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(c) - Lilian Moro - TCC versão final Lilian corrigido jovi

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+ 
FACULDADE CIDADE VERDE 
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
– TURMA 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UM ESTUDO DE CASO EM UMA 
EMPRESA QUE ATUA NO RAMO VAREJISTA DE COMBUSTÍ VEIS 
 
 
 
 
Relatório apresentado para conclusão do Curso de Especialização em Contabilidade e 
Planejamento Tributário, da Faculdade Cidade Verde. 
Orientador: Professor Jovi Barboza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LILIAN LUCIANA MORO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ 
2016 
 
2 
 
 
 
RELATÓRIO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: UM ESTUDO DE CASO EM 
EMPRESA QUE ATUA NO RAMO VAREJISTA DE COMBUSTÍ VEIS SITUADA NO 
MUNICÍPIO DE MARINGÁ, ESTADO DO PARANÁ. 
 
 
 
Lilian Luciana Moro
1
 
Jovi Vieira Barboza
2
 
 
 
RESUMO 
 
Atualmente, é grande o índice de empresas que acabam por encerar suas atividades logo nos 
primeiros anos de vida, sendo comum nos deparamos com a justificativa da alta carga tributária 
brasileira, uma vez que esta representa grande parte dos custos operacionais de uma empresa. 
Porém, contrapondo tal conceito esse cenário não se dá somente pela tributação brasileira, mas 
sim pela falta de planejamento pelas empresas. Dessa forma, viu-se a importância de estudar o 
impacto, de se realizar um planejamento pelas empresas. O estudo foi realizado em uma empresa 
do ramo de revenda varejista de combustíveis. O planejamento tributário implicou em realizar a 
comparação dos regimes tributários: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional, buscado a 
opção que seja menos onerosa para a empresa ou que retarde o recolhimento dos impostos. Para 
tanto, buscou-se abordar um referencial teórico destacando a contabilidade tributária, o 
planejamento tributário, os regimes tributários, os tributos e suas espécies, o Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços- Substituição Tributaria (ICMS-ST) e tributação 
monofásica. As informações utilizadas são relativas ao ano de 2015, coletadas através do 
escritório de contabilidade responsável pela contabilidade da empresa. Para a pesquisa, foi 
utilizado o estudo de caso e pesquisa bibliográfica. Os cálculos se deram por meio de planilhas 
obedecendo às formas de cada regime tributário. Verificado os resultados identificou-se que a 
melhor opção para a empresa é o regime do Lucro Real, uma vez que proporcionou menor 
volume de tributos e um maior lucro em sua demonstração do resultado do exercício. Dessa 
forma, os regimes Lucro Presumido e Simples Nacional ficam inoportunos. 
 
 
Palavras Chave: planejamento tributário, contabilidade tributária, regimes tributários, tributos e 
impostos. 
 
ABSTRACT 
 
Currently, the level of companies which interrupt to wax their activities, in the first years of life, 
is high, being common we come across with the justification of the high Brazilian tax burden, 
once this represents great part of the operational costs of a company. However, opposing to this 
concept, this scenario does not happen only because of Brazilian taxation, but its results ot a lack 
of planning by most of the companies. Thus, importance was noted in order to study the impact, 
 
1 Pós-Graduanda do Curso de Especialização em Contabilidade e Planejamento Tributário da FCV. 
2
 Professor e Orientador dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação da FCV – Faculdade Cidade Verde. 
 
 
² 
3 
 
of concepting a tributary planning in an organization. The study was developed in a retail 
combustible resale company. The tributary planning implied to accomplish the comparison of tax 
regimes: Real profit, Presumed Profit and Simple National, by searching the option that be less 
onerous for the company or that it delays the collect of the taxes. For we to get this, it was 
necessary to approach a theoretical referential, highlighting the tax accounting, tributary 
planning, tax regimes, the tribute and its species, the Tax on Circulation of Goods and Services 
Substitution (ICMS-ST) and single-phase taxation. The information studied refers to the year of 
2015, and were collected with the accounting office, responsible for the accounting of the 
company. For the research, the case study and bibliographical research were used. The 
calculations were made by spread sheets, obeying to the forms of each tax regimen. Once the 
results were checked, it was found that the better option for the company is the Real Profit 
Regimen, once it was the one which generated minor value of tributes to be collected and a 
higher level profit in its demonstration of the year-end results. So, Presumed Profit ans Simple 
National regimes stay inopportune. 
 
 
Key Words: tributary planning, accounting tax, tributary regimes, tributes and taxes. 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Atualmente, devido às altas cargas tributárias, a maioria das empresas acaba por fechar as 
portas logo nos seus primeiros anos de atividade. Ao contrário do que muitos pensam esse 
cenário não se dá somente pela tributação brasileira, mas sim pela falta de planejamento 
tributário, com definição do melhor regime tributário de qualquer organização. 
O planejamento tributário é um sustento para as empresas que seguem um caminho de 
imprecisão. Ele aprimora o conhecimento fiscal do ramo em que se atua e oferece a possibilidade 
do empresário redirecionar os recursos postergados. Seu principal objetivo é a redução ou 
retardação do recolhimento do valor dos tributos, sempre levando em consideração a legislação 
vigente. 
Por esse motivo, é significativa a escolha de um Contador bem qualificado, que esteja 
atualizado com as mudanças diárias, ocorridas na legislação brasileira e que trabalhe respeitando 
os princípios contábeis. Somente dessa maneira o planejamento poderá ser dinâmico. 
Visto a importância do planejamento tributário, o presente trabalho é feito, em uma 
empresa que atua no ramo de comércio varejista de combustíveis. Os objetivos deste trabalho 
consistem: na verificação entre os regimes: lucro real, lucro presumido e simples nacional, 
definindo qual seja mais viável para a empresa. Realizar um levantamento teórico destacando o 
4 
 
tema a ser estudado. Decantar o planejamento tributário e sua importância e por fim elaborar um 
planejamento tributário a fim de atender os requisitos dos empresários. 
Visto que os tributos compõem uma parte importante no resultado da empresa, o presente 
trabalho se justifica pelo impacto que a elaboração de um planejamento tributário pode causar nas 
organizações, especialmente pela maximização que pode ocorrer do lucro. Dessa forma, este 
estudo fornecerá uma visão ampla das estratégias que podem ser utilizadas na gestão da empresa, 
dentro da legalidade. 
O estudo fica delimitado, à área de contabilidade tributária, objetivando realizar um 
planejamento tributário em uma empresa de do ramo varejista combustíveis ABC Ltda, situada 
em São Tomé, PR. O período estudado encerra as atividades da empresa no ano de 2015. 
Quanto a metodologia à pesquisa esta fica definida como estudo de caso. Segundo Gil 
(2002, p.54) estudo de caso defini-se como sendo um estudo profundo e exaustivo de um ou 
poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado. 
Para análise, foi necessário buscar dados da empresa ABC Ltda, referentes ao ano de 
2015, assim como, alguns dados e 2014. Tais dados foram organizados em planilhas de forma a 
facilitar a compreensão dos cálculos. Ainda, este foram analisados com base na legislação, e 
interpretados de forma objetiva. 
Contudo, este estudo fica delimitado às informações fornecidas pela empresa em questão. 
 
