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1 INTRODUÇÃO ÀS GRANDEZAS ELÉTRICAS Para iniciarmos nosso estudo na área de refrigeração, é necessário conhecer as grandezas elétricas com as quais iremos trabalhar. São elas: Tensão (V ou E) Corrente (I) Resistência (R) Potência (P) Tensão – Também conhecida como diferença de potencial (ddp) ou voltagem, trata-se da força necessária para impulsionar os elétrons através de um condutor originando, com isso, a corrente elétrica. Sua unidade de medida é o volt (V), em homenagem ao físico alemão Alessandro Volta. Quando medimos a voltagem em uma residência, verificamos 127 volts ou 220 volts. O instrumento utilizado para medir a voltagem é o VOLTIMETRO. Corrente – É o movimento ordenado de cargas elétricas através de um condutor originado a partir de uma diferença de potencial aplicada nas extremidades do mesmo. Sua unidade de medida é o Ampere (A), nome dado em homenagem ao físico francês André Marie Ampere. O instrumento utilizado para medir a corrente elétrica é o AMPERÍMETRO. Resistência – É a oposição oferecida por um material à passagem da corrente elétrica. Sua unidade de medida é o Ohm (Ω), sendo indicado pela letra grega ômega, e o aparelho destinado à medida de resistência elétrica é o OHMÍMETRO. A combinação da tensão aplicada ao circuito com a resistência observada no mesmo determinam a corrente no circuito. 2 •Amperímetro Aparelho destinado à medida de intensidade de corrente (I), cuja unidade é o Ampère (A). Modelo da MINIPA •Voltímetro Aparelho destinado à medição da tensão elétrica (U) cuja unidade é o Volt. •Ohmímetro Aparelho construído para a medição da resistência elétrica cuja unidade é o Ohm (Ω). Sua função normalmente está disponibilizada no multímetro. 3 •Multímetro Há um instrumento que reúne muitas funções como amperímetro, voltímetro, ohmímetro, e em alguns casos outras funções. Este aparelho é conhecido como multímetro. •Capacímetro O capacímetro é o instrumento adequado para se medir a capacitância dos capacitores. A capacitância é medida em Farad (F), porém, por se tratar de uma unidade de medida elevada, normalmente são empregados submúltiplos para expressar os valores de capacitância como Microfarad (μfd), nanofarad (nF) e picofarad (pfd). 4 •Lâmpada-série É um dispositivo de fácil montagem que permite o teste de continuidade de circuitos e componentes. Pode ser construído cortando-se uma fase entre uma lâmpada e o plug, ficando duas pontas de prova A e B. Circuitos em série No circuito em série, a corrente elétrica percorre sucessivamente cada um dos componentes intercalados entre os bornes da fonte geradora de eletricidade (figura abaixo). Nesse tipo de ligação o valor da corrente elétrica é igual para todos os componentes do circuito. A corrente precisa entrar e sair de uma lâmpada para poder entrar na lâmpada seguinte sendo assim, não podem funcionar separadamente e cada uma serve de ponte de ligação para as outras. Desse modo, se qualquer uma delas queimar, a corrente não poderá mais circular pelo circuito. 5 Circuito elétrico em paralelo No circuito elétrico em paralelo, os componentes são associados de forma que o funcionamento de um independa do outro (veja a figura a seguir). Neste caso, todo o circuito é operado através do dispositivo de manobra mas os consumidores têm funcionamento independente porque a corrente elétrica possui vários caminhos. As tensões elétricas medidas entre os pontos do circuito são iguais. Portanto, em um circuito paralelo o valor da tensão elétrica é igual para todos os componentes do circuito. Circuito misto É o circuito onde temos parte dos consumidores ligados em série e parte ligados em paralelo. Neste circuito, é necessário identificar os consumidores associados em série e os associados em paralelo. Já sabemos que nos circuitos em série os componentes são percorridos pela mesma corrente e a tensão de entrada é igual à soma das tensões parciais em cada componente. Nos circuitos paralelos, a tensão é igual em todos os componentes e a corrente de entrada é igual à soma das correntes parciais que percorrem cada ramo do circuito. Circuitos mistos requerem cuidado na análise de seu funcionamento. 6 Resistência elétrica Resistência é a dificuldade que encontramos na realização de um trabalho. Nos circuitos elétricos, é a resistência que encontram os elétrons de atravessarem um condutor é, portanto, a dificuldade ou oposição oferecida à passagem da corrente elétrica. 7 •SISTEMAS ELÉTRICOS As empresas concessionárias fornecem ao consumidor, a energia elétrica da seguinte forma: » Sistema monofásico (2 fios) É o sistema formado por dois condutores, sendo um deles denominado de “FASE” e o outro de “NEUTRO”. O condutor neutro não possui tensão, ou seja, tem 0 (zero) volt, enquanto que o condutor fase possui uma tensão de 127 volts em relação ao condutor neutro » Sistema bifásico (3 fios) É o sistema formado por dois condutores fases e um condutor neutro. O sistema bifásico tem a grande vantagem de poder utilizar dois níveis de tensão: 127 volts ou 220 volts. A tensão de 220 volts é verificada entre duas fases. » Sistema trifásico (4 fios) É o sistema formado por quatro condutores, sendo três condutores fases e um condutor neutro. Emprega-se esse sistema onde há necessidade de se alimentar equipamentos trifásicos em geral. A tensão entre fases é de 380 volts e entre fase e neutro é de 220 volts •Motores elétricos O motor elétrico é constituído de duas partes distintas e principais que são, rotor e estator. Podem ser alimentados por energia monofásica ou trifásica. Antes de darmos prosseguimento ao assunto, é necessário se estabelecer noções para auxiliar na compreensão. a) Todo condutor elétrico, quando energizado cria ao redor de si um campo magnético com intensidade proporcional ao valor da corrente (I) que o atravessa. b) Quando se faz uma volta com um condutor, fazendo o começo coincidir com o fim, tem-se uma espira. c) Juntando-se várias espiras, forma-se uma bobina. d) Várias bobinas reunidas formam um “enrolamento”. 