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FORMULAÇÕES DE PEELINGS QUÍMICOS: ALFA-HIDROXI-ÁCIDOS (AHAS)
Os AHAS se diferenciam dos demais ácidos
Os alfa-hidroxi-ácidos (AHAS) são um grupo de substâncias naturais encontradas em alguns alimentos que constituem uma família de ácidos orgânicos. Compõem os seguintes ácidos: 
- Ácido glicólico: derivado da cana de açúcar;
- Ácido lático: derivado do leite azedo;
- Ácido málico: derivado do mirtilho;
-Ácido tartárico: derivado de maças;
-Ácido cítrico: derivado de limões.
Os AHAS se diferenciam dos demais ácidos por possuírem moléculas de menor tamanho e conseguirem maior poder de penetração na pele. Quando são aplicados topicamente, produzem efeitos específicos sobre o estrato córneo, a epiderme, a papila dérmica e sobre os folículos pilossebáceos.
São eficientes no tratamento de rugas, desidratação da pele, espessamento e pigmentação irregular da pele. Com seu uso, a pele torna-se mais flexível e menos vulnerável a rachaduras superficiais. Também suavizam cicatrizes de acne, diminuindo sua profundidade, oleosidade, comedões e cistos. 
Apesar de serem muito conhecidos e utilizados, os mecanismos exatos da ação dos hidroxiácidos continuam desconhecidos e são controversos.
Compostos contendo AHAS em geral são bem tolerados, porém logo quando aplicados em peles sensíveis, podem provocar sensação de formigamento, ardência, e até mesmo irritação. Essas reações ocorrem devido ao baixo valor de pH das formulações. Muitos produtos com AHAS, apesar de terem o pH ajustado entre 3,0 e 5,0 para serem compatíveis com o pH da pele (4,2 a 5,6), são irritantes à pele. 
As reações adversas causadas pelos AHAS incluem eritema severo, inchaço (especialmente na região dos olhos), queimação, formação de bolhas, sangramento, erupções, coceira e descoloração da pele.
Ácido glicólico
O ácido glicólico é o mais conhecido e utilizado dos AHS. É derivado da cana-de-açúcar, hidrossolúvel e possui a menor molécula entre todos os demais AHAS, conhecida como ácido hidroxiacético, ou ácido 2-hidroxietanoico.
O ácido glicólico causa um fenômeno chamado FROST, que é a penetração maior do ácido, podendo ocorrer coagulação de proteínas e queimaduras localizada. Começa com uma pequena mancha avermelhada que deve ser neutralizada, antes que passe para uma tonalidade esbranquiçada. O ácido glicólico produz uma compactação do extrato córneo, espessamento da epiderme, deposição de mucina e colágeno dérmico, à medida que aumenta a concentração e diminui o PH.
Indicações e contraindicações
É indicado no tratamento de ceratoses actínicas e seborreicas, melasmas, acne, estrias, rugas finas, fotoenvelhecimento, verrugas planas, psoríase e principalmente em pele desidratada. É contraindicado o uso do acido glicólico para peles negras, gestantes, cicatrizes hipertróficas, herpes e eritema persistente. 
Concentrações 
 
- Em baixas concentrações (até 10%), o ácido glicólico diminui a coesão dos queratinócitos, ajudando em distúrbios da queratinização.
- Em concentrações entre 40 e 70% possui efeito epidermolítico. Deve permanecer na face em média por 5 minutos. Após esse tempo deve ser neutralizado com água ou bicarbonato de sódio, e em seguida lavado.
ácido
Entenda melhor os tipos de peeling e para quê servem
  Pele lisinha, livre de manchas indesejadas rugas ou cicatrizes é o ideal DE pele almejado por muitas pessoas. Quem já fez um peeling sabe as maravilhas que eles podem proporcionar à nossa pele mas é necessário também ter cautela sobre qual tipo de peeling fazer, quantos podemos fazer e principalmente com qual profissional fazer.
