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Coisa Certa e Incerta - Obrigação de Fazer e Não Fazer

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CENTRO UNIVERSÍTARIO DE GOIÂNIA- UNICEUG
Bacharelado em Direito
Myllena Martins Freitas
RA: 9433
PROCESSO DE EXECUÇÃO CIVIL PARA A ENTREGA DE COISA CERTA E INCERTA E PARA A OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER
Goiânia – GO
2020
 COISA CERTA
O procedimento adotado na modalidade de ação executiva autônoma sempre será iniciado por provocação do interessado, mediante petição inicial. Uma vez que a petição esteja em ordem o juiz vai determinar por meio de despacho inicial a citação do executado e o prazo para ele cumprir a obrigação, além disso, no parágrafo 1º do artigo 806 do CPC, diz que o juiz poderá fixar multa por dia de atraso ao cumprimento da obrigação, ficando o valor sujeito a alteração, podendo ser feita tanto para mais quanto para menos.
No parágrafo 2º diz sobre o que deve constar no mandado de citação, que constará ordem para imissão na posse ou busca e apreensão, conforme se tratar de bem imóvel ou móvel, se o executado não satisfazer a obrigação no tempo determinado. Esta ordem é de caráter imediato.
Art. 806. Código de Processo Civil – O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, em 15 (quinze) dias, satisfazer a obrigação.
§ 1º Ao despachar a inicial, o juiz poderá fixar multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou excessivo.
§ 2º Do mandado de citação constará ordem para imissão na posse ou busca e apreensão, conforme se tratar de bem imóvel ou móvel, cujo cumprimento se dará de imediato, se o executado não satisfizer a obrigação no prazo que lhe foi designado.
O art. 807 do Novo CPC, faz referência ao art. 624 do CPC/1973. Segundo seu caput, ainda que o executado cumpra com a sua obrigação, não obrigatoriamente o processo de execução será imediatamente extinto. Isto porque pode remanescer, ainda, pagamento de frutos e ressarcimento de prejuízos. Nesses casos, será lavrado o termo respectivo, a obrigação será considerava satisfeita. Todavia, a execução prosseguirá 
Art. 807. Código de Processo Civil. - Se o executado entregar a coisa, será lavrado o termo respectivo e considerada satisfeita a obrigação, prosseguindo-se a execução para o pagamento de frutos ou o ressarcimento de prejuízos, se houver.
Em relação a terceiro adquirente, quando a coisa foi vendida depois que ela já estava submetida aquele processo em execução, será expedido um mandado contra a pessoa que pagou, terceiro interessado, essa pessoa só será ouvida depois que a coisa estiver depositada, garantida. Conforme prevê o artigo 808 do Código de Processo Civil.
Art. 808. Código de Processo Civil - Alienada a coisa quando já litigiosa, será expedido mandado contra o terceiro adquirente, que somente será ouvido após depositá-la.
Sobre a entrega da coisa, se por algum dos motivos previsto os no artigo 809 do Código de Processo Civil, a coisa não for entregue, o executante terá direito de receber o valor da coisa e eventuais perdas e danos. Não tendo definido o valor da coisa, o exequente vai apresentar uma estimativa, e o juiz vai sujeitar esse valor ao arbitramento judicial, definindo então o valor da coisa que o exequente devia ter recebido. 
Art. 809. Código de Processo Civil – O exequente tem direito a receber, além de perdas e danos, o valor da coisa, quando essa se deteriorar, não lhe for entregue, não for encontrada ou não for reclamada do poder de terceiro adquirente.
§ 1º Não constando do título o valor da coisa e sendo impossível sua avaliação, o exequente apresentará estimativa, sujeitando-a ao arbitramento judicial.
§ 2º Serão apurados em liquidação o valor da coisa e os prejuízos.
E por fim, sobre a execução de dar coisa certa, na hipótese de haver benfeitorias indenizáveis é necessário fazer a liquidação prévia do valor dessas benfeitorias para que o exequente possa indeniza-las, conforme dispõe o artigo 810 do CPC.
Art. 810. Código de Processo Civil - Havendo benfeitorias indenizáveis feitas na coisa pelo executado ou por terceiros de cujo poder ela houver sido tirada, a liquidação prévia é obrigatória.
Parágrafo único. Havendo saldo:
I - em favor do executado ou de terceiros, o exequente o depositará ao requerer a entrega da coisa;
II - em favor do exequente, esse poderá cobrá-lo nos autos do mesmo processo.
COISA INCERTA
Execução da entrega de coisa incerta, também dará início com uma petição inicial, o exequente vai indicar o gênero e a quantidade da coisa com clareza. Estando a petição adequada, o juiz determinará a citação do executado, o qual pode entregar a coisa ou opor embargos à execução. 
Sobre a escolha de qual coisa será dada, dependerá do que o título prevê, se a escolha for do exequente, esse deve especificar a coisa em sua petição, mas, se no título não consta que é do exequente o direito de escolher a coisa, essa escolha cabe automaticamente ao executado. Nesse caso, ambos só poderão escolher a melhor coisa ou a pior coisa, se houver concordância entre os dois. Conforme prevê o artigo 811 do CPC.