8 COMPRESSORES HERMÉTICOS DE REFRIGERAÇÃO Compressores alternativos e compressores rotativos Nos compressores alternativos encontramos na parte mecânica o eixo vertical, a conectora, o êmbolo, a placa de válvulas e o cabeçote. Na parte elétrica encontramos o estator (fixa) que contém os enrolamentos de partida e marcha, e o rotor (móvel) com o eixo vertical que transmite o movimento para a conectora, que por sua vez transmite o movimento alternativo que produz o trabalho de aspiração e descarga. O interior da carcaça do compressor constitui a linha de baixa pressão que se comunica com o evaporador através do tubo de aspiração. Válvula (palheta) de sucção Válvula (palheta) de descarga 9 Mola de fixação na carcaça Mecanismo preso na carcaça Bobina elétrica e terminal de conexão aos bornes Componentes elétricos do compressor · Estator O estator é formado por um conjunto de chapas magnéticas, contendo canais onde ficam alojadas a bonina de trabalho (mais externamente ) e a bobina auxiliar (mais internamente). Bobinas Bobina é um fio contínuo de cobre isolado (geralmente por uma camada de verniz especial). Enrolado em forma de espiras (carretel). Quando neste fio, assim enrolado, circular corrente elétrica,Surgirá um forte campo magnético (eletroímã).No caso do motor elétrico, o campo magnético é de tal forma produzida, que atrai o rotor, fazendo o girar. • Bobina de trabalho (também denominada de bobina principal) Esta bobina gera um campo magnético que mantém o rotor em movimento,permanecendo ligadatodo o tempo em que o motor do compressor estiver energizado. • Bobina auxiliar (também denominada de bobina de partida) Esta bobina gera um campo magnético que provoca o início e o sentido de giro do rotor. Ela deve ser desligada pelo relé de partida, quando rotor do compressor estiver girando. 10 As duas bobinas entram em serviço juntas e quando o motor atinge a velocidade desejada, a bobina de partida sai do circuito, enquanto que a bobina de marcha permanece funcionando. A finalidade da bobina de partida é ajudar a bobina de marcha a tirar o motor do repouso. Tão logo isso aconteça, a bobina de partida será desligada ficando apenas a bobina de marcha sustentando o funcionamento. A bobina de marcha é constituída de um fio mais robusto que a bobina de partida. Apesar de existir quatro pontas de fios, referentes às entradas e saídas das bobinas, só aparecerá do lado externo da unidade três terminais de ligações. Isto ocorre porque a entrada da bobina de marcha, como a entrada da bobina de partida são ligadas em um ponto chamado de borne comum. As duas restantes chamaremos de borne de marcha e borne de partida. 11 Para representar cada borne, convencionou-se escrever uma letra para cada um como: Comum (C); Partida, arranque ou auxiliar (P) ou (A); e Marcha (M). Com o uso de um Ohmímetro é possível identificar os pinos de ligação, para isso, construa um triângulo e marque os três pontos que vão representar os bornes do compressor. Em seguida, meça a resistência entre os terminais, e anote no lado do triângulo. Então podemos dizer com certeza que: - no encontro dos dois lados com valores menores, será o borne COMUM (C). - no encontro dos dois lados com valores maiores, será o borne AUXILIAR (A). - e o borne que fica sobrando é o MARCHA (M). Os terminais dos compressores herméticos, dependendo do aparelho de refrigeração, são dispostos das seguintes maneiras: 12 · Rotor do eixo O rotor (parte giratória do motor), constitui-se de um cilindro formado por chapas magnéticas circulares. Um eixo é fixado ao rotor para que seu movimento seja transmitido à biela que, por sua vez, o transmitirá ao pistão. Testes no Compressor a) Partida direta: Ligar o rabicho de energia nos pinos comum e marcha e, em seguida, fazer uma ponte no pino auxiliar com o pino marcha, neste instante o compressor entra em funcionamento, mas se o compressor for parado será necessário efetuar o mesmo procedimento. 13 b) Contato interno: Quando um dos enrolamentos internos do compressor entra em contato com a carcaça, diz-se que o motor é a massa. Verifica-se com o auxílio de um Ohmímetro, conforme a figura, havendo valor de resistência é sinal de que está havendo um contato interno dos enrolamentos com a carcaça. Logo, será melhor condenar o compressor. Curto para carcaça / compressor dando para massa; O compressor pode ate partir e funcionar mas a corrente fica alta e há risco de choque elétrico, o que desarma, com freqüência, o protetor e não há produção eficiente de frio no aparelho. 14 c) Circuito interno interrompido: Se um dos enrolamentos interno se rompe, diz-se que o motor está em circuito aberto. A interrupção se dá, com frequência, no enrolamento de partida. d) Curto-circuito interno: Quando o isolamento entre dois ou mais condutores está estragado a ponto de formar contato elétrico entre si, diz-se que o motor está em curto-circuito. A carcaça do compressor se aquece de maneira excessiva e o consumo de corrente é muito elevado. NOTA: O curto pode ocorrer entre o enrolamento da mesma bobina ou entre bobinas diferentes. e) Compressor trancado: O compressor pode ficar trancado por vários motivos como: corrosão, ruptura de uma parte mecânica, sujeira, excesso de refrigerante etc. 15 Obs.: Alguns compressores herméticos não possuem capacitor de partida. O enrolamento de partida possui uma espessura maior do que os compressores normais. Com isso, o referido enrolamento suporta grande amperagem no momento da partida. Um dos problemas desses compressores é que a tensão não pode ficar variando. Se isso ocorre, é aconselhável adaptar um capacitor. Generalidades do compressor a) Pintura do compressor: Existe certa curiosidade por parte de muitos técnicos e mecânicos, que querem saber qual a razão dos compressores utilizados em sistemas de refrigeração serem pretos. Na verdade, existe uma explicação para isso: o compressor está situado num local onde a circulação de ar é pequena e a ventilação é pobre. Além disso, o compressor absorve o calor retirado do interior do refrigerador e ainda todo o calor produzido durante a compressão. c) Lubrificação do compressor: Todos os compressores recebem na fábrica, a carga de óleo especial que pode ser mineral ou poliéster, totalmente desgaseificado e isento de umidade, em quantidade e qualidade especificadas. Pelas suas características, a vida útil do óleo é a mesma do compressor, não devendo ser trocado ou adicionado, sob o risco de prejudicar o funcionamento do compressor. Componentes de um sistema hermético: Os dispositivos elétricos são os seguintes: - relé - protetor térmico - capacitor de partida - termostato » Rabicho É a fiação condutora de energia da tomada (arstop) ao aparelho. Em uma extremidade há um plug de ligação, normalmente já conformado no próprio cabo, mas poderá ser instalado pelo mantenedor do condicionador montando um plug adquirido no comércio. Os terminais deverão estar apertados, livres de oxidação e limpos para evitar que um mau contato cause: queda de tensão, abra o circuito, aquecimento nos bornes, etc. que possam danificar o compressor. 