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Talhada1 (Empreendedorismo)

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Univerdidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Política Governamental do Estado Moçambicano no Incentivo ao Mundo Empreendedor
Talhada 
	Curso: Licenciatura em Administração Pública
Disciplina: Empreendedorismo 
Ano de Frequência: 4º Ano. 
Quelimane, 28 de Maio de 2020
	Categorias
	Indicadores
	 Padrões
	Classificação
	
	
	
	Pontuação máxima
	Nota do Tutor
	Subtotal
	Estrutura 
	Aspectos organizacionais 
	· Capa
	0,5
	 
	 
	
	
	· Índice
	0,5
	 
	
	
	
	· Introdução
	0,5
	 
	
	
	
	· Discussão
	0,5
	 
	
	
	
	· Conclusão
	0,5
	 
	
	
	
	· Bibliografia
	0,5
	 
	
	 Conteúdo
	 Introdução
	· Contextualização (Indicação clara do problema)
	1,0
	 
	 
	
	
	· Descrição dos objectivos
	1,0
	 
	 
	
	
	· Metodologia adequada ao objecto do trabalho
	2,0
	 
	 
	
	 Análise e discussão
	· Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência/coesão textual)
	2,0
	 
	 
	
	
	· Revisão bibliográfica nacional e internacionais relevantes na área de estudo
	2,0
	 
	 
	
	
	· Exploração dos dados
	2,0
	 
	 
	
	 Conclusão
	· Contributos teóricos práticos
	2,0
	 
	 
	Aspectos gerais
	 Formatação
	· Paginação, tipo e tamanhos de letra, parágrafo, espaçamento entre linhas
	1,0
	 
	 
	Referências bibliográficas
	 Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia
	· Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas
	4,0
	 
