14 - Demonstração das Variações Patrimoniais Lei n 4 320 64 e MCASP

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Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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Aula 08 – pós-edital 
Contabilidade Pública para Auditor do TCE/SC 
Profs. Indio Artiaga do Brasil e 
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2021 
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Contabilidade Pública para Auditor do TCE/RJ 
Sumário 
DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS .................................................................................. 3 
CONCEITO ............................................................................................................................................................. 3 
DVP SEGUNDO A LEI Nº 4.320/1964 (ESTRUTURA ANTIGA) .......................................................................................... 5 
Estrutura ......................................................................................................................................................... 5 
Resultado Patrimonial ..................................................................................................................................... 5 
DVP SEGUNDO O MCASP (ESTRUTURA ATUAL).......................................................................................................... 6 
Estrutura ......................................................................................................................................................... 6 
Resultado Patrimonial ................................................................................................................................... 10 
Notas explicativas ......................................................................................................................................... 13 
QUESTÕES COMENTADAS ...................................................................................................................... 14 
LISTA DE QUESTÕES............................................................................................................................... 40 
GABARITO .............................................................................................................................................. 52 
REFLEXÃO .............................................................................................................................................. 52 
RESUMO DIRECIONADO ......................................................................................................................... 53 
ESTRUTURA ......................................................................................................................................................... 53 
RESULTADO PATRIMONIAL .................................................................................................................................... 54 
NOTAS EXPLICATIVAS ........................................................................................................................................... 54 
 
 
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Aula 08 – Demonstração das Variações Patrimoniais 
 Fala, gente! Tranquilidade? 
 Chegamos à tão esperada, e temida por alguns, Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP, para a 
qual nos preparamos desde a aula passada. Mas nada tema, ela não é um bicho de sete cabeças. Looonge disso. 
Com alguns macetes didáticos e uns exercícios bem encaixados, vamos tirar ela de letra! Aproveito para pedir 
atenção total de vocês, porque essa é uma das demonstrações que mais caem em concursos. 
 Nesta aula veremos o conceito de Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP, sua estrutura e 
respectivos quadros conforme previsto no MCASP e em comparação com o disposto na Lei nº 4.320/1964. 
Também, estudaremos sua interpretação e falaremos mais um pouco sobre resultado patrimonial. 
 Vamos que vamos! 
Demonstração das Variações Patrimoniais 
Conceito 
Vamos começar pela previsão legal da Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP presente na Lei 
nº 4.320/1964: 
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, 
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
 Ou seja, segundo a Lei nº 4.320/1964, as Variações Patrimoniais dividem-se em resultantes ou 
independentes da execução orçamentária e devem ser evidenciadas na DVP. Além disso, deve indicado o 
resultado patrimonial nesse demonstrativo. 
 E vocês se lembram do conceito de Variações Patrimoniais e seus respectivos tipos, segundo o MCASP? 
Vamos relembrá-los: 
 
Variações 
Patrimoniais 
Variações quantitativas: 
decorrem de fatos 
modificativos, ou seja, que 
provocam alteração nos 
elementos do patrimônio, 
impactando o patrimônio 
líquido.
Variações Patrimoniais 
Aumentativas: aumentam 
a situação líquida
Variações Patrimoniais 
Diminutivas: reduzem a 
situação líquida
Variações qualitativas: 
decorrem de fatos 
permutativos, ou seja, que 
alteram a composição dos 
elementos do patrimônio 
sem impactar o 
patrimônio líquido.
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 Para explicar a DVP, o MCASP traz uma analogia interessante entre a Contabilidade Pública e a 
Contabilidade Geral: a DVP possui função similar à Demonstração do Resultado do Exercício – DRE do setor 
privado, porém a DRE apura resultado em termos de lucro ou prejuízo líquido como um dos principais indicadores 
de desempenho da entidade, enquanto que a DVP apura o resultado patrimonial da entidade, o qual não constitui 
um indicador de desempenho, mas um medidor do quanto o serviço público ofertado promoveu/sofreu alterações 
quantitativas dos elementos patrimoniais. 
 Assim, segundo o MCASP, a DVP permite a análise de como as políticas adotadas provocaram alterações 
no patrimônio público, considerando-se a finalidade de atender às demandas da sociedade: 
 
 Ou seja, a DVP é um balanço que demonstra o fluxo de variações patrimoniais no exercício, sendo, portanto, 
um demonstrativo contábil dinâmico. A título comparativo, vejamos como se enquadram os demais 
demonstrativos contábeis que já estudamos: 
 Igualmente à DVP, os Balanços Orçamentário – BO e Financeiro – BF se assemelham a um “filme” da entidade 
no período e descrevem, por sua vez, dados relativos à execução financeira e orçamentária (BO) ou sobre a 
movimentação financeira da entidade (BF) num determinado período de tempo. 
 Por outro lado, o Balanço Patrimonial se assemelha a uma “fotografia” da entidade em uma data específica 
(data de apuração do demonstrativo). 
 A título informativo, vale mencionar que a NBC TSP 11 utilizada a denominação demonstração de resultado, 
tratada no MCASP como Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP, e prevê que ela deve incluir itens que 
apresentam os seguintes valores do período contábil: 
a) receita, correspondente às variações patrimoniais aumentativas; 
b) despesa, correspondente às variações patrimoniais diminutivas; 
c) parcela do resultado de coligadas e empreendimento controlado em conjunto mensurada pelo método da 
equivalência patrimonial; 
d) ganhos ou perdas antes dos tributos reconhecidos na alienação de ativos ou pagamento de passivos relativos a 
operações em descontinuidade; e 
e) resultado do período. 
 Segundo a mesma norma, devem ser divulgados ainda, como alocações do resultado do período: 
a) resultado atribuível aos acionistas não controladores; e 
b) resultado atribuível aos acionistas controladores da entidade. 
Por fim, a NBC TSP 11 dispõe que outros itens e contas, títulos e subtotais devem ser apresentados nesse 
demonstrativo contábil quando tal apresentação for relevante para a compreensão do desempenhofinanceiro da 
entidade, considerando fatores relativos a materialidade, a natureza e a função dos componentes das VPA e VPD. 
DVP
Permite a análise de como as
políticas adotadas provocaram
alterações no patrimônio
público, considerando-se a
finalidade de atender às
demandas da sociedade.
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Agora passemos à estrutura da DVP. Lembrem-se que, como os demais demonstrativos contábeis, temos a 
estrutura segundo a Lei nº 4.320/1964, a qual não é mais utilizada na prática, mas ainda está vigente (podendo, 
portanto, ser exigida em concurso) e a estrutura nova conforme o MCASP, que é a utilizada atualmente. 
DVP segundo a Lei nº 4.320/1964 (estrutura antiga) 
Estrutura 
A seguir, temos a estrutura antiga da DVP: 
Variações Ativas Variações Passivas 
Decorrentes da Execução Orçamentária 
Receitas orçamentárias Despesas Orçamentárias 
Receitas Correntes Despesas Correntes 
Receitas de Capital Despesas de Capital 
Mutações Ativas Mutações Passivas 
Aquisição de bens e direitos 
descoAmortizaberto 
 Alienação de bens e direitos 
Amortização de Dívida Passiva 
 
 
 
Etc 
 
 
 
 
Operações de Crédito – Dívidas Passivas 
 
 
 
 
 
Independentes da Execução Orçamentária 
Acréscimos Patrimoniais Decréscimos Patrimoniais 
Incorporação de bens e direitos Desincorporação de bens e direitos 
Desincorporação de passivos Incorporação de passivos 
Resultado Patrimonial 
Déficit 
 
 Resultado Patrimonial 
Superavit 
 
Total das Variações Ativas Total das Variações Passivas 
Vamos ver alguns dos conceitos que constam da estrutura antiga da DVP: 
 As Variações Ativas são um gênero que abrigava receitas orçamentárias e extraorçamentárias, mutações ativas, 
acréscimos patrimoniais e interferências ativas (decorrentes e independentes da execução orçamentária). 
 Por sua vez, as Variações Passivas são um gênero que abrigava despesas orçamentárias e extraorçamentárias, 
mutações passivas, decréscimos patrimoniais e interferências passivas (decorrentes e independentes da execução 
orçamentária). 
 As despesas e receitas orçamentárias são as legalmente empenhadas (despesas) no exercício e as arrecadadas 
no exercício (receitas). 
 Conforme vimos na aula anterior, as mutações ativas representam o montante de despesas não efetivas 
registrado na coluna das variações ativas, e as mutações passivas representam o montante de receitas não efetivas 
registrado na coluna das variações passivas. Esse é um artifício contábil utilizado para compensar o efeito das 
despesas e receitas não efetivas na estrutura antiga da DVP. 
 Por último, acréscimos e decréscimos patrimoniais referem-se às superveniências e insubsistências do ativo e 
do passivo. 
Resultado Patrimonial 
Na estrutura antiga da DVP, o resultado patrimonial é aferido tomando-se a diferença entre variações 
ativas e variações passivas. 
Variações Ativas – Variações Passivas = Resultado Patrimonial 
 
