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AULA 7 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
Definição 
A História Contemporânea da Educação como determinante das 
transformações sociais e suas influências até os tempos atuais. 
Propósito 
Demonstrar que a História é um discurso do presente que olha para 
o passado para entender melhor as dinâmicas de seu tempo. Com 
isso, você verá as inovações trazidas por essas iniciativas, sem 
perder de vista os desafios de pensar a Educação no contexto da 
globalização e das desigualdades sociais. 
Objetivos 
Módulo 1 
Identificar as transformações da Educação no mundo contemporâneo 
 Módulo 2 
Comparar as perspectivas futuras da Educação a partir de modelos educacionais 
brasileiros e de outros países 
Módulo 3 
Reconhecer como a História da Educação nos prepara para os desafios da 
sociedade tecnológica 
Introdução do Tema 
Tente por um segundo imaginar uma grande inovação tecnológica. No 
mundo contemporâneo, o que mais emblematicamente mostraria um 
mundo em transformação? Durante séculos, homens usaram seus pés, 
animais, carroças e barcos para se locomoverem. Até que o 
desenvolvimento de sistemas, máquinas com engrenagens, vapor e 
caldeiras aceleraram o mundo. A velocidade mudou quando colocamos 
a máquina a vapor nos caminhos marcados com ferro e dormente. O 
mundo ficou menor, mais veloz. A integração entre as pessoas tornou -
se cada vez mais rápida, as trocas de mercadorias e informações 
aceleraram. Precisávamos aprender mais, ter novas possibilidades. O 
trem, que estampa a nossa imagem de abertura, é um ícone da 
sociedade contemporânea e seus avanços. Passamos a ser supervelozes, 
andar por baixo da terra e até mesmo por baixo do mar. A metáfora do 
trem serve para toda a Era Contemporânea, carregada de 
conhecimentos cada vez maiores, mais velozes e intensos. O trem da 
tecnologia é o trem do conhecimento e da Educação, que, sem dúvida 
alguma, marcou os séculos XIX, XX e XXI. Sigamos viagem! 
MÓDULO 1 
#25071986 
Identificar as transformações da Educação no mundo 
contemporâneo 
Introdução 
Neste módulo, você será apresentado ao mundo contemporâneo e sua relação 
com a História da Educação, para que as discussões não pareçam ter surgido de 
um momento para o outro. 
Este é um dos grandes desafios da disciplina: tirar a face de algo cristalizado para 
mostrar que está viva e presente. A História é um exercício de discurso, uma 
reflexão sobre o presente, só que o presente não existe sem essa memória, sem a 
reflexão sobre o passado. 
A verdade depende do ponto de vista, das influências que você tem, das escolhas 
que você faz, pois a verdade não é uma realidade indiscutível. Em especial, nas 
Ciências Humanas. 
No vídeo a seguir, veremos como a verdade pode ser diferente de acordo com o 
ponto de vista de cada pessoa. 
Pessoas respondem como se sentem em relação ao período que passaram na escola, e o 
professor Rodrigo Rainha comenta. 
A divisão do tempo 
Provavelmente, você já ouviu dizer que determinada pessoa é alguém à 
frente do seu tempo. Mas será que existe alguém que viva fora do seu 
próprio tempo? A resposta é não. Todos nós somos, sem exceção, frutos da 
nossa própria época. Talvez você esteja se perguntando: “Eu aprendi na 
escola que a Idade Contemporânea começou após a Revolução Francesa, lá 
no século XVIII. Como é possível, então, que a gente ainda seja 
contemporâneo?”. 
A razão é simples: a ideia de separar o tempo foi criada por pessoas 
que viviam seu próprio tempo. Elas não tinham noção de como aquele 
momento seria chamado no futuro. 
Dessa forma, o tempo foi dividido em: 
 
A visão de tempo europeia visava exaltar o que eles entendiam como seu auge: 
do desenvolvimento da escrita em áreas próximas ao Mediterrâneo – com gregos 
e romanos, incluindo as civilizações reconhecidas como poderosas, como os 
egípcios –, passando por um período considerado pouco produtivo para o homem 
– Idade Média –, quando retoma o seu caminho de crescimento, na Era Moderna, 
até atingir o ápice, no início da Era Contemporânea. 
Antes de falarmos mais sobre isso, faremos uma provocação... 
E se o tempo fosse contado de outra forma? 
Maias, astecas, chineses e muçulmanos, por exemplo, têm calendários bem 
diferentes, em formato circular ou espiral. 
Calendário maia 
Calendário chinês 
Calendário asteca 
Calendário muçulmano 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0029/index.html
Como vimos, a vitória da visão europeia construiu o conceito de um calendário, 
uma vivência e, consequentemente, um mundo ocidental. Dessa forma, em sua 
divisão do tempo, tudo o que estava após o seu auge passa a ser chamado de 
contemporaneidade. Em outras palavras, essas divisões cronológicas da História 
foram pautadas pelos acontecimentos ocorridos na Europa e por sua forma de 
pensar os acontecimentos históricos, ou seja, a História da humanidade ficou 
restrita, durante muito tempo, às definições dos historiadores europeus. 
