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Contabilidade Pública 
trf 1ª Região
Variações patrimoniais 
Livro Eletrônico
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 CONTABILIDADE PÚBLICA
Variações Patrimoniais
Prof. Claudio Zorzo 
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SUMÁRIO
Regimes de Escrituração ..............................................................................3
Regime Orçamentário .................................................................................5
Regime de Competência ..............................................................................7
Variações Patrimoniais ..............................................................................19
Variações Patrimoniais Qualitativas .............................................................20
Variações Patrimoniais Quantitativas ...........................................................24
Exemplos de VPA ......................................................................................25
Questões de Concurso – Lista I ..................................................................34
Gabarito – Lista I .....................................................................................37
Questões Comentadas – Lista I ..................................................................38
Questões de Concurso – Lista II .................................................................45
Gabarito – Lista II ....................................................................................51
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Prezado(a), tudo bem!?
Nesta aula, vou tratar sobre os seguintes itens:
Variações Patrimoniais. Qualitativas e Quantitativas. Receita e despesa sob o 
enfoque patrimonial. Resultado patrimonial.
Regimes de Escrituração
Antes de começar a aula sobre as variações patrimoniais propriamente ditas, é 
importante apresentar quais são os regimes contábeis adotados pela contabilidade 
pública para registrar os atos e fatos.
Atualmente, a CASP está sendo regida pelo regime orçamentário (Lei n. 
4.320/1964) e pelo regime patrimonial (normas contábeis), assim, devemos anali-
sar as transações pelo aspecto orçamentário e pelo aspecto patrimonial.
Regime de escrituração é o modo pelo qual se reconhece o desempenho (resul-
tado) apurado por uma entidade em determinado exercício financeiro.
Exercício financeiro é o período de tempo durante o qual se exercem todas as 
atividades administrativas e financeiras relativas à execução do orçamento e o con-
trole do patrimônio.
CLAUDIO ZORZO
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, 
Docência para Nível Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servidor 
público do Executivo Federal – Ministério do Exército – e ex-servidor 
público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é 
professor de Contabilidade e Auditoria Pública e Privada.
Autor
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O princípio ORÇAMENTÁRIO da Anualidade ou Periodicidade estipulado, de for-
ma literal, pelo caput do art. 2º da Lei n. 4.320/1964, delimita o exercício finan-
ceiro orçamentário como o período de tempo ao qual a previsão das receitas e a 
fixação das despesas registradas na LOA irão se referir.
A Lei n. 4.320/1964 determina também, em seu artigo 34, que o exercício fi-
nanceiro deve coincidir com o ano civil, ou seja, o exercício financeiro inicia no dia 
1º de janeiro e termina em 31 de dezembro do mesmo ano.
Ano financeiro é o período durante o qual se executa o orçamento. No Brasil, os 
termos exercício financeiro e ano financeiro possuem o mesmo significado.
A contabilidade pública brasileira ainda é embasada na Lei n. 4.320/1964, mas, 
devido a sua orientação muito mais orçamentária que contábil, ocorrem conflitos 
entre a legislação vigente e as Normas Internacionais de Contabilidade. Dessa for-
ma, a contabilidade pública, para atribuir as despesas ou as receitas a um deter-
minado exercício, adota modelos que são chamados de regimes de escrituração e 
basicamente existem dois tipos de regimes: 
• Regime misto (orçamentário)
• Regime de competência (patrimonial)
Regimes de Escrituração
Misto
Fluxo Orçamentário
Lei n. 4.320
Competência
Resultado Patrimonial
Legislação Contábil
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Regime Orçamentário
No setor público, o regime misto é denominado regime orçamentário e está pre-
visto na Lei n. 4.320/1964 da seguinte forma:
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.
A matéria pertinente à receita vem disciplinada no art. 3º, conjugado com o art. 
57, e no art. 35 da Lei n. 4.320/1964:
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações 
de crédito autorizadas em lei.
Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classi-
ficadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arreca-
dadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no 
Orçamento. 
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas. (caixa)
A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos 
para o funcionamento e a manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade.
Segundo o art. 35 da Lei n. 4.320/1964,
Art. 35. Pertencem ao exercício financeiro:
II – as despesas nele legalmente empenhadas (competência).
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Os dispêndios, assim como os ingressos, são tipificados em orçamentários e 
extraorçamentários. A lei orçamentária fixa a despesa pública autorizada para um 
exercício financeiro. Dessa forma, despesa orçamentária é toda transação que de-
pende de autorização legislativa, na forma de consignação de dotação orçamentá-
ria, para ser efetivada.
Dispêndio extraorçamentário é aquele que não consta na lei orçamentária anu-
al, compreendendo determinadas saídas de numerários decorrentes de depósitos, 
pagamentos de restos a pagar, resgate de operações de crédito por antecipação de 
receita e recursos transitórios.
É relevante destacar que a relação entre a receita e a despesa é fundamental 
para o processo orçamentário, visto que a previsão da receita dimensiona a capaci-
dade governamental em fixar a despesa, entendendo a receita orçamentária como 
o mecanismo de financiamento do Estado, sendo considerada também a decorrente 
de operações de crédito.Além disso, de acordo com o art. 9º da LRF, a arrecadação é instrumento con-
dicionante da execução orçamentária da despesa.
O resultado do regime orçamentário será apresentado no Balanço Orçamentário. 
Misto
Receita ARRECADADACaixa
Despesa
EMPENHADA
Competência
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Regime de Competência
Segundo o Conselho Federal de Contabilidade, no registro contábil para receita 
e despesa, no que diz respeito ao patrimônio, as transações no setor público devem 
ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em que ocorrerem, ou 
seja, conforme o regime de competência.
NBCST – estrutura conceitual que estabelece os conceitos que fundamentam a 
elaboração e a divulgação dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entida-
des do Setor Público (RCPGs), os quais devem ser elaborados com base no regime 
de competência.
De acordo com o regime de competência, as receitas e as despesas são conside-
radas em função do seu fato gerador, e não na data do recebimento ou pagamento. 
Fato Gerador é o momento, período da realização de uma transação de venda, de 
prestação de serviço, de recebimento ou concessão de desconto, não importando 
para a contabilidade quando ocorreu a entrada ou saída de dinheiro, mas sim quan-
do foi realizado o fato.
As receitas de um exercício são aquelas ganhas nesse período, não importando 
se tenham sido recebidas ou não, enquanto as despesas de um exercício são aque-
las incorridas no período, não importando se tenham sido pagas ou não. 
A receita e a despesa, sob o enfoque patrimonial, decorrem de fatos modifi-
cativos aumentativos e diminutivos, respectivamente. Seus efeitos no patrimônio 
devem ser reconhecidos quando da alteração na situação líquida patrimonial, inde-
pendentemente de haver ou não autorização orçamentária.
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O regime de competência registra as movimentações sob o aspecto da variação 
quantitativa do patrimônio e tem suas alterações apresentadas na DVP – Demons-
tração das Variações Patrimoniais.