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Atenção!! 
Note que o resultado patrimonial, quando superavitário, é registrado no lado 
das variações passivas. Quando deficitário, no lado das variações ativas, a 
fim de manter o equilíbrio da DVP, uma vez que o total das duas colunas 
(variações ativas e variações passivas) deve ser IGUAL. 
DVP segundo o MCASP (estrutura atual) 
Estrutura 
Segundo o MCASP, a estrutura atual da DVP é a seguinte: 
 Agora vejamos o conceito dos itens patrimoniais constantes da Demonstração das Variações Patrimoniais 
segundo o MCASP (8ª ed., pgs. 444/447): 
Variações Patrimoniais Aumentativas 
Impostos, Taxas e Contribuições De Melhoria: Compreende toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou 
cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada. 
Contribuições: Compreende as contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de iluminação pública. 
Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos: Compreende as variações patrimoniais auferidas com a venda de 
bens, serviços e direitos, que resultem em aumento do patrimônio líquido, independentemente de ingresso, 
incluindo-se a venda bruta e deduzindo-se as devoluções, abatimentos e descontos comerciais concedidos. 
Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras: Representa o somatório das variações patrimoniais 
aumentativas com operações financeiras. Compreende: descontos obtidos, juros auferidos, prêmio de resgate de 
títulos e debêntures, entre outros. 
 Nota 
Exercício 
Atual 
Exercício 
Anterior 
Variações Patrimoniais Aumentativas 
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 
Contribuições 
Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 
Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 
Transferências e Delegações Recebidas 
Valorização e Ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos 
Outras Variações Patrimoniais Aumentativas 
Total das Variações Patrimoniais aumentativas (I) 
 
Variações Patrimoniais Diminutivas 
Pessoal e Encargos 
Benefícios Previdenciários e Assistenciais 
Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 
Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras 
Transferências e Delegações Concedidas 
Desvalorização e Perdas de Ativos e Incorporação de Passivos 
Tributárias 
Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos, e dos Serviços Prestados 
Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 
Total das Variações Patrimoniais Diminutivas (II) 
 
RESULTADO PATRIMONIAL DO PERÍODO (III) = (I) – (II) 
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Transferências e Delegações Recebidas: Compreende o somatório das variações patrimoniais aumentativas com 
transferências intergovernamentais, transferências intragovernamentais, transferências de instituições 
multigovernamentais, transferências de instituições privadas com ou sem fins lucrativos, transferências de convênios 
e transferências do exterior. 
Valorização e Ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos: Compreende a variação patrimonial 
aumentativa com reavaliação e ganhos de ativos ou com a desincorporação de passivos. 
Outras Variações Patrimoniais Aumentativas: Compreende o somatório das demais variações patrimoniais 
aumentativas não incluídas nos grupos anteriores, tais como: resultado positivo da equivalência patrimonial, 
dividendos, etc. 
Variações Patrimoniais Diminutivas 
Pessoal e Encargos: Compreende a remuneração do pessoal ativo civil ou militar, correspondente ao somatório das 
variações patrimoniais diminutivas com subsídios, vencimentos, soldos e vantagens pecuniárias fixas ou variáveis 
estabelecidas em lei decorrentes do pagamento pelo efetivo exercício do cargo, emprego ou função de confiança no 
setor público, bem como as variações patrimoniais diminutivas com contratos de terceirização de mão de obra que 
se refiram à substituição de servidores e empregados públicos. Compreende ainda, obrigações trabalhistas de 
responsabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de pagamento dos órgãos e demais entidades do setor 
público, contribuições a entidades fechadas de previdência e benefícios eventuais a pessoal civil e militar, destacados 
os custos de pessoal e encargos inerentes às mercadorias e produtos vendidos e serviços prestados. 
Compreende as obrigações conhecidas e estimadas que atendam a qualquer um dos seguintes critérios: tenham 
prazos estabelecidos ou esperados dentro do ciclo operacional da entidade; sejam mantidos primariamente para 
negociação; tenham prazos estabelecidos ou esperados no curto prazo; sejam valores de terceiros ou retençõesem 
nome deles, quando a entidade do setor público for fiel depositária, independentemente do prazo de exigibilidade. 
Benefícios Previdenciários e Assistenciais: Compreendem as variações patrimoniais diminutivas relativas às 
aposentadorias, pensões, reformas, reserva remunerada e outros benefícios previdenciários de caráter contributivo, 
do Regime Próprio da Previdência Social (RPPS) e do Regime Geral da Previdência Social (RGPS). 
Compreendem, também, as ações de assistência social, que são políticas de seguridade social não contributiva, 
visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender às 
contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. 
Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo: Representa o somatório das variações patrimoniais diminutivas 
com manutenção e operação da máquina pública, exceto despesas com pessoal e encargos que serão registradas em 
grupo específico (Despesas de Pessoal e Encargos). Compreende: diárias, material de consumo, depreciação, 
amortização etc. 
Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras: Compreende as variações patrimoniais diminutivas com 
operações financeiras, tais como: juros incorridos, descontos concedidos, comissões, despesas bancárias e correções 
monetárias. 
Transferências e Delegações Concedidas: Compreende o somatório das variações patrimoniais diminutivas com 
transferências intergovernamentais, transferências intragovernamentais, transferências a instituições 
multigovernamentais, transferências a instituições privadas com ou sem fins lucrativos, transferências a convênios e 
transferências ao exterior. 
Desvalorização e Perda de Ativos e Incorporação de Passivos: Compreende a variação patrimonial diminutiva com 
desvalorização e perdas de ativos, com redução a valor recuperável, perdas com alienação e perdas involuntárias ou 
com a incorporação de passivos. 
Tributárias: Compreendem as variações patrimoniais diminutivas relativas aos impostos, taxas, contribuições de 
melhoria, contribuições sociais, contribuições econômicas e contribuições especiais. 
Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos, e dos Serviços Prestados: Compreende as variações patrimoniais 
diminutivas relativas aos custos das mercadorias vendidas, dos produtos vendidos e dos serviços prestados. 
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O Custo dos produtos vendidos ou dos serviços prestados devem ser computados no exercício corresponde às 
respectivas receitas de vendas. A apuração do custo dos produtos vendidos está diretamente relacionada aos 
estoques, pois representa a baixa efetuadas nas contas dos estoques por vendas realizadas no período. 
Outras Variações Patrimoniais Diminutivas: Compreende o somatório das variações patrimoniais diminutivas não 
incluídas nos grupos anteriores. Compreende: premiações, incentivos, equalizações de preços e taxas, participações 
e contribuições, resultado negativo com participações, dentre outros. 
Atenção!! 
Embora a 8ª ed. do MCASP, preveja apenas essa estrutura para a DVP, até 
a 7ª ed. do MCASP eram previstos dois modelos para a elaboração da DVP: 
o sintético e o analítico. O sintético é exatamente como a estrutura acima 
exibida (exibindo até o 2º nível de detalhamento do PCASP), enquanto que 
o analítico abrangia o nível de subgrupo, ou seja, o 3º nível de 
detalhamento do PCASP. 
 
Mais 
Atenção!! 
Antes, havia também a previsão para elaboração de um Quadro de 
Variações Patrimoniais Qualitativas, o qual trazia as incorporações e 
desincorporações do ativo e do passivo. 
Esse quadro passou a ser facultativo a partir da 6ª ed. do MCASP e deixou 
de ser previsto no MCASP a partir da 7ª ed. 
Assim, a DVP utilizada atualmente não atende integralmente o disposto 
no art. 104 da Lei nº 4.320/1964, pois não são evidenciados os fatos 
permutativos (Variações Patrimoniais Qualitativas), logo, nem todas as 
alterações verificadas no patrimônio são registradas! 
Importante para você! 
 Vale lembrar que a DVP elaborada nos moldes do MCASP utiliza o enfoque patrimonial para contabilizar as VPAs. 
Assim, os itens “Impostos, Taxas e Contribuições De Melhoria” e “Contribuições” são registrados no momento em que 
ocorrem seus fatos geradores (lançamento da receita), e não mais no momento da arrecadação, como era na DV da Lei 
4.320/64, que utilizava o enfoque orçamentário. 
 Segundo o MCASP, a DVP será elaborada utilizando-se a classe 3 (Variações Patrimoniais Diminutivas) e 
classe 4 (Variações Patrimoniais Aumentativas) do PCASP. 
Mais uma vez, muita calma nessa hora! Ainda não vimos a codificação das contas de acordo com o Plano de 
Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP). Mas, desde já, saibam que essa codificação possui 07 (sete) níveis, 
sendo que o primeiro, chamado classe, define, por exemplo, se a conta pertence às Variações Patrimoniais 
Diminutivas (classe 3) ou às Variações Patrimoniais Aumentativas (classe 4). Vejamos os dois primeiros níveis do 
PCASP relevantes para a construção da DVP: 
3 – Variações Patrimoniais Diminutivas 4 – Variações Patrimoniais Aumentativas 
3.1 - Pessoal e Encargos 4.1 - Impostos, Taxas e Contribuições De Melhoria 
3.2 - Benefícios Previdenciários e Assistenciais 4.2 - Contribuições 
3.3 - Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 4.3 - Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 
3.4 - Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras 4.4 - Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 
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3.5 - Transferências e Delegações Concedidas 4.5 - Transferências e Delegações Recebidas 
3.6 - Desvalorização e Perda de Ativos e Incorporação 
de Passivos 
4.6 - Valorização e Ganhos com Ativos e 
Desincorporação de Passivos 
3.7 - Tributárias 4.7 - Outras Variações Patrimoniais Aumentativas 
3.8 - Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos, e dos 
Serviços Prestados 
 
