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Ação contra CERON por diferença de consumo

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18/09/2019
Número: 7004116-71.2019.8.22.0002 
 
Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL 
 Órgão julgador: Ariquemes - Juizado Especial 
 Última distribuição : 02/04/2019 
 Valor da causa: R$ 5.339,02 
 Assuntos: DIREITO DO CONSUMIDOR, Fornecimento de Energia Elétrica 
 Segredo de justiça? NÃO 
 Justiça gratuita? SIM 
 Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
 
Processo Judicial Eletrônico - 1º Grau - Homologação
PJe - Processo Judicial Eletrônico
Partes Procurador/Terceiro vinculado
JOSE ALMEIDA FILHO (AUTOR)
CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA S/A - CERON
(REQUERIDO)
ROCHILMER MELLO DA ROCHA FILHO (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da
Assinatura
Documento Tipo
29419
318
31/07/2019 09:06 CERTIDÃO arquivamento CERTIDÃO
28873
013
11/07/2019 17:29 INTIMAÇÃO DA SENTENÇA CERTIDÃO
28873
015
11/07/2019 17:29 7004116-71 CERTIDÃO
28477
043
28/06/2019 10:11 SENTENÇA SENTENÇA
27415
626
20/05/2019 20:23 CONTESTAÇÃO CONTESTAÇÃO
27415
627
20/05/2019 20:23 contestação - jose almeida filho, -1 CONTESTAÇÃO
26082
470
04/04/2019 20:18 Diligência DILIGÊNCIA
26082
471
04/04/2019 20:18 7004116-71.2019 MANDADO
25982
045
02/04/2019 16:16 CITAÇÃO CITAÇÃO
25973
465
02/04/2019 12:15 Decisão DECISÃO
25961
097
02/04/2019 10:30 PETIÇÃO INICIAL PETIÇÃO INICIAL
25963
303
02/04/2019 10:30 CNH_Jose Almeida OUTRAS PEÇAS
25963
302
02/04/2019 10:30 Fatura_Jose Almeida OUTRAS PEÇAS
25963
301
02/04/2019 10:30 Petição inicial_Jose Almeida PETIÇÃO
 
 PODER JUDICIÁRIO
 Tribunal de Justiça de Rondônia
 Juizado Especial
 Av: Tancredo Neves, 2606 - Setor Institucional, Ariquemes/RO 
 CEP: 76870-000 - Fone:(69)3535-2093 - E-mail:aqs1jecivel@tjro.jus.br
PROCESSO: 7004116-71.2019.8.22.0002
REQUERENTE: JOSE ALMEIDA FILHO
REQUERIDO: CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA S/A - CERON
 
CERTIDÃO
 
 Certifico para os devidos fins de direito, que nesta data arquivo os presentes autos. O referido é verdade e dou fé.
Ariquemes/RO, 31 de julho de 2019.
Num. 29419318 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: SAMIA CARINE PILATI - 31/07/2019 09:06:20
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19073109061999600000027672931
Número do documento: 19073109061999600000027672931
 
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA
Num. 28873013 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ELIANE RUDEY - 11/07/2019 17:29:17
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19071117291500200000027149896
Número do documento: 19071117291500200000027149896
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDÔNIA 
COMARCA DE ARIQUEMES 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL, CRIMINAL E DA FAZENDA PÚBLICA 
CERTIDÃO 
Processo n° (-4•W Z1 I I 	- L .201 (1.8.22.0002 
Certifico e dou fé que nesta data procedi à intimação da pessoa 
abaixo descrita: 
(/) requerente; 	Ohntack Falua 
) requerido; 
( ) Advogado/Defensor do requerente; 
( ) Advogado/Defensor do requerido; 
do teor do despacho/decisão/sentença do ID n° 2V-1 	0 (1 B 
sendo que o(a) mesmo(a) exarou seu ciente conforme consta abaixo. 
Ariquemes — RO; 	/ 	/ ),C 
ASSINATURA SERVIDOR(A): 
Nome: 
Cargo: 
Matrícula N°: 236. c2z/C 
ASSINATURA DO(A) INTIMADO(A) 
7indMi 
Num. 28873015 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ELIANE RUDEY - 11/07/2019 17:29:18
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19071117291786700000027149898
Número do documento: 19071117291786700000027149898
 
 
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA 
T r i b u n a l d e J u s t i ç a d e R o n d ô n i a
 Ariquemes - 1ª Vara do Juizado Especial Cível
 Av. Tancredo Neves, nº 2606, Bairro Centro, CEP 76.872-854, Ariquemes, RO
7004116-71.2019.8.22.0002
AUTOR: JOSE ALMEIDA FILHO CPF nº 114.117.322-00, RUA BASÍLIO DA GAMA 3345, TEL. 9209-0894 /
9218-2428 COLONIAL - 76873-732 - ARIQUEMES - RONDÔNIA
ADVOGADO DO AUTOR:
REQUERIDO: CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA SA CERON CNPJ nº 05.914.650/0001-56, AVENIDA
DOS IMIGRANTES 4137 INDUSTRIAL - 76821-063 - PORTO VELHO - RONDÔNIA
ADVOGADO DO REQUERIDO: ROCHILMER MELLO DA ROCHA FILHO OAB nº RO635
 
Relatório dispensado na forma do art. 38 da Lei 9.099/95.
 Trata-se de ação declaratória de inexistência de débito proposta por JOSE ALMEIDA FILHO em face de
CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S.A. objetivando a isenção do pagamento de diferença de
 consumo não faturada em sua unidade consumidora no período entre 12/2018 a 01/2019.
Segundo consta nos autos, a parte autora teve seu medidor de energia elétrica retirado de sua residência
pela CERON, sendo que a concessionária encaminhou o medidor para perícia em órgão certificado pelo
INMETRO e substituiu o medidor antigo por um novo. Passado algum tempo a parte autora recebeu uma
Notificação por Irregularidade em sua unidade consumidora (faturamentos incorretos) e imputando-lhe o
 pagamento da quantia de R$ 5.339,02 (cinco mil trezentos e trinta e nove reais e dois centavos)
referente à diferença não faturada neste período.
Consta nos autos ainda que o cálculo para cobrança desses valores retroativos se baseou na leitura com o
novo medidor, sendo que foi feita uma estimativa com base nessa leitura.
Conforme narrativa dos fatos, resta patente que a questão dos autos reflete uma relação de consumo, em
que a responsabilidade do fornecedor é de natureza objetiva, somente dela se exonerando acaso prove que
o defeito inexistiu na prestação de serviço, ou a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
O art. 6°, VI e VIII do CDC esclarece ser direito básico do consumidor a efetiva prevenção e reparação de
danos morais a si causados, com facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da
prova a seu favor.
Portanto, o mérito destes autos reside em saber se essa fraude existiu mesmo e se essa cobrança retroativa
é ou não legal.
Em sua contestação a CERON alegou que os procedimentos de apuração de fraude foram feitos com
acompanhamento da parte autora, que tomou ciência e assinou o Termo de Ocorrência de Irregularidade,
recebendo uma cópia de imediato. Posteriormente o medidor foi encaminhado para perícia em
Num. 28477043 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: Marcia Cristina Rodrigues Masioli Morais - 28/06/2019 10:11:12
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19062810114900000000026770654
Número do documento: 19062810114900000000026770654
LABORATÓRIO ACREDITADO PELO INMETRO, o qual concluiu pela existência de fraude no medidor de
 energia elétrica, o que originou a abertura do Processo de Fiscalização 2017/48793, tendo sido oportunizado
à parte autora tomar ciência do resultado e apresentar sua defesa/contraditório no âmbito administrativo.
Portanto, os valores cobrados seriam lícitos e se referem à recuperação dos prejuízos suportados pela
concessionária. De modo que apresentou pedido contraposto pretendendo a condenação da parte autora ao
pagamento da quantia de R$ 5.339,02 (cinco mil trezentos e trinta e nove reais e dois centavos), referente a
fatura de recuperação de consumo.
A parte autora, por sua vez, insiste na irregularidade do procedimento e pleiteia a declaração de nulidade da
cobrança para o fim de isentá-la do pagamento.
Analisando as provas, os documentos e fundamentos jurídicos arguidos para ambas as partes, verifica-se
que o pedido inicial IMPROCEDE.
Consta nos autos que o medidor da parte autora foi submetido à perícia por laboratório de renome nacional e
acreditação no INMETRO, o que necessariamente afasta a alegação de “perícia unilateral”, pois a
acreditação no INMETRO tem força para reconhecer que o laboratório tem competência para realizar os
serviços que oferece e isso transmite maior segurança em sua atuação, conferindo-lhe status de órgão
metrológico oficial.
Ademais, consta nos autos que a parte autora acompanhou a retirada do medidor e a sua lacração, a parte
autora foi notificada acerca da realização da perícia e teve prazo para se defender e apresentar contraprova
ou alegações que desconstituíssem a períciarealizada, mas em vez de produzir essas provas, ingressou
com pedido judicial mas NADA PROVOU.
Nos termos do art. 77 da Resolução nº 414/2010 da ANEEL, as concessionárias de energia elétrica têm a
responsabilidade de realizar a “verificação periódica dos equipamentos de medição” e a prova dos autos
evidencia que a CERON foi diligente em sua obrigação, tanto que verificou o medidor da parte autora e
havendo dúvidas sobre sua conformidade, retirou o medidor, substituindo-o por outro novo e encaminhou o
medidor antigo para perícia.
Uma vez que o medidor novo foi instalado ele passou a fazer a medição correta, tanto que a parte autora
nada reclamou do novo medidor. Por outro lado, quando a perícia concluiu pela fraude no medidor anterior, a
requerida realizou o cálculo da recuperação de consumo com base nos procedimentos permitidos pela
Resolução nº 414/2010 da ANEEL. Sendo assim, não há razão plausível para atribuir o aumento de valores a
erro da concessionária de energia elétrica, posto que os valores cobrados são condizentes com o consumo
registrado pela própria parte autora.
Tampouco há que se falar em nulidade do procedimento administrativo para aferição da recuperação de
consumo, pois a parte autora nada comprovou e a concessionária de energia elétrica, por sua vez, juntou
documentos comprovando que cumpriu os requisitos legais para documentação e comprovação da fraude.
A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça autoriza a concessionária de energia elétrica a
proceder ao corte do fornecimento e à cobrança para a recuperação de consumo proveniente de furto ou
fraude desde que sejam obedecidos os requisitos legais e desde que se trate de débito recente, leia-se,
referente aos últimos 90 (noventa) dias. Vejamos:
Na hipótese de débito estrito de recuperação de consumo efetivo por fraude no
aparelho medidor atribuída ao consumidor, desde que apurado em observância
Num. 28477043 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: Marcia Cristina Rodrigues Masioli Morais - 28/06/2019 10:11:12
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19062810114900000000026770654
Número do documento: 19062810114900000000026770654
aos princípios do contraditório e da ampla defesa, é possível o corte
administrativo do fornecimento do serviço de energia elétrica, mediante prévio
aviso ao consumidor, pelo inadimplemento do consumo recuperado
correspondente ao período de 90 (noventa) dias anteriores à constatação da
fraude, contanto que executado o corte em até 90 (noventa) dias após o
vencimento do débito, sem prejuízo do direito de a concessionária utilizar os
meios judiciais ordinários de cobrança da dívida, inclusive antecedente aos
 (STJ, 1ª Seção, REsp 1.412.433,mencionados 90 (noventa) dias de retroação
Relator Ministro Herman Benjamin, j. em 25 de abril de 2018, publicado no
INFORMATIVO n.º 634, do SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA).
No bojo desse processo houve suspensão para aguardar o julgamento da Ação Civil Pública movida pela
Defensoria Pública do Estado de Rondônia em face da concessionária de energia elétrica (Proc. nº
0006280-75.2012.8.22.0002). Conquanto o Tribunal de Justiça tenha firmado a tese de que “a
concessionária não pode interromper o fornecimento de energia elétrica por dívida pretérita a título de
recuperação de consumo, haja vista a existência de outros meios legais de cobrança de débitos não aferidos
e não pagos”, o mérito do processo concluiu que o corte de dívida pretérita NÃO pode ocorrer, mas nada
menciona com relação a débito RECENTE e o STJ, no julgamento citado acima, já firmou o entendimento de
que “débito recente” é aquele compreendido nos 90 dias anteriores ao corte de fornecimento.
Como no caso em tela o débito é antigo, em hipótese alguma poderá haver corte de fornecimento de energia
elétrica, quer se tome por base a decisão do STF, quer se analise o teor do acórdão exarado na Ação Civil
Pública. Todavia, quanto à cobrança dos valores, no bojo da Ação Civil Pública Proc. nº
0006280-75.2012.8.22.0002, o Tribunal de Justiça de Rondônia firmou o entendimento de que é cabível a
cobrança de valores para proteção da coletividade de usuários que são impactados com as fraudes e furtos
de energia elétrica. Segue teor da decisão, devidamente juntada aos autos pelo próprio Cartório do Juizado:
 
APELAÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ENERGIA ELÉTRICA. MEDIDORES.
IRREGULARIDADES. PERDA DE RECEITA. FORNECIMENTO. DÉBITOS
PRETÉRITOS. AFERIÇÃO UNILATERAL. SUSPENSÃO. IMPOSSIBILIDADE.
RELIGAÇÃO. 1. A concessionária não pode interromper o fornecimento de
energia elétrica por dívida pretérita a título de recuperação de consumo, haja
vista a existência de outros meios legais de cobrança de débitos não aferidos e
não pagos. 2. A adoção de medidas aptas à recuperação de perda de receita
decorrente de irregularidades aferidas em medidores de energia elétrica devem
ser adequadas caso a caso e dentro dos critérios estabelecidos em resolução
oficial da agência reguladora responsável e – por se tratar de questões técnicas
– todas podem ser utilizadas ou apenas uma, a depender da situação aferida em
 campo. 3. As perdas comerciais decorrentes de fraudes em medidores de
energia elétrica refletem em toda a sociedade, tendo por consequências
nefastas a diminuição de tributos que deveriam ser arrecadados pela prestação
do serviço público de distribuição, bem como aumento exponencial do valor da
tarifa de energia elétrica para compensar receita. Tais fatores prejudicam
sobremaneira os demais consumidores, contrariando o interesse de toda a
coletividade, ferindo o princípio da igualdade, razões pelas quais tais práticas
fraudulentas devem ser duramente combatidas dentro dos rigores da lei. 4.
 (TJRO, 1ª Câmara Especial, 0006280-75.2012.8.22.0002 –Recursos não providos
Apelação (Recurso Adesivo), Relator Des. Oudivanil de Marins, Data do julgamento:
11/04/2019) (grifado).
Como no caso em tela a parte autora acompanhou o procedimento de retirada do medidor, tendo a parte
autora a oportunidade para apresentar contraditório e ampla defesa no âmbito administrativo, inclusive junto
Num. 28477043 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: Marcia Cristina Rodrigues Masioli Morais - 28/06/2019 10:11:12
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19062810114900000000026770654
Número do documento: 19062810114900000000026770654
ao PROCON, e mesmo assim, não juntou nenhuma prova nos autos para demonstrar que os valores
cobrados a título de recuperação de consumo não são acertados, é justo que seja mantida a cobrança dos
valores a fim de diminuir o impacto gerado pela não aferição do consumo na época apropriada,
ressaltando-se que não poderá haver corte do fornecimento por se tratar de débito antigo.
Por fim, relativamente ao pedido contraposto, embora as provas dos autos tenham motivado à improcedência
do pedido inicial, haja vista a parte autora ter se beneficiado por período determinado em relação à diferença
de faturamento apurado em sua unidade consumidora, a requerida, por sua vez, não trouxe aos autos
contexto probatório que demonstrasse que a parte autora agiu de má-fé a ponto de ser condenada de forma
onerosa por duas vezes em relação à mesma causa, qual seja Processo de Fiscalização 2017/48793, sendo
assim, considerando as provas dos autos e a situação econômica das partes, improcede o pedido
contraposto evitando, inclusive, o enriquecimento ilícito da concessionária requerida.
Posto isto, julgo o pedido inicial, mantendo íntegra a cobrança/fatura de energia elétrica deIMPROCEDENTE
recuperação de consumo em face da parte autora, relativamente à unidade consumidora descrita nos autos,
extinguindo o feito com resolução do mérito na forma do art. 487, I do CPC.
Em que pese a improcedência do mérito, a concessionária de energia elétrica NÃO poderá suspender ou
 com base nos débitos descritos nos autosinterromper o fornecimento de energia elétrica da parte autora
por se tratar de débitos antigos. Desse modo, eventual liminarconcedida nos autos, fica mantida e caso não
tenha sido exarada nenhuma decisão nos autos, fica registrado, nesse momento, que a concessionária de
energia elétrica poderá cobrar os valores devidos mas não poderá interromper o fornecimento devido ao
acórdão transitado em julgado na Ação Civil Pública Proc. nº 0006280-75.2012.8.22.0002, sob pena de
responsabilidade pelo descumprimento da decisão judicial exarada na ACP.
Sem honorários e sem custas, uma vez que não vislumbro litigância de má-fé (art. 54 da Lei nº 9.099/95).
Publique-se.
Registre-se.
Intimem-se.
Após o trânsito em julgado, arquive-se.
 
Ariquemes – RO; data e horário registrados no sistema PJE.
 
Márcia Cristina Rodrigues Masioli Morais
Juíza de Direito
Num. 28477043 - Pág. 4Assinado eletronicamente por: Marcia Cristina Rodrigues Masioli Morais - 28/06/2019 10:11:12
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19062810114900000000026770654
Número do documento: 19062810114900000000026770654
 
anexo
Num. 27415626 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: MARCIO MELO NOGUEIRA - 20/05/2019 20:23:26
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19052020232628100000025742996
Número do documento: 19052020232628100000025742996
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO D​O 1º JUIZADO VARA CÍVEL                     
DA COMARCA DE ARIQUEMES – ESTADO DE RONDÔNIA. 
 
 
PROCESSO:​ 7004116-71.2019.8.22.0002 
 
CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S/A - CERON, ​devidamente               
qualificada nos autos supramencionados, por seus advogados, estes com escritório profissional no                       
endereço infra indicado, onde recebem intimações, vem com a devida vênia, perante vossa                         
excelência, apresentar a sua 
CONTESTAÇÃO COM PEDIDO CONTRAPOSTO 
 
à ação que lhe move ​JOSE ALMEIDA FILHO, ​já qualificado, pelos fundamentos de fato e de                               
direito a seguir expostos: 
 
SÍNTESE DOS FATOS NARRADOS PELO REQUERENTE 
Alega a parte autora ter recebido cobrança por parte da requerida, que                       
considera indevida por se tratar de recuperação de consumo apurada através de processo de                           
fiscalização realizado na unidade consumidora sob sua responsabilidade.  
 