A História Contemporânea 
Agora que já entendemos a História como um fenômeno ativo, 
dinâmico e, sobretudo, presente, que não é apenas um amontoado 
de fatos e pessoas do passado, daremos o próximo passo. Se 
alguém lhe perguntar em qual século estamos neste momento, a 
resposta é simples: século XXI! Se a mesma pessoa disser que 
nós somos contemporâneos dos homens e das mulheres que 
viveram no século XIX, por exemplo, você saberia responder o 
que isso significa? 
A contemporaneidade nada mais é do que a ideia de estar em seu 
próprio tempo. Estar no seu tempo é perceber que a História é 
viva. Alguns dizem que é a recuperação da imagem de Cronos – 
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dos gregos – e o tempo que engole seus filhos. Mas, aqui, no 
nosso cronotopo, ele é constantemente recriado. 
O que chamamos de contemporaneidade em História é a 
junção de dois grandes eventos europeus: 
 
 Revolução Francesa 
Nome dado ao levante da burguesia contra a nobreza e a Igreja no final 
do século XVIII. Seu principal resultado é a mudança dos regimes 
políticos, com impactos no mundo inteiro. 
2Revolução Industrial 
Fenômeno inglês do século XVIII. Representa o desenvolvimento das 
corporações de ofício e a multiplicação do uso de maquinário. No início, o 
desenvolvimento é pautado em máquinas a vapor e carvão mineral, e o foco 
era a indústria têxtil. É seguido pelo desenvolvimento dos transportes e pela 
mudança de todo o regime econômico. 
A contemporaneidade é nosso tempo, nossa Era. Ela começa com uma leve 
aceleração, mas, ao longo do século XX, a velocidade só aumentou: 
As Revoluções Industriais mudam economicamente o mundo, criando novos 
padrões comerciais, sedimentando o capitalismo que dominaria o século XX, 
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além da mudança dos modelos políticos, com a ascensão de repúblicas, 
democracias e federações. 
O resultado da mudança é um incremento de trocas comerciais em todo o 
planeta e disputas intensas por mercados, que fomentaram conflitos 
mundiais fortes, a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, e ajudaram a 
consolidar novas potências, como França, Inglaterra, Estados Unidos e 
União Soviética. 
Após os conflitos mundiais, as guerras não cessaram, mas se tornaram mais 
locais, dentro de novas modalidades de comércio e disputa por hegemonia 
mundial, entre União Soviética (URSS) e Estados Unidos (EUA). 
O fim do século trouxe muitas mudanças: 
O Muro de Berlim cai, marcando o fim da Guerra Fria. Mais do que isso, 
consolida-se a ideia de globalização e trocas comerciais que se materializam 
em todo o mundo. 
As guerras não cessaram e continuaram definindo nosso cotidiano. Alguns 
exemplos de conflitos são: Guerra do Golfo, Guerra do Iraque, Guerra da 
Síria, conflitos nos Balcãs, na África e na América Latina, além da presença 
do terrorismo. 
A tecnologia é o grande marco, levando-nos para a Era da Informação, com 
microcomputadores, redes deInternet, multiplicação de mídias e difusão de 
informações. Por que estamos falando de tudo isso? 
Para chamar sua atenção para o fato de que a compreensão europeia 
da História e da divisão do tempo também esteve presente de forma 
marcante na maneira de fazer e pensar a Educação. Essas ideias não 
estão soltas ou desconectadas no tempo e espaço. 
A Educação Contemporânea é fruto de uma grande expansão das 
características da Educação europeia. 
Já reparou como a escola vem mudando?Será? Repare abaixo os 
modelos que herdamos dos europeus e como elas modernizam, mas o 
formato é sempre muito parecido... 
As matérias que nós costumamos estudar, a implementação de linhas 
educacionais adotadas nas escolas, as formas de construir a Pedagogia e 
a Didática e suas principais teorias: tudo isso foi produzido por europeus ou 
intelectuais influenciados pelo pensamento eurocêntrico. 
É claro que o mundo já mudou muito, que não seguimos mais cegamente o 
modelo europeu, pois cada país tem buscado desenvolver novas formas de 
pensar, de educar, de aproximar as pessoas de sua forma de ver o mundo. Sempre 
houve sociedades que resistiram mais a essa influência, como o mundo 
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muçulmano, mas também é inegável que os anos de dominação econômica 
europeia, depois expandida pela continuidade da dominação estadunidense, 
marcaram o mundo. 
A noção de mundo ocidental contemporâneo é um processo de expansão de 
valores europeus. 
Esse impacto está vivo na Educação. 
A seguir, notaremos a quantidade de modelos pedagógicos europeus incorporados 
à realidade brasileira nos últimos anos. 
Hoje, o mundo inteiro tende a dividir o processo de formação em: 
Formação voltada às crianças Formação voltada aos jovens Formação 
voltada aos adultos. 
