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1 Visagismo: recurso para concepção de beleza na produção de moda Larissa Paula Dalbosco1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Michele Áurea Bezerra2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Caroline Amhof de Macedo3 – Orientadora Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos 1larissadalbosco@yahoo.com.br 2 michele_bez@hotmail.com 3macam08@hotmail.com Resumo: O objetivo deste estudo é fazer um levantamento bibliográfico e destacar aspectos do visagismo aplicáveis aos processos de produção de moda, bem como abordar temas paralelos que contribuam para o melhor entendimento do trabalho, apresentando alguns dos conceitos que devem ser estudados e aprofundados por profissionais da área da beleza que desejam atuar no mercado da moda. A produção de moda é um nicho de mercado que explora, dentro de seu processo de criação e execução, o profissional de beleza. O profissional de visagismo está capacitado, por possuir conhecimento em diversas áreas que contribuam para a harmonização da imagem pessoal, a atuar de forma enfática e eficiente em uma produção de moda. Ao realizar uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo exploratório pontua-se, através dos materiais coletados, que o visagismo é um recurso para concepção de beleza na produção de moda, pois faz com que os profissionais Beauty avaliem o rosto de forma mais profunda, respeitando a individualidade de cada face. Palavras chaves: Visagismo, Beleza, Moda. 1 INTRODUÇÃO O visagismo baseia-se na análise holística do individuo, desta forma é possível adaptar a imagem ao que este realmente deseja e precisa. Segundo Hallawell (2008) o termo visagismo deriva da palavra francesa visage que, traduzida, significa rosto. O objetivo do visagismo é transformar, embelezar ou harmonizar o rosto, utilizando os recursos estéticos necessários. 2 Dentre as áreas em que o visagismo pode ser empregado, a produção de moda será o foco deste trabalho, pois é um nicho de mercado que explora, dentro de seu processo de criação e execução, o profissional de beleza. O profissional de visagismo está capacitado, por possuir conhecimento em diversas áreas que contribuam para a harmonização da imagem pessoal, a atuar de forma enfática e eficiente em uma produção de moda. O presente trabalho se faz relevante à medida que se analisa a influência do profissional de estética no ramo da moda, e a possível otimização e ampliação da área de atuação deste profissional. O objetivo deste estudo é fazer um levantamento bibliográfico através de uma pesquisa qualitativa exploratória e destacar aspectos do visagismo aplicáveis nos processos da produção de moda, bem como abordar temas paralelos que contribuam para o melhor entendimento do trabalho, apresentando alguns dos conceitos que devem ser estudados e aprofundados por profissionais da área da beleza que desejam atuar no mercado da moda. A produção de moda é a continuação do trabalho do estilista, sua função é despertar o desejo de consumo do público sobre o produto. Faz-se por meio de divulgação através de fotos, desfiles, televisão, cinema, teatro, ou qualquer outro recurso encontrado. Na publicidade de moda é necessário que haja essa visualização das roupas, e a partir desse contato desencadeia-se o desejo de aquisição, pois segundo Santos (2009) mais que em qualquer outro tipo de propaganda esta apela para uma atmosfera de glamour, magia e sedução. O profissional da beleza, sendo ele maquiador ou cabeleireiro, tem seu espaço na indústria da moda; o visagismo pode e deve ser utilizado por esses profissionais a fim de aperfeiçoar o resultado final da produção de moda. 2 METODOLOGIA O presente artigo caracteriza-se pela utilização da pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo e exploratório. Segundo Dias [ca. 2006] a pesquisa qualitativa caracteriza- se, principalmente, pela ausência de medidas numéricas e análises estatísticas, 3 examinando aspectos mais profundos e subjetivos do tema em estudo. Calder (apud DIAS, [ca.2006], p. 1) concluiu que, “a pesquisa qualitativa proporciona um conhecimento mais profundo e subjetivo”. O mesmo autor destaca que a pesquisa qualitativa exploratória pode ser utilizada em pesquisas científicas em áreas ainda inexploradas pelo pesquisador. Piovesan e Temporini (1995) afirmam que a pesquisa exploratória tem por finalidade o refinamento dos dados, o desenvolvimento e apuro das hipóteses aumentando o grau de objetividade da própria pesquisa, tornando-a mais consentânea com a realidade. A coleta de material para a fundamentação teórica, bem como a organização e seleção deste é de suma importância para o cumprimento da primeira etapa do trabalho. Dentre os materiais pesquisados estão livros, artigos científicos e materiais extraídos da internet sendo analisada sua relevância teórica. Através da metodologia aplicada obteve-se conclusões plausíveis e satisfatórias a respeito do tema abordado satisfazendo desta forma o objetivo do trabalho. 