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Projeto Final - Bullying

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1 
 
UNIP- UNIVERSIDADE PAULISTA 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
PROJETOS E PRÁTICA DE AÇÃO PEDAGÓGICA – GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM 
 AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES 
 
POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 
PROJETO DIDÁTICO COMPLETO 
A necessária compreensão e do combate sistêmico ao bullying na Escola 
 
 
Autoras: 
 Silmara Aparecida da Silva – RA: 1641037 
Vera Lúcia dos Santos – RA 1653357 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Polo Ribeirão Preto – Centro 
2º semestre 2018 
2 
 
SUMÁRIO 
 
1. Tema............................................................................................................... 
 
2. Situação-Problema.......................................................................................... 
 
3. Público alvo.................................................................................................... 
 
4. Objetivos........................................................................................................ 
 
5. Embasamento teórico.................................................................................... 
 
6. Percurso metodológico.................................................................................... 
 
7. Recursos.......................................................................................................... 
 
8. Cronograma das atividades............................................................................. 
 
9. Avaliação...................................................................................................... 
 
10. Referências Bibliográficas............................................................................ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
4 
 
6 
 
6 
7 
 
10 
10 
 
10 
14 
15 
3 
 
1. Tema: A necessária compreensão e do combate sistêmico ao bullying na Escola 
O bullying é um problema que afeta a escola em algum grau. Contudo, o entendimento 
sobre o tema é superficial, dificultando que boas estratégias possam ser desenvolvidas para 
inibir a sua prática. 
As instituições de ensino devem priorizar o enfrentamento deste problema, pois danos 
incomensuráveis resultantes da prática do bullying podem tornarem-se de difícil reparação e 
até mesmo irreversíveis, afetando a toda a comunidade escolar, alunos, professores, gestores, 
funcionários da unidade escolar e a comunidade onde ela está inserida. 
O significado do termo bullying 
O termo bullying é uma palavra de origem da língua inglesa, não têm uma tradução 
exata para o português, e pode ser entendida com o sentido de “intimidar”, “ameaçar”, 
“maltratar” e “oprimir”. 
Bullying pode ser compreendido como um comportamento social e desde meados da 
década de 1990 o termo é utilizado para descrever agressões físicas ou psicológicas, 
intencionais e repetidas, que uma pessoa ou um grupo pratica contra uma vítima que tem menos 
condições de se defender, ou seja, em uma relação desigual de forças. 
Qualquer comportamento que vise causar dor e angústia de forma sistemática a outra 
pessoa por meio de demonstrações de força física ou na maneira de agir sobre o psicológico da 
vítima, será considerado bullying. 
Segundo Cleo Fante (2005) o bullying é uma palavra admitida mundialmente como 
definição de atos conscientes e deliberados ao maltratar uma pessoa colocando-a sob tensão, 
esse termo conceitua ações agressivas, antissociais repetitivas, a literatura psicológica a usa nos 
estudos sobre violência escolar. 
O que pode ser considerado bullying? 
Muitas práticas podem ser usadas com intenção de maltratar uma vítima. Determinadas 
agressões são mais claras, xingamentos ou uso de violência física, por exemplo. Há outros 
fatores que também podem provocar sofrimento intenso, devendo-se, assim, atentar a todas 
questões. 
4 
 
Qualquer intimidação feita de maneira sistemática, e que provoque sofrimento é passível 
ser considerada um caso de bullying e devendo assim, ser combatida. 
Quanto à forma, Silva (2010) classifica o bullying de várias formas como: 
• Físico: são os empurrões, agressões com objetos sendo esse o mais comum 
principalmente nos anos iniciais, espaçamentos, beliscões, chutes, ferimentos, 
roubos ou furtos de objetos pessoais da vítima; 
• Verbal; são os xingamentos, críticas e achincalhações de defeitos físicos e que 
podem ser feitos, frequentemente através de redes sociais (ciberbullying), do 
celular e da mídia televisiva que expõe com exatidão principalmente 
preconceitos linguísticos, dialéticos, xenofobia e homofobia; 
• Psicológico: são as ações que envolvem a autoestima do próximo ocasionando 
insegurança e medo, irritação, exclusão, humilhação, ignorância ou desprezo, 
isolamento, discriminação, ameaças, chantagens, difamações, intrigas e 
fofocas; 
• Social: isolamento de um sujeito e fazendo com que os demais participem do 
mesmo processo e isso é uma característica opressiva; 
• Sexual: Abusos, violências, assédios e insinuações; 
• Bullying no trabalho, (Workplace bullying); 
• Bullying militar; 
• Bullying prisional, Stalking (Paparazzi); 
• Bullying homofóbico. 
2. Situação Problema 
 Como identificar a violência repetitiva e intencional característica do bullying em uma 
unidade escolar pública de ensino fundamental e estabelecer um combate sistêmico contra essa 
prática? 
A necessidade de um bom relacionamento entre os alunos, professores, a escola e 
família, é de vital importância para o efetivo desempenho escolar das crianças, uma 
comunicação saudável acontece quando o diálogo sobre todo tipo de assunto ou situação, é 
estabelecido dentro da unidade escolar, criar oportunidades e condições para que isso ocorra 
sempre que possível pode desempenhar um papel de muita importância dentro deste contexto. 
5 
 
