Agrotóxicos na Cultura do Trigo

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Professor: Dr. Diogo Gontijo Borges
Grupo IX: Fabricio F. Tavares, Eduardo Donizetti Araujo Ruas, Danilo J. Bernardo e Gabriel Henrique N. Csizmar
QUÍMICA APLICADA
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 O trigo é um dos cereais mais consumidos do mundo, junto com o milho e o arroz, situação que torna esse alimento um ingrediente básico na mesa de várias famílias de diversos países.
 Por aqui no Brasil, o trigo é um alimento extremamente popular. Ele está presente nos nossos pães, massas e até em bebidas, como a cerveja. Por isso, sua produção é tão importante para o mercado alimentício brasileiro.
TRIGO
 Os agrotóxicos são produtos químicos, utilizados na agricultura atual, como medida interventiva com o fim de matar e impedir que insetos, ácaros, roedores e fungos se proliferem, evitando, assim, danos às plantações. Existem, ainda, outras categorias de agrotóxicos, entre os quais pode-se mencionar os fertilizantes sintéticos, os hormônios, os reguladores de crescimento, os dessecantes e os desfolhantes. Por serem produtos tóxicos, sua aplicação compromete não só os alimentos, como também da água e do solo
AGROTÓXICOS
AGROTÓXICOS MAIS USADOS NA CULTURA DO TRIGO
 HERBICIDAS
É um produto químico utilizado na agricultura para o controle de ervas classificadas como daninhas. Os herbicidas constituem um tipo de pesticidas. As vantagens da utilização deste produto é a rapidez de ação, custo reduzido, efeito residual e não revolvimento do solo. Os problemas decorrentes da utilização de herbicidas são a contaminação  ambiental e o surgimento de ervas resistentes;
São usados na fase pré/ pós emergentes e na fase de desecagem da cultura do trigo para colheita, mesmo não sendo indicado;
Veremos agora os principais herbicidas usados na cultura do trigo.
Pendimethalin
Classe Agronômica: Herbicida, Bacteriostático
Toxicológica: 1 - Produto Extremamente Tóxico
Ambiental: II - Produto muito perigoso
É um herbicida da classe dinitroanilina usado em aplicações de pré e pós-emergência para controlar gramíneas anuais e certas ervas daninhas de folhas largas . Inibe a divisão celular e o alongamento celular.
Ácido diclorofenoxiacético 2,4-D
Classe Agronômica: Herbicida
Toxicológica: 4 - Produto Pouco Tóxico
Ambiental: III - Produto perigoso
 O 2,4-D vem sendo utilizado no controle seletivo de ervas daninhas, principalmente em pastagens, pois, nesta situação,controla dicotiledôneas, preservando as monocotiledôneas. Sua ação nas plantas mimetiza os hormônios vegetais conhecidos como auxinas.
Glifosato
Classe Agronômica: Herbicida
Toxicológica: 5 - Produto Improvável de Causar Dano Agudo
Ambiental: III - Produto perigoso
 É um herbicida sistêmico de amplo espectro e dessecante de culturas. É usado para matar ervas daninhas, especialmente as folhosas perenes e gramíneas que competem com as culturas. Suas propriedades herbicidas foram descobertas por volta de 1970, pelo químico John E. Franz, da Monsanto. A Monsanto lançou o glifosato no mercado em 1974, sob o nome comercial Roundup, também conhecido no Brasil como Mata-Mato. A patente do glifosato expirou em 2000, e atualmente o produto é vendido por vários fabricantes. Nos EUA, mais de 750 produtos contêm a substância, que é o agrotóxico mais usado no mundo.
DANOS
Ambiental: Os herbicidas no solo sofrem lixiviação, e assim chegam até o lençol freático e contaminam minas que levam água potável ao ser humano. Residuos de 2,4-D são muito encontrados em amostras de águas;
 A degradação do solo por herbicidas também é um problema, interferido nas fases químicas do solo.
Saúde: Foi demonstrado que a exposição ao pendimetalina aumenta substancialmente o risco de desenvolver câncer de pâncreas , [ uma das formas mais letais de câncer. Um estudo publicado no International Journal of Cancer revelou um aumento de três vezes entre os aplicadores na metade da vida útil do herbicida;
Organização Mundial de Saúde (OMS) atribuir à classificação da substância mais um grau de risco. Em ratos, foi identificada “prova suficiente” da relação entre a exposição ao glifosato e o desenvolvimento de tumores no sistema urinário, no pâncreas e na pele.
 
