavações deverão ser 
feitas até que se atinjam um solo de boa qualidade. Nestes casos as cotas definidas no 
projeto serão obtidas através de reaterro com material importado. 
 
- O fundo da vala deve ser uniforme, devendo-se evitar os colos e ressaltos. Para tanto, deve 
ser regularizado, utilizando-se areia ou material equivalente. 
 
As valas deverão ser escavadas segundo a linha do eixo, sendo respeitado o 
alinhamento e as cotas indicadas no projeto. 
A largura da vala para os tubos de DEFoFo DN 300mm, deve ser de no mínimo 0,85 
m para valas de até 2 m de profundidade e 1,10 m acima desta profundidade. 
Qualquer excesso de escavação ou depressão do fundo da vala, proveniente de erro 
na escavação, deverá ser preenchido com areia, pó-de-pedra ou outro material de boa 
qualidade, aprovado pela fiscalização e sem ônus para o SANEP. 
As valas deverão ser abertas e fechadas no mesmo dia. Em casos extremos, quando 
as valas ficarem abertas por mais de um dia, toda a extensão da vala deverá ser 
convenientemente sinalizada e protegida. 
 
4. Assentamento da Tubulação, Execução das Juntas 
 
Os tubos deverão sempre ser assentados alinhados. 
O sentido de montagem das linhas deve ser, de preferência, caminhando-se das 
pontas dos tubos para as bolsas, ou seja, cada tubo assentado deve ter como extremidade 
livre uma bolsa onde deve ser acoplada a ponta do tubo subsequente. 
As derivações com flange serão PN 10 conforme NBR 7675. Os tubos serão no 
diâmetro nominal a partir de DN 300 mm com a junta elástica integrada (JEI). 
As juntas de ponta e bolsa com anel de borracha, nas conexões, devem ser 
executadas de acordo com a sequência abaixo: 
 
a. Colocar a bolsa e os anéis de borracha antes de levar o tubo para o lado da vala: 
marcar com lápis, na ponta do tubo, o comprimento total da bolsa para controlar o 
encaixe perfeito do tubo na bolsa; 
b. Limpar cuidadosamente com estopa o interior da bolsa e o exterior da ponta depois 
do tubo em posição correta; 
c. Aplicar o lubrificante recomendado pela fábrica ou aprovado pela fiscalização no anel 
de borracha e na superfície externa da ponta. Não usar óleos ou graxa como 
lubrificantes, pois estes materiais podem danificar o anel de borracha; 
d. Observar as marcas de referência feitas, não forçando a introdução destes além delas; 
e. Utilizar um ou dois "tirfor" para tracionamento das peças, sendo recomendado o 
esforço de 1 Kg por mm de diâmetro. 
 
5. Serviços de Ancoragem e Envolvimento dos Tubos e Conexões 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE LTDA 22 
 
 
Após a execução de cada junta o tubo deve ser envolvido com material selecionado, 
sem torrões ou pedras, com exceção da junta, procurando-se com isso imobilizá-lo e deixar a 
junta exposta para posterior ensaio de estanqueidade. 
As conexões de junta elástica devem ser ancoradas, devendo-se utilizar para tal, 
blocos de ancoragem convenientemente dimensionados para resistir aos eventuais esforços 
longitudinais da tubulação, esforços estes que não são absorvidos pela junta elástica. 
As válvulas de bloqueio de fluxo e demais equipamentos devem ser ancorados no sentido 
do seu peso próprio e dos possíveis esforços longitudinais ou transversais, sendo que a tubulação 
de DEFoFo e as peças de ligação devem trabalhar livres desses esforços ou deformações. 
Todos os trabalhos de ancoragem devem ser feitos de tal forma a manter as juntas visíveis 
para que seja possível a verificação da estanqueidade, quando da realização dos ensaios. 
 
6. Estanqueidade das Juntas 
 
Após o assentamento a tubulação deve ser submetida a ensaio de estanqueidade 
devendo-se observar: 
Após o assentamento dos tubos e o envolvimento de ancoragem das conexões, 
mantendo-se todas as juntas inspecionáveis, a tubulação deve ser pressurizada com água e 
manter a pressurização estável na linha no mínimo durante 30 min e durante este período a 
linha deverá ser percorrida, com o objetivo de verificação das condições das juntas. 
Os testes serão realizados pela Contratada, com a prévia aprovação da Fiscalização. 
 
