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aps BIOGRAFIA DE MICHAEL SANDEL

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1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE
CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO:
DIREITO
APS - ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
Assis 2016
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	3
2. Biografia Michael Sandel	4
3. Resumo	6
4. Análise do Pensamento	8
5. Discussão do Grupo	13
6. Fontes	14
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho teve como objetivo mostrar e analisar a historia e a entrevista de Michael Sandel realizada pela Folha de S.Paulo 30 de maio de 2014, onde ele trata sobre diversos temas da atualidade e também relata alguns trechos de suas publicações. 
BIOGRAFIA DE MICHAEL SANDEL 
Michael J. Sandel nasceu em 05 de março de 1953 na cidade de Minneapolis, em Minnesota/EUA, de família Judia, aos 13 anos mudou-se com sua família para Los Angeles e, tornou-se presidente de sua classe no colégio em 1971. Formou summacum laude e Phi Beta Kappa da universidade de Brandeis, em 1975, e recebeu seu doutorado em Balliol College, Oxford como Rhodes Scholar. Em 1985, Sandel foi o destinatário da Harvard-Radcliffe Phi Beta Kappa ensino prêmio e honrado por excelência no ensino pela associação Americana de ciência politica em 2008, professor visitante na Sorbonne, em Paris segue as conferências Tanner em valores humanos da universidade de Oxford em 2007. 
É um dos mais importantes filósofos de sua geração. Há cercas de duas décadas leciona, na Universidade de Harvard, o famoso curso “justice”, pelo qual já passaram mais de 15 mil alunos. Uma versão resumida da gravação de um de seus cursos tornou-se uma série de 15 episódios, Justice: What’s the right thing to do. Coprodução da emissora WGBH e da Universidade de Harvad. 
Sandel é um filosofo, escritor, professor universitário, ensaísta, conferencista e palestrante estadunidense, que ficou conhecido internacionalmente pelos seus livros, Liberalismo e os limites da justiça (1983) e Justiça – O que é fazer a coisa certa? (2010). 
Com suas palestras e aulas no mundo todo, sempre questionando os princípios contemporâneos de justiça com frases e aforismos instigantes e reflexivos. Suas principais influências filosóficas são John Locke, Immanuel Kant, John Rawls Charles Taylor 	e Michael Walzer. 
A visão de Sandel é que nós somos, por natureza, sobrecarregados de uma forma como numa hipótese de ter como um véu. Alguns exemplos de tais laços são aqueles com as nossas famílias, o que não fazemos por escolha consciente, mas, nascemos já anexados. Muitos dos seus argumentos são encontrados em um de seus livros “Justiça, o que é fazer a coisa certa”, onde são abordadas várias teorias sobre justiça. Comenta sobre o utilitarismo de Jeremy Bentham, onde é descrito e criticado. 
No ano de 2010, a edição chinesa da revista Newsweek elegeu o professor Sandel como a “personalidade estrangeira mais influente do ano na China”. Michael Sandel também integrou o conselho presidencial sobre Bioética durante o governo de George W. Bush e é membro do conselho de relações exteriores dos Estados Unidos e da academia Americana de artes e ciência. 
Sandel tem um jeito próprio de apresentar palestras. Em vez de expor suas ideias e depois responder as perguntas da audiência, é ele quem lança as questões ao público, fazendo os espectadores raciocinarem sobre diferentes pontos de vista de uma questão filosófica. Em 2014, esteve em Porto Alegre, no circuito de palestras do fronteiras do pensamento. E em seu novo livro, O que o dinheiro não compra (Civilização Brasileira), ele incentiva a reflexão sobre esses temas a partir de exemplos do dia a dia. 
Sandel sustenta que a lógica do mercado, ao invadir todos os campos da vida política, social e pessoal, está corrompendo valores dos quais muitos não querem abrir mão, mas o fazem sem se dar conta disso. Para ele, é insuficiente apontar problemas gerais, como a corrupção, e culpar um sistema abstrato por ele. "Terceirizar ideias é fugir do debate", disse Sandel na palestra em São Paulo.
 
Resumo
Em entrevista a folha de S.Paulo Michael Sandel relata suas principais ideias. Observamos que nas duas primeiras questões o repórter aborda um dos temas mais comentados, a não mistura das classes sociais nos dias de hoje e isso não é apenas aqui no Brasil ou nos Estados Unidos e sim no mundo inteiro.
