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Obrigação de dar, fazer e não fazer

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PODE SER 
Positivas: Dar, fazer algo. 
• Ato comissivo: A pessoa irá agir. 
Negativa: Abstenção, não fazer algo. 
 
 
OBRIGAÇÃO DE DAR 
Segundo Maria Helena Diniz, “a obrigação de 
prestação de coisa vem a ser aquela que tem por 
objetivo mediato uma coisa que, por sua vez, pode 
ser certa ou determinada ou incerta”. 
• Entregar ou retribuir uma coisa. 
 
• Interessado na tradição do bem, sendo 
indiferente a atividade do que será 
realizada pelo devedor no momento 
anterior. 
 
 
• É um acessório da obrigação de fazer. 
 
• A obrigação de dar, é a entrega do bem, 
que se chama tradição, quando o bem é 
entregue, há a tradição (só coisa certa). 
 
Ex: Quando alugo algo, seja carro ou imóvel, tenho 
que devolver (retribuir). 
 
 As prestações dos contratos informáticos 
são imateriais. fornecimento de softwares, 
jogos, filmes... trata-se de obrigação de dar. 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigação de dar X Direito real 
Direito de real: Tem como objetivo a própria coisa. 
Obrigação de dar: Tem por objeto, o 
comportamento consciente na entrega da 
prestação. 
 
1. DAR COISA CERTA: 
• Art. 233 a 242, 313 
 
• Comprei algo específico e devido a isso, devo 
receber aquele algo específico que comprei. 
 
 
• É a entrega do bem infungível (aqueles que 
não pode ser substituído por outro /bem 
específico), bem totalmente definido. 
 
• Não poderá ser o credor, coagido de receber 
outro bem no local, do devido. 
 
Obrigação de dar coisa futura 
• Não existe ao tempo da celebração, porém já 
é certa e determinada. 
 
• Caso não vier a existir, haverá ineficácia 
superveniente. 
 
• A prestação não se resume a ação de prestar, 
mas também ao resultado da prestação, na 
qual o devedor fica obrigado não apenas 
aquilo que expressamente acordou, mas 
também os deveres acessórios emanados da 
boa-fé objetiva. 
 
Obrigação de dar, 
fazer e não fazer 
➢ Ex: guardar a coisa vendida, transportá-
la, ter proteção e cuidado... 
 
➢ As partes podem convencionar em 
contrário excluindo os acessórios da 
esfera da obrigação principal. 
 
Impossibilidade nas obrigações de dar 
Ocorre quando a atividade de prestar não é 
realizada ou o resultado pretendido não é 
alcançado. 
➢ A impossibilidade superveniente é tida em 
situações em que obrigação atende o 
plano genérico da validade, mais perde a 
sua eficácia no curso da relação jurídica. 
 
➢ Gera a extinção do negócio jurídico. 
 
 
2. DAR COISA INCERTA 
Art. 243, 244. 
 
• As partes não convencionaram a entrega de 
coisa individualizada, mas a prestação ao 
menos será definida pelo gênero e pela 
quantidade. 
 
• Em muitos casos abrange a tradição de coisa 
fungível. 
 
• Ex: Sorteio de carro da marca X em shopping, 
sem especificar o modelo. 
 
• Se for incerto, no momento da entrega vira 
coisa certa. 
 
• Se o credor não expressar de modo claro a sua 
escolha, a escolha ficará a critério do devedor, 
não podendo ele selecionar bens melhores ou 
piores, mas aquele de patamar intermediário. 
 
Restituir: Caso da locação na qual tenho a 
obrigação de devolver o que aluguel. 
 
Pagar quantia em dinheiro: Quando devo 
determinada quantia e com isso, devo pagar esse 
determinado valor. 
 
Tutela processual das obrigações de dar 
coisa certa e coisa incerta 
• Artigo 498 do código processual civil. 
 
• Na sentença de procedência do processo de 
reconhecimento, o réu será condenado a 
entregar a coisa certa. 
 
• Pode haver provimento provisório de 
urgência (art 294 CPC); 
 
• Se o devedor recusar a atender o mandato, 
poderá ser aplicado multa periódica por 
atraso, ou busca e apreensão de bens 
móveis ou imóvel. 
 