3.9 - Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 
 Além disso, até a 6ª edição do MCASP, quando era facultada a elaboração do Quadro de Variação 
Patrimoniais Qualitativas era utilizada também a classe 6 (Controles da Execução do Planejamento e 
Orçamento). Assim, consequentemente, eram utilizadas também as contas do subsistema de informações 
orçamentárias. Muito cuidado, porque isso ainda pode ser alvo de cobrança em prova. Vejamos: 
Questão para fixar 
(Cespe – Polícia Federal – 2018) Acerca dessas classes, julgue o item subsecutivo. 
A demonstração de variações patrimoniais é composta por valores apresentados no balancete de dezembro de cada exercício 
nas classes 3, 4 e 6. 
RESOLUÇÃO: 
 Notem que questão sacana! O seu gabarito foi certo, e, de fato, as classes 3 (Variações Patrimoniais Diminutivas) e 4 
(Variações Patrimoniais Aumentativas) são utilizadas para a elaboração da DVP. Porém, a classe 6 (Controles da Execução 
do Planejamento e Orçamento) era utilizada para a construção da DVP até a 6ª ed. do MCASP, quando ainda era prevista 
a elaboração (mesmo que facultativa) do Quadro de Variações Patrimoniais Qualitativas. 
 No entanto, ressalte-se que a partir da 7ª ed. do MCASP (válida a partir de 2017) essa previsão foi suprimida do MCASP. 
Gabarito: CERTO 
 Essa terminologia de classes e níveis, bem como o seu significado, ficará mais clara quando estudarmos o 
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP). Todavia, desde já, convém que você guarde essas 
informações, pois elas podem vir a facilitar a resolução de questões. 
 Ainda, conforme o MCASP, os saldos das contas intragovernamentais (nível de consolidação 2) deverão ser 
excluídos para viabilizar a consolidação das contas no ente. Entretanto, se a DVP se referir apenas às contas de um 
órgão, uma entidade ou uma empresa pública, então não há exclusão das contas intraorçamentárias.Por fim, assim como ocorre em outros demonstrativos contábeis, são elencados os valores relativos ao 
exercício atual e ao exercício anterior, o que possibilita a comparação dos itens do patrimônio em dois instantes 
temporais. 
 A título exemplificativo, vamos ver a DVP do Balanço Geral da União referente ao 3º trimestre de 2018:1 
 
1 Para mais detalhes, consulte: https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/balanco-geral-da-uniao-bgu-
trimestral/2018/24?ano_selecionado=2018. 
https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/balanco-geral-da-uniao-bgu-trimestral/2018/24?ano_selecionado=2018
https://www.tesourotransparente.gov.br/publicacoes/balanco-geral-da-uniao-bgu-trimestral/2018/24?ano_selecionado=2018
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Resultado Patrimonial 
 O Resultado Patrimonial do exercício financeiro é obtido do confronto entre o total das Variações 
Patrimoniais Aumentativas – VPA e o total das Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD, apurado na 
Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP. Isto é, da diferença entre as receitas e despesas do exercício 
sob o enfoque patrimonial. Ou seja: 
Resultado Patrimonial = Total das VPA – Total das VPD 
Caso a soma das VPA seja superior à soma das VPD, diz-se que o resultado patrimonial foi superavitário ou 
que houve um superavit patrimonial. Caso contrário, se a soma das VPD for superior à soma das VPA, diz-se que 
o resultado patrimonial foi deficitário ou que houve um deficit patrimonial. Esquematicamente: 
O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o valor total das VPA e o valor total das VPD, apurado 
na Demonstração das Variações Patrimoniais do período. 
Soma das VPA > Soma das VPD ➔ 
Resultado Patrimonial 
Superavitário 
Soma das VPA < Soma das VPD ➔ 
Resultado Patrimonial 
Deficitário 
Soma das VPA = Soma das VPD ➔ Resultado Patrimonial nulo 
 
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Atenção!! 
Não confundam Resultado Patrimonial com Saldo Patrimonial. Essa 
é uma pegadinha clássica de concursos. 
O Resultado Patrimonial é dado pela Demonstração de Variações 
Patrimoniais, enquanto que o Saldo Patrimonial é calculado no 
Balanço Patrimonial. 
 Vale lembrar que, conforme mencionado no início desta aula, o resultado patrimonial da entidade não 
constitui um indicador de desempenho, mas um medidor do quanto o serviço público ofertado promoveu/sofreu 
alterações quantitativas dos elementos patrimoniais. 
 Ressalta-se que o resultado patrimonial do exercício é um indicador de gestão fiscal, uma vez que é o 
principal item que influencia na evolução do patrimônio líquido, sendo objeto de análise do anexo de metas fiscais 
da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, conforme previsto no art. 4º, §2º, III, da Lei de Responsabilidade Fiscal 
(Lei Complementar nº 101/2001): 
§1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados 
nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois 
seguintes. 
§2º O Anexo conterá, ainda: 
[...] 
III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a 
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; 
 O mesmo diploma legal estabelece que a escrituração das contas públicas deverá observar, dentre outras 
normas, o seguinte: 
Art. 50, VI. A demonstração das variações patrimoniais dará destaque à origem e ao destino dos recursos 
provenientes da alienação de ativos. 
Mas isso não é tudo! O resultado patrimonial é influenciado tanto por fatos dependentes da execução 
orçamentária (arrecadação de receitas de impostos e despesas de pessoal, por exemplo) quanto por aqueles 
independentes da execução orçamentária (doação de imóveis, apropriação de depreciação de ativos). 
Atenção!! 
Em geral, são consideradas variações patrimoniais independentes da 
execução orçamentária, as superveniências e insubsistências do ativo 
e do passivo. 
Enquanto que as receitas e despesas orçamentárias (efetivas e não 
efetivas) são consideradas variações patrimoniais dependentes da 
execução orçamentária. 
Vejamos um exemplo de Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP e o cálculo do respectivo 
Resultado Patrimonial: 
 Nota 
Exercício 
Atual 
Exercício 
Anterior 
Variações Patrimoniais Aumentativas 
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Atenção!! 
Para fins de concurso, se a questão fornecer diversos lançamentos e 
pedir o cálculo do resultado patrimonial, basta identificar as VPA e 
VPD, totalizá-las e tomar a sua diferença. 
Vejamos como esse assunto foi cobrado em concurso: 
Questão para fixar 
 (FGV – MPE/AL – 2018) As Demonstrações das Variações Patrimoniais evidenciam as variações verificadas no 
patrimônio e indicam o resultado patrimonial do exercício. 
O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações 
A) qualitativas e quantitativas. 
B) quantitativas aumentativas e diminutivas. 
C) qualitativas aumentativas e diminutivas. 
D) orçadas e executadas. 
E) orçadas e liquidadas. 
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 100 300 
Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 150 50 
Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 200 400 
Transferências e Delegações Recebidas 200 0 
Valorização e Ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos 100 0 
Outras Variações Patrimoniais Aumentativas 50 0 
Total das Variações Patrimoniais aumentativas (I) 800 750 
 
Variações Patrimoniais Diminutivas 
Pessoal e Encargos 0 0 
Benefícios Previdenciários e Assistenciais 0 0 
Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 100 100 
Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras 200 300 
Transferências e Delegações Concedidas 500 200 
Desvalorização e Perdas de Ativos e Incorporação de Passivos 0 0 
Tributárias 50 0 
Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos, e dos Serviços Prestados 0 0 
Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 50 100 
Total das Variações Patrimoniais Diminutivas (II) 900 700 
 
RESULTADO PATRIMONIAL DO PERÍODO (III) = (I) – (II) -100 50 
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RESOLUÇÃO: 
Questão tranquila, certo? Pare chegar ao resultado patrimonial do exercício financeiro, basta tomar a 
diferença entre as Variações Patrimoniais Aumentativas – VPA e as Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD, 
ou seja, 
Resultado Patrimonial = Total das VPA – Total das VPD 
Gabarito: LETRA B 
Notas explicativas 
Segundo o MCASP, a DVP deverá ser acompanhada de notas explicativas, divulgando separadamente a 
natureza e valores dos itens relevantes que compõem as VPA e as VPD. 
Algumas circunstâncias poderão ser apresentadas em notas explicativas, ainda que seus valores não sejam 
relevantes, por exemplo: 
a) Redução ao valor recuperável no ativo imobilizado, bem como as reversões de tais reduções; 
b) Baixas de itens do ativo imobilizado; 
c) Baixas de investimento; 
d) Reestruturações das atividades da entidade e reversões de quaisquer provisões para gastos de reestruturação; 
e) Unidades operacionais descontinuadas; 
f) Constituição ou reversão de provisões. 
O MCASP ressalta que quando a entidade distribui dividendos ou outro item similar para os seus 
proprietários e possui capital representado por ações, ela devedivulgar, na demonstração do resultado, na 
demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas, o valor de dividendos ou outro item 
similar distribuídos e reconhecidos como distribuições aos proprietários durante o período e o respectivo valor por 
ação. 
Por fim, o MCASP destaca que a NBC TSP 11 incentiva a apresentação de análise das variações patrimoniais 
diminutivas utilizando a classificação baseada em dois métodos alternativos: quanto à natureza ou quanto à sua 
função dentro da entidade, classificações essas que não se confundem com os termos correspondentes utilizados 
na execução orçamentária. 
 
