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Roteiro de Aula Prática – Parasitologia Médica 
 
1 
 
 
Introdução aos principais métodos de análise laboratorial utilizados comumente para o diagnóstico 
de infecções parasitárias. Método de Hoffmann 
O procedimento mais comum realizado na área de parasitologia é o exame de amostra de 
fezes em busca de ovos e parasitos (abreviado como EPF), onde E se refere a Exame, P a 
Parasitológico e F a Fezes. 
Formas morfológicas de protozoários e helmintos podem ser detectadas em uma amostra 
de fezes coletada e preparada adequadamente. 
Como os parasitos são frequentemente eliminados de forma intermitente (i.e., primeiro 
eles alcançam o conteúdo intestinal e posteriormente são excretados nas fezes), eles podem não 
aparecer diariamente na amostra fecal. Portanto, recomenda-se a coleta de amostras fecais 
múltiplas para uma detecção mais segura. O protocolo de coleta fecal mais adotado consiste em 
três amostras coletadas em dias alternados ou um total de três amostras coletadas durante um 
período de 10 dias. 
As amostras de fezes devem ser coletadas em um recipiente limpo, à prova d´água, com 
tampa com boa vedação. A quantidade de fezes necessária para pesquisa de parasitos é de 2 a 5 g, 
o que equivale aproximadamente ao tamanho de uma noz. Não deve haver contaminação por 
urina, pois a mesma pode alterar algumas formas parasitárias. As fezes não devem ser coletadas da 
água do vaso sanitário, pois protozoários e nematódeos de vida livre podem ser confundidos com 
parasitos humanos. Além disso, a água pode causar alterações em algumas formas parasitárias, 
como ovos de esquistossomos e trofozoítos de amebas. 
O recipiente da amostra deve ser identificado com o nome do paciente e um número de 
identificação do laboratório, o nome do médico, a data e hora da coleta da amostra. A amostra 
deve ter uma requisição indicando os testes solicitados. Outras informações, como suspeita 
diagnóstica, histórico de viagens e achados clínicos, são úteis, mas geralmente não são fornecidos 
pelo médico solicitante. O frasco contendo a amostra deve ser colocado em um saco plástico com 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – CURSO DE MEDICINA 
LABORATÓRIO MULTIDISCIPLINAR –PARASITOLOGIA MÉDICA 
PARASITOLOGIA MÉDICA– UNIDADE 01 
DEFINIÇÃO 
CONTEÚDO 
Roteiro de Aula Prática – Parasitologia Médica 
 
2 
 
fechamento hermético para o transporte até o laboratório. Os documentos que acompanham a 
amostra devem ser separados do recipiente contendo a amostra, quando entregues no laboratório. 
Outra consideração importante na análise parasitológica de amostras fecais é o tempo 
entre a coleta e seu recebimento e exame no laboratório. Para verificar a motilidade de trofozoítos 
de protozoários é necessária uma amostra fresca. O estádio de trofozoíto é sensível a mudanças 
ambientais e, ao ser eliminado do corpo, se desintegra rapidamente. Em virtude do fato dos 
trofozoítos normalmente serem encontrados em fezes líquidas, recomenda-se que este tipo de 
amostra seja examinado dentro de 30 minutos após a evacuação. De acordo com sua consistência, 
amostras fecais semiformadas podem conter cistos e trofozoítos de protozoários e devem ser 
avaliadas dentro de uma hora após a evacuação. 
Outros estádios de parasitos (p. ex., cistos de protozoários, ovos e larvas de helmintos) não 
são tão sensíveis e podem sobreviver por períodos mais longos fora do hospedeiro. Amostras fecais 
formadas normalmente não contêm trofozoítos; portanto, elas podem aguardar até 24 horas após 
a coleta para serem analisadas. 
Caso estas regras não possam ser cumpridas, a amostra deve ser colocada em um 
conservante. A amostra pode ser preservada colocando-a diretamente em um conservante no 
momento da coleta ou após a entrega no laboratório. 
Conservantes e/ou fixadores são substâncias que preservam a morfologia de protozoários e 
previnem o posterior desenvolvimento de certos ovos e larvas de helmintos. 
Zeibig, Elizabeth. Parasitologia Clínica (p. 20). Elsevier Editora Ltda. Kindle Edition. 
 