• Em relação à obrigação de dar coisa incerta, 
se a escolha couber ao autor, a 
individualização realizar-se-á na petição 
inicial, pois execução é realizada após a 
sentença no mesmo processo que condenou 
o réu. Se escolha couber ao réu, este a 
entregará individualizada, no prazo fixado 
pelo juiz. 
 
 
TRADIÇÃO 
• Entrega do bem = tradição 
Tradição efetiva: Tradição propriamente dita; 
quando é entregue em mãos (quando a entrega 
física é consumada). 
Tradição simbólica: Entrego um bem, 
simbolizado a entrega de outro bem (ex: entregar a 
chave de um carro comprado). 
Tradição longa Manus: Surge no direito romano, 
e foi se modernizando (longa mão). Deixa o bem a 
sua disposição, porém em outro lugar (ex: entrego 
o imóvel até lá). 
 
 
POSSE X PROPRIEDADE 
 
Posse: É ter o bem em seu poder e agir com a 
conduta de dolo. 
Propriedade: É ser o dono do bem. 
 
A propriedade de bem móvel possui a presunção 
relativa (Ex: você tem a posse de um computador, 
então presume-se que você tenha a propriedade 
desse bem, visto estar com você). Alguns bens 
móveis, a lei exigi um registro, como o carro. 
A tradição e a forma de aquisição para o bem 
móvel e a propriedade de bem imóvel é adquirida 
com a transcrição. 
• Antes da tradição, a posse pertence ao 
devedor e após a tradição a posse do bem 
passa ser do credor. (Compro um carro que 
será da concessionária até eu fazer a tradição 
do bem, para mim) 
 
Art 237. Até a tradição pertence ao devedor a 
coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, 
pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o 
credor não anuir, poderá o devedor resolver a 
obrigação. 
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do 
devedor, cabendo ao credor os pendentes. 
 Em caso de contratos para evitar a cobrança 
maior futuramente, é bom colocar uma 
cláusula de que não será aceito o artigo acima, 
para evitar o aumento do preço futuramente... 
 
 
 
✓ FRUTO 
Aquilo que o principal produz e se renova várias 
vezes. Fruto é acessório, necessitando assim o 
principal (ex: a maçã exige a árvore para dar o 
fruto, sendo assim a árvore o principal). 
• Art. 242 CC 
 
• Naturais: São aqueles que advém da própria 
natureza (ex: frutas). 
 
• Industriais: Que vem da indústria. 
 
• Civis: Que vem da lei ou do acordo de 
vontades (aluguéis e o juros/dividendos). 
 
 
➢ Frutos percebidos: 
São aqueles que no momento próprio (momento 
certo), são retirados do bem (ex: aluguel pago no 
momento exato). 
• Se o devedor houver agido de má-fé, 
reconhece-se em favor do credor o direito 
indenização de todos os frutos percebidos - 
que não foram acolhidos a partir da 
configuração de má-fé - e o ressarcimento dos 
frutos colhidos com antecipação pelo devedor. 
 
• Art. 1.214 e 1.216 
 
➢ Frutos pendentes 
Que estão no principal, mas não estão no 
momento de serem colhidos (ex: um aluguel que 
ainda não venceu/aluguel do próximo mês) 
 
A fungibilidade pode ser de 3 tipos 
1. Natural 
2. Legal 
3. Consensual 
 
Art. 85. São fungíveis os móveis que podem 
substituir-se por outros da mesma espécie, 
qualidade e quantidade. 
• No Brasil todos os bens imóveis são 
infungíveis e possuem cada um seu Registro. 
 
Princípio da equivalência 
• Art. 237, CC 
 
• Quem suporta os riscos também deverá ser 
beneficiado pelos melhoramentos, 
 
• Todas as benfeitorias e ascensões efetivadas 
na coisa até a tradição serão incorporadas ao 
patrimônio do titular, que será legitimado para 
caso o credor se recusa a pagar no valor, 
extinguir a obrigação. 
 
