NOVENA A SÃO SEBASTIÃO (livreto) (1)

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NOVENA A SÃO SEBASTIÃO
ORAÇÃO INICIAL
(Para todos os dias)
São Sebastião, nosso protetor e exemplo de fé inabalável, intercedei a Deus por nós para que sejamos capazes de testemunhar a verdade como autênticos cristãos. 
Intrépido soldado de Cristo, cuja profissão de fé foi demonstrada não somente com palavras, mas com o heroísmo do martírio; ajudai-nos a viver com determinação a fé cristã assumida no nosso Batismo.
Fiel imitador dos apóstolos que a tudo renunciastes para ganhar a Cristo, ajudai-nos a renunciar ao mal para que conosco possamos alcançar a glória do céu. 
Amém!
ORAÇÃO FINAL
(Para todos os dias)
Glorioso mártir São Sebastião, nosso valoroso padroeiro e defensor, advogado contra as epidemias, a fome e as guerras, vós que derramastes vosso sangue e destes a vossa vida em testemunho da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, alcançai-nos do mesmo Senhor força para lutarmos contra todo mal e toda violência que nos afastam da paz e do amor.
Protegei-nos com vossa poderosa intercessão e livrai-nos de toda epidemia corporal, moral e espiritual. 
A vós recorremos cheios de confiança, depositando em vossas mãos as nossa intenções. Alcançai-nos a graça que mais necessitamos. (Instante de silêncio para fazer o pedido).
Rogai por nós junto ao trono do Altíssimo para que um dia possamos, com todos os santos, louvar eternamente a Trindade Santa. Amém!
São Sebastião confessor da fé, rogai por nós!
PRIMEIRO DIA - São Sebastião, testemunho de fé.
“A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez glória dos nossos antepassados. Pela fé reconhecemos que o mundo foi formado pela Palavra de Deus e que as coisas visíveis se originaram do invisível.” (Hb 11,1-3)
Ao iniciarmos a novena deste glorioso santo, coloquemo-nos diante dele como um exemplo vivíssimo de fé. Ele foi cristão nos tempos do imperador Diocleciano em Roma, viveu em tempos de perseguição, pois muitos foram presos, degredados e mortos, naquela época, por causa de Jesus Cristo. Naquele tempo, não era fácil ser cristão. São Sebastião era capitão da guarda do imperador. Mesmo conhecendo melhor todo o povo; o risco que ia correr, pediu para ser admitido como cristão. Passou pelo catecumenato, foi instruído sobre os compromissos de fé, e recebeu conscientemente o Batismo.
Hoje não corremos o mesmo risco por sermos cristãos. Entretanto, muita gente renega a fé do seu Batismo. Muitas vezes passando até para outras religiões. Peçamos a Deus, pela intercessão do glorioso São Sebastião, que nossa fé seja fortalecida. Que tenhamos coragem de professá-la em todas as circunstâncias e de jamais renegá-la por nenhum motivo. 
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
SEGUNDO DIA – São Sebastião, testemunha de caridade. 
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a posto de transportar montanhas, se não tiver caridade não sou nada.” (1Cor 13,1-2)
Sebastião, feito cristão pelo Batismo, começou a ser, em Roma, entre muitos irmãos na fé, vivo testemunho de caridade. Dizem os historiadores que, como consequência das perseguições, eram numerosos os prisioneiros e os que tornavam-se pobres porque o governo sequestrava os seus bens. 
Sebastião deu-se ao intenso exercício da caridade, visitando os encarcerados e confortando-os, encorajando-os e ajudando os que foram atingidos pela pobreza. Muito antes, pois, de dar o testemunho do martírio, Sebastião dava perante todos o testemunho da caridade. 
Hoje em dia são muitas pessoas marginalizadas e desempregadas. É, certamente, a nova legião de sofredores mais característica de nossos dias. Só a caridade dos verdadeiros cristãos poderá socorrê-los, ampará-los e estimulá-los. São Sebastião se apresenta assim como modelo e exemplo que devemos imitar. E, certamente, também como intercessor no céu por aqueles que sofrem entre nós privações e falta de conforto. Peçamos, a nosso santo, resignação para os que sofrem e coragem para sermos todos testemunhas da caridade fraterna. 
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
TERCEIRO DIA – São Sebastião, testemunho de fortaleza. 
“Senhor, minha força e minha fortaleza, meu refúgio no dia da tribulação! Para ti acorrem as nações das extremidades da terra.” (Jr 16,19)
São Sebastião, militar, de rígida têmpera e aprimorada formação, tinha caráter forte. Distinguia-se pela coragem e fortaleza de ânimo com que servia à autoridade imperial. Convertendo-se ao cristianismo e sendo batizado, o Espírito Santo transfigurou pela graça esses dons naturais, que nele resplandeciam, e Sebastião colocou a serviço do Reino de Deus sua alma varonil e destemida. Soldado do imperador, transformou-se em soldado de Cristo. 