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Av. Lauro Sodré, n. 2.331 - Bairro Pedrinhas CEP 76.801-575 - Porto Velho/RO 
 
Num. 27415627 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: MARCIO MELO NOGUEIRA - 20/05/2019 20:23:26
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19052020232661600000025742997
Número do documento: 19052020232661600000025742997
 
 
 
 
 
 
 
Afirma que tal cobrança é indevida, bem como pretende impugnar o                     
procedimento de fiscalização e cobrança de R$ 5.339,02 (cinco mil, trezentos e trinta e nove reais e                                 
dois centavos). 
Desta feita, requer seja declarada a inexistência do referido débito. 
Apesar de respeitar a linha de raciocínio esposada na presente ação, a Ré não                           
pode, contudo, com ela concordar, haja vista que não reflete a realidade dos fatos, bem como não                                 
encontra amparo na legislação pátria e na hodierna jurisprudência, como será demostrado a seguir. 
“Nada é permanente, exceto a mudança”  
Eráclito de Éfeso 
 
 
DA VERDADE DOS FATOS 
O débito discutido na presente ação tem origem do “Processo de Fiscalização                       
48793/2017”, após inspeção de rotina realizada pelos técnicos da requerida em 16/09/2017, na                         
Unidade consumidora 0555757-7, conforme ordem de notificação a seguir: 
.  
Na ocasião foi constatada através de inspeção, segundo os prepostos da                     
requerida, a irregularidade, o qual não indicava a real de energia consumida.”.  
 
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Num. 27415627 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: MARCIO MELO NOGUEIRA - 20/05/2019 20:23:26
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19052020232661600000025742997
Número do documento: 19052020232661600000025742997
 
 
 
 
 
 
 
Após o Laudo foi constatado que o registrador (mostrador) operava sem indicação de                         
energia consumida, assim, não estava registrando o consumo da unidade corretamente, para fins                         
de faturamento. Veja-se: 
 
Constata-se por meio do histórico de consumo que a unidade consumidora que                       
faturou por meses pela taxa mínima, uma vez que estava em situação irregular e que após a                                 
regularização passou a efetuar a medição normal, senão vejamos: 
 
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Num. 27415627 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: MARCIO MELO NOGUEIRA - 20/05/2019 20:23:26
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Número do documento: 19052020232661600000025742997
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Num. 27415627 - Pág. 4Assinado eletronicamente por: MARCIO MELO NOGUEIRA - 20/05/2019 20:23:26
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Número do documento: 19052020232661600000025742997
 
 
 
 
 
 
 
  
 
Os valores apurados mediante os procedimentos NÃO SE TRATAM DE MULTAS,                     
MAS TÃO SOMENTE OS VALORES QUE DEVERIAM SEREM PAGOS PELO                   
QUANTITATIVO DEVIDAMENTE CONSUMIDOS, MAS QUE DEIXARAM DE SER               
REGISTRADOS EM VIRTUDE DE IRREGULARIDADE NA MEDIÇÃO.  
Não se discute por ora a ​AUTORIA dos procedimentos irregulares encontrados                     
na unidade consumidora, mas unicamente o ​BENEFÍCIO ECONÓMICO QUE O AUTOR                     
POSSUIU DIANTE DA COBRANÇA REALIZADA COM BASE NA LEITURA A MENOR,                     
QUE NÃO REFLETIA O REAL CONSUMIDO PELA UC​.  
 
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Número do documento: 19052020232661600000025742997
 
 
 
 
 
 
 
Após ser verificado ser indiscutível a irregularidade DA MEDIÇÃO, foi                   
realizado a análise do consumo da unidade consumidora na intenção de comparar o faturamento                           
no período do medidor irregular, com o período com a medição REGULARIZADA. 
A irregularidade pode ser claramente visualizada na “Memória descritiva do                   
Cálculo” que segue anexa a esta contestação, na qual os valores do FATURAMENTO REGULAR,                           
apurados mediante artigo 130 da resolução 414 da ANEEL foram comparados ao                       
FATURAMENTO IRREGULAR, obtendo-se a diferença entre o que foi pago, com o que                         
DEVERIA TER SIDO PAGO.   
 
Salienta-se que a recuperação do consumo teve por base o maior consumo dos                         
três ciclos posteriores a retirada da irregularidade, conforme artigo 130, inciso V da resolução                           
Normativa n° 414/2010 da Aneel. Tal método fica claro no quadro anterior. 
 
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A diferença de consumo devidamente utilizado e não pago a ser restituído a                         
CERON / ENERGISA (ELETROBRAS DISTRIBUIÇÃO RONDÔNIA) devido à irregularidade                 
constatada na medição perfaz o valor de R$ 5.954,93 (cinco mil, novecentos e cinquenta e quatro                               
reais e noventa e três centavos). 
AS FATURAS APÓS A INSPEÇÃO TÃO SOMENTE REFLETEM O REAL                   
CONSUMIDO PELA UNIDADE CONSUMIDORA, E SEU AUMENTO É DEVIDO À                   
REGULARIZAÇÃO DA MEDIÇÃO QUE PASSOU A REGISTRAR O REAL CONSUMIDO                   
PELA AUTORA. 
DA NOTIFICAÇÃO DE IRREGULARIDADE 
Todos os procedimentos anteriores, cálculos, fotos e documentos adjacentes ao                   
processo de fiscalização, bem como o valor final apurado ​é levado a conhecimento do Autor                             
através de correspondência titulada de Notificação de Irregularidade.  
Ressalta-se que tal correspondência é enviada ao consumidor com Aviso de                     
Recebimento – AR, de modo que haja a completa certeza de que o acesso a correspondência                               
ocorreu​. 
 
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Tal correspondência tem o fito de conferir ao consumidor ​TOTAL                   
CONHECIMENTO DO PROCEDIMENTO PELO QUAL PASSOU​, e para que, tendo                   
interesse, ELABORE SUA DEFESA ADMINISTRATIVA ​no prazo de 30 dias​, ​estando assegurado                       
o contraditório e a ampla defesa​, conforme disposto nos Art. 129 a 133 da Resolução ANEEL nº                                 
414/2010.  
Isto dito deve cair por terra toda e qualquer alegação de unilateralidade nos                         
procedimentos adotados, uma vez que em todos os procedimentos existe o acompanhamento e                         
ciência do consumidor, inclusive oportunidade para que este recorra administrativamente à                     
cobrança no prazo de 30 dias.  
O Autor não exerceu tal prerrogativa. 
Nesta situação, podemos afirmar que, uma vez comprovado o acesso do                     
consumidor a todo o trâmite, bem como recebimento da carta contendo a notificação de                           
irregularidade e oportunizado o contraditório, ​UMA VEZ QUE PREFERE QUEDAR-SE                   
 
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INERTE​, não contestando de nenhuma forma a cobrança realizada, há tacitamente UMA                       
CONFISSÃO DE DÍVIDA, perfeitamente cobrável. 
DO DIREITO 
DA LEGALIDADE DA RECUPERAÇÃO DA ENERGIA 
Inicialmente, cumpre esclarecer que, quando há indícios de medição irregular                   
em determinada UC, ou mesmo à pedido do próprio Usuário, é realizada uma Inspeção de                             
Irregularidade no local, sendo assim gerada uma Ordem de Serviço específica e, se constatada a                             
irregularidade, é gerado também o Termo de Ocorrência de Irregularidade “TOI”. 
Assim, quando constatada qualquer irregularidade no equipamento de medição                 
ou instalações adjacentes, que importe na diminuição do faturamento do consumo de energia                         
elétrica, ​as concessionárias estão obrigadas a lavrar o Termo de Ocorrência de Irregularidade,                         
conforme preconiza o artigo 129 da Resolução n° 414/2010 da ANEEL. 
CAPÍTULO XI DOS PROCEDIMENTOS IRREGULARES 
Seção I Da Caracterização da Irregularidade e da Recuperação da Receita 
Art. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as                           
providências necessárias para sua fiel caracterização e apuração do                 
consumo não faturado ou faturado a menor.  
§ 1 o A distribuidora deve compor conjunto de evidências para a caracterização de eventual                             
irregularidade por meio dos seguintes procedimentos: 
I ​– emitir o Termo de Ocorrência e Inspeção – TOI, em formulário próprio, elaborado                               
conforme Anexo V desta Resolução​; 
 
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II – ​solicitar perícia técnica, a seu critério, ou quando requerida pelo consumidor ou por seu                               
representante legal; 
III – elaborar relatório de avaliação técnica​, quando constatada a violação do medidor ou demais                             
equipamentos de medição, exceto quando for solicitada a perícia                 
técnica de que trata o inciso II; (Redação dada pela REN ANEEL                       
479, de 03.04.2012)  
IV – efetuar a avaliação do histórico de consumo e grandezas elétricas; e 
 V – implementar, quando julgar necessário, os seguintes procedimentos:  
a) medição fiscalizadora, com registros de fornecimento em memória de massa de, no mínimo, 15                             
(quinze) dias consecutivos; e  
b) recursos visuais, tais como fotografias e vídeos​. 
Ultrapassada a fase de inspeção, na qual os indícios de irregularidade foram                       
avaliados pelos técnicos e comprovados, passou-se a uma segunda fase, onde é feito cálculo de valor                               
referente à recuperação da receita, a qual, frise-se, não possui o condão de responsabilizar a parte                               
Autora sob acusação de fraude ao medidor, ou qualquer coisa parecida. 
Reitere-se que em nenhum momento a Ré imputa ao Autor a responsabilidade                       
pela irregularidade, visto que para a Distribuidora de Energia Elétrica é irrelevante a determinação                           
da autoria daquele que manipulou o medidor de energia, entretanto, FOI O AUTOR QUEM SE                             
APROVEITOU DOS SERVIÇOS PRESTADOS PELA RÉ SEM A DEVIDA                 
CONTRAPRESTAÇÃO. 
 