Percebo que muitas pessoas têm dúvidas em relação ao objetivo dos peelings. Afinal, o que é e para que serve um peeling? A origem da palavra peeling vem do inglês “to peel” que significa descascar e é isso mesmo que ele faz, estimula a descamação da pele em diversos níveis, desde o mais superficial até o mais profundo. Os peelings servem para diversas finalidades, dentre as mais comuns estão acne, rejuvenescimento (amenização de rugas e linhas de expressão) fotoenvelhecimento (rugas e manchas provocadas pelo Sol) e clareamento de manchas e melasmas (aquelas manchas maiores, castanhas, geralmente causadas pela gestação, contraceptivos e/ou exposição ao Sol).
Porém, um peeling é muito mais do que descamação. Todo o processo de aplicação dependendo do tipo escolhido gera também uma inflamação com consequente produção de colágeno, renovação da epiderme e despigmentação de manchas. O resultado é uma pele mais uniforme, com manchas menos visíveis, menos rugas e flacidez.
Existem diversos tipos de peelings e cada tipo oferece um resultado diferente. Eles são classificados por profundidade e por tipo. Quanto à profundidade que ele atinge na pele os peelings são classificados em: muito superficiais, superficiais, médio e profundo, e quanto ao tipo, o peeling pode ser químico, enzimático, mecânico e físico.
Os peelings muito superficiais atingem apenas algumas camadas da camada córnea da epiderme. Os superficiaisatingem da camada córnea até a camada basal ainda na epiderme. Pode parecer que só remover a epiderme é pouco mas já é bastante e o suficiente para causar desconforto. Os peelings médios removem a epiderme e parte da derme papilar que é a camada mais superficial da derme. Estes peelings oferecem certo grau de risco devido ao seu caráter invasivo e são realizados por profissionais médicos; e os peelings profundos removem epiderme, derme papilar e atingem a derme reticular que é a camada mais profunda da derme. Este tipo de peeling requer um cuidado intenso pois deixa a pele extremamente danificada e exposta aumentando o risco de infecções e assim como os peelings médios devem ser realizados por profissional médico habilitado.
Os peelings físicos e mecânicos oferecem uma abrasão física da pele. Na minha opinião, a diferença entre os dois é apenas conceitual pois na prática os dois oferecem esfoliação mecânica (associada ao movimento) através de um agente físico, ou seja, uma lixa no caso do peeling de diamante ou grânulos esfoliantes que promovem atrito como o peeling de cristal ou os esfoliantes cosméticos. Pode-se ainda considerar dentro dessa categoria, o peeling ultrassônico. O peeling ultrassônico é realizado através da vibração ultrassônica que será transmitida à pele através de uma espátula de metal. Apesar de ser promovida por meio de uma onda ultrassônica, a esfoliação que ocorre será mecânica pois será dada pelo atrito da vibração da espátula contra a pele, removendo camadas do extrato córneo.
Os peelings enzimáticos promovem a renovação da epiderme através de enzimas queratolíticas (enzimas capazes de quebrar as moléculas da queratina). Os mais utilizados são a bromelina (abacaxi), papaína (mamão), enzima de abóbora (Pumpkin Enzyme®) e a enzima de romã (Renewzyme). Promovem esfoliação suave, geralmente sem descamação visível com clareamento e uniformização da pele. São muito utilizados para formulações de uso home care (domiciliar).
O termo peeling químico é utilizado para definir os peelings realizados por ácidos. São o tipo mais populares e com bastante versatilidade visto que diferentes tipos de ácidos em diferentes concentrações podem realizar desde peelings mais superficiais até os mais profundos. Um ácido é uma substância que possui um pH* abaixo de 7. O pH da pele pode variar entre 4,2 e 5,6 (em média) dependendo da região e do tipo de pele, sendo que as peles masculinas e alípicas (secas) tendem a ser mais ácidas. Portanto para realizar um peeling é necessário que a substância utilizada possua pH inferior ao da pele, ou seja, inferior a 4,2. No mercado cosmético geralmente são comercializados ácidos com pH 3,5.
