Buscar

Aspectos em patentes e Segredo Industrial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 247 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 247 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 247 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aspectos em Patentes e Segredo Industrial
W
B
A
0
5
5
3
_
V
1.
0
2/247
Aspectos em Patentes e Segredo Industrial
Autoria: Lady Tatiana Bermúdez Rodríguez
Como citar este documento: BERMÚDEZ, Lady Tatiana. Aspectos em Patentes e Segredo Industrial. 
Valinhos: 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Aspectos em Propriedade Intelectual 06
Assista a suas aulas 32
Unidade 2: Aspectos em Propriedade Industrial 39
Assista a suas aulas 59
Unidade 3: Patentes 67
Assista a suas aulas 89
Unidade 4: Sistemas de Classificação de Patentes e Tratado de Cooperação em Matéria de Pa-
tentes PCT
96
Assista a suas aulas 117
2/247
3/2473
Unidade 5: As Patentes como Fonte de Informação Tecnológica 124
Assista a suas aulas 144
Unidade 6: Pesquisa em Bases de Dados de Patentes 151
Assista a suas aulas 175
Unidade 7: Indicadores de Patenteamento no Mundo e no Brasil 182
Assista a suas aulas 211
Unidade 8: Segredos Industriais 218
Assista a suas aulas 239
Sumário
Aspectos em Patentes e Segredo Industrial
Autoria: Lady Tatiana Bermúdez Rodríguez
Como citar este documento: BERMÚDEZ, Lady Tatiana. Aspectos em Patentes e Segredo Industrial. 
Valinhos: 2017.
4/247
Apresentação da Disciplina
Muitas vezes, pensamos que os temas rela-
cionados com a propriedade intelectual e as 
patentes são muito complexos e estão lon-
ge de nossa cotidianidade. Mas as patentes 
e outros tipos de proteção à propriedade 
intelectual estão presentes em nossas vi-
das mais do que imaginamos. Por exemplo, 
quando escutamos uma música, ou quando 
usamos um programa de computador, seus 
autores protegeram suas criações com di-
reitos de autor; quando comemos um quei-
jo canastra, este foi protegido com uma in-
dicação geográfica; quando bebemos um 
refrigerante, sua fórmula original está pro-
tegida como um segredo industrial; ou sim-
plesmente quando usamos nosso telefone 
inteligente, que pode ter mais de 1.000 pa-
tentes envolvidas para sua criação.
A disciplina “Aspectos em Patentes e Segre-
do Industrial” apresenta um panorama geral 
da Propriedade Intelectual e da Propriedade 
Industrial. Além das definições e conceitos-
-chave dos principais elementos relaciona-
dos à Propriedade Industrial, apresentam-
-se exemplos interessantes que permitem 
identificar sua importância e esclarecer os 
conceitos explicados. 
O objetivo geral desta disciplina é entender 
os principais conceitos associados à pro-
priedade intelectual, com foco nas patentes 
e nos segredos industriais. 
Os objetivos específicos são: entender os 
diferentes tipos de patentes; como são clas-
sificados; a importância das patentes como 
fonte de informação tecnológica; as bases 
de dados de patentes; a dinâmica de paten-
5/247
teamento no mundo e no Brasil; e finalmen-
te as características do segredo industrial. 
Ao finalizar o curso, se espera que o estu-
dante compreenda todos os conceitos, a 
utilidade das patentes e que as considere 
como uma valiosa fonte de informação tec-
nológica e de mercado.
6/247
Unidade 1
Aspectos em Propriedade Intelectual
Objetivos
1. Entender o conceito de Propriedade 
Intelectual e a sua classificação;
2. Identificar os textos legislativos que 
normalizam a proteção dos direitos de 
Propriedade Intelectual no Brasil;
3. Identificar os principais elementos 
protegidos pelo Direito Autoral;
4. Analisar os principais elementos rela-
cionados à Proteção sui generis.
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual7/247
Introdução 
Atualmente, a maioria dos objetos de nos-
sa vida cotidiana, as expressões culturais e 
manifestações artísticas têm algum grau de 
proteção à propriedade intelectual. O pre-
sente módulo tem como objetivo apresen-
tar os principais aspectos relacionados à 
propriedade intelectual, a qual está relacio-
nada com as criações do espírito humano e 
os direitos de proteção dos interesses dos 
criadores sobre suas criações. 
Na primeira parte do módulo, se explica o 
conceito de propriedade intelectual e suas 
principais dimensões. Posteriormente, se 
apresenta a classificação da proprieda-
de intelectual, a qual está dividida em três 
principais componentes: direito autoral, 
propriedade industrial e proteção sui gene-
ris. Cada um desses componentes tem uma 
legislação brasileira que define claramente 
suas características e o escopo de proteção. 
Na quarta parte do módulo, se realiza uma 
breve descrição dos principais componen-
tes do direito autoral: direitos de autor, di-
reitos conexos e programas de computador. 
Finalmente, são explicadas as criações que 
são objeto de proteção sui generis: topo-
grafia de circuito integrado, cultivares, co-
nhecimentos tradicionais e manifestações 
folclóricas. Os aspectos relacionados à pro-
priedade industrial vão ser definidos cla-
ramente no Tema 2. Espera-se que o estu-
dante consiga diferenciar esses conceitos e 
logre determinar a importância dos direitos 
de proteção à propriedade intelectual. 
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual8/247
1. O Que é Propriedade Intelec-
tual? 
A Propriedade Intelectual refere-se às cria-
ções do espírito humano e aos direitos de 
proteção dos interesses dos criadores sobre 
suas criações. Contempla o respeito à auto-
ria e à difusão de ideias de empreendedores, 
inventores, cientistas e artistas como meios 
para ofertar suas criações e inovações e re-
ceberem por isso.
Dentre essas criações estão todos aqueles 
objetos da nossa vida cotidiana: móveis, 
eletrodomésticos, telefones, músicas, li-
vros, fotografias etc. Cada vez que adquiri-
mos alguns desses produtos, parte de nosso 
dinheiro é revertido para o criador como re-
compensa pelo esforço realizado e o tempo 
investido na sua criação.
A convenção que institui a Organização 
Mundial da Propriedade Intelectual - OMPI, 
em 14 de julho de 1967, define a Proprieda-
de Intelectual como:
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual9/247
Os direitos relativos: às obras literárias, artísticas e científicas; às interpre-
tações dos artistas, interpretes e às execuções dos artistas executantes, aos 
fonogramas e às emissões de radiodifusão; às invenções em todos os domí-
nios da atividade humana; às descobertas científicas; aos desenhos e mo-
delos industriais; às marcas industriais, comerciais e de serviço, bem como 
às firmas comerciais e denominações comerciais; à proteção contra a con-
corrência desleal e todos os outros direitos inerentes à atividade intelectual 
nos domínios industrial, científico, literário e artístico. (OMPI, 1967 [s.p]).
A Propriedade Intelectual tem quatro principais dimensões, as quais são comuns para todos seus 
componentes (OMPI-INPI, 2016): 
• Dimensão temporal: os direitos de propriedade intelectual são concedidos por prazos esti-
pulados legalmente, de modo que o titular possa explorar economicamente com exclusivi-
dade os bens e os processos produtivos decorrentes deste direito.
• Escopo de direito: cada objeto protegido pela propriedade intelectual apresenta uma deli-
mitação de proteção definida por lei.
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual10/247
• Segurança jurídica: o direito de pro-
priedade intelectual evita que tercei-
ros possam explorar indevidamente, 
sem a prévia autorização do titular do 
direito.
• Territorialidade do direito: Os objetos 
protegidos pela Propriedade Indus-
trial somente têm validade no país de 
depósito. Só os Direitos de Autor têm 
validade internacional.
A propriedade intelectual não se traduz só 
nos objetos e em suas cópias, mas sim na 
informação ou no conhecimento refletido 
nesses objetos e cópias, sendo, portanto, um 
“ativo intangível”. Assim, a Propriedade In-
telectual torna-se um ativo importante para 
que as empresas melhorem sua competitivi-
dade e produzam bens e serviços inovadores.
2. Classificação dos Tipos de 
Propriedade Intelectual
No Brasil, a Propriedade Intelectual está di-
vidida em três grandes áreas, cada uma das 
quais tem características particulares. Es-
Para saber mais
Um dos primeirosexemplos de proteção à pro-
priedade intelectual foi na Grécia, no ano 330 a.C., 
quando uma lei de Atenas ordenou que fossem 
depositados nos arquivos da cidade cópias exatas 
das obras dos grandes clássicos. Nessa época, os 
livros eram copiados a mão, de modo que o cus-
to era alto e o número limitado. Isso determinou 
o nascimento de um interesse jurídico específico 
para proteção. 
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual11/247
sas áreas são: Direito Autoral, Propriedade Industrial e Proteção sui generis. Na seguinte Figura 1, 
é apresentada essa classificação e, em seguida, será descrita cada uma delas.
Figura 1 - Classificação dos tipos de Propriedade Intelectual
Fonte: elaborada pela autora (2017).
O Direito Autoral compreende: i) Direitos de autor, que por sua vez abrange: obras literárias, ar-
tísticas e científicas, descobertas científicas; ii) Direitos conexos, que estão relacionados com as 
interpretações dos artistas intérpretes e as execuções dos artistas executantes, os fonogramas e 
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual12/247
as emissões de radiodifusão; iii) os progra-
mas de computador.
A propriedade industrial abrange: i) Marcas, 
nomes e designações empresariais; ii) Pa-
tentes de modelo de utilidade e Patentes de 
Invenção; iii) Desenhos industriais; iv) Indi-
cações geográficas; v) Segredos Industriais 
e repressão à concorrência desleal. Esses 
elementos vão ser explicados em detalhe no 
Tema 2.
Finalmente, a proteção sui generis abran-
ge: i) Topografias de circuitos integrados; ii) 
Cultivares; iii) Conhecimentos Tradicionais; 
iv) Manifestações folclóricas.
3. Legislação Brasileira Relacio-
nada aos Direitos de Proprieda-
de Intelectual
No Brasil o Instituto Nacional da Proprieda-
de Industrial - INPI, é a instituição encarre-
gada da proteção à propriedade industrial. 