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O que se busca com a recuperação de consumo é simplesmente a                       
CONTRAPRESTAÇÃO pela energia que foi utilizada pelo usuário e não foi, devido à                         
irregularidade no aparelho medidor, devidamente paga pelo mesmo. 
Tal procedimento é realizado em conformidade com a Resolução Normativa                   
414/2010, da ANEEL, bem como sua legalidade é reconhecida jurisprudencialmente: 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL RECURSO. RECURSO INOMINADO.           
FATURAS DE RECUPERAÇÃO DE CONSUMO. DECLARATÓRIA           
DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITOS. POSSIBILIDADE         
RECUPERAÇÃO DESDE DE QUE PRESENTES OUTROSELEMENTOS ALÉM DA PERÍCIA UNILATERAL PARA           
CONSTATAÇÃO DA IRREGULARIDADE EM MEDIÇÃO         
PRETÉRITA. INSCRIÇÃO INDEVIDA CADASTRO DE         
INADIMPLENTES. DANO MORAL IN RE IPSA. FIXAÇÃO DO               
QUANTUM INDENIZATÓRIO. RAZOABILIDADE E       
PROPORCIONALIDADE. 1. ​É POSSÍVEL QUE A           
CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO PROCEDA A           
RECUPERAÇÃO DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA EM             
RAZÃO DA CONSTATAÇÃO DE INCONSISTÊNCIAS NO           
CONSUMO PRETÉRITO, DESDE QUE HAJA OUTROS           
ELEMENTOS SUFICIENTES PARA DEMONSTRAR A         
IRREGULARIDADE NA MEDIÇÃO, A EXEMPLO DO HISTÓRICO             
DE CONSUMO, LEVANTAMENTO CARGA, VARIAÇÕES         
INFUNDADAS DE CONSUMO, ENTRE OUTROS; 2. É ilegítima a                 
recuperação de consumo quando ausente a comprovação de irregularidade                 
de medição no período recuperado em razão da inexistência de outros                     
elementos capazes de indicar a irregularidade na medição pretérita, ou                   
quando baseada exclusivamente em perícia unilateral. [Recurso Inominado               
1000852-67.2014.8.22.0021, Relatora: Juíza Euma Mendonça Tourinho,           
Publicado em: 21/3/2016.] 
Procedendo com a recuperação dos valores devidos, foi observado o art. 130 da                         
Resolução normativa 414/10, in verbis: 
 
 
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Art. 130. Comprovado o procedimento irregular, para proceder à                 
recuperação da receita, a distribuidora deve apurar as diferenças entre os                     
valores efetivamente faturados e aqueles apurados por meio de um dos                     
critérios descritos nos incisos a seguir, aplicáveis de forma sucessiva, sem                     
prejuízo do disposto nos arts. 131 e 170: 
 
I – utilização do consumo apurado por medição fiscalizadora,                 
proporcionalizado em 30 dias, desde que utilizada para caracterização da                   
irregularidade, segundo a alínea “a” do inciso V do § 1o do art. 129; 
 
II – aplicação do fator de correção obtido por meio de aferição do erro de                             
medição causado pelo emprego de procedimentos irregulares, desde que os                   
selos e lacres, a tampa e a base do medidor estejam intactos; 
III – utilização da média dos 3 (três) maiores valores disponíveis de                       
consumo de energia elétrica, proporcionalizados em 30 dias, e de demanda                     
de potências ativas e reativas excedentes, ocorridos 
em até 12 (doze) ciclos completos de medição regular, imediatamente                   
anteriores ao início da irregularidade; (Redação dada pela REN ANEEL                   
670 de 14.07.2015) 
IV – determinação dos consumos de energia elétrica e das demandas de                       
potências ativas e reativas excedentes, por meio da carga desviada, quando                     
identificada, ou por meio da carga instalada, verificada no momento da                     
constatação da irregularidade, aplicando-se para a classe residencial o                 
tempo 
médio e a frequência de utilização de cada carga; e, para as demais classes,                           
os fatores de carga e de demanda, obtidos a partir de outras unidades                         
consumidoras com atividades similares; ou 
 
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V – utilização dos valores máximos de consumo de energia elétrica,                     
proporcionalizado em 30 (trinta) dias, e das demandas de potência ativa e                       
reativa excedentes, dentre os ocorridos nos 3 (três) ciclos imediatamente                   
posteriores à regularização da medição. 
Trata-se o dispositivo legal acima de uma lista exaustiva, onde não sendo                       
possível a aplicação do primeiro critério, utiliza-se o segundo e assim sucessivamente. 
O período de recuperação da diferença de faturamento deve ser determinado                     
pela análise do histórico de consumo da unidade consumidora, conforme prescrito na                       
RESOLUÇÃO ANEEL 414/2010: 
 
Art. 132. O período de duração, para fins de recuperação da receita, no                         
caso da prática comprovada de procedimentos irregulares ou de                 
deficiência de medição decorrente de aumento de carga à revelia, deve ser                       
determinado ​tecnicamente ou pela análise do histórico dos consumos de                   
energia elétrica e demandas de potência, respeitados os limites instituídos                   
neste artigo. 
(...) § 2o A retroatividade de aplicação da recuperação da receita disposta                       
no caput fica restrita à última inspeção nos equipamentos de medição da                       
distribuidora, não considerados o procedimento de leitura regular ou                 
outros serviços comerciais e emergenciais. 
(...) § 5o O prazo máximo de cobrança retroativa é de 36 (trinta e seis)                             
meses. 
Como se vê, a Requerida adotou uma série de procedimentos para se chegar ao                           
valor cobrado e, com isso, recuperar a receita, tudo de acordo com os ditames legais. 
 
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Ao assim proceder, não praticou conduta ilícita, pois a cobrança referente à                       
recuperação de receita foi realizada no exercício regular de um direito legalmente reconhecido                         
(art. 188, do Código Civil). 
 
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL RECENTÍSSIMO TEM ENTENDIDO NO           
MESMO SENTIDO​:  
 
TJPB - 00008506120148150231 Inteiro Teor - Relator: DES. LUIZ           
SILVIO RAMALHO JÚNIOR -Órgão Julgador: 2ª Câmara             
Especializada Cível - Data de Julgamento: 06-03-2018 
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. Apelação. Ação declaratória de             
Cancelamento de ônus c/c repetição de indébito c/c danos morais.                   
Preliminar de ausência de interesse recursal. Rejeição. Inspeção no                 
medidor de energia da unidade consumidora. Constatação de desvio                 
de energia. Substituição de equipamento de medição. Recuperação               
de consumo. Legitimidade. Danos morais. Não comprovação. Acerto               
do decisum singular. Desprovimento apelação. - ​Constatada a               
irregularidade na instalação elétrica da unidade consumidora, que               
provocou faturamento inferior ao correto, através de termo de                 
ocorrência e inspeção, realizado por funcionários da concessionária               
de energia elétrica, bem como termo de confissão de dívida​, ​É                     
LEGÍTIMA A COBRANÇA DA RECUPERAÇÃO DE           
CONSUMO. - CONSIDERANDO LEGAL A RECUPERAÇÃO           
DE CONSUMO, NÃO HÁ QUE SE FALAR EM               
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, AINDA MAIS,QUANDO NÃO HOUVE SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO           
DO SERVIÇO​. (Grifei). 
 
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Cabe salientar que em todos os procedimentos foi assegurada a ampla defesa ao                         
Usuário, o qual deixou de se manifestar e de apresentar assistente técnico para acompanhar a                             
perícia realizada no medidor, mesmo após sua ​prévia e regular notificação. 
Sobre o princípio do contraditório, o ilustre professor Uadi Lammêgo Bulos                     
descreve: 
A Justificativa para a amplitude do contraditório é obvia:                 
satisfazer, de um lado, a necessidade de levar aos interessados o                     
conhecimento da existência do processo, e, de outro ensejar a                   
possibilidade de as partes defenderem-se daquilo que lhes for                 
desfavorável.  
Noutras palavras, os sujeitos envolvidos na contenda, por               
meio do contraditório, tem o direito de ser ouvidos com igualdade,                     
realizar provas, demonstrar suas razoes fáticas e os fundamentos                 
jurídicos daquilo que pedem. (Constituição Federal Anotada, Uadi               
Lammêgo Bulos, 4º edição, editora Saraiva, pág.249/250) 
Foi oportunizado à Requerente o exercício da ampla defesa e do contraditório,                       
desta forma, o procedimento adotado pela Requerida atendeu ao princípio da legalidade (arts. 5º,                           
II, e 37, caput, da Constituição Federal), razão pela qual a presente ação merece ser julgada                               
totalmente improcedente. 
A responsabilidade por danos no medidor de energia não cabe à Requerida,                       
visto que no momento em que o Autor assumiu a titularidade da Unidade Consumidora em                             
questão, assumiu também um ​contrato de prestação de serviços junto à concessionária, pelo qual                           
assumiu direitos, deveres e obrigações. 
 
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A lei atribui ao consumidor a responsabilidade de guarda e conservação do                       
relógio, o qual se encontra ​no imóvel do autor da ação. Portanto, conforme dispõe a                             
RESOLUÇÃO ANEEL 414/2010, a responsabilidade é da proprietária do imóvel, a qual, diga-se de                           
passagem, se beneficiou com a irregularidade, já que pagou menos pelo serviço consumido: 
 
Art. 2º, XVII ​– consumidor: pessoa física ou jurídica, de direito                     
público ou privado, legalmente representada, que solicite o               
fornecimento de energia ou o uso do sistema elétrico à                   
distribuidora, assumindo as obrigações decorrentes deste           
atendimento à(s) sua(s) unidade(s) consumidora(s), segundo           
disposto nas normas e nos contratos. 
 
Art. 167.​ O consumidor é responsável: 
I – ​pelos danos causados a pessoas ou bens, decorrentes de defeitos                       
na sua unidade consumidora, em razão de má utilização e                   
conservação das instalações ou do uso inadequado da energia​; 
(...)IV – pela custódia dos equipamentos de medição ou do TCCI da                       
distribuidora, na qualidade de depositário a título gratuito, quando                 
instalados no interior de sua propriedade, ou se, por solicitação                   
formal do consumidor, o equipamento for instalados em área                 
exterior à propriedade. 
 