Art. 811. Código de Processo Civil - Quando a execução recair sobre coisa determinada pelo gênero e pela quantidade, o executado será citado para entregá-la individualizada, se lhe couber a escolha.
Parágrafo único. Se a escolha couber ao exequente, esse deverá indicá-la na petição inicial.
É necessário respeitar o título de escolha da execução do bem entregue, porém a outra parte pode impugnar a escolha feita pela parte contrária, alegando por exemplo que está recebendo uma coisa ruim. Se preciso for, o juiz poderá nomear um perito para verificar a veracidade dessa impugnação. 
Art. 812. Código de Processo Civil - Qualquer das partes poderá, no prazo de 15 (quinze) dias, impugnar a escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação. 
 Aplicar-se-ão o embargo à execução para entrega de coisa incerta, no que couber, as disposições do artigo 813 do Código de Processo Civil, 
Art. 813. Código de Processo Civil - O arresto tem lugar:
I - quando o devedor sem domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar os bens que possui, ou deixa de pagar a obrigação no prazo estipulado;
II - quando o devedor, que tem domicílio:
a) se ausenta ou tenta ausentar-se furtivamente;
b) caindo em insolvência, aliena ou tenta alienar bens que possui; contrai ou tenta contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de terceiros; ou comete outro qualquer artifício fraudulento, a fim de frustrar a execução ou lesar credores;
III - quando o devedor, que possui bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum ou alguns, livres e desembargados, equivalentes às dívidas;
IV - nos demais casos expressos em lei.
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Inicia-se a ação de execução de fazer por meio de uma petição inicial, contendo todos os requisitos necessários, devendo constar também na inicial o tipo de obrigação que deve ser cumprida pelo executado. Estando a inicial em ordem, o juiz deve analisar e dar o seu despacho inicial.
O juiz vai fixar multa por período de atraso de cumprimento da obrigação, vale ressaltar que, conforme prevê parágrafo único do artigo 814 do Código de Processo Civil, se essa multa já estiver prevista no título executivo que deu origem aquela execução, o juiz pode, se entender excessivo, reduzir o valor da multa.
Art. 814. Código de Processo Civil - Na execução de obrigação de fazer ou de não fazer fundada em título extrajudicial, ao despachar a inicial, o juiz fixará multa por período de atraso no cumprimento da obrigação e a data a partir da qual será devida.
Parágrafo único. Se o valor da multa estiver previsto no título e for excessivo, o juiz poderá reduzi-lo.
O juiz citará o réu para prestar a obrigação, analisando o título o juiz deve verificar se tem um prazo previsto para a execução daquela obrigação de fazer, se não houver o juiz vai fixar um prazo para satisfazer aquela obrigação, o prazo vai depender da naturezada obrigação 
Art. 815. Código de Processo Civil - Quando o objeto da execução for obrigação de fazer, o executado será citado para satisfazê-la no prazo que o juiz lhe designar, se outro não estiver determinado no título executivo.
Em relação a Obrigação Infungível, será quando for convencionado que o devedor cumpra pessoalmente a prestação, por motivos personalíssimos, de modo que caso contrário, o serviço prestado fique comprometido. 
Quanto a Obrigação Fungível, diferente da infungível, permite que a obrigação seja realizada por um terceiro. Conforme prevê o artigo 816 do Código de Processo Civil, o exequente pode requerer a satisfação daquela obrigação à custa do executado, contratar um terceiro que cumprirá aquela obrigação, os custos do cumprimento dessa obrigação vão ser arcados pelo executado, ou se ele preferir, poderá converter em perdas e danos e prosseguir nessa execução depois da fase de liquidação uma execução por quantia certa contra devedor solvente 
Art. 816. Código de Processo Civil - Se o executado não satisfizer a obrigação no prazo designado, é lícito ao exequente, nos próprios autos do processo, requerer a satisfação da obrigação à custa do executado ou perdas e danos, hipótese em que se converterá em indenização.
Parágrafo único. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa.
Ficando a obrigação possível de ser realizada por terceiro, quem deve arcar com o valor que está sendo cobrado vai ser o executado, que é o real devedor, o parágrafo único do artigo 817 do Código de Processo Civil diz que, as custas serão arcadas pelo executado, mas quem adianta o valor no primeiro momento é o exequente, que deve pagar para o terceiro que prestou o serviço, e depois esse valor será ressarcido pelo executado juntamente com eventuais perda e danos em razão a recusa do executado de cumprir aquela obrigação.
Art. 817. Código de Processo Civil - Se a obrigação puder ser satisfeita por terceiro, é lícito ao juiz autorizar, a requerimento do exequente, que aquele a satisfaça à custa do executado.
Parágrafo único. O exequente adiantará as quantias previstas na proposta que, ouvidas as partes, o juiz houver aprovado.