• O valor maior/indenização, requer que as 
benfeitorias sejam necessárias ou úteis e 
efetuadas de boa-fé. 
 
• Todos os acessórios que já existem ao tempo 
da celebração do negócio jurídico serão de 
propriedade do credor, sem qualquer 
acréscimo pecuniário em prol do devedor. 
 
 
Descumprimento 
• Antes da tradição (bens móveis) ou do registro 
(bens imóveis), todos os riscos quanto a perda 
da coisa será imputado ao alienante (Art. 492, 
CC) 
 
• A transferência do risco da coisa ao adquirente, 
é verificada somente ao instante a entrega do 
bem. 
 
• A teoria do vício redibitório e da evicção 
asseguram adquirente prosseguircom uma 
tutela processual em face do alienante, 
mesmo diante da perda ou deterioração da 
coisa na fase posterior à tradição, ao constatar 
vicio ocultos da coisa já existente no tempo da 
tradição, mas que vieram só se manifestar 
posteriormente, ou possui algum vício jurídico 
do bem. Art. 447 do CC) 
 
• Pode ser de dois tipos: 
 
 
PERECIMENTO: 
• Credor sofre com a perda/prejuízo. 
• O bem continua, mas sem validade. 
• Impossibilidade superveniente. 
 
 Ex: Tenho que entregar uma cadeira, mas ela está 
quebrada, destruída, logo parecida. 
Ex: O prédio caiu e o locatário não tem nada a ver 
com o ocorrido, com isso, o proprietário perde a 
sua propriedade e arca com a futuras despesas. 
• Pode ser por 3 motivos 
 
A. Destruição: A cadeira foi destruída 
 
B. Perda da finalidade: Comprei um 
cavalo para reprodução, porém ele 
ficou estéril, perdendo a sua finalidade 
inicial. 
 
C. Força da lei (quando a lei proíbe 
aquilo): O cigarro eletrônico, era lícito, 
mas passou a ser ilícito. 
 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa 
se perder, sem culpa do devedor, antes da 
tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica 
resolvida a obrigação para ambas as partes; se a 
perda resultar de culpa do devedor, responderá 
este pelo equivalente e mais perdas e danos. 
 
Perecimento sem culpa do devedor 
O bem pereceu e não foi culpa minha, resolve-se a 
obrigação, retornando o status anterior. 
• A obrigação será resolvida com a restituição 
ao adquirente do montante eventualmente 
antecipado. 
 
• O devedor terá que provar que eu fato não 
ocorreu por sua culpa. 
 
• Art 393, CC. 
 
 
Perecimento com culpa do devedor 
Equivalente ao valor do bem + perdas e danos 
devido à expectativa patrimonial frustrada (lucro 
cessante). 
• Se a perda da coisa foi o resultado de conduta 
maliciosa ou negligente do devedor. 
 
• Art. 234 
 
DETERIORAÇÃO 
Degeneração do bem não necessariamente 
destruição total, mas perdendo parte da sua 
finalidade. 
 
Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor 
culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou 
aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que 
perdeu. 
 
 
Deterioração sem culpa: 
Resolve-se a obrigação ou aceite a coisa com 
abatimento de seu preço. 
 
• Em hipóteses de perda parcial do objeto, se a 
deterioração for consequência de fortuito ou 
de fato de terceiro, possui 2 alternativas de 
solução, o credor resolve a obrigação, 
retornando as partes da situação originária, ou, 
alternativamente poderá o credor aceitar o 
bem deteriorado, com o abatimento 
proporcional do preço. 
 
Deterioração com culpa: 
Equivalente ao valor do bem + perdas e danos ou o 
aceite da coisa com abatimento do valor + perdas e 
danos. 
➢ Se o perecimento parcial foi provocado 
devido ao comportamento culposo do 
devedor, o credor poderá recusar a coisa 
e exigir o equivalente, ou aceitá-la no 
estado em que se contra dependendo 
do nível de deterioração. 
 