O Tribunal de Justiça do Paraná, sobre a responsabilidade de conservação do                       
medidor, assim decidiu: 
APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DECLARATÓRIA DE         
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO ​VIOLAÇÃO DE MEDIDOR DE             
ENERGIA ELÉTRICA RESPONSABILIDADE DO       
PROPRIETÁRIO DA UNIDADE CONSUMIDORA PELA         
CONSERVAÇÃO DO APARELHO, ENTREGUE EM REGIME           
DE COMODATO COBRANÇA DA ENERGIA NÃO           
FATURADA PELA MÉDIA HISTÓRICA DE CONSUMO DA             
RESIDÊNCIA POSSIBILIDADE PRECEDENTES - PRINCÍPIOS         
DA PROBIDADE E DA BOA FÉ OBJETIVA SUSPENSÃO DO                 
FORNECIMENTO UTILIZAÇÃO COMO MEIO COERCITIVO         
PARA O PAGAMENTO ABUSO DE DIREITO           
DESNECESSIDADE, ADEMAIS, DE TAL MEDIDA, PORQUE           
 
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POR MEIO DE RECONVENÇÃO A         
CONCESSIONÁRIA/RECONVINTE OBTEVE A     
CONDENAÇÃO DO RECONVINDO A PAGAR-LHE ESSES           
DÉBITOS PRETÉRITOS RECURSOS NÃO PROVIDOS.” (Ac.           
un. nº 15.397, da 11ª CC do TJPR, na Ap. Cív. nº 631.188-4, de                           
Londrina, Rel. Des. MENDONÇA DE ANUNCIAÇÃO, in DJ de                 
02/03/2010). 
 
O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul ratifica esse mesmo entendimento: 
APELAÇÃO CÍVEL. ENERGIA ELÉTRICA. ENERGIA         
ELÉTRICA. IRREGULARIDADE NO MEDIDOR.       
RECUPERAÇÃO DE CONSUMO. RESPONSABILIDADE DO         
CONSUMIDOR. CÁLCULO FEITO COM BASE NO MAIOR             
CONSUMO. 
O titular da unidade consumidora é o responsável pela manutenção                   
das instalações internas, pelos danos causados aos equipamentos de                 
medição ou os decorrentes de deficiência técnica e pela custódia do                     
aparelho. Comprovada a ocorrência de irregularidade no medidor               
de energia elétrica, cumprindo a concessionária com o ônus da                   
prova que lhe incumbia, impõe-se a responsabilidade do               
consumidor, que se aproveitou da irregularidade ou permitiu que                 
terceiro dela se aproveitasse. Inteligência dos artigos 102, 104, 105 e                     
72, IV, b, todos da Resolução nº 456/00 da ANEEL. Precedentes do                       
TJRGS. Apelação com seguimento negado. (Apelação Cível Nº               
70053465878, Vigésima Segunda Câmara Cível, Tribunal de Justiça               
do RS, Relator: Carlos Eduardo Zietlow Duro, Julgado em                 
07/03/2013) 
 
Consoante se vê, sendo devidamente constatada a violação no medidor de                     
energia elétrica, atribui-se tal violação ao usuário do serviço, vez que este é o responsável por sua                                 
conservação. Por conseguinte, tal constatação já é suficiente para autorizar a cobrança da                         
recuperação de consumo no período. 
DO PEDIDO CONTRAPOSTO 
 
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Número do documento: 19052020232661600000025742997
 
 
 
 
 
 
 
Já restou cristalino que o Autor pretende com a presente demanda, furtar-se ao                         
pagamento da energia elétrica efetivamente fornecida/consumida ao longo dosmeses. Como já                       
demonstrado, o débito acumulado e atualizado da parte Autora é de R$ 5.339,02 (cinco mil,                             
trezentos e trinta e nove reais e dois centavos). 
Tal quantia é imprescindível para um melhor investimento por parte da                     
Reclamada na melhoria das redes de distribuição de energia elétrica do Estado de Rondônia, o que                               
traria melhor qualidade do serviço público prestado pela Reclamada para toda a sociedade                         
rondoniense. 
Visando a celeridade e economicidade processual, vem a Reclamada apresentar                   
PEDIDO CONTRAPOSTO nos termos do art. 31 da Lei 9.099/95, no sentido de que a parte                               
Autora seja condenada no pagamento do valor de R$ R$ 5.339,02 (cinco mil, trezentos e trinta e                                 
nove reais e dois centavos). 
 
 
DO PEDIDO 
a) Seja julgada esta demanda ​TOTALMENTE IMPROCEDENTE ​em todos os seus                     
termos tendo em vista a inadimplência da autora, e ​PROCEDENTE ​a resposta que oferece,                           
extinguindo-se o feito do pedido autoral com julgamento do mérito, condenando-a no pagamento                         
das custas processuais e honorários advocatícios no importe de 20% sob o valor da causa; 
b) Bem como, que seja ​JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE O PEDIDO                   
CONTRAPOSTO ​ora apresentada, devendo a Autora ser condenada a pagar à Ré a quantia de R$                               
5.339,02 (cinco mil, trezentos e trinta e nove reais e dois centavos), referente à fatura não paga no                                   
período retro mencionado, honorários de sucumbência, nos termos do CPC. 
 
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Requer, na forma do NCPC 272 § 5º que, todas as intimações e demais comunicados                             
oficiais sejam feitos exclusivamente em nome dos advogados abaixo firmados, Rochilmer Mello da                         
Rocha Filho, inscrito na OAB/R0 sob o n. 635, Diego de Paiva Vasconcelos, inscrito na OAB/R0                               
sob o n. 2.013 e Márcio Melo Nogueira, inscrito na OAB/R0 sob o n. 2.827, regularmente                               
constituídos na espécie, bem ainda nelas fazendo veicular o nome da Sociedade de Advogados à                             
qual pertencem, qual seja, Rocha Filho Nogueira e Vasconcelos Advogados, inscrita na OAB/R0                         
sob o n. 0016/1995, devidamente qualificada e indicada no instrumento de mandato coligido na                           
espécie, nos termos do NCPC 272 § 1º, o que se requer sob pena de nulidade do ato. 
Por fim, protesta, e desde logo requer, provar o alegado por todos os meios de prova                               
em direito admitidos, sem exceções. 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
 
 
 Porto Velho, 20 de maio de 2019. 
 
Rochilmer Mello da Rocha Filho  Alessandra Mondini Carvalho 
OAB/RO 635 OAB/RO 4.240 
 
 
Márcio Melo Nogueira Diego de Paiva Vasconcelos 
 OAB/RO 2.827 OAB/RO 2.013 
 
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Num. 27415627 - Pág. 19Assinado eletronicamente por: MARCIO MELO NOGUEIRA - 20/05/2019 20:23:26
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19052020232661600000025742997
Número do documento: 19052020232661600000025742997
 
 PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA
Comarca de Ariquemes 
ARIQUEMES - JUIZADO ESPECIAL
AVENIDA TANCREDO NEVES, 2606, - DE 2084 A 2700 - LADO PAR, SETOR INSTITUCIONAL, ARIQUEMES - RO - CEP: 76804-110 - FONE:(69)
35352493
PROCESSO Nº: 7004116-71.2019.8.22.0002
CLASSE: JUIZADOS - PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)
PROTOCOLADO EM: 02/04/2019 10:30:47
AUTOR: JOSE ALMEIDA FILHO
REQUERIDO: CERON
COMUM URBANO – BAIXADO POSITIVO – 100,62
CERTIDÃO
Certifico que em cumprimento ao retro mandado, me encontrei em diligência no endereço indicado, e ali estando procedi à citação e intimação de Centrais Elétricas de Rondônia –
CERON/ENERGISA, na pessoa de Tiago Inácio de Castro (matrícula 5128-4), oportunidade em que procedi à sua intimação da tutela de urgência deferida nos autos, o qual ficou ciente,
recebeu as cópias e assinou no anverso do mandado. 
Ariquemes, 04/04/2019.
Maiko Cristhyan Carlos de Miranda
 
Oficial de Justiça
Num. 26082470 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: MAIKO CRISTHYAN CARLOS DE MIRANDA - 04/04/2019 20:18:35
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040420183486500000024447894
Número do documento: 19040420183486500000024447894
 
Num. 26082471 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: MAIKO CRISTHYAN CARLOS DE MIRANDA - 04/04/2019 20:18:36
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040420183596700000024447895
Número do documento: 19040420183596700000024447895
 
 PODER JUDICIÁRIO
 Tribunal de Justiça de Rondônia
 Juizado Especial Cível
 Av: Tancredo Neves, 2606 - Setor Institucional, Ariquemes/RO, CEP: 76870-000
Fone:(69)3535-2093 
 Processo: 7004116-71.2019.8.22.0002
JUIZADOS - PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL (436)
 Requerente: Nome: JOSE ALMEIDA FILHO
Endereço: Rua Basílio da Gama, 3345, Tel. 9209-0894 / 9218-2428, Colonial, Ariquemes - RO - CEP: 76873-732
Requerido: Nome: Ceron
Endereço: Avenida Juscelino Kubitschek, 1966, - de 1560 a 1966 - lado par, Setor 02, Ariquemes - RO - CEP: 76873-238
 
MANDADO DE CITAÇÃO
INTIMAÇÃO PARA CUMPRIR A TUTELA
 
 
1) CITAR E INTIMAR: ELETROBRÁS DISTRIBUIÇÃO RONDÔNIA/CERON
Endereço: Avenida Juscelino Kubitschek, 1966, Setor 02, Ariquemes - RO
 
 
Fica V.Sa. CIENTE da AÇÃO ajuizada nos autos do processo acima e INTIMADA a CUMPRIR A TUTELA DE
URGÊNCIA conforme cópia da DECISÃO abaixo e documentos anexos.
Ariquemes, 2 de abril de 2019
 