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Questões Comentadas 
1. (CFC – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2020.1) Um ente público apresentou as seguintes informações 
na sua Demonstração das Variações Patrimoniais, referente ao exercício financeiro de 2019; observe. 
Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos R$ 13.000.000,00 
Pessoal e Encargos R$ 10.000.000,00 
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria R$ 11.000.000,00 
Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo R$ 6.500.000,00 
Transferências e Delegações Recebidas R$ 9.500.000,00 
Desvalorização e Perdas de Ativos e Incorporação de Passivos R$ 2.000.000,00 
Valorização e Ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos R$ 2.100.000,00 
Transferências e Delegações Concedidas R$ 8.200.000,00 
Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos e dos Serviços Prestados R$ 9.000.000,00 
Com base nessas informações, essa Demonstração das Variações Patrimoniais apresentará um resultado 
patrimonial, no exercício financeiro de 2019, de: (Assinale o valor do déficit ou superávit patrimonial da 
Demonstração das Variações Patrimoniais.) 
A) Superávit patrimonial R$ 2.100.000,00 
B) Déficit patrimonial de R$ 6.100.000,00 
C) Superávit patrimonial de R$ 2.700.000,00 
D) Déficit patrimonial de R$ 100.000,00 
RESOLUÇÃO: 
O Resultado Patrimonial é dado pela diferença entre o total das Variações Patrimoniais Aumentativas – VPA 
e o total das Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD. Então precisamos primeiramente classificar os registros 
para depois calcular o Resultado Patrimonial. 
Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos: aqui temos uma VPA no valor de R$ 13.000.000,00, uma 
vez que há um aumento do ativo (caixa) sem contrapartida no passivo. Note que a “venda de bens” aqui está num 
contexto de, por exemplo, venda de produtos agropecuários e não de venda de bens móveis e imóveis. 
Pessoal e Encargos: aqui temos uma VPD no valor de R$ 10.000.000,00, uma vez que temos uma redução 
do ativo (caixa) sem contrapartida no passivo. 
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria: aqui temos uma VPA no valor de R$ 11.000.000,00, uma vez 
que há um aumento do ativo (caixa) sem contrapartida no passivo. 
Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo: aqui temos uma VPD no valor de R$ 6.500.000,00, uma 
vez que o uso de ativos implica a redução de ativo sem contrapartida no passivo. 
Transferências e Delegações Recebidas: aqui temos uma VPA no valor de R$ 9.500.000,00, uma vez que há 
um aumento do ativo (caixa) sem contrapartida no passivo. 
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Desvalorização e Perdas de Ativos e Incorporação de Passivos: aqui temos uma VPD no valor de R$ 
2.000.000,00, uma vez que: 1) no que tange às desvalorizações e ganhos de ativos, temos a redução de um ativo 
sem contrapartida no passivo; e 2) no que tange às incorporações de passivos, temos um aumento do passivo sem 
contrapartida no ativo. 
Valorização e Ganhos com Ativos e Desincorporação de Passivos: aqui temos uma VPA no valor de R$ 
2.100.000,00, uma vez que: 1) no que tange às valorizações e ganhos de ativos, temos o aumento de um ativo 
sem contrapartida no passivo; e 2) no que tange às desincorporações de passivos, temos uma redução do passivo 
sem contrapartida no ativo. 
Transferências e Delegações Concedidas: aqui temos uma VPD no valor de R$ 8.200.000,00, uma vez que 
há uma redução do ativo (caixa) sem contrapartida no passivo. 
Custo das Mercadorias e Produtos Vendidos e dos Serviços Prestados: aqui temos uma VPD no valor de R$ 
9.000.000,00, uma vez que há um aumento do passivo (caixa) sem contrapartida no ativo. 
 Totalizando as VPAs e VPDs temos: 
Total das VPAs = 13.000.000 + 11.000.000 + 9.500.000 + 2.100.000 = 35.600.000,00 
Total das VPDs = 10.000.000 + 6.500.000 + 2.000.000 + 8.200.000 + 9.000.000 = 35.700.000,00 
Resultado Patrimonial = Total das VPAs – Total das VPDs = 35.600.000,00 – 35.700.000,00 = - 100.000 
 O que corresponde à alternativa D). 
GABARITO: LETRA D 
 
2. (FCC – Prefeitura de São Luís-MA – 2018) Instrução: Para responder à questão, considere as informações a 
seguir: 
No mês de maio de 2018, ocorreram as seguintes transações em uma autarquia municipal: 
− Lançamento de receita de serviços, prestados no mês de maio de 2018, no valor de R$ 600.000,00. 
− Arrecadação de receita tributária, cujo lançamento ocorreu no mês de abril de 2018, no valor de R$ 900.000,00. 
− Recebimento de um depósito caução no valor de R$ 30.000,00. 
− Lançamento e recebimento de transferências de capital voluntárias do governo federal no valor de R$ 
1.100.000,00. 
− Empenho, liquidação e pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais no valor de R$ 1.850.000,00. 
− Empenho de despesas correntes com outros serviços de terceiros − pessoa jurídica no valor de R$ 84.000,00. Os 
serviços foram prestados no mês de junho de 2018. 
− Utilização de material de consumo no valor de R$ 88.000,00. O material de consumo estava em estoque no início 
do mês de maio de 2018 e se refere à despesa orçamentária liquidada em março de 2018. 
− Pagamento de restos a pagar no valor de R$ 163.000,00, cuja inscrição ocorreu em 2017. 
Com base nessas transações tomadas em conjunto, em maio de 2018, o resultado patrimonial foi reduzido, em 
reais, em 
A) 238.000,00 
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B) 208.000,00 
C) 150.000,00 
D) 1.338.000,00 
E) 322.000,00 
RESOLUÇÃO: 
 Para resolver essa questão, precisamos primeiramente identificar as VPA e VPD e totalizá-las para só então 
tomar a sua diferença. Vamos lá: 
Transação Classificação 
Lançamento de receita de serviços, prestados no 
mês de maio de 2018, no valor de R$ 600.000,00. 
Lançamento é fato gerador de uma VPA (uma vez há aumento de um 
ativo sem contrapartida no passivo). Assim, temos uma VPA no valor 
de R$ 600.000,00. 
Arrecadação de receita tributária, cujo 
lançamento ocorreu no mês de abril de 2018, no 
valor de R$ 900.000,00. 
A arrecadação da receita é meramente um fato permutativo, vez que 
seu fato gerador já foi reconhecido no lançamento. 
Recebimento de um depósito caução no valor de 
R$ 30.000,00. 
Depósito caução é um tipo de receita extraorçamentária, a qual é 
meramente uma entrada compensatória no ativo e no passivo 
financeiro, não possuindo efeito sobre o patrimônio líquido. Assim, é 
meramente um fato permutativo. 
Lançamento e recebimento de transferências de 
capital voluntárias do governo federal no valor de 
R$ 1.100.000,00. 
O lançamento de transferências de capital voluntárias do governo 
federal é fato gerador de uma VPA (uma vez há aumento de um ativo 
sem contrapartida no passivo). Assim, temos uma VPA no valor de R$ 
1.110.000,00. 
Empenho, liquidação e pagamento de despesas 
com pessoal e encargos sociais no valor de R$ 
1.850.000,00. 
Aqui podemos supor que as despesas com pessoal e encargos sociais 
se referem ao mês trabalhado de maio. Assim temos uma VPD de R$ 
1.850.000,00. 
Empenho de despesas correntes com outros 
serviços de terceiros − pessoa jurídica no valorde 
R$ 84.000,00. Os serviços foram prestados no 
mês de junho de 2018. 
Aqui, o reconhecimento do fato gerador da VPD deverá ocorrer apenas 
no mês de junho, por ocasião da prestação dos serviços. Como a 
questão se refere ao mês de maio, temos que houve apenas um fato 
permutativo. 
Utilização de material de consumo no valor de R$ 
88.000,00. O material de consumo estava em 
estoque no início do mês de maio de 2018 e se 
refere à despesa orçamentária liquidada em 
março de 2018. 
A utilização de material de consumo enseja o reconhecimento de fato 
gerador de uma VPD. Assim, temos uma VPD de R$ 88.000,00. 
Pagamento de restos a pagar no valor de R$ 
163.000,00, cuja inscrição ocorreu em 2017. 
Aqui temos um mero fato permutativo, uma vez que temos a redução 
de um ativo (saída de recursos) e a redução de um passivo (quitação da 
dívida). 
 