 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
Uma das maiores fontes de pesquisa é a literatura existente sobre o assunto pesquisado. 
Assim não poderíamos deixar de utilizar o vasto conhecimento em Planejamento Tributário que 
já existe ádisposição de qualquer pesquisador. Neste item, é sintetizado os trabalhos já estudados 
e publicados sobre o tema. A revisão de literatura é primordial para o conhecimento do autor, 
pois ela aborda a evolução do conteúdo estudado, até o momento. Abaixo segue a revisão de 
literatura do presente estudo. 
 
 
2.1 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
 
5 
 
 
A contabilidade surgiu como ideal de controlar o patrimônio de uma empresa. Com o 
tempo, ela passou a ser essencial para a tomada de decisões em qualquer organização. Segundo o 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC, 2008 p.20) “O objetivo científico da Contabilidade 
manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas 
mutações”. Ainda, segundo Oliveira: 
 
Seu objetivo é prestar informações úteis e relevantes aqueles com interesse na avaliação 
da situação patrimonial e no desempenho dessas entidades; que podem ser pessoas 
físicas ou jurídicas internas ou externas em relação a elas (OLIVEIRA, 2009 p.6). 
 
Para que essa tomada de decisão seja correta é necessária a análise de várias modalidades 
das áreas da contabilidade, sendo uma delas a contabilidade tributaria. 
A contabilidade tributária se apresenta como uma das mais importantes áreas para a 
empresa. Sua finalidade é praticar as normas da legislação tributária brasileira. É esta modalidade 
que tem a responsabilidade de apuração dos tributos recorrentes em cada período de apuração, 
contemplando todas as exigências e apresentando um resultado que não deve prejudicar o 
patrimônio da empresa e nem o erário brasileiro. Segundo Oliveira (2009, p.3) “Esse ramo de 
contabilidade tem por objetivo o controle e o planejamento dos tributos gerados pelas operações e 
resultados empresariais, além da realização de análises a todas as implicações tributárias de cada 
transação relevante”. 
Nada obstante, deve-se levar em consideração, que o estudo da legislação tributária é de 
suma importância para esta modalidade de contabilidade. Ela se impõe como alicerce para 
atender as exigências do fisco. É essencial lembrar que é necessário se estudar a legislação 
diariamente, visto que suas mudanças são constantes. 
Através da contabilidade tributária, as empresas reduzem ou postergar seus custos 
tributários. Isso é chamado de Elisão fiscal. É o formato lícito de se manejar os tributos em uma 
empresa, apresentando uma forma de liberdade do contribuinte, pela qual é possível uma 
tributação menos onerosa. De acordo com Oliveira (2009, p.193), “... a elisão fiscal ou economia 
legal ou ainda, planejamento tributário pode ser definido como todo procedimento lícito realizado 
pelo contribuinte antes da ocorrência do fato gerador...”. 
Por isso, é importante encontrar a melhor forma de tributação a ser empregada pela 
empresa. De forma lícita, fazemos isto por meio do planejamento tributário. 
6 
 
 
2.2 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
 
É sabido que os tributos representam grande parte dos custos de uma empresa. O 
planejamento se apresenta como uma ferramenta muito significativa nesta operação. Este tem 
embasamento na economia legal dos tributos, ou seja, o contribuinte dispõe de autonomia para 
comparar e escolher a tributação que seja menos onerosa para sua empresa. 
 Segundo Domingues¹ (2000) apud Oliveira (2009), p.202: “O planejamento tributário 
consiste em um conjunto de medidas continuas que visam à economia de tributos, de forma legal, 
levando-se em conta as possíveis mudanças rápidas e eficazes, na hipótese do Fisco alterar as 
regras fiscais”. 
Ainda, para Fabretti (2012, p.8), o planejamento tributário é “o estudo feito 
preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos 
jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas”. 
Conforme Oliveira (2009, p.203), considerando o objetivo do planejamento tributário, 
este pode ser: 
 
a) Anulatório – empregando-se estruturas e formas jurídicas a fim de impedir a 
concretização da hipótese de incidência da norma; 
b) Omissivo ou evasão imprópria – a simples abstinência da realização da hipótese de 
incidência; por exemplo: importação proibitiva de mercadorias com altas alíquotas, 
como carros importados; 
c) Induzido - quando a própria lei favorece, por razões extrafiscais, a escolha de uma 
forma de, por intermédio de incentivos e isenções; por exemplo: a compra de 
mercadorias importadas por meio da Zona Franca de Manaus; 
d) Optativo – elegendo-se a melhor fórmula elisiva entre as opções dadas pelo 
legislador; por exemplo: opção entre a tributação do IR pelo lucro real ou presumido; 
e) Interpretativo ou lacunar – em que o agente se utiliza das lacunas e imprevisões do 
legislador; por exemplo: não incidência do ISS sobre transportes intermunicipais; e 
f) Metamórfico ou transformativo - forma atípica que se utiliza da transformação ou 
mudança dos caracteres do negocio jurídico, a fim de alterar o tributo incidente ou 
aproveitar-se de um benefício legal; por exemplo, a transformação da sociedade 
comercial em cooperativa (menor ônus tributário no regime jurídico pátrio). 
 
1DOMINGUEZ, Vasquez Sigfried. O valor percebido como elemento estratégico para obter lealdade dos clientes. 
Caderno de Pesquisas em Administração, v.07, n.4, out./dez., São Paulo, 2000. 
 
7 
 
Dependendo do tipo de planejamento que está sendo elaborado, este pode não se ater a 
apenas 
uma forma de conduta, podendo então utilizar-se de vários métodos interligados para sua 
formação. 
 
Outro ponto a ser ressaltado é que o planejamento tributário pode ser utilizado nas mais 
diversas atividades empresarias, abordando qualquer setor ou atividade da empresa (OLIVEIRA, 
2009, p.207). 
Quanto à relação com as atividades empresariais, segundo Oliveira (2009, p.207), este 
pode ser: operacional (“forma específica de contabilizar determinadas operações e transações, 
sem alterar suas características básicas”); ou estratégico (“implica mudanças de algumas 
características estratégicas da empresa”). 
Com objetivo de anular, reduzir ou adiar o ônus fiscal a empresa, como já dito, tem como 
opção praticar a elisão ou evasão fiscal. É necessário que haja a diferenciação entre estas práticas, 
pois uma usa de meios legais no embasamento de suas ações, que é o caso da elisão fiscal, e a 
outra se utiliza de meios ilícitos para tal ação, que é o caso da evasão fiscal. 
O contribuinte que opte por realizar o planejamento tributário estará praticado a doutrina 
de elisão fiscal. Segundo Oliveira (2009, p.193) é uma conduta que se molda, perante a legislação 
tributaria, ao melhor perfil de regime tributário objetivando uma decisão que traga economia de 
tributos; É um preceito legal que tem como meta a redução, postergação ou eliminação do tributo, 
dessa forma cabe o ente fiscal respeitá-la. 
A “Elisão Fiscal é um conjunto de atos adotados por um contribuinte, autorizados ou não 
proibidos pela lei, visando uma menor carga fiscal, mesmo quando este comportamento prejudica 
o Tesouro” (ZANLUCA, 2013, p.6). 
Já para Fabretti (2012, p. 135), “a economia tributária resultante da adoção da alternativa 
legal menos onerosa ou de lacuna da lei denomina-se elisão fiscal”. 
E de acordo com Oliveira (2009, p.194) “a elisão fiscal representa um conjunto de 
sistemas legais, cujo objetivo é a redução, postergação e até mesmo, a eliminação do 
recolhimento do tributo”. 
8 
 