16 Para testar o rabicho faça: Utilize o ohmímetro na escala R-1 ou, na sua falta, a lâmpada-série. Verificar se existe continuidade entre cada um dos terminais da flecha, com seu correspondente no rabicho. No caso de não haver continuidade, condenar o rabicho. Examinar Todos os Terminais. Relé: Assegura um circuito elétrico no momento da partida do compressor e retira a bobina auxiliar, deixando o enrolamento de marcha na linha durante o funcionamento do equipamento. O motor do compressor é composto por duas bobinas: a principal atua durante todo o período de funcionamento do compressor e a auxiliar que somente entra em funcionamento durante a partida do compressor. É esta que é ligada pelo relé de partida e desliga após o motor atingir sua rotação normal de funcionamento. Tipos de relé: I) Relé magnético: No relé magnético, seu funcionamento é baseado no campo magnético que é criado pela corrente no momento da partida do compressor. Quando este alcança 75% de sua rotação, este campo magnético cessa de alimentar o enrolamento auxiliar, ficando na linha apenas o de marcha.O relé é especificado de acordo com a tensão e com o número de HP do compressor. Como diz o próprio nome, o primeiro serve para dar o arranque e fazer funcionar o compressor 17 RELÉ MAGNÉTICO EMBRACO RELÉ MAGNÉTICO SICOM TESTE DO RELÉ MAGNÉTICO Utilizando um ohmímetro ou lâmpada de teste, verificar a continuidade entre os terminais marcha e auxiliar, caso afirmativo inverter a posição do relé de forma que ele fique de “cabeça para baixo”, simulando o seu funcionamento, neste momento ele deverá abrir os contatos e deixar de dar continuidade. Caso isso não ocorra ,os terminais poderão estar colados , neste caso descarte o relé. Nunca é demais testar também a sua bobina que deverá dar continuidade. Caso contrário poderá estar aberta e não gerar campo magnético (defeito mais raro). 18 II) PTC (Coeficiente de Temperatura Positiva): Em temperatura ambiente, o relé PTC apresenta baixaresistência ôhmica e, caso se estabeleça uma ligação no circuito, o PTC permite a passagem da corrente elétrica. Quando o compressor entra em funcionamento, a intensidade da corrente na bobina auxiliar passa pelo PTC, aumentando a sua temperatura. Com isso, a resistência do PTC aumenta até atingir um valor tão elevado, que impede a passagem da corrente elétrica para a bobina auxiliar. Este fenômeno ocorre porque a corrente procura sempre percorrer os caminhos de menor resistência. Diz-se que o PTC se encontra em funcionamento normal quando sofre um aquecimento devido a uma corrente elétrica que passou por ele na partida e, neste caso, o valor da resistência se eleva, impedindo a passagem de corrente elétrica para a bobina auxiliar e o motor compressor segue funcionado somente com a bobina de marcha energizada. Os PTC não geram distúrbios elétricos, são mais silenciosos que os relés magnéticos e ainda podem ser utilizados em conjunto com capacitores de funcionamento e, portanto, em compressores de alto rendimento. Mas a corrente necessária para manter o PTC aquecido durante o funcionamento aumenta o consumo do compressor. 19 TESTE DO RELÉ PTC. Com um ohmímetro deverão ser verificados a resistência em seus terminais e a condição de continuidade dos mesmos. Com ele frio à temperatura ambiente deverá apresentar baixa resistência entre os terminais marcha e auxiliar. Sempre usar os dados do fabricante para se obter os valores exatos de resistência e fazer a comparação, os relés sempre deverão ser substituídos por novos com a mesma identificação, levando-se em consideração o compressor e o equipamento que irá utilizá-lo. LIGAÇÃO DO RELÉ PTC COMPROTETOR TÉRMICO 20 B) PROTETOR TÉRMICO:Protege o motor contra excesso de intensidade de corrente elétrica nos casos de falta de arranque, bloqueio do rotor, curto-circuito, baixa tensão etc. Se a sobrecarga persistir, o protetor térmico atua novamente até que seja sanada a avaria. 21 Obs.: Os relés de partida e os protetores térmicos são desenvolvidos para aplicação em compressores específicos. Os níveis de corrente elétrica que ligam e desligam os relés estão diretamente relacionados com o tipo de compressor e as faixas de temperatura de atuação dos protetores térmicos. TESTE DO PROTETOR TÉRMICO Utilizando um ohmímetro ou lâmpada de testes, efetuar a verificação da continuidade nos terminais. Se não houver continuidade, substituir o mesmo que devera estar aberto. Seu funcionamento adequado pode ser verificado através da seguinte forma: 1. colocar o aparelho em funcionamento; 2. Levar o termostato a posição máxima (mais frio) 3. Desligar o aparelho, ligando-o imediatamente a seguir. O protetor devera desligar o compressor. O funcionamento pode ser ainda ser verificado através de um multímetro, encostando as pontas de prova nos terminais de ligação. Deve haver continuidade. c Relé de partida Compressor hermético T 127v MA Protetor Térmico Partida do compressor com relé e protetor 22 c) Capacitor de partida Ajuda o arranque do compressor.muito embora os compressores modernos já não necessitarem mais de capacitor de partida, mais encontrados em aparelhos antigos. É aconselhável, quando se procede a substituição do capacitor, substituir também o relé. 23 d) Termostato É um interruptor que regula, de forma automática, o funcionamento do refrigerador ou bebedouro, com a finalidade de conservar a temperatura desejada. T 127 v termostato Relé de partida Compressor hermético lâmpada interruptor Protetor térmico Circuito elétrico do refrigerador 24 ESQUEMA ELÉTRICO ESQUEMA ELÉTRICO QUE PODE SER UTILIZADO PARA TODAS AS GELADEIRAS SIMPLES DE UMA PORTA E SEM SISTEMA DE DEGELO ANTES DE CONDENAR O COMPRESSOR, TODOS OS COMPONENTES ACIMA DEVERÃO TER SIDO TESTADOS. 25 CIRCUITO ELÉTRICO DE REFRIGERADOR COM RESISTÊNCIA LATERAL 26 CIRCUITO ELÉTRICO REAL DE CONGELEDOR (FREEZER) ENCONTRADO COLADO ATRAZ DO APARELHO 27 CIRCUITO ELÉTRICO DE BEBEDOURO 28 - FUNCIONAMENTO DO BEBEDOURO O evaporador fica mergulhado dentro da cuba d’água. Essa cuba fica isolada termicamente por fora para que não se condense a umidade do ar prejudicando a troca de calor entre refrigerante e a água. O compressor comprime o refrigerante e descarrega-o para o condensador e deste segue para o tubo capilar. O refrigerante se evapora no evaporador absorvendo o calor da água contida na cuba. O bulbo do termostato fica mergulhado na cuba e quando a temperatura da água chega ao ideal, ele desalimenta o compressor. A cuba recebe pressão de água oriunda de uma rede de alimentação. Esta água passa pelo filtro, enche a cuba e fica sob pressão. Quando o usuário abre a válvula de saída, libera a água gelada e automaticamente a mesma quantidade de água será reposta na cuba. Esta água vindo com uma temperatura um pouco alta faz com que o termostato comande a alimentação elétrica do compressor para um novo ciclo de funcionamento. CONDICIONADORES DE AR DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES DO SISTEMA ELÉTRICO I) Parte elétrica do compressor O funcionamento elétrico do compressor, que embora semelhante ao da geladeira, é feito de forma distinta: além da ligação normal ao enrolamento de marcha, a ligação do enrolamento auxiliar ou partida é feita de forma dupla. O enrolamento de partida, mesmo depois do arranque do compressor, permanece funcionando de forma a melhorar o fator de potência (conjugado de partida) do compressor devido à alta compressão que o R-22 necessita para produzir trabalho no evaporador (pressão de aspiração 60 psi e descarga 240 psi). 