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10-12-07 Plano de Controle Ambiental PCA-RCA

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PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL
(PCA)
RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL (RCA)
Nome: Kade Engenharia e Construção LTDA
CNPJ: 78.851.995/0004-34
Atividade: Extração de areia no leito do Córrego Grande
Município: Rio Verde - GO
Área requerida (aproximadamente): 44,96 hectares
Propriedade: Fazenda Rio Verdinho Monte Alegre
DNPM n°: 861.078/2007
Setembro 2007
RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL
1. Identificação do empreendedor
Nome: Kade Engenharia e Construção LTDA
CNPJ: 78.851.995/0004-34
Atividade: Extração de areia no leito do Córrego Grande
Município: Rio Verde
Área requerida: 44,96 hectares
Propriedade: Fazenda Rio Verdinho Monte Alegre
DNPM n°: 861.078/2007
2. Identificação dos responsáveis técnicos
	Leandro Vieira de Oliveira
	Crismária Alves Veloso da Silva
	Engenheiro Agrônomo
	Engenheira de Minas
	CREA GO 12.735/D
	CREA GO 4.310/D
3. Localização do empreendimento
A área localiza-se na zona rural do Município de Rio Verde, aos arredores e margens do Rio Verdinho e Córrego Grande, distante cerca de 20 km da zona urbana. O acesso ao local da extração é realizado em rodovia pavimentada através da GO-174 por 18 km (após a ponte sobre o Rio Verdinho), virando à esquerda neste ponto, a partir daí em estrada vicinal, sempre pela sempre pela esquerda onde percorre ± 3,5 km à esquerda (curva para direita) encontra-se a área.
4. Aspectos sobre a situação dominial das terras e arrendamento
A área objeto do presente requerimento pertence a Carlos Humberto Dias Barros, onde a empresa interessada em realizar a extração mineral de areia possui um contrato de arrendamento do imóvel rural para este fim (anexo – contrato de arrendamento de imóvel rural para fins de exploração de areia).
5. Apresentação e objetivo
A empresa Kade Engenharia e Construção LTDA, no intuito de realizar inicialmente a retirada de areia no leito do Córrego Grande, no município de Rio Verde solicitou ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, Requerimento de Registro de Licença sob n° 861.078/2007.
Em atendimento à resolução CONAMA n° 09/90, artigo 1°, de 06/02/90, e em conformidade com a Portaria 092/92 da Agência Ambiental de Goiás, apresentamos para conhecimento e análise o Relatório de Controle Ambiental – R.C.A., e o Plano de Controle Ambiental – P.C.A., cujo objetivo principal baseia-se na apresentação de dados e medidas referentes à extração de areia de titularidade da Kade Engenharia e Construção LTDA.
Além do criterioso seguimento das exigências legais, no que diz respeito em atender ao organismo ambiental referente aos aspectos normativos, são também objeto do presente trabalho:
· Levantar a situação ambiental local, aconselhar a adoção de medidas corretivas e preventivas visando minimizar provenientes da atividade na área;
· Seguir estratégias com a finalidade de assegurar o equilíbrio do ecossistema local, vislumbrando também o uso futuro na área, quando a fonte primário houver se esgotado, ou estiver finalizada a pesquisa geológica;
· Portanto, tem-se a apresentação, análise e proposição de medidas que visem à compreensão dos problemas decorrentes do processo de pesquisa minerario, no que tange o meio físico, biótico e sócio-econômico.
O objetivo da apresentação do Relatório de Controle Ambiental – RCA e respectivo Plano de Controle Ambiental – PCA, seria de imediato atender a legislação em vigor, para licenciamento das atividades de extração de areia para construção civil, ou seja, adequando as atividades de extração de areia nas margens e leito do rio obedecendo às normas ambientais, minimizando ao máximo os impactos ambientais e assegurar no local da extração as condições reinantes o mais próximo daqueles encontrados no inicio das atividades.
O presente trabalho foi realizado por uma equipe composto por Engenheiro Agrônomo e Engenheira de Minas.
6. Introdução
As atividades de extração mineral são de grande importância para o desenvolvimento social, mas também são responsáveis por impactos ambientais negativos muitas vezes irreversíveis.
Cerca de 42% do território nacional é constituído por terrenos geológicos antigos, com depósitos minerais metálicos de grande significado econômico. As demais áreas, de contextos mais recentes, que constituem principalmente bacias sedimentares, são fontes potenciais de minerais industriais, fertilizantes e energéticos.
Borges, L.F., 1994, afirma que “nos últimos 10 anos não foi descoberto nenhum novo depósito mineral significativo”. Tais afirmações demonstram claramente, o desconhecimento que se tem do subsolo brasileiro e a quase inexistência de pesquisa básica.
Considerando que um princípio importante do desenvolvimento sustentável e o conhecimento do meio, o que no caso da mineração, inclui o conhecimento geológico, é necessário um maio investimento em pesquisa para que se fale em sustentabilidade no setor. 
Segundo o Sumário Mineral 2001, publicado pelo DNPM (2002), a mineração de areia em leitos de rios é responsável por 90% da produção brasileira. Cerca de 2.000 empresas se dedicam à extração de areia no país, na grande maioria pequenas empresas familiares, gerando cerca de 45.000 empregos diretos. Este produto possui baixo valor econômico, sendo até 2/3 do seu preço devido ao transporte.
