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O Reconhecimento Autoral ao Longo da História

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Ética, Legislação e 
Propriedade Intelectual
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Ivan Ordonha Cechinel
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
O Reconhecimento Autoral ao Longo da História
• Autoria de Invenções e Documentos;
• Registro de Patente e Reconhecimento;
• Legislação Autoral no Brasil;
• Plataformas Digitais;
• Registro de Obras Editoriais.
• Observar o panorama histórico a respeito do registro autoral a fi m de compreender como 
foram construídas, ao longo da história, as diferentes formas de elaborar indícios de que 
algo foi criado por determinada pessoa;
• Analisar grandes discussões a respeito de direito autoral que envolveram grandes inven-
ções da humanidade.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
O Reconhecimento Autoral
ao Longo da História
UNIDADE O Reconhecimento Autoral ao Longo da História
Autoria de Invenções e Documentos
À medida que novas invenções acontecem na história da humanidade, surge 
também a necessidade de registro de autoria desses inventos e criações.
No período Renascentista (meados do século XIV até fim do século XVI), muitas 
invenções ganharam cena principalmente com grandes nomes como Leonardo Da 
Vinci (1452-1519).
Figura 1 – Historiadores acreditam que a bicicleta de madeira atribuída 
a Leonardo Da Vinci possa ter sido criada na verdade por um de seus assistentes
Fonte: Wikimedia Commons
Na Renascença, com a informação ganhando importância, começou a surgir a 
ideia de concessão de privilégio para alguns autores de publicação de obras consa-
gradas (como se fossem as editoras da época). 
Os selos (lacres) de cera utilizados para lacrar documentos importantes e sina-
lizar a autoria e procedência do documento proliferaram para outras partes do 
mundo em diferentes épocas.
Figura 2 – Lacre em uma carta com o brasão de armas 
da Família Fonseca Padilla, Jalisco, México
Fonte: Wikimedia Commons
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A lei do copyright foi sancionada na Grã Bretanha no início do século XVIII (1709), 
pela rainha Ana, e o primeiro registro é considerado o da Stationers Company.
A Stationers obteve, assim, o monopólio para publicação de livros na Inglaterra.
O Iluminismo e a produção intelectual
O Iluminismo (1650-1700) foi um movimento cultural da elite intelectual euro-
peia onde os autores passaram a ter consciência da importância de suas criações 
e contribuições intelectuais. Na época, ganhou força a atribuição dos nomes dos 
cientistas às doenças que estavam sendo descobertas. Iniciaram-se discussões sobre 
o monopólio do setor livreiro na França (1725) e o papel do editor nesse contexto 
e, com isso, o controle do rei sobre as publicações.
Surgiu, dessa forma, o Direito do Autor na França proposto por Louis D’Héricourt, 
advogado dos livreiros de Paris.
A discussão foi amadurecendo em 1777, e o estado francês aboliu o direito do 
editor passando para o autor o direito perpétuo da obra e que depois passaria para 
os herdeiros. A discussão sobre direitos começou a atingir outros contextos. 
O dramaturgo francês Beaumarchais incitou autores de peças de teatro a se or-
ganizarem em defesa de seus direitos explorados pelos organizadores de espetácu-
los. Através de decreto, em 1793, consagrou-se o direito exclusivo dos autores para 
execução de obra dramática – assim foi promulgada lei que estendeu essa proteção 
às obras literárias, garantindo exclusividade de publicação reprodução e venda.
Em 1970, nos EUA, foi promulgado o Federal Copyright Act, considerando que 
o autor detém direito sobre a obra e não mais o editor. Na Alemanha, foi já no sécu-
lo XIX que iniciaram os estudos de legislação sobre direito autoral, sendo determi-
nada proteção com validade internacional dos autores. Foram criados os “princípios 
da proteção jurídica (tratado da posse) pessoa – família – sociedade nação”, criado 
pelo jurista alemão Friedrich Von Davigny.
Na Bélgica, em 1877, o advogado Edmond Picard criou uma classificação para 
propriedade e direito intelectual. Esse modelo foi adotado não só na Bélgica, mas 
também em convenções internacionais. No mesmo ano, houve a convenção de 
Berna na Suíça, e depois de revisões em outros países ao longo do século XX.
O que se estabeleceu na convenção de Paris, em 1971, está em vigor até hoje. 
No Brasil, houve convenção no Rio de Janeiro em 1910.