Não restam dúvidas de que o eurocentrismo, que marcava isoladamente a 
nossa cultura nas últimas décadas, de 1980 em diante, sofreu a influência 
de novos fenômenos: a globalização, com maior integração tecnológica, 
política e econômica, e o encurtamento de distâncias favoreceu esse 
movimento. Mas qual é a origem desse modelo? 
Podemos dizer que, atualmente, o mundo inteiro tem adotado uma Educação 
mais técnica. Esse modelo é bastante antigo, veio do grande movimento das 
industrializações, quando precisavam preparar funcionários para assumir cargos e 
funções técnicas. Os primeiros eram empiristas, olhavam, tentavam, erravam e 
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acertavam, e, se acertavam mais do que erravam, viravam grandes técnicos, e 
passavam a treinar e formar aqueles que os substituiriam. 
Atente para o fato de que o capitalismo transformou a Educação em um bem para 
o trabalhador. Acreditava-se que as nações só iriam se desenvolver plenamente 
nesse novo urbano com a formação de mão de obra mais qualificada. 
Não significa que o modelo pedagógico é tecnicista, mas, sim, que a 
formação é de especialistas, isto é, sujeitos que se assumem como 
técnicos em uma função. 
Durante o período da Primeira e da Segunda Guerra Mundial – entre 1914 e 
1945 –, a Educação passa a ganhar um novo papel: atender aos anseios 
nacionalistas. 
Fascistas e nazistas apostavam no papel da Educação como um importante 
instrumento de convencimento das massas, trabalhando de maneira incisiva 
a ideia de que o jovem precisava estar integrado à noção de país, civilidade 
e nacionalismo. Tais valores deveriam ser estimulados e mantidos na 
escola. 
Do lado da URSS e de seus signatários, a Educação também era fomentada. 
Ali, seu papel era afastar os jovens dos valores tradicionais da sociedade – 
entendidos como atrasados – para que atendessem aos anseios do Partido e 
da Ideologia norteadora. 
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Na Alemanha nazista, os alunos recebiam na escola livros antissemitas.Uma 
reflexão interessante é notar que a Educação se tornou vital para os 
governos como estratégias políticas. Note que até mesmo regimes bem 
diferentes tinham uma coisa em comum: viam a Educação como algo vital. 
Repare: 
Socialistas:Formar para atender aos anseios da sociedade e do governo. 
Fascistas/nazistas: Formar para despertar paixão, ordem e respeito 
pela nação. 
Capitalistas: Formar para o mundo do trabalho. 
Essas influências se espalharam pelo mundo e não devem ser entendidas de 
forma fechada, mas de uma maneira dinâmica e com constantes 
adaptações. 
Em outras palavras, será que isso é engessado e cada um faz de um jeito? 
Claro que não. Percebemos que a Educação se tornou um bem, um 
objeto governamental, parte do mundo do trabalho, uma marca do mundo 
contemporâneo. 
Vejamos a opinião do especialista para entendermos melhor a 
Educação em transformação com foco no Brasil. 
Professor doutor da UFRJ, Francisco Carlos Teixeira, fala do valor da Educação na 
história recente do Brasil. 
Tendência: o mundo em contestação 
A Educação, ao mesmo tempo em que representa diálogo com o governo e 
manutenção da ordem, também pode ser a base da luta contra determinadas 
estruturas políticas. É isso que visamos apresentar com as tendências. 
Com a Guerra Fria, eclodiram uma série de guerras locais na África, Ásia e 
América Latina. Entre as décadas de 1950 e 1960, o mundo assistiu ao 
surgimento de movimentos de contestação da ordem política. Toda essa 
efervescência também se fez sentir no campo educacional. 
Vamos conhecer alguns desses movimentos: 
Levante de Paris: Um dos movimentos mais famosos é o 
Levante de Paris. Em maio de 1968, os estudantes parisienses se 
levantaram contra as formas tradicionais de ensino. Os temas 
abordados eram, em especial, o modo como as academias de 
Ciências Sociais e Economia davam base a novas formas de 
pensar, visando uma nova forma de fazer a Educação. 
O movimento também recebeu apoio dos trabalhadores e teve como marco a 
proposta de uma Universidade popular para abrir espaço para novos segmentos 
na Educação universitária. 
Movimentos sociais – Direitos Civis: Provavelmente você já deve ter 
assistido a algum filme em que as pessoas negras, nos Estados Unidos, não 
podiam frequentar os mesmos espaços públicos que as pessoas brancas. As 
chamadas leis de segregação racial deixaram marcas que são sentidas até hoje na 
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sociedade norte-americana. Mas, sobretudo após os anos 1950, foram muitos os 
ativistas que lutaram e se insurgiram contra essas leis. 
O pastor protestante Martin Luther King foi uma dessas personalidades que 
passaram a denunciar os graves crimes que atingiam a população negra. Além 
dele, destacam-se Malcom X, líder da luta contra opressão e racismo, e a 
resistente e silenciosa luta de Rosa Parks. 