 
• Impossibilidade superveniente relativa. 
É tida nas hipóteses de impossibilidade de 
cumprimento da obrigação em razão da 
dificuldade do devedor foi cumprido a obrigação. 
Clovis do Couto e Silva explica que, ainda que se 
trate de insolvência do devedor, desde que é esta 
não tenha ocorrido por circunstâncias a ele 
imputável, não se responsabilizará pelo retardo da 
prestação, o que implicará a equiparação das 
consequências jurídicas da insolvência a 
impossibilidade absoluta. 
 
➢ O devedor poderá inventar se da 
responsabilidade pelo fortuito ao tempo 
da mora se demonstrar que, mesmo se a 
entrega fosse tempestiva, o evento 
lesivo ainda ocorreria. Passará assim 
responder pela impossibilidade da 
prestação. 
 
 
➢ Art. 236 CC 
 
• Regra do res perito domino: A coisa perece ao 
seu dono e por não ocorrer a transmissão da 
propriedade, o titular ficará com a perda da 
coisa em razão do fortuito. 
 
 
 
Obrigação de restituir 
• Art 237, 238, 241, 1.219, 1.220 CC. 
 
• Dever de devolução do bem ao credor. 
 
• O proprietário da coisa não é o devedor, mas 
sim o credor, que anseia pela devolução da 
coisa em contratos como locação, comodato, 
depósito e mútuo. 
 
• Não há transmissão de propriedade, apenas de 
posse, devendo assim, o devedor restituir ao 
final da relação. 
Ex: Devolver o apartamento quando acabar o 
contrato de aluguel. 
 
 
BENFEITORIA: 
São melhoramentos que se faz na coisa (concertar 
um piso quebrado antes de alugar). 
❖ Somente para bens 
❖ Existe 5 definições possíveis: 
 
 
→ Necessárias 
 
• Aquela que é indispensável, 
 
• Agindo de boa-fé, há obrigação de 
indenização a quem fez a benfeitoria. Caso 
tenha agido de má-fé, não terá obrigação de 
indenizar a pessoa que fez a benfeitoria sem 
necessidade. 
 
• Direito de retenção (não devolvo o bem 
enquanto não houver o pagamento). 
 
• Benfeitoria não é relacionado a conduta e sim 
a posse. 
 
Ex: Infiltração em um apartamento, que deve ser 
concertada urgentemente. 
→ Úteis 
• Melhor utilidade ao bem. 
 
• Agindo de boa-fé, há obrigação de 
indenização. 
 
• Direito de retenção (enquanto não houver o 
pagamento). 
 
 
Ex: Trocar a fiação da luz, mesmo que ela 
esteja boa, somente para que dure mais tempo 
e não cause danos. 
Ex: Uma academia de natação, que acrescenta 
uma piscina para atender a um determinado 
público como deficientes ou para atender a 
demanda alta da academia. 
 
 
→ Voluptuárias 
• De mero recreio/ embelezamento. 
 
• Não há obrigação de indenização. 
 
• Direito de levantamento (se não houver o 
pagamento a pessoa poderá levar o objeto). 
 
 
Ex: Reformar o Hall de entrada de um prédio ou 
por armários novos no apartamento. 
 
❖ Na prática em contrato de locação: 
É necessário amarrar bem o contrato, alegando 
que as benfeitorias necessárias e úteis, não 
serão indenizadas, a não ser, que o proprietário 
autorize. 
 
→ Acessão 
• Acréscimo de algo. 
• Direito do proprietário de acrescer aos seus 
bens tudo o que se incorpora, natural ou 
artificialmente, a eles. 
Ex: Caso da advogada e a questão de varandas 
fechadas. 
Foi alegado que o fechamento de varandas se 
enquadrava como Acessão, entretanto, uma 
advogada foi contrária a essa decisão e ganhou 
diversos casos ao alegar que não se considerava 
acessão, caso a varanda ainda permanecesse com 
o desnível entre os ambientes e continuasse com a 
janela de separação dos ambientes (varanda, 
continua sendo varanda), seria um caso de 
benfeitoria, podendo só ser considerado acessão, 
caso fosse feito a abertura da divisão dos 
ambientes, retirando assim a janela e o desnível 
existente , aumentando assim a área, e podendo 
ocorrer o aumento do IPTU, devido a esse 
aumento. 
 