Em concordância com isso, Valverde e Sintoni (1994) argumentaram que a mineração de areia torna-se problemática, pois constitui-se na busca de matéria prima de baixa relação preço/volume. Desse modo, as mineradoras procuram área o mais próximo possível dos centros consumidores, o que potencializa situações de conflito entre a mineração e o uso do espaço. Nesse contexto, e reconhecendo que esse tipo de empreendimento apresenta forte perfil impactante, faz-se necessária à compreensão, em base científica, dos reais impactos dele oriundos, o que justifica a avaliação prévia da compatibilidade do seu desenvolvimento com a conservação dos recursos naturais.
A gestão ambiental nas operações de empreendimentos minerários, é de suma importância visando atender os requisitos básicos de licenciamento, controle e reabilitação ambiental das áreas, de forma que sejam cumpridos os quesitos de manutenção dos padrões de qualidade ambiental (ar, água, solo, ruídos, vibrações, etc) e de conservação da fauna e da flora. Para tanto existe uma ampla legislação, que visa regulamentar essas atividades, tais como Constituição Federal, Código Florestal, Código de Mineração, Resoluções do CONAMA, acrescidos dos instrumentos estaduais e municipais.
7. Legislação Ambiental
A Constituição Federal, artigo 225, parágrafo 2° determina que “aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei”.
O sistema Nacional de Licenciamento Ambiental esta baseado na Lei n° 6.938 de 1981, que estabeleceu a Política Nacional de Meio Ambiente. Dentre os instrumentos instituídos por esta Lei destacam-se a avaliação de impacto ambiental e o licenciamento ambiental, como pré-requisitos para o financiamento e a implantação de quaisquer atividades potencialmente poluidoras ou modificadoras de meio ambiente.
O Decreto n° 88.351/83 condicionou ao licenciamento e elaboração de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. O mesmo Decreto institui três tipos de licenças: Licença Previa, Licença de Instalação e Licença de Operação.
Posteriormente, a Resolução CONAMA n° 01/86, normatiza a elaboração de estudos e relatórios de impacto ambiental (EIA/RIMA) para diversas atividades, entre as quais as de extração mineral.
O Decreto n° 97.632/89 exige, para todos os empreendimentos de extração mineral em operação no País, a apresentação de um Plano de Recuperação das Áreas Degradadas – PRAD.
A Resolução CONAMA n° 09/90 estabelece o procedimento para o licenciamento de atividades de extração mineral, e a Resolução CONAMA n° 10/90 diferencia o processo para os minerais de Classe II.
A Resolução CONAMA n° 09/90, prevê, ainda, o licenciamentoambiental da pesquisa mineral quando houver Guia de Utilização, que é uma autorização expedida pelo DNPM, permitindo a extração de uma certa quantidade de material durante a pesquisa, visando a realização de teste pilotos, ou mesmo venda para testes de mercado. Neste caso, a licença é concedida em uma única etapa (LF/pesquisa), mediante apresentação de um RCA/PCA de pesquisa. No seu artigo 5°, determina que, o PCA deverá conter os projetos executivos e minimização de impactos ambientais avaliados na fase de Licença Previa.
Apesar dos aspectos constitucionais já citados, o licenciamento ambiental é realizado atualmente pelos Estados, com nível federal atuando supletivamente em casos especiais (empreendimentos envolvendo mais de um Estado, áreas sob jurisdição federal, etc).
O licenciamento ambiental, não inclui automaticamente o licenciamento de desmate, que é solicitado em paralelo ao órgão competente. Para áreas de preservação permanente APP (definidas pelo Código Florestal, Lei n° 4.771/65), a licença de desmate é solicitada ao IBAMA, que nos termos da recém editada Portaria n° 307 de 14/04/99, delegou a competência aos representantes do Instituto, nos Estados, para procederam à autorização de supressão de vegetação em área de preservação permanente APP. Para os demais casos a competência e do órgão estadual de florestas ou ainda da representação do IBAMA.
O Plano de Controle Ambiental - PCA devera apresentar, em detalhes, os projetos de controle, monitoramento e reabilitação a serem empregados neste etapa, não podendo haver modificações substanciais nas premissas básicas de um EIA/RIMA. Nesta fase deverão ser apresentadas soluções técnicas que justifiquem as premissas econômicas operacionais e ambientais proposta no EIA/RIMA.
8. Dados gerais do empreendedor
Substância Mineral Explorada: Areia
N° de caixas de areia: 03 (locais para dragagem direta nos terreiros)
Pessoal envolvido na atividade: 03
Área objeto do pedido: 1.000 m²
Área licenciada (DNPM): 44,96 ha
Quantidade diária: 40,00 m³ (média)
Média mensal: 1.000,00 m³
Tipo de produção: Continuo em turno único de 8 horas, contudo face às chuvas é possível que o equipamento de dragagem fique paralisado durante este período.
Previsão de vida útil: Indeterminada, pois a reposição de sedimentos é dinâmica.
Data prevista e/ou início das atividades: Mediante autorização da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Rio Verde (GO).
8.1 Relação de máquinas e equipamentos
	Qtd
	Tipo/Característica
	Período funcionamento
	Capacidade
	Potência
	Combustível
	01
	Draga 6’’
	7:00 às 17:00
	80m³/dia
	90CV
	-
	01
	Motor Mercedes
	7:00 às 17:00
	-
	-
	Diesel
	15
	Barras de cano
	7:00 às 17:00
	50m³/dia
	-
	-
	02
	Caminhão Mercedes toco
	7:00 às 17:00
	5,00 m³
	-
	Diesel
	01
	Pá Carregadeira
	7:00 às 17:00
	0,7 m³
	79CV
	-
Tipo de produção: Contínua ( ) Intermitente ( X ) de 7:00 às 17:00 horas
Jornada de trabalho: Dias/semana: 05
			 Dias/mês: 22
			 Dias/ano: 176 (8 meses)
	Turno
	Horários
	N° de empregados por turno
	01
	Das 07:00 as 11:00
	