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 A estética e o belo A moda bem como outras áreas que dependem da exposição visual necessita levar em conta as reflexões e o entendimento sobre a questão do belo e da estética. A preocupação e o interesse do homem por estas questões desencadeou fenômenos sociais que deram início ao sistema da moda. Desde sua gênese o homem preocupou-se com a estética, demonstrando isso através da decoração do seu corpo e do meio onde vivia. É nessa preocupação que se originaram a moda e a arte. Assim, pode - se entender a estética, fundamental para moda e para a arte, como um instrumento de expressão e comunicação (SCHULTE, 2002 p. 48). A área da filosofia que tem como objeto de estudo as questões relacionadas ao belo, harmonia, sensibilidade e aos fundamentos da arte é conhecida como 4 estética. O termo deriva do grego aisthésis que significa percepção, sensação. Hegel (1999) define estética mais precisamente como ciência do sentido; da sensação. Vale (2005) salienta que a estética tem despertado, desde a Grécia antiga, interesse e preocupação no ser. A antiga Grécia foi o berço de diversos pensadores e filósofos, entre eles estão Platão e Aristóteles, que apesar de serem mentor e pupilo, respectivamente, conceituam o belo de forma distinta. “Na filosofia idealística platônica, se afirmava que a beleza de um objeto depende da maior ou menor relação que ele tem com uma beleza superior, absoluta, única beleza verdadeira” (ALVARENGA, 2007, p.36). No entanto para Aristóteles “a beleza está inserida de certa harmonia, ou ordenação, existentes entre as partes de um determinado objeto e em relação ao todo. O Belo, entre outras características, é importante certa grandeza, tendo ao mesmo tempo, proporção e medida nessa grandeza” (ALVARENGA, 2007, p.37). O belo de Platão transcende a forma, no entanto para Aristóteles o belo é a forma, e depende das características desta para existir. A discussão a respeito do belo é extensa e para a análise de todas suas vertentes seria necessária uma pesquisa muito aprofundada. Opta-se então por um conceito que julga-se coerente, não pode haver regra de gosto objetiva, que determine através de conceitos o que seja, ou não, belo. Todo juízo proveniente desta questão é estético; isto é, o sentimento do sujeito e não o conceito de um objeto é o seu fundamento determinante (KANT, 1790). A preocupação com a estética desencadeou o sistema da moda e tornou-se uma preocupação corriqueira, coletiva, e que, salvas as proporções filosóficas da questão, são passiveis de compressão e emprego comum.Nota-se que o embelezamento pessoal alcançou dimensões inimagináveis há séculos atrás, seus sistemas enraizaram-se na sociedade e suas características são, quase sempre benéficas e bem vindas. Baudrillard (apud SCHULTE, 2002 p. 49) afirma que “a beleza do meio é a primeira condição da felicidade de viver”. Esta afirmação nos permite concluir a dedicação à beleza é uma forma de proporcionar felicidade e prazer a si mesmo e aos outros. É possível que esta afirmação explique a incansável busca pela beleza e sua hipervalorização. 5 3.2 A moda Mais do que vestimentas e adornos, a moda representa a ascensão de um comportamento coletivo. Moda vem do latim modus, cujo significado é modo. Moda, segundo Palomino (2003), é muito mais do que roupa, é um sistema que integra o simples uso das roupas do dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico. “A moda não é apenas um fenômeno frívolo, epidérmico, superficial, mas espelho dos hábitos, do comportamento psicológico do indivíduo, da profissão, da orientação política, do gosto (...)” (DORFLES (apud ABREU, 2002 p.69)). Schimid (2004) salienta que a linguagem da moda está inserida no desenvolvimento da humanidade, por esse motivo tão intimamente ligada à sua evolução e a mudança de costumes. Bonadio (2002) destaca sabiamente Lipovetsky quando o mesmo afirma que a moda só se faz possível em sociedades cuja vida coletiva se desenvolve permeada pelo culto das fantasias e das novidades