29 Praticamente é um enrolamento que tem duas finalidades, ou seja, propiciar a partida do compressor e auxiliar o enrolamento de marcha durante o funcionamento da unidade. 30 31 LIGAÇÃO ELÉTRICA DO COMPRESSOR DE CONDICIONADOR DE AR CHAVE SELETORA Tem como finalidade dirigir a corrente elétrica para as várias posições, de acordo com a solicitação manual. Chave seletora E um componente cuja função e a de selecionar o contato entre os diversos componentes elétricos. O defeito mais comum que apresentam e seus contatos ficarem permanentemente abertos ou fechados (colados). Apesar de haverem diversos tipos de chave seletora, as características de funcionamento são iguais em todas. 32 Teste da chave seletora Deve-se seguir as etapas abaixo para testa-las: 1. Coloque a chave na posição desligada; 2. Retire todos os terminais do circuito, deixando livres os bornes da chave; 3. Colocar uma ponta de prova do multímetro num terminal da chave; 4. Com a outra ponta de prova tocar os demais terminais. Não deve haver continuidade; 5. Com o multímetro na mesma posição, encosta-se nos terminais, um de cada vez, ao mesmo tempo em que se gira o botão da chave. Deve haver continuidade. TERMOSTATO Alimenta e desalimenta o compressor à uma temperatura pré-estabelecida de maneira automática ,sentindo a temperatura ambiente através de seu bulbo sensor. Termostato E um componente cuja função e a de controlar a temperatura ambiente mantendo-a o mais estável possível. Ele atua parando ou colocando em funcionamento o compressor, automaticamente. É constituído de um bulbo, um capilar e contatos elétricos, conforme vemos na foto abaixo: 33 Seu funcionamento baseia-se no principio da dilatação dos corpos. O termostato contem em seu capilar um gás que pode ser dióxido sulfúrico, cloreto de metila, gás utilizado no sistema ou outro similar. A dilatação ou contração das moléculasdo gás transmite este movimento a um fole acoplado a uma peca móvel que atua fechando ou abrindo os contatos e, dessa forma ligando ou desligando o compressor. Teste do termostato Ele pode ser testado através da verificação de continuidade com um multímetro: 1. Desligá-lo do circuito; 2. Girar o botão para posição desligado; 3. Colocar a ponta de prova entre os dois terminais; 4. Verificar continuidade – não deve existir. Girando-se o botão para posição ligado, ouve-se um "click", e deve passar a dar sinal de continuidade;* 5. Com o botão na posição ligado, dirigir um jato de R22 para o bulbo. Se estiver funcionado bem não deve dar continuidade. * para temperatura ambiente acima de 18o. C (para termostato frio) e abaixo de 26o. C (para termostato CR) CAPACITORES DE MARCHA E PERMANENTE Os capacitores de marcha são construídos com uma blindagem metálica (dielétrico de papel) e em seu interior possuem uma certa quantidade de óleo. Melhoram o conjugado de partida do compressor dos aparelhos de ar condicionado. Ficam na linha durante todo o período de funcionamento do sistema, seja na fase de partida como na fase de marcha. Nos motores dos ventiladores são usados capacitores de fase ou permanente, e também ficam sempre na linha durante o funcionamento. Capacitores Os capacitores são constituídos de dois condutores (armaduras) separados por um material isolante (dielétrico). Aplicando-se uma diferença de potencial elétrico entre suas placas ocorrera o armazenamento de carga elétrica. 34 Nos ar condicionados são usados dois tipos de capacitores: um de partida (eletrolítico) e outro de marcha (a óleo) também conhecido como capacitor de fase ou permanente. Os capacitores eletrolíticos aumentam o torque de partida do compressor. Sua presença e muito importante. Na partida do compressor, a energia elétrica necessária será fornecida em parte pelo capacitor e em parte pela instalação elétrica do local, sendo dessa forma a queda de voltagem bem menor. Os capacitores eletrolíticos devem funcionar na forma vertical, com os terminais da armadura para cima. Os capacitores a óleo são projetados pra ficarem ligados circuito permanentemente. Sua capacidade em Microfarads geralmente e pequena. Sua principal função e aumentar o fator de potencia. Nos aparelhos de ar condicionado, o enrolamento de partida, mesmo depois do sistema ter adquirido sua rotação normal, permanece funcionando, ligado ao capacitor, de forma a melhorar o fator de potencia do compressor. 35 Protetor térmico (de sobrecarga) Os sistemas de refrigeração são equipados com dispositivos térmicos de segurança que o protegem contra um excesso de corrente (alta amperagem). E ligado em serie com o circuito que alimenta o compressor 36 Internamente são constituídos por dois tipos de metais com coeficientes de dilatação térmicas diferentes. Um aquecimento sofrido por um excesso de amperagem causara uma dilatação maior em um dos metais, abrindo o circuito. VENTILADOR Suga o ar do compartimento e joga-o de encontro ao filtro de ar do evaporador e deste direciona para o mesmo compartimento. O outro ventilador aspira o ar do exterior e joga-o de encontro ao condensador, fazendo o resfriamento do mesmo. Quando o termostato desliga o compressor, o motor elétrico dos ventiladores continua funcionando para que a circulação de ar interior e exterior continue. Ele só desligará quando todo o circuito for desalimentado. - Procedimento para identificar os fios do ventilador : - Com auxílio de um OHMITER determinar as resistências elétricas entre os pares de fio do ventilador; - Separar o par de fios que apresentou o maior valor de resistência, pois este é o par composto por marcha e auxiliar; - Para identificar o fio correspondente ao enrolamento auxiliar, basta comparar os dois fios com um terceiro, o que apresentar a maior resistência será o fio correspondente a bobina auxiliar e o outro é a marcha; e - Após ter identificado os fios das bobinas de marcha e auxiliar os demais fios são responsável pelas velocidades. Melhoram o conjugado de partida do compressor dos aparelhos de ar condicionado. Ficam na linha durante todo o período de funcionamento do sistema, seja na fase de partida como na fase de marcha. Nos motores dos ventiladores são usados capacitores de fase ou permanente, e também ficam sempre na linha durante o funcionamento. Um dos bornes do capacitor de marcha ou permanente, identificado por um ponto vermelho, corresponde ao rabicho de marcha do compressor ou motor dos ventiladores. 