	02
	Das 13:00 as 17:00
	
Há períodos normais de paralisação: (X) Sim ( ) Não
Indicar os meses de paralisação: Meses de maio índice de pluviometria, que na região varia de novembro a abril.
8.2 Escala de produção
A draga é composta por uma bomba de do tipo Uberlândia de 6’’, acionada por uma motor tipo MB 1113, com capacidade de sucção e recalque de 40 m³ de polpa por hora, com uma produção aproximada de 60 m³ de areia.
A balsa mede 4,0 m x 2,00 m e 0,80 m de altura, é construída com chapas de ferro 3/8’’ de espessura, reforçada com cantoneiras de 2 ¹/²’’. Serão utilizados 80 metros de tubulações de 6’’ de diâmetro que conduzirão a polpa ate a área de dragagem no terreiro.
O carregamento de areia nos caminhões será feita com auxilio de uma pá-carregadeira tipo Komutsu WA180. 
O total mensal produzido será de aproximadamente de 1.000 m³ de areia.
Tipo de Produção: Contínuo em turno de 8 horas, contudo face às chuvas é possível que o equipamento de dragagem fique paralisado durantes estes períodos.
9. Infra-estrutura local
Será reformada uma pequena casa de alvenaria, situada próximo ao leito do manancial, que servirá de apoio para os funcionários da atividade, sendo que a mesma contará com poço para captação de água (cisterna), vala para lixo e energia elétrica.
9.1 Condições de trabalho
Como toda atividade industrial, seja extrativa ou de produção, a extração de areia, apesar de não envolver máquinas e equipamentos de grandes portes como em outros setores da mineração, pode implicar em situações de riscos que devem ser minimizados através de medidas preventivas de segurança e higiene do trabalho. 
Para tanto se tornam necessárias às observações das normas especificas para as atividades de mineração contida na NR 22 a qual contém programas de treinamento e capacitação de segurança e higiene do trabalho para atividades afins, devendo ser desenvolvidas por profissionais habilitados e experientes. A utilização de EPI’s torna-se necessária para garantir uma melhor segurança dos funcionários envolvidos na atividade.
10. Estocagem
O minério retirado do manancial será estocado a céu aberto nas caixas de decantações próximo a área de estocagem, haja vista que o mineral será extraído diretamente no terreiro. Ao longo da área requerida serão abertas 03 (três) áreas para que sejam construídos os terreiros onde será composto pela caixa de decantação, secagem, estocagem e área de manobra com uma área total de aproximadamente de 225 m² cada terreiro.
Caso os terreiros não suporte a areia será depositada para secagem em uma outra área de aproximadamente 740 m², com capacidade de armazenagem de até 1.800 m³.
Durante levantamento técnico verificamos que há área de preservação permanente existente, sendo que o empreendedor foi orientado e pretende instalar as áreas dos terreiros fora da mesma.
11. Fluxograma (Extração/Beneficiamento/Rejeitos)
	Leito do rio
	
	Tubulação de sucção
	
	Draga
	
	Tubulação de recalque
	
	Bacia de clarificação
	
	Água
	
	Peneiramento
	
	Gravetos/folhas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Leito do rio
	
	Dragagem no caminhão
	
	Estocagem
	
	
	
	
	
	
	
	
	secagem
	
	Solo
	
	
	
	
	
	Transporte/mercado
	
	
	
	
12. Método de lavra
A jazida para a extração de areia será a céu aberto, feito por sucção mecânica em draga situada em uma balsa flutuante, construída com chapas e vigas metálicas, posicionada no meio do Córrego Grande, a sucção é efetuada diretamente no fundo do rio por tubos metálicos, após a sucção a polpa, (areia + cascalho + água) é bombeada por tubulação metálica, com diâmetro de 6’’, até a área de carregamento, onde é peneirada, para retirada de rejeitos e direcionada diretamente para área de decantação do terreiro para que a água retorna ao rio.
A draga, com balsa de fundo duplo para maior segurança, é composta por uma bomba de 6 polegadas acionada por motor de 6 cilindros com potencia de 90 hp, com capacidade de produção de aproximadamente 40 metros cúbicos de areia ao dia.
A balsa mede 4m x 2,0m e 0,8m de altura, é constituída com chapas de ferro, com espessura de 3/8’’, reforçadas com cantoneiras de 2 ½’’. Tubulações de ferro com diâmetro de 6 polegadas conduzem a polpa até a área de decantação e estocagem.
A água em excesso é decantada e retorna ao leito do rio. Após a secagem a areia está pronta para ser comercializada, sendo carregada por uma pá carregadeira Michigan C-55. Os caminhões de transporte são de diversos modelos e capacidade, pois o minério será comercializado no próprio local de estocagem e carregamento.
Para utilização a que se destina o produto, não há necessidade de qualquer processo de tratamento, sendo, portanto utilizado “in natura”.
12. Croqui de localização
O mapa de localização e vias de acesso encontram-se em anexo.
13. Perfil ambiental da área de exploração
13.1 Recursos hídricos
Nome da bacia hidrográfica: Bacia do Paranaíba
Números de bacia: 02
Sub-bacia: Rio Verdão
Nomedo manancial envolvido: Córrego Grande
Usos de montante e jusante existentes nos mananciais:
O Córrego Grande, do ponto requerido até uma distância de aproximadamente 1.000 m à sua montante e à sua jusante, é utilizado essencialmente para dessedentação de bovinos. Havendo registro de outra atividade minerária em seu leito, porém distante a mais de 2.000m.
Largura da calha do manancial: 4,00 metros
Largura da lâmina d’água: 4,0 metros
Profundidade média: 1,50 metro
Vazão: 12.000 I/s (12,0 m³/s)
Classe do manancial: 2
Data da coleta de dados: 10 de maio de 2007.
14. Aspectos gerais da área de influência do empreendimento
Como na maioria dos municípios goianos, em Rio Verde as atividades agropastoris destacam como a principal atividade econômica, em especial plantio de grãos, principalmente a soja, entre outras.
Atualmente, em virtude da chegada da empresa Perdigão ao município ocorrido há alguns anos este vem recebendo investimentos na área de logísticas e infra-estrutura, aumentando o consumo de bens minerais, bem como começa a diversificar a econômica local, como instalação de unidades de granjas para abate de aves e suínos.
14.1 Cobertura vegetal
Segundo DAMBROS, L.A; Dias, AA; FONZAR, B.C (1981) a atual vegetação regional encontra-se compreendida integralmente na zona neotropical, caracterizada por um clima tropical de elevadas temperaturas medias e precipitações estacional marcada por período com déficit hídrico de 4-5 meses, sobressaindo o sistema savana (cerrado), com solos profundamente lixiviados ou concrecionários.
Na região do entorno da área do empreendimento, em locais mais drenados, aparecem as veredas ao longo das linhas de drenagem. Ocorrem espécies como: Buriti (Maurita flexuosa), Bacuri (Attalea phalerata), Tucum (Astrocarium giganteum). O restante da paisagem coincide com a vegetação de cerrado basicamente ou associado a outras coberturas vegetais, destacando-se espécies como: Pequi (Cariocar brasiliensis), Murici (Byrsonimia sp), Caju (Anacardium sp), Unha de vaca (Bauhinia sp), Faveiro (Pterodon pubescens); dentre a vegetação rasteira, que é formada em sai maioria por gramíneas, temos o capim brachiara, padrão em pastagem regional.
As intervenções ambientais decorrentes da atividade de extração de areia coincidem com os locais utilizados como pátios de embarque de minério. A retirada da cobertura vegetal nesses locais são inevitável.
Dentre os tipos de vegetação citados, os danos diretos poderão ocorrer em áreas de mata ciliar, mas poderão ser minimizados com uma atenção e cuidados especiais. Caso haja, este modificação ambiental tem caráter reversível e é bastante atenuada pelas dimensões restritas com que ocorre. Entretanto é imprescindível a manutenção da mesma, devido à sua importância no equilíbrio do ecossistema em geral.
Podemos observar que a propriedade é utilizada essencialmente para atividade de criação de bovinos, sendo que para formação de pastagens houve retirada de vegetação local. Entretanto, foi possível verificar a presença de algumas espécies arbóreas na mata ciliar, o que vêm a colaborar para uma boa recuperação da área utilizada para extração de areia.
14.2 Aspectos da fauna regional local
Constatou-se, através de levantamento “in loco” e/ou por relatos dos trabalhadores, os exemplares listados no quadro 02. Sobressaiu-se, tanto qualitativamente quanto quantitativamente, a avifauna, que é indicadora de qualidade ambiental.
Em relação à ictiofauna, somente foi relatada a presença de piaba (Astyamax sp), a qual não pode ser avistada devida à lâmina d’água variar de 20 a 30 cm, por causa do período seco, nos locais visitados. Não foi observada qualquer espécie animal em extinção.
	