A autoria no universo artístico – assinaturas
Desde o início das organizações sociais, o ser humano busca identificar manifes-
tações, visuais, escritas, faladas.
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UNIDADE O Reconhecimento Autoral ao Longo da História
Grande exemplo disso são as assinaturas dos pintores em suas obras. Procedi-
mento que se tornou costume na arte pictórica em que os pintores deixavam sua 
assinatura na obra criada. 
Figura 3 – Assinatura de Claude Monet
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 4 – Assinatura de Paul Gauguin
Fonte: Wikimedia Commons
Costume utilizado até os dias de hoje. Como exemplos historicamente mais 
recentes, podemos citar Mauricio de Souza e Walt Disney.
Figura 5 – Assinatura de Mauricio de Sousa
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 6 – Assinatura de Walt Disney
Fonte: Wikimedia Commons
Registro de Patente e Reconhecimento
Para exemplificar a questão do registro de patentes em grandes invenções, po-
demos citar a discussão que envolve uma das maiores invenções da humanidade e 
um brasileiro como seu inventor.
Alberto Santos Dumont, em 23 de outubro de 1906, voou 220 metros com o 
14 BIS.
Figura 7 – Alberto Santos Dumont em 1898
Fonte: Wikimedia Commons
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Figura 8 – Voo do 14 BIS na França em 12 de novembro de 1906
Fonte: Wikimedia Commons
Os irmãos Wright, norte americanos, reivindicaram a invenção do avião apre-
sentando ao mundo (em 1903) fotos do suposto primeiro voo do Flayer 1, modelo 
inventado pelos irmãos. Porém, o Flayer 1 pode ser considerado um planador e 
não um avião de fato, pois não decolou e se manteve no ar com força do próprio 
motor, como fez Santos Dumont com o 14 BIS.
Figura 9 – O suposto primeiro voo do Wright Flyer I, 17 de Dezembro de 1903
Fonte: Wikimedia Commons
Por questões de design, podemos observar, ao comparar as fotos dos do 14-Bis e 
do Flyer 1, que o modelo projetado pelos irmãos Wright não possuem rodas (trem de 
pouso), algo imprescindível para pouso e decolagem dos aviões até os dias de hoje.
Além de criar o avião, Santos Dumont também o aperfeiçoou, criando o 
Demoiselle em 1907, já bem próximo do que conhecemos hoje como “Ultraleve”.
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UNIDADE O Reconhecimento Autoral ao Longo da História
Avançando na história, já na era da informática, outro caso mundialmente fa-
moso envolvendo autoria foi a disputa entre Apple e Microsoft, que ganhou força 
nos anos 1990.
A Apple saiu na frente com a criação de interfaces “amigáveis”, onde o usuário 
poderia navegar por janelas e assim o computador poderia ser utilizado por um 
número maior de pessoas, e não apenas por profissionais da área da informática. 
Steve Jobs fez o lançamento, em 1984, do Macintosh, que já dispunha de navegação 
por janelas, “Windows”, e que constituiu o percursor dos computadores pessoais.
Em meados da década de 1990 a Microsoft popularizou o ambiente operacional 
navegável por janelas através do Windows, largamente utilizado até os dias de hoje 
em grande parte dos computadores do mundo.
Figura 10 – Steve Jobs
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 11 – Bill Gates
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 12 – Macintosh 128K de 1984
Fonte: Wikimedia Commons
Posteriormente, Apple e Microsoft firmaram parcerias, por exemplo, o pacote 
Office para sistema iOS da Apple.
Legislação Autoral no Brasil
A convenção de Paris instituiu a OMPI (Organização Mundial de Propriedade 
Intelectual) a qual o Brasil aderiu, através de lei imperial, em 1827. Na época, sur-
giram os primeiros cursos jurídicos. Porém, foi em 1831 que o direito autoral foi de 
fato reconhecido no país através do Código Criminal de 16 de dezembro de 1831 
(no artigo 261), que instituiu o delito de contrafação (falsificação). A Constituição de 
1891 previu a proteçãode direitos autorais.
Em 1898, a “Lei Medeiros e Albuquerque”, definiu o direito autoral sobre obras 
literárias, científicas e artísticas, estendendo a duração de proteção aos herdeiros 
vedando alterações não autorizadas.
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No Brasil, em 1916, o Código Civil classificou “Direito do Autor” como um dos 
tópicos do Direito da Propriedade.