Deste modo podemos definir a elisão fiscal como sendo uma forma legal do administrador 
excluir, reduzir ou postergar o ônus tributário. Para isso, Zanluca (2013) afirma que existem duas 
espécies de elisão fiscal. 
A primeira se refere àquela decorrente da própria lei, ou seja, “existe uma vontade clara e 
consciente do legislador de dar ao contribuinte determinados benefícios fiscais” (ZANLUCA, 
2013, p.7). 
E a segunda resulta de lacunas e “brechas” existentes na própria lei, podendo o 
contribuinteconfigurar o seu negócio de forma a harmonizar com o menor ônus tributário, 
utilizando de modo a evitar o fato gerador da obrigação ou de elementos que a lei não proíbe 
(ZANLUCA, 2013, p.7). 
Contudo, caso o contribuinte se esquive da legislação, estará praticando a evasão fiscal. 
Esta, ao contrário da elisão, tende a reduzir ou postergar o tributo após o evento do fato gerador, 
ou até evitar que o fato ocorra; dessa forma, o contribuinte deixa de pagar parte de sua obrigação 
tributária, de maneira ilegal. 
A evasão fiscal utiliza-se de meios ilícitos para conseguir reduzir o ônus tributário. Para 
Fabretti (2012, p. 136), “a evasão fiscal, ao contrário de elisão, consiste em prática contrária à lei. 
Geralmente, é cometida após a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, objetivando 
reduzi-la ou ocultá-la”. 
Segundo Zanluca (2013, p.6): 
 
Evasão ou sonegação fiscal consiste em utilizar procedimentos que violem diretamente a 
lei fiscal ou o regulamento fiscal. É uma fraude dificilmente perdoável porque ela é 
flagrante e também porque o contribuinte se opõe conscientemente à lei. Os juristas a 
consideram como repreensível. 
 
Huck² (1997), apud Oliveira, 2009, p.192 conceitua evasão como “toda e qualquer ação 
ou omissão tendente a elidir, reduzir ou retardar o cumprimento de obrigação tributária”. Ou seja, 
a fuga do cumprimento da obrigação tributária. 
 Dessa forma, a elisão se torna a única forma lícita de se reduzir, eliminar ou adiar o ônus 
tributário uma vez que usa do planejamento tributário para praticar tal ação, além de fazê-lo antes 
do fato gerador da obrigação. 
 
 
²HUCK, Hermes Marcelo. Evasão e elisão: rotas nacionais e internacionais. São Paulo: Saraiva, 1997. p. 22. 
9 
 
 
Cabe então ao profissional responsável pela área adotar aquele tipo de planejamento que 
trará melhor resultado de acordo com as necessidades da empresa, para assim conseguir atingir o 
seu objetivo, mas sem infringir a legislação fiscal. 
 
 
 
2.3 CONCEITO DE TRIBUTO E SUAS ESPÉCIES 
 
 
O poder de tributar tem origem na Constituição Federal, de tal modo que, cabe ressaltar o 
conceito e suas espécies, conforme a legislação. 
O Código Tributário Nacional (lei 5.172/1966 ), em seu art. 3°, traz o seguinte conceito: 
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada”. Portanto o tributo é um pagamento obrigatório, que o 
cidadão deve ao Estado, cujo dispõe através de lei. 
São as espécies de tributos, impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
Os impostos têm sua origem por meio da ocorrência de um fato gerador, segundo o 
Código Tributário Nacional, em seu Art 16°: “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato 
gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao 
contribuinte”. Os impostos podem ser estabelecido pela União, Estados ou Municípios. 
 
Ainda sobre impostos, no âmbito das empresas, cabe destacar: Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica (IRPJ), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social (COFINS), Contribuição Social sobre o Lucro Liquido (CSLL). 
O IRPJ é um imposto auferido sobre a renda das empresas ou pessoas equipadas a elas. 
Ainda o Código Tributário Nacional (lei 5.172/1966), em seu Art 43°, define: 
 
O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como 
fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não 
compreendidos no inciso anterior. 
 
10 
 
O PIS é apurado por meio do faturamento mensal das empresas. Sua alíquota varia 
conforme a opção tributária escolhida. O regulamento sobre o PIS/PASEP encontra-se na Lei nº 
10.637/02 (Planalto, 2016), que define: “A Contribuição para o PIS/PASEP, com a incidência 
não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, 
independentemente de sua denominação ou classificação contábil”, ou seja, incide sobre todas as 
receitas da pessoa jurídica. Quanto à tributação, apresentamos a tabela referente às alíquotas 
aplicadas para a apuração do PIS: 
 
 
Tabela 1 – Alíquotas de acordo com os regimes tributários. 
PIS/PASEP 
Regime tributário Percentual 
Lucro Real 1,65% 
Lucro Presumido 0,65% 
 Fonte: Elaborada pela autora 
 
 
A COFINS também é apurada através do faturamento mensal das empresas, conforme se 
expressa na Lei nº 10.883/03 (Planalto, 2016): “Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social - COFINS, com a incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas 
auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação 
contábil”. Possui como fato gerador todas as receitas auferidas pela pessoa jurídica. Quanto à 
tributação, apresentamos a tabela referente às alíquotas aplicadas, para a apuração da COFINS: 
 
 Tabela 2 – Alíquotas de acordo com os regimes tributários 
COFINS 
Regime tributário Percentual 
Lucro Real 7,60% 
Lucro Presumido 3,00% 
 Fonte: Elaborada pela autora 
11 
 
 
 
Com relação à CSLL, esta foi instituída pela Lei Federal nº 7.689 de 1988 (Planalto, 
2016) Art. 1º que define: “Fica instituída contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, 
destinada ao financiamento da seguridade social”. Ou seja, tem como base de cálculo, o valor do 
resultado do exercício, antes da provisão para o imposto de renda. 
 As taxas, assim como os impostos são uma espécie de tributo. Gomes (2013, p.5) define: 
“estão vinculadas à utilização efetiva ou potencial por parte do contribuinte, de serviços públicos 
específicos e divisíveis”. Este tributo é classificando como vinculado, pois o Estado oferece algo 
em troca. 
 A contribuição de melhoria, segundo o art. 81, do CTN, deve ser “cobrada pela União, 
pelos Estados, Distrito Federal ou pelos Municípios, para fazer face ao custo de obras públicas de 
que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite 
individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado”. Ou seja, “são 
cobradas quando do benefício trazido aos contribuintes por obras públicas” (GOMES et al, 2013, 
p.5). 
Contudo, segundo Oliveira 2009, os empréstimos compulsórios, que são estabelecidos no 
art.148 da Constituição Federal e art. 15 do CTN, os quais só podem ser instituídos pela União, 
mediante lei complementar nos casos de guerra ou eminência dela, calamidade pública e em 
casos de investimentos de caráter urgente e relevante interesse nacional. É uma receita que deve 
ser restituída, tendo um prazo para sua extinção. 
Por fim, as contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas estão estabelecidas no art.149 da Constituição Federal e 
segundo Oliveira (2009, p.70) “são tributos instituídos para o financiamento dos Sistemas 
Oficiais de Previdência e Assistência Social, intervenção na economia e para financiar as 
entidades representativas de classe ou profissional”. 
 