Total das VPA 1.700.000,00 
Total das VPD 1.938.000,00 
 Assim, o Resultado Patrimonial foi de: 
Resultado Patrimonial = VPA – VPD = 1.700.000,00 - 1.938.000,00 = - 238.000,00 
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 Portanto, a alternativa certa é a letra A). 
Gabarito: LETRA A 
 
3. (FGV – AL/RO – 2018 - Adaptada) O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre 
A) as receitas e as despesas. 
B) as entradas e as saídas de caixa. 
C) o aumento e a diminuição do patrimônio líquido. 
D) os ingressos e os dispêndios extraorçamentários. 
 E) as variações quantitativas aumentativas e diminutivas 
RESOLUÇÃO: 
Questão tranquila, certo? Para chegar ao resultado patrimonial do exercício financeiro, basta tomar a 
diferença entre as Variações Patrimoniais Aumentativas – VPA e as Variações Patrimoniais Diminutivas – VPD, 
ou seja, 
Resultado Patrimonial = Total das VPA – Total das VPD 
Gabarito: LETRA E 
4. (CCV-UFC – UFC – 2018) O art. 104 da Lei nº 4.320/64 evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, 
resultantes ou independentes da execução orçamentária e indicará o resultado econômico do exercício, serão 
demonstrados no(a): 
A) Fluxo de caixa. 
B) Balanço financeiro. 
C) Balanço patrimonial. 
D) Demonstração das variações patrimoniais. 
E) Demonstração das mutações do patrimônio líquido. 
RESOLUÇÃO: 
 Para resolver essa questão basta lembramos sobre qual demonstrativo contábil trata o art. 104 da Lei nº 
4.320/1964 ou nos atentarmos para as informações que ele deve evidenciar mencionadas pelo texto da questão. 
 Notem que a questão menciona que devem ser evidenciadas as alterações verificadas no patrimônio, 
resultantes ou independentes da execução orçamentária e indicará o resultado econômico do exercício, e isso 
nos remete justamente à DVP. Vejamos o resumo esquemático sobre sua finalidade: 
 
DVP
Permite a análise de como as
políticas adotadas provocaram
alterações no patrimônio
público, considerando-se a
finalidade de atender às
demandas da sociedade.
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Além disso, vocês poderiam se lembrar que o art. 104 da Lei nº 4.320/1964 é justamente a previsão da 
Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP: 
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, 
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
Assim, está certa a alternativa D). 
Observação: 
O referido concurso foi para a Universidade Federal do Ceará e não para o Ultimate Fighting Championship 
(UFC). Acho que essa organização não exige que os lutadores saibam Contabilidade Pública! 
Gabarito: LETRA D 
 
5. (SUGEP-UFRPE – UFRPE – 2018) Quando a Lei nº 4.320/64 aborda a questão da Demonstração das 
Variações Patrimoniais, afirma que a mesma deverá evidenciar as alterações: 
A) na receita, apenas. 
B) na despesa, apenas. 
C) no orçamento. 
D) no patrimônio. 
E) nas receitas e nas despesas. 
RESOLUÇÃO: 
 Vamos relembrar que o art. 104 da lei nº 4.320/1964 estabelece o seguinte: 
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, 
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
 Assim, está correta a alternativa D). 
Gabarito: LETRA D 
 
6. (Cespe – TCM/BA – 2018) Um ente público registrou os seguintes eventos durante a execução orçamentária 
de determinado exercício. 
Evento Valor (R$) 
Inscrição em dívida ativa de tributo lançado e reconhecido no exercício anterior. 500 
Reconhecimento de variação cambial negativa de contrato de manutenção de 
equipamentos firmado em moeda estrangeira. 
250 
Pagamento a servidor de parcela referente ao plano de saúde do exercício 
anterior, em razão de só ter sido apresentada documentação referente ao 
ressarcimento no presente exercício. 
300 
Considerando apenas esses eventos, o reconhecimento e a evidenciação na demonstração das variações 
patrimoniais, sob o enfoque 
 A) patrimonial, consistirá no registro de variações patrimoniais diminutivas (VPD) de R$ 750. 
 B) orçamentário, consistirá no registro de variações patrimoniais aumentativas (VPA) de R$ 500. 
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 C) patrimonial, consistirá no registro de variações patrimoniais diminutivas (VPD) de R$ 500. 
 D) orçamentário, consistirá no registro de variações patrimoniais aumentativas (VPA) de R$ 550. 
 E) patrimonial, consistirá no registro de variações patrimoniais diminutivas (VPD) de R$ 550. 
RESOLUÇÃO: 
 Primeiramente, o enfoque aplicável à Contabilidade Pública para fins de reconhecimento de receitas e 
despesas é sempre o patrimonial, no qual se aplica o regime de competência. Sob esse enfoque, receitas e 
despesas são respectivamente VPA e VPD: 
Contas de Natureza de Informação 
Orçamentária 
Contas de Natureza de Informação Patrimonial 
Evento Critério Base normativa Evento Critério Base normativa 
Receita 
orçamentária 
Arrecadação 
Lei nº 4.320/1964, 
art. 35 
Variação Patrimonial 
Aumentativa 
Competência 
NBC TSP – Estrutura 
Conceitual 
Despesa 
orçamentária 
Empenho 
Lei nº 4.320/1964, 
art. 35 
Variação Patrimonial 
Diminutiva 
Competência 
NBC TSP – Estrutura 
Conceitual 
Fonte: MCASP, 8ª ed., pg. 102. 
 Assim, uma vez que o item menciona o reconhecimento e a evidenciação na demonstração das variações 
patrimoniais podemos descartar as alternativas B) e D) que falam em enfoque orçamentário. 
 Agora, vamos identificar se os registros mencionados na questão são VPA ou VPD. 
Transação Classificação Valor (R$) 
Inscrição em dívida ativa de tributo lançado e 
reconhecido no exercício anterior. 
Mero fato permutativo. A VPA foi reconhecida 
quando o tributo foi lançado. 
500 
Reconhecimento de variação cambial negativa de 
contrato de manutenção de equipamentos firmado 
em moeda estrangeira. 
Trata-se de uma VPD, pois há uma redução do ativo 
sem registro correspondente no passivo. 
250 
Pagamento a servidor de parcela referente ao 
plano de saúde do exercício anterior, em razão de 
só ter sido apresentada documentação referente 
ao ressarcimento no presente exercício. 
Trata-se de uma VPD, pois há um aumento do 
passivo em razão do reconhecimento de uma dívida 
de que não se tinha notícia quando ela de fato 
ocorreu, sem registro correspondente no ativo. 
300 
 Assim, o total de VPD de 250 + 300 = 550. 
 Portanto, está certa a alternativa E). 
Gabarito: LETRA E 
 
7. (FCC – DPE/AM – 2018) Considere as transações a seguir ocorridas em novembro de 2017 em uma entidade 
pública: 
− Lançamento e arrecadação de receita de prestação de serviços no valor de R$ 3.000.000,00. 
− Pagamento dos salários dos servidores, referente a outubro de 2017, no valor de R$ 7.950.000,00.Profs. Indio Artiaga do Brasil 
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− Empenho e liquidação de despesa com Pessoal e Encargos Sociais, referentes a novembro de 2017, no valor de 
R$ 8.700.000,00. 
− Reconhecimento da depreciação mensal do ativo imobilizado no valor de R$ 569.000,00. 
− Reconhecimento de ajustes de perdas de estoques no valor de R$ 128.000,00. 
− Reconhecimento de perda por redução ao valor recuperável referente ao ativo intangível no valor de R$ 
327.000,00. 
− Pagamento de restos a pagar processados referentes a despesas com serviços de terceiros − pessoa jurídica no 
valor de R$ 422.000,00. 
 No mês de novembro de 2017, as transações independentes da execução orçamentária, em conjunto, 
geraram uma redução do resultado patrimonial da entidade pública de, em reais, 
 A) 6.724.000,00. 
 B) 5.372.000,00. 
 C) 6.122.000,00. 
 D) 1.024.000,00. 
 E) 5.700.000,00. 
RESOLUÇÃO: 
 Vamos analisar as operações e identificar aquelas que são VPA e VPD independentes da execução 
orçamentária: 
Transação Classificação 
Dep/Indep do 
Orç. 
Lançamento e arrecadação de receita de 
prestação de serviços no valor de R$ 
3.000.000,00. 
Lançamento é fato gerador de uma VPA (uma vez há 
aumento de um ativo sem contrapartida no passivo). Assim, 
temos uma VPA no valor de R$ 600.000,00. No entanto, ela 
é dependente da execução orçamentária. 
dependente 
Pagamento dos salários dos servidores, 
referente a outubro de 2017, no valor de 
R$ 7.950.000,00. 
Mero fato permutativo, haja vista que saíram recursos, mas 
foi quitada uma obrigação para com os servidores 
reconhecida anteriormente. 
N/A 
Empenho e liquidação de despesa com 
Pessoal e Encargos Sociais, referentes a 
novembro de 2017, no valor de R$ 
8.700.000,00. 
Aqui temos o reconhecimento de uma VPD no valor de R$ 
8.700.000,00. No entanto, ela é dependente da execução 
orçamentária. 
dependente 
Reconhecimento da depreciação mensal 
do ativo imobilizado no valor de R$ 
569.000,00. 
Trata-se de uma VPD, pois há uma redução do ativo sem 
registro correspondente no passivo. É uma insubsistência do 
ativo e, portanto, independente da execução orçamentária. 
independente 
Reconhecimento de ajustes de perdas de 
estoques no valor de R$ 128.000,00. 
Trata-se de uma VPD, pois há uma redução do ativo sem 
registro correspondente no passivo. É uma insubsistência do 
ativo e, portanto, independente da execução orçamentária. 
independente 
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Reconhecimento de perda por redução 
ao valor recuperável referente ao ativo 
intangível no valor de R$ 327.000,00. 
Trata-se de uma VPD, pois há uma redução do ativo sem 
registro correspondente no passivo. É uma insubsistência do 
ativo e, portanto, independente da execução orçamentária. 
independente 
 Assim, temos um total de VPD independentes da execução orçamentária de: 
569.000,00 + 128.000,00 + 327.000,00 = 1.024.000,00 
 Logo, a alternativa correta é a letra D). 
Gabarito: LETRA D 
 
8. (Cespe – Sefaz/RS – 2018) As informações seguintes, em que os valores são expressos em reais, referem-
se a determinado ente público (Texto 2A3AAA): 
 