	 
Índice
Introdução	3
1. Conceito de Empreendedorismo	4
2. Perspectivas Gerais das Acções do Governo no Incentivo do Empreendedorismo em Moçambique	4
2.1. Criação de Instituições de Apoio ao Empreendedorismo	4
i. Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas	4
ii. Movimentos	6
iii. Competições	6
2.1.2. Criação de Fundos Públicos para Apoio ao Empreendedorismo	6
2.2. Desafios dos Empreendedores Moçambicanos	7
a) Regulamentos Existentes	7
b) Setor Bancário Comercial	8
Introdução
O presente trabalho é sobre Política Governamental do Estado Moçambicano no incentivo ao mundo empreendedor. Como sabemos, Empreendedorismo é um tópico bastante abordado na literatura actual, despertando bastante interesse em todo o mundo e aparece destacado como sendo o motor da economia. Este trabalho tem como objectivo geral, analisar as acções do governo no incentivo do empreendedorismo. É neste contexto que foram traçados os seguintes objectivos: Conceitura empreendedorismo; Descrever as acções do governo no incentivo do empreendedorismo; e, mencionar os desafios que os empreendedores moçambicanos enfrentam.
Para a compilação do trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica que consistiu na leitura e tomada de notas de diferentes obras (que abordam a temática em causa) disponíveis em formato físico e/ou electrônico através da Internet. Importa referir que todas as obras consultadas encontram-se citadas ao longo do texto e as respectivas referências bibliográficas estão devidamente apresentadas.
1. Conceito de Empreendedorismo 
Os primeiros conceitos sobre o empreendedorismo tiveram bases económicas, isto é, foi a partir das discussões económicas que começou a aparecer a palavra empreendedorismo como forma de tornar o comércio mais liberal, ou seja, tornar o mercado livre e concorrente. 
Por outro lado, Gartner (1985, cit. em Strobino, 2009) apresenta o empreendedorismo como uma forma de criação de novas organizações. Associando com a perspectiva anterior em que o empreendedorismo é considerado como o meio de transformação social através da mudança para o comércio liberal.
Porém, Sarkar (2010) considera que empreendedorismo é tendência de reacção as alterações económicas da sociedade, levando os empreendedores a agirem como verdadeiros agentes de transformação da procura em oferta. 
O conceito empreendedorismo foi sofrendo alterações constantes. Hoje, empreendedorismo, segundo a definição apresentada por Sarkar (2010, p. 30) é “prossecução de uma oportunidade sem olhar para quem controla os recursos”. Por outras palavras, o empreendedor identifica uma oportunidade e procura realizá-la, mesmo sabendo que não dispõe de recursos suficientes. (Sarkar, 2010). Assim, o indivíduo que continua a buscar possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões que objectivam a inovação continuará a desempenhar um papel empreendedor.
Nesta linha de pensamento, o empreendedorismo envolve não só a prossecução de uma ideia ou oportunidade para a sobrevivência mas também a questão de inovação, isto é, a capacidade de criar algo novo na sociedade, como também a capacidade de a partir de uma oportunidade criar uma empresa, mesmo correndo sempre os riscos próprios de quem quer empreender.
2. Perspectivas Gerais das Acções do Governo no Incentivo do Empreendedorismo em Moçambique
2.1. Criação de Instituições de Apoio ao Empreendedorismo
i. Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas
O sector das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) é um contributo importante e um segmento imprescindível para o desenvolvimento económico e social. Em muitos países, ao longo das últimas décadas, o sector tem sido o principal motor do crescimento, forma redes e cadeias de valor com grandes empresas e é visto como um dinamizador do emprego, da produção e da exportação. Nos países em desenvolvimento, estas empresas também são vistas como um instrumento importante para a erradicação da pobreza.
Os processos da globalização e da informatização da economia constituem uma melhor oportunidade para o crescimento da economia dos países em via de desenvolvimento. Mas, apesar do crescimento, também aparecem novos desafios, tais como:
· a distribuição desigual de rendimento e da riqueza,
· a pobreza,
· as condições básicas de segurança social e
· o desemprego em amplos sectores da população.
Por conseguinte, torna-se consolidar as reformas económicas em consonância com a questão da equidade social e da inclusão (Piketty 2014) e assim da prosperidade das MPMEs.
Para Moçambique alcançar os seus objectivos sociais e económicos, o sector das MPMEs - alem dos mega projectos - deve tornar-se num dos principais contribuintes para a economia do país. Durante a última década tem sido devotada uma atenção crescente ao sector, que culminou com a elaboração do Estatuto das MPMEs e do primeiro plano estratégico de cinco anos elaborados em 2007. A Estratégia de Desenvolvimento das MPMEs (2007-2012) procura abordar sete principais constrangimentos:
1. Barreiras regulatórias;
2. Falta de acesso ao financiamento;
3. Baixa qualificação da força de trabalho;
4. Carga fiscal e custo dos procedimentos elevados;
5. Fraco acesso aos mercados;
6. Falta de ligações horizontais e verticais entre empresas;
7. Falta de espírito empreendedor.
Como motor da implementação da Estratégia, o Governo criou o Instituto para a Promoção das Pequenas e Médias Empresas (IPEME) através do Decreto n.º 47/2008, de 3 de Dezembro, como a entidade pública que tem a responsabilidade não só de assegurar a implementação da Estratégia para o Desenvolvimento das MPMEs, mas também acções de promoção e dinamização das MPME’s.