37 P T PR BR S E L E T O R A MR VM FH C N F TERMOSTATO CAPACITORM A C COMPRESSOR baixa alta aux marcha 38 ESQUEMA ELÉTRICO COM CAPACITOR PREMANENTE DUPLO CHAVE SELETORA VENTILADOR E TERMOSTATO VENTILADORES USADOS NOS CONDICIONADORES SPLIT APARELHO CONDIÇIONADOR DE AR 10000 BTUS DE JANELA COM TERMOSTATO (CONTROLE DE TEMPERATURA ) E CHAVE SELETORA DE FUNCIONAMENTO 39 ESQUEMA ELÉTRICO DE CONDICIONADOR DE AR COM CAPACITORES DE MARCHA / PERMANENTE INDIVIDUAIS 40 ESQUEMA ELÉTRICO PARA CONDICIONADORES DE AR COM CHAVE TERMOSTÁTICA E SELETOR DE VELOCIDADE ALTA / BAIXA 41 O seletor de velocidade possui duas posições, com três terminais a saber: umligado á chave e outros dois um normalmente fechado (nf), e outro normalmente aberto (na), ligados á velocidades do ventilador. a chave termostática tem seu funcionamento muito semelhante ao de um termostato comum, porém ela faz o papel de ligar e desligar o circuito e regular a temperatura ambiente. o seletor fan ou seletor de velocidade é uma espécie de interruptor de pressão. Os testes de ambos componentes são realizados da mesma maneira que se testa um termostato comum, ou seja testando continuidade entre terminais com ohmímetro ou lâmpada de testes. A chave vem de fábrica com seus terminais marcados com números de 1 a 3, sendo o de numero 1- ligado ao seletor; o de numero 2- ligado ao compressor através do protetor térmico; e o de número 3- ligado a um dos fios da linha. LIGAÇÃO DO CIRCUITO ELÉTRICO DA UNIDADE CONDENSADORA DO CONDICIONADOR DE AR SPLIT (EXTERNA) CICLO FRIO/ QUENTE/FRIO 42 43 44 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS GELADEIRAS, BEBEDOUROS E CONDICIONADORES DE AR. COMPONENTES DE GELADEIRAS E BEBEDOUROS - Refrigerador doméstico O refrigerador doméstico pode ser: simples, duplex e triplex. Cada tipo possui suas características conforme os critérios de fabricação. Tem sistemas de baixa, media e alta pressão de retorno50 a400 litros. Sua pressão de trabalho na aspiração varia de 12 a 15 psi e na descarga 110 psi. Porem os refrigeradores duplex e triplex possuem compartimentos destinados ao congelamento, portanto operando com temperaturas e pressões mais baixas, duplex ate cerca de 10 PSI na aspiração e freezer cerca de 5 PSI na aspiração (Pressões apenas para referencia) Esses valores dependem da potência do compressor, que varia de 1/8 a 1/2 HP, com voltagem variando de 110 a220 v. - Componentes mecânicos a) Compressor São usualmente do tipo hermético ou fechado. b) Condensador São de dois tipos: os resfriados a ar por meio de uma ventilação forçada e resfriados a ar por meio de circulação de ar natural. c) Elemento expansor O tubo capilar é, essencialmente, o dispositivo de expansão usado nos refrigeradores domésticos. É um tubo simples de cobre, de diâmetro muito pequeno, aproximadamente 1,01 mm, que une a linha de alta à linha de baixa pressão. Seu comprimento pode variar de 1,50 m a 3,50 m e pelo menos 1,20 m de comprimento total devem ser soldados na linha de aspiração, a fim de obter um resfriamento às custas dos vapores frios provenientes do evaporador. c) Evaporador São usados normalmente os do tipo expansão direta, devidoa sua execução simples, baixo custo e com boa capacidade, e também porque oferecem temperatura mais uniforme e rápido resfriamento no interior da geladeira. d) Acumulador É um vaso cilíndrico projetado para reter qualquer líquido refrigerante que não se tenha transformado em gás no evaporador, proporcionando ao compressor apenas aspiração do refrigerante no estado gasoso. e) Filtro para líquido É um recipiente cilíndrico colocado antes do tubo capilar para filtrar, essencialmente, as impurezas do sistema de refrigeração, evitando, assim, a obstrução do tubo capilar. 45 - Acessórios Na construção de um refrigerador entram, ainda, várias outras partes. Algumas delas são evidentes como o gabinete, que é uma espécie de armário no qual são montadas as peças que constituem o sistema. Para impedir que o calor do recinto em que está instalado o refrigerador diminua sua eficiência, existe o isolamento térmico. O fecho da porta é do tipo magnético. Uma guarnição de borracha em torno da porta assegura a vedação hermética. Embaixo do evaporador está situada uma bandeja de plástico destinada a recolher a água produzida no degelo 46 - Funcionamento do refrigerador doméstico O ciclo de funcionamento consiste dos seguintes passos: O compressor bombeia o refrigerante através de todo o sistema. Ele puxa refrigerante gasoso frio através da linha de aspiração das serpentinas de congelamento do evaporador. Ao mesmo tempo, comprime o gás e bombeia-o para a linha de descarga. O gás fortemente comprimido tem sua temperatura elevada e entra no condensador. O condensador executa uma função semelhante à do radiador em um automóvel, ou seja, o condensador é a serpentina de esfriamento do gás refrigerante quente. No condensador, o calor é expelido para o ar ambiente exterior ao gabinete. Durante esse processo, o gás refrigerante passa para o estado líquido. Quando o líquido refrigerante quente sai do condensador para entrar no tubo capilar, o filtro para líquido remove as impurezas que porventura se encontre nesse líquido refrigerante. O tubo capilar é cuidadosamente calibrado no comprimento e no diâmetro interno, para medir a exata quantidade de líquido refrigerante exigido para cada unidade. Um comprimento prévio do tubo capilar é, usualmente, colado em contato com a linha de aspiração, formando um trocador de calor que auxilia a esfriar o líquido refrigerante quente no tubo capilar. O tubo capilar, nesse caso, liga-se ao tubo de diâmetro maior do evaporador. Quando o refrigerante deixa o tubo capilar sua pressão já é bem menor em relação a pressão existente no condensador. Ao entrar no tubo maior do evaporador, o repentino aumento desse diâmetro formará uma área de baixa pressão e a temperatura do refrigerante cai rapidamente, quando ele se transforma em uma mistura de líquido e gás. No processo de passagem através do evaporador, o refrigerante absorve calor do ambiente em um mistura de gás e líquido em gás. O gás refrigerante à baixa pressão saindo da serpentina do evaporador entra agora no acumulador. O acumulador é um cilindro projetado para reter qualquer líquido refrigerante que não se tenha transformado em gás no evaporador. Visto que é impossível comprimir um líquido, o acumulador impede qualquer líquido de retornar ao compressor. Quando o gás refrigerante sai do acumulador, ele retorna ao compressor através da linha de aspiração, que é parte do trocador de calor, completando desse modo o ciclo. - Lado de alta pressão É o que contém o refrigerante a alta temperatura e pressão. Consiste da saída do compressor, linha de descarga e condensador até a entrada do tubo capilar. - Lado de baixa pressão É o que contém o refrigerante à baixa temperatura e pressão, e consiste da saída do tubo capilar, evaporador, linha de aspiração e entrada do compressor. 