dentro de uma temporalidade efêmera. A moda não pertence a todas as épocas nem a todas as civilizações (...). Só a partir do final da idade média é possível reconhecer a ordem própria da moda, a moda como sistema, com suas metamorfoses incessantes, seus movimentos bruscos, suas extravagâncias (...) (LIPOVETSKY, 1989 p.23). Abreu (2002) afirma que a moda é a troca permanente de referências e que tudo influencia o modo de vestir das pessoas. Isto confirma e explica a mobilidade ligeira da moda, que se alimenta da construção e desconstrução sazonal de suas formas. A moda surgiu e consolidou-se em meio às mudanças dos séculos, e foram essas que escreveram a história da moda. “A moda é a lógica do novo. O efêmero é a forma de ser da moda, ou seja, estar eternamente em mutação” (Wajnman, 2002, p.132). As manifestações da moda não são apenas traduzidas por vestimentas e acessórios, mas também pelo seguimento da beleza, o que inclui cosméticos, maquiagens, cores e cortes de cabelo que seguem um ciclo tão sazonal quanto o das roupas. 6 A inserção da moda no cotidiano atual é praticamente inquestionável, haja vista que a moda é um fenômeno coletivo que revela características de um grupo de pessoas em um espaço de tempo, suas mudanças são impulsionadas por uma minoria de iniciados que captam uma necessidade ou uma manifestação mesmo que discreta e tratam de massificá-la carregando multidões que buscam o que a moda tem de mais próprio: a mudança. 3.3 Mercado da moda e beleza O mercado da beleza e da moda vem mostrando resultados excelentes; Fagundes (2010) diz que em janeiro de 2010 o jornal britânico Financial Times publicou reportagem afirmando que o Brasil é o terceiro maior mercado de cosméticos, atrás apenas dos Estados Unidos e Japão. O mercado da moda não fica atrás, segundo Disitzer e Vieira (2006) hoje o Brasil se afirma como um dos mais promissores mercados de moda do planeta. Sua posição está se fortalecendo no exterior, aumentando o volume de exportação e a participação, cada vez mais assídua, de estilistas nacionais em eventos que integram o calendário internacional. As indústrias da moda e da beleza caminham paralelamente, as duas tem como força motriz a vaidade, a busca eterna pelo novo, pela beleza e juventude. Ambas alimentam-se da fantasia, da imagem, da aparência e muito injustamente já foram relegadas as últimas estâncias das preocupações, sem que fosse levada em conta sua importância social e seu caráter aprazível. Do mesmo modo que defende-se a moda e a beleza como preocupações dignas de reflexão e apreciação, sabe-se que a devoção cega a suas exigências ou a elevação da moda e da beleza a patamares de primeira importância, pode ser nociva e doentia. Cobra (2007) salienta que as pessoas se expressam por meio de produtos de moda, sejam roupas, acessórios, carros, cosméticos, entre outros; este tipo de comunicação não-verbal ganhou importância e destaque. Tavares (apud MORAES; PINOTTI, 2009) refere-se à marca como o nome, distinto ou combinado com a função de identificar a promessa de benefícios, associada a bens ou serviços, que aumenta o valor de um produto além de seu propósito fundamental. As produções 7 de moda têm sempre como objetivo destacar a marca, seu perfil e proposta, a fim de ser um mediador entre a empresa ou a marca e consumidor final. A produção de moda é para Stoppe [ca.2008] o que dá continuidade ao trabalho do estilista, encarregando-se de viabilizar os meios para que a roupa, antes pesquisada e idealizada, possa despertar o desejo de consumo, seja através de desfiles, fotografias, figurinos de cinema, teatro, televisão, entre outros. Ela tem como objetivo administrar o desejo das marcas de projetar uma imagem final. O mercado da moda se vale de dois grandes meios de divulgação, são eles os desfiles e as produções fotográficas; os desfiles, ainda segundo Stoppe [ca.2008] são mais do que a apresentação da roupa, são a apresentação de um ambiente onde está definindo o estilo próprio de cada estilista, de cada coleção. Pontieri (2005) afirma que a fotografia, quando em função da moda, tem a finalidade de vender um ideal estético ao consumidor de moda, a diferença é o modo com que fazem isto, a linguagem utilizada é diferente para cada marca ou proposta. “Uma produção de moda é uma composição que organiza elementos na busca de um estilo, ou, mais concretamente, de certo clima global da foto que traduza o estilo” (JOFFILY,1991, p.103). Há um número inimaginável de profissionais envolvidos nos processos de produção de moda, estes são responsáveis cada por uma parte específica, no entanto diante do objetivo firmado no trabalho em questão destaca-se o profissional Beauty ou Beauty Artist. 