A Educação também foi atingida em cheio pelas leis de segregação racial, já que 
existiam escolas separadas para pessoas negras e brancas. Todos esses líderes 
foram formados em tais espaços. 
Sobre a relação entre o Direitos Civis e a Educação, também podemos falar 
de Linda Brown. 
Protesto da Praça da Paz Celestial 
O que destacamos aqui é a contradição central da Educação 
Contemporânea, pois seu crescimento é uma ação e responsabilidade 
de Estados. No entanto, ela está envolta em projetos políticos e 
econômicos em que a Educação pode funcionar como negação, 
libertação e crítica ao cotidiano social. 
 
Imagens emblemáticas 
Algumas imagens ficaram marcadas na História como símbolos dos importantes 
movimentos que influenciaram a Educação, como estas: 
A pequena Ruby Bridges, em 1960, em Nova Orleans, foi escoltada por oficiais para 
ter o direito de frequentar uma escola, por meio de mandado judicial. 
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Protestante resistindo aos tanques enviados pelo governo para debelar os protestos 
na praça Tian'anmen (praça da Paz Celestial), em Pequim, em 4 de junho de 1989. 
Estudantes franceses no protesto de maio de 1968, conhecido como Levante de 
Paris. 
Inspirados pelo movimento dos Panteras Negras, atletas que ganharam a medalha 
de ouro e bronze nas Olimpíadas do México, em 1968, foram punidos e perderam 
suas medalhas pelo gesto de punho cerrado. 
MÓDULO 2 
Comparar as perspectivas futuras da Educação a partir de modelos 
educacionais brasileiros e de outros países 
Introdução 
Ao nos debruçarmos sobre os modelos e as estratégias pedagógicas adotadas no 
Brasil e no mundo nas últimas décadas, notamos que muita coisa mudou para 
melhor. Isso significa que o trabalho está terminado e que o Brasil pode ser 
considerado um modelo quando o assunto é Educação? 
Provavelmente, não. Apesar da Constituição de 1988 determinar que se trata de 
um direito inalienável, o Brasil ainda conta com altas taxas de analfabetismo, 
evasão escolar, falta de infraestrutura etc. Precisamos caminhar bastante para 
chegar a um patamar em que a Educação de qualidade seja considerada um 
direito de todos. 
Uma das vantagens do encurtamento de distâncias promovido pelo processo de 
globalização em curso é pensar como podemos aprender com outros modelos ao 
redor do mundo. E ensinar também. Por isso, este módulo é um convite para 
pensarmos a Educação brasileira contemporânea inserida em um contexto mais 
global de iniciativas. Afinal de contas, uma das grandes características do mundo 
em que vivemos é justamente a construção de redes que interligam pessoas e 
ideias. Sem dúvidas, a Internet é um fator fundamental nesse processo. 
O Brasil está inserido no contexto mundial, ou seja, todas as principais mudanças 
que acontecem no mundo, de alguma forma, chegam até nós. 
Veja a linha do tempo: 
Brasil 
1889 
Torna-se República 
1910 
Brasil inicia seu processo de urbanização 
1930 
“Revolução” – chegada de Vargas ao poder 
1942 
Brasil entra na Guerra 
1945 
Retorno ao regime democrático 
1964 
Ditadura civil-militar 
1985 
Retorno do governo civil 
1990 
Retorno ao governo democrático 
 
Mundo 
1789 
Revolução Francesa 
1850 – 1900 
Imperialismo (domínio de África e Ásia) 
1914 – 1918 
Primeira Guerra Mundial 
1929 
Crise de 1929 
1939 
Início da Segunda Guerra Mundial 
1945 
Fim da Segunda Guerra Mundial e início da Guerra Fria 
1989 
Queda do Muro de Berlim 
1991 
Fim da Guerra Fria 
Conceitos 
Qual é o grande ícone de “mundialização” da Educação Contemporânea? Sem 
dúvida, podemos indicar dois documentos, a saber: 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
No ano de 1948, no contexto do final da Segunda Guerra Mundial, foi aprovada a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Naquele momento, o mundo teve 
conhecimento dos campos de concentração (nazistas e soviéticos), responsáveis 
pela morte de milhões de pessoas. Assim, essa declaração nasceu como uma 
forma de negar a guerra e todas as formas de violência. Outro ponto de destaque 
presente na declaração é justamente a ideia que “toda pessoa tem direito à 
Educação”. 
Declaração Universal do Direito das Crianças 
Essa declaração representa o reconhecimento da criança como um ente com os 
mesmos direitos, mas com especificidades. O direito ao cuidado, ao 
desenvolvimento, à proteção e à segurança acabam criando um pacto mundial 
nesse sentido. Alguns países, no entanto, demoram a ser signatários desses 
documentos. O Brasil só vai reconhecer e transformar seus fundamentos em lei 
em 1988, com a Constituição Cidadã. 