→ Comodato 
Empréstimo do bem (te empresto minha sala 
comercial e você só paga as despesas, como luz, 
água...). 
 
Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor 
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que 
por força maior ou caso fortuito 
 
 
Impossibilidade superveniente 
• Perda da coisa a ser restituída. 
 
• A coisa se perde sem que haja qualquer 
comportamento devido o uso do devedor, 
resolve-se a obrigação pela perda do objeto. 
 
• Se a perda do bem foi devido à conduta 
censurável do próprio devedor, ele 
responderá pelo equivalente pecuniário da 
coisa, mais acrescidos de perdas e danos 
(lucro cessante, Art. 239). 
 
• Em deterioração parcial, deverá o credor 
aceitá-la em seu estado atual, caso não seja 
devido à culpa do devedor (1° parte Art 240, 
CC), ou, o devedor poderá uma ter consigo o 
bem parcialmente destruído, com o 
abatimento proporcional do valor pago ao 
credor a título de posse (ex: locação). 
 
 
 
Obrigação de pagar 
quantia certa 
 
É a obrigação cuja prestação consiste na entrega 
de dinheiro ou valor fiduciáriocorrespondente. 
 
Doutrina clássica: Espécie de obrigação de dar. 
Contemporânea: Autonomia conceitual. 
 
• Natureza da quantia 
Regra geral: Moeda nacional (real). 
Exceção: Moeda estrangeira ou ouro. 
 
Pagamento em ouro ou moeda estrangeira 
Proíbe a formulação de contratos que estipulam 
pagamentos em dólar, entretanto há exceções. 
Art. 318. São nulas as convenções de pagamento 
em ouro ou em moeda estrangeira, bem como 
para compensar a diferença entre o valor desta e o 
da moeda nacional, excetuados os casos previstos 
na legislação especial. 
 
Decreto-Lei 857/69 
Art 1º São nulos de pleno direito os contratos, 
títulos e quaisquer documentos, bem como as 
obrigações que exeqüíveis no Brasil, estipulem 
pagamento em ouro, em moeda estrangeira, ou, 
por alguma forma, restrinjam ou recusem, nos seus 
efeitos, o curso legal do cruzeiro. 
Art 2º Não se aplicam as disposições do artigo 
anterior: 
I. aos contratos e títulos referentes a 
importação ou exportação de 
mercadorias; 
II. aos contratos de financiamento ou de 
prestação de garantias relativos às 
operações de exportação de bens e 
serviços vendidos a crédito para o 
exterior; 
III. aos contratos de compra e venda de 
câmbio em geral; 
IV. aos empréstimos e quaisquer outras 
obrigações cujo credor ou devedor 
seja pessoa residente e domiciliada 
no exterior, excetuados os contratos 
de locação de imóveis situados no 
território nacional; 
V. aos contratos que tenham por objeto a 
cessão, transferência, delegação, 
assunção ou modificação das 
obrigações referidas no item anterior, 
ainda que ambas as partes 
contratantes sejam pessoas 
residentes ou domiciliadas no país. 
Parágrafo único. Os contratos de locação de bens 
móveis que estipulem pagamento em moeda 
estrangeira ficam sujeitos, para sua validade a 
registro prévio no Banco Central do Brasil. 
 
 
Plano real Lei no 8.880, de 27/05/ 1994. 
Artigo. 6, inclui o reajuste e incluiu como exceção o 
arrendamento mercantil (leasing). 
 
 
 
Sentença na obrigação de pagar quantia 
O CPC de 2015, definiu os elementos que a 
sentença deve possuir. 
• Extensão da obrigação (valor do principal). 
 
• Correção monetária (dizer o índice que será 
usado na correção monetária). 
 
• Taxa de juros (É o percentual calculado pela 
divisão dos juros que foram contratados pelo 
capital emprestado/poupado). 
 
Correção monetária: Atualização do principal 
(inflação). 
 