                      *(potencial hidrogeniônico – indica a concentração de íons de hidrogênio H+, medido em escala de 0 a 14, sendo 7 o indicador de neutralidade. Quanto menor o pH em relação a 7 maior a concentração de hidrogênio e mais ácida a substância e quanto maior o pH menor a concentração e mais alcalina é a substância).
Tipos de ácidos:
. Alfa hidroxiácidos(AHA): são os mais utilizados nos peelings e clareadores home care principalmente por serem de baixo risco e geralmente bem tolerados por todos os tipos e tons de pele. São ácidos derivados basicamente de alimentos como cana-de-açúcar, amêndoas, arroz entre outros. Em baixa concentração promovem esfoliação suave da camada córnea e clareamento da pele, em maiores concentrações podem provocar maior descamação e leve desconforto, porém, de forma segura por serem de classificação superficial. Os AHAs podem ser usados separados ou na forma de blends. Existem formulações com dois ou mais ácidos combinados disponíveis no mercado de forma a potencializar os seus efeitos.
Ácido glicólico: derivado da cana-de-açúcar é o mais utilizado dos AHAs. Promove clareamento da pele, diminuição sensível de linhas de expressão e também é excelente na preparação da pele para outros peelings. Pode ser utilizado em baixas concentrações para uso domiciliar como clareador e revitalizante.
Ácido Mandélico: derivado de amêndoas amargas, o ácido mandélico é eficiente no tratamento de acne, linhas de expressão e manchas. É o tipo mais seguro para ser utilizado em peles de fototipos mais altos como peles morenas e negras. É eficaz nas manchas de fotoenvelhecimento faciais (como sardas e manchas senis – aquelas manchinhas arredondadas que surgem mais comumente na face e nas mãos) e também nos melasmas, porém estes requerem um pouco mais de tratamento e paciência para obter bons resultados.
Ácido Kójico: derivado do arroz, é eficiente como clareador da pele. Geralmente é utilizado em blends de ácidos ou em formulações de uso home care. Um dos meus preferidos para uso facial domiciliar para uniformização do tom da pele e manchas suaves ou até mesmo na manutenção de melasmas já tratados.
Ácido Fítico: derivado de cereais também atua como clareador da pele e geralmente é utilizado combinado ao ácido kójico.
Ácido Lático: derivado do leite fermentado o ácido lático é geralmente utilizado combinado com o ácido glicólico ou salicílico para promover maior renovação da epiderme. É muito utilizado também em tratamento de estrias.
Existem outros AHAs como o Ácido Málico (maçã), Ácido Tartárico (fermentação de uvas), Ácido Cítrico (frutas cítricas).
Ácido Salicílico: O ácido salicílico é um beta hidroxiácido encontrado em algumas plantas e frutas. O ácido salicílico promove esfoliação da pele devido a sua ação queratolítica e também possui propriedades fungicidas e bactericidas. É bastante utilizado no tratamento de acne, peles oleosas e espessas (muito queratinizadas). Promove clareamento e afinamento da camada córnea minimizando também linhas de expressão. Quando utilizado na forma de peeling provoca descamação suave a intensa porém de característica superficial. Apesar disso a aplicação é bastante desconfortável com ardor e posterior eritema (vermelhidão). Em home care é utilizado em sabonetes e cremes com finalidade de controlar oleosidade ou promover renovação e afinamento (como em cremes para os pés)
Ácido Tricloroacético (TCA ou ATA): é um ácido obtido através da reação do cloro com ácido acético que atua através da coagulação das proteínas (queratina) da pele. Devido a essa coagulação apresenta “frost” (branqueamento com aparência de congelado) na pele que se intensifica de acordo com a graduação do peeling (se superficial ou médio). É um peeling que promove formação de crosta com escurecimento da pele, descamação intensa e desconforto na aplicação e muitas vezes sensibilidade pós aplicação. É eficiente para clareamento de manchas provocadas pelo Sol, melasmas, sardas, rugas e linhas de expressão.