3.4 Profissional Beauty Beauty Art é a manifestação contemporânea que admite o embelezamento ou a concepção criativa de make e hair como arte. Seu emprego é geralmente observado em desfiles de moda, ensaios fotográficos, cinema e teatro. O profissional que desenvolve a Beauty Art é chamado de Beauty Artist ou Profissional Beauty, estes segundo Dwyer e Feghali (2001) são artistas da beleza, 8 que não medem esforços para materializar as imagens criadas pelo estilista e pelo Stilyst. Para atingir o objetivo o Beauty Artist faz testes, croquis e utiliza todos os recursos possíveis além da criatividade para obter um bom resultado. Estes profissionais são responsáveis pela elaboração de maquiagens e cabelos condizentes com o tema proposto e que colaborem na fixação do conceito da marca. O Profissional Beauty que trabalha em uma produção, segundo Molinos (2009) tem que estar apto expressar o conceito da marca através das cores, dos materiais e das técnicas empregadas, harmonizando-as nos modelos. A concepção de beleza em uma produção de moda é o resultado da soma do conceito proposto pela coleção ou marca com a criatividade do Profissional Beauty. Sabe-se que o cabeleireiro é parte importante na produção de moda, já que cada vez mais os cabelos, e suas diversas possibilidades, transmitem identidade. Segundo Liz (apud MORAES; PINOTTI, 2009, p.12) “o trabalho de um hair-stilist é transformar o cabelo dos modelos de acordo com a proposta específica de cada trabalho”. O maquiador, ou make-up artist, por sua vez, desbrava faces, modificando formas e volumes, adicionando ou camuflandocores e texturas. O objetivo do seu trabalho é imprimir o conceito da marca nos rostos e contextualizá-los à proposta. O Beauty Artist necessita ser capaz de expressar-se através da linguagem visual; a face e os cabelos são seu instrumento de trabalho e devem ser explorados de todas as formas possíveis, a fim de transmitir, por meio da elaboração e produção de cabelo e maquiagem, a idéia sugerida. Além de dominar todo o conhecimento prático que rege a sua profissão, este profissional deve estar atento as manifestações artísticas, as tendências da moda, as evoluções cosméticas e aos movimentos sociais, a fim de obter informações que possam ajudá-lo em seu processo criativo. Este profissional pode, além de atuar na concepção de beleza, ser parte integrante da equipe responsável pelo Casting, nome dado a seleção de modelos para determinado trabalho, desde que disponha de um conhecimento inerente à sua classe, porém não tão comumente encontrado: o visagismo; este pode ser de 9 grande valia no momento de analisar um rosto, reconhecer suas formas, prever seu comportamento diante da luz, modificá-lo ou realçá-lo. O Beauty Artist encontra no visagismo um aliado na concepção de beleza para produção de moda, pois através deste é possível potencializar as técnicas de elaboração de make e hair, proporcionando um resultado ainda mais satisfatório e pleno ao trabalho. 3.5 Visagismo A expressão visagismo foi criada em 1936, pelo maquiador e cabeleireiro francês Fernand Aubry. O termo deriva da palavra francesa visage, que em português significa rosto. “Refere-se à arte de embelezar ou transformar o rosto, utilizando cosméticos, tinturas e o corte de cabelo” (HALLAWELL, 2008, p.21). Portanto, é aplicado ao trabalho do maquiador e do cabeleireiro. Hallawell (2009) afirma que a filosofia por trás do visagismo é a personalização da imagem, a harmonização dos elementos que compõe o rosto, e o combate a uniformização da imagem. O visagismo vê o rosto como templo da identidade pessoal; e por este motivo aborda questões que servem como subsídio teórico para o profissional de beleza em sua prática profissional. De acordo com Krizek (apud MORAES e PINOTTI, 2009, p. 6) “o visagismo é o estudo do rosto e tem como finalidade oferecer soluções adequadas a cada rosto, respeitando as características pessoais”. O visagismo pode ser definido como uma arte aplicada, segundo Waack (2010) arte aplicada é o nome dado as artes cuja utilidade seja a razão principal; o visagismo busca primordialmente atender aos anseios do cliente, ao contrario de outras artes plásticas, como a pintura ou a escultura onde normalmente manifestam-se a personalidade do artista, seus gostos pessoais e pensamentos. 