A despeito do proposto, veja estes números: 
Mais de 100 milhões de crianças não têm acesso ao ensino primário. 
Mais de 960 milhões de adultos são analfabetos, e o analfabetismo funcional 
ainda é um problema significativo em países industrializados ou em 
desenvolvimento. 
Cerca de 2,5 bilhões dos adultos do mundo não têm acesso ao conhecimento 
impresso, às novas habilidades e tecnologias, que poderiam melhorar a qualidade 
de vida e ajudá-los a perceber e a adaptar-se às mudanças sociais e culturais. 
Mais de 100 milhões de crianças e adultos não conseguem concluir o ciclo 
básico. Além disso, milhões de pessoas, apesar de concluí-lo, não adquirem 
conhecimentos e habilidades essenciais. 
 
De 1988 para cá, houve muitas discussões, como: 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) 
Além de outros documentos que pensavam a formação do professor, estrutura 
das escolas, entre outros. Mas qual é o resultado? Como podemos pensar a 
contemporaneidade em termos de Educação? 
Como é possível imaginar, os desafios para melhorar os índices educacionais 
estão presentes no mundo inteiro, não apenas no Brasil. Dessa forma, com o 
aprofundamento do processo de globalização, cada vez mais presenciamos a 
necessidade de uma reflexão conjunta sobre como alcançar a justiça social e a 
convivência harmoniosa entre os povos. 
A solução para tornar a Educação uma linguagem universal 
pode ser a cooperação internacional entre os países, já que é 
um problema de todos. 
As ações praticadas pela Unesco, por exemplo, têm essa perspectiva: contribuir 
para o estabelecimento da paz entre os povos, a erradicação da pobreza, o 
desenvolvimento de políticas públicas para a Educação, o estímulo à diversidade 
cultural etc. 
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Podemos perceber até aqui que desafio é a palavra-chave para todos aqueles que 
assumem a Educação, profissionalmente ou não, como algo com grande 
relevância na vida das pessoas. É neste mesmo contexto de desafios a serem 
enfrentados que somos levados a percebê-los também como perspectivas e 
oportunidades. 
Na impossibilidade de levantar todas as propostas e ações 
educativas da Educação Contemporânea, destacamos aquelas que, 
de alguma forma, estão ou podem estar relacionadas não somente à 
reflexão necessária sobre a Educação que somos convidados a fa zer 
cotidianamente, mas porque afetam a prática educativa que temos 
ou podemos ter nas próximas décadas. 
“Educação: um tesouro a descobrir” 
Tomemos como ponto de partida o documento Educação: um tesouro a 
descobrir, relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre 
Educação para o século XXI. Esse relatório, publicado em 1996, foi 
solicitado à equipe de educadores de várias parte do mundo, liderada por 
Jacques Delors, para que pudesse refletir os caminhos da Educação nos 
países ligados à ONU. 
Esse documento influenciou de forma intensa e definitiva os rumos da 
Educação, reforçando ou questionando ações já realizadas e propondo 
novas ações a fim de alcançar seus objetivos. Este, aliás, é um ponto de 
convergência: o mundo precisa dialogar aos moldes dos congressos que 
levaram à formação do documento. A Educação deve considerar o 
indivíduo, mas ainda é pensada como um fenômeno social. 
Jacques Delors: Economista e político francês. Entre 1992 e 1996, presidiu a 
Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI da Unesco. 
No documento, Delors traz o conceito de que a Educação é baseada em 
quatro Pilares: 
Juntos, esses pilares servem de base para a transmissão da informação e da 
comunicação adaptada à sociedade. Veremos um pouco mais sobre esse 
assunto no vídeo a seguir. 
“O professor Rodrigo Rainha o convida a conhecer os pilares de Delors a 
partir da prática de educadores da cidade de São Paulo, vencedores do 
prêmio Territórios Educativos.” 
Base Nacional Comum Curricular 
Um importante passo para a Educação brasileira foi a preparação e publicaçãoda 
Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Pelo menos dois aspectos são 
fundamentais para compreendermos melhor importância da BNCC: 
1 Foi pensada na esteira da LDB/96, dos PCN e das DCNEB, portanto faz 
sentido pensar todos esses documentos conjuntamente, como se um 
auxiliasse e completasse o outro. 
 
2 É mais do que um documento que estabelece como, quando e por que 
determinados conteúdos serão ensinados. Assim, o que importa é 
construir um projeto educacional que contemple todas as dimensões do 
desenvolvimento humano, como os aspectos cognitivo e socioemocional, 
o desenvolvimento físico, cultural etc. A ideia é que o aluno consiga aplicar 
o conhecimento aprendido no seu cotidiano. O objetivo é formar o 
indivíduo para a vida cidadã, por meio da transmissão de valores que 
permitam a boa convivência social. 