 
2.4 REGIMES TRIBUTÁRIOS 
Ao se iniciar um planejamento tributário, é necessário conhecer os diferentes tipos de 
regimes tributários. A seguir detalhamos os regimes tributários abordados neste estudo. 
12 
 
 
2.4.1 Lucro Real 
 
Ao se estudar o Regime do Lucro Real, nota-se que essa forma de tributação ocorre sobre 
o lucro liquido das empresas, ajustado por adições, compensações ou exclusões, verificadas 
conforme artigo 247 do Regulamento do Imposto de Renda/99 (RIR). 
Para Oliveira (2009, p.101) “lucro real é o resultado contábil do trimestre antes do IRPJ e 
da CSLL, que assim é transcrito para o livro de apuração do lucro real que atende os ajustes 
extras contábeis, sempre considerando primordiais as normas fiscais”. 
Dessa forma, podemos definir o lucro líquido, de acordo com o Decreto-Lei nº. 1.598/77, 
em seu Art. 6º, § 1º: “lucro líquido do exercício é a soma algébrica de lucro operacional, dos 
resultados não operacionais, do saldo da conta de correção monetária e das participações, e 
deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial”. 
O regulamento do Imposto de Renda traz em seu art. 249 o conceito do que serão 
adicionados ao lucro líquido do período de apuração, para formação do Lucro Real: 
 
 I - os custos, despesas, encargos, perdas, provisões, participações e quaisquer outros 
valores deduzidos na apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não 
sejam dedutíveis na determinação do lucro real; 
II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores não incluídos na 
apuração do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, devam ser computados na 
determinação do lucro real. 
 
 
O mesmo dispositivo prevê, os valores que poderão ser excluídos do lucro líquido, os 
quais estão destacados no art. 250 do mesmo regulamento e vem assim definindo: 
 
I - os valores cuja dedução seja autorizada por este Decreto e que não tenham sido 
computados na apuração do lucro líquido do período de apuração; 
II - os resultados, rendimentos, receitas e quaisquer outros valores incluídos na apuração 
do lucro líquido que, de acordo com este Decreto, não sejam computados no lucro real; 
III - o prejuízo fiscal apurado em períodos de apuração anteriores, limitada a 
compensação a trinta por cento do lucro líquido ajustado pelas adições e exclusões 
previstas neste Decreto, desde que a pessoa jurídica mantenha os livros e documentos, 
exigidos pela legislação fiscal, comprobatórios do prejuízo fiscal utilizado para 
compensação, observado o disposto nos arts. 509º a 515º (Lei nº 9.065, de 1995, art. 15º 
e parágrafo único). 
 
13 
 
Contudo, estas adições, exclusões ou compensações serão realizadas por meio do Livro de 
Apuração Lucro Real (LALUR). Ele define realmente a base de cálculo do imposto de renda da 
pessoal jurídica a pagar naquele período, além da Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL). 
O LALUR é composto por duas partes “A” e “B”. A primeira parte traz discriminados os 
ajustes tais como despesas indedutíveis, valores excluídos, resultando no lucro real da empresa. A 
segunda parte abrange os valores que afetarão os períodos futuros, tais como prejuízo acumulado 
depreciação acelerada, etc. 
Após os ajustes (exclusões e inclusões) é definido o valor sobre o qual será aplicada as 
alíquotas dos impostos incidentes no regime lucro real. Para conhecermos o valor do IRPJ, sobre 
o valor do Lucro Real é aplicada à alíquota de 15%. Caso o lucro ajustado seja superior a 
R$ 60.000,00 no trimestre, aplica-se um percentual de 10%, referente ao adicional, sobre o valor 
excedente (RIR,2016). 
O lucro real pode ser apurado de duas formas: Lucro real anual ou trimestral. No primeiro 
a empresa apura a CSLL e IRPJ de forma estimada com base na receita. Estes valores acabam por 
serem contabilizados no ativo circulante, uma vez que são tratados como antecipações do valor 
real dos impostos. No final do respectivo exercício, é realizado o balanço de redução e suspensão 
onde se verifica a diferença a ser paga ou compensada para o próximo exercício. Já o segundo a 
apuração é realizada a cada trimestre. Estes valores são os definitivos. 
A título de CSLL, é aplicada, sobre a mesma base de cálculo, uma alíquota de 9%. 
Contudo, se o valor apurado no LALUR for negativo, não há IRPJ ou CSLL a recolher. O 
prejuízo é compensado nos próximos trimestres, de forma gradual e nas proporções permitidas 
pela legislação. 
 
2.4.2 Lucro Presumido 
 
O lucro presumido é uma forma de tributação um pouco mais simples do que o Lucro 
Real. A apuração ocorre a partir do faturamento da empresa, sendo este um regime trimestral. 
Assim, para Oliveira (2009, p. 110), o lucro presumido é uma forma de tributação simplificada, e 
aplicada a empresas de modesto porte, desde que não estejam obrigadas ao lucro real. 
O art.13 da Lei nº 9.718/98, com suas respectivas alterações pela Lei 12.814/13 
estabelece: 
14 
 
 
A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou 
inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis 
milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-
calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de 
tributação com base no lucro presumido. 
 
Para o calculo dos impostos deste regime, sobre o faturamento da empresa, é aplicada a 
porcentagem de presunção. A partir desse valor, de presunção (Base de Cálculo), é possível 
calcular o IRPJ e a CSLL, aplicando suas respectivas alíquotas de 15% e 9%, além do IRPJ, mais 
adicional, caso o resultado ultrapasse R$60.000,00 no trimestre, da mesma forma já abordada 
para o regime anterior. A porcentagem de presunção é classificada de acordo com a atividade 
econômica da empresa. Para este estudo, será utilizado qa seguinte porcentagem: “Revenda para 
consumo de combustíveis derivados de petróleo e álcool etílico carburante, inclusive gás natural 
1,6%” (Decreto n° 3000/1999). 
É importante salientar ainda que, conforme as leis especificam, algumas empresas estão 
proibidas de optarem pelo lucro presumido. 
 
2.4.3 Simples Nacional 
 
O Simples Nacional, é o regime mais adotado pelas empresas brasileiras. Este regime é 
reservado para as micro e pequenas empresas, uma vez que sua tributação é mais simplificada 
comparada aos demais regimes. 
De acordo com a Lei Complementar n
o
 123/2006, que instituiu o regime do simples 
nacional, em seu Art. 3: 
 
Consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a 
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a 
que se refere o art. 966 da Lei n º 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), 
devidamente registrados no Registro de e Empresas Mercantis ou no Registro Civil de 
Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: 
I- no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou 
inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); 
II - no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). 
 
Segundo Oliveira (2009 p.173), o simples nacional é um regime simplificado pelo qual foi 
unificada a arrecadação dos seguintes tributos: IRPJ, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, IPI, 
15 
 
Contribuição Patronal Previdenciária (CPP), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços 
de Transporte Interestadual e Intermunicipal (ICMS) e Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Natureza (ISS). 
 Para cálculo do valor a pagar do imposto, é considerado o faturamento da empresa nos 
últimos doze meses anteriores para poder saber qual faixa de enquadramento da empresa para 
estabelecimento da alíquota. Sabendo em que faixa se enquadra a empresa, aplica-se a alíquota 
sobre o valor da receita da empresa no mês, resultando no imposto devido. A seguir segue a 
tabela do Simples Nacional da Lei Complementar nº 123/2006, que se destina as empresas do 
comércio: 
Tabela 1: Tabela do Simples Nacional- Anexo I 
ANEXO I- Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Alíquotas Comércio 
Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS 
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00%0,00% 2,75% 1,25% 
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 
De 720.000,01 a 900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 
De 900.000,01 a 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 
De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 
De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 
De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 
De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 
De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 
De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 
De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 
De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 
De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 
De 3.420.000,01 a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 
 Fonte: Lei Complementar nº 123/2006 
 
A tabela serve para enquadramento da empresa em função do faturamento para se 
enquadrar a alíquota a ser aplicada sobre a receita para definições do valor do tributo a ser 
recolhido. 
16 
 
 Contudo, no Paraná, após o decreto n
o
 3.822/2012 foram modificados os percentuais de 
ICMS reduzindo ou isentando os mesmos. Dessa forma, após o enquadramento da receita dos 
últimos 12 meses é necessário substituir a alíquota do ICMS, através da tabela de diferenciação 
de ICMS. Só assim realmente conheceremos o valor do imposto a ser recolhido pela empresa. 
 