	
	
	Nome
	Classe
	Ordem
	Família
	Científico
	Comum
	Aves
	Passeriformes
	Fringilidae
	Zonotrichia capensis
	Tico-tico
	
	
	Icteridae
	Gnorimopsar chopi
	Pássaro-preto
	
	
	Tyrannidae
	Pitangus sulphuratus
	Bem-te-vi
	
	
	Turdidae
	Turdus rufinentris
	Sábia
	
	
	Hirudinidae
	Progne tapera tapera
	Andorinha
	
	
	Furnariidae
	Furnarius rufus
	João-de-barro
	
	Strigiformes
	Strigidae
	Speotylo cunilaria
	Coruja buraqueira
	
	Psicatiformes
	Psittacidade
	Arantinga solstilialis
	Jandaia
	
	Columbiformes
	Columbidae
	Colulcina talpacoti
	Rolinha
	
	Tinamiforme
	Tinamidae
	Crypturellus undulatus
	Jaó
	Mamíferos
	Marsupialia
	Dasypodidae
	Euphractus rexcintus
	Tatu
	Peixe
	
	
	Astyamax sp.
	Piaba
	Insecta
	Isoptera
	
	(*)
	Formigas
	
	Hymenoptera
	
	(*)
	Mosquito
	
	
	Papilionidae
	Papilio macahon
	borboleta
(*) Diversos gêneros
14.3 Situação atual da área de exploração
Do ponto de vista geral, a área apresenta aspectos pouco positivos no que se refere à sua condição ambiental, haja vista que a vegetação local encontra-se em considerável estado de degradação, em virtude de formação de pastagens. Entretanto, na faixa de APP podemos considerar como satisfatória o atual estágio de conservação, uma vez que a mesma possui, ao longo da poligonal requerida, cerca de 30 metros de largura exigida por Lei.
15. Aspectos físicos
15.1 Geologia
Regionalmente a área considerada insere-se no contexto geológico da bacia Sedimentar do Paraná, cuja estratigrafia, nesta porção, é representada da base para o topo pelas Formações Palermo, Irati e Corumbatai, seguido pelos derrames básicos da Formação Serra Geral os quais intercalam-se em sua base com os arenitos da Formação Botucatu. O contato superior se dá com arenitos do Grupo Bauru de maneira discordante.
Por tratar-se de borda de bacia, é comum as rochas da Formação Serra Geral repousarem discordantemente sobre rochas Proterozóicas do embasamento.
O substrato geológico local é composto predominantemente por rochas da Formação Serra geral, correspondendo a derrames basálticos, de composição toleítica que se sobrepõem discordantemente as rochas do embasamento.
Os basaltos dessa região caracterizam-se por um aspecto maciço, coloração cinza-escura, granulação fina a média, por vezes afanítica. As disjunções colunares são estruturas comuns de seus afloramentos.
A espessura dos derrames no estado de Goiás é da ordem de 100 metros, dificilmente ultrapassando 150 metros. Segundo informação da PETROBRAS, a maior espessura dos derrames no estado encontra-se na região de Itajaí, onde atinge 400 metros.
A relativa delgacidade dos derrames nesta porção explica-se pelo fato de tratar-se de borda de bacia, uma vez que em São Paulo e nos estados do sul, pontos mais centrais de sedimentação, os derrames atingem até 1500 metros de profundidade.
Diques e sills de deabásio são registrados em toda a bacia, no entanto não foram ainda observados nesta área.
Lineamentos regionais com direções predominantes NE-SW e NW-SE verticais a sub-horizontais recortam os basaltos, tornando-se pontos de fraqueza ao intemperismo.
Aluviões Pleistocênicos: Estes aluviões são oriundas de antigos leitos e terraços de drenagens, e fazem parte da planície de inundação de praticamente todos os corpos hídricos da região. Só são individualizados em áreas bem definidas, isto porque seus contatos com os aluviões do Quaternário são difíceis de serem identificados no campo. Ocorrem em toda porção da área que se pretende licenciar. São constituídos por areia e cascalho, subordinadamente silte, argila e cascalho.
15.2 Pedologia
Os basaltos são facilmente intemperizados devido ao caráter básico de sua composição e a sua granulometria mais fina o que, aliado ao clima e ao relevo, resulta na formação de latasolos roxos, argilosos e caracteristicamente magnéticos.
A espessura do perfil intempérico varia de acordo com a posição no relevo, sendo maior nas porções superiores e menos desenvolvidas nas encostas, onde se podem observar não raramente, blocos de basalto mais preservados em meio ao solo.
As partículas argilosas e silticas desses latos solos apresentam alto grau de floculação o que resulta numa baixa susceptibilidade à erosão.
15.3 Geomorfologia
Geomorfologicamente a área integra o Planalto Setentrional da Bacia do Paraná, com formas tabulares, topografiaplana e suavemente ondulada com amplos interflúvios.
A amplitude da altitude varia entre 650 – 1000 metros no compartimento mais elevado, onde situa-se a área requerida e, entre 350 e 650 metros na porção mais rebaixada.
A rede de drenagens local compõe a micro bacia do Rio Verdinho afluente do Rio Verdão que, integra numa escala mais regional a bacia hidrográfica do Rio Paranaíba.
A vegetação nativa foi substituída em sua maior parte, pela agricultura, sendo preservada apensa nas margens das drenagens, compondo a mata ciliar.
15.4 Hidrologia
Geralmente a rede de drenagem da região é constituída por cursos d’água de médio a grande porte, sendo seus cursos controlado em parte por feições estruturais - geológica. Os principais rios e ribeirões fazem parte da micro bacia do Rio Verdão, a principal da área, que por sua vez, pertence à bacia do Rio Paranaíba.
A rede de drenagens local compõe a micro bacia do Rio Verdão que, integra numa escala mais regional a bacia hidrográfica do Rio Paranaíba.
A vegetação nativa foi substituída em sua parte, pela agricultura, sendo preservada apenas nas margens das drenagens, compondo a mata ciliar.