Como citado na entrevista as elites parecem desesperadas para não ficar no mesmo espaço que os demais chegando a pagar absurdos por uma área VIP ou um camarote. A vida em sociedade é saudável, o convívio com outras pessoas é essencial fazer novas amizades é sempre bom, essa separação é uma ameaça à democracia ao espírito do bem comum. O maior erro é pensar que serviços públicos são para aqueles que não podem pagar, ele ainda cita também que precisa ser criados novos lugares públicos para que essa mistura de pessoas aconteça, antes havia os estádios porém também houve essa segregação da criação de camarotes. Esse é o inicio da destruição da ideia do bem comum, nós como cidadãos devemos ver praças, parques, transportes e escolas públicas como uso de todos, preservando-as, assim até os mais ricos optariam por estes lugares e não pagariam por algo particular . 
Em sequencia é falado sobre a filantropia nos Estados Unidos que é algo mais utilizado do que no Brasil, Sandel fala que incentivar a mesma é bom porém pode ter resultados negativos onde cita o exemplo de que oferecer dinheiro para alunos leiam pode ser corrosivo pela fato deles pensarem que ler é um trabalho que merece ser pago ao invés de ser prazeroso. Como dito no Brasil a filantropia chega causar protestos de alunos e professores para que não se deem em espaços públicos o nome dos seus doadores. Esse marketing afeta mais crianças do que os universitários pois o comportamento deles sara o mesmo . 
Falando sobre os estremos do Brasil, nos brasileiros esperamos muito mesmo com a alta carga tributaria, Sandel fala em seu livro que não é contra o livre mercado, que na verdade é contra os excessos e domínios de cada aspectos de vida. Quando o poder é muito grande e concentrado há espaço e ineficiência e corrupção.
Em relação ao credito de carbono ele se diz contrario pois países mais ricos irão acabar fugindo de seus sacrifícios e irão continuar poluindo. Por isso é necessário a criação de uma taxa de imposto onde cada um pague pelo dano cometido ao meio ambiente. 
Em sua visita ao Brasil ele cita que nos brasileiro estamos muito preocupados com a corrupção e confiantes que mudanças aconteceriam pois ele temia o efeito da desilusão do povo pois as expectativas eram muito altas. 
A crença no poder de mercado esvaziou o debate publico porque se os mecanismos de mercado pudessem resolver todos os problemas, haveria pouco espação para a deliberação democrática. Devido a frustação do mundo com a politica e os partidos por não terem resposta para o mais interessa a sociedade. 
A eleição de 2008 elegeu Obama como presidente, onde a expectativa de mudança no mercado não ocorreu devido a crença consolidada de que o mercado tem resposta para tudo, e, segundo ele o debate que esta faltando é que o mercado serve ao bem comum e onde ele não serve.
ANALISE DO PENSAMENTO 
A idéia do bem comum, a ocupação do espaço público e o papel do mercado, por Michael Sandel:
Analisando parte da entrevista de Michael Sandel que trata acerca da divisão de classes sociais, visando proteger as elites, percebemos que a sociedade vive de uma maneira avessa ao que se espera de uma vida comum e saudável. É fato que a insegurança produz uma sociedade mais separada, uma vez que as pessoas preferem se “trancar” em shoppings ou mesmo em suas casas, imaginando estarem mais seguras. Outro ponto a ser considerado é a qualidade dos serviços públicos, sendo que, se fossem de qualidade, não teríamos tanta resistência em matricular, por exemplo, nossos filhos em uma escola pública. Na mesma esfera, podemos classificar serviços como a Saúde, Segurança Pública, Lazer e etc. 
Ora, se tivermos um serviço de qualidade, não há porque pagarmos uma entidade particular, para que nos preste essemesmo serviço. Como bem frisado por Sandel, os serviços públicos não devem ser destinados a quem não pode pagar algo melhor. Vejamos como exemplo a saúde pública no Canadá: Não existem hospitais e nem planos de saúde particulares, pois a saúde pública é tão boa que não compensa o contribuinte pagar, pois receberá a mesma qualidade no serviço. Acompanhem a entrevista abaixo publicada pela BBC/Brasil, para conhecermos como funciona o sistema de saúde Canadense: 
'POBRES E RICOS TÊM TRATAMENTO IDÊNTICO EM SISTEMA ÚNICO NO CANADÁ', DIZ MÉDICO BRASILEIRO 
Com passagem pelo SUS (Sistema Único de Saúde) no Paraná e há mais de 10 anos atuando no Canadá, o médico brasileiro Fabio Cury acumula experiência nos dois sistemas públicos de saúde e acredita que o Brasil poderia aproveitar alguns aspectos do modelo canadense. 
Para Cury, que é especializado em rádio-oncologia - o tratamento do câncer com radiações ionizantes (também conhecido como radioterapia) - uma das grandes diferenças entre os dois países é a presença, no Brasil, de dois sistemas de saúde, um público e outro privado, diferentemente do que acontece no Canadá. 