Os elementos que acarretam a alteração na situação patrimonial líquida são as 
receitas e as despesas. Na esfera pública, o MCASP destaca que a receita sob o 
enfoque patrimonial será denominada de variação patrimonial aumentativa (VPA), 
e a despesa sob o enfoque patrimonial será denominada de variação patrimonial 
diminutiva (VPD).
Ambas não devem ser confundidas com a receita e a despesa orçamentária. Dessa 
forma, faz-se necessária a separação entre receita e despesa patrimonial (VPA e 
VPD) e receita e despesa orçamentária (arrecadada e empenhada, respectivamente).
As VPA e VPD não têm relação direta com as receitas e despesas orçamentárias e 
extraorçamentárias, assim, não existe dependência direta entre elas.
Fazendo uma relação entre as informações patrimoniais e orçamentárias, os 
registros dos atos e fatos contábeis observarão:
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a) o fato gerador da receita e da despesa (competência) no reconheci-
mento dos fatos modificativos da situação patrimonial líquida;
b) a arrecadação (caixa) como critério de reconhecimento da receita orça-
mentária;
c) a despesa empenhada (competência) como critério de reconhecimento 
da despesa orçamentária.
Assim, o reconhecimento da variação patrimonial pode ocorrer em três momentos: 
• Para a variação patrimonial aumentativa – VPA: antes, depois ou no momento 
da arrecadação da receita orçamentária, e 
• Para a variação patrimonial diminutiva – VPD: antes, depois ou no momento 
da liquidação da despesa orçamentária.
A receita pública tem os seguintes estágios: previsão, lançamento, arrecadação 
e recolhimento. As fases da despesa orçamentária são empenho, liquidação e 
pagamento.
Fases da Receita Orçamentária
• Previsão, conforme artigo 51 da Lei n. 4.320, é a estimativa de quanto se 
espera arrecadar durante determinado exercício financeiro.
• Lançamento, de acordo com o artigo 53 da Lei n. 4.320, consiste no procedi-
mento administrativo, “o lançamento da receita, o ato da repartição compe-
tente, que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é deve-
dora e inscreve o débito desta”.
• Arrecadação, conforme artigo 56 da Lei n. 4.320, incide no recolhimento pelo 
contribuinte ao agente arrecadador a uma instituição financeira oficial.
• Recolhimento, conforme artigo 56 da Lei n. 4.320, de 1964, consiste no re-
passe da instituição financeira oficial ao cofre do tesouro nacional.
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Fases da Despesa Orçamentária
• Empenho, conforme artigo 58 da Lei n. 4.320, “o empenho da despesa é o 
ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de 
pagamento pendente ou não de implemento de condição”.
• Liquidação, de acordo com o artigo 63 da Lei n. 4.320, 
“a liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo cre-
dor, tendo por base os títulos e os documentos comprobatórios do respectivo 
crédito”. 
• Pagamento, segundo o artigo 65 da Lei n. 4.320, “o pagamento da despesa 
será efetuado por tesouraria ou pagadoria instituídas por estabelecimentos 
bancários credenciados e, em casos excepcionais, por meio de adiantamento”.
Receita Orçamentária X Receita Contábil
Conforme a Lei n. 4.320/1964, a receita arrecadada deve ser classificada e con-
tabilizada como receita orçamentária, exceto as entradas compensatórias no ativo 
e no passivo financeiro (regime orçamentário de caixa); além disso, será divulgada 
no balanço orçamentário.
A receita contábil é reconhecida seguindo o regime da Competência estabele-
cido pelo CFC e pela Teoria Contábil, sendo identificada no momento da prestação 
de serviços ou da transferência da propriedade de bens a terceiros, quando ocorre 
uma variação patrimonial aumentativa. Essa despesa será divulgada na Demons-
tração das Variações Patrimoniais. 
Despesa Orçamentária X Despesa Contábil
Uma despesa é considerada orçamentária quando depende de autorização na 
Lei de Orçamento (LOA) ou em créditos adicionais para sua execução, que envolve 
empenho, liquidação e pagamento; além disso, será divulgada no balanço orça-
mentário.
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A despesa contábil, em conformidade com o regime de competência, é regis-
trada no momento do consumo de ativos ou da incorporação de passivos, quando 
ocorre uma variação patrimonial passiva. Essa despesa será divulgada na Demons-
tração das Variações Patrimoniais. 
Situação Patrimonial Líquida – Patrimônio Líquido
A situação patrimonial líquida é a diferença entre os ativos e os passivos após 
a inclusão de outros recursos e a dedução de outras obrigações, reconhecida no 
Balanço Patrimonial como patrimônio líquido. 
Conceitualmente a “SPL” é o valor residual dos ativos da entidade depois de 
deduzidos todos os seus passivos. Assim, representa uma sobra patrimonial, que é 
encontrada pela equação entre o ativo e o passivo.
PL = ATIVO (-) PASSIVO
Como a “SPL” é o resultado da equação patrimonial, ela pode ser um montante 
positivo, negativo ou até mesmo nulo.
• Quando o ativo for maior que o passivo, a “SPL” é positiva.
• Quando o ativo for menor que o passivo, a “SPL” é negativa. Normalmente, é 
denominada de passivo a descoberto.
• Quando o ativo é igual ao passivo, a “SPL” é nula.
Embora a Situação Patrimonial líquida seja definida como um valor residual, ela 
é representada no Balanço Patrimonial pelo grupo do patrimônio líquido que é for-
mado por contas que buscam identificar a sua composição. 
Para as S/as e para as empresas de grande porte, a partir de 01/01/2008, por 
força da Lei n. 11.638/2007, a composição do patrimônio líquido passou a ser da 
seguinte maneira:
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• Patrimônio ou capital social;
• Reservas de capital;
• Ajuste da avaliação patrimonial (+/-);
• Reservas de lucro;
• Ações em tesouraria (-);
• Resultados acumulados e outros desdobramentos.
No patrimônio líquido, deve ser evidenciado o resultado do período segregado 
dos resultados acumulados de períodos anteriores. 
O resultado patrimonial do período é a diferença entre as variações patrimoniais 
aumentativas e diminutivas, apurada na Demonstração das Variações Patrimoniais, 
que evidencia o desempenho das entidades do setor público. 
A situação patrimonial líquida é o estado patrimonial da empresa, enquanto o pa-
trimônio líquido representa esse estado patrimonial no Balanço patrimonial.
Para facilitar o entendimento da VPA e da VPD, é importante saber o que vem a 
ser receita e despesa sob o enfoque patrimonial.
Receita e Despesa sob o Enfoque Patrimonial
As receitas e despesas são contas de resultado que, por meio do seu confronto, 
apresentam o desempenho econômico de uma empresa e, devido a sua dinâmica, 
afetam a situação líquida. Os elementos de receitas e despesas são definidos con-
forme segue:
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Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, 
sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passi-
vos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacio-
nados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;
• Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período con-
tábil, sob a forma da saída de recursos ou da redução de ativos ou assunção 
de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que não 
estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos pa-
trimoniais.