Criado em 1970, o INPI é uma autarquia fe-
deral vinculada ao Ministério da Indústria, 
Comércio Exterior e Serviços, responsável 
pelo aperfeiçoamento, disseminação e ges-
tão do sistema brasileiro de concessão e 
garantia de direitos de propriedade intelec-
tual para a indústria (INPI, 2017). 
Os principais serviços que presta o INPI são: 
registros de marcas, desenhos industriais, 
indicações geográficas, programas de com-
putador e topografias de circuitos e as con-
cessões de patentes.
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual13/247
No Brasil há um amplo arcabouço legislati-
vo relacionado aos principais instrumentos 
de proteção à Propriedade Intelectual. As 
principais leis são:
• Lei da Propriedade Industrial n° 9.279, 
de 14 de maio de 1996. Contempla a 
proteção de: i) Patentes de invenção e 
Modelos de Utilidade; ii) Desenho In-
dustrial; iii) Registro de Marca; iv) Re-
pressão às falsas indicações geográfi-
cas; v) Repressão à concorrência des-
leal.
• Lei de Direitos Autorais n° 9.610, de 
19 de fevereiro de 1998. Contempla a 
proteção de: i) Direitos autorais; ii) Di-
reitos conexos.
• Lei de Proteção de Cultivares n° 9.459, 
de 25 de Abril de 1997. Contempla a 
proteção de Cultivares mediante a 
concessão de Certificado de Proteção 
de Cultivar.
• Lei de Programa de Computador (sof-
tware) n° 9.609 de, 19 de fevereiro de 
1998. Contempla a proteção da pro-
Link
O Instituto Nacional da Propriedade Intelectual, 
INPI, permite o acesso a informações institucio-
nais, legislações relacionadas à Propriedade Inte-
lectual (PI), procedimentos para solicitar proteção 
à PI e também permite fazer buscas de patentes e 
desenhos industrias. Disponível em: <www.inpi.
gov.br>. Acesso em: 18 set. 2017.
www.inpi.gov.br
www.inpi.gov.br
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual14/247
priedade intelectual de programa de 
computador, sua comercialização no 
país, e dá outras providências.
• Lei de Organismos Geneticamente 
Modificados (OGM) n° 11.105, de 25 
de março de 2005. Contempla: i) as 
normas de segurança e mecanismos 
de fiscalização de atividades que en-
volvam OGM e seus derivados; ii) Cria 
o Conselho Nacional de Biosseguran-
ça CNBS; iii) Dispõe sobre a Política 
Nacional de Biossegurança PNB.
• Lei de Topografia de Circuitos Integra-
dos n° 11.484, de 31 de Maio de 2007. 
Contempla: i) Incentivos às indústrias 
de equipamentos para TV digital e de 
componentes eletrônicos semicondu-
tores; ii) Proteção das topografias de 
circuitos integrados; ii) Institui o Pro-
grama de apoio ao desenvolvimento 
tecnológico da indústria de Semicon-
dutores PADIS e o Programa de apoio 
ao desenvolvimento tecnológico da 
indústria de equipamentos para a TV 
digital PADTVD.
• Lei de Patrimônio genético n° 13.123, 
de 20 de maio de 2015. Contempla: 
i) acesso ao patrimônio genético; ii) 
proteção e o acesso ao conhecimen-
to tradicional associado; iii) repartição 
de benefícios para conservação e uso 
sustentável da biodiversidade.
Essas leis evidenciam que o Brasil tem se 
adaptado às leis internacionais de proprie-
dade intelectual, devido ao fato de ser sig-
natário da Convenção de Paris, dos tratados 
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual15/247
sobre patentes estabelecidos pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual e dos acor-
dos sobre aspectos dos direitos de propriedade intelectual relacionados ao comércio (TRIPS).
4. Direito Autoral
Como já foi dito, o direito autoral faz parte das áreas de proteção à propriedade intelectual e está 
divido em três componentes: direitos de autor, direitos conexos e programas de computador.
Para saber mais
O acordo sobre os aspectos dos direitos de propriedade intelectual relacionados ao comércio (ADPIC), em 
inglês Trade-related aspects to intellectual Property Rights (TRIPS), entrou em vigor em 1995, a partir da 
Rodada de Uruguai, no âmbito da Organização Internacional do Comércio (OMC). Esse acordo introduziu, 
pela primeira vez, regras de propriedade intelectual no sistema multilateral de comércio. Os objetivos 
desse acordo são: i) reforçar a necessidade da harmonização entre as legislações nacionais de Proprie-
dade Intelectual de acordo com os interesses dos países mais desenvolvidos; ii) estabelecer parâmetros 
mínimos de proteção. Esse acordo também obriga a reconhecer as patentes para fármacos e alimentos.
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual16/247
Os direitos de autor outorgam um direito 
temporário para evitar que outros comer-
cializem cópias de sua obra, resultante da 
expressão criativa. Por não apresentarem 
caráter técnico, essas obras não são consi-
deradas invenções.
De acordo com a Lei nº 9.610, de 18 de fe-
vereiro de 1998, as obras intelectuais pro-
tegidas pelos direitos de autor abrangem os 
seguintes elementos: 
• Os textos de obras literárias, artísticas 
ou científicas;
• As conferências, alocuções, sermões e 
outras obras da mesma natureza;
• As obras dramáticas e dramático-mu-
sicais;
• As obras coreográficas e pantomími-
cas, cuja execução cênica se fixe por 
escrito ou por outra qualquer forma;
• As composições musicais, tenham ou 
não letra;
• As obras audiovisuais, sonorizadas ou 
não, inclusive as cinematográficas;
• As obras fotográficas e as produzidas 
por qualquer processo análogo ao da 
fotografia;
• As obras de desenho, pintura, gravu-
ra, escultura, litografia e arte cinética;
• As ilustrações, cartas geográficas e 
outras obras da mesma natureza;
• Os projetos, esboços e obras plásticas 
concernentes à geografia, engenha-
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual17/247
ria, topografia, arquitetura, paisagis-
mo, cenografia e ciência;
• As adaptações, traduções e outras 
transformações de obras originais, 
apresentadas como criação intelectu-
al nova;
• Os programas de computador;
• As coletâneas ou compilações, anto-
logias, enciclopédias, dicionários, ba-
ses de dados e outras obras, que, por 
sua seleção, organização ou disposi-
ção de seu conteúdo, constituam uma 
criação intelectual.
Por sua vez, o direito autoral tem dois tipos 
de direitos associados:
• Direitos morais: são consideradospessoais, inalienáveis, irrenunciáveis 
e intransferíveis, isso significa que um 
autor sempre tem o direito de que seu 
nome seja reconhecido e citado, em-
bora ele tenha cedido os direitos pa-
trimoniais de sua obra. Por exemplo, 
as obras do Nobel Colombiano Gabriel 
García Márquez, embora sejam repro-
duzidas em outros idiomas e comer-
cializadas por editoras, sempre devem 
reconhecer os direitos morais de sua 
autoria. 
• Direitos patrimoniais: permitem que 
os autores tenham o direito exclusivo 
de utilizar, fruir e dispor da obra lite-
rária, artística ou científica. O autor 
deve dar uma autorização prévia para 
que sua obra seja reproduzida parcial 
ou integralmente, traduzida, adapta-
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual18/247
da ou distribuída. Os autores também 
podem licenciar sua obra e receber 
uma compensação econômica por 
isso. Por exemplo, a música “Garota 
de Ipanema” uma das músicas brasi-
leiras mais conhecidas mundialmen-
te, foi composta por Tom Jobim e Vi-
nícius de Morais em 1962. Essa músi-
ca tem sido interpretada por artistas 
reconhecidos de todo o mundo, como 
Frank Sinatra, Cher, Sammy David Jr. e 
até Amy Winehouse, os quais têm pa-
gado seus direitos patrimoniais, mas 
os direitos morais dos autores sempre 
têm sido reconhecidos.
No Brasil, o direito autoral protege a obra 
desde sua criação até 70 anos após o ano 
subsequente ao falecimento do autor. Após 
esse prazo, a obra entra em domínio públi-
co, isso é, qualquer indivíduo fica livre para 
usá-la, sem necessitar de autorização espe-
cífica do titular dos direitos de autor. Após a 
morte do autor, os direitos são transmitidos 
a seus sucessores (INPI-SENAI, 2010).
Em relação aos Programas de Computador, 
eles têm uma lei específica: Lei n° 9.609, de 
19 de fevereiro de 1998, que também é co-
nhecida como Lei do software. Essa lei foi 
elaborada para regulamentar e normatizar, 
inteiramente, todas as operações realiza-
das com programas de computador, tanto 
os de origem nacional como os de origem 
estrangeira. O software pode ser registrado 
no INPI, que serve como meio de prova de 
autoria da obra e datação de algo original 
e industrializável, ou pode ser registrado no 
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual19/247
EDA (Escritório de Direitos Autorais) da Biblioteca Nacional como expressão de instruções de 
software (ORTIZ, 2012).
O prazo de vigência do direito de proteção de software é de 50 anos, e sua validade é internacio-
nal, o que significa que não há necessidade de registrar o software nos demais países, uma vez 
que eles estão registrados no Brasil, e vice-versa.
Para saber mais
Nos Estados Unidos, algumas inovações associadas a programas computacionais podem ser patentea-
das. As patentes de software não protegem o código do programa computacional, mas sim a sua funcio-
nalidade. As patentes de software são defendidas pelas grandes multinacionais, como Apple e Microsoft, 
como um elemento-chave para proteger seus investimentos, mas são atacadas pelos desenvolvedores 
de software livre, como Linux e PHP, porque consideram que frenam a inovação e o desenvolvimento. 
Além dos Estados Unidos, países como Canadá, Coreia do Sul e Japão também facilitam a proteção do 
software por meio de patentes (ONTAÑÓN, 2004).
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual20/247
Link
No Quadro 1 se apresentam as instituições responsáveis pelo registro de criações protegidas pelo direito 
autoral e seu respectivo link.