47 48 REFRIGERADORES FROST-FREE Refrigeradores frost free são especiais e possuem dois compartimentos: Um para congelamento e outro para refrigeração de gêneros não congeláveis como laticínios e frutas, possuem um sistema de descongelamento automático do evaporador e um ventilador que circula ar do congelador(parte de cima) para o refrigerador (parte de baixo). Circuito elétrico “Frost-Free” Essa linha de refrigeradores / congeladores tem como característica a circulação do ar no interior do equipamento. É importante conhecer os procedimentos para os testes dos dispositivos. • Motor do ventilador - movimente a hélice com a mão, para verificar se o eixo está girando livre nos mancais. Em caso afirmativo, verifique a continuidade elétrica do enrolamento do motor com um ohmímetro. Em caso negativo, o motor está defeituoso, sendo necessária a sua substituição. • Interruptor horário - está localizado na parte externa do freezer e atrás do compartimento Congelador / refrigerador “Frost Free”, em seu lado superior direito. O interruptor horário é responsável pelo funcionamento do sistema de degelo do evaporador, a cada 12 horas. A função do interruptor horário, após cada período de 12 horas, é abrir o circuito para o compressor e motor do ventilador, fechando o circuito para a resistência de degelo, durante 21 minutos. O interruptor horário é acionado por um motor de rotação reduzida que movimenta um conjunto de engrenagens redutoras, que mexe, por sua vez, um Came (disco de plástico), acionando o movimento de abertura e fechamento dos platinados.O came, com sua forma helicoidal (de caracol), controla a abertura ou o fechamento dos contatos dos platinados, ligando ou desligando o compressor e motor do ventilador ou a resistência, por determinados períodos. Funcionamento do interruptor horário O interruptor horário possui quatro terminais de ligação: • BR: fio (branco) de entrada de força, que alimenta o motor do interruptor horário Ininterruptamente; • LR: fio (laranja) de retorno para termostato; • PR: fio (preto) de entrada de força, que alimenta o motor do interruptor horário ininterruptamente. .Ele alimenta, ainda, alternadamente, o retorno para o termostato e o retorno para o bimetal e resistência através da ação dos platinados. • BL-4: fio (preto) de retorno para o bimetal e resistência. O motor do interruptor horário é alimentado através dos terminais “BR-1” e “PR- 3”, com. Funcionamento ininterrupto. O interruptor horário sai ajustado da fábrica para o início do ciclo de refrigeração, ou seja, o manipulador do came é posicionado logo após a graduação “2”, onde o platinado “PR-3” fecha o contato com o “LR-2”, alimentando o compressor e o motor do ventilador através do termostato que está em série neste circuito.Este circuito permanece fechado por 12 horas, mas é interrompido pelo termostato, que desliga o compressor e o motor do 49 ventilador, assim que as temperaturas internas do freezer e/ou refrigerador atingem valores máximos predeterminados. O termostato volta a ligar o compressor e o motor do ventilador, quando as temperaturas atingem valores mínimos. Este processo é cíclico durante todo o período de refrigeração. Assim, após 12 horas, o interruptor horário atinge a graduação “2”, onde ocorre a abertura do contato do platinado “LR-2”, interrompendo o circuito para o compressor e motor do ventilador. Isso,consecutivamente, fecha os contatos entre os platinados “PR-3” e “BI-4”, alimentando a resistência de degelo através do bimetal ligado em série neste circuito, dando início ao degelo. O interruptor horário mantém este circuito fechado por 21 minutos. Mas o bimetal montado no evaporador está em série com a resistência, a fim de mantê-la ligada o tempo suficiente para o degelo do evaporador, o que ocorre quando o bimetal sente a temperatura de aproximadamente 14ºC. Isto ocorre em condições normais, em tempo menor que o predeterminado para o degelo. Independente dotempo de descongelamento do evaporador, somente depois de transcorridos os 21 minutos é que o interruptor horário abre o contato do platinado “BI-4” e volta a fechar o “PR-3” com “LR-2”, alimentando o compressor e o motor do ventilador para iniciar, novamente, o ciclo de refrigeração. TIMER ANALÓGICO PARA COMANDO DE DEGELO AUTOMÁTICO. Para executar o teste do interruptor horário, proceda da seguinte forma: 1. Desconecte o chicote e fios do equipamento. 2. Verifique a continuidade entre os terminais “BR-1” e “PR-3”. Em qualquer posição que esteja o manipulador, deve haver continuidade entre estes terminais. Caso contrário, o motor está interrompido. 3. Posicione o manipulador logo após a graduação “2” e mantenha as pontas do ohmímetro entre os terminais “PR-3” e “LR-2”. Gire o manipulador no sentido horário, até próximo da graduação “2”.Durante todo este curso deve 50 haver continuidade. Em caso contrário, o interruptor horário estará defeituoso. Avance o manipulador para a graduação “2” até ouvir um clique. O ohmímetro não deve indicar continuidade entre os terminais “PR-3” e “LR-2”. Caso isso aconteça, o interruptor horário estará defeituoso. Ainda com o manipulador posicionado na graduação “2”, coloque uma ponta de prova no terminal“PR-3” e a outra no terminal “BI-4”. Deve haver continuidade. Em caso contrário, o interruptor horário estará defeituoso. Avance o manipulador. “Não deve haver continuidade entre os terminais “PR-3” e BI-4”, exceto na graduação “2”. Em caso contrário, o interruptor horário estará defeituoso. Bimetal para degelo Ligado em série entre o interruptor horário e a resistência de degelo, tem por finalidade interromper o circuito da resistência, tão logo o evaporador fique livre de gelo, independente do tempo de degelo (máximo de 21 minutos) determinado pelo interruptor horário. Esse bimetal está localizado junto ao evaporador no lado direito superior, fixado ao mesmo tempo por uma haste que o deixa em contato direto com o evaporador. O bimetal abre o contato entre seus dois terminais no instante em que sua temperatura de acionamento é atingida — + 14ºC, — só voltando a ligá-lo quando a temperatura atingir -12ºC. Teste do bimetal Para realizar este teste, providencie um ohmímetro e um termômetro. Remova o bimetal do evaporador conecte aos seus terminais as pontas de prova do ohmímetro e fixe o sensor do termômetro junto à superfície sensível do bimetal. Coloque o bimetal dentro do freezer e/ou do congelador do refrigerador e, através do termômetro e do ohmímetro, verifique a temperatura de fechamento do seu contato, que deve ser de aproximadamente - 12ºC. Feito isto, retire o bimetal do freezer e/ou do congelador do refrigerador e deixe-o em temperatura ambiente. Verifique, então, a temperatura de abertura do contato do bimetal que deve ser de aproximadamente + 14ºC. TERMOSTATO BIMETAL E TIMER HORÁRIO DE DEGELO. 