A escola e a família, passam por profundas transformações e tais mudanças acabam por 
interferir na estrutura familiar e na dinâmica escolar, sendo assim a família, em vista das 
circunstâncias, como o fato de as mães ou responsáveis terem de trabalhar, acabam por 
transferir para a escola algumas tarefas educativas que deveriam ser suas, como dialogar com a 
criança ou o jovem para se manter a par dos conteúdos que estão sendo trabalhados na escola; 
cumprir e orientar para que o estudante também cumpra as regras estabelecidas pela escola de 
forma consciente e espontânea; participar das reuniões e da entrega de resultados, informando-
se das dificuldades apresentadas; acompanhar e orientar as atividades de casa, o diálogo dos 
pais ou responsáveis com a criança é de importância fundamental, sendo essa empatia, um 
passaporte certo para a formação de um futuro cidadão crítico e consciente. 
Para Paulo Freire (1979), a relação de empatia pressupõe um diálogo: 
É no diálogo que nos opomos ao antidiálogo tão entranhado em nossa 
formação histórico-cultural, tão presente e, ao mesmo tempo, tão antagônico 
ao clima da transição. O antidiálogo, que implica uma relação de A sobre B, 
é o oposto a tudo isso. É desamoroso. Não é humilde. Não é esperançoso; 
arrogante; autossuficiente. 
Quebra-se aquela relação de “empatia” entre seus polos, que caracteriza o 
diálogo. Por tudo isso o antidiálogo não comunica. Faz comunicados. 
Precisávamos de uma pedagogia da comunicação com a qual pudéssemos 
vencer o desamor do antidiálogo. Lamentavelmente, por uma série de razões, 
esta postura – a do antidiálogo – vem sendo a mais comum nas famílias. 
Educação que mata o poder criador não só a do educando, mas também dói no 
educador, na medida em que este se transforma em alguém que impõe ou, na 
melhor das hipóteses, num doador de “fórmulas” e “comunicados”, recebidos 
passivamente pelos seus alunos. 
Não cria aquele que impõe, nem aqueles que recebem; ambos se atrofiam e a 
educação já não é educação. 
O bullying escolar ocorre quando esse diálogo não existe na relação familiar, 
OLIVEIRA (2017) em sua pesquisa, apontou as relações ruins dentro de casa, como um dos 
fatores queafetam o comportamento das crianças e adolescentes dentro da sala de aula, gerando 
o mau comportamento e consequentemente o bullying. 
6 
 
Uma vítima de bullying pode apresentar os seguintes sinais: 
▪ Tristeza e apatia 
▪ Medo de ir à escola 
▪ Faltas frequentes 
▪ Isolamento social na turma de colegas 
▪ Queda no desempenho escolar 
▪ Mudança de hábitos sem explicação aparente 
Os agressores são, em geral, são pessoas que costumam agir violentamente com colegas 
e professores e que tentam se colocar em posição de superioridade em relação ao grupo. 
Identificando esses sinais em vítimas ou agressores, a escola precisa averiguar a situação, a fim 
de compreender se realmente se trata de um caso de bullying que deve ser tratado, a 
conscientização e a criação de um ambiente positivo na escola são as melhores maneiras de 
prevenir problemas, porém, quando casos de bullying já estão acontecendo, a rápida ação da 
escola, a adoção de medidas de punição adequadas e o diálogo com as famílias de vítimas e 
agressores são recursos fundamentais para resolver o problema. 
3. Público Alvo 
 O público alvo desta pesquisa, os alunos de uma escola pública do ensino fundamental 
do ciclo I e ciclo II, porém o projeto alcançará toda a comunidade escolar, ou seja, Direção, 
coordenação, corpo docente, funcionários, alunos e familiares dos alunos. 
4. Objetivos 
Objetivo Geral 
Será identificar a violência repetitiva e intencional característica do bullying no 
ambiente escolar. 
Objetivo Específicos 
• Conscientização da comunidade escolar a respeito do tema bullying e suas 
consequências; 
• Implementação de ações sistêmicas de combate a violência repetitiva e intencional no 
ambiente escolar 
7 
 