Quadro 1 - Instituições responsáveis pelo registro de criações protegidas pelo Direito Autoral
Criações Instituições responsáveis pelo registro e link de acesso
Livros e textos Fundação Biblioteca Nacional
Disponível em: <www.bn.br>.
Filmes Agência Nacional do Cinema
Disponível em: <www.ancine.gov.br>.
Obras artísticas Escola de Belas Artes
Disponível em: <www.eba.ufrj.br>.
Partituras de músicas Escola de música
Disponível em: <www.musica.ufrj.br>.
Fundação Biblioteca Nacional
Disponível em: <www.bn.br>.
Fonte: INPI-SENAI (2010, p. 26).
www.bn.br
www.ancine.gov.br
www.eba.ufrj.br
http://www.musica.ufrj.br
www.bn.br
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual21/247
Link
Quadro 1 - Instituições responsáveis pelo registro de criações protegidas pelo Direito Autoral
Criações Instituições responsáveis pelo registro e link de acesso
Plantas arquitetônicas/projetos Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura -Universidade 
da Federação
Disponível em: <www.confea.org.br>.
Programas de computador Instituto Nacional de Propriedade Industrial
Disponível em: <www.inpi.gov.br>. 
Fonte: INPI-SENAI (2010, p. 26).
Em relação aos direitos conexos, as normas relativas aos direitos de autor aplicam-se, no que 
couber, aos direitos dos artistas intérpretes ou executantes, dos produtores fonográficos e das 
empresas de radiodifusão (BRASIL, 1998).
Os direitos de autor e os direitos conexos protegem diferentes pessoas. Por exemplo, no caso 
de uma canção, os direitos de autor protegem o compositor da música e o criador da letra; já os 
direitos conexos se aplicam aos músicos e ao cantor que interpretam a canção, ao produtor da 
www.confea.org.br
www.inpi.gov.br
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual22/247
gravação sonora (também chamada de fonograma), na qual a música é incluída, e às empresas 
de radiodifusão que transmitem a música (INPI-SENAI, 2010).
5. Proteção Sui Generis
Os Direitos sui generis são escopo de propriedade intelectual, mas não são considerados como 
Direito de Autor ou Propriedade Industrial. As criações que têm proteção sui generis são:
• Topografia de Circuito Integrado: são protegidos pela Lei n° 11.484, de 31 de maio de 2007, 
a qual define a Topografia de Circuito Integrado como
uma série de imagens relacionadas, construídas ou codificadas sob qual-
quer meio ou forma, que represente a configuração tridimensional das 
camadas que compõem um circuito integrado, e na qual cada imagem 
represente, no todo ou em parte, a disposição geométrica ou arranjos da 
superfície do circuito integrado em qualquer estágio de sua concepção ou 
manufatura. (BRASIL, 2007, [s.p.])
O registro de topografia de circuitos é válido por 10 anos após o depósito.
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual23/247
• Cultivares: são protegidos pela Lei n° 
9.456, de 25 de abril de 1997, a qual 
define o cultivar como: “a variedade 
de qualquer gênero ou espécie vege-
tal superior que seja claramente dis-
tinguível de outras cultivares conhe-
cidas” (BRASIL, 1997, [s.p.]). Esta lei 
protege o aperfeiçoamento de varie-
dades de plantas a fim de incentivar 
as atividades dos criadores e desen-
volvedores de novas variedades de 
plantas. Essa proteção se efetua me-
diante a concessão de Certificado de 
Proteção Cultivar, que é responsabili-
dade do Serviço Nacional de Proteção 
de Cultivares (SNPC), do Ministério da 
Agricultura. O prazo de validade é de 
18 anos para as videiras e árvores fru-
tíferas, florestais e ornamentais, e de 
15 anos para as demais.
• Conhecimentos tradicionais: são pro-
tegidos pela Lei n° 13.123, de 20 de 
maio de 2015. Essa lei reconhece os 
conhecimentos tradicionais associa-
dos ao patrimônio genético de popu-
lações indígenas, de comunidade tra-
dicional ou de agricultor tradicional 
contra a utilização e exploração ilícita. 
A OMPI tem um Comitê Intergoverna-
mental sobre propriedade intelectual 
e recursos genéticos, conhecimentos 
tradicionais e folclore composto por 
250 representantes de estados, co-
munidades indígenas e locais, orga-
nizações não governamentais e inter-
governamentais, como a UNESCO.
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual24/247
• Manifestações folclóricas: referem-se 
às produções de elementos carac-
terísticos do patrimônio artístico 
tradicional criado e mantido por uma 
comunidade ou por indivíduos, re-
fletindo as tradicionais expectativas 
artísticas de uma comunidade ou in-
divíduo (OMPI-INPI, 2016). 
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual25/247Glossário
Ativos intangíveis: São os bens que tem uma empresa, mas que não são percebidos fisicamente. 
São considerados ativos porque geram rendimento econômico e valor para as empresas. Alguns 
ativos intangíveis são: conhecimento técnico, ideias, marcas, desenhos, modelos e outros frutos 
intangíveis da capacidade criadora e inovadora da empresa (OMPI, 2017). 
Conhecimentos tradicionais: A OMPI define os Conhecimentos Tradicionais como um corpo vivo 
de conhecimentos que se transmite de uma geração a outra na mesma comunidade e que forma 
parte da identidade cultural e espiritual da comunidade.
Rodada de Uruguai: É a mais importante negociação comercial multilateral que deu origem à 
maior reforma do sistema mundial do comércio. Teve uma duração de mais de 7 anos (1986-1993) 
e contemplou as regras sobre o comércio de mercadorias, produtos agrícolas, propriedade intelec-
tual e investimento.
UNESCO: Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura. Em inglês: United 
Nations Educational, Scientific and Cultural Organization. A missão da UNESCO é contribuir para a 
consolidação da paz, erradicação da pobreza, desenvolvimento sustentável, diálogo intercultural 
mediante a educação, as ciências, a cultura, a comunicação e a informação (UNESCO, 2009).
Questão
reflexão
?
para
26/247
No Brasil, os programas de computador são protegidos 
pelos direitos de autor. Em outros países do mundo, como 
Estados Unidos e Canadá, é possível fazer a proteção do 
software por meio de patentes. Pesquise: quais são as van-
tagens e desvantagens de fazer a proteção do software 
pelos direitos de autor e não pelas patentes? Há alguma 
possibilidade de proteger o software com patentes no Bra-
sil? Quais são as implicações de não ter a mesma regula-
mentação mundial sobre a proteção do software?
27/247
Considerações Finais
• Exploramos o conceito de Propriedade Intelectual e a sua importância para 
estimular as criações intelectuais, artísticas e culturais. Atualmente, a maio-
ria das atividades econômicas são objeto de direitos exclusivos de proprie-
dade intelectual. 
• Explicamos os diferentes componentes da Propriedade Intelectual, com maior 
ênfase no direito autoral e a proteção sui generis. Os componentes do direito 
autoral são: direitos de autor, direitos conexos e programas de computador. 
Por sua vez, a proteção sui generis se aplica a: cultivares, topografias de cir-
cuitos integrados, conhecimentos tradicionais e manifestações folclóricas.
• Identificamos os dois tipos de direito autoral: i) os direitos morais, os quais 
são considerados pessoais, inalienáveis, irrenunciáveis e intransferíveis; ii) os 
direitos patrimoniais, os quais podem licenciar ou ceder a terceiros.
• Apresentamos o arcabouço legislativo brasileiro relacionado aos direitos de 
propriedade intelectual, os quais estão em concordância com as leis interna-
cionais de propriedade intelectual.
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual28/247
Referências
BRASIL. Lei da Propriedade Industrial nº 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e 
obrigações relativos à propriedade industrial. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cciv-
il_03/leis/L9279.htm>. Acesso em: 15 jun. 2017.
______. Lei de Proteção de Cultivares nº 9.456, de 25 de abril de 1997. Institui a Lei de Proteção 
de Cultivares e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9456.htm>. Acesso em: 15 jun. 2017.
______. Lei de Programa de Computador (software) nº 9.609, de 19 de fevereiro de 1998. 
Dispõe sobre a proteção da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercial-
ização no País, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9609.htm>. Acesso em: 15 jun. 2017.
______. Lei de Direitos Autorais nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consol-
ida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm>. Acesso em: 15 jun. 2017.
______. Lei de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) nº 11.105, de 25 de março de 
2005. Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece 
normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos ge-
neticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o Conselho Nacional de Biossegurança 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9456.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9456.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9609.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9609.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual29/247
– CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a 
Política Nacional de Biossegurança – PNB, revoga a Lei no 8.974, de 5 de janeiro de 1995, e a Me-
dida Provisória no 2.191-9, de 23 de agosto de 2001, e os arts. 5o, 6o, 7o, 8o, 9o, 10 e 16 da Lei 
no 10.814, de 15 de dezembro de 2003, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm>. Acesso em: 15 jun. 2017.
______. Lei de Topografia de Circuitos Integrados nº 11.484, de 31 de maio de 2007. Dispõe 
sobre os incentivos às indústrias de equipamentos para TV Digital e de componentes eletrôni-
cos semicondutores e sobre a proteção à propriedade intelectual das topografias de circuitos 
integrados, instituindo o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 
Semicondutores – PADIS e o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de 
Equipamentos para a TV Digital – PATVD; altera a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993; e revoga 
o art. 26 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11484.htm>. Acesso em: 15 jun. 2017.
______. Lei de Patrimônio genético nº 13.123, de 20 de maio de 2015. Regulamenta o inciso 
II do § 1o e o § 4o do art. 225 da Constituição Federal, o Artigo 1, a alínea j do Artigo 8, a alínea 
c do Artigo 10, o Artigo 15 e os §§ 3o e 4o do Artigo 16 da Convenção sobre Diversidade Bi-
ológica, promulgada pelo Decreto no 2.519, de 16 de março de 1998; dispõe sobre o acesso ao 
patrimônio genético, sobre a proteção e o acesso ao conhecimento tradicional associado e so-
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11484.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11484.htm
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual30/247
bre a repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade; revoga a 
Medida Provisória no 2.186-16, de 23 de agosto de 2001; e dá outras providências. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm>. Acesso em: 
15 jun. 2017.