51 RESISTÊNCIA DE DEGELO TERMOFUSÍVEL E SENSOR. DIAGRAMA ELÉTRICO DE FROST- FREE COM TIMER ANALÓGICO. 52 FOTO DE EVAPORADOR DE FROST-FREE COM DEFEITO NO SISTEMA DE DEGELO AUTOMÁTICO. VENTILADOR DO EVAPORADOR DE FROST FREE RESPONSÁVEL POR CIRCULAR O AR DO EVAPORADOR PARA TODO O REFRIGERADOR (PARTE DE CIMA E DE BAIXO) 53 PLACA E KIT PLACA ELETRONICA UTILIZADOS EM FROST- FREE DIAGRAMA ELÉTRICO DE FROST-FREE COM PLACA ELETRÔNICA A placa eletrônica controla todo o funcionamento do refrigerador, recebendo informações dos sensores e em alguns casos, tambem de placas de interface. Ela controla sobretudo os periodos de degelo alimentando e desalimentando a resistência, tudo eletrônicamente. Possui fios coloridos e soquetes que permitem a identificação e facilita a instalação de componentes. 54 FUNCIONAMENTO DOS DIVERSOS TIPOS DE CONDICIONADORES DE AR As funções do compressor, condensador, evaporador e tubo capilar são conhecidas pois se igualam em todos os sistemas de refrigeração. Fig. 3-56 55 a) Circuito do refrigerante no aparelho de ar condicionado Normalmente, o grupo compressor- motor é um conjunto hermético projetado para trabalhar umas 45.000 horas. A função do compressor é aspirar ao vapor refrigerante a baixa pressão, obtido na saída do evaporador através da linha de aspiração. Na fase de compressão, o vapor refrigerante sofre um aumento de temperatura e pressão, obtido na saída do evaporador através da linha de aspiração. No condensador, que é de tubos de cobre com alhetas de resfriamento, é feita a transformação do vapor refrigerante em líquido refrigerante. Para efetuar esta troca o vapor refrigerante cede calor ao meio ambiente. Esta transferência de calor é facilitada em virtude da ampla superfície de contato que possuem as alhetas do condensador, bem como por um processo de convecção forçada, em que um ventilador é utilizado. O líquido refrigerante sai do condensador para o tubo capilar em direção ao evaporador. O capilar é um tubo de diâmetro reduzido e de tamanho adequado, que produz a queda de pressão necessária para o evaporador, funcionando também como um dispositivo regulador do refrigerante. A queda de pressão é conseguida pelo comprimento do tubo, enquanto que o diâmetro do tubo serve para regular o fluxo de refrigerante que passa no evaporador. No evaporador, o líquido refrigerante absorve o calor do recinto que está sendo refrigerado, passando do estado líquido ao estado de vapor. 56 CONDICIONADOR DE AR SEMI DESMONTADO PARA INSPEÇÃO E LIMPEZA 57 CONDICIONADORES DE AR TIPO SPLIT ONDE AS UNIDADES SÃO SEPARADAS 58 REFRIGERANTES ATUALMENTE MAIS UTILIZADOS EM REFRIGERAÇÃO DOMÉSTICA: R-134 A (Refrigeradores, freezer, balcões, bebedouros, refresqueiras e etc.)- OLEO -Sintético. R-401 BLEND ( MP -39- Mistura de gases alternativos). -OLEO –Mineral. R-22 (Condicionadores de ar). -OLEO Mineral. R-410 (Condicionadores de ar) – OLEO= Sintético. R-600 ISOBUTANO (Refrigeradores mais modernos) – OLEO –Sintético. MANÔMETROS DE PRESSÃO E VÁCUO (MANIFOLD) Medidores de pressão e depressão utilizados em refrigeração e que alem de indicarem pressões para diversos fluidos refrigerantes, também indicam temperatura de saturação, tanto para baixa pressão (Temperatura de evaporação saturada, manômetro azul), como também para alta pressão(Temperatura de condensação, manômetro vermelho). POSSUEM TRES LINHAS DE MANGUEIRAS: -AZUL PARA BAIXA PRESSÃO -AMARELA CHAMADA DE SERVIÇO E -VERMELHA PARA ALTA PRESSÃO. ATRAVÉS DESSAS MANGUEIRAS E QUE PODEMOS FAZER INTERFERÊNCIAS NO SISTEMA FRIGORÍGENO COMO TESTES DE PRESSÃO,CARGA DE GÁS E VÁCUO. 59 BOMBA DE VÁCUO Equipamento que deve ser sempre usado para a realização de vácuo no sistema. Preferencialmente de duplo estágio e de no mínimo cinco CFM. O vácuo é a operação que sempre se faz necessária quando se abre ou acessa o sistema frigorífero, para a retirada da umidade contida no ar atmosférico e garantir que só circule fluido refrigerante no sistema. Nos sistemas herméticos sempre que houver vazamentos devera se realizado alto vácuo com bomba após sanar o defeito ou causa do vazamento e só ai proceder à nova carga de refrigerante. EFEITOS DA UMIDADE EXCESSIVA A consequência mais inconveniente da umidade excessiva é a corrosão, com todas as suas diversas complicações. Os produtos da corrosão incluem sais e óxidos metálicos que engorduram as válvulas e revestem a superfície interior do condensador e do evaporador. Esse revestimento reduz a eficácia da transmissão de calor, limitando a capacidade do sistema. As válvulas sujas ou coladas podem ocasionar a falha de todo o sistema. A corrosão causa a corrosão do verniz dos enrolamentos do compressor, obstruçãodos filtros e dos orifícios, o congelamento da umidade nos pontos de baixa pressão como, por exemplo, a saída do capilar. BOMBA DE VÁCUO E VACUÔMETRO ELETRONICO DIGITAL 60 OPERAÇÃO DE VÁCUO EM REFRIGERADORES COM BOMBA DE VÁCUO A- CONJUNTO MANIFOLD B- MANÔMETRO DE ALTA C- MANÔMETRO DE BAIXA D- BOMBA DE VÁCUO E- CILINDRO DE CARGA F- VÁLVULA SHIREIDER OPERAÇÃO TESTEDE VAZAMENTOS COM NITROGÊNIO, VÁCUO E CARGA DE GÁS COM BALANÇA EM CONDICIONADOR SPLIT. 