O projeto tem por finalidade elaborar atividades de intervenção pedagógica no sentido 
de identificar a violência repetitiva e intencional no ambiente escolar, sendo essa intervenção 
dirigida especificamente aos aluno, porém com intensa participação da escola e da família, 
buscando uma parceria entre estes entes que crie um vínculo favorável ao desenvolvimento e 
aprendizagem dos alunos nesses dois ambientes sócio educacionais, estabelecendo uma bem- 
vinda e necessária divisão de responsabilidades. 
Piaget (2007, 9. 50) nos diz que: 
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, pois a 
muita coisa que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando 
em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. 
Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e 
ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola 
chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades [...] (2007, p.50). 
 
5. Embasamento Teórico 
A comunicação entre escola e família precisa ser praticada para que tenha eficácia. 
Quando não há atividades compartilhadas, há falta de tempo para conversas frequentes, 
necessárias para a troca de experiências, tomada de decisões e delimitação de funções do que 
escola e família devem praticar, na citação acima, Piaget (2007, p. 50), é explícito em afirmar 
que a aproximação entre escola e família chegará inevitavelmente a uma necessária divisão de 
responsabilidades. 
A relação família-escola engloba duas das maiores instituições sociais da sociedade 
moderna, nos anos 60 e 70 algumas pesquisas já demonstravam que o pertencimento social 
estava fortemente relacionado ao sucesso ou ao fracasso escolar, portanto, se antes cabia à 
escola tão somente a instrução e à família a educação moral e a socialização, tal divisão não se 
configura da mesma forma nos dias de hoje. 
A partir das décadas finais do século XX as famílias demonstraram um maior interesse 
em relação a escola pelo fato de que seus filhos passaram a ficar mais tempo nestas instituições, 
com uma curiosidade crescente em conhecer a rotina, o conteúdo aprendido e uma aproximação 
com as pessoas que lidavam com seus filhos durante esse tempo. 
8 
 
Ainda nas décadas finais do século XX, novos métodos pedagógicos foram implantados 
e teoricamente o aluno passou a ser o centro do processo de aprendizagem, com a adaptação de 
características educativas e pedagógicas ao ensino deste, assim o aluno torna-se participante 
ativo, com o processo educativo dividido entre família e escola, tais mudanças ensejaram a 
necessidade de que a escola conheça a realidade do aluno, e consequentemente conhecer a 
família para compreender melhor o seu aluno, nota-se portanto, uma gradativa aproximação 
entre família e escola movida pelo contexto social de cada época específica. 
Esteves (2004, p. 24) conclui: 
No interior de nossa própria cultura, sem sair de nossa própria cidade nem de 
nosso próprio bairro, um belo dia observamos nosso ambiente e nos damos 
conta de que tudo mudou tanto que mal somos capazes de saber como as coisas 
funcionam. Sentimo-nos, então, desorientados como se tivéssemos viajado 
para uma sociedade estranha e distante, mas sem esperança de voltar a 
recuperar aquele ambiente conhecido no qual sabíamos nos arranjar sem 
problemas. (ESTEVES, 2004, p. 24). 
Assim, a necessidade de uma relação entre a família e a escola mais produtiva, 
democrática e que tenha como objetivo central o aluno, que proporcione com ações concretas 
de atividades compartilhadas a troca de informações e experiencia, gerando condições para a 
melhoria do comportamento e exercício da cidadania pelos alunos. 
Paro (2000, p. 15) afirma que o ponto de partida neste processo deve ser dado pela escola 
diminuindo o distanciamento, atentando para a realidade de seus alunos e procurando articular 
a participação dos pais na escolarização dos filhos para a melhoria do ensino. 
A instituição escolar possui um papel fundamental na construção dessa parceria, 
cabendo a ela, escola, considerar as necessidades da família, fazendo-as vivenciar situações que 
as façam sentirem-se participantes ativos nessa parceria, ressalta-se ainda a importância de que 
pensando juntas, escola e família precisam procurar entender o que é bullying, como este tipo 
comportamento era visto anteriormente e como é visto atualmente, sendo de suma importância 
que a família esteja totalmente engajada no processo ensino-aprendizagem, pois isto tende a 
favorecer a melhora do comportamento dos alunos, visto que o convívio da criança com a 
família é muito maior do que o convívio com a escola. 
9 
 
A Lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96 | Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 
em seu Artigo 12, é explícita ao delimitar o papel da escola em relação a sua atuação junto às 
famílias e a comunidade em que está inserida: 
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do 
seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; 
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; 
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; 
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de 
integração da sociedade com a escola; 
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos 
alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. 
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, 
os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como 
sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei 
nº 12.013, de 2009) 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da 
Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos 
alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do 
percentual permitido em lei. (Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001) 
Ou seja,já há uma orientação a se seguir na LDB - Lei de Diretrizes e Bases, faltando 
que a instituição escolar promova ações concretas com atividades compartilhadas, 
possibilitando a troca de informações, experiencia e estabelecendo metas a serem atingidas em 
conjunto com as famílias, trazendo estas para dentro dos muros da escola de maneira 
participativa e acolhedora. 
 
10 
 
6. Percurso Metodológico 
O objetivo desta pesquisa será como identificar a violência repetitiva e intencional 
característica do bullying em uma unidade escolar pública de ensino fundamental e estabelecer 
um combate sistêmico contra essa prática? 
Dessa forma, no percurso metodológico a ser seguido, estratégias de aproximação serão 
desenvolvidas para a obtenção de uma convivência profícua e satisfatória entre aluno, família 
e escola, e se iniciarão com revisão da literatura sobre a temática bullying na escola, coleta de 
dados junto aos coordenadores pedagógicos da unidade, buscando informações relativas ao não 
comparecimento dos pais às reuniões, criação de grupos de estudo com a participação de pais, 
alunos, professores e gestor escolar, reuniões de conscientização sobre a temática bullying com 
o conselho escolar, professores e funcionários, elaboração de estratégias de aproximação da 
família e da comunidade em eventos escolares, atividades interativas com os alunos, tais como: 
peças teatrais, dança, cartazes, textos, desenhos visando o entendimento de seus problemas e 
opiniões e por fim reuniões para avaliação e eventual correção de rumo do projeto. 
7. Recursos 
Serão utilizados para a execução do projeto os espaços físicos disponíveis, na medida 
que estes serão ocupados pela comunidade, por exemplo, a quadra de esportes para festa junina, 
atividades esportivas, sala de vídeo para reuniões do grupo de estudo, o pátio e salas para 
exposições. Uma gama enorme de atividades, podem ser desenvolvidas nas dependências de 
uma unidade escolar, bastará criatividade e normas claras de utilização de tais espaços, além da 
organização de horários adequados para que as atividades escolares não sejam prejudicadas. 
8. Cronograma das Atividades 
▪ Revisão da literatura sobre a temática bullying; 
▪ A coleta de dados junto aos coordenadores pedagógicos da unidade, buscando 
informações relativas ao não comparecimento dos pais às reuniões; 
▪ Busca de informações sobre a comunidade onde a escola encontra-se inserida; 
▪ Criação de grupos de estudo com a participação de pais, alunos, professores e gestor 
escolar; 
▪ Reuniões de conscientização com o conselho escolar, professores e funcionários; 
11 
 