Ácido Retinóico: o ácido retinóico ou tretinoína é um retinoide pertencente à família à qual também pertence a vitamina A ou retinol. Um peeling com ácido retinóico promove esfoliação da pele com descamação leve, estimula a produção de colágeno e reorganização das fibras elásticas danificadas, facilita a eliminação de comedões (cravos) impedindo a formação de outros. Pode ser utilizado para tratamento de hipercromias, acne, fotoenvelhecimento e alterações no relevo cutâneo. Sua aplicação não gera desconforto porém pode se tornar desconfortável durante o período pós peeling com possível ardência e sensibilidade ao calor. Outro inconveniente da aplicação é que o peeling precisa permanecer em contato com a pele por várias horas e como possui coloração amarelada pode ser um problema para algumas pessoas. É ideal para ser utilizado no pós verão para uniformizar o tom da pele, melhorar a textura, suavizar poros muito abertos. Para melhora da acne ou manchas são necessárias mais de uma aplicação. Em concentrações bem mais baixas é utilizado como home care sozinho ou associado a outros ativos como hidroquinona ou vitamina C.
Processo de descamação de um peeling químico superficial
Os peelings químicos muito superficiais geralmente não provocam descamação visível e também não geram desconforto. Já os superficiais podem gerar descamação leve a intensa pois conseguem remover outras camadas da epiderme além da córnea. O tempo que transcorre da aplicação até iniciar a descamação pode ser de 2 até 5 dias e isso depende das condições da pele e do tipo de peeling realizado. A descamação por sua vez pode levar de 3 a 10 dias e uma total recuperação da pele pode levar em torno de 15 dias a 30 dias em média. É importante lembrar que somente após esse período de recuperação outro peeling poderá ser realizado e que durante o período de descamação e recuperação é necessário hidratar a pele e aumentar a atenção no uso do fotoprotetor adequado (filtro solar). Além disso não esqueça que durante o processo de descamação a pele está se renovando e a pele danificada pelo peeling está sendo removida dando lugar a uma pele nova porém mais sensível, portanto, é altamente contraindicado remover as casquinhas ou realizar qualquer procedimento abrasivo como utilizar outros ácidos ou esfoliantes físicos.
Peeling de cristal e diamante
O peeling de cristal e o peeling de diamante são peelings mecânicos. Ambos são realizados com o auxílio de máquinas específicas para cada procedimento. O peeling de cristais utiliza uma máquina que emite pressão com jatos de cristais de óxido de alumínio. O atrito dos cristais sob pressão na pele promove uma esfoliação superficial que pode ser intensificada com o número de passadas. Já o peeling de diamantes é realizado com uma máquina de vácuo utilizando uma caneta com ponteira diamantada que funciona como uma lixa. À medida que a máquina suga, a ponteira é deslizada contra a pele promovendo esfoliação. Assim como o peeling de cristais o peeling de diamante é intensificado de acordo com a quantidade de passadas. Ambos promovem renovação da epiderme, afinamento da pele, minimização de poros e linhas de expressão e como todo peeling tem ação na renovação epitelial e estímulo da produção de colágeno. É ideal para estrias, linhas de expressão, rejuvenescimento, sequelas de acne hipertróficas (aquelas que ficam levemente altas e geralmente com cor avermelhada), disfarça sequelas de acne atróficas (em depressão), promove clareamento gradual da pele devido à renovação.
Se você não está a fim de andar por aí com o rosto amarelo, muito vermelho, descascando como cobra ou com leve irritação a opção é realizar peelings muito superficiais com baixíssimas concentrações de ácidos sozinhos ou de preferência na forma de blends ou realizar peeling ultrassônico, de diamante ou cristal. A diferença estará no número de aplicações que serão necessárias para atingir os resultados desejados. Para os peelings muito superficiais são necessárias uma média de 4 a 10 sessões dependendo do resultado desejado e das condições da pele. Já para peelings superficiais pode-se obter bons resultados com 2 a 4 sessões mas dependendo do peeling e do objetivo muitas vezes apenas 1 sessão pode ser suficiente.