16. Correlação atividade x meio ambiente
Toda e qualquer atividade mineraria irá provocar intervenções nos componentes ambientais. É possível diagnosticar vários impactos ambientais para atividades minerarias, distribuídos entre as etapas de implantação, operação e desativação. A seguir serão listados os principais impactos tantos os positivos quantos os negativos oriundos da atividade mineraria.
16.1 Impactos positivos
Dentre os impactos positivos podemos destacar: criação de empregos; dinamização do setor comercial; diminuição do assoreamento dos cursos d’água; aumento de receitas através de tributos, impostos, entre outros.
16.2 Impactos negativos
Dentre os impactos negativos podemos destacar: depreciação da qualidade do ar em virtude de lançamento de gases e de partículas sólidas; aumento da concentração de partículas em suspensão (turbidez) no curso d’água; contaminação da água em virtude de derramamentos de óleos e graxas; alteração da calha original do curso d’água; depreciação da qualidade do solo em virtude da abertura das caixas de retenção a trafego de veículos; incidência de processos erosivos; estresse da faunasilvesre e aquática em virtude de funcionamento de equipamentos; impacto visual, associado à instalação das estruturas; riscos de acidentes de trabalha, entre outras. 
16.3 Transporte do minério
O trafego de caminhões na estrada que dá acesso ao local onde será desenvolvida a atividade emitirá poeiras fugitivas.
Ocorrerá uma possível compactação do solo no local destinado a carregamento e manobra dos caminhões. Na época em que se dará a re-vegetação desta área, o solo descompactado.
16.4 Avaliação da capacidade de assimilação dos componentes ambientais
A adoção de técnicas rudimentares de extração e a falta de planejamento que norteiam um empreendimento desta natureza podem gerar impactos ao meio ambiente. Para minimizar a fadiga causada a esse meio será adotando um turno de trabalho que se desenvolvem em media 8 horas/dia, o que facilitará a recuperação natural devida à resistência natural da área.
Por outro lado à extração de areia aluvionar torna-se uma atividade benéfica sob o aspecto do escoamento das águas, na medida em que ajuda a limpar e desasorear a calha do Córrego Grande.
Mesmo adotando-se um turno de trabalho preestabelecido, e levando em consideração a resistência natural da área suportando as atividades propostas, deve-se levar em consideração a adoção de técnicas visando o controle de eventuais danos causados ao meio ambiente, tais como:
- O estágio de degradação em que se encontra a área requerida foi ocasionada pelo uso inadequado do solo e substituição da vegetação nativa por pastagens, sem a preocupação de preservar os recursos naturais, o que propiciou um agravamento nos processos erosivos e consequentemente o assoreamento do manancial envolvido na atividade.
- A dragagem de areia dentro da área requerida, é uma prática aceitável desde que conduzida de forma racional e atendendo aos planos contidos neste relatório, uma vez que a atividade em si beneficia o curso d’água, melhorando o escoamento na medida em que a calha do manancial for sendo desobstruída do excesso dos sedimentos que se acumulam após cada período chuvoso.
Ressalta-se aqui que a atividade requer a adoção de técnicas que visem o controle de eventuais danos ambientais, tais como: dragagem estritamente exclusiva na calha do rio, suprimir a vegetação das margens somente nos locais onde a mesma esteja menos densa e necessários para construção de vias de acesso e deposito do minério e controlar o processo erosivo através de re-vegetação com espécimes nativas. No item PCA a seguir serão mostradas as medidas a serem adotadas no intuito de minimizar aqueles impactos negativos verificados em virtude da atividade mineraria.
Plano de Controle Ambiental
Requerente: Kade Engenharia e Construção LTDA
DNPM n°: 861.078/2007
Como fora citado anteriormente, a realização da dragagem de areia do leito do manancial poderá provocar danos ambientais variados. Por esse motivo, torna-se necessário e de fundamental importância à adoção de medidas mitigatórias por parte do empreendedor. 
Objetivando minimizar estes impactos apresentamos neste PCA as medidas de controle sobre os danos ambientais provocados pela atividade.
1. Poluição hídrica
A poluição hídrica por dragagem de sedimentos ativos poderá ser ocasionada pelos seguintes fatores: esgoto sanitário, incremento de turbidez e contaminação por óleos e graxas.
A operação de extração de areia em leito de rio envolve a sucção e recalque de uma mistura de argila, silte, areia, cascalho, matéria orgânica e água, tecnicamente denominada de polpa, na qual a relação sólidos/líquidos varia em função do equipamento utilizado e das condições locais exigidas para a recuperação do minério.
Em qualquer dessas situações a operação é caracterizada pela geração de uma fração líquida com porcentagens variáveis de finos (argila/silte). Como no caso do empreendimento esse tipo de efluente é descartado diretamente no rio, a geração de turbidez (sólidos suspensos) e possibilidade de assoreamento do leito são fatores que modificam negativamente a qualidade do manancial à jusante da lavra, convém ressaltar que devido as características do aluvião as frações silte e argila são muito pequenas. 
Como medida mitigadora sugere-se a construção de canaletas de condução e decantação do efluente.