▪ Elaboração de estratégias de aproximação da família e da comunidade em eventos 
escolares; 
• Revisão da literatura sobre a temática bullying 
Na revisão da literatura sobre a temática bullying na escola, busca-se criar o arcabouço 
teórico que norteará a pesquisa empírica, trazendo assim reflexões pertinentes ao tema, é o 
momento apropriado para a apresentação dos referenciais teóricos e outras pesquisas relevantes 
para o estudo. Estabelecidos os referenciais teóricos sobre a temática, entra-se na questão 
empírica do projeto, buscando assim, ao final, dar respostas satisfatórias a situação-problema, 
que é como identificar a violência repetitiva e intencional característica do bullying em uma 
unidade escolar pública de ensino fundamental e estabelecer um combate sistêmico contra essa 
prática, durante todo o processo de realização da pesquisa, os referenciais teóricos obtidos na 
revisão da literatura, podem e devem ser consultados sempre que necessários, permitindo 
correções de rumo da pesquisa e eventuais dúvidas acerca do tema que deverão surgir ao longo 
das intervenções. 
• A coleta de dados junto aos coordenadores pedagógicos da unidade, buscando 
informações relativas aos casos de má conduta dos alunos e não comparecimento dos pais 
às reuniões 
Nesta etapa da pesquisa, inicia-se os procedimentos empíricos em si, por meio da coleta 
de dados junto aos coordenadores pedagógicos relativos ao não comparecimento dos pais às 
reuniões para a apresentação do rendimento dos alunos e casos de mau comportamento 
sistemático de alunos. Ao levantar os dados referentes as ausências dos pais às reuniões, busca-
se criar um quadro real da situação no que diz respeito ao acompanhamento e participação da 
família nas questões relativas à evolução e às necessidades dos alunos. 
• Busca de informações sobre a comunidade onde a escola encontra-se inserida 
Sair da escola para conhecer o bairro, a comunidade no entorno da escola, a residência 
e os pais dos estudantes, assim, eventuais problemas de comportamento ou dificuldade em sala 
de aula têm mais chances de serem compreendidos e resolvidos. Para que esta iniciativa dê 
certo, será preciso organizar um calendário e verificar quais membros da equipe estão dispostos 
a participar, assim como as famílias que aceitam receber os educadores e pesquisadores. 
12 
 
• Criação de grupos de estudo com a participação de pais, alunos, professores e gestor 
escolar 
Com a criação de grupos de estudos, um canal direto será aberto para que a escola se 
comunique diretamente com a comunidade, os pais, alunos e professores, promovendo 
encontros onde os pais poderão conhecer as instalações e, principalmente, a equipe pedagógica 
e os funcionários, apropriando-se do espaço e se sintam à vontade para fazer parte dele, os 
gestores poderão expor o funcionamento e a rotina da escola, bem como as atividades 
extraclasse, a finalidade de cada ambiente e a função dos profissionais que ali trabalham, 
apresentando-os nominalmente. Regras de funcionamento previstas no Regimento Escolar 
devem ser compartilhadas, deixando claro assim os direitos e deveres de cada um, oportuno 
apresentar o currículo e o documento mais importante da escola, o PPP – Projeto Político 
Pedagógico, onde já devem estar previstas as possíveis contribuições das famílias, como por 
exemplo: pais, mães e avós podem ser convidados para falar durante o desenvolvimento de 
atividades sobre profissões e brincadeiras de infância. Dessa forma, a escola valoriza os 
conhecimentos da comunidade e fortalece o vínculo com ela. 
No PPP – Projeto Político Pedagógico, outras ações institucionais serão listadas, tais 
como campeonatos entre pais, oficinas em que a família constrói brinquedos, rodas em que os 
pais contam histórias ou escutam as lidas pelos alunos e os eventos de finalização dos projetos 
desenvolvidos pelas turmas com a presença dos pais. 
• Reuniões de conscientização com o conselho escolar, professores e funcionários 
Nas reuniões de pais e mestres, uma nova abordagem será necessária, os professores 
deverão sim compartilhar os problemas de indisciplina que ocorrem na sala de aula, porém 
expor somente problemas não serve para nada. 
Os encontros devem mostrar as intenções educativas da escola e a evolução da 
aprendizagem e discutir estratégias conjuntas para melhorá-la, com os professores ouvindo os 
pais dos alunos, aceitando sugestões e opiniões, as reuniões de pais devem estar focadas no 
ensino. Nas reuniões de pais e mestres, a exposição da produção dos alunos, como cadernos, 
avaliações e trabalhos coletivos e individuais são os registros materiais que documentam os 
avanços dos alunos e, ao compartilhar com a comunidade o que as crianças fazem em sala de 
aula, os gestores mostram o que importa no processo. 
13 
 