 
2.4.4 Lucro Arbitrado 
 
O Lucro Arbitrado é aplicável pelo fisco quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as 
obrigações relativas à determinação do lucro real ou presumido. Segundo Gomes (2013, p.205) o 
Lucro Arbitrado: 
 
[...] só deve ser aplicado quando da ausência absoluta de confiança na escrituração 
contábil do contribuinte, devido a falta ou insuficiência de elementos concretos que 
permitam a identificação ou verificação da base de cálculo utilizada na tributação pelo 
Lucro Real ou Presumido. 
 
Quando conhecida a receita bruta, a tributação do IRPJ procederá, de acordo com o 
RIR/99, em seu art. 532 aplicando o regime do o Lucro Arbitrado das pessoas jurídicas, 
observado o disposto no art. 394, § 11, determinando o valor do imposto mediante a aplicação 
dos percentuais fixados no art. 519 e seus parágrafos, acrescidos de vinte por cento (Lei n º 9.249, 
de 1995, art. 16, e Lei n º 9.430, de 1996, art. 27, inciso I). 
Já os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, são os 
mesmos aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro presumido, acrescidos de 20% 
(vinte por cento), exceto quanto ao fixado para as instituições financeiras conforme o RIR/1999, 
arts. 532 e 533. 
Quando não conhecida a receita bruta, o cálculo será regulado pelo art. 535 do RIR/99, 
pelo qual esta será determinada através de procedimento de ofício, mediante a utilização de uma 
série de opções de cálculo (Lei nº 8.981, de 1995, art. 51); a saber 
 
I - um inteiro e cinco décimos do lucro real referente ao último período em que a pessoa 
jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais; 
II - quatro centésimos da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e 
permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido; 
17 
 
III - sete centésimos do valor do capital, inclusive a sua correção monetária 
contabilizada como reserva de capital, constante do último balanço patrimonial 
conhecido ou registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade; 
IV - cinco centésimos do valor do patrimônio líquido constante do último balanço 
patrimonial conhecido; 
V - quatro décimos do valor das compras de mercadorias efetuadas no mês; 
VI - quatro décimos da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos 
empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de 
embalagem; 
VII - oito décimos da soma dos valores devidos no mês a empregados; 
VIII - nove décimos do valor mensal do aluguel devido. 
 
Após definidas as bases de cálculo de acordo com cada regime de tributação, aplica-se 
alíquota do IRPJ sobre o lucro presumido ou real. 
De acordo com o que dispõe a Lei 9.249/96, em seu art.3º, a alíquota do IRPJ é de 15% 
(quinze por cento) sobre a base de cálculo apurada, sendo que a parcela da base de cálculo que 
exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de 
meses do respectivo período de apuração, se sujeita à incidência de adicional de imposto de renda 
à alíquota de 10% (dez por cento). 
 
 
2.5 IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS (ICMS) POR 
SUBSTITUIÇÃO (ST) E TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA DO PIS E COFINS. 
 
 
 Em virtude de o estudo ser realizado em uma empresa do ramo varejista combustíveis, 
notou-se a importância de se destacar o ICMS ST e a tributação monofásica, no qual a empresa se 
enquadra. 
 O ICMS ST é o regime pelo qual a responsabilidade do recolhimento do tributo é aplicada 
um único contribuinte, no qual assume o papel de substituto tributário. Assim os demais 
contribuintes se desvinculam da obrigação do recolhimento, estes são chamados de substituídos 
tributários. Ou seja, se elege um único contribuinte para cumprir a obrigação do recolhimento do 
tributo antes mesmo que aconteça o fato gera (venda). A vantagem deste é a diminuição da 
informalidade e eficiência na fiscalização (Lei nº 87, de 1996). 
A tributação monofásica possui um conceito parecido ao ICMS ST. Porém esta tributação 
incide sobre o PIS/PASEP e a COFINS. Da mesma forma a responsabilidade destes tributos fica 
apenas com um contribuinte, sendo os demais dispensados da contribuição. Visto isto o 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lcp%2087-1996?OpenDocument
18 
 
contribuinte fica dispensado da obrigação de recolher o ICMS, PIS e a COFINS; Quando simples 
nacional tem o direito de descontar da alíquota os respectivos impostos. 
 
 
3 APRESENTAÇÕES DOS RESULTADOS 
 
Neste item, serão apresentados os dados que foram encontrados na pesquisa. Estes dados 
foram analisados, calculados e resumidos pelo autor. A apresentação se deu, por meio de 
quadros, tabelas explicativas e anexos. A seguir, apontamos os principais resultados obtidos. 
 
3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 
 
 
A empresa ABC Ltda, trabalha com vendas no varejo de combustíveis para veículos 
automotores, localizando-se na cidade de São Tomé PR. Possui dois sócios que administram a 
sociedade. A empresa está no mercado há 47 anos, e sua atuação abrange, além da cidade, toda 
sua região. 
A empresa é tributada pelo lucro real trimestral, e nunca mudou sua opção tributária. Por 
esse motivo torna-se importante a realização de um planejamento tributário, pelo qual é possível 
visualizar com convicção, a melhor forma de tributação para a empresa. Para a prática do estudo, 
foram cedidas informações pelo escritório de contabilidade responsável. As informações são do 
ano de 2015 e serão comparadas com as opções lucro presumido e simples nacional. Abaixo 
segue a tabela, para conhecimento, do faturamento bruto mensal da empresa. 
 
Quadro 1: Faturamento Bruto Mensal ano 2015 
MÊS VALOR
Janeiro 253.406,09 
Fevereiro 239.791,09 
Março 233.391,62 
Abril235.526,83 
Maio 285.650,28 
Junho 261.270,17 
Julho 246.763,61 
Agosto 265.129,44 
Setembro 249.038,93 
Outubro 293.586,05 
Novembro 261.501,50 
Dezembro 265.177,55 
Total 3.090.233,16 
 Fonte: Elaborada Pela Autora. 
 
19 
 
 
A empresa registrou no ano de 2015 um total de receita bruta R$ 3.090.223,16 sendo 
possível optar pelo regime do Lucro real, presumido ou simples nacional. 
 
3.2 APURAÇÃO DO INSS (INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL) 
 
 
O INSS é uma contribuição previdenciária, a qual as empresas estão sujeitas a 
recolhimento do valor. Esta contribuição é descontada dos funcionários, porém existe a parte 
patronal, que é paga pela empresa. Visto isto apresentamos o quadro 2 com a apuração deste, 
ressaltando que o mesmo não precisa de comparação por ser uma contribuição apenas de repasse 
da empresa. 
 