 
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Eventos ocorridos em 2017 
I recebimento de dívida ativa tributária no valor de R$ 500; 
II recebimento de tributos lançados no exercício anterior, no valor de R$ 300; 
III venda de equipamentos usados por R$ 300, cujo valor de aquisição foi R$ 400 e cuja depreciação 
acumulada foi de R$ 50; 
IV apropriação de seguros contratados no valor de R$ 500; 
V aquisição de terreno para a construção de nova sede no valor de R$ 2.800; 
VI construção de ponte no valor de R$ 600, com conclusão da obra no exercício; 
VII amortização da dívida de longo prazo, no valor de R$ 600; 
VIII depreciação e amortização do exercício, no valor de R$ 800 e R$ 100, respectivamente. 
O total das variações patrimoniais diminutivas constantes da demonstração das variações patrimoniais do 
exercício de 2017 do ente mencionado no texto 2A3AAA foi igual a 
A) R$ 11.500. 
B) R$ 14.750. 
C) R$ 15.500. 
D) R$ 16.550. 
E) R$ 10.750. 
RESOLUÇÃO 
 Questão capciosa. 
1) Primeiro precisamos identificar as VPD nos eventos ocorridos em 2017. 
2) Depois, precisamos deduzir as VPD das despesas orçamentárias, deduzindo das despesas não 
efetivas contidas nos eventos ocorridos em 2017. 
3) Somar os dois totais 
Primeiramente, temos as seguintes VPD nos eventos ocorridos em 2017: 
venda de equipamentos usados por R$ 300, cujo valor de 
aquisição foi R$ 400 e cuja depreciação acumulada foi de R$ 50. 
Aqui temos uma VPD no valor de R$ 50. 
apropriação de seguros contratados no valor de R$ 500. Aqui temos uma VPD no valor de 500. 
depreciação e amortização do exercício, no valor de R$ 800 e R$ 
100, respectivamente. 
Aqui temos uma VPD no valor de R$ 900. 
 Além disso, temos outra VPD nos dispêndios ocorridos durante o exercício de 2017: 
Transferências financeiras concedidas Aqui temos uma VPD no valor de R$ 1.800. 
 Segundo, vamos deduzir as VPD das despesas orçamentárias, deduzindo das despesas não efetivas contidas 
nos eventos ocorridos em 2017: 
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Despesas orçamentárias 
Despesas orçamentárias no valor de R$ 
15.500. esse montante inclui despesas 
efetivas (VPD) e não efetivas 
aquisição de terreno para a construção de nova sede no valor de 
R$ 2.800 
Aqui temos uma despesa não efetiva no 
valor de R$ 2.800. 
construção de ponte no valor de R$ 600, com conclusão da obra 
no exercício 
Aqui temos uma despesa não efetiva no 
valor de R$ 600. 
Amortização da dívida de longo prazo, no valor de R$ 600 
Aqui temos uma despesa não efetiva no 
valor de R$ 600. 
 O total das VPD incluídas nas despesas orçamentárias são: 15.500 – (2.800 + 600 + 600) = 11.500 
 Agora, vamos somar todos os montantes de VPD que apuramos: 
Total das VPD = 1.450 + 1.800 + 11.500 = 14.750 
 Logo, a alternativa correta é a letra B). 
Gabarito: LETRA B 
9. (Cespe – CGM de João Pessoa/PB – 2018) De acordo com os procedimentos contábeis patrimoniais 
estabelecidos no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), julgue o item a seguir. 
O resultado patrimonial no setor público corresponde à diferença entre o valor total das variações 
patrimoniais aumentativas e o valor total das variações patrimoniais diminutivas, apurado na demonstração das 
mutações do patrimônio líquido. 
RESOLUÇÃO: 
 Opa, temos um demonstrativo contábil intruso aqui! O texto da questão descreveu o resultado patrimonial 
que é obtido na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP e não na Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido – DMPL. Vejamos: 
O resultado patrimonial corresponde à diferença entre o valor total das VPA e o valor total das VPD, 
apurado na Demonstração das Variações Patrimoniais do período. 
Gabarito: ERRADO 
 
10. (Cespe – TRE/TO – 2017) Na elaboração da demonstração de variações patrimoniais de um estado, foram 
apurados, no período de 2015, os valores apresentados na seguinte tabela. 
Movimentação Valor em R$ 
Arrecadação tributária 220.000 
Exploração de serviços industriais 30.000 
Operações de crédito 100.000 
Receita de aluguéis 50.000 
Despesas com pessoal 190.000 
Aquisição de bens imobilizados 110.000 
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Depreciação de bens imobilizados 10.000 
Material de consumo utilizado 90.000 
A partir dessa situação hipotética, o resultado patrimonial do estado no referido período deverá ser igual a 
 A) R$ 40.000 negativos.B) R$ 10.000 positivos. 
 C) R$ 70.000 positivos. 
 D) R$ 90.000 positivos. 
 E) R$ 20.000 negativos. 
RESOLUÇÃO: 
 Pessoal, basta identificar quais registros são VPA e VPD, totalizá-los e calcular a diferença. Vamos lá: 
Transação Classificação Valor 
Arrecadação tributária Aqui temos um lançamento que pode despertar polêmica! Se formos levar ao 
pé-da-letra, a arrecadação tributária seria em, em geral, um fato permutativo, 
porque haveria um lançamento em momento anterior quando seria então 
reconhecida a VPA. Entretanto, como o item não menciona que houve 
lançamento anterior, temos uma VPA simplesmente porque arrecadação de 
tributos é uma receita efetiva. 
220.000 
Exploração de serviços 
industriais 
Trata-se de uma VPA, uma vez que há entrada de recursos sem 
correspondente aumento do passivo. 
30.000 
Operações de crédito Mero fato permutativo, uma vez que entraram recursos, mas foi contraída 
uma obrigação. 
100.000 
Receita de aluguéis Trata-se de uma VPA, uma vez que há entrada de recursos sem 
correspondente aumento do passivo. 
50.000 
Despesas com pessoal Trata-se de uma VPD, pois há o reconhecimento de uma obrigação sem 
aumento do ativo. 
190.000 
Aquisição de bens 
imobilizados 
Mero fato permutativo, uma vez que saíram recursos, mas entraram bens. 110.000 
Depreciação de bens 
imobilizados 
Trata-se de uma VPD, pois há a diminuição o ativo sem correspondente 
aumento do passivo. 
10.000 
Material de consumo 
utilizado 
Trata-se de uma VPD, pois há a diminuição o ativo sem correspondente 
aumento do passivo. Lembrem-se que o fato gerador da VPD, neste caso, 
ocorre quando da utilização do material e não da aquisição do material ou da 
liquidação da despesa correspondente. 
90.000 
 Agora basta totalizar as VPA e VPD. Vejamos: 
Movimentação Valor em R$ 
Arrecadação tributária 220.000 
Exploração de serviços industriais 30.000 
Operações de crédito 100.000 
Receita de aluguéis 50.000 
Despesas com pessoal 190.000 
Aquisição de bens imobilizados 110.000 
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Depreciação de bens imobilizados 10.000 
Material de consumo utilizado 90.000 
Total de VPA = 220.000 + 30.000 + 50.000 = 300.000 
Total de VPD = 190.000 + 10.000 + 90.000 = 290.000 
 Por fim, basta tomar a diferença entre os totais acima para determinar o resultado patrimonial: 
Resultado Patrimonial = VPA – VPD = 300.000 – 290.000 = 10.000 
 Assim, temos que a alternativa correta é a letra B). 
Gabarito: LETRA B 
11. (Cespe – CGM de João Pessoa-PB – 2018) Julgue o item seguinte no que se refere às demonstrações 
contábeis aplicadas ao setor público. 
A demonstração das variações patrimoniais realiza o confronto entre as variações patrimoniais aumentativas e 
diminutivas, apurando o lucro ou prejuízo do exercício financeiro, nos moldes do que ocorre na demonstração do 
resultado do exercício do setor privado. 
RESOLUÇÃO: 
 O MCASP faz uma analogia interessante entre a Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP do setor 
público e a Demonstração do Resultado do Exercício – DRE do setor privado. Todavia, na DRE apura-se o resultado 
em termos de lucro ou prejuízo líquido, enquanto que na DVP apura-se o resultado patrimonial da entidade, por 
meio do confronto entre as variações patrimoniais aumentativas e diminutivas, o qual funciona como um medidor 
do quanto o serviço público ofertado promoveu/sofreu alterações quantitativas dos elementos patrimoniais. 
 Além disso, não faz sentido falar em lucro ou prejuízo do exercício financeiro no âmbito das entidades 
públicas. 
Gabarito: ERRADO 
 
12. (Cespe – TCM/BA – 2018) Na demonstração das variações patrimoniais, o provisionamento de precatórios 
deverá ser registrado como variação 
A) quantitativa aumentativa. 
B) quantitativa diminutiva. 
C) qualitativa aumentativa. 
D) qualitativa diminutiva. 
E) financeira aumentativa. 
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RESOLUÇÃO: 
Precatório pode ser entendido como um ato da Administração Pública com o Judiciário pelo qual se 
determina ao Governo (União, Estados, Municípios, Autarquias e Fundações) o pagamento de determinada soma 
para o vencedor de uma disputa judicial. Agora ficou tranquilo, certo? 
Em termos da contabilidade pública, o precatório implica, em algum momento, uma saída de recursos a fim 
de quitar uma obrigação. Mas no momento de seu provisionamento, tem-se o reconhecimento dessa obrigação, 
ou seja, um aumento do passivo, sem registro correspondente no ativo. Logo, trata-se de uma Variação 
Quantitativa Diminutiva. 
Assim, a alternativa correta é a letra B). 
Observação 
Provisionamento, em contabilidade, é uma terminologia que representa a expectativa de perdas de ativo 
ou estimativa de valor a desembolsar. Saber isso já nos permitiria responder a questão corretamente. 
Gabarito: LETRA B 
 