10 O visagista, assim chamado o profissional de beleza que aplica o visagismo, necessita dispor de conhecimento em diversas áreas. É evidente que um visagista precisa conhecer diversas técnicas de maquiagem ou de corte de cabelo. O que não é tão óbvio é que também precisa conhecer os fundamentos da linguagem visual, que são os princípios básicos que governam os conceitos de harmonia e estética (HALLAWELL, 2008, p.21). A linguagem visual é um conjunto de elementos simbólicos utilizados para que se estabeleça visualmente algum tipo de comunicação; dentre eles estão a escrita, o desenho, os gestos, ou qualquer outra forma de expressão visual. Esta constitui-se de um sistema de representação simbólica, profundamente influenciado por princípios que organizam possibilidades de representação e de significação em uma dada cultura (MARTINS; GOUVÊA; PICCININI, 2005). Julga-se a proporção, perspectiva tonal e simetria como as três necessidades mais imediatas no que diz respeito a fundamentos da linguagem visual para o profissional Beauty. A proporção pode ser definida como a harmonia que deve existir entre as diversas partes de um todo, e entre cada parte e o todo. Hallawell (2008) afirma que a cabeça e o rosto humano têm proporções quase perfeitas. A análise da proporção faz-se importante devido à ligação da proporção perfeita, também conhecida como proporção áurea, com a beleza; esta associação é muitas vezes errônea, pois a desproporção pode, tanto quanto a proporção exata, resultar em elementos também associáveis a beleza mesmo que menos harmoniosos. Ainda segundo Hallawell (2008) a perspectiva é a ilusão de profundidade criada em uma imagem; a perspectiva tonal por sua vez, é a ilusão de profundidade criada pela diferença de tons. No visagismo a perspectiva tonal é facilmente empregada em maquiagens onde se utiliza diferentes tons para sobrepor ou aprofundar algum elemento ou na colorimetria onde se acrescenta reflexos e nuances diversas para causar a impressão de volume. Simetria é outro fator de suma importância para o visagismo, observa-se que existem rostos simétricos e assimétricos, essa característica pode ser observada no formato do rosto ou formato das partes do rosto. Quando o profissional de visagismo 11 depara-se com alguma assimetria deve, primeiramente, identificá-la e posteriormente escolher a técnica para harmonizá-la. Conceitua-se simetria como correspondência, forma e posição relativa de partes situadas em lados opostos de uma linha ou plano médio; harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares. Remete à igualdade, à semelhança entre fatos. (AMORIM, 2008). Rostos triangulares ou triangulares invertidos são considerados assimétricos, em alguns casos observa-se que algum dos elementos do rosto é muito grande ou pequeno para o rosto, o profissional Beauty deve estar atento a essas características e utilizar o visagismo como aliado na identificação da assimetria e da técnica usada para amenizá-la. Os conhecimentos obtidos através do estudo do visagismo são inegavelmente extensos e por este motivo é impossível abordar todos no presente trabalho; no entanto faz-se necessário destacar os aspectos mais relevantes. 3.5.1 Formatos de rosto Há nove formatos de rosto pré - estabelecidos: retangular, quadrado, oval, redondo, triangular, triangular invertido, hexagonal com base reta, hexagonal com lateral reta e losangular. No entanto há muitos rostos que não se encaixam, por conter características específicas, em nenhum dos formatos acima citados. Há também que se observar o formato do perfil do rosto, os mais comuns são reto, curvo e angular. Hallawell (2009) afirma que para a análise do rosto deve-se observar a linha lateral do rosto, do arco zigomático até a mandíbula. Para melhor visualização disponibilizou-se uma imagem como referência (anexo 1). A angulação desta linha determinará o formato do rosto. O mesmo autor explica e caracteriza cada uma das situações; os rostos com linhas curvas podem ser redondos ou ovais, no rosto redondo a altura do rosto praticamente se iguala a largura, enquanto em um rosto oval a altura é consideravelmente maior que a largura. Se a linha observada for reta, o rosto é retangular, quadrado ou hexagonal com a lateral reta. No rosto quadrado a altura e largura são proporcionais, enquanto no 12 rosto retangular a altura é maior que a largura, assim como no oval. O rosto hexagonal com as laterais retas é semelhante, em proporção de medidas, ao retangular, no entanto apresenta a mandíbula na linha ou acima da linha dos lábios. As linhas inclinadas correspondem aos formatos triangular, triangular