Procure um profissional habilitado para realizar uma correta avaliação e escolher qual o tipo de peeling mais adequado a suas necessidades e tipo de pele. Caso deseje realizarum peeling com maior profundidade o ideal é procurar um profissional médico dermatologista, estético ou cirurgião plástico que são modalidades na medicina que trabalham com peelings médios e profundos.
Os peelings de maneira geral são contraindicados para pessoas com alterações na pele como lesões, irritações e alergias ativas ou queimaduras de Sol. Peelings químicos são contraindicados para pessoas com sensibilidade aos ácidos da fórmula e em sua maioria para gestantes. Alguns ácidos podem ser utilizados no período de gestação caso necessário porém com cautela e acompanhamento e autorização do obstetra.
Para facilitar no entendimento dos tipos de ácido x profundidade dos peelings fiz uma adaptação de duas tabelas semelhantes encontradas em dois livros sobre peelings e cosmetologia. A tabela divide os tipos de peeling segundo a profundidade dividindo-os em dois grupos: os básicos (superficiais e muito superficiais) e os avançados (médios e profundos).
Espero que este artigo tenha sido suficiente para esclarecer algumas dúvidas básicas sobre peelings. O assunto é bastante amplo e complexo para tratar em um só post (ficaria muito grande) e possivelmente escreverei posts mais específicos sobre alguns deles no futuro. Lembrando sempre que dúvidas e sugestões são sempre bem-vindas.
Saiba tudo sobre o pH da pele
Essencial para complementar a higienização da pele, a função principal do tônico facial é equilibrar o pH (sigla para Potencial Hidrogeniônico – índice que indica acidez na epiderme), melhorando o sistema de proteção da derme. “O tônico é uma solução cosmética que traz muito mais benefícios do que se possa imaginar. O seu uso é fundamental para o equilíbrio do pH da pele. Ao contrário do que muitos pensam, a função dele não é a de limpar a pele, e sim, de complementar essa etapa, normalizando o seu pH”, afirma Isabel Luiza Piatti, tecnóloga em estética e diretora de pesquisa e desenvolvimento de produtos na Buona Vita.
“Dessa forma, é indispensável a utilização do tônico para equilibrar o pH, pois a ação de agentes externos, como maquiagens, demaquilantes e ácidos queratolíticos, além da própria combinação de água e sabonete, provocam a alteração do pH e, conforme o caso, também a retirada da proteção do manto hidrolipídico da superfície do tecido”, destaca Isabel.
Na prática, os tônicos são ainda responsáveis por preparar a pele para a etapa cosmética seguinte, seja o creme de tratamento usado no dia a dia, seja o protocolo estético profissional, pois o equilíbrio do pH vai auxiliar na melhor absorção dos ativos cosméticos que serão aplicados na sequência.
Isabel explica que a própria oleosidade e até mesmo a idade cronológica também são fatores que ajudam a determinar o pH. “Com o envelhecimento, vem também a tendência a um pH cada vez mais neutro, o que deixa a pele mais propensa à ação de agentes patogênicos e surgimento de rugas, flacidez e manchas. Além disso, deve-se evitar o uso de cosméticos com fragrâncias, corantes e outras substâncias com potencial irritante, pois também podem ter influência na característica do pH”.
Tipos de pH
“O manto hidrolipídico da pele, formado por água, sal e gordura, bem como a manutenção de suas características e a função de proteção que exerce, estão diretamente relacionados ao equilíbrio fisiológico e do pH, que pode ser ácido, neutro ou alcalino. O pH é medido em uma escala que vai de 0 a 14”, afirma. Isabel menciona que uma pele considerada “saudável” deve estar entre 4,5 e 6,0, pois neste cenário, ela está também está mais protegida contra micro-organismos, como germes, fungos, bactérias e poluição.