Cumprida a obrigação, o juiz intima as partes para que possam manifestar sua satisfação com a obrigação, se não houver impugnação ao que foi feito, considera-se que a obrigação foi satisfeita.
Se houver impugnação, o parágrafo único do artigo 818 do Código de Processo Civil diz que, o juiz deve decidir se é necessário refazer a obrigação ou não. 
 
Art. 818. Código de Processo Civil - Realizada a prestação, o juiz ouvirá as partes no prazo de 10 (dez) dias e, não havendo impugnação, considerará satisfeita a obrigação.
Parágrafo único. Caso haja impugnação, o juiz a decidirá.
Em relação ao terceiro que foi contratado para realizar a obrigação, se este não prestar um serviço a contento, ou se for defeituoso, ou até mesmo não prestar o serviço, o exequente pode requerer ao juiz que o autorize a concluir ou reparar o serviço à custa do contratante, conforme diz o artigo 819 do Código de Processo Civil, o contratante que o artigo se refere é o terceiro envolvido. 
Em seu Parágrafo único, prevê que o juiz deve ouvir esse contratante, avaliando o custo dessas despesas e poderá condenar esse terceiro a pagar as despesas que o exequente teve para refazer o serviço. 
Art. 819. Código de Processo Civil - Se o terceiro contratado não realizar a prestação no prazo ou se o fizer de modo incompleto ou defeituoso, poderá o exequente requerer ao juiz, no prazo de 15 (quinze) dias, que o autorize a concluí-la ou a repará-la à custa do contratante.
Parágrafo único. Ouvido o contratante no prazo de 15 (quinze) dias, o juiz mandará avaliar o custo das despesas necessárias e o condenará a pagá-lo.
Ainda sobre o terceiro que foi escolhido para prestar a obrigação, se o exequente pedir para que o juiz, diante do fato de que o executado ter negado a cumprir a obrigação, determine que aquela obrigação seja cumprida por terceira pessoa à custa do executado, o juiz então vai colher ofertas de terceiros que possam prestar aquela obrigação.
Depois das ofertas apresentadas, o exequente tem o direito de preferência no prazo de 5 cindo dias, se o exequente aceitar a fazer determinado serviço sob sua responsabilidade, recaindo sobre ele a responsabilidade da qualidade do serviço, que não poderá reclamar depois caso não atenda suas expectativas, poderá contratar outro terceiro que não seja a opção escolhida pelo juiz. Nesse caso, não se aplicaria o artigo 819 se aplicar o artigo 820 do Código de Processo Civil. 
Art. 820. Código de Processo Civil- Se o exequente quiser executar ou mandar executar, sob sua direção o e vigilância, as obras e os trabalhos necessários à realização da prestação, terá preferência, em igualdade de condições de oferta, em relação ao terceiro.
Parágrafo único. O direito de preferência deverá ser exercido no prazo de 5 (cinco) dias, após aprovada a proposta do terceiro.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER
Iniciada também com a petição inicial, com todos os requisitos. Havendo um despacho inicial positivo o juiz vai determinar um prazo para que o ato seja desfeito, fixando multas. 
Ficando permitido que o executado oponha embargos de execução, desfaça o ato acatando a ordem judicial no prazo estabelecido, ou pode simplesmente silenciar e recusar a desfazer o ato.
No caso de recusa do executado a desfazer o ato, ou silenciar – se. O exequente vai poder requerer ao juiz que determine o desfazimento do ato através de outras pessoas e que esses custos deverão ser arcados pelo executado. De forma que o exequente adiante as despesas e prossegue na execução por quantia certa contra devedor solvente e cobra aquele valor do executado, se não for possível desfazer o ato, a obrigação deve se resolver em perdas e danos através de um procedimento de liquidação 
Art. 823. Código de Processo Civil - Havendo recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande desfazer o ato à custa daquele, que responderá por perdas e danos.
Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos, caso em que, após a liquidação, se observará o procedimento de execução por quantia certa.
Por isso, o artigo 822 do Código de Processo Civil é muito claro quanto a obrigação de não fazer, ele prevê que o exequente vá até ao juiz, requerer que determine prazo para que o executado desfaça o ato que não deveria ter sido feito. 
Art. 822. Código de Processo Civil - Se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contrato, o exequente requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo.
REFERÊNCIAS 
SAJAADV, 2019, Seção II – Da Entrega de Coisa Incerta (art. 811 ao art. 813 do Novo CPC), disponível em: https://www.sajadv.com.br/novo-cpc/art-811-a-813-do-novo-cpc/ acesso em 01 de Abril de 2020.
PLANALTO, Código de Processo Civil, LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015, disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm acesso em 31 de Março de 2020.
 HELLMAN. R. NOVO CPC - Execução de obrigação de fazer e não fazer, 2017, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_8UZnHhjiGQ acesso em 31 de Março de 2020.
 HELLMAN. R. NOVO CPC - Execução para entrega de coisa certa e incerta, 2017, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=g1Y5dXxFTbs acesso em 01 de Abril de 2020.

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