 
Nesse sentido, o Projeto Político-Pedagógico de cada escola ganha 
destaque no cenário, pois será preciso que toda comunidade seja reunida 
para discutir, refletir e planejar os rumos do processo de ensino-
aprendizagem. Os professores também terão a incumbência de elaborar 
seus planos de aula de acordo com a BNCC. Outro ponto importante a ser 
destacado é que a BNCC não é uma medida vinculada a determinado 
governo ou partido. Ela é uma política de Estado, prevista no Plano 
Nacional de Educação, na LDB/96 e na Constituição de 1988. 
Competências na Base Nacional Comum 
Curricular 
 
A palavra-chave da Base Nacional Comum Curricular é competências. 
Na Introdução da BNCC, competência é definida como: 
“Mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), 
habilidades (práticas cognitivas e socioemocionais), atitudes e 
valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, 
do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” 
Percebeu que aqui aparecem novamente, assim como está nos PCN, a 
importância das três dimensões da condição humana: estudo, cidadania e 
trabalho? 
A BNCC propõe o desenvolvimento de dez competências distribuídas 
nas disciplinas curriculares e que devem, por meio do 
desenvolvimento das diversas habilidades, serem respondidas 
pelas atitudes concretas do aluno em todos os locais de sua 
convivência.Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens 
essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos 
estudantes o desenvolvimento de dez competências gerais, que 
consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de 
aprendizagem e desenvolvimento. Assim, cada área do 
conhecimento tem competências específicas que foram traçadas a 
partir das dez competências gerais. As competências 
específicas devem influenciar diretamente as habilidades que se 
pretendem formar ao estudar os componentes curriculares. 
Competências Gerais – BNCC Confira as dez Competências Gerais da 
Educação Básica (Ensinos Infantil, Fundamental e Médio): 
Mas quais são essas dez competências gerais? Vamos conferir! Agora 
veja quais são as cinco Áreas de Conhecimento, de acordo com o Parecer 
CNE/CEB nº 11/201025: 
As competências previstas devem ser desenvolvidas nas atividades que serão 
realizadas nas salas de aula. Dessa forma, haverá uma sintonia entre o que se 
espera alcançar a longo prazo e a curto prazo. Por isso, a BNCC aponta os eixos 
estruturantes das práticas pedagógicas e as competências gerais da Educação 
Básica. 
Todas as competências são igualmente importantes. 
O professor Francisco Carlos nos convida a pensar sobre a tradição curricular 
brasileira e os desafios que estão sendo propostos pela BNCC. 
Por se tratar de um documento novo, as diretrizes da BNCC podem parecer, em 
um primeiro momento, algo muito difícil de ser implementado e realizado. A 
mudança de hábitos não é um processo fácil, sobretudo quando envolve tantas 
pessoas ao mesmo tempo, não é mesmo? Porém, o importante é dar o passo 
inicial. Para os professores, é essencial ler a BNCC em sua totalidade para pensar 
como introduzir as mudanças no contexto da sala de aula. Os desafios são 
muitos, e a renovação passa por toda a comunidade escolar. 
Para entendermos melhor, veremos uma linha do tempo começando na Lei de 
Diretrizes e Bases (Lei n° 9394/96) e finalizando na Base Nacional Comum 
Curricular (BNCC). 
1996 
Lei nº 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases. 
1997 
Parâmetros Curriculares Nacionais (primeiras quatro séries da Educação Fundamental 
1999 
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, preparado para cada disciplina. 
2000 
Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, definidos pelas áreas de linguagens, 
códigos e suas tecnologias. 
2001 
Criação do Plano Nacional de Educação. 
2003 
Lei nº 10639 – Obrigatoriedade do ensino de História e cultura afro-brasileira. Além disso, entra 
para o calendário escolar o dia 20 de novembro, quando é celebrado o Dia da Consciência 
Negra. 
2004 
Lei nº 10861: É criado o SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. 
2005 
Lei nº 11096: criação do PROUNI – Programa Universidade para Todos. 
2006 
Emenda Constitucional nº 53 cria o FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da 
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. 
2007 
Decreto nº 6096: criação do REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e 
Expansão das Universidades Federais. 
2008 
Lei nº 11465: Obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Indígena na rede de ensino. 
2012 
Lei nº 12711: Lei de Cotas raciais nas universidades federais. 
2017 
Homologação da Base Nacional Curricular Comum. 
A proposta das competências do BNCC já estava sendo gestada e aplicada em 
outros países. Talvez o caso mais emblemático seja o Common Core (Currículo 
Comum) dos Estados Unidos. Lançado em 2010, chegou a receber apoio de 90% 
da população e de 80% dos professores. Hoje, uma década após sua implantação, 
este índice caiu pela metade nos dois casos. Uma reflexão sobre isso pode nos 
ajudar a olhar de forma perspectiva para a situação nacional. 
O exemplo americano é importante para que tenhamos uma compreensão clara 
do que significa uma Base Comum, seus limites e suas perspectivas positivas. 
Modelos tradicionais de Educação x Modelos 
inovadores 
Um ponto bastante atual é a contradição (aparente ou não) entre os modelos 
tradicionais de Educação e aqueles considerados inovadores. Esta é uma 
situação presente em grande parte do mundo. 