“A vantagem de ter um sistema único realmente único (como acontece no Canadá) e não ter um sistema paralelo, como o sistema privado ou o plano de saúde, é que todo mundo tem que ser tratado, e bem tratado, sob aquele sistema (público)”, disse Cury à BBC Brasil. 
“(No Canadá) Toda a população tem acesso aos mesmos tratamentos, aos mesmos médicos, independentemente da sua classe social. É diferente do Brasil, onde uma pessoa com mais recursos será tratada em um hospital particular, e outra, com menos recursos, às vezes não será sequer tratada, ou será tratada em um hospital com menos tecnologia”, diz. 
Sistema público 
Cury explica que todos os canadenses, independentemente da situação financeira, usam o sistema público para serviços médicos e atendimento hospitalar. O gasto com saúde já está incluído no Imposto de Renda, de acordo com os rendimentos de cada um. Na hora de receber o atendimento, geralmente não é preciso desembolsar nada. 
Mesmo no caso de uma clínica de propriedade privada, o pagamento pelo tratamento será feito pelo governo, dentro do sistema público de saúde, e não pelo paciente. O sistema privado pode ser usado apenas para alguns serviços, como testes e diagnósticos, algumas cirurgias estéticas ou tratamento odontológico. 
Cury faz uma comparação com a situação no Brasil, onde, dependendo dos recursos financeiros, os pacientes vão optar pelo SUS, por planos de saúde ou por pagar pelo tratamento integralmente. “No tratamento do câncer, por exemplo, há drogas que o SUS não cobre, e o convênio cobre. Ou só tem acesso se pagar. Então essa pessoa (com mais recursos financeiros) vai receber um tratamento diferenciado do que aquele que está lá pelo SUS (no Brasil)”, afirma. 
Transição 
Para Cury, uma possível maneira de elevar a qualidade do sistema público de saúde no Brasil seria melhorar salários e equipamentos, até que houvesse uma transição natural dos pacientes do sistema privado para o público. “Quando (o tratamento pelo SUS) chegasse no mesmo nível dos grandes hospitais, talvez o paciente particular olhasse com outros olhos, visse que poderia fazer o tratamento de graça e com a mesma qualidade e no mesmo tempo”, destaca. 
O brasileiro ressalta que os hospitais públicos no Canadá, ao contrário de muitos no Brasil, são equipados com tecnologia de ponta, acessível a todos os pacientes, ricos ou pobres. “O investimento em tecnologia poderia fazer o sistema público do Brasil se tornar algo mais próximo do que o que existe aqui fora. Porque os profissionais do Brasil são bem treinados, de maneira geral”, afirma o brasileiro, que integra a equipe do Montreal General Hospital, parte do McGill University Health Center (Centro Universitário de Saúde McGill) em Montreal, na Província do Québec. 
Outro aspecto crucial abordado pelo estudioso é a banalização no uso dos espaços de lazer públicos, oferecidos pelo Estado; A sociedade está totalmente transformada e é fato que os jovens e adolescentes preferem frequentar os shoppings centers a parques. Seria uma tragédia, segundo Sandel, se os espaços públicos fossem centros comerciais, pois ali, nossa identidade é de consumidor, e não de cidadão. Fato é, que com o sucateamento dos espaços públicos para o lazer (parques, bosques, praças e etc.) e a sensação de insegurança, as pessoas frequentam bem mais os grandes centros comerciais. 
Por fim, Sandel defende em sua entrevista, que o mercado não pode ser dominado por apenas um, quer seja Governo quer seja grandes empresas. Há de se contemplar que alguns serviços são inalienáveis, como por exemplo, a segurança pública: Não existe a possibilidade, de acordo com a atual Constituição, de o Estado transferir o Poder de Polícia para uma empresa privada, sendo que esta incumbência é de total responsabilidade do Governo. Temos que melhorar a prestação dos serviços públicos, desburocratizar e investir na máquina pública, para não termos diferenciação de consumidores mais ou menos influentes. As pessoas têm que ser tratadas da mesma maneira, sem distinção de raça, cor, aspecto e classe social e etc. 
Já alguns serviços públicos, poderiam ser transferidos para a iniciativa privada, pois com a atual sistemática de cargos comissionados, nomeação de pessoas que nunca atuaram ou estudaram sobre certos ramos, não se mostra eficientes em colocar um bom serviço á disposição de quem irá usá-los. Vejamos a reportagem abaixo como um exemplo para a privatização de alguns setores: 
PRESIDENTE INDICA GENRO DE SENADOR PARA DIRETORIA DA ANAC 
Advogado se casou com filha de Eunício Oliveira, do PMDB. Profissionais alegam que Ricardo Fenelon Jr. tem pouca experiência. A Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves contestou a indicação do genro de um senador para um dos cargos de diretor da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). A indicação, feita pela presidente Dilma, contempla um jovem advogado com pouca experiência no setor. 