invertido, hexagonal com a base reta e losangular; os triangulares apresentam a testa mais estreita que o queixo, enquanto os triangulares invertidos caracterizam-se pela testa mais larga que o queixo. Quando em um triangulo invertido a linha do cabelo se une formando um bico, há o formato de coração, mas se as linhas se afunilarem do arco zigomático até a testa, identifica-se o losangular. O formato hexagonal com basereta é semelhante ao losangular, sua diferença está na largura do queixo, sendo esta mais larga no hexagonal de base reta. A análise dos formatos dos rostos compreende a muitos outros aspectos, além dos acima citados, no entanto é possível através destes conhecimentos básicos, aplicar a identificação de rostos e beneficiar-se desta para o resultado final de uma maquiagem ou corte de cabelo, adaptando as técnicas ao formato do rosto, a fim de harmonizá-lo. Elaborou-se uma tabela com sugestões de técnicas para harmonização dos formatos de rosto acima citados (apêndice 1), esta tabela pode ser uma ferramenta para o Profissional Beauty no instante em que analisa o rosto a ser trabalhado; no entanto destaca-se que não é aconselhável o uso indiscriminado das sugestões da tabela, pois para a aplicação correta do visagismo muitos outros fatores devem ser analisados, como personalidade e funcionalidade. 3.5.2 Tipos cromáticos A cor é sem duvida um dos elementos primordiais no visagismo, pois é possível a partir do seu emprego adequado, destacar ou disfarçar características e transmitir impressões. Hallawell (2009) nomeia Johonas Itten e Robert Dorr como colaboradores no estudo das cores. Johonas Itten, professor de pintura na Escola de Arte Bauhaus em 1928, 13 descobriu que seus alunos destacavam em suas pinturas uma determinada cor, que se relacionava com o próprio tom de pele, e notou que as cores escolhidas por eles manifestavam sua personalidade individual. Robert Dorr, na década seguinte, criou o sistema de chaves de cor ou Color Key Sistem. Este sistema classificava as cores em frias e quentes, de acordo com suas características. A partir deste sistema em 1942, Suzanne Caygill realizou uma extensa pesquisa sobre tons de pele, desenvolveu o Color Harmony ou harmonia da cor, que batizava os tipos cromáticos de pele com os nomes das estações. “A primavera e o outono são duas classificações distintas para peles quentes, e verão e inverno duas para peles frias” (HALLAWELL, 2009, p.168). As peles negras não podem ser analisadas seguindo o sistema de estações, pois apresentam cores diferentes em sua composição. Jean Patton classificou em 1991 as peles negas em dois grupos de pele quente, dois de peles frias e dois de peles neutras. Os nomes dados aos grupos derivam de nomes de regiões, ritmos musicais e temperos. Segundo o raciocínio proposto por Suzanne Caygill e Jean Patoon, descrito por Hallawell elaborou-se tabelas (anexo 2) pois estas auxiliam o profissional no instante da avaliação e processo criativo da concepção de beleza em uma produção de moda. A partir do conhecimento básico à cerca dos formatos de rosto, tonalidades de pele e da linguagem visual é possível aplicar o visagismo na área do embelezamento pessoal; sabe-se que o visagismo é um conceito amplo e multifacetado, de modo que englobar todos seus aspectos demandaria uma pesquisa demasiadamente extensa, fugindo então do formato do trabalho em questão. Os conceitos e informações acima explanadas deverem nortear o Beauty Artist no momento da construção da imagem na produção de moda, e devem ser somadas as técnicas disponíveis, aos recursos digitais, ao conceito da campanha ou da marca e principalmente à criatividade. 14 3.6 Make e Hair do século XX É essencial que o profissional Beauty que trabalha com produção de moda, saiba definir, caracterizar e identificar o make e hair do século XX, pois na moda a comunicação entre o Stilyst e o profissional Beauty é geralmente feita através de referências como décadas, épocas ou ícones de cada época. Para visagista este conhecimento é necessário, pois em determinado momento de seu trabalho ele necessitará adequar um padrão pré estabelecido, como make da década de 20, por exemplo, a um rosto que nem sempre tem as características ideais para determinado trabalho. É necessário que o profissional Beauty disponha do máximo conhecimento à cerca da história e dos acontecimentos das décadas e séculos que precederam a atualidade para que este possa caracterizar seus modelos ou clientes quando necessário. Como saber por que as mulheres usavam batons