INPI. Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Disponível em: <http://www.inpi.gov.br/so-
bre/estrutura>. Acesso em: 30 maio 2017.
INPI-SENAI. Inovação e Propriedade Intelectual: Guia para o docente. Brasília: SENAI, 2010. 
INSTITUTO DE DERECHOS DE AUTOR. Antecedentes históricos de la propiedad intelectual. 
Disponível em: <http://hemeroteca.institutoautor.org/story/.php?id=3156>. Acesso em: 18 jun. 
2017.
OMPI-INPI. Curso de Propriedade Intelectual à distancia OMPI-INPI. Módulo 2: Introdução à 
Propriedade Intelectual, 2016.
OMPI. Convenio que estabelece a Organização Mundial da Propriedade Intelectual. Estocolmo, 
14 de Julho de 1967. Disponível em: <http://www.wipo.int/treaties/es/text.jsp?file_id=283997>. 
Acesso em: 18 jun. 2017.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13123.htm
http://www.inpi.gov.br/sobre/estruturahttp://www.inpi.gov.br/sobre/estrutura
http://hemeroteca.institutoautor.org/story/.php?id=3156
http://www.wipo.int/treaties/es/text.jsp?file_id=283997
Unidade 1 • Aspectos em Propriedade Intelectual31/247
OMPI. Los derechos de propiedad intelectual: activos valiosos. Disponível em: <http://www.
wipo.int/sme/es/ip_business/ip_asset/business_assets.htm>. Acesso em: 18 jun. 2017.
ONTAÑÓN, R. Patentes de software: EE.UU vs. Europa. Clarke, Modet & ºC, 7 jul. 2014. Disponível 
em: <http://www.clarkemodet.com/es/actualidad/blog/2014/07/patentes-de-software-eeuu-
vs-europa#.WXGOvmU191A>. Acesso em: 15 jun. 2017.
ORTIZ, L. A propriedade intelectual na Lei do Software. Revista eletrônica da Faculdade de Di-
reito de Franca, Franca, v. 6, n. 1, dez. 2012.
UNESCO. ¿Que es la UNESCO? Unesco: 2009. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/imag-
es/0014/001473/147330s.pdf>. Acesso em: 18 jun. 2017.
http://www.wipo.int/sme/es/ip_business/ip_asset/business_assets.htm
http://www.wipo.int/sme/es/ip_business/ip_asset/business_assets.htm
http://www.clarkemodet.com/es/actualidad/blog/2014/07/patentes-de-software-eeuu-vs-europa#.WXGOvmU191A
http://www.clarkemodet.com/es/actualidad/blog/2014/07/patentes-de-software-eeuu-vs-europa#.WXGOvmU191A
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001473/147330s.pdf
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001473/147330s.pdf
32/247
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Aspectos em Propriedade Inte-
lectual. Bloco I
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
ca439d13c4e35cdd6aa502632efc4d60>.
Aula 1 - Tema: Aspectos em Propriedade Inte-
lectual. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
e5426900f049a59357c707760b70aade>.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ca439d13c4e35cdd6aa502632efc4d60
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ca439d13c4e35cdd6aa502632efc4d60
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ca439d13c4e35cdd6aa502632efc4d60
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/e5426900f049a59357c707760b70aade
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/e5426900f049a59357c707760b70aade
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/e5426900f049a59357c707760b70aade
33/247
1. Quais são as principais áreas em que se classifica a propriedade intelectual:
a) Territorialidade do direito e segurança jurídica.
b) Ideias e ativos intangíveis.
c) Direito autoral, propriedade industrial e proteção sui generis.
d) Dimensão temporal e escopo de direito.
e) Direitos morais e direitos patrimoniais.
Questão 1
34/247
2. Qual dos seguintes componentes não se pode proteger por direitos de 
autor:
a) Programas de computador.
b) Patentes.
c) Obras literárias.
d) Interpretações musicais.
e) Obras audiovisuais.
Questão 2
35/247
3. Qual é o prazo de proteção para os direitos de autor:
a) Desde sua criação até 20 anos após o ano subsequente ao falecimento do autor.
b) Desde sua criação até 100 anos após o ano subsequente ao falecimento do autor.
c) Desde sua criação até 50 anos após o ano subsequente ao falecimento do autor.
d) Vitalícios.
e) Desde sua criação até 70 anos após o ano subsequente ao falecimento do autor.
Questão 3
36/247
4. Em qual destes países é possível proteger os programas de computador 
por meio de patentes?
a) Canadá.
b) Brasil.
c) França.
d) Alemanha.
e) Argentina.
Questão 4
37/247
5. Qual dos seguintes componentes não são objeto de proteção sui gene-
ris:
a) Novas variedades de plantas.
b) Conhecimentos tradicionais.
c) Obras fotográficas.
d) Manifestações folclóricas.
e) Topografias de circuitos integrados.
Questão 5
38/247
Gabarito
1. Resposta: C.
Segundo a Legislação Brasileira, a proprie-
dade industrial se classifica em três princi-
pais áreas: direito autoral, propriedade in-
dustrial e proteção sui generis.
2. Resposta: B.
As patentes são protegidas por meio de 
propriedade industrial e não por direitos de 
autor.
3. Resposta: E.
De acordo com a Lei nº 9.610, de 18 de feve-
reiro de 1998, os direitos de autor são pro-
tegidos desde sua criação até 70 anos após 
o ano subsequente ao falecimento do autor.
4. Resposta: A.
A legislação de Propriedade Intelectual do 
Canadá permite proteger o software por 
meio de patentes e não necessariamente 
como direito autoral.
5. Resposta: C.
As obras fotográficas são protegidas por di-
reitos de autor.
39/247
Unidade 2
Aspectos em Propriedade Industrial
Objetivos
1. Entender o conceito de Propriedade 
Industrial e a sua classificação;
2. Identificar as principais característi-
cas do Desenho Industrial;
3. Analisar as principais características 
das marcas;
4. Descrever o significado de Indicações 
Geográficas, Indicações de Procedên-
cia e Denominações de origem.
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial40/247
Introdução
Esta seção apresenta os principais aspectos 
relacionados com a Propriedade Industrial, 
entendida como o componente da Proprie-
dade Intelectual que protege as patentes 
de invenção, as patentes de modelo de uti-
lidade, o registro de desenho industrial, re-
gistro de marcas, indicações geográficas e 
repressão à concorrência desleal. No Brasil, 
as características desses componentes são 
estabelecidas pela Lei de Propriedade In-
dustrial n° 9.279, de 14 de maio de 1996. 
Na segunda parte, se apresentam as prin-
cipais características do desenho industrial, 
que se define como a proteção da parte vi-
sual e estética dos objetos, mas não de sua 
funcionalidade. Posteriormente, se descre-
vem os registros de marcas e a sua classifi-
cação: marca de produto ou serviço; marca 
de certificação e marca coletiva. Além disso, 
as marcas também se classificam de acordo 
com a sua forma de apresentação: marcas 
nominativas, marcas figurativas e marcas 
mistas. Finalmente, se definem as Indica-
ções Geográficas e a sua classificação em: 
Indicações de Procedência e Denominações 
de Origem. Para obter todos esses registros, 
se deve fazer o tramite correspondente no 
Instituto Nacional de Propriedade Industrial 
(INPI). Por considerar que a análise de pa-
tentes é o objetivo principal desta discipli-
na, suas principais características se apre-
sentam no seguinte tema.
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial41/247
1. O Que é Propriedade Industrial?
Como foi analisado no Tema 1, a Propriedade Industrial é uma das categorias associadas à Pro-
priedade Intelectual. O artigo 1.3 da Convenção de Paris de 1883 define a propriedade industrial 
como: 
A propriedade industrial se entende em seu sentido mais amplo e se aplica 
não só à indústria e ao comércio propriamente ditos, mas também ao domí-
nio das indústrias agrícolas e extrativas e a todos os produtos fabricados ou 
naturais, por exemplo: vinhos, grãos, tabaco, frutos, animais, minerais, águas 
minerais, cervejas, flores e farinhas. (CONVENÇÃO DE PARIS, 1883, p. 5)
Essa definição abrange um amplo escopo de bens e serviços que podem ser protegidos por meio 
de mecanismos de propriedade industrial.
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial42/247
No Brasil, a Lei n° 9.279, de 14 de maio de 
1996, estabelece a proteção dos direitos 
relativos à propriedade industrial, conside-
rando o seu interesse social e o desenvol-
vimento tecnológico e econômico do país, 
efetua-se mediante:
• Concessão de patentes de invenção e 
de modelo de utilidade;
• Concessão de registro de desenho in-
dustrial;
• Concessão de registro de marca; 
• Repressão às falsas indicações geo-
gráficas; 
• Repressão à concorrência desleal.
A Propriedade Industrial é uma importante 
ferramenta para a promoção do desenvol-
vimento de um país, pois ela decorre direta-
mente da capacidade inventiva ou criado-
ra de tecnologiade seus habitantes (INPI-
-SENAI, 2010). Assim, muitos países fazem 
grandes investimentos em Pesquisa & De-
senvolvimento para promover o desenvol-
Para saber mais
A Convenção de Paris foi adotada em 1883 e se 
aplica a todos os componentes da Propriedade 
Industrial. Esse acordo internacional foi o primei-
ro passo importante para ajudar os criadores a 
proteger suas obras intelectuais em outros países. 
Foi assinado originalmente por 11 países: Brasil, 
Bélgica, Espanha, El Salvador, França, Guatemala, 
Itália, Holanda, Portugal, Sérvia e Suíça. 
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial43/247
vimento de patentes, desenhos industriais e 
marcas para potenciar seu desenvolvimen-
to econômico.
No texto a continuação se realiza a caracte-
rização dos registros de desenho industrial, 
marcas e indicações geográficas. O tema 
das patentes de invenção e modelo de uti-
lidade serão apresentados em detalhe no 
Tema 3.