61 BALANÇA PARA REFRIGERAÇÃO DE PRECISÃO MÍNIMA DE UM GRAMA Existem muitas formas para realização da carga de refrigerante: Pela amperagem; Pela produção; Pressão de trabalho. Porém a mais precisa e mais eficaz é a que é realizada pelo peso, observando os dados técnicos do equipamento. Operação rápida e limpa, sem riscos de erros e sobre tudo acompanhando as atuais alterações no que diz respeito aos diversos tipos de fluidos refrigerantes utilizados pela indústria do frio. SUPERAQUECIMENTO Superaquecimento é uma faixa de trabalho de rendimento e segurança para o sistema de refrigeração. Com ele é possível garantir que boa parte do evaporador terá fluído evaporando e garantir que este fluído chegue somente na forma gasosa (vapor) no compressor. . CÁLCULO DE SUPERAQUECIMENTO SA = Tsucção - (T- evap): Se SA for menor do que 5°C – Retirar refrigerante da linha. Se SA for maior do que 7°C - Adicionar refrigerante da linha. Tsucção = TEMPERATURA DE SUCÇÃO - Lida diretamente na linha de sucção utilizando-se de um termômetro eletrônico. Obs.: Isolar a ponta de prova do termômetro com polipropileno fixando com fita isolante. T- evap = TEMPERATURA DE EVAPORAÇÃO - Obtida utilizando a pressão lida no manômetro de baixa e consultando uma tabela de pressão X temperatura de saturação do R22, também chamada de tabela de propriedades termodinâmicas do R22. A faixa ideal de superaquecimento é de 5°a 7°C e a aceitável é de 4° a 9°C. 62 IMPORTANTE: caso a máquina não seja nova, efetuar a limpeza dos filtros de ar da unidade interna e dos trocadores de calor, sob-risco de alteração dos resultados obtidos. Antes de fazer o cálculo do SA, é necessário realizar a limpeza. Exemplo: Para pressão lida na linha de sucção de 76 PSI(valor encontrado na tabela de 6,9°C), O valor de temperatura lida diretamente na linha de sucção(Tevap) é igual a 15°C, logo: RECOMENDA-SE: Se SA for menor do que 5°C - Retirar refrigerante da linha. Se SA for maior do que 7°C - Adicionar refrigerante da linha. CÁLCULO SIMPLIFICADO DE CARGA TÉRMICA PARA INSTALAÇÃO DE CONDICIONADORES DE AR SERA OBTIDA FAZENDO-SE A SOMA DE TRES PARÂMETROS: 1- ÁREA TOTAL EM METROS QUADRADOS X 600 BTU 2- NÚMEROS DE PESSOAS X 600 BTU 3- NÚMERO DE EQUIPAMENTOS INSTALADOS X 600 BTU NOTA: CASO EXISTA ALGUMA PAREDE QUE RECEBE CALOR ORIUNDO DA LUZ SOLAR INSIDINDO DIRETAMENTE SOBRE A MESMA, ALTERAR O PARÂMETRO NUMERO 1- PARA ÁREA TOTAL X 800 BTU. EXEMPLO: 16 M2 X 600 BTU = 9600 BTU 2 PESSOAS X 600BTU= 1200 BTU 1 EQUIPAMENTO X 600 BTU= 600 BTU 9600+1200+600 = 11400 BTU (APARELHO DE 12000 BTU ATENDE A NECESSIDADE). FLANGES EXPANSÃO E SOLDA EM TUBOS PARA REFIGERAÇÃO 63 Cortador de tubos Existem várias ferramentas boas para se cortar a tubulação de pequeno diâmetro empregada em refrigeração. Estas ferramentas são muito superiores a um serrote para metais, pois tornam o processo rápido, limpo e preciso, sem apresentarem o perigo da introdução de serragem ou de limalha no interior do tubo. Os cortes são no esquadro, limpos e requerem um mínimo de tempo para a preparação do flange. A roda cortante do cortador de tubos deve estar sempre afiada. Aliás, não sendo cara, pode ser substituída uma vez por outra. Ao cortarmos um tubo, o parafuso de avanço deve dar aproximadamente de 1/8 a 1/4 de volta para cada revolução da ferramenta em torno do tubo. Escareação e remoção das rebarbas As rebarbas de metal no interior do tubo são escareadas com uma lima, raspadeira ou com o escareador do próprio cortador. Se existirem rebarbas de metal na parte externa do tubo, estas devem ser limadas, tendo-se sempre o cuidado de segurar o tubo para baixo para que as limalhas não caiam dentro do tubo, o que viria a interferir com a operação das válvulas. Conjunto flangeador Os melhores flanges são feitos em tubulação de cobre por meio de um flangeador e uma ferramenta aparafusável própria. A fim de formar um flange com este tipo de ferramenta, desliza-se primeiramente a porca do tubo até uma distância suficiente de modo que não venha a interferir com a operação. A extremidade do tubo é, então, inserida no buraco correspondente no bloco, devendo ir de 1/6 a 1/8" além da face do bloco (1/8" dará um flange completo num tubo de 1/2"). 64 Aperta-se o parafuso (borboletas) do bloco, forçando a mandíbula dentada do bloco a prender o tubo ao se fazer força com a ferramenta. Limpa-se a superfície de flangeamento da ferramenta, lubrificando-se esta superfície com uma gota de óleo para refrigeração, limpo. Caso uma extremidade já tenha um flange ou então esteja ligada ao equipamento, a porca do flange deve ser colocada antes de se fazer flange, pois que uma vez feita tornar-se impossível colocar a porca no tubo. Coloca-se a seguir a ferramenta para flangear no bloco, tomando-se o cuidado de centrar com o tubo, girando-se o parafuso de avanço até que o cone tenha flangeado o tubo fortemente contra a parte escareada do bloco. Após soltar o tubo do bloco, examinam-se ambas as superfícies do flange, para verificar se houve formação de fendas, rachaduras, ou de outros defeitos. Empregando-se o procedimento acima descrito e utilizando tubulação de boa qualidade não deverão ser constatados quaisquer defeitos. FLANGEADOR PARA TUBOS DE COBRE E ALUMÍNIO 65 Montagem É de grande importância que ao fazer uma conexão com flanges, as superfícies adjacentes estejam limpas. A tubulação não deve ser forçada a entrar no lugar e as juntas devem estar à vontade antes que as porcas do flange sejam apertadas. Deve-se tomar cuidado para não saltar nem estropiar a rosca, não exercendo demasiada força sobre a porca da tubulação. Deve-se empregar sempre duas chaves de boca. SOLDAS (BRASAGEM) EM TUBOS PARA REFRIGERAÇÃO Para soldar tubos de cobre, basta expandi-los e encaixá-los de forma que haja uma pequena penetração de pelo menos meio centímetro. Poderá ser utilizada solda foscoper, que é a mais utilizada na prática, ou vareta de solda prata, que tem um excelente resultado. Antes de se efetuar a solda vale lembrar que as superfícies de encaixe deverão estar limpas isentas de tinta, óleos e graxa. Deverão ser lixadas com lixa fina antes do encaixe. 66 Para soldar cobre com tubo de ferro As mesmas recomendações acima são válidas, porém, devemos utilizar sempre o fluxo na junção ates da vareta e sempre que possível optar por solda prata. Hoje já existe um tipo de vareta de solda altamente eficiente para junção de tubos de alumínio, detenção de vazamentos e banhos para solução de furos e fissuras. Esta vareta é chamada de solda IZI e dispensa o uso de fluxo e altas temperaturas. MAÇARICO MANUAL POTÁTIL TIPO TURBO TOCHA TS 8000 Rápido, prático seguro, leve e eficiente para tubos ate 5/8 da polegada em junção de solda de tubos para refrigeração. Este é o equipamento mais indicado no momento para este tipo de trabalho. Utiliza-se refil geralmente de 400 gramas de gás propano, que é facilmente encontrado no mercado sendo de fácil substituição. O corpo é de alumínio, possui válvula on-desligado gatilho com válvula trava, válvula de regulagem de intensidade da chama, pode ser utilizado de várias posições sobre tudo de cabeça para baixo sem o menor problema.BERNZOMATIC MAP TS 8000 MAÇARICO E REFIL
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