tão delineados na década de 40, sem levar em conta que os EUA entraram na guerra (e para vencer), que Max Factor andava de mãos dadas com o cinema, que Walt Disney e a Coca–Cola desembarcavam por aqui enquanto Carmen Miranda foi estrelar em Hollywood? (MOLINOS, 2009, p. 189). Com base em autores como Molinos (2009), Palomino (2003), Peacock (1993), Mackrell (1997) e Moutinho (2000) elaborou-se uma tabela (apêndice 2) com a descrição breve de make e hair do século XX, no entanto sabe-se que quanto mais aprofundado e específico for o estudo de determinada década, mais referências é possível coletar e desta forma pode-se observar que, mesmo que as décadas fiquem para sempre eternizadas por um look, uma imagem que predominou; estas foram repletas tendências menores que também são válidas no momento da caracterização. O profissional de visagismo necessita deste conhecimento histórico não apenas para a caracterização de modelos na produção de moda, mas também como aliado no processo criativo, já que para releituras, momentos onde se faz necessário a 15 referência, porém não a copia fiel, o estudo da história pode fornecer informações significativas e confiáveis de onde pode- se seguir com a criação. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A produção de moda é a responsável por desencadear o desejo de consumo sobre o produto e instigar o público. A moda se vale de dois grandes meios de divulgação, são eles os desfiles de moda e as produções fotográficas, estes utilizarão todos os recursos para criar uma atmosfera favorável ao consumo do produto e a exposição da marca. Dentre as etapas da produção de moda estão envolvidos inúmeros profissionais, cada um com uma função específica. O responsável pela concepção beleza é o Profissional Beauty ou Beauty Artist. O profissional Beauty necessita conhecer não apenas as técnicas de elaboração de maquiagem e cabelo, mas sim recorrer ao estudo do visagismo como aliado para a potencialização do seu trabalho. Destaca- se duas áreas do visagismo como necessidade imediata ao Beauty Artist, são elas a identificação e harmonização dos formatos de rosto e a análise dos tipos cromáticos. O visagismo é um recurso para a concepção de beleza na produção de moda, pois faz com que os profissionais Beauty avaliem o rosto de forma mais profunda, respeitando a individualidade de cada face. Os conhecimentos obtidos através do estudo do visagismo podem ser empregados em diversas etapas da produção de moda, não apenas na elaboração de make e hair, mas também no casting. Há de se notar que existem outros aspectos do visagismo relevantes ao estudo, pois este prega a análise holística do individuo, no entanto diante do objetivo firmado selecionou-se alguns dos julgados primordiais e básicos para a iniciação ao visagismo. Mediante um quadro restrito de bibliografias específicas sobre produção de moda e visagismo, sugere-se que mais estudos sejam elaborados na área para que, o mais breve possível, possamos dispor de matérias confiáveis para pesquisa. Desta forma, 16 deixa-se o presente trabalho a disposição à consulta, contribuindo desta forma com a comunidade científica. REFERÊNCIAS ABREU, Aparecida Maria Battisti. Moda, estilo e marketing na indústria do vestuário. In: Moda Palavra: Reflexões em moda. Depto. de Moda- UDESC/CEART. Florianópolis: Insular, 2002. ALVARENGA, Daniel Matos. As dificuldades da arte, do belo e do feio. Revista filosofia capital, Brasília-DF, vol. 2, p. 34 - 44, 4, ed., 2007. 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OVAIS MAKE Aplicar o blush valorizando a parte alta das bochechas; Ousar nas cores utilizadas; Escurecer mandíbula e zigomático caso deseje criar mais ângulos a face. HAIR Possibilidade de ousar nos cortes e penteados; Um corte mais repicado caso deseje contrastar com a leveza dos ângulos da face; Franjas de todas as formas, preferencialmente repicadas. IMAGEM DE REFERÊNCIA 20 ROSTOS COM LINHAS RETAS QUADRADO, RETANGULAR E HEXAGONAL COM A LATERAL RETA MAKE Aplicar o blush na parte central das bochechas se desejar diminuir os ângulos do rosto; Escurecer a extremidade no zigomático caso deseje valorizar os ângulos da face; Batons e sombras de cores pastéis conferem suavidade à face e equilibram os ângulos. HAIR Cabelos com comprimento médio; Franjas preferencialmente perfiladas; O corte em camadas da feminilidade ao rosto. IMAGEM DE REFERÊNCIA 21 ROSTOS COM LINHAS INCLINADAS TRIANGULAR MAKE Valorizar a parte externa dos olhos; Optar por batons mais neutros e olhos mais destacados; Escurecer