• De forma semelhante aos conceitos das contas patrimoniais, as definições de 
receitas e despesas identificam os seus aspectos essenciais, mas não espe-
cificam os critérios que precisam ser satisfeitos para que sejam reconhecidas 
na demonstração do resultado; dessa forma, os conceitos dizem o que é uma 
receita e uma despesa, contudo, não identificam especificamente as contas. 
Os critérios determinam que a receita deva ser reconhecida na demonstração 
do resultado quando resultar em aumento nos benefícios econômicos futuros, re-
lacionado com aumento de ativo ou com diminuição de passivo, e puder ser men-
surado com confiabilidade. Isso significa, na prática, que o reconhecimento da 
receita ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento nos ativos ou 
da diminuição nos passivos (por exemplo, o aumento líquido nos ativos originado 
da venda de bens e serviços ou o decréscimo do passivo originado do perdão de 
dívida a ser paga).
Em outras palavras, a receita deve afetar o resultado econômico para mais, 
deixando a empresa mais rica (aumenta o PL) e, por consequência, deve aumentar 
o potencial econômico do ativo ou diminuir o passivo exigível (o passivo será liqui-
dado no futuro com um item gerador de benefício econômico). 
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As despesas devem ser reconhecidas na demonstração do resultado quando 
resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos futuros, relacionado com o 
decréscimo de um ativo ou o aumento de um passivo, e puderem ser mensuradas 
com confiabilidade. Isso significa, na prática, que o reconhecimento da despesa 
ocorre simultaneamente com o reconhecimento de aumento nos passivos ou de 
diminuição nos ativos (por exemplo, a alocação por competência de obrigações 
trabalhistas ou da depreciação de equipamento).
Em outras palavras, a despesa afeta o resultado econômico para menos, dei-
xando a empresa mais pobre (diminui o PL) e, por consequência, deve aumentar o 
passivo exigível (o passivo será liquidado no futuro com um item gerador de bene-
fício econômico) ou diminuir o potencial econômico do ativo. 
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1. Toda receita aumenta o Patrimônio Líquido, mas nem todo aumento do Patrimô-
nio Líquido é uma receita. Exemplos de aumentos no PL que não são receitas:
a) entrada de novo sócio;
b) reservas de capital;
c) ajuste da avaliação patrimonial positiva;
d) venda de ações em tesouraria;
e) conversão de dívidas em ações.
2. Toda despesa diminui o Patrimônio Líquido, mas nem toda diminuição do patri-
mônio Líquido é uma despesa. Exemplos de diminuição no PL que não são despesas:
a) diminuição do capital social – capital a integralizar,
b) ajuste da avaliação patrimonial negativa;
c) compra de ações em tesouraria;
d) pagamento de dividendos;
e) registro do custo na venda de ações.
1. (IF-PE/CONTADOR/IF-PE/2016)Sobre a estrutura conceitual estabelecida pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), está CORRETO afirmar que
d) aportes dos proprietários da empresa é receita, pois são aumentos nos benefí-
cios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos que 
resultam em aumento do patrimônio líquido.
Errado. 
Aporte de capital é o mesmo que integralização de capital na empresa, ou seja, a 
entrada de novos sócios ou nova aplicação pelos sócios atuais.
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O aporte aumenta o PL e, por consequência, aumenta o ativo; contudo, por ser 
uma transação que não tem relação com as atividades da entidade, não é conside-
rada receita. A assertiva está errada.
2. (CESPE/ANALISTA ATUARIAL/MPU/2015) Julgue o item seguinte, acerca dos 
componentes patrimoniais, suas características e contabilização. 
As despesas configuram perdas nos benefícios econômicos de uma entidade, sob a 
forma de redução de ativos ou acréscimo de passivos, não estando relacionadas à 
distribuição de recursos a sócios/acionistas.
Certo.
Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil 
sob a forma da saída de recursos, ou da redução de ativos, ou assunção de passi-
vos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam relaciona-
dos com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais (distribuição 
de resultado ou devolução de capital aos proprietários da entidade).
A distribuição aos sócios é normalmente feita por meio de dividendos. Ao distri-
buir dividendos aos sócios, a empresa terá o seu Patrimônio Líquido diminuído e 
o passivo aumentado, contudo, não é uma despesa, pois não tem relação com as 
atividades normais. A assertiva está correta.
Reconhecimento das Receitas
Segundo o regime da competência, as receitas devem ser reconhecidas no mo-
mento do fato gerador, ou seja, entrarão na apuração do resultado do exercício em 
que elas foram ganhas (REALIZADAS), por isso são classificadas em:
• receita GANHA e recebida;
• receita GANHA e não recebida.
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O que importa é ganhar a receita e não receber.
As receitas consideram-se realizadas (ganhas):
I – nas transações com terceiros, quando esses efetuarem o pagamento ou as-
sumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de 
bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por 
esta prestados.
Essa realização está relacionada com a venda à vista ou a prazo. O que importa 
é vender, receber é outro fato.
• D – caixa/clientes
• C – venda de mercadoria
II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o 
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior.
Essa realização tem relação com um perdão de dívida ou com o pagamento de 
uma dívida com desconto; o desconto é uma receita. Note que é uma receita que 
diminui o passivo.
• D – dívida
• C – receita com perdão de dívida
III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção 
de terceiros. Nesse caso, é uma receita que aumenta o ativo.
Esse tipo de receita tem relação com a descoberta de uma mina, uma jazida de 
minério em um terreno da empresa, pode ser também pelo nascimento de algum 
animal que tenha valor. O importante é que aumenta o ativo sem a necessidade de 
pagamento. 
• D – minas e jazidas
• C – outras receitas 
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IV – no recebimento efetivo de doações, incentivos fiscais e subvenções. 
• D – créditos fiscais
• C – receita com incentivo fiscal
A receita com doação aumenta o ativo sem a necessidade de pagamento, isso 
acaba deixando a empresa mais rica.
Reconhecimento das Despesas
Segundo o regime da competência, as despesas devem ser reconhecidas no 
momento do fato gerador, ou seja, entrarão na apuração do resultado do exercício 
em que elas ocorreram, por isso são classificadas em:
• despesas INCORRIDAS e pagas
• despesas INCORRIDAS e não pagas
O que importa é incorrer (acontecer) a despesa, e não a pagar.
Consideram-se incorridas as despesas:
I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de 
sua propriedade para terceiro.
Essa despesa está relacionada com a baixa do estoque no momento da venda. 
O estoque deixará de existir (diminui o ativo) e, em contrapartida, será registrada 
a despesa, que é o CMV – custo da mercadoria vendida.
• D – CMV
• C – estoque 
II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo.
Essa despesa tem relação com um ativo que deixa de existir, por exemplo: o 
pagamento do aluguel do mês (aluguel corrente); a depreciação de um veículo; o 
registro de uma estimativa para perda nos investimentos; a doação concedida e o 
furto no estoque. 
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• D – despesa com doação 
• C – móveis 
III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
Essa despesa é denominada de despesa por accruals. Ocorre o fato gerador de 
uma despesa que não foi paga. A despesa deixara a empresa mais pobre e, em 
contrapartida, vai aumentar o passivo exigível.