Sendo possível expor as produções dos alunos nos diferentes espaços da escola e da 
comunidade durante todo o ano, de modo que todas as turmas tenham a possibilidade de mostrar 
o que aprenderam e verificarem as produções dos outros alunos da unidade escolar. Desta forma 
os alunos saberão respeitar as atividades realizadas pelos colegas e os pais terão a oportunidade 
de acompanhar a produção dos filhos. 
Ainda seguindo a linha de uma maior aproximação da família com a escola,ferramentas 
tradicionais, como murais, bilhetes, diário dos alunos e demais comunicados impressos, são 
instrumentos que servem para informar sobre o funcionamento da escola, prestar contas, 
convocar reuniões e compartilhar os projetos em andamento, a criação do site da escola com 
espaço para comentários dos visitantes, de listas de discussão, fóruns e blogs é uma excelente 
medida. 
• Elaboração de estratégias de aproximação da família e da comunidade em eventos 
escolares 
A promoção de festas e comemorações, bem como atividades esportivas e culturais, são 
uma ótima chance de contar com a presença de pais e mães na escola, estabelecendo uma 
relação mais próxima com os filhos, inclusive propondo uma certa autonomia às famílias mais 
presentes para que estas assumam a organização de eventos e outras iniciativas propostas pela 
escola. 
Ou seja, uma política de portas abertas abraçada pela gestão da escola, deixa os pais à 
vontade para que frequentem a escola não somente nas reuniões, mas sempre que precisarem 
tirar dúvidas e se informar sobre os filhos. Ao emprestar o espaço para eventos da comunidade. 
A escola poderá abrir a quadra, o pátio e até as salas de aula para pais e vizinhos e 
oferecer atividades esportivas, culturais e sociais quando esses ambientes não estiverem sendo 
utilizados pelos alunos. 
Porém normas claras e organização de horários adequados, deverão ser discutidos e 
estabelecidos pela gestão escolar, para garantir a segurança dos usuários e do patrimônio, além 
da utilização compatível com os objetivos da escola, transformando a escola, na medida em que 
atende a uma necessidade do público, em um lugar organizado para o lazer. A comunidade, por 
sua vez, passa a respeitar o espaço que utiliza. 
14 
 
• Reuniões para avaliação e eventual correção de rumo do projeto 
No decorrer do ano, com a implantação do projeto, reuniões específicas serão organizadas com 
o intuito de avaliar e corrigir eventuais desvios de rumo do projeto, comunidade, pais, alunos, 
professores, coordenadores, gestores e funcionários, em debates aberto a todos, poderão expor 
seus pontos de vistas sobre o projeto e propor melhorias se estas forem efetivamente 
necessárias, o diálogo e o bom senso serão as maiores armas em todas as etapas do projeto, pois 
este é o cerne da escola democrática. 
As atividades serão desenvolvidas ao longo de todo ano letivo da unidade escolar. 
9. Avaliação 
Como produto final, o projeto irá apresentar à comunidade a exposição dos trabalhos 
realizados ao longo das atividades tais como: peças teatrais, dança, cartazes, textos, desenhos e 
atividades interativas na qual os convidados serão chamados a participarem. 
A avaliação do projeto deverá ser realizada ao término do semestre onde o questionário 
de diagnóstico será novamente aplicado aos alunos, para levantamento das percepções destes 
em relação ao tema bullying. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
10. Referências Bibliográficas 
 
ESTEVES, J. M. A terceira revolução educacional: a educação na sociedade do 
conhecimento. São Paulo: Moderna, 2004. 
FANTE, C. Fenômeno Bulliyng. Rio de Janeiro: Verus, 2005. 
 
FREIRE, P. Educação e mudança. São Paulo: Paz e Terra, 1979. 
 
Lei de Diretrizes e Bases – LDB – Lei 9394/96 | Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 
1996. 
SILVA. A. B. B., Bullying: mentes perigosas nas escolas. Rio de Janeiro: Objetiva, 
2010. 
PARO, V. H. Qualidade do ensino: A contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2000. 
p.10-65. 
PIAGET, J. Para onde vai à educação? Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007. 
 
OLIVEIRA. W. A. Relações entre bullying na adolescência e interações familiares: 
do singular ao plural. Tese (Doutorado Enfermagem) – Escola de Enfermagem de Ribeirão 
Preto – Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, 2017. Disponível em: 
<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-26092017-212918/pt-br.php>. 
Acesso em 04 nov. 2018.

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