“Já o oposto, ou seja, a desestabilização do pH, pode levar a alterações inestéticas que vão de acne a sinais de envelhecimento, como rugas, e também à sensibilidade cutânea excessiva. Se o pH for inferior a esses números, caracteriza-se pela acidez, geralmente encontrado em peles secas e, acima, o pH é alcalino, comum em peles oleosas”, completa. Confira abaixo os tipos de pH e suas características na pele:
pH ácido – Peles secas: apresentam-se finas, sensíveis e opacas, com poros pouco visíveis e tendência a rugas finas e fácil descamação.
pH neutro – Peles normais: geralmente de aspecto liso, macio e com poros pouco visíveis.
pH alcalino – Peles oleosas: têm como características brilho intenso, aspereza, poucas rugas, poros dilatados e comumente apresentam comedões e acne.
Aplicação adequada do tônico
Isabel destaca que a aplicação do tônico deve ser feita sobre a pele seca, diretamente com as mãos, em movimentos suaves de deslizamento ou leve batidinhas (tamborilamento), ou mesmo, pode ser utilizado um algodão na aplicação. “Nos cuidados home care, deve ser aplicado após limpar o rosto e, nos atendimentos profissionais, deve ser observada a ordem de aplicação dos demais cosméticos, conforme tratamento em questão, mas sempre utilizando o tônico em seguida à etapa de higienização da pele”.
A especialista alerta para a importância da utilização de produtos da mesma marca em todo o protocolo ou etapa de cuidados. “O resultados são complementares e, portanto, mais seguros e eficazes. Aos profissionais de saúde estética cabe ainda o papel de indicar aos seus clientes qual o melhor tônico para seu tipo de pele, bem como a orientação para correto uso do cosmético”, afirma.
“A própria escolha do tônico deve ser feita com base em sua composição, pois a sinergia de ativos da formulação será responsável por sua propriedade refrescante, hidratante, calmante, antisséptica ou adstringente, respeitando as características de cada pele e propiciando melhoria global de seu aspecto”.
PEELING QUÍMICO SUPERFICIAL NA ESTÉTICA"
 
"OS PEELINGS QUÍMICOS SUPERFICIAIS SÃO UMA ALTERNATIVA A MAIS PARA DEIXAR A CÚTIS JOVEM, VIÇOSA E HIDRATADA.
 UTILIZANDO ÁCIDOS EM BAIXAS CONCENTRAÇÕES, O PROCEDIMENTO PRODUZ UMA DESCAMAÇÃO SUAVE, É EFICAZ E NÃO OFERECE RISCOS"
    Realizados com ativos em baixas concentrações, os Peelings Químicos Suaves são os mais indicados para serem manipulados e aplicados por esteticistas porque não apresentam riscos de lesões.
     O cirurgião plástico Rômulo Mêne considera que o profissional de estética é um integrante importante das equipes de dermatologia ou cirurgia plástica. Ele dá suporte na realização de procedimentos cutâneos mais simples como peelings superficiais.
     Comforme o especilista, esteticistas só devem realizar procedimentos que não removam a epiderme além do estrato córneo superficial (composto por células chamadas corneócitos). E mais, os peelings químicos devem ser realizados por esteticistas em concentrações específicas.
    Eles não oferecem riscos porque causam apenas descamação suave, diz o Dr. Mêne. Segundo o médico, o mais difícil é indicar o peeling adequado ao estado da pele. O número de sessões depende do tipo de peeling ou das alterações da pele. 
    Em geral, os ácidos com pH entre 3,8 e 4,2 são mais adequados, pois têm biodisponibilidade na pele. Além de hidratar, eles possuem leve ação queratolítica. 
    Peelings superficiais em série, realizados com pequenos intervalos de tempo, melhoram a textura, clareiam as manchas, amenizam as rugas finas e estimulam a renovação do colágeno.
    O Peeling Químico Superficial  age na epiderme, embora exerça parte de sua atividade na derme superficial ou papilar, através da ação da esponja que necessita estar em contato com a membrana basal.
    A descamação estimula a produção de colágeno e queratina, elementos que possuímos no organismo,  estimulando  a vasodilatação e renovando a epiderme que desprende células mortas da capa córnea- os corneócitos.