7. Serviço de Reaterro 
 
Após o ensaio das juntas, toda a tubulação, independentemente do tipo de 
assentamento empregado, deve ser recoberta. O recobrimento deverá ser feito 
alternadamente de ambos os lados do tubo, evitando-se o deslocamento do mesmo e danos 
nas juntas. O material a ser utilizado no reaterro, até 30 cm acima da geratriz superior do 
tubo, não deverá conter pedras, detritos vegetais ou outros materiais que possam afetar os 
tubosquando sobre eles for lançado, bem como deverá ser de textura homogênea. Quando o 
material escavado for inconveniente ao reaterro, a critério da Fiscalização, deverá ser 
substituído por material de boa qualidade. 
 
4.2.4. Estação de tratamento de água 
 
O sistema de tratamento de água potável do município de Ourilândia do Norte 
refere-se à implantação de nova Estação de Tratamento de Água (ETA), com capacidade de 
235,4 m³/h na 1°etapa e 327,6 400 m³/h na 2° etapa. Para tanto, está prevista a manutenção 
do sistema de abastecimento existente (sistemas de abastecimento por poços subterrâneos) 
tal como se encontra, e a implantação de nova ETA, com instalações independentes. 
A seguir, descrevem-se considerações técnicas da finalidade das unidades de 
tratamento no fluxograma atual da ETA do município de Ourilândia: 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE LTDA 23 
 
1) Medição de vazão e mistura rápida de produtos químicos: 
 
A calha Parshall selecionada possui garganta 6” e faixa operacional de vazão 1,4 l/s a 
110,4 l/s. Para medição de vazão de entrada e, equipado com medidor de nível ultrassônico 
para a medição de nível d’água e aferição de vazão a medição inicial será feita através da 
medição de nível d’água em calha Parshall por medidor ultrassônico. No sistema de comando 
e supervisão serão registradas os níveis de água e calculadas as vazões e os volumes diários 
aduzidos. Também, na calha Parshall, será feita a mistura rápida entre o coagulante e a água 
bruta, caracterizando a fase de coagulação do tratamento de água. 
 
Figura 16: Planta baixa da calha Parshall componente da unidade de mistura rápida. 
 
 
2) Floculação 
 
Essa etapa objetiva realizar o agrupamento das partículas eletricamente 
desestabilizadas, de modo a formar outras maiores, os chamados flocos, suscetíveis de serem 
removidos por decantação e filtração. Essa etapa, será realizada na ETA Ourilândia através do 
auxílio de três floculadores mecânico de eixo horizontal, com o controle do gradiente de 
velocidade de forma escalonada e decrescente, operando nas faixas 70 s-1, 50 s-1 e 30 s-1 
almejando a formação efetiva dos flocos. O tempo de detenção na 1° etapa será 28 min e na 
2° etapa de 20 min. O floculador mecanizado será do tipo turbina, com eixo e hélices em aço 
inox 304, motor elétrico de Pot 0,24 kW, 220V, 60 Hz e sistema micro processado de controle 
de rotação para operar na faixa de 84 a 23 RPM em modo manual ou automático. 
 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE LTDA 24 
 
Figura 17: Perfil do floculador mecanizado ETA Ourilândia 
 
3) Unidade de Decantação 
 
Nessa etapa é realizada a separação entre a água floculada de partículas sólidas 
suspensas (flocos) na água oriunda do floculador mecanizado, através da sedimentação 
dessas no fundo da unidade de decantação. 
Na 1° etapa de construção da ETA Ourilândia será feito um decantador, com dois 
septos de decantação, com sedimentação em regime laminar obtido por placas paralelas de 
lonas plásticas instaladas com ângulo de 60°. Essa unidade será composta por: 
 
• As duas câmaras que contam com três canais sobrepostos, sendo eles: canal de coleta de 
lodos no trecho inferior com teto plano e paralelo ao fundo; acima deste há o canal de 
distribuição de águas floculadas e acima, junto à superfície do decantador, está o canal de 
coleta de água decantada. 
 