As decisões sobre o setor aéreo brasileiro estão suspensas há quatro meses. Qualquer definição de estratégias sobre regulação, investimentos e segurança é tomada pelos cinco diretores da Agência Nacional de Aviação Civil. E qualquer nova regra precisa ser aprovada por, pelo menos, três votos. Mas os mandatos foram acabando e, desde março, apenas dois estão no cargo. 
Um dos que saíram foi Carlos Eduardo Pellegrino, oficial-aviador formado pela Força Aérea Brasileira. Pellegrino tem 32 anos de experiência, inclusive no CENIPA, o Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Na ANAC, ocupou cargos ligados à segurança antes de se tornar diretor. Um currículo à altura dos dirigentes de agências de aviação de outros países. A Agência de Aviação Européia é comandada pelo finlandês Pekka Henttu, com 43 anos no setor antes de se tornar diretor geral da EASA. 
Michael Huerta é o homem forte da agência americana. Ele ocupou cargos públicos e em empresas privadas durante 27 anos, antes de chegar ao topo do FAA. 
De volta ao Brasil, a lei diz que os diretores da ANAC precisam ter "elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados pelo Presidente da República". Tem que ser um especialista. 
O indicado pela presidente Dilma é Ricardo Fenelon Junior, advogado com 28 anos de idade. A documentação apresentada por Fenelon mostra a experiência dele no setor aeronáutico. Quando era estudante, fez dois estágios: um na procuradoria da agência e outro no juizado especial que atende passageiros com problemas no aeroporto de Brasília. Ao todo, um ano e meio de atuação. 
No mês passado, o advogado formado há quatro anos casou-se com a filha do senador pelo PMDB do Ceará, Eunício Oliveira. A presidente Dilma estava na festa que reuniu mais de 1.200 convidados. O setor reagiu. A Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves divulgou nota em que repudia o que classificou de "possível nomeação de apadrinhado político sem qualificações para diretoria da Anac". 
A nomeaçãode Ricardo Fenelon depende da aprovação do Senado depois de uma sabatina que ainda não foi marcada. Tentamos por diversas vezes entrar em contato com o mesmo, mas não teve resposta. O senador Eunício Oliveira informou, por intermédio de sua assessoria, que "não vai comentar a indicação". 
 
Discussão do Grupo
A entrevista de Sandel faz com que refletimos sobre assuntos que várias polêmicas. O fato de pessoas de classes superior preferirem pagar para serem VIP para não se misturarem com os de mais ou por estarem mais “seguros” tem casos em que este gasto é completamente desnecessário. 
Concordo com a frase que ele usa “... não é só por que o serviço é publico que é ruim...” só que no Brasil em especial falou que é uma estrutura pública que é de graça, as pessoas já tem uma visão distorcida, acabam colocando defeito antes mesmos de verem ou elas mesmas acabam destruindo para depois ainda falarem mal. Ninguém para e pensa que se cuidarmos e preservamos em bom estado sempre terá melhorias e estas pessoas de classes superior que acabam optando pela “camarotização” não irão descriminar mais os patrimônios públicos e acabaram cedendo ao uso delas, assim não ferimos o espírito do bem comum.
Outra pergunta feita a ele foi sobre o crédito de carbono, que como ele podemos analisar ser insignificante pois fazer cada um pagar pelo seu estrago não vai devolver o que já foi bom um dia. Todos nos sabemos que são numerosas as fábricas que poluem mas não pagam por estes danos, mesmo com diversas leis muitas saem ilesas ou não são descobertos pela sua poluição.
Para ressaltar, um assunto que esta ainda mais polêmico atualmente. Ele falou sobre a corrupção que nos brasileiros estávamos muito preocupados porem agora também está acontecendo o impeachment a maioria pensa em mudanças repentinas que podem acontecer. Porem, como citado na entrevista, tem grandes chances de haver uma desilusão e como todo brasileiro não vamos desistir em acreditar que no final tudo irá se resolver. 
Fontes
FONTES:http://www.livrariacultura.com.br/e/michael-sandel-714262 http://www.record.com.br/autor_sobre.asp?id_autor=6347 https://pt.scribd.com/doc/105637184/RESENHA-livro-justica 
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/09/140922_medico_salasocial_eleicoes2014_canada_ac_cq 
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2015/07/presidente-dilma-indica-genro-de-senador-para-diretoria-da-anac.html

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