    A década de 90 produziu  medicamentos mais modernos, que somados aos produto mais antigos, fizeram o peeling ser o segundo método mais usado em cosmética média.
 INDICAÇÕES E BENEFÍCIOS
     Os peelings superficiais são próprios para o tratamento de certas ciatrizes de acne, fotoenvelhecimento e rugas finas. Eles também podem ser coadjuvantes  na despigmentação e no tratamento da hiperqueratinização (tendênciaà aspereza).
     São indicados ainda para preparar a pele antes da aplicação, da aplicação de lazer para combater a hiperpigmentação pós-inflamatória, queratoses, sardas (efélides), etc.
     Peles muito sensíveis ou queimadas de sol, que apresentam ferimentos ou infecções, não podem ser submetidas ao peeling.
     Entre os resultados oferecidos estão:
- Melhoria da textura e da uniformidade cutâneas;
- Clareamento;
- Maior equilibrio do manto hidrolipídico;
- Melhor controle da olesidade;
- Renovação celular e 
- Consequente atenuação das marcas de expressão.
                                                                          
CUIDADOS  FUNDAMENTAIS:
       É importante que o paciente não se exponha ao sol sem porteção durante e após o procedimento, uma vez que os ácidos deixam a epiderme mais fina e sensível aos danos solares.
     O Sol potencializa a ação dos ácidos provoca manchas e irritações diversas ou aumenta a vermelhidão da pele. É indicado o uso de FPS 30 várias vezes ao dia.
     Depois do Peeling Superficial é normal que a pele apresente vermelhidão suave, sensação de ardor, ressecamendto, repuxamento e leve descamação.
     
  AVALIAÇÃO CUIDADOSA É ESSENCIAL:
     Antes de indicar o tipo de peeling é preciso uma valiação precisa das reais necessidades cutâneas para evitar efeitos indesejáveis como Hiperpigmentação e Frosting (aspécto esbranquiçado que indica a denaturação das proteínas da pele).
     O Dr. Rômulo Mêne considera que peles com melasma, negras e asiáticas exigem protocolos de tratamento estético bem rigorosos.
     As Esteticistas podem adotar diferentes combinações de ativos para alcaçar os resultados desejados. Substâncias como Ácido Glicólico,  Vitamina C e ácido de Sementes de Flores ou Marinhos e Ácidos de Frutas com até 10% de concentração, ou ácido salicílico a 2% nas peles oleosas.
     Para o Dr. Rômulo Mêne, o Ácido Glicólico é uma opção segura e eficaz, que  desloca com precisão o estrato córneo superficial, sem agredir a pele.   
    "Ele age sobre a filagrina, substância que une os corneócitos  para evitar a penetração de agentes externos no interior  da pele. Além disso, impede a perda de água. O ácido deve ser retirado ao primeiro sinal de ardência, entre 1 a 3 minutos, para que a renovação da cútis se dê sem ferimentos".
PEELINGS EM SEQUÊNCIA:
       É indicado a aplicação em série de ácidos, com intervalos de 7 a 15 dias entre uma e outra sessão, para tratar marcas de acne, combater o fotoenvelhecimento e amenizar a hiperpigmentação. Os Peelings superficiais em série, nos quais se usam ativos diferentes, aceleram o processo de renovação cutânea e estimulam a produção de colágeno. Indica-se ao menos 6 sessões.
     Entre as vantagens estâo a ausência de ardência e o não-comprometimento da rotina diária, pois a descamação é discreta. Esta técnica equivale a um peeling químico superficial.
     
 ATIVOS QUE PODEM SER UTILIZADOS NOS PEELINGS EM SÉRIE:
 ÁCIDO RETINÓICO-  Para fotoenvelhecimento, acne, manchas e alterações da superfície da pele. O profissional de estética  poderá aplicá-lo em consultório médico e com orientação do dermatologista. As concentrações variam de 1 a 5%.