• As placas planas paralelas serão em lona plástica e estão dispostas a cada lado da estrutura 
central, distanciadas uma da outra 5,6 cm. Essas placas apresentam comprimento de 2,05 
m, largura de 1,35 m e 0,60 mm de espessura. Para a sua colocação utilizam-se perfis de 
aço inox (cantoneira de 35 x 25 x 4,76 mm e perfil U de 60 x 45 x 35 x 4,76 mm) 
previamente recortados e fixados nas paredes de concreto. As placas serão 
posteriormente fixadas nos furos dos perfis Us através de cabos de aço revestidos com 
pino e porca e nos furos das cantoneiras através de abraçadeiras de nylon, de cima para 
baixo, mantendo-se sempre o mesmo angulo de 60° e a mesma distância de 5,6 cm entre 
faces. As lonas deverão ser lisas nas duas faces. 
 
• A vazão total de águas floculadas que chegará ao decantador será distribuída 
uniformemente em cada câmara de decantação mediante uma série de aberturas 
(orifícios). Esta distribuição uniforme é garantida pelo perfeito nivelamento de quatro (04) 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE LTDA 25 
 
calhas coletoras de água decantada, feitas em PRFV, com dimensões de 0,25 de largura 
por 0,30 de altura. A coleta de água decantada ocorrerá de maneira destruída em função 
de vertedouros fixados junto às extremidades das calhas. 
 
• Os lodos decantados são precipitados naturalmente no fundo do decantador, estes em forma 
cônica de maneira a encaminhar os lodos a um trecho plano central, neste ponto são providos 
orifícios de extremidades de tubulações de 75 mm de diâmetro, distantes entre si por cerca de 
1,0 m de distância. As descargas do canal de lodo são obtidas pela abertura do registro 
instalado ao término do canal de coleta de lodos, descarregando assim os lodos precipitados 
no canal lateral que percorre a face dos decantadores do lado externo. 
Na Figura 18 pode ser visualizado perfil da unidade de decantação laminar da ETA 
Ourilândia do Norte. 
Figura 18: Perfil do decantador laminar da ETA Ourilândia 
 
 
4) Unidade de Filtração 
 
Nessa etapa atuam a ação dos mecanismos de transporte, aderência e 
desprendimento das partículas suspensas durante a passagem da água por um meio poroso 
(leito filtrante), destinado a realizar a separação das partículas da fase liquida. 
 
Esta etapa será realizada por duas (02) unidades filtrantes, sendo que cada uma terá 
3,10 m x 3,27 m correspondendo a uma área de 10,14 m² para a área total por unidade. A 
 
 Projeto: Readequação de projeto executivo do SAAP de Ourilândia do Norte 
 
 Documento: Memorial descritivo ID: MD-2017.09-PA.ORI-SAA-H-ETA.01 
 Cliente: Prefeitura Municipal de Ourilândia do Norte Ano: 2017 
 
 
TERRA MEIO AMBIENTE LTDA 26 
 
taxa de filtração será de, aproximadamente, 232 m³/m².d na 1° etapa e 323 m³/m².d. na 2° 
etapa. A seguir são descritos os componentes da unidade de filtração: 
 
• O material filtrante dessas unidades será constituído por areia e antracito, cujas 
características são: 
 
➢ Areia - 0,5 de espessura do leito, tamanho efetivo da areia de 0,45mm e coeficiente de 
uniformidade abaixo de 1,6; 
➢ Antracito - 0,5 de espessura do leito, tamanho efetivo de 1,0 mm e coeficiente de 
uniformidade abaixo de 1,5. 
 
• O fundo dos filtros escolhidos será o de tubos drenantes, tipo “MIKE”, constituído por 
barrilete metálico em aço inox AISI 304L com ranhuras de abertura de 0,1 mm, os quais 
dispensam o uso de camada suporte nessas unidades. 
 
• Os filtros serão lavados por inversão de corrente, com utilização apenas de água. Em cada filtro 
existirá duas calhas de coleta de água de lavagem que terá dimensões de 0,40m x 0,40m (b x 
h). A água de lavagem provirá do reservatório elevado de 210 m³ através de tubulação com DN 
300 mm. A taxa de lavagem dos filtros ocorrerá em uma faixa de 0,69 a 0,90 m/min, e com 
vazão entre 117,4 a 153 l/s. Á água utilizada na lavagem será coletada em calhas com 
vertedouros e direcionadas para o reservatório de água de retrolavagem

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