 
Recebo a inicial.
Trata-se de ação interposta por JOSE ALMEIDA FILHO em desfavor de ELETROBRAS
DISTRIBUIÇÃO RONDÔNIA - CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S A – CERON.
Segundo consta na inicial, o autor foi surpreendido com o recebimento de fatura de energia
elétrica cobrando recuperação de consumo da unidade consumidora no valor de R$ 5.339,02 (cinco mil
trezentos e trinta e nove reais e dois centavos).
Desta feita, como não concorda com a cobrança imputada, ingressou com a presente
tencionando, via antecipação da tutela, a determinação de suspensão da negativação de seu nome, bem
como a suspensão de ordem de desligamento do fornecimento de energia elétrica de sua residência.
Num. 25982045 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ELIANE RUDEY - 02/04/2019 16:16:39
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040216163869700000024352894
Número do documento: 19040216163869700000024352894
No mérito, requereu a nulidade da fatura de recuperação de consumo.
Para amparar o pedido, juntou documento de identidade, fatura de energia elétrica, dentre outros.
O artigo 300 do Código de Processo Civil prevê que “a tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo”.
A tutela antecipada reclama pressupostos substanciais, a evidência e a periclitação potencial do
direito objeto da ação, caracterizadas pelo abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório
do réue pressupostos processuais, quais sejam: prova inequívoca conducente à comprovação da
verossimilhança da alegação e requerimento da parte. Observa-se, ainda que, tais pressupostos devem ser
evidenciados conjuntamente, pelo que, em via oblíqua, tornar-se-á defesa a concessão da liminar.
Os requisitos da medida encontram-se presentes, uma vez que a parte autora está discutindo o
pagamento de faturamento retroativo do consumo de energia elétrica de sua residência e o não pagamento
poderá ensejar a suspensão do fornecimento.
Não há o que se falar em irreversibilidade do provimento, uma vez que este se limita na
suspensão de possível corte de energia elétrica, podendo referido ato ser praticado pela requerida, em
momento posterior, caso seja comprovada a legitimidade do ato.
Nessa seara, concedo a antecipação de tutela e DETERMINO à requerida CERON QUE SE
ABSTENHA DE PROCEDER AO CORTE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA DO
IMÓVEL DA PARTE AUTORA, BEM COMO, DETERMINO A SUSPENSÃO DE ANOTAÇÃO
EXISTENTE EM NOME DA PARTE AUTORA NO VALOR DE R$ 5.339,02 (CINCO MIL
, RELATIVAMENTE ATREZENTOS E TRINTA E NOVE REAIS E DOIS CENTAVOS)
RECUPERAÇÃO DE CONSUMO, O QUAL POSSUI COMO CREDOR A PARTE REQUERIDA, ATÉ
FINAL DECISÃO DA LIDE, sob pena de multa diária de R$ 300,00 (trezentos reais) até o limite de 20
salários mínimos e, caso, o corte já tenha sido efetivado que proceda O IMEDIATO RELIGAMENTO.
Considerando que a CERON é uma das maiores litigadas deste Juizado Especial Cível e na
maioria absoluta dos casos, NÃO tem realizado acordos e considerando que as demandas que envolvem o
fornecimento de energia elétrica quase sempre envolvem causas urgentes, deixo de designar audiência
específica para conciliação a fim de propiciar o rápido julgamento do feito e resolução da lide.
Considerando os princípios informadores dos Juizados Especiais, notadamente a celeridade e
informalidade e considerando, sobretudo, que no caso dos autos, a questão de fato pode ser provada por
meio de documentos, também deixo de designar audiência de instrução e julgamento, posto que tal
providência gerará morosidade ao feito sem qualquer proveito prático, à medida que não há necessidade
de provas testemunhais.
Assim, adoto, no caso em tela, o rito simplificado permitido pelo Sistema dos Juizados Especiais
Cíveis como forma de prestigiar os princípios informadores da celeridade, economia processual e
informalidade.
Cite-se e intime-se a CERON para que apresente resposta no prazo de 30 dias a contar da
citação/intimação.
Caso a CERON tenha interesse em realizar a conciliação, determino que junte aos autos, no
prazo da contestação, a proposta de acordo que tiver a fim de que seja submetida à parte autora ou seja
designada audiência de conciliação para esse fim.
Caso NÃO tenha interesse ou possibilidade de acordo, determino que informe isso nos autos por
ocasião de sua contestação a fim de evitar possíveis alegações de cerceamento do direito de a parte se
conciliar, pena de seu silêncio ser interpretado como falta de interesse na conciliação.
Num. 25982045 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: ELIANE RUDEY - 02/04/2019 16:16:39
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040216163869700000024352894
Número do documento: 19040216163869700000024352894
Caso exista pedido de DANO MORAL no caso em tela, as partes deverão observar se é caso de
dano moral presumido e em caso negativo, deverão juntar declaração de suas testemunhas com firma
reconhecida em Cartório relativamente ao fato constitutivo do direito que pretendem provar.
Em todo caso, se alguma das partes tiver interesse na produção de provas orais, determino que se
manifestem nos autos informando tal interesse no prazo de 15 (quinze) dias, hipótese em que o direito de
as partes produzirem provas será devidamente assegurado. Por outro lado, a não manifestação das partes
no prazo ora assinalado, será interpretada como desinteresse à produção de provas orais.
Cancele-se eventual audiência designada automaticamente pelo Sistema PJE, retirando-a da
pauta.
Cumpra-se servindo-se a presente Decisão como Carta de Citação e
Intimação/Mandado/Ofício/Carta Precatória para o cumprimento da tutela antecipada, citação e
intimação da CERON e intimação da parte autora.
 
Ariquemes – RO; data e horário certificados pelo Sistema PJE
 
 
Assinado eletronicamente por: ADIP CHAIM ELIAS HOMSI NETO
02/04/2019 11:19:10
http://pje.tjro.jus.br:80/pg/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
ID do documento: 25973465
 
19040212153100000000024344129
Num. 25982045 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: ELIANE RUDEY - 02/04/2019 16:16:39
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040216163869700000024352894
Número do documento: 19040216163869700000024352894
 
 
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE RONDÔNIA 
T r i b u n a l d e J u s t i ç a d e R o n d ô n i a
 Ariquemes - 1ª Vara do Juizado Especial Cível
 Av. Tancredo Neves, nº 2606, Bairro Centro, CEP 76.872-854, Ariquemes, RO
Recebo a inicial.
Trata-se de ação interposta por JOSE ALMEIDA FILHO em desfavor de ELETROBRAS
DISTRIBUIÇÃO RONDÔNIA - CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S A – CERON.
Segundo consta na inicial, o autor foi surpreendido com o recebimento de fatura de energia
elétrica cobrando recuperação de consumo da unidade consumidora no valor de R$ 5.339,02 (cinco mil
trezentos e trinta e nove reais e dois centavos).
Desta feita, como não concorda com a cobrança imputada, ingressou com a presente
tencionando, via antecipação da tutela, a determinação de suspensão da negativação de seu nome, bem
como a suspensão de ordem de desligamento do fornecimento de energia elétrica de sua residência.
No mérito, requereu a nulidade da fatura de recuperação de consumo.
Para amparar o pedido, juntou documento de identidade, fatura de energia elétrica, dentre outros.
O artigo 300 do Código de Processo Civil prevê que “a tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo”.
A tutela antecipada reclama pressupostos substanciais, a evidência e a periclitação potencial do
direito objeto da ação, caracterizadas pelo abuso de direito de defesa ou manifesto propósito protelatório
do réu e pressupostos processuais, quais sejam: prova inequívoca conducente à comprovação da
verossimilhança da alegação e requerimento da parte. Observa-se, ainda que, tais pressupostos devem ser
evidenciados conjuntamente, pelo que, em via oblíqua, tornar-se-á defesa a concessão da liminar.
Os requisitos da medida encontram-se presentes, uma vez que a parte autora está discutindo o
pagamento de faturamento retroativo do consumo de energia elétrica de sua residência e o não pagamento
poderá ensejar a suspensão do fornecimento.
Não há o que se falar em irreversibilidade do provimento, uma vez que este se limita na
suspensão de possível corte de energia elétrica, podendo referido ato ser praticado pela requerida, em
momento posterior, caso seja comprovada a legitimidade do ato.
Nessa seara, concedo a antecipação de tutela e DETERMINO à requerida CERON QUE SE
ABSTENHA DE PROCEDER AO CORTE DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA DO
IMÓVEL DA PARTE AUTORA, BEM COMO, DETERMINO A SUSPENSÃO DE ANOTAÇÃO
EXISTENTE EM NOME DA PARTE AUTORA NO VALOR DE R$ 5.339,02 (CINCO MIL
, RELATIVAMENTE ATREZENTOS E TRINTA E NOVE REAIS E DOIS CENTAVOS)
RECUPERAÇÃO DE CONSUMO, O QUAL POSSUI COMO CREDOR A PARTE REQUERIDA, ATÉ
FINAL DECISÃO DA LIDE, sob pena de multa diária de R$ 300,00 (trezentos reais) até o limite de 20
salários mínimos e, caso, o corte já tenha sido efetivado que proceda O IMEDIATO RELIGAMENTO.
Considerando que a CERON é uma das maiores litigadas deste Juizado Especial Cível e na
maioria absoluta dos casos, NÃO tem realizado acordos e considerando que as demandas que envolvem o
fornecimento de energia elétrica quase sempre envolvem causas urgentes, deixo de designar audiência
específica para conciliação a fim de propiciaro rápido julgamento do feito e resolução da lide.
Num. 25973465 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: ADIP CHAIM ELIAS HOMSI NETO - 02/04/2019 11:19:10
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040212153100000000024344129
Número do documento: 19040212153100000000024344129
Considerando os princípios informadores dos Juizados Especiais, notadamente a celeridade e
informalidade e considerando, sobretudo, que no caso dos autos, a questão de fato pode ser provada por
meio de documentos, também deixo de designar audiência de instrução e julgamento, posto que tal
providência gerará morosidade ao feito sem qualquer proveito prático, à medida que não há necessidade
de provas testemunhais.
Assim, adoto, no caso em tela, o rito simplificado permitido pelo Sistema dos Juizados Especiais
Cíveis como forma de prestigiar os princípios informadores da celeridade, economia processual e
informalidade.
Cite-se e intime-se a CERON para que apresente resposta no prazo de 30 dias a contar da
citação/intimação.
Caso a CERON tenha interesse em realizar a conciliação, determino que junte aos autos, no
prazo da contestação, a proposta de acordo que tiver a fim de que seja submetida à parte autora ou seja
designada audiência de conciliação para esse fim.
Caso NÃO tenha interesse ou possibilidade de acordo, determino que informe isso nos autos por
ocasião de sua contestação a fim de evitar possíveis alegações de cerceamento do direito de a parte se
conciliar, pena de seu silêncio ser interpretado como falta de interesse na conciliação.
Caso exista pedido de DANO MORAL no caso em tela, as partes deverão observar se é caso de
dano moral presumido e em caso negativo, deverão juntar declaração de suas testemunhas com firma
reconhecida em Cartório relativamente ao fato constitutivo do direito que pretendem provar.
Em todo caso, se alguma das partes tiver interesse na produção de provas orais, determino que se
manifestem nos autos informando tal interesse no prazo de 15 (quinze) dias, hipótese em que o direito de
as partes produzirem provas será devidamente assegurado. Por outro lado, a não manifestação das partes
no prazo ora assinalado, será interpretada como desinteresse à produção de provas orais.
Cancele-se eventual audiência designada automaticamente pelo Sistema PJE, retirando-a da
pauta.
Cumpra-se servindo-se a presente Decisão como Carta de Citação e
Intimação/Mandado/Ofício/Carta Precatória para o cumprimento da tutela antecipada, citação e
intimação da CERON e intimação da parte autora.
 
