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O contato com o paciente_Psicodiagnóstico

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O contato com o 
paciente
Psicodiagnóstico
No processo psicodiagnóstico, o psicólogo precisa ter clareza
de que a sintomatologia já se fez presente e manifesta em
período anterior à marcação da consulta.
E, neste sentido, as resistências do paciente podem perpassar
por:
- Desconhecimento do que seja o trabalho com um
profissional em Psicologia;
- Estereótipos culturais em torno da área psi;
- Preconceitos sobre quem requer o atendimento
Como consequência, a própria pessoa procura conviver com
seus sintomas e a família tenta tolerá-los.
Mas, há limites para o sofrimento e para a tolerância.
A pessoa em sofrimento chega para o primeiro contato com o
psicólogo pressionada pela necessidade de ajuda e pela
necessidade de rendição e entrega.
A atitude de respeito do psicólogo, o “olhar de novo”, para as
questões e conflitos do paciente deve ser
críticas
livre de: menosprezo
desvalia
Isso é basilar no exercício profissional e propicia uma ligação de
confiança.
As atitudes de esperança e aceitação por parte do psicólogo
são fundamentais para o paciente que chega para o primeiro
contato.
MOTIVOS CONSCIENTES E 
INCONSCIENTES
A marcação da consulta formaliza um processo de trabalho
psicológico já iniciado, precedido de intensa
- angústia
e
- ambivalência
Quando o paciente é encaminhado por outrem (médicos,
amigos, solicitação de parentes...) o motivo aparente pode ser
a própria solicitação; e o paciente pode ter uma percepção
vaga de sua problemática.
Também pode haver algum nível de consciência do problema
e lhe ser muito doloroso o enfrentamento disto.
Dessa forma:
Há uma tendência para que o motivo explicitado ao
psicólogo seja o menos ansiogênico e o mais tolerável
para o paciente ou para o responsável que o leva.
Em geral, não é o mais verdadeiro.
Observar
Cabe ao psicólogo Perceber com tranquilidade
Escutar
Coercitivo
Não ser Inquiridor
Se mostrar “o dono do saber”
Criando o espaço necessário para que o paciente
Revele sua intimidade
Denuncie os aspectos incoerentes e confusos
de seus conflitos.
É importante observar como o paciente trata a si próprio e as
suas dores.
 Isso passa pelo vestir-se, pelo comunicar-se verbalmente e
não verbalmente, pela linguagem corporal, pelo conteúdo
dessas comunicações.
Todo movimento corpóreo deve ser considerado como
indicativo da realidade interior e expressão do psiquismo.
Pode ocorrer o fato de os pais verbalizarem o motivo, porém
não o mais verdadeiro ou o mais autêntico, dentro de sua
percepção.
Isso se dá em função de fantasias sobre o que pode acontecer
caso demonstre o que é mais doloroso e profundo e, portanto,
o que é mais oculto.
Se a realidade está sendo distorcida, podem advir algumas
dificuldades para o psicodiagnóstico, caso o psicólogo não
perceba e/ou não altere essa situação.
O processo pode ser iniciado com o conflito deslocado,
comprometendo a investigação.
Todos os dados psíquicos são relevantes, e cada um ganha
múltiplos significados.
Quando o paciente chega por encaminhamento, deve-se
esclarecer quem o encaminhou, em que circunstância ocorreu
o encaminhamento e quais as questões propostas para a
investigação.
Isso pode ser feito ou complementado através de
comunicação telefônica
 Conclui-se que é fundamental que o psicólogo esclareça, o
mais amplamente possível e de forma objetiva, as
motivações conscientes indicadas e as inconscientes
envolvidas no pedido de ajuda.
A objetividade e quantidade de informações é importante,
incentiva a coleta de dados prévios sobre o caso,
especialmente quando os motivos explicitados não parecem
corresponder aos reais.
Portanto, quanto menos consciente o paciente parecer de sua
problemática ou quanto mais fora da realidade parecer estar,
mais se torna importante a consideração de informações de
terceiros.
O esclarecimento dos motivos aparentes e ocultos não só
permite a determinação dos objetivos do psicodiagnóstico
como também fornece dados sobre a capacidade de
vinculação e de concretização da tarefa pelo paciente e/ou
responsável.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
A discriminação entre os motivos explícitos e implícitos para a
busca de ajuda colabora para que o psicólogo identifique
quem é o seu verdadeiro paciente: a pessoa que é trazida ou
assume a procura, o grupo familiar ou ambos.
No primeiro contato com o paciente e/ou com seu grupo
familiar, a tarefa fundamental é definir quem é o paciente, em
realidade, levantando todas as indagações possíveis em torno
dele e da totalidade da situação envolvida na busca de ajuda,
passando pelo grau de consciência das dificuldades.
 Com frequência, dentre um grupo familiar, o elemento
trazido ao psicólogo e apresentado como doente é,
realmente, o menos comprometido da família.
Cabe ao psicólogo estar alerta e identificar se o sintoma
apresentado é coerente ou não para o paciente e sua família.
 A identificação do verdadeiro paciente verifica-se desde o
momento em que ele procura o psicólogo, através de
contato telefônico ou pessoalmente, ou quando outro
profissional refere ter feito o encaminhamento/o, até o
momento final da entrevista devolutiva.
 O psicólogo começa a conhecer “quem é” o seu paciente,
por meio de perguntas iniciais quando do primeiro contato.