2. Registro de Desenho Indus-
trial
O Desenho Industrial se refere apenas aos 
aspectos ornamentais ou estéticos que 
possam ser aplicados a um produto na in-
dústria, ou seja, refere-se apenas à forma 
exterior do objeto, à sua aparência e não à 
sua funcionalidade ou aos aspectos técni-
cos (INPI, 2013).
Um desenho industrial consiste em (INPI, 
2013):
• Elementos (objetos ou produtos in-
dustriais) em três dimensões, que re-
presentem forma de um produto in-
dustrial;
• Elementos em duas dimensões, apli-
cados sobre a superfície de objetos ou 
produtos industriais que sirvam para 
adorná-los, tal como um conjunto de 
linhas aplicado ao produto;
• A combinação de um ou mais destes 
elementos.
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial44/247
No Brasil, a Lei n° 9.279, de 14 de maio de 
1996, considera o desenho industrial como: 
“a forma plástica ornamental de um obje-
to ou um conjunto ornamental de linhas e 
cores que possa ser aplicado a um produ-
to, proporcionando resultado visual novo e 
original na sua configuração externa e que 
possa servir de fabricação industrial” (BRA-
SIL, 1996, [s.p.]).
Essa lei também estabelece que, para que 
um objeto seja protegido como desenho 
industrial, deve ser novo, ou seja, não estar 
compreendido no estado da técnica. Além 
disso, os desenhos industriais devem ser 
originais, ou seja, que sejam resultado de 
uma configuração visual distintiva em rela-
ção a outros objetos anteriores.
No Brasil, o período de duração do registro 
é de 10 anos contados desde a data de de-
pósito, prorrogável por três (3) períodos su-
cessivos de cinco (5) anos cada, isso é, até 
completar o prazo máximo de 25 anos. A 
proteção do desenho industrial é territorial, 
ou seja, só se aplica no país onde foi realiza-
da a solicitude.
Alguns objetos que se consideram objeto 
de proteção por desenho industrial são: re-
lógios de pulsos, joias, modas, implemen-
tos industriais e medicinais, objetos de uso 
doméstico, mobiliário, aparelhos elétricos, 
veículos, estruturas arquitetônicas, artigos 
práticos, equipamentos esportivos, emba-
lagens, brinquedos e acessórios para ani-
mais de estimação, entre outros.
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial45/247
Os desenhos industriais podem contribuir 
para o aumento do valor comercial de uma 
empresa devido ao seus produtos serem 
originais e mais atrativos esteticamente. 
Também servem como estratégia de merca-
do para chegar a um maior número de con-
sumidores ou a nichos de mercado específi-
cos, por exemplo, fones de ouvido especial-
mente desenhados para adolescentes.
Os desenhos industriais se classificam ou 
se agrupam em classes que servem para 
identificar e registrar o tipo de produto que 
é objeto de proteção. Essa classificação in-
ternacional para os desenhos e modelos in-
dustriais foi estabelecida no Acordo de Lo-
carno, em 1968.
Um exemplo representativo no âmbito in-
ternacional de Desenho Industrial são os 
saltos do desenhador francês Christian Lou-
boutin. Este desenhador tem uma proteção 
de desenho industrial pelos saltos com sola 
vermelha que identifica seus calçados em 
todo o mundo. Louboutin começou a vender 
esses saltos desde 1992, mas só foi no ano 
de 2008 que o desenho foi reconhecido pela 
Link
No Brasil se utiliza a classificação internacional 
de Locarno para os pedidos de Desenho Indus-
trial. Para conhecer essa classificação, veja o site 
indicado. Disponível em: <http://www.inpi.gov.
br/menu-servicos/desenho/classificacao>. 
Acesso em: 18 set. 2017.
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/desenho/classificacao
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/desenho/classificacao
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial46/247
USPTO (Oficina de Patentes e Marcas dos Estados Unidos). O desenhador francês já tem afron-
tado vários pleitos na justiça para defender sua criação e receber o reconhecimento monetário 
pela exclusividade de seus calçados.
Figura 1 - Desenho Industrial para os Saltos de Christian Louboutin
Fonte: <www.christianlouboutin.com>. Acesso em: 18 set. 2017.
www.christianlouboutin.com
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial47/247
A Figura 1 apresenta o salto de sola verme-
lha representativo de Christian Louboutin 
e a primeira página do registro de desenho 
industrial outorgada no ano 2008 pela Ofi-
cina de Patentes e Marcas dos Estados Uni-
dos, USPTO. 
3. Registro de Marca
Uma marca é um sinal visualmente per-
ceptível capaz de distinguir os produtos ou 
serviços de uma empresa, principalmente, 
em relação a outros concorrentes. A marca 
também simboliza para o consumidor al-
gumas características relacionadas com a 
qualidade, reputação e investimentos em 
P&D que fazem uma diferenciação impor-
tante de outros produtos ou serviços (INPI-
-SENAI, 2010). 
No Brasil, a Lei n° 9.279, de 14 de maio de 
1996, estabelece três tipos de marcas:
• Marca de produto ou serviço: aquela 
usada para distinguir produto ou ser-
viço de outro idêntico, semelhante ou 
afim, de origem diversa. Por exemplo: 
o refrigerante Guaraná Antártica ou a 
marca registrada de Google.
• Marca de certificação: aquela usada 
para atestar a conformidade de um 
produto ou serviço com determinadas 
normas ou especificações técnicas, no-
tadamente quanto à qualidade, natu-
reza, material utilizado e metodologia 
empregada. Por exemplo: as etiquetas 
que têm os eletrodomésticos e que in-
dicam a sua eficiência energética. 
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial48/247
• Marca coletiva: aquela usada para 
identificar produtos ou serviços pro-
vindos de membros e uma determina-
da entidade como cooperativas, asso-
ciações ou sindicatos. Por exemplo: a 
Associação Comercial de São Paulo.
As marcas também podem ser classificadas 
de acordo com a sua forma de apresentação 
(INPI-SENAI, 2010):
• Marca nominativa: composta apenas 
por palavras e combinações de letras 
e algarismos, compondo inclusive si-
glas e neologismos. Por exemplo: PE-
TROBRÁS, O Boticário, Sonho de valsa.
• Marca figurativa: composta por dese-
nhos, símbolos, imagens, grafismos e 
formas geométricas. Por exemplo: O 
desenho da Volkswagen ou da Shell.
• Marca mista: combina elementos no-
minativos e figurativos. Exemplo: Co-
ca-Cola, McDonald´s, Red Bull, Vivo 
(Telefônica Brasil S.A).
• Marcas tridimensionais: podem ser 
a própria forma do produto ou sua 
embalagem (desde que sejam dis-
tintivas), que também podem conter 
elementos nominativos e figurativos. 
Exemplo: O famoso chocolate suíço 
Toblerone é amplamente reconhecido 
a nível mundial por sua forma de pirâ-
mide. Esta é uma marca tridimensio-
nal registrada por Kraft Food Group.
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial49/247
O registro de uma marca é válido por 10 anos 
contados a partir da data de concessão do 
registro, prorrogável por períodos iguais ou 
sucessivos. A solicitude de registro de mar-
ca deve tramitar-se no INPI.
4. Indicações Geográficas
As Indicações Geográficas (IG) identificam 
produtos ou serviços em razão de sua ori-
gem geográfica e que incorporam atributos 
como reputaçãoe fatores naturais e huma-
nos, proporcionando produtos ou serviços 
com características próprias, que traduzem 
a identidade e a cultura de um espaço geo-
gráfico. 
O artigo 22.1 do Acordo ADPIC (1994, [s.p.]) 
define as indicações geográficas como:
Link
No site do INPI se encontram todos os procedi-
mentos necessários para registrar uma marca. 
No seguinte link se encontram as marcas de alto 
renome em vigência no Brasil. Disponível em: 
<http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/
marcas/arquivos/inpi-marcas_-marcas-de-
-alto-renome-em-vigencia_-20-06-2017_
padrao.pdf>. Acesso em: 18 set. 2017.
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/marcas/arquivos/inpi-marcas_-marcas-de-alto-renome-em-vigencia_-20-06-2017_padrao.pdf
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/marcas/arquivos/inpi-marcas_-marcas-de-alto-renome-em-vigencia_-20-06-2017_padrao.pdf
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/marcas/arquivos/inpi-marcas_-marcas-de-alto-renome-em-vigencia_-20-06-2017_padrao.pdf
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/marcas/arquivos/inpi-marcas_-marcas-de-alto-renome-em-vigencia_-20-06-2017_padrao.pdf
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial50/247
são as que identificam um produto como originário do território de um 
membro da Organização Mundial do Comércio, ou de uma região ou lo-
calidade desse território, quando determinada qualidade, reputação, ou 
outra característica do produto está relacionada à sua origem geográfica. 
As IG podem ser utilizadas para fomentar a comercialização de bens ou serviços quando deter-
minada característica ou reputação puder ser atribuída à sua origem geográfica. Algumas das 
vantagens e benefícios das Indicações Geográficas são (OMPI-INPI, 2016):
• Aumento do valor agregado dos produtos ou serviços, porque constituem um elemento 
diferenciador;
• Preservação das particularidades dos produtos ou serviços, patrimônio das regiões espe-
cíficas;
• Criação de um vínculo de confiança com o consumidor, que, sob o sinal distintivo da indi-
cação geográfica, sabe que vai encontrar um produto ou serviço de qualidade e com carac-
terísticas regionais;
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial51/247
• Melhora na comercialização dos pro-
dutos ou serviços, facilitando o acesso 
aos mercados através da propriedade 
coletiva;
• Servem como meio de preservar os 
conhecimentos tradicionais e as ex-
pressões culturais.
Geralmente, uma IG consiste no nome do 
lugar de origem do produto e gera um re-
conhecimento internacional pela sua qua-
lidade. Os casos mais reconhecidos são: 
Champagne, que é um vinho espumante ca-
racterístico de uma região na França; quei-
jo Roquefort da França, presunto de Parma, 
conhecido como prosciuto; café da Colôm-
bia; charutos de Cuba; vinho do Porto, de 
Portugal; tequila mexicana; cachaça brasi-
leira, entre outros. 