Quadro 2:Apuração de INSS ano de 2015. 
Mês/Ano INSS Pró Labóre INSS Patronal 
jan/15 86,68 645,11 
fev/15 86,68 613,20 
mar/15 86,68 605,06 
abr/15 86,68 606,65 
mai/15 86,68 602,92 
jun/15 86,68 668,96 
jul/15 86,68 671,63 
ago/15 86,68 806,90 
set/15 86,68 1.036,13 
out/15 86,68 986,71 
nov/15 86,68 1.095,90 
dez/15 86,68 2.733,44 
1.040,16 11.072,61 
Total de INSS 12.112,77 
 Fonte: Elaborado pela Autora. 
 
 
O quadro 02 apresenta o total de INSS apurado cujo é de competência da empresa- parte 
patronal, ou seja, já abatido a parte de contribuição do funcionário. O desembolso foi de 
R$12.112,77 reais, estes valores foram obtidos através dos cálculos já realizados pelo escritório 
de contabilidade competente da empresa. Ainda ressaltamos que em qualquer regime de apuração 
será necessário o pagamento do INSS. 
 
 
3.3 APRESENTAÇÃO DO LUCRO REAL 
 
20 
 
O lucro real é a apuração do IRPJ e da CSLL sobre o lucro que a pessoa jurídica 
realmente auferiu em determinado período ajustado pelas exclusões ou adições. A seguir, serão 
apresentadas as informações referentes à tributação da empresa: lucro real trimestral, por meio 
destas foi possível calcular os outros regimes tributários para eventual comparação. 
 Abaixo segue a demonstrações do resultado do exercício, do ano de 2015, da empresa 
estudada. As informações foram obtidas por meio do escritório de contabilidade. 
 
Quadro 3: Demonstração do Resultado do Exercício- Lucro Real (DRE). 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 3.090.233,16 
Receita Bruta de Vendas de Mercadorias 3.090.233,16 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA - 
PIS - 
COFINS - 
(=)RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.090.233,16 
(-) CUSTOS DAS VENDAS 2.863.719,35 
Custo de mercadorias / produtos vendidos 2.863.719,35 
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 226.513,81 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 211.513,88 
Despesas com vendas 124.959,15 
13° salário 4.184,80 
Água 1.655,08 
Aluguel 27.000,00 
FGTS 3.357,91 
INSS 11.932,10 
Publicidade e Propaganda 505,00 
Combustiveis e Lubrificantes 26.610,30 
Férias 5.957,62 
Salário 43.756,34 
Despesas Administrativas 82.941,16 
Depreciação 570,00 
Despesas Diversas 12.698,94 
FGTS 893,95 
Honorarios Contábeis 12.000,00 
INSS 3.681,15 
Juros e Multas fiscais 56,63 
Vale Alimentaçao 3.892,40 
Retirada Pro labore 5.516,00 
Serviços Tomados de Terceiros 2.009,76 
Material de Uso e Consumo 11.993,50 
Energia Eletrica 7.862,89 
Telefone 16.585,14 
Sistemas de Sofware 5.180,80 
Despesas Tributarias 4.270,07 
Imposto Sindical e Multas CLT 3.958,07 
Impostos e Taxas Municpais 312,00 
Outras Receitas Operacionais 656,50 
Recuperação de Aviso Previo 656,50 
(=) RESULTADO ANTES DAS OPERAÇÕES FINANCEIRAS 14.999,93 
Despesas Financeiras 22.396,33 
Juros e Encargos Financeiros 22.396,33 
(=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E DA CS E
SOBRE O LUCRO 7.396,40- 
(-) Provisão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica 336,08 
(-) Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 560,12 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 8.292,60 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ANO 2015
 
 Fonte: Elaborada pela Autora. 
21 
 
De acordo com a DRE, a empresa auferiu um lucro líquido de R$ 8.292,60 reais no ano de 
2015, sendo recolhidos R$ 336,08 de IRPJ e R$ 560,12 de CSLL. Ressaltamos que a empresa é 
tributada trimestralmente, assim para melhor entendimento apresentamos o quadro 4 que 
demonstra o resumo trimestral dos impostos pagos no ano de 2015. É por meio deste que faremos 
a comparação dos regimes tributários. 
 
Quadro 4: Resumo dos Impostos recolhidos pela empresa 2015. 
Mês IRPJ CSLL INSS
1° Trimestre 291,87 175,13 2.123,41 
2° Trimestre - - 2.138,57 
3° Trimestre 268,25 160,95 2.774,70 
4° Trimestre - - 5.076,09 
Total 560,12 336,08 12.112,77 
Total Geral 13.008,97 
 
 Fonte: Elaborado pela Autora. 
 
O quadro apresenta o resumo de todos os tributos recolhidos pela empresa no ano de 
2015, seu valor, entre CSLL, IRPJ e INSS, foi de R$ 13.008,97 reais. Ainda no 2° e no 4° 
trimestre a empresa obteve prejuízo, dessa forma não auferiu impostos a recolher. Salienta-se que 
a empresa se enquadra no regime monofásico de tributação e ICMS ST, que resulta na 
desobrigação do recolhimento de PIS, COFINS e ICMS. 
 
 
3.4 CÁLCULOS DO LUCRO PRESUMIDO 
 
 
A opção pelo Lucro Presumido é uma das formas da sociedade determinar a base de 
cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido. Neste regime 
tributário é feita a presunção do valor a pagar destes tributos, sendo a apuração realizada de 
forma trimestral, com base na receita bruta auferida pela empresa. o quadro 5 apresenta o calculo 
da presunção e dos respectivos impostos. 
 
 
 
 
22 
 
Quadro 5: Cálculo da presunção do IRPJ e CSLL. 
 Receita de Vendas 726.588,80 Receita de serviço 782.447,28 
Alíquota da Atividade 1,60% Alíquota da Atividade 1,60%
 Base de Cálculo 11.625,42 Base de Cálculo 12.519,16 
 Receita de serviço 760.931,98 Receita de serviço 820.265,10 
Alíquota da Atividade 1,60% Alíquota da Atividade 1,60%
 Base de Cálculo 12.174,91 Base de Cálculo 13.124,24 
 Receita de serviço 726.588,80 Receita de serviço 782.447,28 
Alíquota daAtividade 12% Alíquota da Atividade 12%
 Base de Cálculo 87.190,66 Base de Cálculo 93.893,67 
 Receita de serviço 760.931,98 Receita de serviço 820.265,10 
Alíquota da Atividade 12% Alíquota da Atividade 12%
 Base de Cálculo 91.311,84 Base de Cálculo 98.431,81 
Presunção Presunção
Base de Cálculo do CSLL
 1ºTRIMESTRE 2ºTRIMESTRE 
 Presunção Presunção
 3ºTRIMESTRE 4ºTRIMESTRE 
Presunção Presunção
 3ºTRIMESTRE 4ºTRIMESTRE 
Base de Cálculo do IRPJ
 1ºTRIMESTRE 2ºTRIMESTRE 
 Presunção Presunção
 
 Fonte: Elaborado pela autora. 
 