Ariquemes – RO; data e horário certificados pelo Sistema PJE
 
Num. 25973465 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: ADIP CHAIM ELIAS HOMSI NETO - 02/04/2019 11:19:10
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040212153100000000024344129
Número do documento: 19040212153100000000024344129
 
em anexo
Num. 25961097 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: LIDIANE NIZ LONGO - 02/04/2019 10:28:58
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040210285803400000024333198
Número do documento: 19040210285803400000024333198
 
CHI1IJT%215 JJ CIliLJn.), 
I.F!, .1.-\,:ltm 1.‘1 US 	M',///r 
44 	L‘HILI D15.sp 
rN "4" 
I JOSE ALMEIDA FILHO 
frt 
00C ;SE N I IPASE I ÕRG EMISSOR UF 
159 4 6 5 SSP RO 
SC 
[1:-.4c711301[3nOAT/A0N4571"49E6NTO°1 
APAGAS 	 
JOSE ALMEIDA DOS SANTOS fa.4, 
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FRANCISCA PAULA DE 
ALMEIDA 
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714 
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16
76
05
03
3 9
 
r LOCAI. 
ARI QUERES , RO 
AIA EMISSA 
26/06/301 1 
60115176560 
ASAINATURA DO EMISSOR 
2:030 RONDÔNIA NI:WÁ--.? 
Num. 25963303 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: LIDIANE NIZ LONGO - 02/04/2019 10:28:58
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040210285822200000024333204
Número do documento: 19040210285822200000024333204
 
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA 
Secretaria de Estado da Assistência Social 
PROCON-RO 
rFA: 11.001.002.19-0007560 
Ariquemes, 3/21/2019 10:56:44 AM 
A(o ) CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA S/A 
ENERGISA 
AVENIDA DOS IMIGRANTES, 4137 - 
76821060 - INDUSTRIAL- Porto Velho - RO 
Ref.: JOSE ALMEIDA FILHO 
RG. : 159465 - CPF.: 11411732200 
RUA BASILIO DA GAMA, 3345 - 
76873732 - COLONIAL - Ariquemes - RO 
Fone: 69- 9218-2428 
Prezado(s) Senhor(es), 
EDMILSON BANDEIRA 
O consumidor, já qualificado nesta Carta de Informação Preliminar, é usuário de 
energia elétrica CÓDIGO ÚNICO 0555757-7, medidor bab16095352 relata que foi 
surpreendido ao receber uma fatura referente a recuperação de consumo, processo n2 
2017/48793 no valor de R$ 5.171,18 (cinco mil cento e setenta e um reais e dezoito 
centavos). 
O consumidor alega desconhecer o valor cobrado, pois não realizou nenhum 
procedimento irregular em seu relógio, e pagou todas as faturas nos valores estabelecidos 
pela fornecedora, além de que problemas de irregularidade na medição não é 
responsabilidade do consumidor e não tem condições de pagar esse debito, pois é abusivo. 
Informa que não acompanhou o procedimento de troca do relógio e que havia 
procurado a fornecedora em outras ocasiões para informas sobre problemas em seu 
medidor, só localizou protocolo um referente ao dia 20/11/20105 ordem de serviço 
54128398 e outro no dia 30/07/2015 protocolo 5383351, ordem de serviço 53740422. 
Art. 113. "A distribuidora quando, por motivo de sua responsabilidade, faturar valores 
incorretos, faturar pela média dos últimos faturamentos sem que haja previsão nesta 
Resolução ou não apresentar fatura, sem prejuízo das sanções cabíveis, deve observar os 
seguintes procedimentos: I - faturamento a menor ou ausência de faturamento: providenciar 
a cobrança do consumidor das quantias não recebidas, limitando-se aos últimos 3 (três) 
ciclos de faturamento imediatamente anteriores ao ciclo vigente 
Tentou contato com a fornecedora, sem êxito na resolução do problema, razão pela 
qual veio ao PROCON para que este Órgão intercedesse por ele na presente lide. 
PEDIDO - diante do exposto, requer: 
1- ESCLARECIMENTO SOBRE O OCORRIDO; 
II- CANCELAMENTO INTEGRAL DA FATURA. 
Doc. n2 00081060/19 
	
Pagina 1 de 2 	 Impresso em: 21/03/2019 11:58 
Num. 25963302 - Pág. 1Assinado eletronicamente por: LIDIANE NIZ LONGO - 02/04/2019 10:28:58
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040210285854000000024333203
Número do documento: 19040210285854000000024333203
Eletrobras 
c:miamo° nonatnia 
CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA 
NOTIFICAÇÃO Processo N°: 
2017/48793 
Cliente: NEDIR DIAS DE ABREU ALMEIDA 
	
U.C.: 	0555757-7 
Endereço R. BASILIO DA GAMA 3345 
	
Medidor: BAB16095352 
COLONIAL 
	
Roteiro: 015.23.08.138000 
76.873-732 ARIQUEMES - RO 
	
Poste: —/ 
ARIQUEMES, 16 de Janeiro de 2019. 
Prezado(a) Consumidor(a), 
Em inspeção efetuada em 16/t9/2017 na unidade consumidora de código 0555757-7, localizada a R. BASILIO DA 
GAMA, 3345 -' COLONIAL - ARIQUEMES, de sua responsabilidade, foi constatada irregularidade na medição e/ou na 
instalação elétrica, confirmada pelo Termo de Ocorrência e Inspeção e/ou laudo de aferição, entregue(s) no momento da 
inspeção técnica. 
Tal irregularidade determinou faturamentos incorretos, cujos ajustes estão explicitados na memória de cálculo 
apresentada a seguir, para a devida quitação, conforme disposto nos Arts. 129 a 133 da Resolução Aneel n°414, de 
09/09/2010. 
Critério utilizado: MEDIA 3 MAIORES 12 MESES 
	
Periodo da cobrança: 09/2017 a 05/2015 
	
29 Meses 
Memória de Cálculo 
Qtde 	Tarifa R$ 	Valor R$ 
Consumo kWh 	 5815 	0,80 	4.669,27 	 Custo Administrativo: 	 159,02 
Iluminação Pública: 	 304,50 
Servico: 
Demanda kW 	 Medidor: 	 38,39 
Transporte: 
Ultrap. Demanda kW 	 Impostos Retidos: 
Correção Monetária: 
ERE kWh 
DRE kW 
Total Apurado: 	R$ 5.171,18 
"Os valores apresentados estão sujeitos a reajustes em função do aumento das tarifas de energia elétricae/ou tributos Incidentes. 
Caso V.Sa. concorde como cálculo, solicitamos o seu comparecimento, de 2" a 6" feira, das 08:00 as 12:00 14:00 as 
18:00, no prazo de 30 (trinta) dias, no endereço a seguir, para definição da forma de quitação do débito, munido de 
documentos pessoais: AV J K 1966. 
Caso V.Sa. não concorde com os valores apresentados, poderá apresentar recurso por escrito a esta distribuidora no 
prazo de 30 (trinta) dias a partir do recebimento desta Notificação, o qual deverá ser protocolado em nosso posto de 
atendimento, com a devida prova documental legal disponível. Adicionalmente, informamos que, após análise de 
eventual recurso e decisão desta distribuidora, persistindo discordância, é facultado a V.Sa. apresentar reclamação à 
nossa Ouvidoria e à Agência Nacional de Energia Elétrica — ANEEL, nesta ordem. 
Esclarecemos que o não comparecimento para negociar o débito ou interposição de recurso representará o aceite, por 
Vossa Senhoria, dos valores calculados e a devida autorização para a emissão da fatura de cobrança ou o compromisso 
de pagamento da fatura, caso essa esteja sendo apresentada junto com esta notificação. O não pagamento do débito 
poderá acarretar a suspensão do fornecimento de energia elétrica para a unidade consumidora em questão, conforme 
prevê o art. 172 da Resolução ANEEL n ° 414, de 09/09/2010, e a inclusão do CPF ou CNPJ do titular da fatura no 
cadastro de inadimplentes da SERASA. 
- 2405(2015 - V 11 C6 
 
NOTIFICAÇÃO 
Processo N°: 
PROTOCOLO DE ENTREGA 	 2017/48793 
Etetrobras 
ORITbaMt• R000" 
 
CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA 
 
Cliente: NEDIR DIAS DE ABREU ALMEIDA 	 U.C.: 	0555757-7 
Endereço R. BASILIO DA GAMA 3345 	 Medidor: BAB16095352 
COLONIAL 	 Roteiro: 015.23.08.138000 
76.873-732 ARIQUEMES - RO 	 Poste: —/ 
Observações: 	 ( ) Casa fechada 	 ( ) Imóvel ligado 	 ( ) Imóvel Demolido 
( ) Endereço não encontrado 	 ( ) Imóvel desligado 	 ( ) Outros 	 
Recebido por: Nome: 	 RG: 	 Orgão Emissor: 	 UF: 
CPF : 	 Assinatura: 	Data: 	 
/ Carimbo 
Num. 25963302 - Pág. 2Assinado eletronicamente por: LIDIANE NIZ LONGO - 02/04/2019 10:28:58
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040210285854000000024333203
Número do documento: 19040210285854000000024333203
Etetrobras 
taástnbuiçao Rondônia 
Memória Descritiva do Cálculo 
IRREGUL NO MEDIDOR 
Emitido em 	16/01/2019 
Processo n° 	2017 / 48793 
CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA 
 
 
Cliente 	Nome do Cliente 
0555757-7 NEDIR DIAS DE ABREU ALMEIDA 
Cod. Único 	Endereço 
O 55 5757-7 R. BASILIO DA GAMA 3345 ARIQUEMES - COLONIAL 
Atividade 
Cod Fat 
01 01 01 2 
Roteiro 
01 5.23.0 8.13800p 
Início da Irreg. Fim da Irreg. Energia Ativa Estimada ERE Estimada 	r 	Critério de Recuperação 1 Conforme Resolução ANEEL n°414/2010, Art 	15 e Art 	30) Inspeção Mês Normal 
09/2017 05/2015 228 	1 	1 1 	 ltAEDIA 3 MAIORES 12 MESES 1 	1 6/0 9/2 01 7 04/2015 
Início a Recup. Fim a Recup. Demanda Estimada ORE Estimada 	1 Meses Conforme Critério Erro Medidor 
09/2017 05/2015 O ONS: 06/2014=236, 05/2014=227, 09/2014=220 
EM: 05/2014=0, 06/2014=0, 07/2014=0 
RE: 05/2014=0,06/2014=0, 07/2014=0 
RE: 05/2014-0, 0612014=0, 07/2014=0 
Ciclo Qtd1Hor Energ'a Ativa ERE Demanda Demanda Ultrap ORE Importe Tarifa 
Fat. Diasi Faturada Apurada 	DevIda 	Faturada Apurada Devida Teste 	Ctda 1 	Nova 1 Medidal Fatur. lApurada Devida Fatur. lApurada Devida Fatur. Apurada Devida R$ Vig. 
09/2017 	30 	 30 	228 198 O 	o O O O 	O O O O 	O 158,99 16/01/2019 
08/2017 	33 	 30 250 220 O 	O O o O O 	 O o O 	O 176,65 16/01/2019 
07/2017 	29 	 30 220 190 O 	O O O O 	0 O 	 O O O 	O 152,56 16/01/2019 
06/2017 	31 	 30 235 205 O O O O 	O O 	 O O O 	O 164,61 16/01/2019 
05/2017 	32 	 30 243 213 O 	O O O O O o 0 	0 171,03 16/01/2019 
04/2017 	29 	 30 220 190 o O 0 O 	O O 	 O O O 	O 152,56 16/01/2019 
03/2017 	30 	 30 228 198 O 	O O O O 	O O 	 O O 0 	O 158,99 16/01/2019 
02/2017 	28 	 30 212 182 O O O O 	O O O O 146,14 16/01/2019 
01/2017 	32 	 30 243 213 O 	O O O O O 	 O o O 	O 171,03 16/01/2019 
12/2016 	29 	 30 220 190 O 	O O 0 O 	O 0 	 O O O 	O 152,56 16/01/2019 
11/2016 	30 	 30 228 198 O 	O 0 o O 0 	 O o O 	O 158,99 16/01/2019 
10/2016 	32 	 30 243 213 O 	O O O O 	O O 	 O O O 	O 171,03 16/01/2019 
09/2016 	30 	 30 228 198 O 	0 O o O 	O O 	 O O O 	O 158,99 16/01/2019 
08/2016 	32 	 30 243 213 O 	O O O O 	O O O O 	O 171,03 16/01/2019 
07/2016 	30 	 30 228 198 O 	O O O O 	O O 	 0 O O 	O 158,99 16/01/2019 
08/2016 	30 	 30 228 198 O 	o 0 o O 	O O O O 	O 158,99 16/01/2019 
05/2016 	30 	 30 228 198 O O O O 	O O O O 	O 158,99 16/01/2019 
04/2016 	31 	 30 235 205 O O O O 	O O O O 	0 164,61 16/01/2019 
03/2016 	30 	 30 228 198 O O O O 	O O o O 158,99 16/01/2019 
02/2016 	31 	 30 235 205 O 	o O o O O 	 O O O 	O 164,61 16/01/2019 
01/2016 	30 	 30 228 198 O O O O 	O O 	 O O O 158,99 16/01/2019 
12/2015 	30 	 30 228 198 O 	O O O O 	O O 	 O O 0 	O 158,99 16/01/2019 
11/2015 	31 	 30 235 205 o O o O O 0 O 	O 164,61 16/01/2019 
10/2015 	31 	 30 235 205 O O O O 	O O 	 O O 0 	O 164,61 16/01/2019 
09/2015 	31 	 30 235 205 O O o O O O O 	O 164,61 16/01(2019 
08/2015 	30 	 30 228 198 O O O O 	O O O 0 	O 158,99 16/01/2019 
07/2015 	31 	 30 235 205 O 0 O O 	0 O 	 O O O 	O 164,61 16/01/2019 
06/2015 	32 	 30 243 213 O 	O O o o O 	 O O O 	O 171,03 16/01/2019 
05/2015 	28 	 47 212 165 O 	O O o O O 	 O o O 	O 132,49 16/01/2019 
5.815 O o o 
Importe Valor (R$) Descrição Valor (R$) Imposto Valor R$) Imposto Valor (R$) 
Energia Ativa 4.669,27 Custo Administrativo da Inspeção 159,02 ICMS 933,85 COSIP 304,50 
ERE 0,00 Serviço PIS 25,59 Correção Monetária 0,00 
Demanda 0,00 Medidor 38,39 COFINS 118,45 
Demanda Ultrap. 0,00 Transporte Retenção 0,00 
ORE 0,00 Total a Pagar 5.171,18 
Página: 1 
	 ProoMminriaCaleulo.qrp 20/06/2018 - V.9.07 
Num. 25963302 - Pág. 3Assinado eletronicamente por: LIDIANE NIZ LONGO - 02/04/2019 10:28:58
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Número do documento: 19040210285854000000024333203
 
all,i~breeS 
011istrebulaw bearídants 
 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
Protocolo 
Código Único : 0555757-7 
Ordem de Serviço: 54128398 CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA 
 
Data Abertura: 20/11/2015 
SERVIÇO 	: INFORMAÇÃO SOBRE SERVIÇO 
ENDEREÇO 	: R. BASíLIO GAMA 3345 COLONIAL 
BAIRRO 	 Cep : 78932-000-ARIQUEMES 
NOME CLIENTE : NEDIR DIAS DE ABREU ALMEIDA 
SOLICITANTE 	: JOSE ALMEIDA FILHO 
LOC/SET/ROT/SEQ: 015 . 23 .08 .138000 
ATIVIDADE 
CLASSE 	 : 01 
SUB-CLASSE 	: 01 
TENSÃO 	 : 01 
TIPO DE LIGAÇÃO : 01 
LIGAÇÃO SUGERIDA: 
RESIDENCIAL 
RESIDENCIAL NORMAL 
BAIXA TENSAO RESIDEN 
MONOFASICA 
O serviço solicitado será executado até 23/11/2015. Caso isso não ocorra, mantenha contato com a 
CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA através de sua(s) Loja(s) de Atendimento - telefone 0800 647 
0120. 
Nos contatos com a empresa, esteja sempre de posse do número do Protocolo ou do Código Único 
da Unidade Consumidora. 
Ciente 
NEDIR DIAS DE ABREU ALMEIDA 
Emitido em 20/11/2015 10:0613 AM 
Pmlocolomm-3~4-VIM 
Num. 25963302 - Pág. 4Assinado eletronicamente por: LIDIANE NIZ LONGO - 02/04/2019 10:28:58
http://pjepg.tjro.jus.br:80/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=19040210285854000000024333203
Número do documento: 19040210285854000000024333203
• 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO 
Protocolo : 5383351 
Código Único : 0555757-7 
Ordem de Serviço: 53740422 CENTRAIS ELETRICAS DE RONDONIA 
 
Data Abertura: 30/0712015 
SERVIÇO 
	
SOLIC. PARA CONFIRMAÇÃO DE CARGA 
ENDEREÇO 
	
R. BASÍLIO GAMA 3345 COLONIAL 
BAIRRO 
	
Cep : 78932-000-ARIQUEMES 
NOME CLIENTE : NEDIR DIAS DE ABREU ALMEIDA 
SOLICITANTE 	: JOSUE ALMEIDA FILHO 
LOC/SET/ROT/SE0 : 015 23 08 .138000 
ATIVIDADE 
CLASSE 	 : 01 
SUB-CLASSE 	: 01 
TENSÃO 	: 01 
TIPO DE LIGAÇÃO : 01 
LIGAÇÃO SUGERIDA: 
RESIDENCIAL 
RESIDENCIAL NORMAL 
BAIXA TENSA° RES 
MONOFASICA 
O serviço solicitado será executado até 14/08/2015. Caso isso não ocorra, mantenha contato com

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