FUNGICIDAS
 
 É um pesticida que destrói ou inibe a ação dos fungos que geralmente atacam as plantas. A utilização de fungicidas sintéticos é muito comum na agricultura convencional, e representa um sério risco ao homem e ao meio-ambiente, por se tratar de um produto muito tóxico e perigoso. No caso da agricultura alternativa, mais conhecida como agricultura orgânica, o controle dos fungos é realizado com produtos naturais e com técnicas de manejo alternativas.
 
Iprodiona
Classe Agrônomica: Fungicida
Toxicológica: 5- Produto improvável de causar dano agudo
Ambiental: III-Produto muito perigoso
É usado para combater a mancha-marrom, doença que causa grandes danos na cultura do trigo
Tetraconazol
Classe Agronômica: Fungicida
Toxicológica: III – Medianamente tóxico
Ambiental: Perigoso ao Meio Ambiente (Classe III) 
 Fungicida usado para o controle da ferrugem-da-folha no Trigo.
DANOS
Ambiental: Os fungicidas atingem insetos e bactérias que são benéficas para a agricultura, como é o caso da Iprodiona que combate a mancha-marrom no Trigo, porém pesquisas mostram que o mesmo têm prejudicado alguns insetos, como a abelha que é fundamental na polinização das flores;
 Saúde: Os fungicidas também podem causar problemas pulmonares para quem tem contato com a pulverização
INSETICIDAS
 São substâncias usadas para matar insetos, incluindo ovos e larvas de insetos. Os inseticidas são usados na agricultura, na medicina, na indústria e por consumidores residenciais
Fipronil
Classe Agronômica: Inseticida
Toxicologico: I – Extremamete Tóxico 
Ambiental :II - Produto Muito Perigoso ao Meio Ambiete
É um inseticida de amplo espectro que danifica o sistema nervoso central do inseto ao bloquear a passagem de íons de cloro através dos receptores GABA e dos canais de glutamato-cloro (GluCl), componentes do sistema nervoso central. Isso causa a super-excitação dos músculos e nervos dos insetos contaminados, levando-os a morte. 
Pirimifós-metílico
Classe Agronômica: Inseticida, Bacteriostático
Toxicológica: 3 - Produto Moderadamente Tóxico
Ambiental: II - Produto muito perigoso
 É um fosforotioato usado como inseticida . Foi originalmente desenvolvido pela Imperial Chemical Industries Ltd., atualmente Syngenta , no local de Jealott's Hill e comercializado pela primeira vez em 1977, dez anos após sua descoberta.
DANOS
 Ambiental: Como alguns fungicidas, os inseticidas também atingem as abelhas e outros seres benéficos. 
 Saúde: tosse, problemas cardíacos e dificuldades de respiração.
 Medidas Metigatórias
 Pesquisas mostram que o solo com maior teor de matéria orgânico consegue degradar mais rápido os resíduos deixados nos solos pelo os agrotóxicos,isso é possível devido ao maior número de microorganismos. Sendo assim deve-se implementar sistemas de cultivos conservacionistas como por exemplo SPD, que tem o menor envolvimento do solo e preserva a MO.
 Outras opções para diminuir o uso de agrotóxicos:
 Controle biológico
 Manejo Integrado de Pragas e doenças
Preservação das matas ciliares 
Preservação dos recursos hídricos 
Uso correto e seguro dos produtos fitossanitários 
Adquirir produtos apenas sob receituário agronômico 
Usar as doses recomendadas na rotulagem 
Respeitar os períodos de carência (intervalo de segurança) 
Utilizar os equipamentos de proteção individual 
Calibrar adequadamente os equipamentos aplicadores 
Descartar adequadamente as embalagens vazias.
CONCLUSÃO
 Sem dúvida a consciência ambiental vem impregnando a sociedade. No entanto, é evidente a carência de informações técnicas a respeito do uso de agrotóxicos, principalmente quando diz respeito à formação de profissionais agrícolas. O primeiro problema a ser solucionado quanto ao uso de defensivos agrícolas no Brasil está na utilização. De nada adiantam um registroperfeito, estudos toxicológicos e de resíduos impecáveis se no momento da aplicação, não são obedecidas as prescrições necessárias e obrigatórias. É importante que os agricultores saibam que estão lidando com produtos tóxicos e que estes podem deixar resíduos perigosos nos alimentos, prejudicar a terra e, se arrastados pela erosão, causar danos aos mananciais, à flora e à fauna. Além disso, eles mesmos estão sujeitos a intoxicações.