13. (Cespe – TCE/PE – 2017) De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP), 
é do escopo da contabilidade prover as informações relativas à administração patrimonial, financeira e 
orçamentária necessárias para que sejam conhecidos adequadamente a composição patrimonial e os resultados 
econômicos e financeiros das entidades públicas. Nesse contexto, julgue o item subsequente. 
As variações patrimoniais devem ser reveladas pela contabilidade mesmo quando não resultem de execução 
orçamentária. 
RESOLUÇÃO 
 Justamente. Esse item está em consonância com o art. 104 da Lei nº 4.320/1964. Vejamos: 
Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, 
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
 Igualmente, está em consonância com o MCASP, 8ª ed. (pg. 442): 
A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes 
ou independentes da execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício. 
 Item certo. 
Gabarito: CERTO 
 
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14. (FGV – IBGE – 2017) A partir das informações do Quadro I, a confrontação entre as transações que geram 
variação aumentativa e diminutiva no patrimônio líquido da entidade permite apurar um resultado de: 
 
A) - 4.700,00; 
B) - 800,00; 
C) 2.100,00; 
D) 5.300,00; 
E) 7.900,00. 
RESOLUÇÃO: 
Vamos aplicar nossa receita de identificar quais registros constituem VPA ou VPD e calcular a diferença para 
encontrar o Resultado Patrimonial. Vamos lá: 
Transação Classificação Valor 
Aquisição de veículo à 
vista 
Mero fato permutativo. Há saída de recursos, mas entrada de um bem móvel. 47.200 
Recebimento à vista 
por serviços prestados 
Temos aqui uma VPA, pois houve um aumento do ativo (com a entrada de recursos) 
sem registro correspondente no passivo. 
37.100 
Despesa com aluguel 
de espaço para 
atendimento ao 
público 
Temos aqui uma VPD, pois houve uma redução do ativo (com a saída de recursos) 
sem registro correspondente no ativo. 
21.800 
Pagamento de parcela 
de empréstimo 
contraído 
Mero fato permutativo. Há saída de recursos, mas quitação de uma obrigação. 10.000 
Doação de bens 
inservíveis 
Aqui temos uma VPD, pois houve uma redução do ativo (com a saída de bens), sem 
registro correspondente no passivo. Note que mesmo os bens sendo inservíveis, eles 
possuem valor residual. 
8.700 
Aquisição de materiais 
de expediente para 
estoque à vista 
Mero fato permutativo, porque temos saída de recursos e entrada de materiais de 
expediente. 
6.100 
Depreciação de 
imóveis 
Aqui temos uma VPD, pois houve uma redução do ativo (por conta da depreciação 
de bens imóveis) sem registro correspondente no passivo.2.900 
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Recebimento de 
rendimento de 
aplicação financeira 
Aqui temos uma VPA, pois houve um aumento do ativo (com a entrada de recursos), 
sem registro correspondente no passivo. 
1.600 
Agora vamos totalizar as VPA e VPD e calcular o Resultado Patrimonial: 
Resultado Patrimonial = VPA – VPD = (37.100 + 1.600) – (21.800 + 8.700 + 2.900) 
Resultado Patrimonial = 38.700 – 33.400 = 5.300 
Assim, a alternativa correta é a letra D). 
Gabarito: LETRA D 
 
15. (UFES – UFES – 2017) No estudo e acompanhamento de seu objeto, o patrimônio público, a Contabilidade 
Aplicada ao Setor Público deve evidenciar as variações patrimoniais, sejam elas independentes ou resultantes da 
execução orçamentária, conforme previsto na Lei nº 4.320/1964. Considere que os valores seguintes são de um 
balancete contábil, ainda não encerrado, de um órgão público: 
 
Com base nessas informações, o Resultado Patrimonial do Período desse órgão público é 
 A) R$ 450.000,00. 
 B) R$ 500.000,00. 
 C) R$ 550.000,00. 
 D) R$ 600.000,00. 
 E) R$ 650.000,00. 
RESOLUÇÃO 
Bom, sabemos que o Resultado Patrimonial é obtido da diferença entre VPA e VPD, correto? Em geral, 
precisaríamos identificar quais os lançamentos dados são VPA e VPD para só então calcular o Resulta Patrimonial. 
Esta questão, no entanto, já nos informou! Assim fica fácil, vamos ver: 
Resultado Patrimonial = Total das VPA – Total das VPD 
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Resultado Patrimonial = (500.000 + 250.000) – (60.000 + 130.000 + 10.000) 
Resultado Patrimonial = 750.000 – 200.000 = 550.000 
Assim, a alternativa certa é a letra C). 
Gabarito: LETRA C 
16. (Cespe – TRT 7ª Região (CE) – 2017) Ao final do exercício de 2016, a prefeitura de determinado município 
apresentou as seguintes informações, extraídas dos seus balanços contábeis (valores em R$ mil): 
 
Depreende-se da tabela contida no texto 2A3AAA que as mutações passivas somaram 
A) R$ 615.000. 
 B) R$ 670.000. 
C) R$ 760.000. 
D) R$ 770.000. 
RESOLUÇÃO: 
 As mutações ativas e passivas constituem um artifício contábil utilizado para compensar a inserção de 
receitas e despesas não efetivas na estrutura antiga da Demonstração de Variações Patrimoniais. No caso, a 
mutações passivas decorrem das receitas não efetivas. Logo, basta identificarmos quais são as receitas não 
efetivas e totalizá-las. 
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 Dentre os lançamentos apresentados, constituem receitas não efetivas apenas os seguintes: 
Alienação de bens 
arrecadada 
Aqui temos uma receita não efetiva. Isso porque entraram recursos e saíram bens. 
Não há, portanto, impacto na situação patrimonial líquida. 
45.000 
Amortização de 
empréstimos 
arrecadada 
Aqui temos uma receita não efetiva. Isso porque entraram recursos e dívidas foram 
quitadas. Não há, portanto, impacto na situação patrimonial líquida. 
230.000 
Operações de crédito 
arrecadadas 
Aqui temos uma receita não efetiva. Isso porque entraram recursos e dívidas foram 
contraídas. Não há, portanto, impacto na situação patrimonial líquida. 
340.000 
Assim, as mutações passivas totalizam: 45.000 + 230.000 + 340.000 = 615.000 
Portanto, está correta a alternativa A). 
Gabarito: LETRA A 
 
17. (Cespe – TRT 8ª Região (AP e PA) – 2016) O reconhecimento da variação patrimonial aumentativa será 
efetivado após a arrecadação orçamentária no caso de: 
 A) concessão de suprimentos de fundos. 
 B) aquisição de veículo com pagamento à vista. 
 C) recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de serviços. 
 D) ocorrência do fato gerador de determinado imposto. 
 E) reconhecimento mensal do décimo terceiro salário, a ser pago no final do ano. 
RESOLUÇÃO 
 Vamos analisar as alternativas, mas antes vamos descartar as alternativas A), B) e E) porque elas se referem 
a despesas orçamentárias e o texto da questão menciona Variação Patrimonial Aumentativa. 
 A alternativa C) está certa, pois, nesse caso, a arrecadação ocorre elevando o ativo, mas ensejando um 
registro correspondente no passivo, dado que o recebimento foi antecipado. Posteriormente, quando os serviços 
forem prestados, o registro no passivo é baixado e a VPA é reconhecida. Vale dizer que, por força do art. 29, III, da 
LRF, essa operação é tratada como operação de crédito. 
 A alternativa D) está errada, pois o reconhecimento da VPA no caso de impostos se dá no lançamento, 
portanto anteriormente à arrecadação. 
 Logo, a alternativa correta é a letra C). 
Gabarito: LETRA C 
 
18. (FGV – IBGE – 2016) A Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) tem como objetivos evidenciar as 
alterações verificadas no patrimônio e indicar o resultado patrimonial do exercício, apurado pelo confronto entre 
as variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas. Dos itens a seguir, o único que NÃO contribui 
positivamente para esse resultado é: 
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A) subvenções econômicas; 
B) desincorporação de passivos; 
C) remuneração de depósitos bancários; 
D) transferências de consórcios públicos; 
E) exploração de bens, direitos e prestação de serviços. 
RESOLUÇÃO: 
 Sabemos que o Resultado Patrimonial resulta da diferença entre VPA e VPD. Assim, tudo o que precisamos 
fazer é identificar qual dos itens não constitui uma VPA. 
 A letra A) está certa. Subvenção econômica é o elemento de despesa 45 e constitui uma VPD, pois há uma 
redução no ativo (saída de recursos) sem registro correspondente do passivo. 
 A letra B) está errada, pois trata-se de uma VPA na medida em que há a redução de um passivo sem 
correspondente registro no ativo. 
 A letra C) está errada, pois trata-se de uma VPA na medida em que há um aumento do ativo sem 
correspondente registro no passivo. 
 A letra D) está errada, pois, uma vez que são transferências DE consórcios públicos, trata-se de uma VPA na 
medida em que há um aumento do ativo sem correspondente registro no passivo. 
 A letra E) está errada, pois trata-se de uma VPA na medida em que há um aumento do ativo sem 
correspondente registro no passivo. 
Gabarito: LETRA A 
 