     Durante o Congresso, o Dermatologista norte-americano Dr. Albert Kligman revelou que em 1963 tentou criar o ácido retinóico a partir da vitamina A ácida e não teve sucesso. Porém, não tinha dúvidas de que atingiria o seu objetivo. E efetivamente há 19 anos sua pesquisa teve êxito e sua descoberta mostrou-se tão importante que hoje já podem se usados, coma as mais diversas finalidades, cerca de 2000 retinódes.
     "Quanto mais estudamos o Ácido retinóico, descobrimos um maior número de aplicações para substância. Na verdade, pode ser empregado  no tratamento de quase todos os problemas ligados à pele. Seus efeitos biológicos são inúmeros, dese o combate à acne, como na quimioterapia. 
     Foram minhas próprias pacientes que me apontaram o uso do ácido retinóico, como terapia anti-envelhecimento", comenta o Dr. Kligman.
ÁCIDO GLOCÓLICO- É um tipo de alfahidroxiácido, encontrado na cana-de açucar. Ácidos desse grupo: 
- LÁCTICO, contido no leite;
- MÁLICO, nas frutas ácidas;
- TARTÁRICO, nas  uvas.
     Esses ácidos podem ser aplicados como peelings sequênciais(4 a 6 sess). Melhora a textura da pele, atenua rugas, atua como coadjuvante para as substâncias despigmentantes e melhora peles hipercrômicas.
     As concentrações mais usadas por profissionais de estética têm maior ou menor atuação frente ao pH do produto: se o ácido glicólico for usado a uma concentração de 10% com pH 2, teremos uma biodisponibilidade (permeabilidade) do ácido na pele de 100%, se o pH for de 3,8 ou 4,2 a biodisponibilidade será de 35%, porque falamos de um pH mais próximo da  pele. Ao invés de penetrar 10% ele penetrará 3,5%.
 RESORCINA- Ou Resorcinol é um derivado fenólico que pode ser associado ao ácido salicílico (queratolítico) e ao ácido láctico em peelings superficiais. Juntos cusam a ruptura de ligações de corneócitos e consequente descamação. Em cabine de estética, a concentração em cosméticos é de até 2%.
ÁCIDO MANDÉLICO- Extraído da amêndoa amarga, seu poder antisséptico o diferencia dos outros alfa-hidroxiácidos. O uso tópico do ácido mandélico tem atividade cosmético-farmacêutica e poder anti-bacteriano.
     O Tratamento com Ácido Mandélico a 20% é menos agressivo, de melhor tolerância e produz resultados lentos, porém ótimos e seguros. A recuperação é rápida e os riscos de complicações quase nulos. Ele também pode ser aplicado em qualquer época do ano.
     Por todos esse fatores, é uma alterantiva de peeling para todos os tipos de pele. No Brasil, o ácido mandélico só é liberado a 10%.
ÁCIDO SALICÍLICO- Empregado como agente queratolítico, em concentrações de 3 a 5%. Ação antifúngica suave quando associado ao ácido benzóico. Para tratar acne e outras patologias onde há hiperqueratose, em concentrações que variam de 2 a 10%.
     Este ácido está sendo muito utilizado com o enfoque de tratamento no envelhecimento cutâneo e aplicado em cabine.
     Desde que foi descoberto em 1860, este ácido sempre esteve presente no arsenal terapêutico por  suas múltiplas aplicações. Recentemente, descobriu-se que além de suas propriedades queratolíticas, comedolíticas, anti-inflamatórias, anti-sépticas, fotoprotetoras e adstringentes, possuía ação importante no tratamento da pele danificada ou fotoenvelhecida.
     O Dr Albert Kligman (Dermatologista) confirma que o "ácido salicílico é efetivo na redução das rugas finas e linhas, além de melhorar a textura da pele, pois atua como exfoliante epidérmico.
     São muitas as opções para a realização de peelings na cabine de estética. Além, de manter a pele viçosa e livre de manchas eles causam uma descamação discreta e por isso não alteram a rotina diária.

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