 
Obrigação de Fazer 
 
A obrigação de fazer é a que tem por objeto um 
serviço, esse que pode ser feito por mim ou por 
um terceiro ou por um credor e um terceiro. 
Objeto: Comportamento humano, lícito e possível. 
Ex: Contrato de prestação de serviço 
 
Duradouras: a execução da obrigação protrai-se 
no tempo de forma continuada (pintura em tela), 
ou último modo periódico, mediante trato 
sucessivo. 
Instantâneas: aperfeiçoa-se em um único 
momento (registrar aquisição de um bem). 
 
Obrigação de fazer infungível 
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas 
e danos o devedor que recusar a prestação a ele 
só imposta, ou só por ele exeqüível. 
• Sempre que as circunstâncias para ela 
apontem, mesmo que não exista convenção 
expresso nesse sentido. 
 
• Com base nas qualidades pessoais do 
devedor. 
• Ex: show de música feito por grande artista. 
 
 
Obrigação de fazer fungível 
Art. 249. Se o fato puder ser executado por 
terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à 
custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, 
sem prejuízo da indenização cabível. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o 
credor, independentemente de autorização 
judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo 
depois ressarcido. 
 
• Via de regra. 
 
• Quando outra pessoa puder dar-lhe 
cumprimento sem prejuízo ao credor. 
 
• Mantém-se, é uma responsabilidade do 
devedor originário, mesmo após a aceitação do 
terceiro. 
 
• Caso de urgência do cumprimento, artigo 249 
do código civil. 
 
Ex: O casamento era hoje e começa as 9hrs da 
noite e as 2hrs na tarde a família percebeu que o 
buffet não apareceu. Arrumaram alguém para 
fazer o buffet, porém muito mais caro. Ao pé da 
letra, lendo o artigo percebe-se que quem pagará 
o novo buffet é o devedor que não apareceu, com 
tudo, deverá ser pago por quem contratou e após 
cobrar o buffet que faltou por culpa. 
 
 
Se for com culpa gera perdas e danos. 
Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja 
abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele 
que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua 
custa, ressarcindo o culpado perdas e danos. 
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o 
credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem 
prejuízo do ressarcimento devido. 
 
Obrigação de não fazer 
• Art. 250, 251, 390, 814, até 823 
 
• Implica uma abstenção, permissão ou 
tolerância, impedindo que o devedor 
pratique um determinado ato que 
normalmente não lhe seria vedado, 
admitido... 
 
• A obrigação de não fazer, tem natureza 
infungível, personalíssimo e insubstituível, 
haja visto que toda omissão é uma atitude 
pessoal e intransferível do devedor. 
 
• Pode ser obrigações temporárias ou 
duradouras. 
 
• O adimplemento será sempre de caráter 
sucessivos, pois impõem ao devedor abster-
se de um ato em todas as ocasiões em que 
eu teria de cumprir. 
 
• Poderá haver uma deliberação judicial, no 
sentido de restringir o conteúdo de tais 
prestações, quando ofensivas da ordem 
econômica os direitos fundamentais do ser 
humano. 
 
• A impossibilidade originária da obrigação de 
não fazer já existente ao tempo da 
celebração do negócio jurídico, implica a 
sanção de nulidade de negócio jurídico (art. 
166, II, CC). 
 
Obrigações instantâneas: quando descumpridas 
uma única vez são reversíveis, gerando 
inadimplemento absoluto. 
• Não admite a tutela do desfazimento, art. 
822 e 823 CC. 
Obrigações permanentes: admitem mesmo após 
o descumprimento, a opção pela purgação da 
mora através da recomposição do status anterior. 
 
Obrigação de não fazer é uma prestação 
negativa. 
Art. 250. Extingue-se a obrigação de não fazer, 
desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne 
impossível abster-se do ato, que se obrigou a não 
praticar. 
• Inadimplemento sem culpa, é impossível a 
abstenção, extingue a obrigação. (resolve-se a 
obrigação). 
 
• Ex: Cumplice e governança. 
 
 
Obrigação simples 
É aquele em que se tem, uma unidade de 
prestação, uma única prestação. 
 