DINÂMICA DA INTERAÇÃO CLÍNICA
 Aspectos conscientes e inconscientes 
A interação clínica psicólogo-paciente verifica-se ao longo de
todo o processo psicodiagnóstico.
Essas duas pessoas entram em relação e passam a interagir em
dois planos: o de atitudes e o de motivações. Ambas têm suas
funções e papéis e estão na relação diagnóstica não só como
psicólogo e paciente, mas, antes de tudo, como pessoas.
 No plano das atitudes, está o psicólogo com sua função de
examinador e clínico, e está o paciente com sua
sintomatologia e necessidade de ajuda.
 No plano das motivações, estão o psicólogo e o paciente
com seus aspectos inconscientes, assumindo papéis de
acordo com seus sentimentos primitivos e suas fantasias.
Na situação de psicodiagnóstico,
observam-se ocorrências de transferência:
Na necessidade do paciente de estar agradando
Na necessidade de se sentir aceito pelo psicólogo
(exemplo: nos pedidos de horário e acerto financeiro
especiais).
Nos sentimentos competitivos
(como no caso do paciente que compete no horário de
chegada, ou daquele que desafia e agride o psicólogo,
atacando o consultório ou ele próprio - linguagem, vestimentas,
conhecimentos, etc.).
Manifestações de resistência à 
avaliação.
A resistência do paciente à tarefa também se constitui em uma
forma de transferência.
 O silêncio prolongado e sistemático
 O paciente que fala sem parar
 Utilizar mecanismos de intelectualização muito fortes,
buscando o apoio e a concordância do psicólogo.
 A insistência do paciente em só falar sobre seus sintomas, ou,
ao contrário, falar sobre banalidades, evitando os motivos
mais profundos,
 Demonstrações excessivas de afeto para com o psicólogo.
 Faltas
 Atrasos
 Frequentes pedidos de troca de horário
 Ir ao banheiro várias vezes durante a sessão
Essas condutas merecem adequada e sensível avaliação do
psicólogo, buscando seu significado dentro da relação vincular
com aquele paciente, diante da sua história e do aqui e agora
do processo diagnóstico.
Fenômeno contratransferencial
O psicólogo pode ficar dependente do afeto do paciente,
deixando-se envolver por:
 Elogios, presentes
 Propostas de ajuda
 Facilitar ou não horários;
 Exibir conhecimento e pavonear-se
 Proteger o paciente contra os seus sentimentos agressivos
 Se ver tentado a prolongar o vínculo além do que é
necessário
É fundamental que o psicólogo esteja sempre alerta à
contratransferência, no sentido de percebê-la e entendê-la
como um fenômeno normal, buscando dar-se conta de seus
sentimentos, não permitindo que eles atuem no processo
psicodiagnóstico.
 Outro aspecto importante a ser considerado no
psicodiagnóstico é a percepção que o paciente tem dos
objetivos da avaliação e de como ela vaitranscorrendo.
 O psicólogo deve estar atento às manifestações ocultas e
aparentes de como o paciente está se sentindo e está se
percebendo ao longo da tarefa.
 A personalidade dos psicólogos exerce maior influência do
que o clima emocional da situação de teste.
Índices mais produtivos no Rorschach foram associados à forma
positiva com que foi administrado o teste (psicólogo afável e
compreensivo), e os índices mais comprometidos e menos
sadios foram associados à administração negativa (psicólogo
distante e autoritário).
À forma de administração chamada neutra (psicólogo “cortês,
mas metódico”) corresponderam índices intermediários entre
elevada e baixa produtividade.
O psicólogo pode se sentir ansioso ante os inúmeros dados que
emergem durante o exame psicológico.
Em função dessa ansiedade, podem ocorrer erros na
formulação diagnóstica, visto que, de forma onipotente, pode
considerar as “impressões iniciais” com amplitude inadequada.
 Portanto, é fundamental para o psicólogo o conhecimento
de si próprio, devendo estar alerta para o movimento dos
processos inconscientes, não deixando de lado, em nenhum
momento, a sua dimensão única como pessoa.
COMPORTAMENTOS ESPECÍFICOS NO 
PSICODIAGNÓSTICO
1- Determinar motivos do encaminhamento, queixas e outros
problemas iniciais;
2- Levantar dados de natureza psicológica, social, médica,
profissional e/ou escolar sobre o sujeito e pessoas significativas,
solicitando eventualmente informações de fontes
complementares;
3- Colher dados sobre a história clínica e história pessoal,
procurando reconhecer denominadores comuns com a
situação atual, do ponto de vista psicopatológico e dinâmico;
4- Realizar o exame de estado mental do paciente (exame
subjetivo), eventualmente complementado por outras fontes
(exame objetivo);
5- Levantar hipóteses iniciais e definir os objetivos do exame;
6- Estabelecer um plano de avaliação;
7- Estabelecer um contrato de trabalho com o sujeito ou
responsável;
8- Administrar testes e outros instrumentos psicológicos;
9- Levantar dados quantitativos e qualitativos;
10- Selecionar, organizar e integrar todos os dados significativos
para os objetivos do exame, com dados da história e
características das circunstâncias atuais de vida do
examinando;
11- Comunicar os resultados (informes), propondo soluções, se
for o caso, em benefício do examinando;
12- Encerrar o processo.
Referências bibliográficas
Cunha, J. A. Psicodiagnóstico. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed; 
2000.

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