Foi com a mesma coragem e fortaleza com que servia antes a seu senhor temporal que Sebastião, depois, a ele resistiu, quando ameaçado de morte por causa das práticas e convicções religiosas. Desassombrado, sem temor, enfrentou a perseguição e o martírio e não renegou a fé que professava. 
No mundo em que vivemos, nossas convicções religiosas nem sempre permanecem inabaláveis. Diante de mesquinhas ameaças, abandonamos as nossas disposições internas de seguimento de Nosso Senhor. Falta-nos a fortaleza de ânimo. E essa fortaleza somente o Espírito Santo nos pode dar, como a deu a São Sebastião. 
Vendo nele o grande modelo de coragem e destemor, peçamos por sua intercessão este mesmo dom e vamos nos propor a imitá-lo nos momentos difíceis em que nossa fé for provada. 
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
QUARTO DIA – São Sebastião, padroeiro dos injustamente perseguidos. 
“Somos atribulados por todas os lados, mas não esmagados; postos em extrema dificuldade, mas não vencidos pelos impasses, perseguidos, mas não abandonados, prostrados por terra, mas não aniquilados.” (2 Cor 4,8-9)
São Sebastião compartilhou da injusta perseguição que atingiu a Igreja em seus primórdios, em Roma. Os decretos do imperador, que mandavam reprimir as práticas cristãs, atingiram milhares, talvez milhões, de pessoas. Foi uma época de grande sofrimento para aquela gente, na maioria humilde, pois exatamente os humildes e os pobres eram os que mais abraçavam o cristianismo com generosidade. Era uma situação de grave injustiça. 
São Sebastião, embora altamente situado na guarda imperial, foi também envolvido nas mesmas perseguições, exatamente por ser fiel à voz da consciência. É talvez a mais grave injustiça, esta de se insurgir contra a consciência de uma pessoa e prendê-la, torturá-la e matá-la por motivos de religião.
Ainda hoje, essa forma de injustiça existe. Em muitos lugares os cristãos continuam sendo perseguidos, presos e impedidos de viver livremente a sua fé. 
São Sebastião pôde, assim, ser considerado defensor de todos que são injustamente perseguidos, principalmente por causa da sua fé. Peçamos, por sua intercessão, que cessem as injustiças no mundo e que Deus olhe com benevolência a todos os que são vítimas de tais sofrimentos. 
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
QUINTO DIA – São Sebastião, padroeiro contra a violência. 
“Disse-lhe Jesus: ‘Guarda tua espada no seu lugar, pois todos os que pegam a espada pela espada perecerão’.” (Mt 26,52)
O mártir São Sebastião não foi somente uma vítima da perseguição romana, nem simplesmente mártir como milhares de outros cristãos. O suplício que sofreu se caracterizou por dupla violência brutal contra sua pessoa. 
Primeiramente, São Sebastião foi entregue aos algozes para ser morto a flechadas. Amarrado a um tronco de árvore, dispararam contra seu corpo várias flechas. Deixaram-no esvaindo-se em sangue, acreditando que já estivesse morto. Uma senhora piedosa o encontrou na floresta, levou-o para casa e ele se salvou. A segunda vez, porém, foi aprisionado quando apareceu diante do imperador, em uma festa pública,e então o mataram a cacetadas, barbaramente, diante da multidão. Ele foi, assim, duplamente martirizado e duplamente de modo violento. 
Peçamos ao poderoso São Sebastião, que experimentou duplamente o impacto da violência brutal, que nos assista e nos proteja. Que ele, por seu poder intercessor, livre nossas casas, nossas famílias e nossa pessoa do perigo de agressões violentas. Peçamos, sobretudo, que ele obtenha do céu para os criminosos o perdão e a mudança de coração. 
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
SEXTO DIA – São Sebastião, padroeiro da agropecuária. 
“Nossa esperança está no Senhor; Ele é o nosso auxílio e a nossa proteção.” (Sl 33,20)
Os brasileiros consideram São Sebastião o padroeiro da agropecuária. Não se sabe o motivo dessa particular devoção dos nossos homens do campo. Seria, porventura, porque São Sebastião sofreu o martírio numa floresta, amarrado a um tronco de árvore? Ou em alguma época, particularmente difícil para a criação de rebanhos, se alcançaram, por intercessão de São Sebastião, especiais graças e milagres de proteção aos bens do homem da roça?
De qualquer modo, muitos asseguram ter colocado sob a proteção deste santo seus rebanhos e ter obtido, dessa forma, sua ajuda miraculosa. 
Deus pode ter querido secundar o espírito de fé dos agricultores, aceitando como padroeiro da lavoura e da pecuária esse glorioso mártir. Invoquemo-lo, pois, implorando sua ajuda para todos os trabalhadores do campo, para suas criações e suas lavouras.