 
Obrigação cumulativa 
É aquele que você tem uma prestação de 
alternativas. 
Ex: vai comprar um carro, no qual, você vai ter a 
entrega do carro, mais assistência técnica, mais um 
serviço de socorro durante 2 anos. 
 
 
Obrigações alternativas 
Quando eu tenho 2 prestações no mesmo nível e 
eu posso cumprir uma delas. 
 
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha 
cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. 
§ 1 o Não pode o devedor obrigar o credor a 
receber parte em uma prestação e parte em outra. 
§ 2 o Quando a obrigação for de prestações 
periódicas, a faculdade de opção poderá ser 
exercida em cada período. 
§ 3 o No caso de pluralidade de optantes, não 
havendo acordo unânime entre eles, decidirá o 
juiz, findo o prazo por este assinado para a 
deliberação. 
§ 4 o Se o título deferir a opção a terceiro, e 
este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao 
juiz a escolha se não houver acordo entre as 
partes. 
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder 
ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, 
subsistirá o débito quanto à outra. 
 
Ex: moto ou carro. O carro pereceu e a moto é a 
última escolha, se a moto perecer que haverá uma 
análise de culpa. 
• Se for sem culpa, resolve-se a obrigação 
(volta do início). 
 
• Se for com culpa, é o equivalente + perdas 
e danos. 
 
 
Art. 254. Se, por culpa dodevedor, não se puder 
cumprir nenhuma das prestações, não competindo 
ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a 
pagar o valor da que por último se impossibilitou, 
mais as perdas e danos que o caso determinar. 
 
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e 
uma das prestações tornar-se impossível por culpa 
do devedor, o credor terá direito de exigir a 
prestação subsistente ou o valor da outra, com 
perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas 
as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o 
credor reclamar o valor de qualquer das duas, 
além da indenização por perdas e danos. 
• A escolha é do credor. 
No exemplo do caro e da moto: 
➔ 1o carros perecerão sem culpa do devedor, 
sendo que a escolha é do credor, logo 
prestação será a moto ou resolve-se a 
obrigação. 
 
➔ 2o carros perecerão com culpa do devedor e a 
escolha é do credor, a prestação será a moto 
ou equivalente + perdas e danos. 
 
➔ 3o carros e motos pereceram sem culpa, 
resolve-se a obrigação. 
 
➔ 4o carros e motos com culpa, poderá escolher 
entre o equivalente da moto + perdas e danos 
ou equivalente do carro + perdas e danos. 
 
➔ 5o carros perecerão sem culpa e moto com 
culpa, resolve-se a obrigação ou equivalente 
da moto + perdas e danos da moto. 
 
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem 
impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á 
a obrigação. 
 
Obrigações facultativa 
Quando se tem uma única prestação, e eu tenho 
uma liberalidade de cumprir uma outra. 
 Ex: Aluguel de carro pela internet, do grupo c da 
marca x. A obrigação da locadora é entregar 
aquele carro (igual) ou algum que seja equivalente 
ou superior. 
 
Obrigação divisível 
Quando aquela prestação, comporta 
fracionamento. 
• Tem que haver uma pluralidade de sujeitos. 
 
• Sem perder a substância ou o valor 
econômico. 
 
• Ex: Dividir uma prestação de 1.000 reais. 
 
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de 
um credor em obrigação divisível, esta presume-se 
dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, 
quantos os credores ou devedores. 
 
 
Espécies de indivisibilidade 
• Material: Por natureza. 
• Jurídica: Convencional. 
 
Prestação divisível x obrigação divisível 
Prestação indivisível: 
Não suporta fracionamento de obrigação. 
Ex: João deve 1.000 reais a Maria (sendo assim, 
somente João terá a obrigação de pagar Maria). 
 
Obrigação divisível: 
Suporta fracionamento. 
Ex: João e Ana devem 1.000 reais a Maria 
(obrigação divisível). 
• Sendo assim, João e Ana possuem obrigação 
com Maria, com isso, a obrigação é dividida. 
 
• Litisconsórcio passivo, facultativo, Unitário (a 
decisão será igual para todos). 
 
• Obrigação solidaria: cada devedor 
responderá pela dívida toda (solidariedade 
não se presume, ou está na lei ou no 
contrato). 
 