Embora a proposta da “Educação centrada no aluno” não tenha 
sido aceita de forma unânime no exterior (como o caso da 
pedagoga sueca Inger Enkvist), no Brasil, esse pensamento tem 
crescido e confunde-se com a utilização das tecnologias digitais na 
Educação por meio das chamadas metodologias ativas . 
Vamos aprofundar um pouco mais o conhecimento sobre os modelos de 
ensino ao redor do mundo? Veja o vídeo. 
Tendências 
Para que não percamos a percepção do que isso significa, levantamos um 
questionamento simples: 
O que é uma Educação de sucesso? 
De acordo com publicação do jornal O Globo, os países nórdicos e asiáticos 
possuem altas taxas de suicídio. Isso nos leva a perguntar por que, nos locais 
onde a Educação é mais bem-sucedida e nos países que possuem as maiores 
rendas per capta do mundo, as pessoas se matam? Essa reflexão é relevante para 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0029/index.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0029/index.html
que busquemos um modelo educacional que, além da formação técnica do 
indivíduo, possa formá-lo de forma integral. 
 MÓDULO 3 
R INTRODUÇÃO 
A partir das diversas leis, medidas e dos decretos estruturados para o âmbito 
educacional, é possível entender que uma das grandes inovações nas últimas 
décadas é a ampliação dos currículos escolares para além do desenvolvimento das 
habilidades cognitivas. Isso significa que o espaço escolar não tem como 
finalidade apenas transmitir conhecimento, mas proporcionar instrumentos para 
que as potencialidades dos alunos sejam exploradas.Afinal de contas, qual é o papel do ambiente 
escolar e de seus profissionais em um mundo 
globalizado? 
O século XXI é marcado por muitas contradições. Imaginamos, de forma geral, o 
futuro do mundo e da Educação da seguinte forma: 
O desenvolvimento de tecnologias velozes e poderosas. 
Desigualdades 
O agravamento das desigualdades sociais, sobretudo em regiões periféricas. 
Consumo sustentável acelerado 
Aceleração da sociedade de consumo descartável em todos os sentidos. 
Essa nova ordem mundial causou e ainda causa impactos profundos no ambiente 
escolar. Uma das dúvidas colocadas para os educadores é como lidar com os 
chamados “novos desafios do mundo contemporâneo”, que envolvem o 
conhecimento de tecnologias e a crescente competitividade no mercado de 
trabalho.Nas bases legais dos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino 
Médio, temos a reafirmação constante de que a Educação não deve ser 
estruturada a partir do acúmulo de conhecimentos, mas a partir da preparação do 
aluno para o desenvolvimento da capacidade de lidar com os desafios 
da sociedade tecnológica. 
Portanto, neste módulo, vamos buscar as respostas para as seguintes perguntas: 
 
Qual é o papel da História da Educação na observação do mundo 
contemporâneo em permanente processo de mudança? 
 
Será que a História não deve observar isso? 
 
Devemos esperar esses movimentos ficarem mais velhos para analisá-
los? 
A História é uma ciência humana que estuda a relação de homens e sociedade, 
utilizando o tempo como seu objeto de referência. Mas isso não a transforma em 
uma ciência do passado, pois seu objeto e suas práticas estão no presente. 
Usamos o passado para refletir sobre nossa própria sociedade, com o passado nos 
iluminando, permitindo debates. Se imergíssemos na contemporaneidade, 
poderíamos nos afastar dessas reflexões. 
Os personagens da Educação no século XXI 
Antes de mais nada, é preciso ter em mente que todos os modelos e as 
experiências pedagógicas que vimos até agora são fundamentais para 
compreender o papel da Educação atualmente. O desafio é pensar como o 
ambiente escolar e os profissionais que nele atuam estão respondendo a tantas 
mudanças estruturais e éticas. 
Durante muito tempo, a transmissão do conhecimento se dava da seguinte 
maneira: 
Precisamos provocar o olhar sobre esses personagens presentes na escola e 
avaliar nossa responsabilidade como educadores. A professora Nilda Alves é 
doutora em Educação, e um de seus objetivos é fazer a escola reconhecer os 
conhecimentos do mundo. 
Ainda assim, muitos educadores olham para as transformações com 
certa desconfiança. De fato, sair da zona de conforto e se abrir para novas 
possibilidades não é tarefa fácil. O uso de tecnologias em sala de aula, por 
exemplo, depara-se com a falta de habilidade do professor em dominar as 
tecnologias e suas linguagens: web, podcast, software, armazenar na nuvem, 
Google, Facebook etc. Ou seja, é cada vez mais difícil supor que o docente em 
sala de aula seja o único detentor do conhecimento. Com a explosão tecnológica, 
a um clique de distância, o aluno tem acesso a uma quantidade infinita 
de informações de todos os tipos possíveis. Ao mesmo tempo, sabemos que, na 
Era da Informação, não faltam conteúdos falsos ou notícias com fontes 
desconhecidas. São as famosas fake news! 