19. (Cespe – TCE/PR – 2016) 
 
O município W apresentou as informações da tabela precedente a respeito das variações patrimoniais 
ocorridas no exercício de 2015, em reais. 
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No município W, deduz-se, a partir das informações contidas no texto 3A4BBB, que o resultado patrimonial 
do exercício de 2015 foi igual a 
A) R$ 140.000. 
B) R$ 130,000. 
C) R$ 100.000. 
D) R$ 80.000. 
E) R$ 60.000. 
RESOLUÇÃO: 
 Vamos aplicar a nossa conhecida estratégia. Identificar as VPA e VPD dentre os lançamentos e depois 
calcular o Resultado Patrimonial. 
Transação Classificação Valor 
Alienação de bens 
 
Mero fato permutativo, no caso, uma receita não efetiva. Isso porque, de um lado, há 
o aumento de ativo (entrada de recursos) e, de outro lado, uma redução de ativo (saída 
de bens). Assim, não houve alteração da situação líquida. 
35.000 
Amortização da 
dívida 
Mero fato permutativo, no caso, uma despesa não efetiva. Isso porque, de um lado, 
há uma diminuição do ativo (saída de recursos) e, de outro lado, uma redução de 
passivo (quitação de dívida). Assim, não houve alteração da situação líquida. 
240.000 
Amortização de 
empréstimos 
Mero fato permutativo, no caso, uma receita não efetiva. Isso porque, de um lado, há 
o aumento de ativo (entrada de recursos) e, de outro lado, uma redução de ativo 
(supressãode um direito a receber). Assim, não houve alteração da situação líquida. 
230.000 
Aquisição de imóvel 
usado 
Mero fato permutativo, no caso, uma despesa não efetiva. Isso porque, de um lado, 
há uma diminuição do ativo (saída de recursos) e, de outro lado, um aumento de ativo 
no mesmo valor (quitação de dívida). Assim, não houve alteração da situação líquida. 
170.000 
Baixa de materiais de 
consumo 
Aqui temos uma VPD. Isso porque há diminuição do ativo (baixa de materiais de 
consumo) sem registro correspondente no passivo. Notem que o reconhecimento da 
VPD ocorre no momento da baixa do material de consumo. 
70.000 
Cancelamento de 
restos a pagar 
Aqui temos uma VPA. Isso porque há uma redução do passivo (desincorporação de 
passivo) sem registro correspondente no ativo. 
90.000 
Contribuições Aqui temos uma VPA. Isso porque há aumento do ativo (entrada de recursos) sem 
registro correspondente no passivo. 
220.000 
Doação de bens 
inservíveis 
Aqui temos uma VPD. Isso porque há diminuição do ativo (saída de bens) sem registro 
correspondente no passivo. 
55.000 
Investimentos Mero fato permutativo, no caso, uma despesa não efetiva. Isso porque há uma 
diminuição do ativo (saída de recursos) e uma redução de passivo (quitação de dívida). 
Assim, não houve alteração da situação líquida. 
200.000 
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Juros e encargos da 
dívida 
Aqui temos uma VPD. Isso porque há diminuição do ativo (saída de recursos) sem 
registro correspondente no passivo. 
125.000 
Multas Aqui temos uma VPA. Isso porque há aumento do ativo (entrada de recursos) sem 
registro correspondente no passivo. 
25.000 
Operações de crédito Mero fato permutativo, no caso, uma receita não efetiva. Isso porque, de um lado, há 
o aumento de ativo (entrada de recursos) e, de outro lado, uma redução de ativo 
(supressão de um direito a receber). Assim, não houve alteração da situação líquida. 
330.000 
Outras despesas 
correntes 
Aqui temos uma VPD. Isso porque há diminuição do ativo (saída de recursos) sem 
registro correspondente no passivo. 
95.000 
Pessoal e encargos 
sociais 
Aqui temos uma VPD. Isso porque há diminuição do ativo (saída de recursos) sem 
registro correspondente no passivo. 
670.000 
Receitas de aluguéis Aqui temos uma VPA. Isso porque há aumento do ativo (entrada de recursos) sem 
registro correspondente no passivo. 
160.000 
Receita de serviços Aqui temos uma VPA. Isso porque há aumento do ativo (entrada de recursos) sem 
registro correspondente no passivo. 
30.000 
Tributos Aqui temos uma VPA. Isso porque há aumento do ativo (entrada de recursos) sem 
registro correspondente no passivo. 
570.000 
 Agora, podemos calcular o Resultado Patrimonial: 
Resultado Patrimonial = Total das VPA – Total das VPD 
Resultado Patrimonial = (90.000 + 220.000 + 25.000 + 160.000 + 30.000 +570.000) – 
(70.000 + 55.000 + 125.000 + 95.000 + 670.000) 
Resultado Patrimonial = 1.095.000 – 1.015.00 = 80.000 
 Então a alternativa correta é a letra D). 
Observação: 
A questão não deixa claro se a doação de bens inservíveis foi recebida ou efetuada pelo Poder Público. 
Naturalmente, por ser mais comum, consideramos como doação efetuada (o mesmo que a banca fez). No entanto, 
entende-se que caberia recurso nesta questão pela falta de clareza. 
Gabarito: LETRA D 
 
20. (FGV – IBGE – 2016) Considere os dados do Quadro I a seguir, extraídos da execução orçamentária de um 
ente público e expressos em milhares de reais. 
 
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A partir dos dados apresentados no Quadro I, o montante de recursos que não são reconhecidos como 
receita sob o enfoque patrimonial, excluído, portanto, da apuração do resultado patrimonial, é: 
 
 
A) 20.969,00; 
B) 25.402,00 
C) 28.509,00. 
D) 30.244,50; 
E) 33.351,00. 
RESOLUÇÃO: 
 Essa questão é um pouco diferente, pois devemos identificar os lançamentos que não são rec0nhecidas como 
receitas sob o enfoque patrimonial. Ou seja, as receitas não efetivas, aquelas que não alteram o patrimônio líquido 
da entidade. Vamos analisá-las: 
Transação Classificação Valor 
Depósitos em 
garantia 
Essas receitas são extraorçamentárias. Não alteram o patrimônio líquido, pois 
constituem um registro no ativo (entrada de recursos) e no passivo (obrigação). Elas nos 
interessam nesta questão, pois não são utilizadas no cálculo do resultado patrimonial. 
1.716,00 
Amortização de 
empréstimos 
Constitui uma receita orçamentária não efetiva. Pois implica simultaneamente aumento 
do ativo (entrada de recursos) e redução do ativo (supressão de direito de receber). 
2.580,50 
Receitas de 
serviço 
Constitui uma receita orçamentária efetiva. Pois há o aumento de ativo (entrada de 
recursos) sem aumento de passivo correspondente. 
3.107,00 
Antecipação da 
receita 
orçamentária 
Essas receitas são extraorçamentárias. Não alteram o patrimônio líquido, pois 
constituem um registro no ativo (entrada de recursos) e no passivo (obrigação). Elas nos 
interessam nesta questão, pois não são utilizadas no cálculo do resultado patrimonial. 
4.433,00 
Receitas 
patrimoniais 
Constitui uma receita orçamentária efetiva. Pois há o aumento de ativo (entrada de 
recursos) sem aumento de passivo correspondente. 
4.842,50 
Receitas de 
alienação de bens 
Constitui uma receita orçamentária não efetiva. Pois implica simultaneamente aumento 
do ativo (entrada de recursos) e redução do ativo (saída de bens). 
6.142,50 
Receitas de 
operações de 
crédito 
Constitui uma receita orçamentária não efetiva. Pois implica simultaneamente aumento 
do ativo (entrada de recursos) e aumento do passivo (criação de obrigação). 
10.530,00 
Receita de 
contribuições 
Constitui uma receita orçamentária efetiva. Pois há o aumento de ativo (entrada de 
recursos) sem aumento de passivo correspondente. 
17.758,00 
Receitas 
tributárias 
Constitui uma receita orçamentária efetiva. Pois há o aumento de ativo (entrada de 
recursos) sem aumento de passivo correspondente. 
39.877,50 
Transferências 
correntes 
Constitui uma receita orçamentária efetiva. Pois há o aumento de ativo (entrada de 
recursos) sem aumento de passivo correspondente. Note que como a questão informou 
que essas transferências são receitas. 
60.554,00 
 Assim, as receitas que não são utilizadas para cálculo do resultado patrimonial totalizam: 
1.716,00 + 2.580,50 + 4.433,00 + 6.142,50 + 10.530,00 = 25.402,00 
Profs. Indio Artiaga do Brasil 
e Marcel Guimarães 
 Aula 08 
 
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Contabilidade Pública 
Assim, a alternativa certa é a letra B). 
Gabarito: LETRA B 
21. (FCC – AL/MS – 2016) Atenção: Para responder à questão, considere o balancete do subsistema de 
informações patrimoniais do mês de novembro de 2015 de uma entidade do setor público (valores em reais). 
Grupo de Contas do Balancete Patrimonial (30/11/2015) 
− Ativo Circulante ...................................................................................................................... 32.000,00 
− Ativo não Circulante ............................................................................................................ 26.000,00 
− Passivo Circulante ................................................................................................................... 7.000,00 
− Passivo não Circulante ....................................................................................................... 9.000,00 
− Patrimônio Líquido ................................................................................................................ 5.000,00 
− Variações Patrimoniais Diminutivas ............................................................................. 35.000,00 
− Variações Patrimoniais