Ex: João e Ana devem um cavalo a Maria 
(obrigação indivisível). 
• Litisconsórcio passivo, facultativo e Unitário, 
visto que a ação pode ser proposta a João ou 
a Maria ou aos dois, e a decisão pode ou não 
ser igual entre as partes). 
• Colocar uma cláusula de obrigação solidária 
nesses casos, é para a prevenção de que 
aquele bem (obrigação) não seja perdido 
(perdas e danos), que caso ocorra algo com o 
objeto em questão, aquela obrigação se 
torna divisível, no qual, os devedores irão ter 
que pagar em dinheiro, o valor referente ao 
objeto (cavalo). 
 
Efeitos da obrigação divisível 
Cada devedor se libera do vínculo pagando sua 
cota, e credor nada mais poderá exigir, desde que 
receba sua parte. 
• Em tese a obrigação não se acabou, só 
finaliza quando todas as partes pagarem. 
 
• O credor perde, em caso de insolvência de 
um dos codevedores, a parcela do 
insolvente. 
 
• A interrupção da prescrição por um dos 
credores não alcança os demais. 
 
Remissão: É o perdão da dívida concedido pelo 
credor ao devedor. A remissão da dívida, aceita 
pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem 
prejuízo de terceiros. São requisitos do perdão da 
dívida o ânimo de perdoar e a aceitação do 
perdão. 
Ex: O agente da remissão a um credor, mas não 
quer dizer que dará aos demais. 
 
 
Efeitos da obrigação indivisível em caso 
de pluralidade de credores 
• Cada credor poderá exigir o débito por 
inteiro. 
 
• A remissão da dívida por parte de um dos 
credores, não atingirá o direito dos demais 
credores. 
Efeitos da obrigação indivisível em caso 
de pluralidade de devedores 
• Cada devedor será obrigado pela dívida toda. 
 
• O devedor que pagar o débito sub-rogar-se-
á no direito do credor em relação aos outros 
coobrigados. 
• O credor não pode recusar o pagamento por 
inteiro feito por um dos devedores, sob pena 
de mora. 
 
• Mora= demora/ atraso. 
 
• A nulidade quanto a um dos codevedores 
estende-se a todos. 
 
• A nulidade é em relação ao objeto e a forma. 
 
• A insolvência de um dos codevedores não 
prejudica o credor. 
 
 
Perda da indivisibilidade 
• Desaparecimento do motivo que deu origem 
a indivisibilidade, voltando a ser assim, 
divisível. 
 
• Conversão da prestação indivisível no seu 
equivalente pecuniário. 
 
• Ex: Prestação de um cavalo que veio a 
falecer, vira uma prestação de pagar o valor 
referente ao animal. 
 
 
Obrigação solidaria 
É aquela em que, havendo multiplicidade de 
credores ou de devedores, seja de um ou outro, 
cada credor terá direito à totalidade da prestação, 
como se fosse o único credor, ou cada devedor 
estará obrigado pelo débito todo, como se fosse o 
único devedor. 
• Pluralidade de sujeitos ativos ou passivos. 
 
• Multiplicidade de vínculos. 
 
• Unidade de prestação. 
 
• Corresponsabilidade subjetiva. 
 
• Não se presume. 
 
• Não é passada aos herdeiros (somente a 
obrigação permanece/ crédito). 
 
 
Ex: João, Ana e guerra são credores solidários e 
Maria deve 9 mil a eles, sendo assim, qualquer um 
dos credores, por serem solidários, podem pedir 
os 9 mil reais a Maria. Mas caso guerra morra, sua 
herdeira só poderá pedir a parte que pertencia a 
seu pai, referente a 3 mil reais. 
 
 
Extinção da solidariedade ativa 
Se os credores desistirem dela, por convenção, 
estabelecendo que o pagamento da dívida se fará 
pro rata (partes iguais ou em proporção). 
• Se um dos credores falecer, seu crédito 
passará ao seu herdeiro que só poderá exigir 
sua cota-parte, salvo se a prestação for 
indivisível.

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