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
SÉTIMO DIA – São Sebastião, patrono dos militares. 
“Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem, tapais a boca à ignorância dos homens insensatos.” (1 Pd 2,13-15)
Nos tempos do imperador Diocleciano, Sebastião alistou-se na milícia imperial. Jovem, robusto e de boas maneiras, ele uniu a esses dotes a coragem, a dedicação às armas e o amor à pátria. Conseguiu, assim, a estima e confiança de seus superiores e do próprio imperador. Pela sua condição de soldado e por seu amor e fidelidade à pátria, ele é venerado como padroeiro dos militares. São Sebastião, um homem comprometido com sua fé, testemunhou que a vida cristã devia ser um compromisso com Cristo, tal qual a vida militar era um compromisso com a pátria. 
Contudo, Sebastião sabendo que o imperador não era deus e que Jesus Cristo é o Rei dos Reis, preferiu obedecer antes a Nosso Senhor que ao imperador romano. O martírio foi, por isso, a sublimação de suas qualidades de soldado. E ele se apresenta para todos os militares como autêntico exemplo de heroísmo e de nobre altivez. 
Roguemos sua intercessão por nossas forças armadas, por nossos policiais Civis e Militares, por nosso Corpo de Bombeiros e por todos os que expõem a vida para defesa da comunidade. 
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
OITAVO DIA – São Sebastião, padroeiro contra pestes e epidemias. 
“O Senhor é minha luz e salvação, a quem temerei? O Senhor é o protetor da minha vida, de quem terei medo? Sei que verei os benefícios do Senhor na terra dos vivos! Espera no Senhor e sê forte! Fortifique-se o teu coração e espera no Senhor!.” 
(Sl 26, 1.13-14)
A piedade popular tem honrado São Sebastião como padroeiro contra a fome, a peste e a guerra. Possivelmente porque, em alguma época da história, recorreram à sua intercessão diante do tormento de alguma guerra com suas consequências mais aflitas: a fome e a peste que se alastraram atingindo homens e animais. Como a ajuda do santo foi propícia nessa circunstância, passou-se a invocá-lo, em especial para que defendesse os animais atingidos ou expostos ao perigo da peste. É muito louvável a devoção de nosso povo e nunca é demais rogar a Deus pela intercessão de um santo que tem-se mostrado tão poderoso. É de se crer que, tendo ele dado tamanho exemplo de virtude enfrentando o martírio, goze diante do Senhor de grande crédito para socorrer-nos. 
Afastemos, portanto, de nossas práticas toda superstição. Tenhamos confiança na bondade de Deus, que também pode revelar-se através de prodígios, sem estar sujeito a determinadas práticas de devoção de nossa parte. É com este espírito de compreensão que vamos invocar o poderoso santo, para que seja nosso protetor contra a guerra, a fome, a peste e todas as epidemias.
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
NONO DIA – São Sebastião, modelo para todos os cristãos. 
“Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo. Eu vos felicito, porque em tudo vos lembrais de mim, e guardais as minhas instruções, tais como eu vo-las transmiti. Mas quero que saibais que o senhor de todo homem é Cristo.” 
(1Cor 11, 1-3)
São Sebastião, que veneramos e invocamos nesta novena, foi, como todos nós, escolhido por Deus para a graça do Batismo a serviço da Igreja. Ele teve uma vocação particular, à qual Deus o chamou, e desempenhou, na Igreja de Roma, um ministério de leigo. Recebeu de Deus excelentes carismas e dons, para testemunhar a fé, praticar a caridade e padecer o martírio. Sem uma vocação ou dom especial de Deus, ele não poderia ter cumprido os deveres cristãos unidos às funções de militar, e ser coroado, enfim, com a grande graça de derramar seu sangue por Jesus Cristo. 
Todos nós, cada um a seu modo e em seu lugar, fomos também chamados por Deus, primeiramente para o Batismo, e depois para testemunhar na Igreja a vida de Cristão. Todos nós recebemos do Espírito Santo dons e carismas, que são nossas qualidades sublimadas pela graça. Temos, certamente, funções ou ministérios na Igreja. Nossa grande vocação é a cristã, e nosso serviço à Igreja é o testemunho e a dedicação em qualquer lugar que estivermos.
Os santos canonizados pela Igreja, e entre eles São Sebastião, nos são apresentados como modelos que devemos imitar; não somente admirar. Roguemos ao Espírito Santo para que, ao final desta novena, sejamos capazes de divulgar nosso cristianismo na vida profissional que exercemos, como São Sebastião o fez.
Oração final...
(Rezar Pai-Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai)
ADAPTAÇÃO: 
MENGALI, Pe. Jeferson. SÃO SEBASTIÃO, O mártir que desafiou o imperador ao se declarar soldado de Cristo.