No Brasil, a Lei de Propriedade Industrial n° 
9.279, de 1996, divide as IG em duas moda-
lidades:
Para saber mais
Uma das Indicações Geográficas mais reconhe-
cidas no mundo é o queijo Roquefort, elabora-
do numa região do sudeste da França, perto do 
município de Roquefort. O queijo tem cor, cheiro 
e sabor característico e é feito com leite cru de 
ovelha da raça lacaune. Além disso, tem um pro-
cesso especial de maturação em cavernas natu-
rais da região. Assim, as características do leite, 
das ovelhas, das cavernas e do método de fabri-
cação do queijo fazem dele algo único, que deve 
ser reconhecido. 
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial52/247
• Indicação de Procedência (IP): Consis-
te no nome geográfico que se tenha 
tornado conhecido como centro de 
extração, produção ou fabricação de 
determinado produto ou prestação de 
determinado serviço. No Brasil há 39 
Indicações de Procedência reconhe-
cidas pelo INPI. Os exemplos mais re-
presentativos são: Paraty: aguarden-
te de cana; Salinas: cachaça; Pampa 
Gaúcho: carne bovina; Alta Mogiana: 
café; Divina Pastora: renda de agulha; 
Vale do São Francisco: uvas de mesa e 
manga; Maracaju: linguiça; Goiabe-
ras: panelas de barro, entre outras.
• Denominação de Origem (DO): Con-
siste no nome geográfico de país, ci-
dade, região ou localidade de seu ter-
ritório, que designe produto ou servi-
ço, cujas qualidades ou característi-
cas se devam exclusiva ou essencial-
mente ao meio geográfico, incluídos 
fatores naturais e humanos. No Brasil 
há 8 Denominações de Origem reco-
nhecidas pelo INPI. Os Exemplos mais 
representativos são: Costa Negra: ca-
marões marinhos cultivados (Ceará); 
Vale dos Vinhedos: vinhos brancos; 
Região do Cerrado Mineiro: café.
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial53/247
Para saber mais
O caso do Vale dos Vinhedos é representativo por-
que foi a primeira Indicação de Procedência outor-
gada no Brasil. Essa IP é outorgada para os produ-
tores de vinhos brancos, tintos e espumantes que 
fazem parte da associação APROVALE, localizada 
no Rio Grande do Sul. Essa região foi colonizada 
em meados de 1875 por imigrantes italianos que 
tinham tradição na fabricação de vinhos. Atual-
mente, as vinícolas dessa região empregam dire-
tamente mais de duas mil pessoas. O Vale dos Vi-
nhedos também foi reconhecido como Denomina-
ção de Origem no ano 2012, porque demonstrou 
as características do solo, clima e processo de fa-
bricação que incorporavam características únicas 
para esses vinhos (INPI-SEBRAE, 2016).
Link
Para conhecer em detalhe todas as Indicações 
Geográficas reconhecidas no Brasil, veja o catá-
logo de Indicações Geográficas do 2016. Dispo-
nível em: <http://www.inpi.gov.br/menu-ser-
vicos/indicacao-geografica/publicacoes>. 
Acesso em: 18 set. 2017.
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/indicacao-geografica/publicacoes
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/indicacao-geografica/publicacoes
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial54/247
Glossário
Aspectos ornamentais: Este termo faz referência aos aspectos que servem para adornar um ob-
jeto e fazê-lo mais atrativo ou chamativo.
Concorrência desleal: É qualquer ato contrário às práticas honestas, que afete o livre funcio-
namento do sistema de propriedade intelectual e a compensação que a propriedade intelectual 
oferece. Alguns atos de concorrência desleal podem causar confusão, induzir ao erro, provocar o 
descrédito do concorrente (INPI-SENAI, 2010).
Eficiência energética: Está relacionada com o melhor desempenho na produção de um serviço 
com menor gasto de energia, ou seja, à utilização racional de energia gerada.
Questão
reflexão
?
para
55/247
As Indicações Geográficas são mecanismos importantes 
para aumentar o valor agregado e o reconhecimento de 
produtos e serviços. No Brasil há 39 Indicações de Proce-
dência e 8 Denominações de Origem. Pesquise no Catálo-
go de Indicações Geográficas do INPI uma (1) Indicação de 
Procedência e uma (1) Denominação de Origem. Faça uma 
breve descrição de cada uma delas, e indique os fatores 
que determinaram seu registro, os benefícios obtidos por 
ter essa proteção e por que são importantes para o Brasil.
56/247
Considerações Finais 
• Analisamos o conceito de Propriedade Industrial e os mecanismos de proteção de-
finidos pela Lei n° 9.279 de 1996: patentes de invenção e modelos de utilidade; re-
gistro de desenho industrial; registro de marca; repressão às falsas indicações geo-
gráficas; e repressão à concorrência desleal.
• Explicamos o conceito do Desenho Industrial, o qual protege só a parte ornamental 
e estética de um objeto, mas não se preocupa com a sua funcionalidade. Os dese-
nhos industriais têm uma proteção de 10 anos que podem ser prorrogáveis até no 
máximo 25 anos.
• Apresentamos as principais características das marcas que são as que distinguem 
visualmente um produto ou um serviço da concorrência. No Brasil, o registro de mar-
ca é válido por 10 anos, podendo ser prorrogável por períodos iguais ou sucessivos.
• Finalmente explicamos as Indicações Geográficas (IG) e sua classificação em Indica-
ções de Procedência e Denominações de Origem. As IG são muitoimportantes para 
dar valor agregado aos produtos e serviços de determinada região ou localidade.
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial57/247
Referências 
ADPIC. Acordo sobre os aspectos dos direitos de propriedade intelectual relacionados ao 
comércio. Firmado em Marrocos, em 15 de abril de 1994. Disponível em: <http://www.wipo.int/
treaties/es/text.jsp?file_id=305906#part2.3>. Acesso em: 22 jul. 2017.
BRASIL. Lei da Propriedade Industrial nº 9.279, de 14 de maio de 1996. Regula direitos e 
obrigações relativos à propriedade industrial. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/cciv-
il_03/leis/L9279.htm>. Acesso em: 15 jun. 2017.
CONVENÇÃO DE PARIS. Convenção de Paris para a proteção da Propriedade Industrial, de 20 
de março de 1883. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/
anexo/and1263-94.pdf>. Acesso em: 18 jul. 2017.
INPI. A beleza exterior: Uma introdução aos Desenhos Industriais para as pequenas e médias 
empresas. Rio de Janeiro: INPI, 2013a.
INPI-SEBRAE. Catálogo de Indicações Geográficas Brasileiras. INPI/Sebrae (2016). Disponível 
em: <http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/indicacao-geografica/publicacoes>. Acesso em: 19 
jul. 2017.
INPI-SENAI. Inovação e Propriedade Intelectual: Guia para o docente. Brasília: SENAI, 2010. 
http://www.wipo.int/treaties/es/text.jsp?file_id=305906#part2.3
http://www.wipo.int/treaties/es/text.jsp?file_id=305906#part2.3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/anexo/and1263-94.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/anexo/and1263-94.pdf
http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/indicacao-geografica/publicacoes
Unidade 2 • Aspectos em Propriedade Industrial58/247
OMPI. Las indicaciones geográficas: Introducción. Disponível em: <http://www.wipo.int/edocs/
pubdocs/es/geographical/952/wipo_pub_952.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2017.
OMPI-INPI. Curso de Propriedade Intelectual à distância. Módulo 5: Indicações Geográficas IG, 
2016. 
http://www.wipo.int/edocs/pubdocs/es/geographical/952/wipo_pub_952.pdf
http://www.wipo.int/edocs/pubdocs/es/geographical/952/wipo_pub_952.pdf
59/247
Assista a suas aulas
Aula 2 - Tema: Aspectos em Propriedade Indus-
trial. Bloco I
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
d6bf6291ef3a4acfc0da92dd9cb2a50d>.
Aula 2 - Tema: Aspectos em Propriedade Indus-
trial. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
9d8556d10befd2c8cdedd0f4734c2fb6>.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d6bf6291ef3a4acfc0da92dd9cb2a50d
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d6bf6291ef3a4acfc0da92dd9cb2a50d
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/d6bf6291ef3a4acfc0da92dd9cb2a50d
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9d8556d10befd2c8cdedd0f4734c2fb6
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9d8556d10befd2c8cdedd0f4734c2fb6
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/9d8556d10befd2c8cdedd0f4734c2fb6
60/247
1. Em qual destas indústrias não se aplica a proteção por meio de Propriedade 
Industrial?
a) Indústrias extrativas.
b) Comércio.
c) Indústria cinematográfica.
d) Indústrias agrícolas.
e) Indústria automobilística.
Questão 1
61/247
2. No Brasil, qual destas características devem ser levadas em consideração 
para outorgar um registro de Desenho Industrial?
Questão 2
a) Novidade e originalidade.
b) Melhora funcional.
c) Solução técnica.
d) Nível inventivo.
e) Certificação de origem.
62/247
3. O conceito: “marca usada para atestar a conformidade de um produto 
ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas” corres-
ponde a:
Questão 3
a) Marca nominativa.
b) Marca coletiva.
c) Marca figurativa.
d) Marca mista.
e) Marca de certificação.
63/247
4. Qual(is) das seguintes características se aplica(m) exclusivamente nas Deno-
minações de Origem?
Questão 4
a) As características do produto ou serviço se devem fundamentalmente ao meio geográfico 
onde foi produzido, incluindo fatores humanos e naturais.
b) Especificação da região ou território de origem do bem ou serviço.
c) Certificação da qualidade do produto ou serviço.
d) Reconhecimento das tradições e cultura da região onde foi produzido o bem ou serviço.
e) Criação de um vínculo de confiança com o consumidor.
64/247
5. Qual das seguintes indicações geográficas é considerada como Denomi-
nação de Origem?
Questão 5
a) Pampa Gaúcho: carne bovina e seus derivados.
b) Divina Pastora: renda de agulha em lace.
c) Maracaju: linguiça.
d) Costa Negra: camarões.
e) Goiabeiras: panelas de barro.