As atribuições estatutárias do IPEME, enquanto instituição pública, não só dinamizam a sua visão “Sera plataforma institucional para promoção das micro, pequenas e médias empresas em Moçambique” e a sua missão “Incentivar a implantação, consolidação e o desenvolvimento das micro, pequenas e médias empresas”, mas também invocam os valores “Excelência, Ética, Assistência, Eficiência, Competitividade, Empreendedorismo, Parceria”.
ii. Movimentos
Existem diversos movimentos de promoção do empreendedorismo em Moçambique, com objectivo de inspirar e informar os jovens. O destaque vai para os seguintes: Oficinas de Sucesso, que apoia com informação e capacitação e eventos para empreendedores; Moz Empreendedor apresenta iniciativas como ABC do Empreendedorismo; o Hub Link que disponibiliza a revista digital e imprensa Negócios do Chiveve e o Startup Grind Maputo que é um dos eventos mais inspiradores para empreendedores.
iii.Competições
As competições para empreendedores são uma oportunidade de angariar fundos para os negócios. Em Moçambique temos competições nacionais e internacionais. As competições anuais mais conhecidas são: Seedstar, Statupper total, Super Mentores Awards, Moz Tech, Future Agro Business Challenge e a recente Moz Grow.
2.1.2. Criação de Fundos Públicos para Apoio ao Empreendedorismo
O Governo de Moçambique, através da Lei 12/2005 de 23 de Dezembro de 2005, decidiu alocar fundos de investimentos aos Governos Distritais, avaliados em 7 milhões por distrito, no âmbito da implementação da Lei 08/2003 de 19 Maio, que determina que os distritos são unidades de gestão e execução orçamental. Estes fundos foram providenciados, com o objectivo de criar empregos, incluindo autoemprego, aumentar a produção e a riqueza das populações locais com vista à erradicação da pobreza. Dentre as orientações genéricas para o uso daqueles fundos, destaca-se o uso do valor de investimento dos distritos para empregar a mão-de-obra local, devendo o financiamento ser direccionado para projectos com maior impacto no desenvolvimento económico e social das comunidades locais, com destaque para as actividade de produção de alimentos com realce em acções inseridas na “estratégia da revolução verde”, nomeadamente, sistemas de regadios, agro-processamento e conservação de produtos agrícolas, comercialização agrícola e promoção do uso de tracção animal e mecânica. Este fundo é pois, um assunto muito sensível, na medida em que o mesmo surge num contexto experimental, como novo instrumento de política pública, com vista a relançar o desenvolvimento das economias locais (Nhagombe, 2012).
O banco central de Moçambique também desempenha um papel crucial no financiamento das PMEs ao defender um acesso mais fácil ao financiamento, por parte das PMEs no país. Entre outros, o banco central orienta a agenda da inclusão financeira, que visa estender o acesso ao financiamento, aos segmentos anteriormente não alcançados em Moçambique. Além disso, incentiva o desenvolvimento de produtos financeiros que atendam às necessidades das PMEs no país e canais de suporte na área financeira, dos parceiros de desenvolvimento para as PMEs locais, através de instituições financeiras locais. Isto inclui linhas especiais de crédito e garantias para as PMEs (Building Markets, 2016).
2.2. Desafios dos Empreendedores Moçambicanos
a) Regulamentos Existentes 
Fazer negócio não é tão fácil por causa dos procedimentos morosos e dispendiosos a que as empresas se sujeitam para obterem as licenças e/ou os registos necessários. Estes aspectos poderão explicar a razão porque um grande número de empresas continua no sector informal. Com efeito, apenas alguns empresários poderão estar dispostos a sujeitar-se ao processo formal num ambiente de negócios tão rígido. Ou seja, o ambiente regulador no País não é suficientemente bom para encorajar a abertura de novos negócios, e dificulta muita das vezes a competitividade das empresas existentes.
b) Setor Bancário Comercial 
De acordo com o Banco de Moçambique, o número de bancos comerciais em Moçambique aumentou de 12 em 2007 para 19 em 2016. Isso estimula a concorrência e é bom para os clientes, incluindo as PMEs. No entanto, os bancos comerciais em Moçambique são principalmente focados em áreas urbanas e em indivíduos assalariados, negócios com o governo e grandes clientes empresariais. No entanto, os bancos se tornaram recentemente muito mais ativos para empréstimos ao setor das PMEs. Apesar disso, precisa ser feito mais para aumentar a sensibilização a este setor por parte dos bancos (Building Markets, 2016).
Conclusão
O empreendedorismo em Moçambique está em crescimento nos últimos anos. Há cada vez mais jovens que começam um negócio e estão dispostos a percorrer este caminho incerto. O crescimento e popularidade de empreendedores em Moçambique, têm forte influência no aumento do número de instituições pública e privadas, associações, movimentos, pessoais e profissionais que oferecem acções específicas de fortalecimento de empreendedores.
Actualmente, jovens e mulheres têm mais acesso à informações e recursos para começar e expandir o negócio. É caso para se dizer, só não realiza o seu sonho empreendedor, está com a lista de desculpas reduzida. 
Bibliografia
Building Markets (2016). Guia de Acesso ao Financiamento para Pequenas e Médias Empresas em Moçambique. Maputo.
Nhangombe, L. A (2012). Análise da eficácia do Fundo de Investimento de Iniciativa Local como Instrumento de Crédito Público para a Promoção do Desenvolvimento Económico Local. Maputo, Moçambique.
Sarkar, S. (2010). Empreendedorismo e Inovação (2ª ed.) Lisboa: Escolar Editora. 
Strobino, M. R. C. (2009). O Empreendedorismo Feminino e o Conflito Trabalho-Família: Estudo de Multicasos no Sector da Construção Civil da Cidade de Curitiba. Dissertação de Mestrado não publicada. Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba.

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