• D – despesa com aluguel
• C – aluguel a pagar
Variações Patrimoniais 
As variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos ele-
mentos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensató-
rio, afetando ou não o seu resultado.
Transações no setor público são os atos e os fatos que promovem alterações 
qualitativas ou quantitativas, efetivas ou potenciais, no patrimônio das entidades 
do setor público, as quais são objeto de registro contábil em estrita observância às 
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público.
De acordo com as suas características e os seus reflexos no patrimônio público, 
as transações no setor público podem ser classificadas nas seguintes naturezas:
a) econômico-financeira – corresponde às transações originadas de fatos que 
afetam o patrimônio público, em decorrência, ou não, da execução de orça-
mento, podendo provocar alterações qualitativas ou quantitativas, efetivas ou 
potenciais;
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b) administrativa – corresponde às transações que não afetam o patrimônio pú-
blico, originadas de atos administrativos, com o objetivo de dar cumprimento 
às metas programadas e manter em funcionamento as atividades da entidade 
do setor público.
Conforme o conceito acima descrito, podemos dizer que as variações patrimo-
niais são todas as alterações no ativo ou passivo, que alteram ou não o valor do 
patrimônio líquido. 
Na contabilidade, as variações patrimoniais podem ser classificadas em:
a) Qualitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público que 
alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio 
líquido.
b) Quantitativas: são aquelas decorrentes de transações no setor público que 
aumentam ou diminuem o patrimônio líquido.
Variações Patrimoniais Qualitativas
Variações patrimoniais qualitativas são aquelas decorrentes de transações no 
setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o 
patrimônio líquido (situação patrimonial líquida).
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A caraterística principal das variações qualitativas é a existência de uma permu-
ta entre contas patrimoniais, de forma que o saldo final do patrimônio líquido não 
seja alterado. 
As alterações podem ser dentro do próprio ativo; aumentando o ativo e o pas-
sivo; diminuído o ativo e o passivo, ou até mesmo dentro do próprio patrimônio 
líquido.
• 1 – O impacto de um fato permutativo pode ser somente em contas do ativo, 
por exemplo:
I – Compra à vista de estoque (aumenta o estoque e diminui o dinheiro no 
banco):
D – estoque
C – banco 
II – Recebimento de duplicatas (aumenta o dinheiro no caixa e diminui o saldo 
das duplicatas a receber):
D – caixa 
C – duplicatas a receber
III – Concessão de empréstimos (aumenta o saldo de empréstimos a receber e 
diminui o dinheiro no banco):
D – empréstimos a receber
C – banco
IV – Pagamento de despesa antecipada (aumenta o saldo da despesa antecipada 
e diminui o saldo no banco):
D – seguro pago antecipadamente
C – banco
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V – Saque bancário (aumenta o saldo em caixa e diminui o dinheiro no banco):
D – caixa 
C – banco 
• 2 – O impacto de um fato permutativo pode ser em contas do ativo e do pas-
sivo, por exemplo:
I – Compra de máquina a prazo (aumenta o ativo e aumenta o passivo):
D – máquinas
C – contas a pagar
 
II – Pagamento de duplicata (diminui o ativo e diminui o passivo):
D – duplicata a pagar
C – banco 
III – Recebimento de caução ou garantia em dinheiro (aumenta o ativo e aumenta 
o passivo):
D – caixa
C – caução a reembolsar 
IV – Obtenção de empréstimos/antecipação de receita orçamentária ARO (au-
menta o ativo e aumenta o passivo):
D – banco
C – empréstimos a pagar / antecipação de receita orçamentária 
• 3 – O impacto de um fato permutativo pode ser em contas do próprio patri-
mônio líquido, sem alterá-lo, por exemplo:
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I – Aumento do capital social com reservas:
D – reserva 
C – capital social
II – Formação de reserva de lucro:
D – resultado acumulado
C – reserva de lucro
III – Reversão de reserva de lucro:
D – reserva de lucro
C – resultado acumulado
IV – Absorção do prejuízo acumulado com reserva:
D – reserva de capital
C – prejuízo acumulado 
Impacto das Variações Patrimoniais Qualitativas no Patrimônio
• São aquelas decorrentes de transações no setor público que alteram a composição 
dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido.
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Variações Patrimoniais Quantitativas
As variações patrimoniais quantitativas (aumentativas e diminutivas) são tran-
sações que promovem alterações nos elementos patrimoniais (ativo/passivo) da 
entidade do setor público e que afetam o resultado.
Lembrem que os elementos patrimoniais são o ativo e o passivo e que da equa-
ção patrimonial surge a situação líquida patrimonial. Assim, toda vez que o patri-
mônio líquido tiver alteração no seu valor, obrigatoriamente, deverá ter alterado o 
valor do ativo ou passivo.
Essas variações patrimoniais podem ser definidas como:
• Variações Patrimoniais Aumentativas (VPA): correspondem a aumentos na 
situação patrimonial líquida da entidade não oriundos de contribuições dos 
proprietários;
• Variações Patrimoniais Diminutivas (VPD): correspondem a diminuições na 
situação patrimonial líquida da entidade não oriundas de distribuições aos 
proprietários.
A variação patrimonial aumentativa (VPA) deve ser registrada no momento da 
ocorrência do seu fato gerador, independentemente de recebimento, e, analoga-
mente, a variação patrimonial diminutiva (VPD) deve ser registrada no momento 
da ocorrência do seu fato gerador, independentemente do pagamento e da execu-
ção orçamentária.
No plano de contas da CASP, está apresentado que Variação Patrimonial Aumen-
tativa compreende o aumento no benefício econômico durante o período contábil 
sob a forma de entrada de recurso ou aumento de ativo, ou diminuição de passivo, 
que resulte em aumento do patrimônio líquido e que não seja proveniente de apor-
te dos proprietários.
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Exemplos de VPA
Tributos e Contribuições
• Impostos
• Taxas
• Contribuições de melhoria
• Contribuições sociais
• Contribuições econômicas
Venda de Mercadorias, Produtos e Serviços
• Venda de mercadorias
• Venda de produtos
• Venda de serviços
Financeiras
• Juros e encargos de empréstimos e financiamentos 
• Juros e encargos de mora
• Variações monetárias e cambiais
• Remuneração de depósitos bancários e aplicações financeiras
• Descontos financeiros obtidos
• Outras variações aumentativas-financeiras
Transferências
• Transferências intra e intergovernamentais
• Transferências das instituições privadas
• Transferênciasdas instituições multigovernamentais
• Transferências de consórcios públicos
• Transferências do exterior
• Transferências das pessoas físicas
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Exploração de Bens e Serviços
• Exploração de bens
• Exploração de serviços
Valorização e Ganhos com Ativos
• Reavaliação de ativos
• Ganhos com alienação
Outras Variações Aumentativas
• Resultado positivo de participações em coligadas e controladas
• Diversas variações patrimoniais aumentativas
→ Considera-se realizada (fato gerador) a variação patrimonial aumentativa 
(VPA):
a) nas transações com contribuintes e terceiros, quando estes efetuarem o pa-
gamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela ocorrência de 
um fato gerador de natureza tributária, investidura na propriedade de bens ante-
riormente pertencentes à entidade, ou fruição de serviços por esta prestados;
Esse procedimento está relacionado com o lançamento da receita orçamentária 
com tributos, por exemplo, o IPTU; no início de cada ano, os municípios relacionam 
os devedores e reconhecem o direito a receber o imposto. Como na esfera pública, 
o poder compulsório de tributar não necessita do compromisso firme de o terceiro 
pagar. A VPA é reconhecida no lançamento do tributo, independentemente da anu-
ência ou não do contribuinte. 