Ao longo do século XX, ocorreram modificações, alterações e atualizações 
nas leis, sendo a mais atual a Lei n.9.610, de 19 de fevereiro de 1998, onde, ao 
invés de o direito ser do empregador ou solicitante do serviço do autor, passaria a 
ser exclusivamente do autor, o qual cederia facultativamente a sua obra segundo 
contrato específico.
Plataformas Digitais
O universo digital também pode auxiliar na criação de indicativos de que algo 
foi criado por determinada pessoa. Não constitui uma maneira oficial de registrar 
autoria, porém, quando postamos algo, geralmente é atribuída data da postagem 
e, assim sendo, é um indício de que naquela data determinado autor já havia pro-
duzido aquele conteúdo.
Por exemplo: em formato de vídeo no YouTube ou foto/vídeo no Instagram.
Figura 13 – Logos YouTube e Instagram
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
Existem as plataformas específicas para postar trabalhos de design, como o 
Behance. O Linkedin, apesar de ser uma rede social de caráter corporativo, tam-
bém comporta postagens de trabalhos (imagens e vídeos).
Figura 14
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
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UNIDADE O Reconhecimento Autoral ao Longo da História
Ainda no universo digital, é necessário ter muita atenção com a procedência das 
imagens para utilizar em qualquer projeto de design.
Existem uma série de sites, ban-
cos de imagens, por exemplo, o site 
Freepik (apesar da palavra “free”) é 
banco de imagens e vetores pagos ou 
que necessitam de referência de autoria 
com bases em cláusulas específicas.
Imagens “tiradas” do Google pro-
vêm de fontes diversas, grande parte 
com direito autoral. Portanto, de-
vem-se utilizar imagens dessas fon-
tes apenas como referência para o trabalho de criação ou com função educacional 
apenas, sem publicá-las ou obter qualquer tipo de lucro.
Figura 16
Figura 17 – O banco de imagens pago Shutterstock é um dos mais conhecidos e utilizados
Fonte: Wikimedia Commons
O Pixabay é um exemplo de banco de imagens e vídeos gratuitos para uso livre.
Figura 18
Fonte: Wikimedia Commons
Figura 15
Fonte: Divulgação
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Registro de Obras Editoriais
Existem numerações que classificam as publicações editoriais: são os números 
de ISBN e ISSN. O ISSN (International Standard Serial Number), sigla em inglês 
para “Número Internacional Normalizado para Publicações Seriadas”. Constitui o 
código aceito internacionalmente para individualizar o título de uma publicação 
seriada. Esse número se torna único e exclusivo do título da publicação ao qual foi 
atribuído. Por ser um código único, o ISSN identifica o título de uma publicação 
seriada durante todo o seu ciclo de existência (fase de lançamento, circulação e en-
cerramento da revista), seja qual for o idioma ou suporte utilizado (impresso, online 
e demais mídias).
O ISSN é composto por oito dígitos. Exemplo: ISSN 1018-4783.
A partir do momento em que o ISSN foi atribuído para uma publicação seriada, ele deve 
aparecer em cada exemplar.
O código ISSN deve ser solicitado ao Centro Brasileiro do ISSN.
Desde 1975, o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) vem desen-
volvendo as funções de Centro Nacional da Rede ISSN.
Ex
pl
or
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UNIDADE O Reconhecimento Autoral ao Longo da História
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
O Globo – Santos Dumont
http://bit.ly/2Mva5px
Solicitar ISSN
Site do Instituto brasileiro de informação em ciência e tecnologia – página com 
informações de como solicitar ISSN.
http://bit.ly/2MyGDPk
 Leitura
Nada de Apple, Microsoft é a líder em patentes de wearables
http://bit.ly/2Mxe450
Patentes e Santos Dumont
Artigo sobre Santos Dumont e registro de patentes.
http://bit.ly/2L3mFZH
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Referências
BANOV, M. R. Psicologia no gerenciamento de pessoas. 4. São Paulo: Atlas 
2015. (e-book)
BARSANO, P. R. Ética profissional. São Paulo: Erica 2015. (e-book)
DIAS, R. Responsabilidade social: fundamentos e gestão. São Paulo: Atlas 
2012. (e-book)
RACHELS, J. Os elementos da filosofia moral. 7. Porto Alegre: AMGH 
2013. (e-book)
SOUZA, R. E. G. de. Ética e educação. São Paulo: Cengage Learning 
2015. (e-book)
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