Manutenção de máquinas com coletores de óleos, graxas e detergentes em recipientes próprios. Construção de privada higiênica e aterro sanitário que deverão ser instalados a uma distância mínima de 100 m (metros) do leito do rio.
Visando evitar possíveis alterações no curso (calha) natural do manancial, é de fundamental importância que a extração ocorra estritamente no leito do manancial, sendo vedada qualquer tipo de dragagem nos taludes, pois além de provocar alterações no curso, aceleraria formação de processos erosivos e desestabilização dos taludes.
1.1 Esgotos Sanitários
No caso dos esgotos sanitários que serão gerados pelos funcionários envolvidos na atividade, o empreendedor adotará como medida a construção de fossa seca, segundo critérios da NBR 7229. Sua localização deverá distar no mínimo 100 metros do corpo hídrico mais próximo e pelo menos 50 metros de qualquer ponto de abastecimento (p.ex. poços), o qual deverá estar sempre numa cota superior à da fossa. 
A fossa deverá ser instalada em local não sujeito a inundação provocadas pelo manancial.
1.2 Incremento da turbidez e formação de processos erosivos
A água bombeada juntamente com a areia retorna ao manancial com velocidade, o que pode acelerar o processo erosivo e aumentar a turgidez da água do rio, uma vez que essa água conterá a presença de silte.
Adotar-se-á então como medida mitigatória a construção de uma pequena bacia de decantação onde a água de dragagemserá direcionada após a areia ser depositada nas caixas de retenção, esta caixa terá dimensões de 1,0 x 1,0 x 1,00 metro. Após passar pela bacia de decantação, esta água irá retornar ao manancial através de tubos de PVC de 200 mm ou placas de zinco removíveis. A adoção dessas medidas, além de minimizar a turbidez do corpo hídrico, irá evitar a formação de possíveis processos erosivos nos taludes, pois o descarte dessa água ocorrerá no leito do rio.
Devemos aqui ressaltar que o Córrego Grande possui taludes areno-argiloso, suvizados, sofrendo pouca influência da força d’água para sua desestabilização, e com presença de mata ciliar, o que o torna bem mais seguro quanto a possíveis formações de processos erosivos.
Deverão ser feitas curvas de nível a cada 80 metros nos locais onde o solo será descompactado, esta medida visa diminuir das águas da chuva, evitando possíveis erosões antes da área ser revegetada, bem como redirecionar a água de chuva para locais menos propícios á formação de erosão, em especial nos taludes quês e encontram desprovidos de cobertura vegetal.
1.3 Óleos, graxas e ar
Para evitar que possíveis vazamentos de óleos e graxas do equipamento de dragagem possam atingir o manancial, sempre que for realizar a troca dos mesmos, será colocada uma bandeja de forma retangular sob o cárter do motor. Havendo vazamentos, estes poluentes ficarão retidos nesta bandeja para posteriormente serem acondicionados em recipientes adequados e transportados até o depósito de lixo municipal.
Após ocorrer operação o equipamento de dragagem deverá ser limpo utilizando-se de estopas.
1.3.2 Emissões de gases
O bico da bomba injetora do equipamento de dragagem irá eliminar gases oriundos da combustão interna em motor movido a diesel, a regulagem e manutenção periódica deste equipamento ajudarão a controlar os níveis de eliminação desses gases e também o nível de ruído liberado pelo equipamento.
As emissões oriundas dos equipamentos de transporte serão temporárias, uma vez que os caminhões permanecerão no local da atividade somente enquanto estiverem sendo carregados. Dentre estas emissões podemos destacar as seguintes:
a) Dióxido de Nitrogênio (NO2)
Gás de cheiro picante, que provoca forte irritação nos órgão respiratórios, em altas concentrações o dióxido de nitrogênio (NO2) destrói os tecidos pulmonares. Além isso pode causar distúrbios sangüíneos. É tóxico para os vegetais, possibilitando a redução da capacidade fotossintética.
b) Hidrocarbonetos (HC)
Estão contidos em alta concentração nos gases do cano de escape. Em presença do óxido nítrico e luz solar formam os chamados oxidantes, que são irritantes.
c) Monóxido de Carbono (CO)
Gás incolor, inodoro e insípido. Reduz a capacidade de assimilação de oxigênio pelo sangue, podendo provocar asfixia, no homem.
Além da emanação de gases essas operações são caracterizadas pela geração de ruídos desses motores, efeito acentuado nos motores das dragas devido a maior freqüência dessa operação.
Após o encerramento das atividades de extração e transporte do minério, essas fontes de poluição atmosférica terão desaparecido, não constituindo esse item fator crítico, devido ao volume em que ocorrem, frente às características do local do empreendimento (área suburbana, zona rural, baixa densidade demográfica, desenvolvimento ao ar livre, caráter intermitente da operação).
2. Poluição dos solos
Para fazer os terreiros para receberem a areia dragada, e pátios de armazenamento do material explorado, serão utilizados áreas sem vegetação, não sendo preciso fazer a retirada da vegetação nas áreas destinadas. Mesmo assim, será respeitada uma distância de 60 m em relação ao barrando do rio, pois possui uma pequena faixa de varjão minimizando ao máximo a degradação na área, e respeitando a área de APP.
Outra possível fonte de contaminação de solos deve-se à má condução de vasilhames de óleos, graxas e combustíveis, poderão ocorrer derramamentos dos mesmos sobre o solo. Caso isso venha a acorrer, o local atingido será raspado, retirando-se o solo contaminado, e este será acondicionado em sacos de polietileno e depositado na vala de lixo peridomiciliar, que será descrita mais adiante.