65/247
Gabarito
1. Resposta: C.
A indústria cinematográfica é protegida pe-
los Direitos de Autor, não pela Propriedade 
Industrial.
2. Resposta: A.
Para outorgar um registro de desenho in-
dustrial é necessário que o objeto seja novo 
e criativo, não precisa ser uma solução téc-
nica a um problema, só deve se preocupar 
com os aspectos estéticos.
3. Resposta: E.
A definição corresponde à Marca de Certi-
ficação, a qual é utilizada para determinar 
a qualidade, material utilizado ou metodo-
logia empregada na fabricação de um pro-
duto.
4. Resposta: A.
Para outorgar uma Denominação de Ori-
gem é necessário que as características do 
produto ou serviço estejam exclusivamente 
relacionadas ao meio geográfico onde foi 
produzido, incluindo fatores humanos e na-
turais. As outras opções de resposta se apli-
cam tanto para Indicações de Procedência 
quanto para Denominações de Origem.
5. Resposta: D.
Para outorgar uma Denominação de Ori-
gem é necessário que as características do 
produto ou serviço estejam exclusivamente 
66/247
Gabarito
relacionadas ao meio geográfico onde foi 
produzido, incluindo fatores humanos e na-
turais. As outras opções de resposta se apli-
cam tanto para Indicações de Procedência 
quanto para Denominações de Origem.
67/247
Unidade 3
Patentes
Objetivos
1. Entender o conceito de patente e os 
requisitos para obter uma patente;
2. Diferenciar os dois tipos de patentes: 
Patente de invenção e Modelo de Uti-
lidade;
3. Definir os principais elementos de um 
documento de patente.
Unidade 3 • Patentes68/247
Introdução
As patentes que fazem parte da proprieda-
de industrial constituem uma das princi-
pais formas de proteger as invenções que 
desenvolvem as pessoas, empresas ou ins-
tituições. Representam um insumo-chave 
para a inovação porque são invenções que 
podem ter sucesso no mercado. Na primei-
ra parte desta seção, se explica o que é uma 
patente e o que não é patenteável, para isso, 
foi diferenciado o conceito de invenção e de 
descoberta. Além disso, se apresentam os 
principais requisitos para obter uma paten-
te: novidade, atividade inventiva, aplicação 
industrial e suficiência descritiva. Posterior-
mente, se apresentam as principais diferen-
ças entre uma patente de invenção e uma 
patente de modelo de utilidade. Essa carac-
terização está baseada na Lei n° 9.279, de 
14 de maio de 1996, que regula direitos e 
obrigações relativos à propriedade indus-
trial no Brasil. Na terceira parte da seção, se 
apresentam as principais componentes de 
um documento de patente, no qual se des-
tacam as reinvindicações, que são o que de-
fine o escopo de proteção. Finalmente, para 
compreender claramente as partes de um 
documento de patente, se apresenta o caso 
da patente “Meios e método para a cria-
ção de uma ilusão anti-gravidade” outor-
gada ao cantor Michael Jackson, em 1993. 
Esse exemplo indica que as solicitudes de 
patentes não só são feitas por empresas de 
grande porte ou por universidades, mas que 
qualquer pessoa com uma boainvenção 
pode apresentar uma patente.
Unidade 3 • Patentes69/247
1. O Que é uma Patente?
A patente é um título legal, outorgado pelo 
Estado, que documenta e legitima tempo-
rariamente o direito exclusivo de explorar 
uma invenção. Esse título de propriedade 
impede a fabricação, venda ou utilização 
comercial por terceiros, tornando a pro-
priedade em questão protegida num pe-
ríodo de tempo. O inventor deve revelar 
detalhadamente a maneira de produzir e 
utilizar uma invenção para favorecer o pro-
gresso tecnológico.
Para entender melhor o que é uma paten-
te, é importante diferenciar os conceitos 
de invenção e descoberta. Uma descober-
ta consiste na revelação de algo (ou fenô-
meno) até então ignorado, mas já existente 
na natureza, o qual é determinado através 
da capacidade de observação. Por exem-
plo: formulação da Lei de gravidade. Por sua 
vez, uma invenção é uma solução material 
para um problema específico e é resultado 
de um esforço intelectual e da capacidade 
de criação dos seres humanos. Por exemplo, 
o ácido acetilsalicílico, criado em 1867, e 
conhecido comercialmente como aspirina. 
Assim, as invenções são patenteáveis, as 
descobertas não!
Neste sentido, é importante entender o que 
não é uma invenção, ou seja o que não é pa-
tenteável:
• As descobertas, as teorias científicas 
e os métodos matemáticos;
• Concepções puramente abstratas;
Unidade 3 • Patentes70/247
• Esquemas, planos, princípios ou mé-
todos comerciais, contábeis, financei-
ros, educativos, publicitários, de sor-
teio e de fiscalização;
• As obras literárias, arquitetônicas e 
científicas ou qualquer criação esté-
tica;
• Os programas de computador em si; 
• As formas de apresentação da infor-
mação;
• Regras de jogo;
• Técnicas e métodos operatórios ou 
cirúrgicos, bem como métodos tera-
pêuticos ou de diagnóstico para apli-
cação no corpo humano ou animal;
• O todo ou parte de seres vivos naturais 
e materiais biológicos encontrados na 
natureza, ou ainda que dela isolados, 
inclusive o genoma ou germoplasma 
de qualquer ser vivo natural e os pro-
cessos biológicos naturais.
Além disso, não pode ser patenteado o que 
for contrário à moral, aos bons costumes, 
à segurança, à ordem e à saúde pública. As 
ideias também não podem ser patenteadas!
Assim, uma patente é um título associado a 
um documento e a um direito. Se reconhece 
o direito de exercer ações legais para impe-
dir a exploração de uma invenção a um ter-
ceiro, com o requisito de que a patente seja 
pública.
Unidade 3 • Patentes71/247
A exploração pode ser a comercialização ex-
clusiva e direta do produto patenteado, ou 
por meio de terceiros outorgando licenças, 
ou transferindo os direitos obtidos através 
da venda para que um terceiro explore a in-
venção.
1.1. Requisitos para obter uma 
patente
Segundo a Lei de Propriedade Industrial nº 
9.279/1996, há quatro (4) requisitos bási-
cos para outorgar uma patente: novidade; 
atividade inventiva, aplicação industrial e 
suficiência descritiva, a saber:
• Novidade: a matéria objeto da pes-
quisa precisa ser nova, ou melhor, não 
pode ter sido revelada previamente, 
seja por via oral, escrita ou pelo seu 
uso; logo, não pode pertencer ao es-
tado da técnica.
• Atividade inventiva: os resultados da 
pesquisa não podem ser óbvios para 
um técnico especializado no assun-
to, ou seja, não podem ser resultantes 
de uma mera combinação de fatores 
já pertencentes ao estado da técnica 
sem que haja um efeito técnico novo 
e inesperado, nem uma simples subs-
tituição de meios ou materiais conhe-
cidos por outros que tenham a mesma 
função conhecida.
• Aplicação Industrial: a invenção deve 
ter aplicação seriada e industrial e 
pode ser utilizada ou produzida em 
qualquer tipo de indústria.
Unidade 3 • Patentes72/247
• Suficiência descritiva: o relatório do pedido de patente deverá descrever clara e suficien-
temente o objeto, de modo a possibilitar sua realização por técnico no assunto e indicar, 
quando for o caso, a melhor forma de execução.
Assim, antes de fazer o pedido de patente, deve-se verificar que se cumprem com todos esses requi-
sitos, que são os que certificam que uma invenção é objeto de proteção por meio de uma patente.
Para saber mais
O Estado da técnica é definido no Artigo 11, parágrafo 1 da Lei de Propriedade Industrial n° 9.279, 1996 
([s.p.]): 
estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao pú-
blico antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita 
ou oral, por uso ou qualquer outro meio, no Brasil e no exterior. 
Nesse sentido, se uma pessoa quer proteger sua invenção por meio de uma patente, não pode publicar 
nenhuma informação sobre ela, ou seja, deve evitar publicar informações em artigos científicos, eventos 
acadêmicos ou feiras comerciais.
Unidade 3 • Patentes73/247
2. Tipos de Patentes
Há dois tipos de patentes, as quais se dife-
renciam segundo seu grau de inventividade: 
patente de invenção e patente de modelo 
de utilidade.
2.1. Patente de Invenção
Protege todo novo procedimento, método 
de fabricação, máquina, aparato ou nova 
solução técnica a um problema. Deve aten-
der aos requisitos de patenteabilidade: no-
vidade, atividade inventiva, aplicação in-
dustrial e suficiência descritiva. Segundo o 
Artigo 40 da Lei n° 9.279/1996 a patente de 
invenção tem uma proteção de 20 anos a 
partir da data de depósito.
2.2. Patente de Modelo de Utili-
dade
Segundo o Artigo 9 da Lei n° 9.279/1996, 
uma patente de modelo de utilidade é uma 
proteção de um objeto de uso prático, ou 
parte deste, suscetível de aplicação indus-
trial, que apresente nova forma ou disposi-
ção, envolvendo ato inventivo que resulte 
em melhoria funcional no seu uso ou em sua 
Link
Para o conhecer em detalhe a Lei n° 9.279, de 14 
de maio de 1996, que regula direitos e obrigações 
relativos à propriedade industrial, veja o seguinte 
link: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/L9279.htm>. Acesso em: 18 set. 2017.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm
Unidade 3 • Patentes74/247
fabricação. Se entende por melhoria fun-
cional uma nova forma, disposição ou efei-
to técnico que propiciem mais comodidade 
ao usuário. Assim, a patente de modelo de 
utilidade sempre está vinculada a um objeto 
de uso prático (ou parte dele), mas que me-
lhore seu uso ou produção.
As características de novidade absoluta, 
aplicação industrial e suficiência descriti-
va são também requeridas, porém, com um 
menor grau de inventividade (INPI-SENAI, 
2010). Sua validade é de 15 anos a partir da 
data de depósito.