No caso em análise, sua receita é proveniente da venda de combustíveis, então para 
encontrar a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é necessário que se aplique o percentual sobre a 
receita de acordo com o tipo de atividade da empresa, neste estudo, como já demonstrado no 
quadro 5, o percentual é de 1,6 % e 12% respectivamente. 
Encontrada a base de cálculo, basta calcular o valor a recolher de cada tributo, aplicando 
as alíquotas de 15% para IRPJ e de 9% para CSLL. O quadro 6 demonstra o calculo utilizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Quadro 6: Cálculo do IRPJ e CSLL. 
 Base de Cálculo 11.625,42 Base de Cálculo 12.519,16 
 IRPJ 15% 1.743,81 IRPJ 15% 1.877,87 
 Base de Cálculo 87.190,66 Base de Cálculo 93.893,67 
 CSLL 9% 7.847,16 CSLL 9% 8.450,43 
 Base de Cálculo 12.174,91 Base de Cálculo 13.124,24 
 IRPJ 15% 1.826,24 IRPJ 15% 1.968,64 
 Base de Cálculo 91.311,84 Base de Cálculo 98.431,81 
 CSLL 9% 8.218,07 CSLL 9% 8.858,86 
 Valor a pagar dos impostos Valor a pagar dos impostos 
 3ºTRIMESTRE 4ºTRIMESTRE 
 Valor a pagar dos impostos Valor a pagar dos impostos 
 1ºTRIMESTRE 2ºTRIMESTRE 
Cálculo da CSLL e IRPJ a Recolher 
 
 Fonte: Elaborado pela autora. 
 
De acordo com o faturamento da empresa, o valor do IRPJ a recolher ao total foi de R$ 
7.416,56 e de CSLL foi de R$33.374,52. A seguir apresentamos o resumo trimestral caso a 
empresa fosse tributada pelo lucro presumido no ano de 2015: 
 
Quadro 7: Resumo dos Impostos pelo Lucro Presumido. 
Mês IRPJ CSLL INSS
1° Trimestre 1.743,81 7.847,16 2.123,41 
2° Trimestre 1.877,87 8.450,43 2.138,57 
3° Trimestre 1.826,24 8.218,07 2.774,70 
4° Trimestre 1.968,64 8.858,86 5.076,09 
Total 7.416,56 33.374,52 12.112,77 
Total Geral 52.903,85 
 Fonte: Elaborado pela autora. 
 
 
Caso a empresa fosse tributada pelo lucro presumido, o total de impostos IRPJ CSLL e 
INSS, recolhidos seriam o valor de R$ 52.903,85 reais. Sendo, um valor de impostos de R$ 
11.714,38 reais no primeiro trimestre, R$ 12.466,87 no segundo trimestre, R$ 12.819,01 no 
terceiro trimestre e R$ 15.903,59 no quarto trimestre. 
Dessa forma apresentamos a Demonstração do Resultado do Exercício, dos quatro 
trimestres do ano de 2015, na opção lucro presumido. 
 
 
24 
 
Quadro 8: Demonstração do Resultado do Exercício- Lucro Presumido (DRE). 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 3.090.233,16R$ 
Receita Bruta de Vendas de Mercadorias 3.090.233,16R$ 
(=)RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 3.090.233,16R$ 
(-) CUSTOS DAS VENDAS 2.863.719,35R$ 
Custo de mercadorias / produtos vendidos 2.863.719,35R$ 
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 226.513,81R$ 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 181.011,18R$ 
Despesas com vendas 98.348,85R$ 
13° salário 4.184,80R$ 
Água 1.655,08R$ 
Aluguel 27.000,00R$ 
FGTS 3.357,91R$ 
INSS 11.932,10R$ 
Publicidade e Propaganda 505,00R$ 
Férias 5.957,62R$ 
Salário 43.756,34R$ 
Despesas Administrativas 79.048,76R$ 
Depreciação 570,00R$ 
Despesas Diversas 12.698,94R$ 
FGTS 893,95R$ 
Honorarios Contábeis 12.000,00R$ 
INSS 3.681,15R$ 
Juros e Multas fiscais 56,63R$ 
Retirada Pro labore 5.516,00R$ 
Serviços Tomados de Terceiros 2.009,76R$ 
Material de Uso e Consumo 11.993,50R$ 
Energia Eletrica 7.862,89R$ 
Telefone 16.585,14R$ 
Sistemas de Sofware 5.180,80R$ 
Despesas Tributarias 4.270,07R$ 
Imposto Sindical e Multas CLT 3.958,07R$ 
Impostos e Taxas Municpais 312,00R$ 
Outras Receitas Operacionais 656,50R$ 
Recuperação de Aviso Previo 656,50R$ 
(=) RESULTADO ANTES DAS OPERAÇÕES
FINANCEIRAS 45.502,63R$ 
Despesas Financeiras 22.396,33R$ 
Juros e Encargos Financeiros 22.396,33R$ (=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E DA
CS E SOBRE O LUCRO 23.106,30R$ 
(-) Provisão para Imposto de Renda Pessoa Jurídica 7.416,56R$ 
(-) Provisão para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 33.374,32R$ 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 17.684,58-R$ 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ANO 2015
 
 Fonte: Elaborado pela autora. 
25 
 
 A DRE demonstra que se a empresa fosse tributada pelo lucro presumido estaria com um 
prejuízo de R$ 48.187,28 reais, além de ter recolhido R$ 7.416,56 de IRPJ e R$ 33.374.32 reais 
de CSLL. 
 
3.5 CÁLCULOS DO SIMPLES NACIONAL 
 
O Simples Nacional é o recolhimento simplificado dos tributos, incluindo o IRPJ, CSLL, 
INSS, FGTS, PIS, COFINS e ISS. A empresa em questão estará enquadrada na tabela do Anexo 
I, apresentada na Tabela 01. 
De acordo com o faturamento anual da empresa de R$ 3.090.233,16, esta estará 
enquadrada no faturamento entre de R$3.060.000,01 a R$ 3.240.000,00, com a sua respectiva 
alíquota. A base de cálculo do valor do Simples Nacional a pagar no ano é a receita bruta auferida 
multiplicada pela alíquota de enquadramento da empresa constante na Tabela 01. 
 
Quadro 9: Enquadramento e Calculo do Simples Nacional 
Rec. Bruta Acum. 3.040.873,08 Rec. Bruta Acum. 2.886.346,89 Rec. Bruta Acum. 3.031.393,70 
Base de Cálculo 253.406,09 Base de Cálculo 285.650,28 Base de Cálculo 249.038,93 
Percentual - 17ª Faixa 5,53% Percentual - 17ª Faixa 5,53% Percentual - 17ª Faixa 5,53%
SN a Recolher 14.013,36 SN a Recolher 15.796,46 SN a Recolher 13.771,85 
Rec. Bruta Acum. 3.040.873,08 Rec. Bruta Acum. 2.994.638,18 Rec. Bruta Acum. 3.026.624,08 
Base de Cálculo 239.791,09 Base de Cálculo 261.270,17 Base de Cálculo 293.586,05 
Percentual - 17ª Faixa 5,53% Percentual - 17ª Faixa 5,53% Percentual - 17ª Faixa 5,53%
SN a Recolher 13.260,45 SN a Recolher 14.448,24 SN a Recolher 16.235,31 
Rec. Bruta Acum. 2.959.183,08 Rec. Bruta Acum. 3.018.072,16 Rec. Bruta Acum. 3.076.264,93 
Base de Cálculo 233.391,62 Base de Cálculo 246.763,61 Base de Cálculo 261.501,50 
Percentual - 17ª Faixa 5,53% Percentual - 17ª Faixa 5,53% Percentual - 18ª Faixa 5,58%
SN a Recolher 12.906,56 SN a Recolher 13.646,03 SN a Recolher 14.591,78 
Rec. Bruta Acum. 2.906.355,20 Rec. Bruta Acum. 3.009.942,33 Rec. Bruta Acum. 3.081.878,85 
Base de Cálculo 235.526,83 Base de Cálculo 265.129,44 Base de Cálculo 265.177,55 
Percentual - 17ª Faixa 5,53% Percentual - 17ª Faixa 5,53% Percentual - 18ª Faixa 5,58%
SN a Recolher 13.024,63 SN a Recolher 14.661,66 SN a Recolher 14.796,91 
Total da Simples Nacional R$ 171.153,23
Faixa de Enquadramento e Cálculo do Simples Nacional 
Janeiro Maio
Fevereiro Junho OutubroMarço Julho Novembro
Abril Agosto Dezembro
Setembro
 