Na contabilidade geral, é o mesmo que uma venda à vista ou a prazo. 
b) quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o 
motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;
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Esse procedimento tem relação com o perdão de dívidas, a prescrição de dívidas 
e até mesmo o pagamento de uma dívida com desconto. A Diminuição do passivo, 
sem concomitante diminuição do ativo, é uma Variação Patrimonial Ativa. 
c) pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de 
terceiros;
Esse procedimento tem relação com o direito de explorar um novo nicho que irá 
gerar recursos para a instituição. Por exemplo: a instituição é autorizada a explorar 
um parque. O direito sobre a exploração é um ativo intangível, e a contrapartida do 
seu registro é uma VPA. 
Outro exemplo é a descoberta de uma nova jazida de minério, de petróleo etc.
d) no recebimento efetivo de doações e subvenções.
Quando a instituição recebe uma doação, vai haver um aumento no ativo pela 
entrada do bem, a contrapartida desse aumento é uma VPA.
No plano de contas da CASP, está apresentado que Variação Patrimonial Diminu-
tiva compreende o decréscimo no benefício econômico durante o período contábil, 
sob a forma de saída de recurso ou redução de ativo ou incremento em passivo, 
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que resulte em decréscimo do patrimônio líquido e que não seja proveniente de 
distribuição aos proprietários da entidade.
Exemplos de VPD:
Pessoal e Encargos
• Remuneração a pessoal
• Encargos patronais
• Benefícios a pessoal
Benefícios Previdenciários
• Aposentadorias e reformas
• Pensões
• Outros benefícios previdenciários 
Benefícios Assistenciais
• Benefícios de prestação continuada
• Benefícios eventuais
• Políticas públicas de transferência de renda
Financeiras
• Juros e encargos de empréstimos e financiamentos obtidos
• Juros e encargos de mora
• Variações monetárias e cambiais
• Descontos financeiros concedidos
Transferências
• Transferências intra e intergovernamentais
• Transferências a instituições privadas
• Transferências a consórcios públicos
• Transferências ao exterior 
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Tributos e Contribuições
• Tributos
• Contribuições
Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo
• Uso de material de consumo
• Serviços
• Depreciação, amortização e exaustão
Desvalorização e Perda de Ativos
• Redução a valor recuperável
• Perdas com alienação
• Perdas involuntárias
Outras Variações Diminutivas
• Premiações
• Incentivos
• Equalizações de preços e taxas
• Participações e contribuições
• Resultado negativo com participações em coligadas e controladas
 
→ Considera-se realizada a variação patrimonial diminutiva (VPD):
a) quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de 
sua propriedade para terceiro;
Esse fato tem relação com a transferência de um bem para terceiros devido a 
uma alienação. Normalmente é o registro do custo do bem vendido.
b) quando ocorre diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
Esse procedimento tem relação com a depreciação, a doação de um bem, a bai-
xa de um bem inservível ou até mesmo com um sinistro. 
c) pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
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É a apropriação de uma despesa que ocorreu e não foi paga. Por exemplo, o 
reconhecimento da folha salarial a pagar.
Note que conceitualmente as variações patrimoniais quantitativas são aquelas 
decorrentes de transações no setor público que aumentam ou diminuem o patrimô-
nio líquido, contudo, existem transações contábeis que afetam o patrimônio líquido, 
mas não são VPA ou VPD.
Assim, é importante distinguir os conceitos de VPA e VPD dos conceitos de dis-
tribuição aos proprietários e contribuição dos proprietários, inclusive as entradas 
que estabelecem inicialmente suas participações na entidade. 
Além do aporte de recursos e do pagamento de dividendos que podem ocorrer, 
é relativamente comum que ativos e passivos sejam transferidos entre entidades 
do setor público.
Sempre que tais transferências satisfizerem as definições de contribuição dos 
proprietários ou de distribuição aos proprietários, elas devem ser contabilizadas 
como tal.
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A contribuição dos proprietários corresponde à entrada de recursos para a en-
tidade a título de contribuição de partes externas, que estabelece ou aumenta a 
participação delas no patrimônio líquido da entidade. Exemplos: o aporte inicial de 
recursos na criação da entidade ou o aporte de recursos subsequente, inclusive 
quando da reestruturação.
A distribuição aos proprietários corresponde à saída de recursos da entidade a 
título de distribuição a partes externas, o que representa retorno sobre a participa-
ção ou a redução dessa participação no patrimônio líquido da entidade. Exemplos: 
o retorno sobre investimento ou, no caso da extinção ou reestruturação da entida-
de, o retorno de qualquer recurso residual.
Todas VPA e VPD alteram o valor do patrimônio líquido, contudo nem toda alteração 
do patrimônio líquido é uma VPA/VPD.
Resultado Patrimonial
O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o valor total das VPA e o 
valor total das VPD, apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais do perí-
odo.
A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidenciará as alterações ve-
rificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária, e 
indicará o resultado patrimonial do exercício.
A DVP tem função semelhante à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
do setor privado. Contudo, é importante ressaltar que a DRE apura o resultado em 
termos de lucro ou prejuízo líquido, como um dos principais indicadores de desem-
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penho da entidade. 
Já no setor público, o resultado patrimonial não é um indicador de desempenho, 
mas um medidor do quanto o serviço público ofertado promoveu alterações quan-
titativas dos elementos patrimoniais.
Caso o total das VPA sejam superiores ao total das VPD, diz-se que o resultado 
patrimonial foi superavitário ou que houve um superavit patrimonial. Caso contrá-
rio, diz-se que o resultado patrimonial foi deficitário ou que houve um deficit patri-
monial.
O valor apurado será transferido para Balanço Patrimonial e passará a compor 
o saldo patrimonial do exercício.
As VPA e VPD serão registradas pelo regime de competência patrimonial, elas não 
têm relação direta com o regime orçamentário de escrituração. 
Para fins de aplicação da CASP, a receita sob o enfoque patrimonial será deno-
minada de variação patrimonial aumentativa (VPA) e a despesa sob o enfoque pa-
trimonial será denominada de variação patrimonial diminutiva (VPD). Ambas não 
devem ser confundidas com a receita e a despesa orçamentária, que são abordadas 
nas informações quanto ao orçamento.
Assim, o reconhecimento da variação patrimonial pode ocorrer em três momen-
tos:
• para a variação patrimonial aumentativa, antes, depois ou no momento da 
arrecadação da receita orçamentária, e 
• para a variação patrimonial diminutiva, antes, depois ou no momento da li-
quidação da despesa orçamentária.