No nível internacional, as patentes de mode-
lo de utilidade podem representar algumas 
vantagens frente às patentes de invenção: i) 
as condições da concessão são menos rigo-
rosas; ii) o processo de concessão pode ser 
mais rápido e mais simples; iii) as taxas de 
aquisição e de manutenção são geralmente 
mais baixas (INPI, 2013).
Um exemplo que permite identificar as di-
ferenças entre uma patente de invenção, 
modelo de utilidade e desenho industrial é a 
evolução tecnológica do telefone, apresen-
tada na Figura 1.
Unidade 3 • Patentes75/247
Figura 1 | Avanço tecnológico do telefone
Fonte: Branco (2011, p. 49).
Unidade 3 • Patentes76/247
A Figura 1 representa a evolução tecnoló-
gica do telefone. A primeira coluna de cima 
para baixo representa diferentes patentes 
de invenção do telefone que evidenciam o 
avanço tecnológico dessa invenção. A pri-
meira delas foi outorgada ao Alexander 
Graham Bell em 1876, posteriormente foi 
outorgada uma patente à Western Electric 
pelo sistema de disco, em 1921. Finalmen-
te, em 1941 foi outorgada outra patente de 
invenção à Western Electric pela discagem 
por tom. Da esquerda para a direita se re-
presentam as melhorias funcionais por pa-
tentes de modelo de utilidade e finalmente 
as alterações no desenho, identificadas por 
diferentes desenhos industriais.
3. Estrutura dos Documentos de 
PatentesTodos os documentos de patentes têm a 
mesma estrutura, o que permite fazer aná-
lises de patentes ou patentometria para 
identificar as diferentes tendências e evo-
lução de determinada tecnologia. Os docu-
mentos de patentes descrevem a natureza 
da invenção, incluindo instruções sobre a 
maneira de realizar a invenção. Além disso, 
fornecem pormenores sobre o inventor, o 
titular da patente e outras informações le-
gais (INPI, 2013). 
Unidade 3 • Patentes77/247
Em continuidade, se apresentam as princi-
pais partes de um documento de patente.
Primeira página: Na primeira página da pa-
tente, se encontram os aspectos gerais que 
identificam a patente:
• Classificação Internacional de Paten-
tes: Identifica o campo técnico;
• Data de prioridade: Essa data é de 
grande importância jurídica, já que 
com ela se outorga o direito de prio-
ridade e se delimita o estado da téc-
nica. Essa data define o ano em que se 
registrou a patente, ou seja, ou ano de 
origem da invenção;
• Data de publicação da patente: Essa 
é a data que representa quando a 
patente teve acesso ao público. As-
sim, se evita a concessão de direitos 
a invenções similares. Com essa data 
se determina quantos anos tem a in-
venção e a sua vigência. Se a proteção 
tem caducado, essa invenção pode ser 
utilizada sem permissão do titular;
• Número da patente: É o número que o 
respectivo escritório de patentes ou-
Para saber mais
A análise de patentes ou patentometria é a aplica-
ção de métodos estatísticos e matemáticos para 
medir informação de patentes com o objetivo de 
identificar e analisar suas características, incluin-
do tendências, impacto, agrupações temáticas 
e desenvolvimentos crescentes ou decrescentes 
(CASTELLANOS; FÚQUENE; RÁMIREZ, 2011). 
Unidade 3 • Patentes78/247
torga ao pedido de patente para sua 
identificação durante o processo de 
solicitude;
• Identificação do solicitante e do in-
ventor: Esses são dados muito impor-
tantes do ponto de vista comercial. 
A partir dessa informação é possível 
localizar as fontes da tecnologia, as 
condições de uma possível licença, as 
atividades de invenção de uma em-
presa, entre outros;
• Título da invenção: Resume o objeto 
da invenção, deve ter uma extensão li-
mitada e ser preciso;
• Resumo: Deve descrever a solução do 
problema técnico com o objeto da in-
venção;
• Patentes citadas: São as patentes que 
o inventor consultou para escrever a 
sua patente. Essa informação é im-
portante porque identifica os antece-
dentes da invenção.
• Desenho característico: Muitas soli-
citudes de patentes têm uma repre-
sentação gráfica do objeto da inven-
ção para uma maior compreensão do 
objeto da patente. Os desenhos mos-
tram os pormenores técnicos da in-
venção de um modo abstrato e visual 
(INPI, 2013).
Nas páginas seguintes todas as patentes 
devem ter a seguinte informação:
• Antecedentes da invenção: Deve des-
crever o objetivo da invenção e a des-
crição do estado da arte;
Unidade 3 • Patentes79/247
• Resumo da invenção;
• Breve descrição dos desenhos;
• Descrição da forma de realização pre-
ferida;
• Reinvindicações: São as característi-
cas técnicas e de novidade da inven-
ção, para as quais se reclama a pro-
teção legal da patente. Essa é a parte 
mais importante das patentes. Devem 
estar bem definidas e basear-se na 
descrição. As reinvindicações são o 
que foi efetivamente protegido.
4. Caso de Estudo: Patente de 
Michael Jackson
Todos conhecemos Michael Jackson como 
um excelente cantor e artista. Além de suas 
virtudes artísticas, também tinha habilida-
des como inventor. Depois de seu sucesso 
com o vídeo da música “Smooth Criminal”, 
Para saber mais
As reinvindicações determinam o escopo da in-
venção. São muito importantes, porque se forem 
mal redigidas, embora a patente seja valiosa, po-
de-se tornar inútil. Quando há litígios sobre pa-
tentes, o primeiro passo que é feito é analisar as 
reinvindicações para determinar se a patente é 
válida ou teve alguma transgressão.
Unidade 3 • Patentes80/247
ele queria fazer nos shows ao vivo aquele 
passo de dança onde simulava estar caindo. 
Assim, chamou os inventores Michael L. Bush 
e Dennis Tompkins para que lhe ajudassem a 
desenhar um dispositivo que permitiria criar 
uma ilusão antigravidade daquele passo de 
dança. O título da patente é “Meios e método 
para a criação de uma ilusão antigravidade” 
em inglês: “Method and means for creating 
anti-gravity illusion” e foi concedida pelo 
Escritório de Patentes e Marcas dos Estados 
Unidos USPTO, no ano 1993.
Para compreender melhor as partes de um 
documento de patente, a seguinte figura 
apresenta a primeira página do documento 
da patente de Michael Jackson, onde se si-
nalizam as principais partes: número e data 
de publicação da patente; título; inventor e 
solicitante; data de prioridade; classificação 
internacional de patentes; resumo; patentes 
citadas; desenho representativo. A primeira 
página de um documento de patente é pra-
ticamente a mesma para todas as patentes 
de invenção e de modelo de utilidade. 
Link
Para entender melhor em que consiste a patente 
de Michael Jackson, veja o seguinte vídeo: Dispo-
nível em: <https://www.youtube.com/wat-
ch?v=pch3hoUtfJ0>. Acesso em: 18 set. 2017.
https://www.youtube.com/watch?v=pch3hoUtfJ0
https://www.youtube.com/watch?v=pch3hoUtfJ0
Unidade 3 • Patentes81/247
Figura 2 | Primeira página do documento de patente “Method and means for creating anti-gravity illusion”
Fonte: Jackson et al (1993, [p.1.]).
 
Unidade 3 • Patentes82/247
Outros desenhos que se encontram dentro do documento da patente e que permitem identificar 
o funcionamento do dispositivo se apresentam na continuação.
Figura 3 | Imagens do documento de patente de Jackson
Fonte: Jackon et al (1993, [p.2,3.]).
Unidade 3 • Patentes83/247
Link
Para conhecer o documento completo da 
patente de Michael Jackson que está depositado 
na Oficina de Patentes dos Estados Unidos 
(USPTO), consulte o link a seguir. Disponível em: 
<http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Par
ser?Sect1=PTO1&Sect2=HITOFF&d=PAL
L&p=1&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsrch
num.htm&r=1&f=G&l=50&s1=5255452.
PN.&OS=PN/5255452&RS=PN/525545z>. 
Acesso em: 18 set. 2017.
http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO1&Sect2=HITOFF&d=PALL&p=1&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsrchnum.htm&r=1&f=G&l=50&s1=5255452.PN.&OS=PN/5255452&RS=PN/525545z
http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO1&Sect2=HITOFF&d=PALL&p=1&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsrchnum.htm&r=1&f=G&l=50&s1=5255452.PN.&OS=PN/5255452&RS=PN/525545z
http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO1&Sect2=HITOFF&d=PALL&p=1&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsrchnum.htm&r=1&f=G&l=50&s1=5255452.PN.&OS=PN/5255452&RS=PN/525545z
http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO1&Sect2=HITOFF&d=PALL&p=1&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsrchnum.htm&r=1&f=G&l=50&s1=5255452.PN.&OS=PN/5255452&RS=PN/525545z
http://patft.uspto.gov/netacgi/nph-Parser?Sect1=PTO1&Sect2=HITOFF&d=PALL&p=1&u=%2Fnetahtml%2FPTO%2Fsrchnum.htm&r=1&f=G&l=50&s1=5255452.PN.&OS=PN/5255452&RS=PN/525545z
Unidade 3 • Patentes84/247
Glossário
Escritório de patentes: São os organismos oficiais onde se realiza a solicitude de patente. Cada 
país tem seu próprio escritório de patentes, no caso do Brasil é o INPI. Também há escritórios de 
patentes internacionais ou regionais, como a Oficina Europeia de Patentes.
Genoma: É o conjunto de genes contidos nos cromossomas, ou seja, a totalidade do material 
genético que tem um organismo ou espécie em particular. Em biotecnologia, o genoma é toda a 
informação hereditária de um organismo que está codificada em seu DNA. 
Germoplasma: É o conjunto de genes que se transmite pela reprodução à descendência por meio 
de gametas ou células reprodutoras. O conceito de germoplasma se utiliza para designar a di-
versidade genética das espécies vegetais silvestres e cultivadas de interesse para a agricultura.
Questão
reflexão
?
para
85/247
Neste tema foram apresentadas as principais diferen-
ças entre uma patente

Continue navegando