Processamento da amostra: as amostras são examinadas sob duas perspectivas, a macroscópica e 
a microscópica. 
Macroscópica: A análise macroscópica permite detectar as características do material assim como a 
presença de parasitos adultos: Áscaris, Oxiúrios e anéis de Taenia. Além disto, permite a observação 
de fezes muco-sanguinolentas dos amebianos ou as fezes amareladas espumosas ou gordurosas de 
alguns indivíduos com giardíase. 
Microscópica: Busca de estruturas parasitárias de helmintos (ovos e/ou larvas), protozoários 
(cistos, trofozoítas e outras formas). 
 
 
 
 
TÉCNICA 
Roteiro de Aula Prática – Parasitologia Médica 
 
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Tabela 1. Exame Macroscópico de Amostras de Fezes: Termos Descritivos Usuais 
 
1. PREPARAÇÃO DIRETA A FRESCO. 
A principal finalidade de uma preparação direta a fresco (também conhecida como exame 
direto a fresco) é a detecção de trofozoítos móveis de protozoários. Consiste em preparar 
uma lâmina misturando-se uma pequena porção de fezes não fixadas (sem adição de 
conservantes) com salina ou lugol, examinando-a posteriormente ao microscópio. A 
motilidade de trofozoítos somente pode ser demonstrada em amostras frescas, 
especialmente aquelas de consistência líquida ou pastosa com solução salina. 
Preparação direta a fresco com salina é feita através da colocação de uma gota de salina a 
0,85% em uma lâmina de microscopia e homogeneização com uma pequena porção de fezes 
não fixada, utilizando um bastão de madeira ou outra ferramenta para homogeneização. 
Lamínula de 22mm2 é colocada sobre a preparação, sendo esta posteriormente examinada 
ao microscópio de maneira sistemática. Toda a extensão da lamínula deve ser examinada ao 
microscópio utilizando-se uma objetiva de menor aumento (10x), devendo-se usar um 
aumento maior apenas quando um objeto suspeito necessitar de maior detalhamento. 
Preparação direta a fresco com lugol pode ser feita para realçar detalhes de cistos de 
protozoários. 
2. MÉTODOS DE ENRIQUECIMENTO 
Os métodos geralmente utilizados podem ser classificados em métodos de concentração, 
flutuação. Os métodos de concentração ou sedimentação são aqueles em que se realiza 
uma diluição da amostra e posteriormente a concentração ou decantação da mesma e 
Roteiro de Aula Prática – Parasitologia Médica 
 
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permitem a evidencia de ovos, larvas e cistos; Trofozoítos não são encontrados pelo fato 
destes sofrerem lise durante os processos. Nos métodos de flutuação faz-se a diluição da 
amostra e utiliza-se um líquido de densidade superior à dos parasitos para que estes se 
concentrem na superfície da solução e assim melhorar a possibilidade de identificação de 
ovos leves; neste caso perde-se a possibilidade de evidenciar ovos mais pesados. 
 
MÉTODO DE HOFFMANN 
1. Finalidade: 
Pesquisa de ovos de helmintos nas fezes. 
 
2. Princípio: 
Método de enriquecimento através da sedimentação espontânea em suspensão de fezes em água. 
 
3. Procedimentos de realização: 
• Consiste em dissolver aproximadamente 2 a 4g de fezes em água de torneira no borrel, filtrar 
em gaze (dobrado em quatro) em cálice cônico. 
• Deixar decantar por 2 horas. 
• Com pipeta de Pasteur adquiri-se uma ou duas gotas do sedimento em uma lâmina, adiciona-
se uma gota de lugol forte, coloca-se lamínula e observa-se ao microscópio em objetiva de 
10 X, e confirmar com objetiva de 40 X. 
4. Cuidados especiais: 
• Verifique a voltagem do microscópio antes de instalar na rede. 
• Uso, indispensável, de EPIs (luvas, jaleco de manga comprida). 
• Nessa técnica também pode-se verificar a presença de cistos e larvas. 
 
- Amostra de fezes 
- Lâmina para microscopia 
- Lamínulas 
- Água de torneira 
- Solução salina 0,85% 
- Lugol em conta-gotas 
- Cálice de vidro 
- Espátula de madeira ou Bastão de vidro 
MATERIAIS NECESSÁRIOS 
Roteiro de Aula Prática – Parasitologia Médica 
 
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- Gaze hidrófila 
- Pipetasde 10mL 
- Microscópio 
- Luvas de procedimento 
- Sabonete, papel toalha, álcool 70% 
- Copo plástico ou Borrel de vidro 
 
1. Zeibig, Elizabeth. Parasitologia Clínica (p. 22). Elsevier Editora Ltda. Kindle Edition. 
2. NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 12. ed. São Paulo: Atheneu, 2012. 
3. 2. REY, Luís. Bases da parasitologia médica. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
ANEXOS:

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