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3 – Variações Patrimoniais Diminutivas 4 – Variações Patrimoniais Aumentativas
3.1 Pessoal e Encargos
3.2 Benefícios Previdenciários e Assistenciais
3.3 Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo
3.4 VPDs Financeiras
3.5 Transferências e Delegações Concedidas
3.6 Desvalorização e Perda de Ativos
3.7 Tributárias
3.9 Outras Variações Patrimoniais Diminutivas
4.1 Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
4.2 Contribuições
4.3 Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos
4.4 VPDs Financeiras
4.5 Transferências e Delegações Recebidas
4.6 Valorização e Ganhos com Ativos
4.9 Outras Variações Patrimoniais Aumentativas
Natureza Devedora Natureza Credora
Prezado(a), 
Separei 20 questões de provas para nós verificarmos como as bancas têm tra-
balhado em seus concursos os assuntos vistos na aula. 
Começo comentando 10 questões estilo Cespe, nas quais basta julgar se a as-
sertiva está certa ou errada. Meus comentários são objetivos e diretos, pois pre-
tendo com isso ajudá-lo(a) a fixar o assunto, e não dar uma aula em cada questão. 
As outras 10 questões são de várias bancas e ficam como se fosse um dever de 
casa, pois assim poderão avaliar o nível do conhecimento adquirido na aula.
A identificação das questões é na seguinte ordem: banca, órgão, cargo e ano 
do concurso.
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QUESTÕES DE CONCURSO – LISTA I
A respeito dos componentes patrimoniais e dos fatos contábeis, julgue o item a 
seguir.
1. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) O recebimento de vendas a prazo é considerado 
um fato contábil permutativo, visto que ele não provoca alterações no patrimônio 
líquido da entidade e modifica apenas a composição do ativo circulante com o au-
mento das disponibilidades.
No que concerne à realização das variações patrimoniais qualitativas e quantitati-
vas, julgue o seguinte item.
2. (CESPE/STJ/CONTADOR/2015) Ocorrerá uma variação patrimonial qualitativa 
caso o registro do reconhecimento que gere a variação patrimonial ocorra depois 
do momento da liquidação da despesa orçamentária.
Julgue o próximo item, acerca da classificação das variações patrimoniais e seus 
impactos no resultado patrimonial do setor público.
3. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Os depósitos em caução recebidos em garantia 
nos contratos firmados pelo setor público representam variações patrimoniais au-
mentativas.
I – concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de contas; 
II – registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial; 
III – baixa de equipamento considerado inservível; 
IV – depreciação, no período, de bens móveis de uso. 
Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido registrados no 
âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de 2014, julgue o item que se 
segue. 
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4. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) O evento III, extraorçamentário, não 
deve ser registrado como variação patrimonial.
Considere que as seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente 
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013: 
I – recebimento de bem imóvel em doação; 
II – baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis; 
III – pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês anterior; 
IV – compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades adminis-
trativas;V – registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo imobilizado. 
A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item, acerca das 
variações patrimoniais e das transações no setor público.
5. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR GOVERNAMENTAL/2015) A transação V deve ser re-
gistrada como uma variação patrimonial qualitativa, visto que ela representa uma 
variação independente da execução orçamentária.
6. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR GOVERNAMENTAL/2015) As transações I e II decor-
rem, respectivamente, de operações que aumentam e diminuem o patrimônio líqui-
do da CGE/PI, por isso devem ser registradas como variações patrimoniais quanti-
tativas.
I – recebimento de bem imóvel em doação; 
II – baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis.
Suponha que as seguintes transações governamentais tenham sido registradas em 
uma entidade governamental durante determinado exercício financeiro já encerrado:
• aprovação da LOA no valor de R$ 100.000,00, sendo 60% na categoria eco-
nômica corrente e 40% na categoria econômica de capital; 
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• lançamento, ao longo do referido exercício, de R$ 50.000,00 de impostos, 
sendo arrecadados 80% desse valor; 
• ingresso de depósitos de terceiros passíveis de devolução.
Considerando essas transações, julgue o item subsequente, relativo ao regime e ao 
tratamento contábil aplicável aos impostos.
7. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR GOVERNAMENTAL/2015) No momento da arrecada-
ção dos impostos, será registrada uma variação patrimonial aumentativa no valor 
de R$ 40.000,00.
Com relação às variações patrimoniais e à mensuração de ativos e passivos, julgue 
o item a seguir. 
8. (CESPE/ANTAQ/CONTADOR/2014) Caso um órgão público diminua do seu pas-
sivo elemento decorrente do pagamento de empréstimo tomado, haverá variação 
patrimonial ativa independente da execução orçamentária.
Julgue o próximo item, relativo a transações e registros contábeis no setor público.
No que se refere às variações patrimoniais e às demonstrações contábeis, julgue o 
item que se segue. 
9. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR DE CONTABILIDADE/2017) A baixa de uma dívi-
da, por prescrição, corresponde a uma variação patrimonial diminutiva.
Acerca das transações e dos registros contábeis do setor público, julgue o item a 
seguir. 
10. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2014) Se for registrado o direito ao recebimento 
do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) no momento da 
ocorrência do seu fato gerador, a operação corresponderá a uma variação patrimo-
nial quantitativa.
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GABARITO – LISTA I
1. C 
2. E
3. E
4. E
5. E
6. E
7. C
8. E
9. E
10. E
11. C
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QUESTÕES COMENTADAS – LISTA I
A respeito dos componentes patrimoniais e dos fatos contábeis, julgue o item a 
seguir.
1. (CESPE/DPU/CONTADOR/2016) O recebimento de vendas a prazo é considerado 
um fato contábil permutativo, visto que ele não provoca alterações no patrimônio 
líquido da entidade e modifica apenas a composição do ativo circulante com o au-
mento das disponibilidades.
Certo.
Fatos contábeis (ou fatos administrativos) são transações que têm por efeito a al-
teração da composição do Patrimônio.
Fato contábil permutativo não provoca alteração no Patrimônio Líquido, alterando 
apenas a composição qualitativa dos elementos pertencentes ao Patrimônio. 
Nessa questão, o importante é diferenciar vendas a prazo, que é um fato modifica-
tivo aumentativo, de recebimento de vendas a prazo, que é um fato permutativo.
Na venda a prazo, ocorre o aumento do ativo na conta “cliente”, em contrapartida 
de uma receita:
D – clientes 
C – Venda de mercadoria
No recebimento da venda a prazo, o lançamento é o seguinte:
D – caixa
C – clientes
Houve uma alteração na conta banco pela entrada do dinheiro, acabando com a 
conta clientes, ambas do ativo circulante. A assertiva está correta.
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No que concerne à realização das variações patrimoniais qualitativas e quantitati-
vas, julgue o seguinte item.
2. (CESPE/STJ/CONTADOR/2015) Ocorrerá uma variação patrimonial qualitativa 
caso o registro do reconhecimento que gere a variação patrimonial ocorra depois 
do momento da liquidação da despesa orçamentária.