Durante toda a vida do empreendimento deverá haver um monitoramento dos solos para que processos erosivos sejam evitados. Os locais mais susceptíveis estão nas margens do rio, onde apresentam textura bastante friável e já sofreram ação antrópica através da alteração da cobertura vegetal, e estão sujeitos a variações de vazão do rio.
Após o abandono da área algumas medidas deverão ser implantadas no sentido da recuperação dos solos para que posteriormente possa ser efetuado o processo de revegetação dos mesmos.
O solo compactado pelo tráfego de caminhões pesados será descompactado com o auxilio de uma grade de arado.
3. Revegetação
Em vista de sua importância as matas ciliares são consideradas por lei áreas de preservação permanente. Nos locais de estudo elas correspondem a cerca de 30m de largura das margens do varjão na maior parte de toda a área, sendo as partes danificadas recuperadas no encerramento das atividades de extração de areia.
No caso em que há mata preservada em quase toda extensão do curso d’água, a melhor maneira é valer-se da regeneração natural. Para valer-se da regeneração natural, a primeira medida é cercar o local a ser regenerado naturalmente, para impedir a entrada de animais e evitar depredações. Em seguida deve-se tampar o local utilizado para armazenar areia com uma camada de esterco e terra retirada da superfície da mata.
Após estas providências deve-se esperar que cada grupo ecológico cumpra o seu papel. Após o primeiro ano fazer uma avaliação e caso necessário um enriquecimento vegetacional com o plantio de espécies não pioneiras. 
Na atividade em questão, torna-se indispensável à adoção de medidas de recuperação da área nos períodos de implantação, operação e desativação, em especial no que se refere à proteção dos taludes desprovidos de cobertura vegetacional. Como medidas a serem adotadas durante o processo de lavra da areia e cascalho, podemos recomendar as seguintes:
3.1 Escolha das espécies
As mudas poderão ser adquiridas em viveiros da região. Algumas espécies não pioneiras que poderão ser utilizadas são:
	Nome Comum
	Nome Científico
	Angelim
	Andira anthelmia
	Araçá piranga, goiabão
	Eugenia leitonii
	Cambucá
	Marilerea edulis
	Canela-ferrugem
	Nectandra rigida
	Monguba
	Pachira aquática
	Abiu-piloso
	Pouteria torta
	Araçá
	Psidium cattleianum
	Ipê amarelo
	Tabebuia caraiba
	Angico vermelho
	Anadenanthera peregrina
	Peroba rosa
	Aspidosperma polyneuron
	Jatobá
	Hymenaea courbaril
	Ingá
	Inga sp.
	Jacarandá mineiro
	Machaerium villosum
	Bracatinga
	Mimosa scabrella
	Óleo bálsamo
	Myroxilum balsamum
	Pau-de-óleo
	Copaifera langsdorffii
	Angico amarelo
	Peltophorum dubium
	Ipê
	Tabebuia sp
3.2 Abertura das covas
A abertura das covas deverá ser manual. As dimensões são 60 x 60 x 60 cm e deverá ser precedida de limpeza, através de capina, de 50 cm de raio em torno da cova. Ao cavar, separar os primeiros 30 cm de solo da superfície de um lado e os 30 cm além desta profundidade do outro lado. No momento do plantio deve-se colocar primeiro a solo de cima e por último o solo de baixo.
3.3 Adubação
A adubação deverá ser feita com adubo químico e mistura orgânica, preferencialmente esterco bovino ou de aves. A matéria orgânica deve ser misturada 50 a 60 dias antes do plantio. De 15 a 20 dias antes do plantio adicionar calcário dolomítico juntamente com o adubo químico. Com essa mistura fazer o enchimento da cova. No caso de esterco de aves usar 10 kg, ou 30 kg ser for esterco bovino. Usar 0,5 a 1 kg de calcário por cova e 150 g da fórmula 5-25-15.
3.3.1 Época de plantio
A época de plantio é no início do período chuvoso, de outubro a dezembro, em dias chuvosos ou nublados para facilitar o pegamento. Após o plantio é aconselhável fazer o amarrio da muda em uma estaca para facilitar a condução da planta.
3.3.2 Métodos deplantio
O plantio poderá ser feito aleatoriamente ou em sucessão. No caso de plantio aleatório as espécies são plantadas sem critérios biológicos nem cronológicos.
Neste caso o índice de perda é alto, entre 40 a 50% de mortalidade de muda, e a floresta demora o dobro do tempo para se fechar. É recomendado para locais onde há facilidade na aquisição de mudas e dificuldades com mão de obra.
No caso de plantio em sucessão são estabelecidos 3 estágios. No primeiro ano são plantadas as plantas pioneiras, espécies helíofilas, de desenvolvimento rápido e que gostam de bastante sol. Passados 12 a 18 meses são introduzidas as secundárias, cuja função é fechar as clareiras. Sombreada a área, viriam às árvores clímax, as umbrófilas, que juntamente com as secundárias tardias dariam estrutura definitiva à mata. O plantio é feito em módulos, formando quadriláteros, com uma árvore clímax no centro e as pioneiras e secundárias nas laterais, também no espaçamento 3 x 3 m.
A preferência deve ser dada a este sistema, que simula os estágios naturais de surgimento de florestas.
Tendo como objetivo acelerar o processo de revegetação das matas do manancial, deverá ser feito um plantio de espécies nativas nos locais que foram degradados.
As espécies selecionadas deverão ser nativas da região, úteis à fauna local, adaptadas ao meio em capazes de recompor a paisagem natural.
A matéria orgânica (gravetos e folhas) separada na peneira e estocada será utilizada para recomposição do solo nesta etapa.
	P
	3,0 m
	C
	