 
No âmbito das novas propostas pedagógicas adotadas pela legislação brasileira, 
a ideia é que a Educação forneça instrumentos para que o aluno construa seu 
próprio conhecimento e tenha curiosidade sobre tudo aquilo que o rodeia. 
A formação de um indivíduo para a vida cidadã parte, em primeiro lugar, da sua 
atuação como sujeito ativo. 
Segundo Paulo Freire (1985): 
A formação de sujeitos críticos implica, 
portanto, a revisão das práticas educativas. 
Como já vimos, uma das propostas presentes na BNCC é a formação por 
competências. A ideia é que o aluno tenha autonomia para decodificar 
determinada informação, pesquisar outras referências, comparar fontes e saber 
estabelecer conexões entre o passado e o presente. 
A Educação do futuro tem como pressuposto incentivar o aluno a construir seu 
próprio conhecimento, associando o conteúdo ensinado na escola à sua trajetória 
de vida. Nesse sentido, a tecnologia, quando usada de modo correto, é um 
instrumento bastante eficaz na democratização da informação e do conhecimento. 
O importante é capacitar o educador para que conheça as potencialidades e os 
limites dos recursos virtuais. 
Que caminhos seguir? 
Você provavelmente deve se recordar do seu tempo de escola. Se estudou 
em um colégio privado, mais tradicional, ou mesmo em alguma escola 
pública que sofria em razão dos problemas de infraestrutura e escassez de 
profissionais mais qualificados, deve lembrar que muitas aulas se resumiam 
a copiar o que o professor escrevia no quadro. 
Os espaços de discussão não eram incentivados, quase não havia 
dinamismo nas aulas, e era muito comum que o corpo docente não 
entendesse por que os alunos pareciam tão pouco interessados em prestar 
atenção no conteúdo. 
A História da Educação está atenta a esse debate e, hoje, nota que tem se 
discutido a possibilidade de que muitos desses problemas poderiam ser 
resolvidos a partir da adoção de modelos pedagógicos ativos. Ou seja, 
colocar o aluno como agente central no processo de aprendizagem. 
Como isso pode ser feito na prática? 
A despeito das ferramentas utilizadas, a noção é sempre a mesma: incentivar a 
autonomia, reconhecer e respeitar a diversidade no ambiente escolar e estimular a 
cooperação e integração entre alunos, estimulando a construção de projetos em 
grupos. Veja alguns exemplos: 
A ideia é que cada vez mais os projetos 
educacionais adotem a chamada metodologia 
ativa de aprendizagem. 
Metodologia ativa de aprendizagem 
O psiquiatra americano William Glaser, a partir de suas pesquisas no campo da 
Educação, construiu uma pirâmide que avalia como aprendemos. 
Como aprendemos 
A modalidade EaD (Ensino a Distância) é um 
ótimo exemplo da adoção da metodologia ativa 
de aprendizagem. 
Essa metodologia parte da ideia de que o aluno é o principal responsável pela sua 
própria aprendizagem. O ideal é que ele seja estimulado a aprender a partir de 
exemplos concretos, que tenham correspondência com seu cotidiano. 
A transmissão de conhecimento levando em consideração a vivência do 
estudante confere mais dinamismo e interatividade. Segundo essa lógica, a 
simples memorização de conteúdos não seria eficiente. 
Qual é o caminho da aprendizagem nesse processo? É o que 
descobriremos no vídeo a seguir. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/te0029/index.html
Temas Tranversais 
Os chamados temas transversais não são disciplinas curriculares, mas debates de 
cunho social e político presentes na sociedade contemporânea, como meio 
ambiente, ética, consumo etc. A função dos temas transversais é conduzir o 
professor, em sua ação educativa, a sintonizar o cotidiano do aluno com a 
aprendizagem cognitiva. 
 
Conclusão: 
A Educação Contemporânea dialoga com a História Contemporânea. Quer dizer, 
a partir do momento em que foi identificada a ascensão do mundo capitalista, a 
Educação passou por profundas transformações. Ao longo do século XX, o 
mundo começou a defender uma Educação mais popular, mais disseminada. Os 
motivos são muitos: industrialização, crescimento das cidades, desenvolvimentos 
dos estados – olhando pelo prisma do governo –, mas que geram linhas de 
resistência, isto é, Educação que liberte, Educação que fortaleça disputas, 
Educação como um bem individual. 
Diante dessas transformações, chegamos ao século XXI ricos em debates, mas 
sem conseguir resolver muitas de nossas mazelas históricas. Ainda que países 
como o Brasil tenham se fortalecido em termos legislativos e de sistema de 
Educação, trata-se de uma discussão que não cessa, como aponta a BNCC no 
Brasil, e ainda existem divergênciasprofundas mundo afora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
econhecer como a História da Educação nos prepara para os desafios da 
sociedade tecnológica

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