Errado. 
A liquidação de uma despesa orçamentaria é a fase em que é atestada a prestação 
de serviço ou a entrega de um bem pelos fornecedores, assim foi liquidada a dívida 
contratual do fornecedor com a instituição. Agora falta a instituição pública efetivar 
o pagamento. 
Contudo, as variações patrimoniais têm relação com o fato gerador da receita e da 
despesa pelo regime de competência. Esse regime determina que seja reconhecida 
a despesa no seu efetivo fato gerador, que, sob o aspecto patrimonial, é quando a 
despesa ocorreu. 
O fato patrimonial, que ocorre na liquidação da despesa orçamentária, é um fato 
quantitativo denominado de Variação Patrimonial Diminutiva. O registro contábil é 
o seguinte: 
→ D – VPD
→ C – fornecedores de serviços (passivo) 
Portanto, a questão está errada.
Julgue o próximo item, acerca da classificação das variações patrimoniais e seus 
impactos no resultado patrimonial do setor público.
3. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Os depósitos em caução recebidos em garantia 
nos contratos firmados pelo setor público representam variações patrimoniais au-
mentativas.
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Errado.
Caução é uma garantia em que a instituição recebe um recurso e concomitante-
mente assume o compromisso de devolvê-lo em um momento futuro.
O recebimento de caução é uma variação patrimonial qualitativa, em que haverá o 
aumento do ativo e o aumento do passivo, não alterando o valor do “PL”.
A questão está errada.
I – concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de contas; 
II – registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial; 
III – baixa de equipamento considerado inservível; 
IV – depreciação,no período, de bens móveis de uso. 
Considerando que os eventos contábeis apresentados tenham sido registrados no 
âmbito da contabilidade do MPU durante o exercício de 2014, julgue o item que se 
segue. 
4. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) O evento III, extraorçamentário, não 
deve ser registrado como variação patrimonial.
Errado.
Não esqueça que as variações patrimoniais não têm relação direta com as despe-
sas e receitas orçamentárias (estão na LOA) ou extraorçamentárias (não estão na 
LOA), são fatos que devem ser analisados de forma diferente. 
A baixa de um equipamento considerado inservível é uma variação patrimonial di-
minutiva, há a diminuição do ativo em contrapartida da VPD. O registro contábil é 
o seguinte:
→ D – VPD – baixa de bens
→ C – imobilizado
A questão está errada.
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Vou analisar os demais fatos:
I – concessão de suprimento de fundos, ainda pendente de prestação de contas; 
suprimentos de fundo é o mesmo que despesa antecipada, assim é uma variação 
qualitativa.
→ D – suprimentos de fundos (ativo)
→ C – banco (ativo) 
II – registro de provisões inerentes a compromissos de cunho atuarial; provisão 
atuarial é uma obrigação, o seu registro é uma variação patrimonial diminutiva. 
→ D – despesa atuarial (VPD)
→ C – provisão atuarial (passivo)
IV – depreciação, no período, de bens móveis de uso. A depreciação é uma despesa 
que diminui o valor do ativo, o seu registro é uma variação patrimonial diminutiva.
→ D – despesa com depreciação
→ C – depreciação acumulada
Considere que as seguintes transações governamentais tenham sido contabilmente 
registradas no âmbito da CGE/PI durante o exercício financeiro de 2013: 
I – recebimento de bem imóvel em doação; 
II – baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis; 
III – pagamento de folha de pessoal empenhada e liquidada no mês anterior; 
IV – compra de veículo zero quilômetro à vista, para uso nas atividades adminis-
trativas; 
V – registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo imobilizado. 
A partir dos registros contábeis apresentados, julgue o próximo item, acerca das 
variações patrimoniais e das transações no setor público.
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5. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR GOVERNAMENTAL/2015) A transação V deve ser re-
gistrada como uma variação patrimonial qualitativa, visto que ela representa uma 
variação independente da execução orçamentária.
Errado.
V – registro da depreciação mensal dos móveis e utensílios no ativo imobilizado.
A depreciação é uma despesa que diminui o valor do ativo, o seu registro é uma 
variação patrimonial diminutiva.
→ D – despesa com depreciação
→ C – depreciação acumulada
A questão está errada.
6. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR GOVERNAMENTAL/2015) As transações I e II decor-
rem, respectivamente, de operações que aumentam e diminuem o patrimônio líqui-
do da CGE/PI, por isso devem ser registradas como variações patrimoniais quanti-
tativas.
I – recebimento de bem imóvel em doação; 
É uma variação patrimonial aumentativa. Há o aumento do ativo em contrapartida 
de uma VPA. O registro contábil é o seguinte:
→ D – imobilizado
→ C – VPA – doação recebida.
II – baixa de máquinas e equipamentos considerados inservíveis.
É uma variação patrimonial diminutiva, há a diminuição do ativo em contrapartida 
da VPD. O registro contábil é o seguinte:
→ D – VPD – baixa de bens
→ C – máquinas e equipamentos
A assertiva está correta.
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Suponha que as seguintes transações governamentais tenham sido registradas em 
uma entidade governamental durante determinado exercício financeiro já encerrado:
• aprovação da LOA no valor de R$ 100.000,00, sendo 60% na categoria econômi-
ca corrente e 40% na categoria econômica de capital; 
• lançamento, ao longo do referido exercício, de R$ 50.000,00 de impostos, sendo 
arrecadados 80% desse valor; 
• ingresso de depósitos de terceiros passíveis de devolução.
Considerando essas transações, julgue o item subsequente, relativo ao regime e ao 
tratamento contábil aplicável aos impostos.
7. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR GOVERNAMENTAL/2015) No momento da arrecada-
ção dos impostos, será registrada uma variação patrimonial aumentativa no valor 
de R$ 40.000,00.
Errado.
Questão simples, basta lembrar que as variações patrimoniais não têm relação di-
reta com os atos e fatos orçamentários.
Aprovação da LOA é um ato orçamentário.
O lançamento dos impostos é um fato orçamentário que representa uma etapa da 
receita orçamentária. Nesse momento, ocorre o fato gerador da VPA, ou seja, re-
ceita sob o aspecto patrimonial. O registro é o seguinte:
→ D – impostos a receber
→ C – VPA – impostos – 50.000
Orçamentariamente, houve uma frustração de receita.
Quando a receita for arrecadada, a instituição irá registrar, sob o aspecto patrimo-
nial, uma variação patrimonial qualitativa da seguinte forma: 
→ D – banco 
→ C – impostos a receber 
A assertiva está errada.
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Com relação às variações patrimoniais e à mensuração de ativos e passivos, julgue 
o item a seguir. 
8. (CESPE/ANTAQ/CONTADOR/2014) Caso um órgão público diminua do seu pas-
sivo elemento decorrente do pagamento de empréstimo tomado, haverá variação 
patrimonial ativa independente da execução orçamentária.
Errado.