 Fonte: Elaborado pela autora. 
26 
 
O quadro 9 apresenta o enquadramento e o cálculo do simples nacional conforme, a 
receita auferida pela empresa, no ano de 2015. O valor do simples nacional a recolher foi de R$ 
171.153.23 reais, considerando que todos os impostos já estão introduzidos neste valor, podemos 
apresentar a DRE nesta opção tributaria. 
Quadro 10: Demonstração do resultado do Exercício - Simples Nacional 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 3.090.233,16 
Receita Bruta de Vendas de Mercadorias 3.090.233,16 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 171.153,23 
SIMPLES NACIONAL 171.153,23 
(=)RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 2.919.079,93 
(-) CUSTOS DAS VENDAS 2.863.719,35 
Custo de mercadorias / produtos vendidos 2.863.719,35 
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 55.360,58 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 195.900,63 
Despesas com vendas 113.027,05 
13° salário 4.184,80 
Aguá 1.655,08 
Aluguel 27.000,00 
FGTS 3.357,91 
Publicidade e propaganda 11.586,14 
Combustiveis e Lubrificantes 19.030,49 
Férias 2.456,29 
Salário 43.756,34 
Despesas Administrativas 79.260,01 
Depreciação 570,00 
Despesas diversas 12.698,94 
FGTS 893,95 
Honorarios contábeis 12.000,00 
juros e multas fiscais 56,63 
Vale Alimentaçao 3.892,40 
Retirada Pro labore 5.516,00 
Serviços Tomados de Terceiros 2.009,76 
material de uso e consumo 11.993,50 
Energia Eletrica 7.862,89 
Telefone 16.585,14 
Sistemas de Sofware 5.180,80 
Despesas Tributarias 4.270,07 
imposto sindical e multas CLT 3.958,07 
Impostos e Taxas Municipais 312,00 
Outras receitas 656,50 
Rec. aviso previo 656,50 
(=) RESULTADO ANTES DAS OPERAÇÕES
FINANCEIRAS 140.540,05- 
Despesas Financeiras 
Juros e Encargos Financeiros 22.396,33 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 162.936,38- 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DE 2015
 
 Fonte:Elaborado pela autora 
27 
 
Esta apuração demonstra que caso a empresa fosse tributada pelo simples nacional, 
obteria um prejuízo de R$ 162.936,38 reais sendo recolhido o total de imposto de R$ 171.153.23 
reais. 
 
 
3.6 ANÁLISES COMPARATIVAS 
 
 
Conforme os cálculos realizados, é possível elaborar um a tabela resumo de todos os 
regimes de tributários e seus receptivos desembolsos de impostos. 
 
Quadro 11: Quadro Resumo dos impostos conforme Regime tributário. 
IRPJ 7.416,56 336,08 
CSLL 33.374,32 560,12 
INSS 12.112,77 12.112,77 
SIMPLES NACIONAL 171.153,23 
TOTAL 52.903,65 13.008,97 171.153,23 
Simples NacionalLucro RealRegime de Tributação Lucro Presumido
 
 Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Dentre as opções jurídicas calculadas, a opção que possui o maior valor recolhido de encargos 
sobre o seu resultado é o Simples Nacional, com um desembolso total de R$ 171.153,23 no ano, 
em sequência fica o lucro presumido com um desembolso de R$ 52.903,65, e a opção tributária 
que obteve o menor valor de recolhimento de impostos foi o lucro real, com um desembolso de 
R$ 13.008,97 reais, no qual a empresa se enquadra. 
Isto se dá devido à atividade de revenda de combustíveis. As receitas e as despesas são altas, 
porém, o lucro é baixo. Neste ramo de comércio, o ganho é obtido com a quantidade de venda. 
Assim, os regimes Lucro presumido e simples nacional ficam inoportunos, uma vez que 
consideram apenas a receita para apuração dos tributos, e não utilizam os benefícios das despesas 
e da recuperação dos tributos, os quais reduzem o valor a pagar dos impostos. 
Abaixo segue o quadro de lucros/prejuízos calculados do ano de 2015: 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Quadro 12: Lucro/Prejuízo do ano de 2015. 
Lucro Presumido 17.684,58- 
Lucro Real 8.292,60 
Simples Nacional 162.936,38- 
Regime de Tributação
 Lucro/Prejuízo Auferido 
no ano de 2015 
 
 Fonte: Elaborado pela autora. 
 
Conforme o quadro, a empresa obteve lucro somente no regime lucro real apresentando um 
valor de R$ 8.292,60. Enquanto no lucro presumido foi a mesma destacou um prejuízo de -R$ 
17.684,58, e no simples nacional o prejuízo apresentou um valor ainda maior -R$ 162.936,38. 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
 
A tributação que incide sobre, as empresas de nosso pais é bastante alta, o que espelha 
impostos também altos. Neste aspecto, empresas vêm buscando com frequências profissionais 
contábeis bem qualificados, que lhes dêem alternativas precisas e orientações sobre a melhor 
forma de tributação. Para tanto é necessário que seja comparado estas formas de tributação. Para 
isto utilizamos o planejamento tributário. 
O planejamento tributário é a melhor maneira de comparar as opções tributarias. Ele 
demonstra a economia que a empresa pode obter nos tributos. Resultando na maximização de seu 
lucro. Todavia a empresa que optar pelo planejamento tributário não terá problemas com o fico, 
uma vez que este é totalmente legal. 
O bom planejamento é embasado integralmente na lei. Assim é necessário ser realizados 
por profissionais competentes e atualizados, no qual compreendam o perfil da empresa e dos 
clientes, os produtos, mercadorias ou serviços vendidos e seu tratamento tributário. 
O trabalho realizado buscou comparar três regimes de tributação. O Lucro Real, 
Presumido e Simples Nacional, no qual buscou o regime de maior economia de tributos e 
maximização do lucro. O trabalho foi realizado em um comércio de revenda de combustíveis, 
localizado em São Tomé, PR. 
Assim, este trabalho foi concluído, e alcançado seus objetivos, em virtude do estudo do 
referencial teórico, que possibilita ter um conhecimento legal sobre as tributações, compreender 
29 
 
as entrelinhas dos regimes tributários além de proporcionar o conhecimento sobre os cálculos 
apurados. 
 Dessa forma, conclui-se que o melhor regime de tributação para a empresa em estudo, é o 
Lucro Real, atual regime desta, pois foi o que proporcionou mais lucro e menos impostos a 
recolher, além de 
 Contudo, o trabalho proporcionou o conhecimento de que o planejamento tributário é 
essencial para qualquer empresa, uma vez que uma escolha errônea poderá classificar a mesma 
em um prejuízo no exercício. Dessa forma, percebemos que a empresa, apesar de nunca ter 
realizado um planejamento tributário interno, segue no caminho certo e optou pelo melhor 
regime. 
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