as têmporas. HAIR A utilização de franjas para equilibrar a parte superior da cabeça com a inferior; Cortes repicados desde o ápice da cabeça; Evitar penteados do tipo moicano. TRIANGULAR INVERTIDO MAKE Valorizar a parte interna dos olhos; Optar por batons menos discretos a fim de valorizar a parte inferior da face; Escurecer a mandíbula. HAIR Cabelos com cumprimento acima dos ombros; Camadas que se iniciam abaixo do zigomático; Priorizar penteados alonguem a cabeça. HEXAGONAL DE BASE RETA OU LOSANGULAR MAKE Aplicar o blush na parte central das bochechas se desejar diminuir os ângulos do rosto; Escurecer a mandíbula; Alongar as partes externas de lábios e olhos sempre que possível. HAIR Evitar penteados que confiram volume na parte superior da cabeça; Cortes do tipo Chanel conferem volume à mandíbula. Cabelos curtos valorizam a estrutura óssea. IMAGEM DE REFERÊNCIA 22 Apêndice 2 - Make e hair do Século XX DÉCADA DE 20 MAKE Sobrancelhas finas e arqueadas, blush em forma redonda sob as maçãs do rosto, forte presença do batom vermelho, olhos delineados com a cor preta. HAIR Cabelos curtos com presença de franja acentuando o contorno do rosto. DÉCADA DE 30 MAKE Sombra de cor neutra, porém os olhos ainda delineados, blush rosado, batom em diversas nuances. HAIR Cabelos com o comprimento um pouco maior que a década anterior. DÉCADA DE 40 MAKE Lábios vermelho escuro, blush rosa ou marrom e pouco presença de maquiagem nas pálpebras. HAIR Cachos presos com grampos ou o uso de turbantes garantindo a praticidade.23 DÉCADA DE 50 MAKE Sobrancelhas delineadas e escuras, muito batom e máscara de cílios, a sensualização da imagem feminina. HAIR Cabelos ondulados presos ou soltos, a inserção da tintura capilar, principalmente em forma de reflexo. DÉCADA DE 60 MAKE Cílios exageradamente definidos, olhos delineados, batom em tonalidade rosa e bochechas bem definidas com blush. HAIR Cabelos com volume no ápice da cabeça, pontas modeladas para fora ou para dentro, uso de fixadores, adornos com enfeites de proporções exageradas, popularização de franjas de todas as formas. DÉCADA DE 70 MAKE Maquiagem suave e em cores neutras, pele um pouco mais bronzeada. HAIR Cabelos eram longos, sem compromisso, divididos ao meio, e ornados com faixas e flores. 24 DÉCADA DE 80 MAKE Excesso de maquiagem em todas as cores e com muito brilho. HAIR Cabelos cacheados com permanente longos ou curtos. DÉCADA DE 90 MAKE Maquiagem em tons neutros com aspecto natural. HAIR Cabelos tornam-se mais lisos e longos, pouca presença de adornos. 25 ANEXOS Anexo 1 - Linhas do Rosto Figura 1: Identificação do formato do rosto Fonte: http://weheartit 26 Anexo 2 – Tabelas dos tipos cromáticos CLASSIFICAÇÃO DE PELES BRANCAS Categoria Cor quente Tonalidade Básica Amarelo-dourado Cabelo Louro- dourado, castanho-claro ou médio Cores que favorecem Sugestão de acessórios Dourado OUTONO Categoria Cor quente Tonalidade básica Ferrugem Cabelo Ruivo, louro- avermelhado, castanho- claro ou médio Cores que favorecem Sugestão de acessórios Dourado INVERNO Categoria Cor fria Tonalidade básica Amarelo com fundo roxo Cabelo Preto, castanho- médio ou escuro Cores que favorecem Sugestão de acessório Prata PRIMAVERA 27 VERÃO Categoria Cor fria Tonalidade básica Rosa com fundo azulado Cabelo Louro-claro ou claríssimo, ou castanho-claro Cores que favorecem Sugestão de acessório Prata CLASSIFICAÇÃO DE PELES NEGRAS BLUES Categoria Cor fria Cor superficial Negra Tonalidade de base Azul Cabelo Preto ou castanho- escuríssimo Cores que favorecem Sugestão de acessório Prata JAZZ Categoria Cor fria Cor superficial Chocolate Tonalidade de base Verde Cabelo Preto, castanho-escuro ou médio Cores que favorecem Sugestão de acessório Prata ou dourado 28 SAARA Categoria Cor neutra Cor superficial Amarelo Tonalidade de base Roxo Cabelo Castanho- escuro, médio ou claro, louro- escuro ou ruivo- médio Cores que favorecem Sugestão de acessório Prata NILO Categoria Cor neutra Cor superficial Marfim Tonalidade de base Azul Cabelo Castanho- claro, médio ou acinzentado Cores que favorecem Sugestão de acessório Prata CALIPSO Categoria Cor quente Cor superficial Amarelo Tonalidade de base Amarelo-dourado Cabelo Preto, castanho- médio escuro ou ruivo- escuro Cores que favorecem Sugestão de acessório Dourado 29 SPIKE Categoria Cor quente Cor superficial Vermelho Tonalidade de base Verde- terra Cabelo Castanho- escuro ou médio, ruivo- escuro ou médio Cores que favorecem Sugestão de acessório Dourado
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