O pagamento de uma dívida é uma variação patrimonial qualitativa; diminui o 
passivo, diminui o ativo, por consequência não altera a situação líquida. O registro 
contábil é o seguinte:
→ D – empréstimos a pagar (passivo)
→ C – banco (ativo) 
A assertiva está errada.
Julgue o próximo item, relativo a transações e registros contábeis no setor público.
No que se refere às variações patrimoniais e às demonstrações contábeis, julgue o 
item que se segue. 
9. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR DE CONTABILIDADE/2017) A baixa de uma dívi-
da, por prescrição, corresponde a uma variação patrimonial diminutiva.
Errado. 
A baixa de uma dívida sem o devido pagamento, pela prescrição da dívida, é uma 
variação patrimonial aumentativa. Haverá a diminuição do passivo em contraparti-
da da VPA. O registro contábil é o seguinte:
→ D – dívidas
→ C – VPA – prescrição de dívidas 
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Acerca das transações e dos registros contábeis do setor público, julgue o item a 
seguir. 
10. (CESPE/TCE-RO/CONTADOR/2014) Se for registrado o direito ao recebimento 
do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) no momento da 
ocorrência do seu fato gerador, a operação corresponderá a uma variação patrimo-
nial quantitativa.
Certo.
O registro de um tributo no momento da ocorrência do fato gerador é considerado 
uma receita somente pelo aspecto patrimonial, assim, é uma variação patrimonial 
aumentativa. O registro é o seguinte:
→ D – impostos a receber
→ C – VPA – impostos 
A assertiva está certa.
Não esqueça que, pelo aspecto orçamentário, a receita será reconhecida quando o 
imposto for arrecadado.
QUESTÕES DE CONCURSOS – LISTA II
11. (FUNDEP/IFN-MG/TÉCNICO CONTÁBIL/2016) As variações patrimoniais são 
transações que promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do 
setor público, mesmo em caráter compensatório, afetando ou não o seu resultado.
Em relação a essas variações, é incorreto afirmar:
a) A geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de tercei-
ros caracteriza uma variação patrimonial qualitativa.
b) A variação patrimonial aumentativa ocorre nas transações com contribuintes 
que efetuam o pagamento pela ocorrência de um fato gerador de natureza tribu-
tária.
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c) A compra de veículo e a contratação de operações de crédito são variações pa-
trimoniais qualitativas.
d) A variação patrimonial diminutiva ocorre quando surge um passivo, sem o cor-
respondente ativo.
12. (ESAF/FUNAI/CONTADOR/2016) No que se refere às alterações do patrimônio 
público, é incorreto afirmar que:
a) as variações patrimoniais são transações que promovem alterações nos elemen-
tos patrimoniais da entidade do setor público, mesmo em caráter compensatório, 
afetando ou não o seu resultado. Quando qualitativas, decorrem de transações no 
setor público que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o 
patrimônio líquido. Quando quantitativas, decorrem de transações no setor público 
que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido.
b) o reconhecimento de uma variação patrimonial aumentativa pode ocorrer an-
tes do reconhecimento orçamentário da receita pública. Um exemplo disso seria 
a ocorrência do fato gerador do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial 
Urbana (IPTU) no dia 1º de janeiro de cada ano. Nesse caso, o reconhecimento do 
direito e da VPA deve ser feito no momento do fato gerador e não no momento da 
arrecadação, que ocorrerá futuramente.
c) assim como para as variações patrimoniais aumentativas, também as variações 
patrimoniais diminutivas (despesas patrimoniais) podem ter seu reconhecimento 
antes da despesa orçamentária, ou seja, podem impactar o patrimônio líquido an-
tes mesmo do empenho ser realizado.
d) existem variações patrimoniais, aumentativas ou diminutivas, que não implicam 
em quaisquer lançamentos nas contas com natureza de informação orçamentária, 
ou seja, não causam nenhum impacto na execução orçamentária da receita ou da 
despesa pública.
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e) quando houver o recebimento antecipado de um tributo, haverá o concomitante 
lançamento de uma variação patrimonial aumentativa e o reconhecimento da re-
ceita orçamentária correspondente. Na ocorrência do fato gerador, será dada baixa 
na obrigação do contribuinte.
13. (FCC/TRF-3ª/CONTADOR/2016) O resultado patrimonial apurado na Demons-
tração das Variações Patrimoniais no exercício de 2015 de determinado Estado da 
região Sudeste do Brasil foi de R$ 998.750.000,00. São consideradas Variações 
Patrimoniais Qualitativas: 
a) Arrecadação de impostos concomitante ao fato gerador e depreciação de veículos. 
b) Amortização da dívida e Antecipação de receita orçamentária − ARO. 
c) Bens imóveis recebidos em doação e consumo de material. 
d) Remuneração de depósitos bancários e juros sobre a dívida por contrato. 
e) Descontos financeiros obtidos e locação de equipamentos e materiais perma-
nentes. 
14. (FGV/TJ-PI/AUDITOR/2015) Sobre as Variações Patrimoniais apresentadas no 
MCASP, que representam as transações que promovem alterações nos elementos 
patrimoniais da entidade do setor público, é correto afirmar que: 
a) a aquisição de um veículo e a contratação de uma operação de crédito represen-
tam Variações Patrimoniais Quantitativas; 
b) o surgimento de um passivo, sem um correspondente ativo, enseja o reconhe-
cimento de uma Variação Patrimonial Qualitativa; 
c) pela promessa de recebimento de doação de um imóvel, deve haver o reconhe-
cimento de uma Variação Patrimonial Aumentativa;
d) em função do 13º salário a ser pago ao final do ano, deve ser reconhecida, a 
cada mês trabalhado, uma Variação Patrimonial Diminutiva; 
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e) o fato gerador do Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) ocorre 
no início do exercício, devendo a Variação Patrimonial Aumentativa ser reconhecida 
quando de sua arrecadação.
15. (FGV/TJ-PI/AUDITOR/2015) As variações patrimoniais são transações que pro-
movem alterações nos elementos patrimoniais das entidades do setor público e 
podem ter natureza qualitativa ou quantitativa. As variações patrimoniais qualita-
tivas:
a) contribuem para a apuração do resultado patrimonial;
b) decorrem apenas de transações que envolvem receitas e despesas;
c) podem aumentar ou diminuir o patrimônio líquido;
d) possuem caráter exclusivamente compensatório;
e) resultam invariavelmente da execução orçamentária.
16. (FCC/DPE-RR/TÉCNICO CONTÁBIL/2015) NÃO constituem Variações Patrimo-
niais Aumentativas as decorrentes de
a) operações de crédito por antecipação da receita orçamentária.
b) remuneração de depósitos bancários.
c) bens imóveis recebidos em doação.
d) descontos financeiros obtidos.
e) ganhos com alienação de ativos imobilizados.
17. (CESPE/TRE-MT/ANALISTA CONTADOR/2015) A respeito da classificação e re-
alização das variações patrimoniais, assinale a opção correta.
a) A contratação de operação de crédito em moeda estrangeira para pagamento 
no longo prazo ensejará o registro de uma variação patrimonial quantitativa dimi-
nutiva.
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