	S
	
	P
	
	C
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	3,0 m
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	S
	
	P
	
	C
	
	S
	
	P
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	C
	
	S
	
	P
	
	C
	
	S
· Ao serem plantadas as mudas deverão ter pelo menos 25 cm de altura.
· Proteger as áreas da entrada de animais domésticos através de cercas.
· Fazer o replantio quando necessário.
3.3.3 Manutenção
A manutenção consistirá no controle de espécies invasoras, que será feito com a utilização de foices e de pragas como a saúva. No mês de fevereiro será realizada uma adubação de cobertura utilizando-se 0,5 Kg da fórmula 10-10-10 e de 2 em 2 anos 10 Kg de esterco. Quando necessário, será realizado o estaqueamento e coroamento das mudas.
3.4 Monitoramento
As medidas de controle ambiental proposta terão acompanhamento contínuo visando avaliar a resposta daquelas aqui assumidas bem como a inserção de novas tecnologias de proteção ambiental que certamente surgirão no período previsto de vida útil para o empreendimento.
Tendo como objetivo acelerar o processo de revegetação das matas do manancial, deverá ser feito um plantio de espécies nativas nos locais que foram degradados.
As espécies selecionadas deverão ser nativas da região, úteis à fauna local, adaptadas ao meio e capazes de recompor a paisagem natural.
A matéria orgânica (gravetos e folhas) separada na peneira e estocada será utilizada para recomposição do solo nesta etapa.
Como medida de manutenção para a revegetação o empreendedor deverá manter a área roçada até que as espécies plantadas se estabeleçam. Manter aceiros e controlar possíveis incêndios na área revegetada. E por fim, manter a área cercada, cuidando para que animais domésticos (bovinos e eqüinos) não adentrem nela.
Dentre as espécies mais utilizadas, segue uma lista para orientação na seleção das mesmas. São espécies pioneiras, secundárias e clímax que, segundo estudos anterior apresentam resultados positivos quanto ao seu estabelecimento uma mesma etapa de plantio - quadro abaixo.
	Nome Comum
	Nome Científico
	Mutamba
	Guazuma ulmifolia
	Ingá metro
	Ingá sp.
	Madeira nova
	Pterogynenitens
	Tamboril
	Enterolobium cortisiliqum
	Jacarandá de espinho
	Platypodim elegans
	Guatambu da folha larga
	Aspidosperma parvifolim
	Guatambu da folha miúda
	Aspidosperma subicanum
	Pau formiga
	Triplaris brasiliana
	Ipê rosa
	Tabebuia sp.
	Ipê roxo
	T. impetiginosa
	Ipê amarelo
	T. serratifolia
	Jenipapo
	Genipa americana
	Paineira
	Chorisia speciosa
	Monjoleira
	Piptadenia fonacantha
	Maria preta
	Terminalia sp.
	Vinhático
	Plathymenia foliosa
Ao final da extração o empreendedor deverá fazer a regularização topográfica do fundo e das encostas das caixas. A encosta deverá ter uma inclinação máxima de 15% desde o topo até o fundo, evitando futuros desbarrancamentos. A proposta de recuperação da área lavrada pode ser vista a seguir.
4. Poluição atmosférica
O principal fator que poderá ocasionar poluição atmosférica é oriundo da queima de combustível (diesel) do motor dos caminhões e gás do motor da draga, uma vez que ocorrerá a produção de CO2 e carbonetos. Para minimizar o lançamento desses poluentes, os equipamentos de dragagem e transporte receberão manutenção periódica.
As poeiras fugitivas oriundas da movimentação de equipamentos de transporte serão temporárias e ficarão restritas ao local do empreendimento e vias de acesso.
5. Recomendações de ordem geral
Para minimizar os impactos negativos que as atividades minerais, de modo geral causam, medidas adicionais deverão ser adotadas neste empreendimento, tais como:
· Utilizar, para o estacionamento dos caminhões, locais onde a mata ciliar esteja menos densa;
· Realizar dragagem de areia exclusivamente na caixa do rio, de forma a garantir uma maior estabilização dos taludes do corpo hídrico;
· Fazer a manutenção preventiva dos equipamentos utilizados de acordo com o manual do fabricante, a fim de minimizar vazamentos, emissões de gases e a poluição sonora;
· Construir estradas de acesso ao local de carregamento obedecendo à topografia da região e respeitando a vegetação local. As estradas só deverão ser direcionadas para mata ciliar onde forem instaladas as áreas de dragagem (terreiros) e de sentido perpendicular à mata ciliar;
· Vias paralelas ao leito do rio deverão ter afastamento mínimo de 50 metros da crista do talude;
· A mata ciliar só deverá ser retirada na construção do acesso no ponto exato de carregamento.
· Os locais destinados ao acesso dos caminhões de areia deverão estar afastados da crista do talude 35 metros, de modo que os resíduos retidos na peneira possam ser removidos e não lançados de volta ao leito do rio;
· Os espaços entre os locais para acesso dos caminhões deverão permanecer em repouso e receber o preparo adequado para receber o plantio de mudas de espécies indicadas neste Plano de Controle Ambiental (PCA);
· As saídas dos locais onde os caminhões receberão a areai dragada deverão ser protegidas com barreiras de tábuas ou chapas de zinco, para direcionar a água de retorno para o interior da tubulação que a levará de volta ao manancial, após passar pela bacia de clarificação;
6. Cronograma de Implantação/Operação
	Semestre
	1º
	2 º
	3º
	4º
	Atividade (licenciamento)
	x
	x
	x
	x
	Fossa seca
	x
	
	
	
	Caixa coletora de óleo do motor
	x
	
	
	
	Bacia de clarificação
	x
	x
	x
	x
	Caixas de areia
	x
	x
	x
	x
	Sistema de água de retorno
	x
	x
	x
	x
	Vala para lixo
	x
	
	
	
	Regulagem de motores
	x
	
	
	
	Revegetação
	
	
	
	
Depois de vencida a licença de 02 anos o empreendedor pretende renovar a licença de funcionamento, para tanto será apresentado novo cronograma para o período de mais dois anos e relatório descrevendo todas as atividades no período.
7. Bibliografia
Geologia e Recursos Minerais do Estado de Goiás e Distrito Federal – CPRM/SMET-GO/METAGO/UNG – 1999
Projeto Radam Brasil, Volume 31 – Ministério das Minas e Energia – 1983
DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral. Coletânea de trabalhos técnicos sobre controle ambiental na mineração. Brasília, 376p, 1985.
Lorenzi, Harri: Árvores Brasileiras. Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. Nova Odessa/SP, 1992.
ABGE – Associação Brasileira de Geologia de Engenharia – IPT: Curso de Geologia Aplicada ao Meio Ambiente.
8. Técnicos Responsáveis
	Leandro Vieira de Oliveira
	
	Crismária Alves Veloso da Silva
	Engenheiro Agrônomo
	
	Engenheira de Minas
	CREA GO 12.735/D
	
	CREA GO 4.310/D

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